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1988-tcc-npevangelista

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n - 10,7J74"- Tr, r17-1 
kG-TIAR'"' 
S L C Iv! 
e 
ALLiSE rrrTTT,-f,A pr,= ^ "01)(VTNY,M ,L 
OONVENGIO7AIS PARA A 'p0oz_x-,11-YTAtNTA 
DE ,v A471 P.7.:,SCTCULTUZA 40, Ile 77. 
WAiDr PERNA TTANGRLTSTA 
DISSERTAOLD APRESENTADA AO DEPARTAMENTO 
DE ENGENHARIA DE PESCA DO CENTRO DE OL 
tNCIAS AGRARIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO CEARA, COMO PARTE PAS EXIGNCIAS PA 
RA.A OBTENa0 DO TÍTULO DE ENGENHEIRO 
t.;,,t>>.•ffla 
FORTALEZA. 
1988e'.2 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
E92a Evangelista, Naíde Perna.
 Análise química de produtos não convencionais para a formulação de rações para a
piscicultura / Naíde Perna Evangelista. – 1990.
 17 f. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro
de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.
 Orientação: Prof. José Wilson Calíope de Freitas.
 1. Piscicultura. I. Título.
 CDD 639.2
Prof0 AUXILIAR JOSL1 WILSON CALiOPE DE PPPITAS 
ORINTADIM 
COMISSZO EXAMINADORA 
- 
ADJUNTO JOSE RATMUNDO BASTOS 
prof,: ASSISTENTE JOSE W LLIM BEZEMA E SILVA 
a 
Prof— ADJUNTO VERA LUCIA LOTA KLEIN 
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA 
Prof t ADJUNTO JOSE RAIMUNDO .BASTOS 
COORDENADOR DO CURSO DE ENGENHARIA DE PE 
AGRADMIMENTOS 
Ao prof. Jos 6 Wilson Caiope de Preitas, pela ori 
entagao dedioad.a na elaboragao deste trabalho. 
Ao prof. Jos6 Raimundo Bastos, que nao mediu es-
forgos em adar-me. 
Aos colegas LIbio e Me lia por terem me ajuda 
do nos momentos Dreoisoss' 
Enfim p a todos que direta ou indiretamente contri 
buiram para a elaboragao deste trabalho. 
ANÁLTSE-QULT;A DE PRODUTOS AA0 C ON 1.7-7k 4sosfe ,̀t1‘;' 
— A ppuTJ A JA, _ 4t1,e- ss7:-‘ RITIOT?S PARA A PISCICULTURA 
Nade Perna Evangelista 
INTRODUQZ0 
O conhecimento dos componentes dos alimentos e 
das teonicas de rrocessamento das dietas y foran valiosos nos 
estudos basicos sobre nutrigao de peixes, possibilitando, 
dessa forma, a o.J_aboragao de dietas artificiais para o culti 
e 
Ntt de especies, em todo mundoy NOSE (l979), 
A formu1ag7ao de dietas para a piso icultura foi 
no inicio, uma tentativa de fornecer aos peixes, uma raga° 
com composigao semelhante ao alimento natural, das diferen--
tes esacies, BRAEKKAD4 (1 978)e 
Oom o desenvolvimento da piscicultura, houve sen 
e e sivel acr escimo na densidade de peixes por area, dal a neces 
cidade do uso,de rages de diferentes tipos e qualidades, * 
SI:LVA 
Atualmente, emprega—se na piscicultura intensiva 
f6rmu1as alimentícias completas e de elevado valor comercial, 
cooprcemetendo sensivelmente os custos de produgaoe 
Segando SILVA et (1983), enfatizam que os 
gastos com alimentagao de peixes confinados, podem atingir 9 
at 85% dos custos da produgloe 
O uso de produtos no eonvencioY,ais para a fox 
laço de raçBes para a piscicultura te demonstrado ser, uma 
promissora fonte de alimentos para reixes, o que provavelmen—
te viahilizar . o cultivo intensivo dosses animais 
0 presente trabalho tem por finalidade, o estado 
(1981) 
03. 
MATERIAL E MATODOS 
1Za realizagao deste trsbalhos foram utilizados eo 
trac de prodzA;os e sab-produtoo animais e veaetaiss mccntro: 
dos .o 'sado do OcarAs basicmante no Munic29.yfio de Fortale-
za. Entre as amostras de produtos vegetai ss citsmos as 
Caa da vagem de cur.ha; Clitoria Isnan 
Caeca da vagem do feio de corda - Via staansifl 
Coco babZo gyaTrqs crothla 
Feigo de poro 9 Cansval-= enniformis 
Taboo - Trnl,g ao-13nPaasis 
e- de tat.,a Zansevicria ov14,-d7-ico 
Polpa de oselia - Pithocelebilm du.les 
Feno de leucena Lenepeno leucooe-ahaea 
Vagem de groshia Pithecelobium dulce 
Eaquanto que as amostras de produtos e su produtos 
animais,constaa basicamente de farinha de neixe,' 
No processomento da farinha de peixes inicialmente 
fez-se vaa. cocgao Ca materia-priaa sendo reprosentada tento 
ror peixes inteiros Ce baixo valor comerial,couo sub-produ- 
toe da tndllstria pesqueira (resf.,duogs de filetagem). A cocgEo 
da matZria-priaat foi feita com uma salmoura na base de 5$ 
de salt a uma tempe-zatuxs de 100°09 durante 3 a 4 horas. De-
Pois foi realizada una secagem em estafa a 60°U at4 uma unli-
dade em torno de 10%s por u perlodo de 24 a 48 horas. Duran 
to a secagens obtL,..-se grandes fraamentos cue olio triturados, 
ressaltando-se cue todo processo de elabora4o da farinha 
feito do for=a contInuas" 
Az amostras constitufdas por produtos vegetais s Lo 
04, 
e ram s-al.,,, , r1a,1 a lzma. E.A:caE;em natural e mcidas ou moirLho . 
tricog sendo obtido um prod-Ao triturado. 
Posterionzate os prodvtos trfAurados foram submtti 
6' 
dos a vstia ane.lise determinando-se a proteIna (1), pe 
mewdo de T.K .Zoldavlig lasaado-se 625 Co fator de convfzx-
sao do nitrogenIo 0
2
) para, a proteLaa a gordura (2)1 pelo 
1.- ouo ae$axhle v utilizandc-se acetona como solvente orai 
- 
coy onde esta acetona extrai a cordura ao produto em estu. 
do; a udede (1) foi procedida em es4Jufap pordessecaqno a 
temperatura variandf) de 105 a 130°0 0 at peca ç-onstaut-; 
cinza (4) por inoinaraggo em forno mfla a 600°C; a. fibra 
(5) foi determinada por digestZo O1da (112504) e alcalina ( 
NaOH) r fazendo-se a incimeraggto e retirando-se os minerais 
por diforcm9a df, p o; os extratos nao nitrogenadoa0 (o) nor 
exclugo, ou sea v diferen Lagao entre o total da porcenta—
geme a soma das porcentagens obtidas nas cinco primeiras de 
te erminacoes proteinar gordaray cinsas e fibra); o 
chcio (7) g foi determinado por titulaggo com permanganato 
de pot4ssio; a detcrataagZo do f6.610r0 (8) por opectrofoto-
metria e:11 comprimento de ondas de 44,07 3; e a energia liquida 
disponlvel (9) de cada produtog foi determinada de acordo 
com os dados da co=posiçgo qatmica (alie) de cada nutren 
te $ onde lançase L o valores pereentaais da proteinag „ 
gordura e hidnItoo de carbono (E.N.N.) g obedecendo-se as se-
gaintes coerelaqUeG: 
lg de Protelna bruta libcra 30 8 l te energia li- 
quida dispcn!xel. 
e 
le de rdum libere 870 kol de energia liquida 
disporlvel. 
le de Hidrato de Carbono libera lt 6 kcal de energia 
liquida disoonilvelo 
• 
Tudo as acordo coll a 1.0.A.C. (l965).' 
1300,-CM eford=irsot aparecer 
T.,T.110.(11TRA 
Para um maior esclarecimento sobre o que se 
Isando adquirir conhecimentos no qua diz respeito 
natrigKo de peizess Ue • fmudanontal importancia osolarecer 
O que foi realizado em mrol ao uso de produtos nao convenci 
naiSx na .1m^e.sel, para„ra a 
visto a insttficancia de plimento natural* 
0 valor nutritivo de um alimentoa rEo depende some 
te do teor de vatri.entes nele contidosv mas tambeu da habili 
dado do aaiaal cm digerir e assimilar os nutrient' desses 
limentocg VITH. (1978)0' 
Poucos so os alimentos utilizados pelos antmais' 
nv,L forma em que so iageridou0 A digostetio implica DD fmcio 
namento dos aminoLidos das protelaass como tambta os car—
bohidratos com2lexos devem ser reduzidos a açucares simples 
e as gorduras so hidroliada2 em ácidos inados (mono ou 
dicliceAdeos) antes que os nutrienteo sejam absorvidosv 
sam (1978)„ 
Segando PAIVA (1971)v as 
em quantidades pequenas e moderadas enquanto as fibras 
hidratos de carbono;estZio praticamente ausentesa 
0 nível proteico de um ali7aento ideai, sera aqu.e—
le que possibilitar u,nt bom crescimento, coa pequena comer 
ew . 
ea° de protexna e energias GOYIM! (1979)0 
Segundo SMITH (1979) as gorduras apresentam 
nor varia9lio na com-ocsigao v0a do que as protelnas e 
carbohidratos0 
Os lipldeos se constituem em fontes de energiade 
aroveitacento imediato pelos peixes A maioria dos eotudoe 
05. 
tfft—Au 
Gat 0 
e 
06. 
indicam our,, os eixe po7. e-,* - dos gdi L, ''' e",0 - 3 
entes da dieta na forma de gorlaraD de zde que provida oem 
teores Rdecmaelos de colinav metionina e tooeferolp NALVEZ 
(1,972).:' 
Todo em vta a nsosssiaade de um levaatamento, 
das priwpai araatenstleas,,a3 algtuts proZlutos vegete u 
saCios neste eztudo, BROA (1960) • dosereva sobre os mesmoo 
e , 
contrit=nao assimg para o oonhecimento das qualidades das- 
fNci!i vegetaisp que poderao particiar da formulaçao de raco- e 34 
tanto do p=to de vista natritivoe COmo tambefA e..tonQaiocp a 
cegairs 
CASOA DA V4.CEH D UNE1 Ol1to:z7.1;_a Licu 
Abrange representantes da famIlia das leguminosas 
papiaionO'ideas. 
So pequenz:s trepadeiras de folhas piadas oem 
5 - 7 follolos. Apresentam flores grandesv arilart)s. solit;-
rian9 azuis ou olaraso 
O fruto uma vagem achatada que tom 2 linhas ca 
las 6e cada lad°, 
SZo pantropioaisp (vie se estendem do Amazo=as at4 
So Paulo, inolusivcD GdiAsv V,:a1,7o Grossot, Minas Gerais.' 
Lindaraente ormTlenta19 floresce quase todo o an 
0 
C se presta para oanmmanoh5es. Or1,4inaria da Afrioao 
OASOA DA VAGELI DO PELQii.0 DE CORDA Via 
Endl, 
Da falia das leguwjnosa papilionaideas.' 
E uma plat ap aatAalp vol4701D glabra prostrada ou 
trepadeira. Possui folhas glabras p trifclUadas co rA os foiL-
los laterais statricoso 
de dif-fcil sistematizagao, mesmo no campo da denon,-. 0 PC 
Pular, cue se mostra extremamente variFivel, 
6 
E tambem conhecida atraves dos estudos como fei 
•-- Jo de praia, de macassar ou de macassa, J.e.L.3ao miado 
C7 . 
4_„.„ 1-pin,,es au ''T'rec'en+P flores grandes, 
brancas de carena aguda, na extremidade de longos pea:ancu 
los axilares* Sua vagem cilindx-Icea„ reta au levemente cur 
multisseminada, comprida. Clv'ao de casca iieiremente ra 
gosa unicolor ou multicolor de acordo com, a forma agricoa. 
E portarnto o feig.o mais cultivado no IordesteVi 
ve e produz bem desde o litoral at 0 sertao mais aspero,, 
Devido a brevidade de sea ciclo vegetativo, prin. 
iso 
- 
e calmente devido aos curtos períodos pluviais Aeri ,« 
e 
-ariaa Nordestina, possui propriedades notavels, 
p 
E um bom alimento, como tamoem toda pIanta exc 
lente forrageira, fenada ou verde, Adubo de primeira gaali-
dade: 
Origin'Iria da Am;rica do Sul, cultivada em todas 
as regi6es quentes do mundo possui grande numero de formae, 
4. 
4 
e Caupi (do inales COWPEA), 
0126 DE :MT - Sansevieria lirca *Poi, 
A Pertence a fENmilia das liliLeas„ uma erva nere 
net com folhas inseridas en torro do rizoma, cillndricar,„ 
apresentando I - ly30m de comprimento, robustas, un tanto 
inclinadas, verdes-escuras, almas vezes palidamente listra 
das, acuminadas, coasionalnante estriadas* Possui flores ei 
racemes de 3.1acm 
vermelho,;' 
comprimento, bra=o-oreme„ tingida$ de 
E originaria da Africa Tropical* Espada de Ogam e 
Espada de z)ao 
Rio de Janeiroo' 
na Bahia*, rabo de lagartQrzebriaa no 
E tembem conhecida com o nome de rabo da tatuo' 
rig'10,0 riAa4 nicronhvlla, Barb .Rodr 
 
. 0 - Palmg,cia9 com espiquegolitarlov ereto eilIdnrzco, 
irrt,gularzerite anelado at -s' 5 metros de comprimento, 20 cm de 
diametros pol4,1 Ls vezes mais. 
Apresenta as folhas Thrrageras, os frutos maduros' 
-oolDa mucils.P.inosa e adocicada, come animaislve7. Os animais as . 
procuram o gado suíno nele encontra um dos melhores pastos 
engo 
0 
da. Produz &e boa qaalidade para a alimenta 
Sao Plantas encontradas nos tabuleiro • I toraneos, 
nos sopas e at meia encosta das serras frescas ou secas„ 
mesmo no sertgo. 
0 0 
0 albumen e alimenticio, e aparece nos meroado3 
rosariosp formados por uma centena zoquilhos. 
9 
E encontrado no Cera v com o nome Baba° ou Coco Ba 
cao vai do Nordeste ao Rio de Janeiro* 
FEIJX0 DE PORCO Canavalia ensiformis D.C. 
E una planta vivaz que apresenta caule e ramos se. 
ml—voluvels nas extremidade, glabros, de folhas trifoliadasp 
corirIceaz, com follolos ove agudos, urn tanto pubesce tes na 
pagina in.2erior. Possui flores vermelho—arroxeadas em racernos 
axiliares, longamente pedanoulados. 
Apresena vagem comprida, pendente 9 encurvada, atr, 
30 cm de comprimento.se com3nervu.ras longitudinais. Quando ma 
duras ou soas, se tornam toxicas pela presenqa do Elcido 
prussic°. 
FENO DE LEUGENA Leucaena leueocenhea 
C cm 
O9. 
Em c-w-, e,-o de legvninosa e tropical e tropical, 
lenhosas to intimamente I Aa ao YeY,e'r'o 
_0 naria da America Central? consiste talvez uma d ia de espe 
4A.9 
cie se A mais importante destas 4 a 3:4,- leueocenhala (Lam,) de 
WITs primeiramente conhecida coao " gamma" Iargamente re 
Conhecida pelos cultivadores de forrageiros (forragem) ccmo 
U ma potencial °Alfafa dos tr661Dicos" 
ndo MEWBAKER ‘196511s - uao de Leucenas 
nalmocioellhaer4 er- 1.ma-of.s produz uma sArie de ta toro 
0 
patologicos em animals n7.4o rumtnanteos pelo fato dauei ve. 
tel possuir ura alcoloide chanado milaosiaa siaa compozi- 
ao qulalcap de alta tolzidezQ 
Netos (1986)s apresentando uma dierta 
gao ao Departament,o de Engenharia de Pescas afirma o segtv 
e eb 
te: "Apos o la mes ae arrcoaientos verificPos que Os poi. 
xes alimentados com a dieta Bs apresentaram um ganho de pe-
ao . e crescimento reduzidoss em relagao as outras rag3eso'Tel 
ocorria foi repetida nos demais mesess at o final do ex-
perimento. kereditamos que a participaçao do feno de leucena 
na dieta. Bs tenha sido responszlvel por tal fatos jES, qeo 
mesmo co2t6m substancia t6xica.em sua composl.cao, 
TABUA 7-11"1 domimat,nsin 
So Diantas perenee, rizomatosass de caules mais 
ou menos cilindrioos esponjosoos flores linearess oorii'oeass 
ensiformese 
Apresent= suas flores e hastes que do excelente' 
ce/ulose, Os rizcaas sao grandee e oaraososs ricos de amido 
(464) e de sabor agrad6,1x sao comestIveise' 
POLPA E VAGEM DE GROgLIA - Pith 'A)Uc.,,u dulce 
11, 
RESULTADO 
Os dados das iise 315:mica- dos prodatos 
,tais e miaf3isg, estudados neate trabalb so mostrados a 
tabela 
A farinha de peixe, unlco produto de origem animal 
utilizo Aeste trabalho, troa em elevado teor proteico de 
535 sendo considerado um. excelen:te D.Wzriente, foraeoedor 
e , 
de proteIma, para a foraalaqlo de ragZes para peixes, 
aatm lado este .T.;odato apl'esentou teores de cicio e f6sio 
rot, um pouco elevados„ o que difc-o-za o balancEgaento ade-- 
a 
quado desses elementoo, no caletzlo das dietas. Os demais oom 
ponenteo da farinha de peixe, eneontram-se dentro dos vaio 
res esperados para o referido produto, 
Entre os produtosde origem vegeta1 podemos 
car o feno de leucena, cue mostrou o maior teor de protelna' 
de2,4%sendo considerado um bom n4vel proteico D em se tratan 
do de vogetai por&n jL; ficou comprovado em experimentos de 
arragoamento de peixes, com ra93es onde este. produtos figu-
rou como um dos commonentes, que os animais tiveram redugZo*' 
drAstica, nos ganhos de peso e comprimento, Este fato foi a- 
tribuldo a participagao da leucena na dieta, e_ virtude 
te nutriente possuir um a1oP1Side ohamado mimosina em 
dAS.. 
etta • 
composigo quimica, de elevada toxidez, Neto, J 986 
O feio de porco, apresentou 14,55,de nrotelna, 
sendo um valor acima de certos produtos vendidos comercial
IT,enter tais como trigo, o sorgo e o milho. AIL de aprezen-
tar valores adequados para a gordura, fibra e extratos . na 0 
er4 
nitrogenados, o que o torna um elemento reoomendavel parara 
gBes.;'' 
Os nutrientes analisados, que apresentaraa 
e-ta 
Oz. 
vel porcentagem de sendo coasiclerados aprovet&ve 
seguintesz vargem dc gros61a„ com 
00-p; pol -,4, 6.=, .4. -,..,,,,,,, r2& ia 4 groseLlae com 10X-3f, apresentando 7a,A ---...,...,.. 
veriento de possuir ur. elevado teor de calcio; ea casca da , 
- vagom de ouang cola 85, porem co., uma elevada po=entaTem' 
fibra, visto 
0 cip6 de tatue a o coco babo e a casca 
da vagem do feigo de corda, alem de apresentare,i baixos 
teems de protelnas„ ainda npresentporcentageus adaua 
das d fibras,, o que os caraczerizam como ingrediemtos desa 
cose-havei ra paiciare da el&boragg.o de dietas para 
a p±.5,3icuittlre. 
HAUER (1972) ciorna que as gorduras consti 
tue.-se fontoe de energia, de aproveitamento imediato pelos 
peixes, Be acordo com estudos realizados, os peixes utilwrn 
de 20 a 10% dos ingredientes da dieta, na forrna de gorduras 
Entra os produtos vegetais,o coco babo apresentou o maior 
valor de gordura, na ordern de 17,250 portanto, acima do reco 
mendados' Este produto, porklm, produz oleo de boa qualidade 
De acordo com Paiva et alii, a faixa de gordura aceit6mel pe 
lo e peixes, em rages secas, esta situada entre 4 a 105, al 
sejaquantidades pequenas e moderadas. Outro produto que 
apresentou teor de gordura um pouco elevado, foi o feno de 
leucena, com 11,5%. A casca da vagem de cunha, apresentou 
um valor ,,,uito baixo de gordura, da ordem de 0p82i% sendo 
que a casca da vagez do feijZo de corda, bem como a tebua„ 
apresentarem valores baixos, na ordem de 1,6% e 3,6% respeoti 
vamente, Os demais produtos, nostraram teores rasoaveis de 
gordara, portanto, dentro dos valores normais esperados, 
is para dietas, P. sao OVZ -"La 
=tee a naioria dos peixes no conseguem dice 
r1.r as fibras,' 
sac 
Oe carbohidratos ou extratos nao nitrogenados, nao 
utilizados. Delos animais como nutrientes para o crescizen 
to e SiMp CO= uma fonte de energia, Se0ndo PAIVA et alit, 
a cencentreço de extratos no aitrogenados, oscila eatre 
20 a 50% de uma rafglo. A polpa da grosala, apresentou a aa-
ior valor de extrato laao vi-trogenado, ilma.1 a 59,e,, estando 
um pouco acima do valor referido, be como, a do feijao de 
porco, cc= um valor de 51,2V, sendo considerados bons for-
ne edores de energia. Todos os outros produtos de origem ve-
getal, apresentaram valores recccndados pela bibliografia 
Citada 
As fibras dao dificies de serem digeridas pelo pci 
e 
nes. Ocorrem em quase todos os ingredientes basicos, cue ser 
vem de natrientes para os animais, Segando alguns nutricio--
nistas, na formulaglo de WM raga° para peixe, o valor de fi-
bra deve ser de no mAsimo 1O Outros afirmam que chega P.;4 
20%0 
Entre os produtos analisados, o que apresentou 
maior valor de fibra foi o cip6 de tatu, com 46,8%0 portanto, 
muito elevado. A tabaa, casca da vagem de cunha e a casca da 
vagem do feijao de corda, tamb'jm apresentaram teores eleva 
do de fibra, respectivamente 31,1; 32,7; e 35,35% 
Com relagao ao balanço oho 
e 
o fosforo, estudos tem 
demonstrado, que muitas dietas para peixes,no contam teo-
adequados de fosfatos, HALVER (1979). Ainda de acordo * 
com o referido autor, as dietas para peixes devem conter de 
3 a 5g de cglcio e 3 a 5g de sforo por kg. Analisando a 
polpa de grosglia, verificamos que a mesma apresentou uma 
concentragle de ckcio muito elevada, na ordem de 3,07%,sen-
do considerada inadequado, principalmente em se tratando de 
re 
15 
LovAJLJUot,P4 
Nas condigoes experimentais de labora 
obtidas as seguintes conclusoes: 
to, foram 
1- A farinha de peixe, zic, vem sendo largamente utilizada co-
mo alimento para peixe, em virtude do sea alto teor proteico 
excelente converso alimentar e custo razoavelmente baixo- 
0 feno de leucena, podedi figurar como nutriente para 
ragoes para a piscicultura, desde Tie seja feito um trat -men 
03.C4 
to ..pe'ov N-sando neutralizar a aço de toxima, sem 0 
que este produto deve-a ser excluido 4a lista dos oomponen, 
te s de uma dieta para peixe; 
3- 0 feijao de por-co, a vagem de grosglia, a polpa de grosj, 
lia e a casca da vagem de cunha, poderlo ser utilizadas como 
fonte de protelnas, sendo que o ltimo nutriente deve parti- 
cipar em pequenas preporgoes, devido o sea elevado teor de 
fibras; 
4— 0 cii-o de tatu a tabua, o coco babo e a casca da vageme 
." 
do feiza0 de corda, no apresentaram valores adequados nas 
suss Llalises qufmicas, para serem recomendados para particti 
parem com nutrientes de uma _.ragao balanceada para peixes; 
5- Recomendamos a utilizagao dos produtos que se mostraram 
r. 
adequados em suas.:compoSigoes quialicas, para participarem da 
elaboragao de Irma dieta para peixes, com a finalidade de tes 
tar a eficiZncia nutritiva das mesmas. 
CV00,1 
Pi 
16 
q"." 4 1:.'T 
No presente . trabalho, estudamos a composigao Quimi 
ca brita da farinha de peixe, feno de leucena, leuoaena 
4 
leu 
cOcere-* polca. de, 
, 
Pit10-0014 r, duloe; vagem 
- 
de — 
e 
groselia, Pithecelobilim ,z'ulce; otpo de tatut.,. Sansevieria 
OM•1•00.3 .47933, 
coco babo, Syafzras 
saNat 
g414-4 •. telmaea; 
da vagem dó feijão de crodzp Via sl.nensis e fej0 ao de por- - 
oe Oariavalin ersiformtso Todos os produtos fora a pressa
ds estocados en foras trituradas e enuao determinadas uu- 
as composigZes oxLmicas elementares, contribuindo para o co-
nhecimento das qualidades nutritivas desses produtos (tabela 
I)4» 
. Algans. prod-atos analisados, mostraram-se adeqaados 
para a formulagn de ragSes balanoeadas, para a aimerztagaob 
de peixes Salientamos o:ae, os dados obtidos das analises 
quimicasp a ocorrenola e a abundancxa desses produtos no Nor e . 
. . 
d'este brasileiro, atingindo valores prZ-determinados pela li 
teratura, bem eomo o baixo valor econSmico dos mesnos, jus 
tificam a oontinuagao dos estudos, consequentemente, o apro-
veitamento desses produtos na alimentagal de peixes, criados 
intensivamente, o que provaelmente, minimizarA os custos de 
produao desses animais • 
lindrioa; tabua., Thvnha domingensis; 
eacess oda7.-sn 
cro.1hrilat casoa da vagem de ounb.a, 
3- BRAEKKANp 0,R 
CAS2AGNOILI 17A 
Jalacr, de Dietaa para 
,,Indatentos de 
4_eg (INtiN 
de peixes itet. .±..` a4ft, 7-; 4.) 
leAr.eo "Oa 
• 
CASTAGNOLLiv N 
Livreceres, 
1979 - ndamentoe y re-ysi,7^ 
D . 31 - 47. Sao Paulo, 
A 
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BRAGA, RENATO - 1960 - 
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Fortaleza-Ce. 
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6- OkLf0PE DE PREITASp 1986 - Alientaço de Ic 
 
 
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DissertagZo apresentada ao Departamento de Engenha7'ia 
de resoa do Centro de CiZneias Agrilrias da Universida 
de Federal do CearL 
Proteína 1,127to,arl neNwEv C 'P .., 1979 2L-r,t1,z,=" caaa, 4-12 - t 
Pelos Peixe,7. In fundamentos de e nutrirgio de peI7e. Li 
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TABELA I 
DADOS REFERENTES A. ANALISE QUIMICA ELEMENTAR DO'S PRODUTOS ANIMAIS E VEGETAIS QUE PARTICIPARAM DESTE TRABALHO. 
NUTRIENTES % 
PROTEINA 
% 
GORDURA 
EXTRATOS NÃO 
NITROGENADOS 
ENERGIA L/QUIDA 
DISPONÍVEL 
% 
FIBRA 
% : 
UMIDADE 
... 
% ' 
CINZA 
% 
CÁLCIO 
% ' 
FÓSFORO 
FARINHA DE PEIXE 58,5 5,0 9,8 2780,3 0,5 8,4 17,8 2,90 2,62 
FENO DE LEUCENA 20,4 11,5 29,1 2160,8 17,4 10,0 11,6 0,74 0,12 
POLPA DE GROS2LIA 10,3 7,1 59,1 . 1906,6 5,3 15,0 3,1 3,07 0,18 
VAGEM DE GROSELIA 10,5 5,0 45,8 ,, 1531,8 19,4 14,8 4,5 1,28 0,18 
CIPO DE TATU 6,5 4,8 22,0 
, 
983,0 46,8 11,5 8,4 1,48 0,15 
TABUA 6:7 . 3,6 35,3 1107,4 31,3 13,1 10,0 1,41 0,12 
COCO BABAO 5,7 17,2 45,2 2315,8 9,8 17,9 4,2 0,57 0,22 
CASCA DA VAGEM 
DE CUNHA 8,1 0,8 42,7 1057,9 32,7 . 11,2 4,4 0,72 0,61 ' 
CASCA DA VAGEM 
DO FEIJÃO DE CORDA 5,2 1,6 38,2 936,9 35,3 16,7 3,0 0,34 0,5 
FEIJÃO DE PORCO 14,5 5,6 51,3 1819,3 7,9 19,2 1,5 0,37 0,91 
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