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Anatomia do intestino delgado e grosso

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ANATOMIA DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
INTESTINOS DELGADO E GROSSO 
SINTOPIA 
 
INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado, formado pelo duodeno, jejuno e íleo é o 
principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. 
Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo une-se ao 
ceco (a primeira parte do intestino grosso). A parte pilórica do 
estômago esvazia-se no duodeno, sendo a admissão duodenal 
controlada pelo piloro. 
DUODENO 
 
O duodeno, a primeira e mais curta (25 cm) parte do intestino 
delgado, também é a mais larga e mais fixa. O duodeno segue um 
trajeto em formato de C ao redor da cabeça do pâncreas; começa 
no piloro no lado direito e termina na flexura (junção) 
duodenojejunal no lado esquerdo. Essa junção ocorre 
aproximadamente no nível da vértebra L II, 2 a 3 cm à esquerda da 
linha mediana. A junção geralmente assume a forma de um ângulo 
agudo, a flexura duodenojejunal. 
o Obs.: Importância anatômica da flexura duodenojejunal: 
duodeno é retroperitonizado, e a partir da flexura vira 
peritonizado. A importância clínica é que dependendo do 
lado da flexura, pode gerar hemorragia alta ou baixa. 
A maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio a estruturas na 
parede posterior do abdome e é considerada parcialmente 
retroperitoneal. O duodeno é dividido em quatro partes: 
o Parte superior (primeira): curta (aproximadamente 5 cm), situada 
anterolateralmente ao corpo da vértebra LI 
o Parte descendente (segunda): mais longa (7 a 10 cm), desce ao 
longo das faces direitas das vértebras LI a LIII 
o Parte inferior (terceira): 6 a 8 cm de comprimento, cruza a 
vértebra LIII 
o Parte ascendente (quarta): curta (5 cm), começa à esquerda da 
vértebra LIII e segue superiormente até a margem superior da 
vértebra LII. 
Os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno, imediatamente 
distais ao piloro, têm mesentério e são móveis. Essa parte livre é 
chamada de ampola (bulbo duodenal). Os 3 cm distais da parte 
superior e as outras três partes do duodeno não têm mesentério e 
são imóveis porque são retroperitoneais. 
A parte superior do duodeno ascende a partir do piloro e é 
superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua 
face anterior, mas não há peritônio posteriormente, com exceção 
da ampola. A parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal 
(parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior 
fixado inferiormente. 
A parte descendente do duodeno segue inferiormente, curvando-se 
ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, situa-se à direita da 
VCI e paralela a ela. Os ductos colédoco e pancreático principal 
entram em sua parede posteromedial. Esses ductos geralmente se 
unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre em 
uma eminência, chamada papila maior do duodeno, localizada 
posteromedialmente na parte descendente do duodeno. A parte 
descendente do duodeno é totalmente retroperitoneal. A face 
anterior de seus terços proximal e distal é coberta por peritônio; 
entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio para formar o 
mesentério duplo do colo transverso, o mesocolo transverso. 
A parte inferior (horizontal) do duodeno segue transversalmente para 
a esquerda, passando sobre a VCI, a aorta e a vértebra LIII. É 
cruzada pela artéria e veia mesentéricas superiores e pela raiz do 
mesentério do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do 
pâncreas e seu processo uncinado. A face anterior da parte 
horizontal é coberta por peritônio, exceto na parte em que é 
cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do 
mesentério. Posteriormente, é separada da coluna vertebral pelo 
músculo psoas maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou 
ováricos direitos. 
A parte ascendente do duodeno segue superiormente e ao longo do 
lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo 
do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na 
flexura duodenojejunal, sustentada pela fixação de um músculo 
suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). Esse músculo é formado 
por uma alça de músculo esquelético do diafragma e uma faixa 
fibromuscular de músculo liso da terceira e quarta partes do 
duodeno. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura 
duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O 
músculo suspensor do duodeno passa posteriormente ao pâncreas 
e à veia esplênica e anteriormente à veia renal esquerda. 
 
IRRIGAÇÃO 
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria 
mesentérica superior. O tronco celíaco, por intermédio da artéria 
gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, 
supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco 
na parte descendente do duodeno. A artéria mesentérica superior, 
por meio de seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre 
o duodeno distal à entrada do ducto colédoco. As artérias 
pancreaticoduodenais situam-se na curvatura entre o duodeno e a 
cabeça do pâncreas e irrigam as duas estruturas. A anastomose das 
artérias pancreaticoduodenais superior e inferior (i. e., entre o tronco 
celíaco e a artéria mesentérica superior) ocorre entre a entrada do 
ducto biliar (colédoco) e a junção das partes descendente e inferior 
do duodeno. Aqui ocorre uma importante transição na irrigação do 
sistema digestório: na parte proximal, estendendo-se oralmente (em 
direção à boca) até inclusive a parte abdominal do esôfago, o 
sistema digestório é irrigado pelo tronco celíaco; na região distal, 
estendendo-se aboralmente (afastando-se da boca) até a flexura 
esquerda do colo, o sangue provém da AMS. A base dessa transição 
na irrigação sanguínea é embriológica; esse é o local da junção do 
intestino anterior com o intestino médio. 
o Ou seja: Aorta abdominal à tronco celíaco à artéria 
hepática comum à artéria gastroduodenal à artéria 
pancreaticoduodenal superior à ramo anterior e posterior – 
1ª e 2ª parte. 
o Aorta abdominal à Artéria mesentérica superior à artéria 
pancreaticoduodenal inferior à ramo anterior e posterior – 3ª 
e 4ª parte. 
o Os ramos anteriores do pancreático duodenal superior e 
inferior se anastomosam, assim como os ramos posteriores 
 
DRENAGEM 
As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para a veia 
porta, algumas diretamente e outras indiretamente, pelas veias 
mesentérica superior e esplênica. 
Ou seja: Veia pancreático duodenal inferior e anterior à veia 
mesentérica superior à veia porta. 
INERVAÇÃO 
Os nervos do duodeno derivam do nervo vago e dos nervos 
esplâncnicos (abdominopélvicos) maior e menor por meio dos 
plexos celíaco e mesentérico superior. Os nervos seguem para o 
duodeno via plexos periarteriais que se estendem até as artérias 
pancreaticoduodenais. 
Inervação simpática: corno lateral T8-T10 à raiz anterior à nervo 
espinal à ramo comunicante branco à tronco simpático à nervo 
esplâncnico torácico maior e menor à gânglio celíaco e gânglio 
mesentérico superior à plexo periarterial pancreaticoduodenais 
àduodeno. 
Inervação parassimpática: núcleo do nervo vago à nervo vago à 
tronco vagal anterior à plexo celíaco e plexo mesentérico superior 
à plexo periarterial das pancreaticoduodenais. 
DOR: duodeno à plexo periarterial pancreaticoduodenais à 
gânglio mesentérico superior e gânglio celíaco à nervo esplâncnico 
maior e menor à tronco simpático à ramo comunicante branco à 
nervo espinal à raiz posterior à corno posterior. (T8-T10) 
JEJUNO E ÍLEO 
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa na flexura 
duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. 
A terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção 
ileocecal, a união da parte terminal do íleo e o ceco. Juntos, o jejuno 
e o íleo têm 6 a 7 m de comprimento, o jejuno representa cerca de 
dois quintos e o íleo cerca de três quintos da parte intraperitoneal do 
intestino delgado. 
A maior parte do jejuno está situada no quadrante superior esquerdo 
(QSE)do compartimento infracólico, ao passo que a maior parte do 
íleo está no quadrante inferior direito (QID). A parte terminal do íleo 
geralmente está na pelve, de onde ascende, terminando na face 
medial do ceco. Embora não haja uma linha de demarcação nítida 
entre o jejuno e o íleo, eles têm características distintas, que são 
cirurgicamente importantes. 
 
O mesentério é uma prega de peritônio em forma de leque que fixa 
o jejuno e o íleo à parede posterior do abdome. A origem ou raiz do 
mesentério (com aproximadamente 15 cm de comprimento) tem 
direção oblíqua, inferior e para a direita. Estende-se da flexura 
duodenojejunal no lado esquerdo da vértebra L II até a junção 
ileocólica e a articulação sacroilíaca direita. O comprimento médio 
do mesentério, desde a raiz até a margem do intestino, é de 20 cm. 
A raiz do mesentério cruza (sucessivamente) as partes ascendente e 
horizontal do duodeno, parte abdominal da aorta, VCI, ureter direito, 
músculo psoas maior direito e vasos testiculares ou ováricos direitos. 
Entre as duas camadas do mesentério estão os vasos mesentéricos 
superiores, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos 
autônomos. 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE JEJUNO E ÍLEO 
 
IRRIGAÇÃO 
A artéria mesentérica superior (AMS) irriga o jejuno e o íleo via artérias 
jejunais e íleais. 
A AMS geralmente origina-se da parte abdominal da aorta no nível 
da vértebra L I, cerca de 1 cm inferior ao tronco celíaco, e segue 
entre as camadas do mesentério, enviando 15 a 18 ramos para o 
jejuno e o íleo. As artérias se unem para formar alças ou arcos, 
chamados arcos arteriais, que dão origem a artérias retas, 
denominadas vasos retos 
DRENAGEM 
A veia mesentérica superior drena o jejuno e o íleo. Situa-se 
anteriormente e à direita da AMS na raiz do mesentério. A VMS 
termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde se une à veia 
esplênica para formar a veia porta. 
 
 
 
INERVAÇÃO 
A AMS e seus ramos são circundados por um plexo nervoso 
periarterial por meio do qual os nervos são conduzidos até as partes 
do intestino irrigadas por essa artérias. As fibras simpáticas nos nervos 
para o jejuno e o íleo originam- se nos segmentos T8 a T10 da medula 
espinal e chegam ao plexo mesentérico superior por intermédio dos 
troncos simpáticos e nervos esplâncnicos (maior, menor e imo) 
torácicos abdominopélvicos. As fibras simpáticas pré-ganglionares 
fazem sinapse nos corpos celulares dos neurônios simpáticos pós-
ganglionares nos gânglios celíaco e mesentérico superior (pré-
vertebral). As fibras parassimpáticas nos nervos para o jejuno e íleo 
provêm dos troncos vagais posteriores. As fibras parassimpáticas pré-
ganglionares fazem sinapse com os neurônios parassimpáticos pós-
ganglionares nos plexos 
mioentérico e submucoso 
na parede intestinal 
A estimulação simpática 
reduz a atividade 
peristáltica e secretora do 
intestino e atua como um 
vasoconstritor, reduzindo 
ou interrompendo a 
digestão e 
disponibilizando sangue (e 
energia) para “fugir ou 
lutar”. A estimulação 
parassimpática aumenta 
a atividade peristáltica e 
secretora do intestino, 
restaurando o processo de 
digestão após uma 
reação simpática. O 
intestino delgado também 
tem fibras sensitivas 
(aferentes viscerais). O 
intestino é insensível à maioria dos estímulos dolorosos, inclusive 
incisão e queimadura; entretanto, é sensível à distensão que é 
percebida como cólica (dor abdominal espasmódica). 
DOR: plexo periarterial jejunais e ileais à gânglio mesentérico superior 
à nervo esplâncnico menor à tronco simpático à ramo 
comunicante branco à nervo espinal à raiz posterior à corno 
posterior T8-T10 
INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso é o local de absorção da água dos resíduos 
indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas, 
que são temporariamente armazenadas e acumuladas até que haja 
defecação. O intestino grosso é formado pelo ceco; apêndice 
vermiforme; colos ascendente, transverso, descendente e sigmoide; 
reto e canal anal. 
 
O intestino grosso pode ser distinguido do intestino delgado por: 
o Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, 
semelhantes ao omento 
o Tênias do colo: três faixas longitudinais distintas: 
1. tênia mesocólica, à qual se fixam os mesocolos transverso 
e sigmoide; 
2. tênia omental, à qual se fixam os apêndices omentais; e 
3. tênia livre, à qual não estão fixados mesocolos nem 
apêndices omentais 
o Saculações: saculações da parede do colo entre as tênias 
o Calibre (diâmetro interno) muito maior. 
 
 
As tênias do colo (faixas espessas de músculo liso que representam a 
maior parte da camada longitudinal) começam na base do 
apêndice vermiforme como a camada longitudinal espessa do 
apêndice vermiforme que se divide para formar três faixas. As tênias 
seguem por todo o comprimento do intestino grosso, com 
alargamento abrupto e nova fusão na junção retossigmoide, 
formando uma camada longitudinal contínua ao redor do reto. 
Como sua contração tônica encurta a parte da parede associada, 
o colo adquire uma aparência sacular ou “de bolsas” entre as tênias, 
formando as saculações. 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso; é contínuo com o colo 
ascendente. É uma bolsa intestinal cega, que mede 
aproximadamente 7,5 cm de comprimento e largura. Situa-se na 
fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome, inferiormente à 
sua junção com a parte terminal do íleo. Quando distendido por 
fezes ou gases, o ceco pode ser palpável através da parede 
anterolateral do abdome. 
O ceco geralmente está situado a 2,5 cm do ligamento inguinal; é 
quase totalmente revestido por peritônio e pode ser levantado 
livremente. Entretanto, não tem mesentério. Em vista de sua relativa 
liberdade, pode ser deslocado da fossa ilíaca, mas costuma estar 
ligado à parede lateral do abdome por uma ou mais pregas cecais 
de peritônio. A parte terminal do íleo entra no ceco obliquamente e 
invagina-se em parte para o seu interior. 
Na dissecção, o óstio ileal entra no ceco entre os lábios ileocólico e 
ileocecal (superior e inferior), pregas que se encontram lateralmente 
e formam cristas chamadas de frênulo do óstio ileal. O óstio, 
geralmente é fechado por contração tônica, apresentando-se 
como uma papila ileal no lado cecal. A papila provavelmente atua 
como uma válvula unidirecional relativamente passiva, que impede 
o refluxo do ceco para o íleo quando houver contrações para 
impulsionar o conteúdo para o colo ascendente e colo transverso 
 
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal cego (6 a 10 cm 
de comprimento) que contém massas de tecido linfoide. Origina-se 
na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. O 
apêndice vermiforme tem um mesentério triangular curto, o 
mesoapêndice, originado da face posterior do mesentério da parte 
terminal do íleo. O mesoapêndice fixa-se ao ceco e à parte proximal 
do apêndice vermiforme. A posição do apêndice vermiforme é 
variável, mas geralmente é retrocecal. 
IRRIGAÇÃO 
A irrigação arterial do ceco é realizada pela artéria ileocólica, o 
ramo terminal da AMS. A artéria apendicular, um ramo da artéria 
ileocólica, irriga o apêndice vermiforme. 
DRENAGEM 
A drenagem venosa do ceco e do apêndice vermiforme segue por 
uma tributária da VMS, a veia íleocólica. 
INERVAÇÃO 
A inervação do ceco e do apêndice vermiforme provém dos nervos 
simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior. As fibras 
nervosas simpáticas originam-se na parte torácica inferior da medula 
espinal, e as fibras nervosas parassimpáticas provêm dos nervos 
vagos. As fibras nervosas aferentes do apêndice vermiforme 
acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10 da medula 
espinal 
COLO 
O colo é dividido em quatro partes — ascendente, transversa, 
descendente e sigmoide — que sucedem uma à outra formando um 
arco. O colo circunda o intestino delgado, o colo ascendente à 
direita do intestinodelgado, o colo transverso superior e/ou 
anteriormente a ele, o colo descendente à esquerda e, por fim, o 
colo sigmoide inferiormente a ele. 
 O colo ascendente é a segunda parte do intestino grosso. Segue 
para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até 
o lobo hepático direito, onde vira para a esquerda na flexura direita 
do colo (flexura hepática). Essa flexura situa-se profundamente às 
costelas IX e X e é superposta pela parte inferior do fígado. 
O colo ascendente é mais estreito do que o ceco e é 
secundariamente retroperitoneal ao longo da face direita da 
parede posterior do abdome. O colo ascendente é coberto por 
peritônio anteriormente e nas suas laterais; entretanto, tem um 
mesentério curto em aproximadamente 25% das pessoas. O colo 
ascendente é separado da parede anterolateral do abdome pelo 
omento maior. Um sulco vertical profundo revestido por peritônio 
parietal, o sulco paracólico direito, situa-se entre a face lateral do 
colo ascendente e a parede adjacente do abdome 
 
O colo transverso é a terceira parte do intestino grosso, a mais longa 
e mais móvel. Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a 
flexura esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá origem ao 
colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplênica) 
geralmente é superior, mais aguda e menos móvel do que a flexura 
direita do colo. Situa-se anteriormente à parte inferior do rim 
esquerdo e fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico. 
O colo transverso e seu mesentério, o mesocolo transverso, faz uma 
volta para baixo, amiúde inferior ao nível das cristas ilíacas. O 
mesentério adere à parede posterior da bolsa omental ou se funde 
com ela. A raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da margem 
inferior do pâncreas e é contínua com o peritônio parietal 
posteriormente. Sendo livremente móvel, a posição do colo 
transverso é variável, geralmente pendendo até o nível do umbigo 
(nível da vértebra L III). No entanto, em pessoas magras e altas, o 
colo transverso pode estender-se até a pelve. 
O colo descendente ocupa posição secundariamente 
retroperitoneal entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca 
esquerda, onde é contínua com o colo sigmoide. Assim, o peritônio 
cobre o colo anterior e lateralmente e o liga à parede posterior do 
abdome. Embora retroperitoneal, o colo descendente, sobretudo na 
fossa ilíaca, tem mesentério curto em aproximadamente 33% das 
pessoas; entretanto, em geral não é longo o suficiente para causar 
vólvulo (torção) do colo. Ao descer, o colo passa anteriormente à 
margem lateral do rim esquerdo. Como o colo ascendente, o colo 
descendente tem um sulco paracólico (o esquerdo) em sua face 
lateral. 
O colo sigmoide, caracterizado por sua alça em forma de S com 
comprimento variável, une o colo descendente ao reto. O colo 
sigmoide estende-se da fossa ilíaca até o terceiro segmento sacral 
(SIII), onde se une ao reto. O fim das tênias do colo, a 
aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção retossigmoide. 
O colo sigmoide geralmente tem mesentério longo — o mesocolo 
sigmoide — e, portanto, tem grande liberdade de movimento, 
principalmente sua parte média. A raiz do mesocolo sigmoide tem 
fixação em formato de V invertido, que se estende primeiro medial 
e superiormente ao longo dos vasos ilíacos externos e, depois, medial 
e inferiormente a partir da bifurcação dos vasos ilíacos comuns até 
a face anterior do sacro. O ureter esquerdo e a divisão da artéria 
ilíaca comum esquerda situam-se no retroperitônio, posteriormente 
ao ápice da raiz do mesocolo sigmoide. Os apêndices omentais do 
colo sigmoide são longos; eles desaparecem quando o mesocolo 
sigmoide termina. As tênias do colo também desaparecem quando 
o músculo longitudinal na parede do colo se alarga para formar uma 
camada completa no reto. 
 
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM 
COLO ASCENDENTE 
A irrigação arterial do colo ascendente e da flexura direita do colo 
provém de ramos da AMS, as artérias ileocólica e cólica direita. Essas 
artérias anastomosam-se entre si e com o ramo direito da artéria 
cólica média, o primeiro de uma série de arcos anastomóticos que 
é continuado pelas artérias cólica esquerda e sigmóidea para 
formar um canal arterial contínuo, o arco justacólico (artéria 
marginal). Essa artéria é paralela ao colo e acompanha todo seu 
comprimento perto de sua margem mesentérica. 
Ou seja: A. aorta abdominal à A. mesentérica superior à A. 
ileocólica àA. cólica D. Essas artérias se anastomosam entre si e com 
o ramo direito da artéria cólica media. 
A drenagem venosa do colo ascendente segue por meio de 
tributárias da VMS, as veias cólica direita e ileocólica. 
COLO TRANSVERSO 
A irritação arterial do colo transverso provém principalmente da 
artéria cólica média, um ramo da AMS. Entretanto, o colo transverso 
também pode receber sangue arterial das artérias cólicas direita e 
esquerda por meio de anastomoses, parte da série de arcos 
anastomóticos que coletivamente formam o arco justacólico (artéria 
marginal). 
Ou seja: A. aorta abdominal à A. mesentérica superior à A. cólica 
média. Também recebe sangue arterial das a. cólica direita e 
esquerda por meio de anastomoses do arco justacólico 
A drenagem venosa do colo transverso é feita pela VMS 
 
COLO DESCENDENTE E SIGMOIDE 
A irrigação arterial do colo descendente e do colo sigmoide provém 
das artérias cólica esquerda e sigmóidea, ramos da artéria 
mesentérica inferior. Assim, aproximadamente na flexura esquerda 
do colo, há uma segunda transição na irrigação da parte abdominal 
do sistema digestório: a AMS que irriga a parte oral (proximal) à 
flexura (derivado do intestino médio embrionário), e a AMI que irriga 
a parte aboral (distal) à flexura (derivada do intestino posterior 
embrionário). As artérias sigmóideas descem obliquamente para a 
esquerda, onde se dividem em ramos ascendentes e descendentes. 
O ramo superior da artéria sigmóidea superior anastomosa-se com o 
ramo descendente da artéria cólica esquerda, assim formando uma 
parte da artéria marginal. 
Ou seja: COLO DESCENDENTE - Artéria aorta abdominal à A. 
mesentérica inferior à A. cólica esquerda. 
COLO SIGMOIDE - Artéria aorta abdominal à A. mesentérica inferior 
à A. sigmoideas. 
A drenagem venosa do colo descendente e do colo sigmoide é feita 
pela veia mesentérica inferior, geralmente fluindo para a veia 
esplênica e, depois, para a veia porta em seu trajeto até o fígado 
 
INERVAÇÃO 
SIMPÁTICA: 
CÓLON ASCENDENTE: corno lateral T10-T12 à Raiz anterior à nervo 
espinal à ramo comunicante branco à tronco simpático nervo 
esplâncnico menor à gânglio mesentérico superior à Plexo 
periarterial da A. mesentérica superior. 
 CÓLON DESCENDENTE: corno lateral L1-L2 à raiz anterior à nervo 
espinal à ramo comunicante branco à tronco simpático à nervo 
esplâncnico lombar à Gânglio mesentérico inferior àPlexo 
periarterial da A. mesentérica inferior. 
PARASSIMPÁTICA: 
ATÉ A FLEXURA CÓLICA ESQUERDA: núcleo do nervo vago à nervo 
vago à tronco vagal à Plexo mesentérico superior à plexo 
periarterial da A. mesentérica superior. 
CÓLON DESCENDENTE +SIGMOIDE: corno lateral S2-S4 àraiz anterior 
à nervo espinal à plexo lombossacral ànervo esplâncnico pélvico 
à plexo hipogástrico inferior à plexo mesentérico inferior à plexo 
periarterial da A. mesentérica inferior. 
Plexo nervoso periarterial: fibras nervosas pós ganglionares 
acompanham as artérias até o intestino. 
 
DOR ATÉ FLEXURA CÓLICA ESQUERDA: Plexo periarterial da A. 
mesentérica superior à gânglio mesentérico superior à nervo 
esplâncnico menor à tronco simpático à ramo comunicante 
branco à nervo espinal à raiz dorsal àcorno posterior. (T10-T11/12). 
DOR APÓS FLEXURA CÓLICA ESQUERDA: Plexo periarterial da A. 
mesentérica inferior à plexo mesentérico inferior à plexo 
hipogástrico inferior à nervo esplâncnico pélvico àplexo 
lombossacral à nervo espinal à raiz posterior. (S2- S4). 
 
 
 
RETO E CANAL ANAL 
O retoé a parte terminal fixa (basicamente retroperitoneal e 
subperitoneal) do intestino grosso. É contínuo com o colo sigmoide 
no nível da vértebra S III. A junção ocorre na extremidade inferior do 
mesentério do colo sigmoide. O reto é contínuo inferiormente com o 
canal anal. 
O reto segue a curva do sacro e do cóccix, formando a flexura sacral 
do reto. O reto termina anteroinferiormente à extremidade do 
cóccix, imediatamente antes de um ângulo posteroinferior agudo (a 
flexura anorretal do canal anal) encontrado no ponto em que o 
intestino perfura o diafragma da pelve (músculo levantador do 
ânus). A flexura anorretal de aproximadamente 80° é um importante 
mecanismo para a continência fecal, sendo mantida durante o 
estado de repouso pelo tônus do músculo puborretal e por sua 
contração ativa durante as contrações peristálticas se o momento 
não for adequado para a defecação. Com as flexuras da junção 
retossigmoide superiormente e a junção anorretal inferiormente, o 
reto tem formato de S quando visto lateralmente. 
Três flexuras laterais do reto (superior e inferior no lado esquerdo, e 
intermediária à direita) agudas podem ser observadas ao se olhar o 
reto anteriormente. As flexuras são formadas em relação a três 
invaginações internas (pregas transversas do reto): duas à esquerda 
e uma à direita. As pregas situam-se sobre partes espessas da lâmina 
muscular circular da parede retal. A parte terminal dilatada do reto, 
situada diretamente superior ao diafragma da pelve (músculo 
levantador do ânus) e corpo anococcígeo, e sustentada por eles, é 
a ampola do reto. A ampola do reto recebe e retém uma massa 
fecal que se acumula até que seja expelida durante a defecação. 
A capacidade de relaxamento da ampola do reto para acomodar 
a chegada inicial e subsequente de material fecal é outro elemento 
essencial para manter a continência fecal. 
O peritônio cobre as faces anterior e lateral do terço superior do reto, 
apenas a face anterior do terço médio e não cobre o terço inferior, 
que é subperitoneal. Nos homens, o peritônio reflete-se a partir do 
reto para a parede posterior da bexiga urinária, onde forma o 
assoalho da escavação retovesical. Nas mulheres, o peritônio é 
refletido do reto para a parte posterior do fórnice da vagina, onde 
forma o assoalho da escavação retouterina. Em ambos os sexos, as 
reflexões laterais do peritônio do terço superior do reto formam as 
fossas pararretais, que permitem que o reto se distenda enquanto se 
enche de fezes. 
 
O reto situa-se posteriormente, adjacente às três vértebras sacrais 
inferiores e ao cóccix, corpo anococcígeo, vasos sacrais medianos 
e extremidades inferiores dos troncos simpáticos e plexos sacrais. Nos 
homens, o reto está relacionado anteriormente com o fundo da 
bexiga, as partes terminais dos ureteres, os ductos deferentes, as 
glândulas seminais e a próstata. O septo retovesical situa-se entre o 
fundo da bexiga e a ampola do reto e está intimamente associado 
às glândulas seminais e à próstata. Nas mulheres, o reto está 
relacionado anteriormente com a vagina e é separado da parte 
posterior do fórnice e do colo pela escavação retouterina. 
Inferiormente a essa escavação, o fraco septo retovaginal separa a 
metade superior da parede posterior da vagina do reto. 
 
 
 
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM 
A artéria retal superior, a continuação da artéria mesentérica inferior 
abdominal, irriga a parte proximal do reto. As artérias retais médias 
direita e esquerda, que normalmente originam-se das divisões 
anteriores das artérias ilíacas internas na pelve, irrigam as partes 
média e inferior do reto. As artérias retais inferiores, originadas das 
artérias pudendas internas no períneo, irrigam a junção anorretal e o 
canal anal. Anastomoses entre as artérias retais superior e inferior 
podem garantir a circulação colateral em potencial, mas as 
anastomoses com as artérias retais médias são esparsas. 
O sangue do reto drena pelas veias retais superiores, médias e 
inferiores. Há anastomoses entre as veias portas e sistêmicas na 
parede do canal anal. Como a veia retal superior drena para o 
sistema venoso porta e as veias retais média e inferior drenam para 
o sistema sistêmico, essas anastomoses são áreas clinicamente 
importantes de anastomose portocava. O plexo venoso retal 
submucoso circunda o reto e comunica-se com o plexo venoso 
vesical nos homens e com o plexo venoso uterovaginal nas mulheres. 
O plexo venoso retal tem duas partes: o plexo venoso retal interno, 
imediatamente profundo à túnica mucosa da junção anorretal, e o 
plexo venoso retal externo subcutâneo, externamente à parede 
muscular do reto. Embora esses plexos levem o nome retal, são 
basicamente “anais” em termos de localização, função e 
importância clínica. 
 
 
INERVAÇÃO 
A inervação simpática provém da medula espinal lombar, 
conduzida pelos nervos esplâncnicos lombares e dos plexos 
hipogástrico/pélvico e pelo plexo periarterial das artérias 
mesentérica inferior e retal superior. A inervação parassimpática 
provém do nível S2–S4 da medula espinal, seguindo pelos nervos 
esplâncnicos pélvicos e dos plexos hipogástricos inferiores esquerdo 
e direito até o plexo retal (pélvico). Como o reto situa-se inferior 
(distal) à linha de dor pélvica, todas as fibras aferentes viscerais 
seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente até os gânglios 
sensitivos de nervos espinais S2–S4. 
 
REFERÊNCIAS: 
1. Moore – Anatomia orientada para clínica, 7ª edição

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