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COMO PENSAR TUDO ISTO?
Filosofia – 10.o Ano
CADERNO 
DE APOIO AO 
PROFESSOR
Ana da Gama 
Domingos Faria
Luís Veríssimo
Questões 
+ Soluções
Temas/Problemas
Soluções 
do Manual
Planificações
Fichas de avaliação 
+ Soluções
Guião de recursos 
multimédia
Material 
complementar
Guiões de 
visionamento de filmes
da
1© Como pensar tudo isto?
ÍNDICE 
Apresentação ................................................................................................................................ 3 
Guião de recursos multimédia ...................................................................................................... 9 
Ensino Digital .............................................................................................................................. 21 
Planificações ............................................................................................................................... 35 
Cidadania e Desenvolvimento e exemplos de DAC ..................................................................... 49 
Laboratórios mentais e Cenários de resposta ............................................................................. 57 
Material complementar .............................................................................................................. 77 
Guiões de visionamento de filmes/séries ................................................................................. 145 
Fichas de avaliação e Soluções/Cenários de resposta ............................................................... 157 
Questões e Soluções/Cenários de resposta .............................................................................. 223 
Temas/problemas do mundo contemporâneo .......................................................................... 279 
Como avaliar ensaios filosóficos ............................................................................................... 295 
Como avaliar apresentações orais ............................................................................................ 301 
Soluções/Cenários de resposta de #agora_pensa e #agora_pensa_mais ................................ 307 
3© Como pensar tudo isto?
“De mim não aprendereis filosofia, mas antes 
como filosofar, não aprendereis pensamentos para 
repetir, mas antes como pensar.”
Immanuel Kant
COMO PENSAR TUDO ISTO? 
Ao desenvolvermos o manual Como Pensar Tudo Isto? procurámos fundamentá-lo nos três seguintes 
pilares principais, tendo em vista uma aprendizagem significativa das competências filosóficas essenciais.
Tal como é sugerido pela citação em epígrafe e pelo próprio título do manual, acreditamos que, no 
ensino da filosofia, o que importa não é dizer aos alunos o que pensar, mas sim como pensar, ou seja, muni- 
-los de um conjunto de ferramentas que os ajudem a pensar de modo e acerca da 
natureza da realidade, do conhecimento e dos valores, desenvolvendo uma compreensão mais profunda de 
si próprios e da realidade que os rodeia.
Por este motivo, consideramos que é essencial não perder de vista os . São eles o ponto de 
partida para todo o trabalho filosófico e as e estudados devem ser entendidos como 
 para os mesmos, pelo que devem ser submetidas a uma cuidadosa e 
não ser ensinadas como uma simples coleção de ideias para decorar. 
Para favorecer este tipo de ensino, e não uma mera retrospetiva da história do pensamento e das 
ideias, todas as secções deste manual se desenrolam em torno de 
expressamente formulados na abertura das mesmas, sendo os e as dos filósofos encarados 
apenas como um contributo valioso para a e acerca dos mesmos.
Assim, os três primeiros capítulos dedicam-se a problemas relacionados com as 
, os capítulos quatro a sete dedicam-se aos problemas filosóficos destacados nas 
Aprendizagens Essenciais e o capítulo oito apresenta um conjunto de orientações sobre como escrever um 
ensaio filosófico e disponibiliza o acesso digital a conteúdos relativos a dois temas-problema: a erradicação 
da pobreza e a guerra e a paz. 
São assim abordados ao longo do manual os seguintes problemas centrais: 
• Capítulo 1: O que é a filosofia?
• Capítulo 2: Como distinguir argumentos válidos de argumentos inválidos?
• Capítulo 3: Como evitar argumentos falaciosos?
• Capítulo 4: Há ações livres?
• Capítulo 5: Há coisas objetivamente certas ou erradas?
• Capítulo 6: O que torna uma ação certa ou errada?
• Capítulo 7: O que é uma sociedade justa?
• Capítulo 8: Como escrever ensaios filosóficos?
4
Apresentação 
© Como pensar tudo isto?
Para além de estruturar o manual em torno de problemas, procurámos criar um manual que se 
ajustasse às diferentes necessidades de cada professor e de cada turma fornecendo 
o manual conta com (i clássicos e contemporâneos, que podem ser alvo de uma análise 
direta em sala de aula, mas também conta com (ii) uma , num 
com os alunos, das principais ideias e argumentos incluídos nesses textos, bem como com (iii) a 
 na forma canónica dos argumentos centrais sob análise. O professor pode optar por explorar cada 
uma destas três possibilidades isoladamente, ou combiná-las do modo que considerar mais 
. 
Tivemos ainda a preocupação de fazer um manual que potenciasse a eficácia do processo ensino- 
-aprendizagem, pois quer no início de cada secção, onde são 
enunciados de forma clara e direta os objetivos a atingir, quer no final, onde são apresentados e 
detalhados dos conteúdos. 
Além disso, incluímos um diversificado leque de e de ao longo da 
exposição dos conteúdos, bem como no final de cada unidade de aprendizagem. 
Por fim, resta-nos destacar que, para favorecer a motivação dos alunos para a aprendizagem, este 
manual oferece também um conjunto de que incluem um , um 
, um , e que apoiam a exposição de conteúdos, 
atividades interativas para consolidação, entre muitos outros recursos – todos eles contribuindo para tornar 
o ensino da filosofia mais e .
Estaremos sempre ao vosso dispor para esclarecimento de e e 
 com relevância filosófica.
COMPONENTES DO PROJETO
• O manual Como Pensar Tudo Isto? encontra-se dividido em oito capítulos e segue diretamente as 
Aprendizagens Essenciais.
• No início de cada capítulo, é identificado o problema central, seguindo-se um estímulo inicial – um 
laboratório mental ou experiência de pensamento – para introduzir e motivar os alunos para a 
discussão do problema em causa.
• Em diversos capítulos são apresentados diálogos sob a forma de banda desenhada que ajudam o 
aluno a captar os aspetos essenciais da discussão de uma forma didática e divertida. Códigos QR 
permitem o acesso a outros diálogos, que se encontram reproduzidos também no Caderno de 
Apoio ao Professor. 
• Em alguns capítulos, na rubrica "Ideias em diálogo", são apresentados diálogos imaginários entre 
filósofos, que ajudam os alunos a compreender algumas das ideias em confronto no capítulo.
5
Apresentação 
© Como pensar tudo isto?
• Os diálogos recriam o ambiente da popular aplicação WhatsApp e trazem os filósofos e as suas 
ideias para o universo dos alunos. 
• Os textos de filósofos são acompanhados, sempre que pertinente, da ideia-chave do texto, para 
apoio ao trabalho de análise pelos alunos. 
• Ao longo das páginas de exposição dos problemas, teorias e argumentos surge um leque muito 
diversificado de questões de interpretação e revisão, bem como propostas para discussão.
• Notas laterais ao longo do manual, para o aluno e para o professor, ajudam a esclarecer melhor 
certos conceitos ou fornecem informações sobre outros aspetos relevantes.
• No final de cada capítulo é apresentada uma síntese sob a forma de esquema e de texto por tópicos.
• Também no final de cada capítulo, um teste formativo permite ao aluno aferir os conhecimentos e 
competências adquiridos.
Encontra-se organizado da seguinte forma:
• Orientações para o estudo 
• Orientação para os testes 
• Orientações para ler um texto filosófico• Orientações para apresentações orais 
• Resumos e fichas de verificação
• Fichas formativas 
• Textos de apoio e questões de verificação da leitura 
Inclui as seguintes secções:
6
Apresentação 
© Como pensar tudo isto?
Introdução 
CAPÍTULO 1
1.1 O homem que fazia perguntas (professor/aluno)
CAPÍTULO 2
2.1 Guião para fazer derivações (professor)
2.2 Guião para fazer árvores de refutação (professor)
2.3 Os três quadrados lógicos (professor)
CAPÍTULO 3
3.1 Argumentação e retórica (professor/aluno)
3.2 Filósofos e sofistas (professor/aluno)
CAPÍTULO 4
4.1 A rede conceptual da ação (professor/aluno)
4.2 O compatiblismo contemporâneo e os casos de Frankfurt (professor/aluno) 
4.3 Diálogo sobre a análise condicional de “possibilidades alternativas” (professor/aluno) 
4.4 Diálogo sobre a objeção da responsabilidade moral (professor/aluno) 
CAPÍTULO 5
5.1 Uma excursão pelo não-cognitivismo (professor)
5.2 John Mackie e a Teoria do Erro (professor)
5.3 Diálogo sobre a natureza da moralidade – subjetivismo (professor/aluno) 
5.4 Diálogo sobre a natureza da moralidade – relativismo (professor/aluno) 
5.5 Diálogo sobre a natureza da moralidade – objetivismo (professor/aluno) 
CAPÍTULO 6
6.1 Os dois níveis da ética normativa (professor)
6.2 Diálogo com a objeção ao hedonismo (professor/aluno)
CAPÍTULO 7
7.1 Utilitarismo, maximin ou o óptimo de Pareto? (professor)
Guião 1: A Onda
Guião 2: Sherlock 
Guião 3: Obrigado por fumar
Guião 4: DEVS 1.6 
Guião 5: 7000 milhões de outros
Guião 6: Dr. House 
Guião 7: John Q. 
7
Apresentação 
© Como pensar tudo isto?
– Erradicação da pobreza
– Guerra e paz
• 
• – software capaz de gerar um leque ilimitado de exercícios. 
Entre as várias tipologias de exercícios disponíveis, encontram-se as seguintes: 
– completar tabelas de verdade para classificar fórmulas proposicionais e argumentativas;
– completar formas argumentativas de acordo com as regras de inferência estudadas.
Inclui uma calculadora de tabelas de verdade e de inspetores de circunstâncias que permite analisar 
se uma proposição é tautológica, contraditória ou contingente, verificar equivalências lógicas e analisar a 
validade de argumentos. Deste modo, facilita tanto o estudo autónomo como a correção de exercícios em 
sala de aula. Contém, ainda, as funções de cópia e download das tabelas geradas, para o professor poder 
usá-las na elaboração dos seus materiais.
 – um jogo interativo no qual o aluno se serve das suas competências dedutivas para 
solucionar diferentes crimes, sob a orientação do Inspetor LeBeaux.
– para construir um perfil ético em função da resposta a dilemas 
morais.
– permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, selecionando o 
tipo e o número de questões, o capítulo ou os capítulos que serão testados, e a origem das questões 
(exames nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são disponibilizadas com solução ou cenário 
de resposta.
 – exercícios com correção automática para:
– Quadrado da oposição
– Tradução
– Regras de inferência
 para todas as secções de exercícios do manual
8
Apresentação 
© Como pensar tudo isto?
– Como formalizar proposições
– Como construir tabelas de verdade
– Como formalizar argumentos
– Como construir inspetores de circunstâncias
 para os capítulos 1 a 7
com vídeos relacionados com todos os capítulos
 para todos os capítulos
 para o aluno e outros exclusivos do professor
para facilitar a adaptação dos recursos às 
necessidades dos professores.
© Como pensar tudo isto? 
Título 
Título
Guião de recursos 
© Como pensar tudo isto? 
Recriação da Alegoria da Caverna, de Platão, que pretende 
despertar a intuição de que se nunca questionarmos as bases 
fundamentais da nossa existência estaremos a expor-nos ao risco 
de viver uma vida pouco autêntica.
Divertida animação de um diálogo ficcionado entre Sócrates e 
Polemarco em torno da questão “O que é a justiça?”. O diálogo 
recria o ambiente da popular aplicação WhatsApp. 
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação de um cenário digno de um policial, com um crime, 
vários suspeitos, algumas pistas e um Inspetor, que se serve das 
suas capacidades dedutivas para descobrir quem é o assassino. 
Pretende-se ilustrar como funciona a dedução e como esta pode 
ser útil em vários contextos.
Animação tutorial sobre Como formalizar proposições?
Animação tutorial sobre Como formalizar argumentos?
Animação tutorial sobre Como construir tabelas de verdade?
Animação tutorial sobre Como construir inspetores de 
circunstâncias?
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Simulador de lógica formal dividido em quatro áreas distintas: 
• Classificar fórmulas proposicionais.
• Classificar fórmulas argumentativas.
• Completar fórmulas argumentativas.
• Calculadora de Tabelas de Verdade e Inspetores de 
Circunstâncias.
Permite gerar exercícios de forma ilimitada para que o aluno 
aplique e consolide os seus conhecimentos de lógica formal 
através do preenchimento de tabelas de verdade interativas, 
classificação de fórmulas proposicionais e questões de 
classificação e/ou completação de formas argumentativas. 
Conta ainda com uma calculadora de Tabelas de Verdade 
e Inspetores de Circunstâncias para facilitar a análise de 
proposições e argumentos, tanto em sala de aula como no 
estudo autónomo. 
A calculadora permite:
• Construir automaticamente Tabelas de Verdade e 
Inspetores de Circunstâncias – contém funcionalidades de 
cópia e download das tabelas e inspetores gerados para 
facilitar a utilização das mesmas.
• Analisar se uma proposição é tautológica, contraditória ou 
contingente.
• Analisar se duas ou mais proposições são equivalências 
lógicas.
• Analisar se qualquer argumento é válido ou inválido. 
Neste jogo, o utilizador é colocado no papel de um investigador 
que deverá analisar logicamente a informação obtida num 
cenário de crime. Este processo levá-lo-á a aplicar diferentes 
regras de inferência, exercitando-as enquanto sistematiza a 
informação que o ajudará a resolver o caso. No final, recebe 
feedback dinâmico que valida ou invalida cada uma das suas 
escolhas e o resultado final. 
© Como pensar tudo isto? 
Acervo de questões de escolha múltipla com correção 
automática sobre o quadrado da oposição, abordando os 
diferentes tipos de proposição, as relações lógicas existentes e a 
aplicação destes conceitos em variados casos práticos.
Acervo de questões de escolha múltipla com correção 
automática contendo exercícios de tradução das proposições da 
linguagem natural para a linguagem simbólica e vice-versa.
Acervo de questões de escolha múltipla com correção 
automática contendo exercícios sobre regras de inferência.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções deexercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação de um excerto do livro O Principezinho que relata 
o encontro do protagonista com um bêbedo que raciocina 
de forma falaciosa. Pretende ilustrar a falácia informal da 
petição de princípio (raciocínio viciosamente circular) e alertar 
para a importância de evitar falácias informais, quer quando 
argumentamos quer quando avaliamos os argumentos dos 
outros.
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Acervo de questões de escolha múltipla com correção 
automática contendo exercícios sobre lógica informal.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação de um excerto de um diálogo de Clifford Williams 
sobre o problema do livre-arbítrio. Neste diálogo é explorada 
a linha de defesa do advogado Clarence Darrow, que tenta 
reduzir a pena de dois criminosos alegando que estes não são 
responsáveis pelo sucedido, pois a sua ação foi a consequência 
de fatores que eles não controlavam. O objetivo é testar as 
implicações do determinismo e despertar os alunos para a 
discussão do problema do livre-arbítrio, mostrando a sua 
relevância para a questão da responsabilidade moral.
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Diálogo sobre a análise condicional de “possibilidades 
alternativas”.
Diálogo sobre a objeção da responsabilidade moral.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação baseada num videojogo de ficção científica chamado 
“Mass Effect”. Vestimos a pele do(a) Comandante Sheppard que 
viaja pela galáxia cruzando-se com uma enorme diversidade 
de espécies, cada uma com as suas tradições e costumes e 
com as suas noções de “certo” e de “errado”. Esta diversidade 
faz com que o(a) Comandante se aperceba de que, mesmo no 
seu planeta, existem diferentes culturas e diferentes opiniões 
acerca do que é certo e do que é errado, o que faz com que se 
questione acerca da objetividade da moralidade. O objetivo 
desta experiência mental é levar os alunos a interrogar-se acerca 
da natureza dos valores e dos juízos morais.
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Diálogo sobre a natureza da moralidade – subjetivismo.
Diálogo sobre a natureza da moralidade – relativismo.
Diálogo sobre a natureza da moralidade – objetivismo.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação baseada no videojogo “The Last of Us”. O jogo retrata 
uma realidade paralela em que a civilização foi dizimada por uma 
terrível infeção. Os poucos sobreviventes vivem em zonas de 
quarentena altamente policiadas, ou espalhados em pequenos 
povoados e grupos nómadas. Joel é um contrabandista a quem 
foi confiada a mais importante missão da história da humanidade: 
conduzir a jovem Ellie, que desenvolveu imunidade à infeção, até 
uma instalação médica do outro lado do país, onde uma equipa 
de cientistas se prepara para a receber e usá-la para desenvolver 
uma cura que salvará a humanidade do risco de extinção. Perto 
do final, Joel é confrontado com a seguinte decisão: deixar que 
matem Ellie para salvar o futuro da humanidade, ou salvar a 
jovem impedindo o desenvolvimento da cura. Este dilema moral 
visa testar as intuições consequencialistas ou deontológicas 
dos alunos, servindo assim para abrir a discussão em torno do 
problema da fundamentação da moral.
Divertida animação de um diálogo ficcionado entre Kant e Mill 
em torno do valor da felicidade. O diálogo recria o ambiente da 
popular aplicação WhatsApp. 
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
Diálogo sobre a objeção ao hedonismo.
Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Simulador de ética no qual são apresentados 10 dilemas. 
O utilizador é convidado a decidir qual a opção que tomaria em 
cada uma das situações. As suas escolhas são contabilizadas 
para que, quando termina todos os dilemas, receba um 
feedback personalizado quanto às suas intuições morais 
(consequencialistas ou deontologistas). A utilização do simulador 
ao longo do estudo das perspetivas analisadas neste capítulo 
pode revelar uma evolução nas inclinações do aluno.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todasas secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Animação baseada na recriação da posição original proposta por 
John Rawls na sua obra Uma Teoria da Justiça. Nesta variante, os 
vinte cidadãos selecionados para habitar a primeira colónia de 
Marte têm de decidir, de antemão, como será feita a distribuição 
de bens à superfície do planeta vermelho. O problema é que 
eles não sabem quais irão ser as tarefas mais importantes na 
colónia. O trabalho pode ser todo manual, ou nem sequer haver 
trabalho manual de todo. Pode exigir uma grande inteligência, 
ou ser mais adequado para aqueles que não precisam de grande 
estimulação intelectual. Qual será a forma mais justa de fazer 
essa distribuição?
Divertida animação de um diálogo ficcionado entre Mill e Rawls 
sobre os princípios a escolher na posição original. O diálogo 
recria o ambiente da popular aplicação WhatsApp. 
Divertida animação de um diálogo ficcionado entre Nozick e 
Rawls sobre a crítica de Nozick à teoria da justiça de Rawls. 
O diálogo recria o ambiente da popular aplicação WhatsApp. 
Divertida animação de um diálogo ficcionado entre Sandel e 
Rawls sobre a crítica de Sandel à teoria da justiça de Rawls. 
O diálogo recria o ambiente da popular aplicação WhatsApp. 
Apresentação em formato PowerPoint sintetizando a matéria do 
capítulo.
 Áudio-resumo Resumo da matéria do capítulo apresentado em formato áudio.
Atividades interativas complementares (perguntas de resposta 
fechada com correção automática) para todas as secções de 
exercícios do manual (secções intituladas #agora_pensa).
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
10 questões sobre a matéria do capítulo disponibilizadas em 
formato Kahoot.
Permite gerar testes segundo o modelo do exame nacional, 
selecionando o tipo e o número de questões, o capítulo ou os 
capítulos que serão testados, e a origem das questões (exames 
nacionais ou questões dos autores). Todas as questões são 
disponibilizadas com solução ou cenário de resposta.
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho. 
Teste interativo composto por 10 questões com correção 
automática e relatório de desempenho.
© Como pensar tudo isto? 
Recursos digitais acessíveis através de códigos QR para os temas 
“A erradicação da pobreza” e “A guerra e a paz”.
Recursos digitais acessíveis através de códigos QR para os temas 
“O aborto” e “A eutanásia”. Apesar de não estarem diretamente 
acessíveis aos alunos, o professor pode disponibilizar-lhes estes 
recursos se assim entender.
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto?
Ensino Digital
© 23
Ensino digital | Carlos Pinheiro
A crise pandémica obrigou as escolas a transfor-
totalmente virtual e mediado por tecnologias que a 
que muito rapidamente se apropriaram.
eventual necessidade de recorrer de novo a mode-
-
plataformas digitais para a construção de 
novos cenários de ensino e de aprendiza-
 
blended learning, resulta da combinação 
da aprendizagem presencial com ambien-
tes online -
As sugestões que aqui apresentamos 
-
tes na eventual transição para modelos 
-
aliando com sucesso as vantagens da sala de aula 
 
O que são ambientes híbridos de aprendizagem 
e quais as suas vantagens?
-
blended 
learning
-
-
-
-
-
-
rações entre eles.
-
mento e de que o professor já não é a 
única fonte de informação. Combinar o 
-
-
tes online
aprendizagem ao longo da vida e oferece instrumen-
tos que facilitam a personalização e a diferenciação. 
Ao usar ambientes e recursos online -
neamente a apoiar o desenvolvimento das competên-
-
em que estamos inseridos.
para o desenvolvimento das competências sociais dos 
aprendizagem no caso de crianças e jovens. A abor-
dagem , sem prescindir dessa componente 
aula, permite ao professor propor novas soluções de 
-
O conceito de ensino 
combinação da 
aprendizagem presencial 
com ambientes online
promovendo uma 
diferenciação dos 
dos modos e dos ritmos 
que os alunos aprendam 
©24
-
-
-
e seja precedida de organização e planeamento. Na 
 uma das gran-
-
no ambiente online 
-
blended learning pode oferecer o 
Que plataformas devo privilegiar?
mais comuns são os sistemas de gestão de aprendiza-
gem (LMS – Learning Management Systems) ou siste-
mas de gestão de conteúdos de aprendizagem (LCMS 
-
-
-
des relacionadas com a gestão do processo de ensino 
-
plataforma adequada ao modelo de ensino que pre-
-
-
tada. Revista UFG 20 Online
-
-
Para a implementação de um modelo de ensino 
-
de comunicação de um para um e de um para mui-
aprendizagens e formas rápidas de feedback.
-
-
-
de receber rápido feedback. É ainda importante que 
as plataformas contemplem procedimentos de auten-
-
A escola deverá dispor de um Plano de Ação para 
-
damental para o desenvolvimento digital da escola. 
-
-
digital e formas de capacitação dos professores e 
o acesso a conteúdos de aprendizagem de elevada 
qualidade e a plataformas seguras que respeitem 
esse plano deverá também incluir a referência a 
© 25
Ensino digital | Carlos Pinheiro
desenvolvimento de competências trans-
versais e interdisciplinares de forma inte-
-
-
-
de todo o processo.
usando as tecnologias digitais para promover o envolvi-
-
-
-
-
-
web wikis
-
-
alunos para gerir riscos e usar tecnologias digitais de 
forma segura e responsável.
-
dere oportunidades de aprendizagem personalizada 
 
-
ção curricular,
envolvidas e a forma de organização. (Decreto-Lei n.o
o)
dar a diferentes alunos diferentes tarefas 
digitais para atender a necessidades indi-
-
prever-se formas de apoio para os alunos 
que necessitem.
-
-
3 (
eun.org/toolset3) ou os do Clayton Christensen Ins-
4. -
ção deverá prever as aprendizagens a realizar e a sua 
clara das tarefas e da forma como os recursos irão 
 
-
online
pelo que uma cuidadosa seleção é fundamental para 
a avaliação e seleção de recursos deverá estar sempre 
No Quadro Europeu de Competência Digital para 
3
4
que fomentem 
as competências 
transversais dos 
forma transdisciplinar 
conduzem 
aprendizagens mais 
©26
Educadores – DigCompEdu -
fessores para avaliar recursos é destacada em dife-
recursos digitais – em termos gerais e com base em 
-
 
-
-
dade de recursos digitais e a sua adequação para o 
-
e adequação do conteúdo com base numa combina-
neutralidade.
A Internet oferece um manancial imensurável 
-
-
ebooks
-
outras plataformas de conteúdos e recursos. Em 
-
) ou 
-
-
gital.leya.com). Sendo produzidos por equipas de 
Aula Digital oferecem um grau de confiança e valor 
acrescidos relativamente aos recursos livres da 
-
Aula Digital fornece também suporte e instrumen-
Mas como selecionar os recursos mais adequados 
no meio de tanta diversidade?
-
-
• o recurso favorece a inclusão e o acesso; 
envolvimento dos alunos na aprendizagem; 
• o recurso tem potencial para uma aprendizagem 
-
tada para apoiar o progresso na aprendizagem; 
• o recurso favorece uma rigorosa avaliação suma-
• o recurso éinovador e propicia abordagens 
• o recurso é fácil de usar pelos alunos; 
• o recurso tem uma elevada convergência curri-
cular.
-
online -
-
tes digitais e esclarecem as dúvidas mais comuns. Em 
-
de usar apenas os mesmos materiais usados nas aulas 
presenciais (o que funciona bem em regime presencial 
está na presença do professor). Deve-se também veri-
-
-
-
des de 
. Online -
. 
© 27
Ensino digital | Carlos Pinheiro
-
ponibilização de recursos digitais de forma organizada 
-
 -
pboard Symbaloo 
) e o Diigo (
com
-
-
tas em design design 
-
bases de dados) não está ao alcance do comum dos 
-
-
links -
-
gerais ou combinação de diferentes recursos) é tam-
bém uma forma de criar recursos. A simples gravação 
-
-
-
-
taformas online
-
tunidades de aprendizagem e avaliação em ensino 
• criação de páginas web
google.com );
prezi.com
com
(
);
(
com
-
); 
-
-
ble (
); 
(
infogram.com/pt
); 
• criação de um mapa mental ou mural digital para 
Mindomo (
Padlet (
popplet.com). 
produzir e de disponibilizar online
-
-
ginalidade é muito valorizada pelos alunos). Se neces-
-
-
©28
-
.
A operacionalização dos modelos de ensino e 
-
-
-
-
-
tempo a concluir em casa devido a dife-
rentes fatores.
-
-
-
mos assegurar-nos de que os mesmos 
são facilmente acedidos e entendidos por 
todos os alunos. 
tarefas e indicar o tempo previsto para a sua realiza-
feedback 
-
-
-
mas preferencialmente com a supervisão do pro-
-
-
-
parte do professor.
-
algo a ter em conta na conceção de 
-
-
-
-
-
-
--estar emocional dos alunos e a situações de can-
 
feedback -
nal e as preferências e ritmos de aprendizagem.
 
metodologias de 
organizadas
e dinamizadas pelos 
preferencialmente
com a supervisão do 
professor.
© 29
Ensino digital | Carlos Pinheiro
 
-
mas digitais incluem frequentemente espaços de inte-
ração e o estabelecimento de comunicações regulares 
-
-
pais/encarregados de educação.
-
-
-
crona (a ausência de linguagem não verbal pode 
um moderador;
• monitorizar com regularidade as comunicações 
-
-
Em termos de -
chat
videoconferência. Estas ferramentas permitem o con-
simulando o ambiente de sala de aula e proporcionando 
um feedback imediato; promovem também a esponta-
-
-
Entre as ferramentas de 
encontram-se o (que pode ser usado como lista 
ou aplicações). Embora as ferramentas de comunica-
pelos alunos (no respeito pelas regras de comunica-
• mensagens ou perguntas para fomentar a dis-
cussão;
-
vidades (recursos ou esclarecimentos adicionais 
• mensagens relacionadas com o processo (escla-
recimento de dúvidas no uso das tecnologias 
-
cussões;
• resposta a perguntas ou dúvidas dos alunos e 
feedback
 
 valiosos 
recursos ao serviço da aprendizagem e da avaliação. 
©
-
-
petências da área de Informação e 
-
-
É por isso importante que o uso 
das ferramentas de comunicação seja 
mediante o uso de uma rubrica de avaliação.
-
-
ções serão objeto de avaliação e divulgar os critérios 
-
-
Feedback
 
-
-
da Escolaridade Obrigatória. Online
-
. Consultado em 
-
preende as seguintes modalidades de ava-
A realiza-se 
-
 
É igualmente um instrumento importante 
-
-
vilegiar-se a 
-
-
obter informação atualizada sobre o desenvolvimento 
-
mento de processos e estratégias (autorregulação do 
processo e da aprendizagem).
As plataformas e ferramentas digitais oferecem 
um conjunto de vantagens que ajudam a transformar 
-
-
• feedback
-
-
• ambientes de aprendizagem imersiva para 
-
-
-
É importante que o 
uso das ferramentas 
de comunicação seja 
cuidadosamente 
aprendizagem e objeto 
uso de uma rubrica de 
avaliação.
©
Ensino digital | Carlos Pinheiro
• oportunidades de autoavaliação e de avaliação 
por pares; 
online; 
-
dos alunos e adaptar a aprendizagem; 
• potencial para uma integração mais consistente 
• oportunidades para os alunos conceberem os seus 
Quanto aos de avalia-
podendo incluir a 
imediato do resultado da aprendizagem) e métodos 
-
são os mais fáceis de aplicar.
Nas deverá valorizar-se não a 
-
Quanto aos -
-
-
 
-
-
guindo o que sabem do que pretendem desco-
brir e adotando as estratégias adequadas para 
-
-
também ser avaliados mediante técnicas orais.
-
-
cujos resultados possam ser documentados por 
-
-
são os instrumentos mais ricos do ponto de vista 
-
componente digital possibilita o recurso a for-
mas diversas de produção ou organização de 
-
-
-
-
-
desenvolver as competências digitais dos aprendentes.
• seleção dos materiais e sua relação com as 
aprendizagens;
• evidências de aprendizagem; 
• citações e respeito pelos direitos de autor;
Outra forma de usar a avaliação ao serviço da 
aprendizagem é a prática da 
-
O resultado deste processo servirá de instrumento 
©32
um indicador de necessidade de revisão e/ou apro-
Importa também referir o uso das tecnologias digi-
tais para 
-
aprendizagem entre pares.
Muitas das plataformas de ensino digital permi-
tem manter os pais informados acerca do percurso 
-
escolar do seu educando.
 
no ensino digital?
Dar feedback -
sucesso da aprendizagem em ambientes digitais. 
Ainda que muitas ferramentas permitam conceber 
feedback
que a devolução do resultado de uma tarefa/questão 
feedback
-
ver a necessidade de dar um feedback regular aos 
-
torizar remotamente o seu progresso e intervir 
oferecendo soluções para ultrapassar 
-
mentos. Poder-se-á inclusivamente ante-
cipar as necessidades de orientação dos 
-
ção de ajuda ou de perguntas frequentes 
feedback deve evi-
denciar as competências já adquiridas 
pelos alunos e oferecer novas possibilida-
des de aprendizagem e de evidenciação 
feedback focado apenas na iden-
impacto se incidir naquilo que o aluno precisa de fazer 
feedback -
belecer uma comparação com critérios de avaliação 
-
çou e fornecendo sugestões sobre o que ainda pode 
feedback deverá por isso ocorrer 
Além deste feedback
modalidades de ensino digital é também essencial o 
feedback
-
 
-
tência de critérios que traduzam claramente o que é 
desejável que os alunos aprendam e a descrição dos 
de registo são comummente designados de rubricas 
) de avaliação ou descritores 
-
tam-se sob a forma de uma matriz com indicação de 
um conjunto de critérios que contemplem todas as 
-
-
assim ao professor criar registos de avalia-
ção mais transparentes e coerentes com 
As rubricas podem ser usadas para 
-
produção de 
-
-
-
lada.
Dar feedback
oportuno e direcionado 
aos alunos é um fator 
aprendizagem em 
ambientes digitais.
© 33
Ensino digital | Carlos Pinheiro
• permitem o envolvimento dos alunos no pro
-
serão avaliados);
• da avaliação (o pro-
cesso de avaliação torna-se mais transparente 
e o aluno compreenderá mais facilmente o 
foco da avaliação);
 feedback ao 
aluno;
nos pelo facto de os ajudar a compreender a 
• -
mos previamente com os alunos os critérios pre-
-
);
• facilitam a 
trabalho -
-
• ajudam a 
 assegurando avaliações consisten-
usar a rubrica como um guia para um bom 
-
• reduzem o trabalho 
Algumas plataformas de LMS já permitem a 
 
online e apli-
-
modelos que podem ser adaptados. Estas ferramen-
-
rubricas de avaliação são criadas e enviadas ao mesmo 
-
-
a personalização do feedback
• adequada -
tende avaliar; 
• 
aluno) e quanto ao que se espera do aluno em 
• -
fácil será para o professor a avaliação do traba-
-
• . Embora a rubrica possa ser usada 
estar sobretudo ao serviço da aprendizagem 
-
nos a aprender e os professores a ensinar.
-
ponsabilidade da Direção Regional da Educação dos 
-
rão ser encontrados em -
.
-
 Online
-
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto? 
Planificações
37© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
PERÍODO CONTEÚDOS
• O que é a filosofia?
• As questões da filosofia
• Tese, argumento, validade, verdade e solidez
• Quadrado da oposição
• Formasde inferência válida
• Principais falácias formais
• O discurso argumentativo e principais tipos de argumentos e falácias informais
34 aulas
A ação humana – análise e compreensão do agir
• Determinismo e liberdade na ação humana [Metafísica]
• A dimensão pessoal e social da ética 
• A necessidade de fundamentação da moral - análise comparativa de duas perspetivas 
filosóficas 
• O problema do critério ético da moralidade de uma ação:
 • A intenção e consequências; o princípio da utilidade;
 • A felicidade; prazeres inferiores e prazeres superiores;
 • A inexistência de regras morais absolutas;
 • Críticas à ética de Mill.
36 aulas
 • O dever e a lei moral;
 • A boa vontade;
 • Máxima, imperativo hipotético e imperativo categórico; 
 • Heteronomia e autonomia da vontade;
 • Agir em conformidade com o dever e agir por dever;
 • Críticas à ética de Kant.
• O problema da organização de uma sociedade justa: 
20 aulas
39© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
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Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto?
Cidadania e 
Desenvolvimento e 
Exemplos de DAC
© Como pensar tudo isto? 51
Cidadania e Desenvolvimento
Cidadania e Desenvolvimento
De acordo com a Portaria 226-A/2018 de 7 de agosto, constituem domínios 
obrigatórios a desenvolver no âmbito da Cidadania e Desenvolvimento os 
seguintes:
– Direitos humanos (civis e políticos, económicos, sociais e culturais, e de 
solidariedade)
– Igualdade de género
– Interculturalidade (diversidade cultural e religiosa)
– Desenvolvimento sustentável
– Saúde (promoção da saúde, saúde pública, alimentação e exercício físico)
– Educação ambiental
Os domínios que se apresentam de seguida 
são opcionais:
– Sexualidade
– Media
– Instituições e participação democrática
– Literacia financeira e educação para o 
consumo
– Segurança rodoviária
– Risco
– Empreendedorismo
– Mundo do trabalho
– Segurança, defesa e paz
– Bem-estar animal
– Voluntariado
– Outros, a definir de acordo com as 
necessidades de educação para a cidadania 
diagnosticadas pela escola
Tema Conteúdos / objetivosda disciplina de Filosofia Operacionalização | Sugestões
Interculturalidade 
(diversidade cultural 
e religiosa) 
Igualdade de género
A ação humana e os valores
A dimensão ético-política – análise e 
compreensão da experiência convivencial
– Clarificar as teses e os argumentos do 
subjetivismo, do relativismo e do objetivismo 
enquanto posições filosóficas sobre a natureza 
dos juízos morais. 
– Discutir criticamente estas posições e 
respetivos argumentos. 
– Aplicar estas posições na discussão 
de problemas inerentes às sociedades 
multiculturais. 
– Compreender o problema do diálogo 
intercultural e da tolerância. 
– Realização de textos de opinião sobre 
controvérsias relevantes no momento, 
relacionadas com a diversidade cultural e 
religiosa e igualdade de género, e discussão de 
posições que sejam exemplo de cada uma das 
teses.
– Confrontação oral de teses e argumentos 
sobre controvérsias relevantes no momento, 
relacionadas com a diversidade cultural e 
religiosa e igualdade de género.
– Exposições temáticas relacionadas com a 
diversidade cultural e religiosa e igualdade de 
género.
Sugestão: audição e análise da canção “E se 
fosse contigo?”, de Carlão, feat. Boss AC.
Saúde 
(promoção da saúde 
e saúde pública)
A ação humana e os valores
A dimensão ético-política – análise e 
compreensão da experiência convivencial
– Clarificar as teses e os argumentos do 
subjetivismo, do relativismo e do objetivismo 
enquanto posições filosóficas sobre a natureza 
dos juízos morais. 
– Discutir criticamente estas posições e 
respetivos argumentos. 
– Aplicar estas posições na discussão 
de problemas inerentes às sociedades 
multiculturais. 
– Compreender o problema do diálogo 
intercultural e da tolerância. 
– Dinamização de sessões de sensibilização 
acerca do Movimento Contra o Discurso de 
Ódio: visualização de vídeos, realização de 
debates sobre o tema, realização de roleplay, 
entre outros exemplos. 
Sugestão: audição e análise da canção “E se 
fosse contigo?”, de Carlão, feat. Boss AC.
52 © Como pensar tudo isto?
Tema Conteúdos / objetivosda disciplina de Filosofia Operacionalização | Sugestões
Segurança rodoviária
Risco
A necessidade de fundamentação da moral 
– Análise comparativa de duas perspetivas 
filosóficas
– Clarificar a necessidade de uma 
fundamentação da ação moral.
– Enunciar o problema ético da moralidade de 
uma ação.
– Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os 
argumentos das éticas de Kant e Mill.
– Mobilizar os conhecimentos adquiridos para 
analisar criticamente ou propor soluções para 
problemas éticos que possam surgir a partir 
da realidade, cruzando a perspetiva ética com 
outras áreas do saber.
– Reflexão acerca do critério da moralidade 
para a tomada de decisões seguras com carros 
autónomos usando as perspetivas éticas 
estudadas.
Sugere-se a visualização do seguinte vídeo:
https://www.ted.com/talks/patrick_lin_the_
ethical_dilemma_of_self_driving_cars/up-
– Realização de um debate para confrontação 
de opiniões.
– Apresentações orais dos trabalhos resultantes 
das investigações, na turma, perante outras 
turmas ou abertas à comunidade.
Direitos humanos
Instituições e participação 
democrática
Ética, direito e política 
– Liberdade e justiça social; igualdade e 
diferenças; justiça e equidade 
(Filosofia Política)
O problema da organização de uma sociedade 
justa: a teoria da justiça de John Rawls
– Formular o problema da organização de uma 
sociedade justa, justificando a sua importância 
filosófica.
– Clarificar os conceitos nucleares, as teses e os 
argumentos da teoria da justiça de Rawls.
– Confrontar a teoria da justiça de Rawls 
com as críticas que lhe são dirigidas pelo 
comunitarismo (Michael Sandel) e libertarismo 
(Robert Nozick).
– Aplicar os conhecimentos adquiridos para 
discutir problemas políticos das sociedades 
atuais e apresentar soluções, cruzando a 
perspetiva filosófica com outras perspetivas.
– Debate (intra ou interturmas) sobre o 
problema da justiça social e distributiva, 
onde os alunos possam refletir e chegar a 
acordo acerca dos princípios que consideram 
indispensáveis para a organização de 
uma sociedade justa no que respeita, por 
exemplo, aos rendimentos e distribuição dos 
rendimentos.
OU
– Elaboração de um acórdão ou regulamento 
interno ou uma Declaração Universal que 
configure os princípios que os alunos 
consideram indispensáveis para a organização 
de uma sociedade justa no que se refere, por 
exemplo, aos rendimentos e distribuição dos 
rendimentos. 
OU 
– Elaboração de um acórdão ou regulamento 
interno ou uma Declaração Universal com 
base nos pressupostos acima descritos, mas 
direcionado para a escola que frequentam. 
Direitos humanos
Igualdade de género
Interculturalidade 
Desenvolvimento 
sustentável
Saúde 
Educação ambiental
Sexualidade
Media
Instituições e participação 
democrática
Risco
Mundo do trabalho
Segurança, defesa e paz
Bem-estar animal
Voluntariado
Temas/problemas do mundo contemporâneo
1. Erradicação da pobreza
2. Estatuto moral dos animais
3. Responsabilidade ambiental
4. Problemas éticos na interrupção da vida 
humana
5. Fundamento ético e político de direitos 
humanos universais
6. Guerra e paz
7. Terrorismo
8. Igualdade e discriminação
9. Cidadania e participação política
10. Os limites entre o público e o privado
– Elaboração de ensaios filosóficos.
– Elaboração de relatórios de pesquisa.
– Elaboração de dossiês temáticos.
– Exposições temáticas na sala de aula, ou num 
espaço comum da escola, organizadas pela 
turma.
– Apresentações orais dos trabalhos resultantes 
das investigações, na turma, perante outras 
turmas ou abertas à comunidade.
– Apresentação das conclusões, com projeção 
de diapositivos, exibição de documentos áudio 
ou vídeo, seguido de debate. 
53© Como pensar tudo isto?
Exemplos de DAC
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Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto? 
Laboratórios 
mentais e Cenários 
de resposta
59© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
O QUE É UMA EXPERIÊNCIA MENTAL E PARA QUE SERVE?
Ao longo do manual Como Pensar Tudo Isto? recorremos frequentemente a experiências mentais (ou 
experiências de pensamento) como um recurso a ser explorado na sala de aula ou em casa como auxiliar do 
estudo e da investigação filosófica. 
Desde sempre, cientistas e filósofos têm recorrido a este tipo de cenários imaginários para afinar as 
suas ideias e testar as suas teorias. O propósito de tais experiências de pensamento é libertar-nos de tudo 
aquilo que complica as coisas na vida real, para que nos possamos concentrar nos aspetos essenciais de um 
problema. 
Da mesma forma que os cientistas fazem uma parte da sua investigação no ambiente artificial e 
controlado do laboratório, também nas experiências de pensamento que realizamos em filosofia as 
situações podem ser descritas de uma forma bastante artificial, com características muito específicas, com 
as quais possivelmente jamais nos depararíamos no mundo real, fora do laboratório conceptual. Contudo, a 
importância de tais descrições é que, tal como acontece com as experiências científicas, permitem-nos 
isolar diversas variáveis e examinar o papel que estas desempenham nas nossas teorias e na nossa 
compreensão do mundo. Deste modo, este tipo de cenários permite-nos testar as nossas intuições acerca 
de certos princípios, argumentos ou teorias de uma forma, mais ou menos, rigorosa.
Por exemplo, imaginemos que um cientista está a estudar os efeitos da cafeína no comportamento 
humano. Para isso, o cientista precisa de ter um grupo experimental e um grupo de controlo, mantendo um 
conjunto de variáveis fixo entre os dois grupos – como as horas de sono, os hábitos alimentares, a atividade 
física, etc. – fazendo variar apenas a quantidade de cafeína ingerida pelos elementos do grupo experimental. 
Só assim pode ter a certeza de que as diferenças (se as houver) observadas no comportamento dos 
indivíduos se devem à ingestão de cafeína e não a qualquer uma das outras variáveis.
Algo de semelhante acontece nas experiências de pensamento que desenvolvemos em filosofia. Para 
sabermos ao certo o que está a fazer a nossa intuição inclinar numa ou noutra direção, temos de manter 
fixas certas variáveis. Por exemplo, quando enfrentamos um dilema ético na vida real há sempre muitos 
fatores contingentes específicos de cada contexto que tornam a decisão muito complexa. Assim, se 
queremos refletir sobre ética, podemos imaginar situações em que apenas um dos fatores relevantes difere 
entre dois cenários alternativos, para determinar o seu peso relativo na nossa avaliação moral desse tipo de 
casos. Isso pode levar-nos a reforçar a nossa confiança numa determinada teoria moral, a afinar a nossa 
perspetiva sobre o assunto ou até mesmo a revê-la por completo.
Pensemos no célebre dilema do elétrico desgovernado, por exemplo. Na primeira versão deste 
cenário hipotético, temos um elétrico que desliza descontroladamente pelos carris em direção a cinco 
pessoas. Nós encontramo-nos junto a uma alavanca que pode desviar o elétrico para uma linha alternativa 
apenas com uma pessoa. E a pergunta que se coloca é se seria aceitável fazê-lo.
Aquilo que se pretende testar é se estamos dispostos a aceitar que, à partida, cinco vidas valem mais 
do que uma. Por isso, não é dada nenhuma informação que nos permita diferenciar os indivíduos entre si: 
são todos perfeitos estranhos, presumivelmente inocentes, com a mesma probabilidade de ter vários anos 
de vida feliz pela frente, etc.
 A nossa tendência natural (e dos nossos alunos também) é considerar que se trata de um cenário 
muito artificial. No mundo real há sempre mais alternativas do que aquelas que nos são apresentadas. Ou 
Laboratórios mentais
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
então começar a introduzir novas variáveis, os frequentes “E se...” que ouvimos nas aulas: “E se fosse um 
familiar próximo?”; “E se fosse um criminoso?”; “E se fosse uma pessoa que já estava muito doente?”. 
Temos de pedir alguma paciência a estas mentes curiosas e explicar-lhes que diferentes “E se...” permitem 
testar coisas diferentes. Tal como na experiência científica se houvesse alguém a dormir muito mais horas 
do que os outros já não teríamos condições de saber se o seu comportamento se devia à ingestão de 
cafeína, ou não. 
Claro que podemos sempre criar variantes da experiência original para testar coisas diferentes. Tal 
como no exemplo da cafeína, também podemos fixar a quantidade de cafeína ingerida nos dois grupos e 
fazer variar a quantidade de horas de sono, por exemplo, para tentar perceber a influência desse fator no 
nosso comportamento. Os “E se...” que sugerimos anteriormente permitiriam testar, por exemplo, se 
achamos que temos obrigações especiais para com aqueles que nos são mais próximos, se o bem-estar de 
um criminoso deve contar tanto como o bem-estar de uma pessoa inocente, se a quantidade de bem-estar 
futuro é moralmente relevante,etc. 
Uma outra vantagem das experiências de pensamento é que nos permitem refletir sobre coisas que 
não poderíamos e/ou não deveríamos testar na vida real. Não convém andar por aí a amarrar pessoas às 
linhas do elétrico para perceber se temos intuições deontologistas ou consequencialistas!
Assim, mesmo quando estamos a considerar cenários meramente hipotéticos bastante improváveis, 
a utilidade das experiências mentais é inquestionável, porque o seu objetivo não é descrever a realidade, 
mas sim ajudar-nos focar a nossa atenção em certos aspetos fundamentais, de modo a pensarmos com 
mais clareza e rigor sobre certos assuntos.
Laboratórios mentais
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Experiências de pensamento que disponibilizamos neste manual:
• trata-se de uma recriação da famosa Alegoria da Caverna, de Platão, 
que pretende despertar a intuição de que se nunca questionarmos as bases fundamentais da nossa 
existência estaremos a expor-nos ao risco de viver uma vida pouco autêntica. 
Cenários de resposta
 À partida, os weatherfieldianos não tinham forma de saber que estavam a ser enganados, porque, uma vez 
que aquela era a única realidade que conheciam, não tinham razões para suspeitar que estavam a ser 
enganados. Como é dito no texto: “estavam proibidos de ter qualquer contacto com o mundo exterior e era-
lhes incutido desde cedo que a realidade correspondia ao mundo retratado nas telenovelas”. Claro que podiam 
sempre fazer como Kenneth, querer conhecer o mundo pelos seus próprios olhos e arriscar fugir do abrigo. Só 
aí passariam a ver como estiveram iludidos aquele tempo todo.
 Os companheiros de Kenneth tinham uma atitude passiva de aceitação das ideias que lhes eram inculcadas, ao 
passo que Kenneth desafiou a autoridade e procurou ver o mundo pelos seus próprios olhos. O objetivo desta 
pergunta é despertar nos alunos uma abordagem intuitiva da distinção entre uma atitude dogmática, 
incompatível com a filosofia, e a atitude crítica característica desta disciplina.
 Sim, porque se livrou das ilusões de que tinha sido vítima no passado. Ainda que possa ter dúvidas acerca da 
forma como as coisas são, tem uma melhor compreensão daquilo que podem ser e pelo menos já sabe o que 
elas não são. Esta pergunta pretende despertar o aluno para o valor da filosofia. Esta questão pode ser 
discutida tendo como pano de fundo o texto de Bertrand Russell sobre o valor da filosofia:
“Devemos procurar o valor da filosofia, de facto, em grande medida na sua própria incerteza. O homem 
sem rudimentos de filosofia passa pela vida preso a preconceitos derivados do senso comum, das 
crenças costumeiras da sua época ou da sua nação, e a convicções que cresceram na sua mente sem a 
cooperação ou o consentimento da sua razão deliberativa. Para tal homem o mundo tende a tornar-se 
definitivo, finito, óbvio; os objetos comuns não levantam questões, e as possibilidades incomuns são 
rejeitadas com desdém. Pelo contrário, mal começamos a filosofar, descobrimos [...] que mesmo as 
coisas mais quotidianas levam a problemas aos quais só se podem dar respostas muito incompletas. A 
filosofia, apesar de não poder dizer-nos com certeza qual é a resposta verdadeira às dúvidas que levanta, 
é capaz de sugerir muitas possibilidades que alargam os nossos pensamentos e os libertam da tirania do 
costume. Assim, apesar de diminuir a nossa sensação de certeza quanto ao que as coisas são, aumenta 
em muito o nosso conhecimento quanto ao que podem ser; remove o dogmatismo algo arrogante de 
quem nunca viajou pela região da dúvida libertadora; e mantém vivo o nosso sentido de admiração ao 
mostrar coisas comuns a uma luz incomum.”
Bertrand Russell. (2008). Os Problemas da Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Edições 70, pp. 216-217
 Os companheiros de Kenneth acharam as suas suposições despropositadas e ficaram a pensar que ele é que 
estava confuso, porque as ideias que este defendia punham em causa tudo aquilo em que sempre acreditaram. 
Esse desafio foi de tal forma incómodo que acabaram por bani-lo. Tal como na Alegoria da Caverna original, 
esta questão sugere um paralelismo com a condenação de Sócrates, que ao desafiar as autoridades atenienses 
expondo as suas fragilidades também acabou por ser condenado.
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Laboratórios mentais
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 Sim, porque há muita gente que não procura ir muito além de um pequeno casulo de interesses e que vive a 
vida sem se questionar, aceitando tudo aquilo que lhes é veiculado de forma passiva. Em parte, isso explica o 
sucesso de certos meios de comunicação sensacionalistas e das fake news, que se alimentam dessa passividade, 
para fazer passar informação falsa como se fosse verdadeira.
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Laboratórios mentais
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• trata-se de um cenário digno de um policial, com um crime, vários 
suspeitos, algumas pistas e um inspetor, que se serve das suas capacidades dedutivas para descobrir 
quem é o assassino. Aquilo que se pretende é ilustrar como funciona a dedução e como esta pode 
ser útil em vários contextos.
Cenários de resposta
 Os alunos devem eliminar progressivamente os suspeitos até chegarem a solução do crime. Para isso devem 
utilizar as ferramentas dedutivas básicas de que dispõem. Pode ter sido x? Porquê? E y? Porquê?
 A segunda questão pretende chamar a atenção dos alunos para o facto de a dedução garantir que se partirmos 
de premissas verdadeiras chegaremos a uma conclusão verdadeira. Assim, se não nos enganarmos em nenhum 
passo, a única hipótese de nos termos enganado é se tivermos partido de alguma informação falsa.
 Em seguida sugere-se uma possível derivação da solução do crime que o professor poderá explorar com os 
alunos no final do capítulo, pois recorre às formas de inferência estudadas ao longo do mesmo:
 O Mr. Boddy foi envenenado pela Miss Scarlett, ou pelo Coronel Mustard, ou pela Mrs. White, ou pelo 
Reverendo Green, ou pela Sra. Peacock, ou pelo Professor Plum. [Premissa, a mansão estava isolada e só 
estas pessoas estiveram com a vítima à hora do crime]
 O veneno foi posto na comida do Mr. Boddy por alguém que teve acesso à comida e ao veneno. 
[Premissa, para colocar o veneno na comida é necessário ter acesso às duas coisas]
 Se o Professor Plum ou a Sra. Peacock envenenaram o Mr. Boddy, então o Professor Plum ou a Sra. 
Peacock tiveram acesso à comida. [É um exemplo concreto do que foi dito em 2]
 Nem o Professor Plum nem a Sra. Peacock tiveram acesso à comida do Mr. Boddy. [Premissa, evidência 
recolhida pelo inspetor]
 Não é verdade que o Professor Plum ou a Sra. Peacock tiveram acesso à comida. [Segue-se de 4, por 
DM1]
 Não é verdade que o Professor Plum ou a Sra. Peacock envenenaram o Mr. Boddy. [Segue-se de 3 e 5, 
por MT]
 Nem o Professor Plum nem a Sra. Peacock envenenaram o Mr. Boddy. [Segue-se de 6, por DM2]
 A Mrs. White teve acesso à comida do Mr. Boddy, mas não teve acesso ao veneno. [Premissa, evidência 
recolhida pelo inspetor]
 Se a Mrs. White envenenou o Mr. Boddy, então teve acesso à comida e ao veneno. [É outro exemplo 
concreto do que foi dito em 2]
 A Mrs. White não teve acesso à comida, ou não teve acesso ao veneno. [Segue-se de 8, que estabelece 
que uma destas disjuntas é verdadeira] 
 Não é verdade que a Mrs. White teve acesso à comida e ao veneno. [Segue de 10, por DM1]
 A Mrs. White não envenenou o Mr. Boddy. [Segue-se de 9 e 11, por MT]
 Pela distribuição do veneno no prato, pode perceber-se que este foi despejado por alguém destro. 
[Premissa, evidência recolhida pelo inspetor]
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Laboratórios mentais
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 Se o Coronel Mustard envenenou o Mr. Boddy, então ele é destro. [Premissa, aplicação do que foi dito 
em 13 a um caso concreto]
 Se o Coronel Mustard é destro, então não é esquerdino. [Premissa, segue-se da definição de destro]
 Se o Coronel Mustard envenenou o Mr. Boddy, então não é esquerdino.[Segue-se de 14 e 15, por SH]
 O Coronel Mustard é esquerdino. [Premissa, evidência recolhida pelo inspetor]
 O Coronel Mustard não envenenou o Mr. Boddy. [16 e 17, por MT]
 O Reverendo Green não estava verdadeiramente apaixonado pelo Mr. Boddy, ou desejava que ele 
continuasse vivo. [Premissa, baseada na ideia de que o verdadeiro amor é um sentimento protetor, 
não destrutivo]
 O Reverendo Green estava verdadeiramente apaixonado pelo Mr. Boddy. [Premissa, informação obtida 
pelo inspetor durante o interrogatório]
 O Reverendo Green desejava que o Mr. Boddy continuasse vivo. [De 19 e 20, por SD]
 Se o Reverendo Green desejava que o Mr. Boddy continuasse vivo, então este não envenenou o Mr. 
Boddy, nem foi cúmplice do assassino. [Premissa, afirma a incompatibilidade entre desejar que o Mr. 
Boddy permaneça vivo e agir no sentido de pôr fim à sua vida]
 O Reverendo Green não envenenou o Mr. Boddy, nem foi cúmplice do assassino. [De 21 e 22, por MP]
 O Mr. Boddy foi envenenado pela Miss Scarlett, ou por algum dos outros suspeitos. [Paráfrase 
abreviada de 1]
 O Mr. Boddy não foi envenenado por nenhum dos outros suspeitos. [Segue-se de 7, 12, 18 e 23, onde 
se excluem todos os outros suspeitos]
 Logo, o Mr. Boddy foi envenenado pela Miss Scarlett. [Segue-se de 24 e 25, por SD]
 A Miss Scarlett nunca esteve sozinha com a comida do Mr. Boddy. Numa ocasião, ela e o Reverendo 
Green estiveram a sós na cozinha. Noutra ocasião, o Coronel Mustard tentou seduzi-la na sala de jantar 
antes dos outros convidados chegarem. [Premissa, evidência recolhida pelo inspetor durante os 
interrogatórios]
 Se foi a Miss Scarlett, então o Reverendo Green ou o Coronel Mustard teriam de ser seus cúmplices. 
[Segue-se de 27, pois um deles tê-la-ia visto e, consequentemente, estaria a encobri-la]
 O Reverendo Green ou o Coronel Mustard são cúmplices do crime.
 Logo, o Coronel Mustard é cúmplice do crime. [Segue-se de 23 e 29, por SD]
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Laboratórios mentais
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CAPÍTULO 3: LÓGICA INFORMAL
• O Principezinho e o bêbedo (p. 104): trata-se de um excerto do livro O Principezinho que relata o 
encontro do protagonista com um bêbedo que raciocina de forma falaciosa. Pretende ilustrar a 
falácia informal da petição de princípio (raciocínio viciosamente circular) e alertar para a importância 
de evitar falácias informais, quer quando argumentamos, quer quando avaliamos os argumentos 
dos outros.
Cenários de resposta
1. Para responder à questão sugerimos que o aluno execute os seguintes passos:
 1.° Reconstruir o argumento apresentado pelo bêbedo para justificar o facto de beber.
 (1) Bebo.
 (2) Se bebo, tenho vergonha.
 (3) Se tenho vergonha, tenho de esquecer.
 (4) Se tenho de esquecer, bebo.
 (5) Logo, bebo.
 2.° Formalizar o argumento apresentado.
 Dicionário:
 P: Bebo.
 Q: Tenho vergonha.
 R: Tenho de esquecer.
 Formalização:
 (1) P
 (2) (P Q)
 (3) (Q R)
 (4) (R P)
 (5) ∴ P
 3.° Construir um inspetor de circunstância para verificar se o argumento apresentado é válido ou não.
P Q R P ( P Q ) ( Q R ) ( R P ) ∴ P
V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V V V F F F V V V
V F V V V F F F V V V V V V
V F F V V F F F V F F V V V
F V V F F V V V V V V F F F
F V F F F V V V F F F V F F
F F V F F V F F V V V F F F
F F F F F V F F V F F V F F
66
Laboratórios mentais
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
 Avaliar o argumento através da análise do inspetor de circunstâncias.
 O argumento é válido porque é impossível as premissas serem todas verdadeiras e a conclusão falsa.
 Responder à questão.
 A justificação apresentada pelo bêbedo não faz qualquer tipo de sentido, pois não parece oferecer uma 
boa razão para o ato de beber. O problema é que o argumento está a assumir logo à partida (na primeira 
premissa) aquilo que pretende defender. 
 Este tipo de argumento não é capaz de persuadir ninguém, pois só aqueles que já aceitam a sua conclusão 
é que estarão na disposição de aceitar as suas premissas. Ora, quando argumentamos é porque queremos 
persuadir aqueles que, à partida, não concordam connosco, porque aqueles que já aceitam aquilo que 
estamos a defender não precisam de ser convencidos.
67
Laboratórios mentais
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• trata-se de um excerto de um diálogo de Clifford Williams sobre o 
problema do livre-arbítrio. Neste diálogo é explorada a linha de defesa do advogado Clarence Darrow, 
que tenta reduzir a pena de dois criminosos alegando que estes não são responsáveis pelo sucedido, pois 
a sua ação foi a consequência de fatores que eles não controlavam. O objetivo é testar as implicações do 
determinismo e despertar os alunos para a discussão do problema do livre-arbítrio, mostrando a sua 
relevância para a questão da responsabilidade moral. O professor tem, assim, a oportunidade de perceber 
qual vai ser o posicionamento intuitivo dos alunos em relação a este problema e de que forma estes 
justificam a sua perspetiva. Será importante revisitar este problema depois de toda a discussão, no 
sentido de ver o que mudou na forma de pensar dos alunos. Independentemente de mudarem de 
perspetiva ou não, o importante é que sejam capazes de justificar a sua posição de uma forma mais 
robusta.
Cenários de resposta
 Sim, concordo com a estratégia de Darrow. Porque a ciência diz-nos que tudo o que acontece é 
causado por acontecimentos anteriores, incluindo as ações humanas. Deste modo, o nosso comportamento 
resulta dos nossos genes, da nossa educação e de uma série de outros fatores que nós não controlamos. 
Portanto, não podemos ser culpados por aquilo que fazemos.
 Não, não concordo com a estratégia de Darrow. Porque ainda que muito do que acontece seja 
causado por acontecimentos anteriores, temos, frequentemente, a possibilidade de escolher entre diferentes 
cursos de ação e, por isso, somos livres e responsáveis por essas escolhas.
• trata-se de uma experiência mental proposta pelo físico e matemático 
Pierre Simon de Laplace e pretende ser uma ilustração do determinismo. O autor começa por afirmar a 
tese do determinismo ao dizer que: “Podemos encarar o estado atual do universo como o efeito do seu 
passado e a causa do seu futuro”. A experiência consiste em imaginar um ser com um intelecto tão 
desenvolvido que seria capaz de saber todas as leis da natureza e a posição de cada partícula do universo. 
Laplace afirma que uma vez assumido o pressuposto do determinismo, esse super-intelecto seria capaz 
de calcular tudo o que aconteceu e tudo o que acontecerá. 
 Assim, se um dado acontecimento fosse previsto por esse intelecto, mas não chegasse a ocorrer, isso 
comprovaria a falsidade do determinismo. Isto acontece porque se de facto o estado atual do universo é 
a consequência do passado e a causa do futuro, então um ser que fosse capaz de calcular a posição de 
cada partícula do universo num dado instante e que conhecesse todas as leis da natureza, seria, à partida, 
capaz de saber o resultado da interação entre estes dois fatores. Assim, se alguma das suas previsões não 
se confirmasse, é porque afinal nem tudo o que acontece é a consequência necessária do passado e das 
leis da natureza.
 Uma vez que, como acabámos de ver, uma previsão falhada provaria a falsidade do determinismo, talvez 
isso fosse sinal de que pode haver livre-arbítrio. Contudo, também podemos tentar fazer os alunos 
questionarem-se se um acontecimento absolutamente incausado seria realmente livre, ou simplesmente 
aleatório. A pergunta apresentada no final da experiência de pensamento visa testar as intuições 
compatibilistas/incompatibilistas dos alunos.
68
Laboratórios mentais
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Cenários de resposta
 Aqueles que disserem que, apesar de esse ser ter, de facto, o passado e o futuro diante dos seus 
olhos, há ainda assim espaço para o livre-arbítrio, têm fortes intuições compatibilistas, porque defendem quepode haver livre-arbítrio, num mundo onde todos os acontecimentos são a consequência necessária do 
passado e das leis da natureza. 
 Por outro lado, se disserem que o facto de esse ser saber de antemão tudo o que vai acontecer 
implica a inexistência de livre-arbítrio, então terão fortes intuições incompatibilistas. Nesse caso, poderão 
dizer que se o passado e as leis da natureza originam a cada instante um único futuro possível, então, dado o 
nosso passado e dadas as leis da natureza, nunca poderíamos agir de formas diferentes e, consequentemente, 
não seríamos livres.
• trata-se de uma experiência de pensamento concebida como um 
contra-exemplo à estratégia da análise condicional utilizada pelos compatibilistas clássicos para defender 
a sua perspetiva. De acordo com os compatibilistas clássicos, “Eu poderia...” significa exatamente o 
mesmo que “Eu teria..., se assim tivesse escolhido”. O contra-exemplo pretende mostrar uma situação na 
qual embora seja verdade que “Eu teria tirado uma goma vermelha, se assim tivesse escolhido”, é falso 
que “Eu poderia ter tirado uma goma vermelha”, porque devido a uma fobia eu não podia simplesmente 
ter escolhido fazê-lo.
Cenários de resposta
 Os alunos podem optar por defender que sim, ou pelo menos, que esse é o único sentido de 
possibilidades alternativas de que necessitamos para considerar que as pessoas agiram de livre vontade e, 
consequentemente, devem ser responsabilizadas por aquilo que fazem. Por exemplo, alguém que passa fome 
porque está no deserto e não tem acesso a alimentos não é livre de comer e, consequentemente, não deve ser 
responsabilizado pelas consequências desse acontecimento. Ao passo que o mesmo não se pode dizer de 
alguém que passa fome porque está a fazer uma greve de fome em frente à Assembleia da República, tendo 
acesso a alimentos. Esta pessoa era livre de comer, embora tenha escolhido não o fazer, e, consequentemente, 
merece ser responsabilizada pelas consequências do seu ato. 
 Em alternativa, os alunos podem optar por concordar com a objeção, acrescentando que num mundo 
determinista, dado o nosso passado e as leis da natureza (coisas que nós não controlamos), os nossos desejos 
e as nossas escolhas não poderiam ser diferentes daquilo que são e, portanto, ainda que possa ser verdade 
que se tivéssemos escolhido fazer outra coisa teríamos feito outra coisa, a verdade é que não poderíamos ter 
desejado uma coisa diferente e, consequentemente, não podíamos, efetivamente, ter feito outra coisa.
69
Laboratórios mentais
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• trata-se de uma experiência mental baseada num videojogo de 
ficção científica chamado “Mass Effect”. Neste jogo vestimos a pele do(a) Comandante Sheppard que 
viaja pela galáxia cruzando-se com uma enorme diversidade de espécies, cada uma com as suas tradições 
e costumes e com as suas noções de “certo” e “errado”. Esta diversidade faz com que o(a) Comandante se 
aperceba que mesmo no seu planeta existem diferentes culturas e diferentes opiniões acerca do que é 
certo e errado, o que faz com que se questione acerca da objetividade da moralidade. O objetivo desta 
experiência mental é levar os alunos a questionar-se acerca da natureza dos valores e dos juízos morais.
O professor pode começar por pedir aos alunos exemplos de práticas e comportamentos que são 
aceitáveis em alguns países, mas inaceitáveis noutros. Em seguida, pode pedir-lhes exemplos de temas 
controversos que dividem as opiniões dentro da nossa própria sociedade. 
Cenários de resposta
 Alguns alunos podem ter tendência para se focar em certas tradições culturais ou regras de etiqueta 
que divergem de país para país e, por isso, sentirem-se tentados a responder que não há coisas objetivamente 
certas ou erradas, pois cada cultura tem os seus padrões do que é aceitável ou não.
 Alguns alunos poderão focar-se mais em atos extremos, como matar ou torturar pessoas inocentes, 
e, por isso, sentirem-se tentados a defender que há coisas absolutamente erradas, independentemente das 
preferências pessoais ou da cultura onde nos encontramos.
 Alguns alunos poderão sentir que os nossos valores são uma questão muito pessoal e, por isso, 
sentirem-se tentados a defender que não há coisas objetivamente certas ou erradas, pois essas noções 
dependem da perspetiva de cada um.
• esta experiência mental, imaginada pela filósofa Elizabeth 
Anscombe, parece narrar um episódio da vida doméstica. Um homem vai às compras e leva uma lista com 
aquilo que é suposto comprar. Mas, por engano, em vez de comprar manteiga, comprou margarina. Por 
brincadeira, Anscombe imagina o que aconteceria se este, em vez de trocar o artigo, trocasse a palavra 
que está na lista. A experiência contrasta ainda a lista de compras com um registo feito por um detetive 
que seguiu o homem e anotou os artigos comprados. O propósito de Anscombe é distinguir o plano 
normativo (a lista de compras) do plano descritivo (a lista do detetive). O propósito desta experiência é 
esclarecer a distinção entre juízos de facto – puramente descritivos – e juízos de valor – pelo menos em 
parte normativos.
Cenários de resposta
 Não, porque a lista não pretende descrever o que, efetivamente, foi comprado, mas sim indicar o que deveria 
ter sido comprado. Por isso, a única forma de resolver o problema é voltar ao supermercado e trocar a 
margarina por manteiga.
 Sim, porque a lista do detetive pretende descrever o que, efetivamente, foi comprado. Por isso, no caso de 
haver alguma discrepância com a realidade é a lista que precisa de ser corrigida.
Laboratórios mentais
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• trata-se de uma experiência mental baseada no videojogo “The Last of Us”. 
O jogo retrata uma realidade paralela em que a civilização foi dizimada por uma terrível infeção. Os poucos 
sobreviventes vivem em zonas de quarentena altamente policiadas, ou espalhados em pequenos povoados 
e grupos nómadas. Joel é um contrabandista a quem foi confiada a mais importante missão da história da 
Humanidade: conduzir a jovem Ellie, que desenvolveu imunidade à infeção, até uma instalação médica do 
outro lado do país, onde uma equipa de cientistas se prepara para a receber e usá-la para desenvolver 
uma cura que salvará a Humanidade do risco de extinção. Perto do final, Joel é confrontado com a seguinte 
decisão: deixar que matem Ellie para salvar o futuro da humanidade, ou salvar a jovem impedindo o 
desenvolvimento da cura. Este dilema moral visa testar as intuições consequencialistas/ deontológicas 
dos alunos, servindo assim para abrir a discussão em torno do problema da fundamentação da moral.
Cenários de resposta
 Sim, mesmo que tenha desenvolvido uma ligação especial com essa pessoa, a coisa certa a fazer 
seria sacrificar a sua própria felicidade, juntamente com a de Ellie, em nome de um bem maior: a salvação da 
humanidade.
 Não, porque o inocente não tem culpa do que se está a passar e, portanto, não merece ser sacrificado 
para o benefício de outros. Seria inaceitável usar uma pessoa como se fosse um mero instrumento ou objeto 
para satisfazer as necessidades de outros.
• esta experiência de pensamento convida-nos a imaginar se, depois de 
morrer, preferíamos reencarnar como uma ostra plenamente satisfeita e com uma vida bastante longa, 
ou como um ser humano com uma vida moderadamente satisfeita e com uma duração típica. O propósito 
da experiência é ilustrar a justificação apresentada por Mill a favor da sua distinção entre os prazeres 
espirituais – qualitativamente superiores – e os prazeres corporais – qualitativamente inferiores. 
O professor pode aproveitar para fazer o teste com os seus alunos e verificar se algum deles optaria por 
uma existência plena de prazeres corporais, mesmo que isso implicasse renunciar aos prazeres espirituais. 
Além disso, pode incitar os alunos a pensar mais cuidadosamente sobre o assunto fazendo perguntas como 
as que se seguem: Será que o facto de a maioriase sentir inclinada a preferir os prazeres espirituais nos dá 
uma boa razão para considerar que estes são qualitativamente superiores? Ou isso seria cometer uma 
falácia ad populum? Serão os prazeres espirituais objetivamente superiores aos corporais? Ou será que 
essa questão é meramente subjetiva e depende do prazer que cada um desses tipos de experiência provoca 
no sujeito? Não podemos, realmente, imaginar alguém que, ainda que tenha tido experiência dos dois tipos 
de prazeres, retira mais prazer da comida, da bebida e do sexo do que da apreciação da beleza, da arte, 
etc.? Por exemplo, alguém a quem sair para comer e beber lhe dá mais satisfação do que ficar em casa a ler 
o Rei Lear. Não estará Mill a generalizar, de forma ilegítima, a partir das suas próprias preferências?
Podemos ainda perguntar-nos se, de facto, não vale a pena trocar o acesso aos prazeres espirituais por 
nenhuma quantidade imaginável de prazeres corporais. E se a ostra fosse imortal? Isso tornaria a 
quantidade de prazer incluída na sua vida inultrapassável. Será que aí a vida da ostra seria preferível, ou 
isso não faria diferença nenhuma para a nossa decisão? 
Laboratórios mentais
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Cenários de resposta
 Um ser humano moderadamente satisfeito, porque os prazeres que podemos experienciar como 
seres humanos são de uma qualidade tão superior que não os trocaríamos pela maior quantidade possível dos 
prazeres de uma ostra. 
 Uma ostra plenamente satisfeita e com uma vida longa, pois essa vida inclui uma maior quantidade 
de prazer.
• nesta célebre experiência de pensamento, Robert Nozick, lança um 
poderoso desafio ao hedonismo. Nozick imagina que um grupo de cientistas desenvolveu aquilo que 
decidiu chamar de “máquina de experiências”. Essa máquina poderia proporcionar-nos a sensação 
subjetiva de viver qualquer experiência que idealizássemos. Se, de facto, estivéssemos apenas interessados 
em obter o maior saldo possível de experiências aprazíveis (como sugere o hedonismo), então seria do 
nosso interesse ligar-nos a essa máquina. Mas Nozick julga que não estaríamos realmente dispostos a 
isso. Portanto, conclui que devemos rejeitar o hedonismo.
O filme Matrix (1999) ilustra a experiência mental da máquina de experiências. Num futuro distópico, a 
humanidade é controlada por máquinas que lhes proporcionam vidas ilusórias enquanto se alimentam da 
energia gerada pelos seus corpos. Uma pequena resistência conseguiu libertar-se desse controlo e tenta 
desesperadamente salvar a Humanidade dessa opressão. Mas as condições de vida são tão precárias que, 
contrariamente ao que é defendido por Nozick, há mesmo quem chegue a preferir viver ligado à máquina 
de experiências do que viver no mundo real, como se pode ver neste excerto do filme: https://youtu.
be/6gL0xQHI0wo (consultado em 12.03.2021).
Cenários de resposta
 Sim, se de um ponto de vista subjetivo essa vida teria uma maior quantidade de prazer, então seria 
do interesse da pessoa fazer essa escolha.
 Não, porque aquilo que nós queremos é efetivamente satisfazer certas preferências e certos projetos, 
e não ter apenas as sensações de prazer associadas a essas experiências.
• trata-se de uma experiência de pensamento que tem o objetivo de 
concretizar um dos problemas do agregacionismo associado à teoria utilitarista de Mill. O problema 
consiste no seguinte: qualquer que seja a situação em que nos encontramos, é sempre possível aumentar 
o total de felicidade acrescentando uma pessoa com uma qualidade de vida positiva (por muito baixa que 
seja). Neste cenário imaginário, somos convidados a assumir o papel de um cientista, encarregue da 
tarefa de colonizar um novo planeta. Os recursos que temos à nossa disposição são limitados, permitindo- 
-nos apenas criar uma população com um pequeno número de indivíduos com um elevado nível de 
felicidade, ou uma população com um elevado número de indivíduos com baixos níveis de felicidade. 
Qual seria a coisa certa a fazer?
O professor pode desafiar os alunos a pensar nas seguintes questões: E se, em vez de tentar promover o 
maior total de bem-estar agregado, tentarmos promover bem-estar médio? Aí já não se pode dizer que 
aumentar o número de indivíduos minimamente felizes é uma forma de melhorar as coisas, porque isso 
72
Laboratórios mentais
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pode baixar a média. Em contrapartida, pode sugerir que acabar com a vida de pessoas que tenham um 
bem-estar abaixo da média é uma forma de melhorar um estado de coisas, o que é inaceitável. E se fosse 
uma distribuição mais igualitária de felicidade? Os problemas continuam, poderíamos estar a nivelar por 
baixo. Será melhor uma ação que resulta num estado de coisas em que todos ficam piores do que ficariam 
se realizássemos uma ação alternativa, só porque todos teriam a mesma quantidade? Os utilitaristas 
sugerem que a igualdade não tem um valor intrínseco, mas sim instrumental. 
Geralmente, distribuições mais igualitárias de recursos contribuem para um maior total de felicidade. Isto 
acontece por causa da chamada “utilidade marginal”. Por exemplo, imagina que tens dois pares de sapatos 
e duas pessoas a quem os podes oferecer. Contudo, uma dessas pessoas já tem 50 pares de sapatos e a 
outra não tem nenhum. Ora, uma vez que alguém que já tem 50 pares de sapatos não tem grande utilidade 
para mais um par, essa utilidade seria marginal, isto é, dar-lhe os sapatos geraria um aumento muito 
pouco significativo de felicidade. Pelo contrário, a pessoa que não tem nenhum par de sapatos teria um 
aumento muitíssimo significativo de felicidade. Assim, a utilidade de oferecer os dois pares a esta última 
é muito superior do que a utilidade gerada por qualquer uma das alternativas (dar os dois pares à pessoa 
que já tem 50, ou dar um par a cada pessoa). Isto acontece não porque a igualdade seja intrinsecamente 
valiosa, mas porque é, muitas vezes, a melhor forma de conseguir aumentar o total de felicidade.
Cenários de resposta
 É preferível fazer uma ação que leva a um estado de coisas com um menor número de indivíduos que 
vivem vidas bastante felizes, porque a quantidade de vidas não deve contar tanto como a qualidade dessas 
vidas.
 É preferível fazer uma ação que leva a um estado de coisas com um maior número de indivíduos com 
vidas quase miseráveis, porque a felicidade é a única coisa que tem valor intrínseco e, no geral, esta alternativa 
geraria uma maior quantidade de felicidade.
 Sim, porque a felicidade é a única coisa que tem valor intrínseco e, desse modo, estaremos a gerar 
uma maior quantidade total de felicidade. 
 Não, quando estamos a comparar diferentes ações devemos considerar apenas a forma como 
aqueles que já existem são afetados pelas mesmas, deixando de lado, considerações que incluem indivíduos 
que podem vir a existir.
• nesta experiência de pensamento somos confrontados com uma 
proposta terrível. Um sádico raptou-nos juntamente com outros seis indivíduos e diz-nos que se matarmos 
o nosso companheiro de cela deixa os outros cinco sair em liberdade, mas se nos recusarmos a fazê-lo, ele 
próprio irá matá-los da forma mais retorcida que se lembrar. O que fazer? Se a violação do direito à vida 
de uma pessoa inocente é uma coisa má, como defendem os deontologistas, parece que cinco violações 
desse mesmo direito será algo ainda pior. Esta experiência de pensamento serve para ilustrar o paradoxo 
da deontologia, uma das mais discutidas objeções à ética deontológica.
Cenários de resposta
 Sim, pois, por muito que esse ato nos custasse, essa seria a alternativa que permitiria que a história 
do universo corresse tão bem quanto possível. Uma pessoa assassinada em vez de cinco.
73
Laboratórios mentais
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
 Não, porque ainda que isso permitisse uma menor ocorrência de assassinatos, há coisas que eu não 
posso simplesmente fazer, por melhores que fossem as consequências. Oque importa não é que a história do 
universo corra tão bem quanto possível, mas sim que cada um de nós cumpra as suas obrigações morais. Eu 
sou responsável pelo meu comportamento de uma forma que não sou responsável pelo comportamento de 
mais ninguém. Assim, se eu matar um inocente fui eu que errei; se o meu raptor decidir matar cinco pessoas, 
foi erro dele.
74
Laboratórios mentais
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 esta experiência de pensamento pretende ser uma recriação da posição 
original proposta por John Rawls, na sua obra Uma Teoria da Justiça. Nesta variante, os vinte cidadãos 
selecionados para habitar a primeira colónia de Marte têm de decidir, de antemão, como será feita a 
distribuição de bens à superfície do planeta vermelho. O problema é que eles não sabiam quais iriam ser 
as tarefas mais importantes na colónia. O trabalho pode ser todo manual, ou nem sequer haver trabalho 
manual de todo. Pode exigir uma grande inteligência, ou ser mais adequado para aqueles que não 
precisam de grande estimulação intelectual. Qual será a forma mais justa de fazer essa distribuição? 
Cenários de resposta
 A primeira sugestão foi a de que tudo deveria ser repartido em partes iguais: para cada um de acordo com as 
suas habilidades, a cada um de acordo com as suas necessidades.
 Se houvesse muito trabalho a fazer e alguém recusasse fazer a sua parte, seria injusto recompensá-lo com uma 
fatia igual do bolo.
 A distribuição deveria ser feita de forma a que os mais desfavorecidos ficassem na melhor situação 
possível. Isto significa que seriam admitidas diferenças na distribuição de riqueza, pois algumas desigualdades 
poderiam revelar-se benéficas para todos. 
 Não deveria ser estabelecido um padrão prévio de distribuição dos bens. As pessoas deveriam fazer 
o que quisessem com a sua pessoa e com os seus bens (desde que legitimamente adquiridos), livres de 
interferências externas. 
 A melhor distribuição seria aquela que permitisse uma melhoria das nossas vidas enquanto seres 
sociais. Nesse sentido, mesmo a distribuição igualitária inicialmente proposta seria aceitável desde que 
contribuísse, de alguma forma, para o bem comum. Por exemplo, limitando as invejas e as rivalidades; limitando 
os sentimentos de superioridade/inferioridade de uns cidadãos em relação aos outros; diminuindo o crime; etc.
• esta experiência de pensamento relata a angústia de John e Margaret, um 
casal que em vésperas de Natal está à procura do presente ideal para cada um dos seus três filhos. O seu 
orçamento é de 300 €, pelo que tencionam gastar 100 € com cada um deles. O problema parece resolvido 
quando se deparam com uma consola de videojogos portátil que custa exatamente 100 €. John e Margaret 
preparam-se para comprar uma consola para cada um, quando John se apercebe de uma campanha que 
lhes permitiria, gastando exatamente o mesmo dinheiro, fazer um upgrade em duas das consolas para 
uma versão mais recente. Uma vez que nenhum dos filhos ficaria mais mal servido dessa forma, John está 
tentado a aceitar a campanha. Mas Margaret acha que isso é inaceitável, pois implicaria um tratamento 
diferenciado para com um dos seus filhos. Qual dos dois parece ter razão? Será que existem desigualdades 
aceitáveis? Porquê? Estas questões levam os alunos a refletir sobre o problema da justiça distributiva a 
partir de um exemplo bastante próximo das suas vivências.
Cenários de resposta
 Sim, porque certas desigualdades permitem melhorar a situação de todos. Se ninguém fica pior e 
alguns ficam melhor, então não parece haver nada de errado com esse tipo de desigualdades.
75
Laboratórios mentais
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 Não, porque a igualdade é em si mesma boa. Quanto mais igualitária for uma determinada distribuição 
de bens, menos haverá sentimentos negativos como a inveja, a sensação de que se foi uma vítima arbitrária 
das circunstâncias, de que se foi injustiçado, de que se foi prejudicado ou privado da possibilidade de ter 
acesso a outro tipo de bens, etc.
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto? 
Material 
Complementar
Apresentação
Nesta secção disponibilizamos alguns recursos complementares. Trata-se 
de materiais que exploram conteúdos não contemplados nas Aprendizagens 
Essenciais, mas que nos parece enriquecedor incluir aqui. 
Alguns dos materiais estão escritos numa linguagem dirigida/acessível aos 
alunos e, por conseguinte, o professor pode optar por disponibilizá-los às 
suas turmas. Outros foram produzidos no âmbito de ações de formação 
dirigidas a professores, sendo a eles destinados em exclusivo. 
Bom trabalho! 
Os autores
79© Como pensar tudo isto?
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“Há cerca de 2400 anos, em Atenas, um 
homem foi condenado à morte por fazer demasiadas 
perguntas. Houve outros filósofos antes dele, mas 
foi com Sócrates que a disciplina deu realmente o 
grande salto. [...]
De nariz arrebitado, corpo atarracado, mal 
vestido e um pouco estranho, Sócrates não se 
enquadrava com os demais. Apesar de fisicamente 
feio e de andar muitas vezes sujo, tinha grande 
carisma e uma mente brilhante. Em Atenas, toda a 
gente concordava que nunca houve alguém como 
ele e, provavelmente, nunca mais haveria. Era único. 
Mas era também extremamente incomodativo. 
Via-se como uma daquelas moscas que dão mordidas 
dolorosas — um moscardo. São irritantes, mas não 
causam problemas graves. Mas, em Atenas, nem 
toda a gente concordava. Alguns gostavam dele; 
outros consideravam-no uma influência perigosa.
Na sua juventude, Sócrates fora um bravo 
soldado que lutara nas guerras do Peloponeso 
contra os Espartanos e os seus aliados. Na sua meia- 
-idade, passeava-se pelo mercado, interrompendo 
de vez em quando as pessoas e fazendo-lhes 
perguntas incómodas. Era mais ou menos tudo o 
que fazia. As questões que colocava eram incisivas. 
Pareciam simples, mas não eram. [...]
Repetidamente, Sócrates demonstrava que as 
pessoas que encontrava no mercado não sabiam 
realmente aquilo que pensavam saber. [...] Sócrates 
gostava de revelar os limites daquilo que as pessoas 
realmente sabiam e de questionar os postulados em 
que baseavam as suas vidas. Um diálogo que 
terminasse com todos a perceberem o quão pouco 
sabiam era, para ele, um êxito. Antes isso que 
continuar a acreditar que se sabe alguma coisa 
quando não se sabe. [...]
Certo dia, o seu amigo Querefonte dirigiu-se 
ao oráculo de Apolo, em Delfos. O oráculo era uma 
velha e sábia mulher, uma sibila, que respondia às 
perguntas que lhe eram feitas pelos visitantes. As 
suas respostas eram geralmente dadas na forma de 
um enigma. ‘Existe alguém mais sábio do que eu’, 
perguntou Querefonte. ‘Não’, respondeu o oráculo. 
‘Ninguém é mais sábio’. Quando Querefonte contou 
isto a Sócrates, o filósofo começou por não acreditar. 
Ficou realmente intrigado. ‘Como posso ser o 
homem mais sábio de Atenas quando sei tão 
pouco?’, perguntava-se. Passou vários anos a 
questionar as pessoas para ver se alguém era mais 
sábio do que ele. Por fim, compreendeu aquilo que 
o oráculo queria dizer e percebeu que a sibila estava 
certa. Muitas pessoas eram competentes nas várias 
coisas que faziam — os carpinteiros eram bons em 
carpintaria e os soldados sabiam sobre a guerra. 
Mas nenhuma delas era verdadeiramente sábia. Não 
sabiam realmente aquilo de que falavam.
A palavra ‘filósofo’ vem do termo grego que 
significa ‘amor à sabedoria’. A tradição filosófica do 
Ocidente [...] difundiu-se da Grécia Antiga para 
muitas partes do mundo e sofreu influências de 
ideias vindas do Oriente. O tipo de sabedoria que 
valoriza baseia-se na argumentação, no raciocínio e 
na colocação de questões, e não na crença em coisas 
apenas porque alguém importante disse que eram 
verdadeiras. Para Sócrates, a sabedoria não consistia 
em saber muitos factos ou em saber como fazer 
alguma coisa. Significava compreender a verdadeira 
natureza da nossa existência, incluindoos limites 
daquilo que podemos conhecer. Atualmente, os 
filósofos fazem mais ou menos o mesmo que 
Sócrates: fazem perguntas difíceis, observam razões 
e provas, esforçam-se por responder a algumas das 
questões mais importantes que podemos colocar 
sobre a natureza da realidade e sobre como devemos 
viver. [...]”
Nigel Warburton. (2012). Uma Pequena História da Filosofia. 
Trad. Pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições 70, pp. 19-21
83© Como pensar tudo isto? 83
Os inspetores de circunstâncias são um método mecânico para se determinar a validade 
argumentativa. Porém, com isso não se examina a justificação passo a passo para uma determinada 
conclusão. Ou seja, com estes métodos o raciocínio não se exibe. Haverá então outro método que explicite 
todos os passos argumentativos para se chegar a uma dada conclusão? Sim, as derivações ou provas formais, 
que, além de serem um bom método para testar a validade dos argumentos, também ajudam a desenvolver 
as competências de raciocínio.
Numa derivação aplica-se um conjunto de regras, habitualmente designadas regras de “dedução 
natural”, para tentar derivar a conclusão a partir das premissas. Se formos bem-sucedidos, o argumento é 
válido; caso contrário, o argumento é inválido. O mais famoso sistema de dedução natural inclui 10 regras, 
uma regra de introdução e uma regra de eliminação para cada um dos operadores da lógica proposicional 
(excluindo a disjunção exclusiva). Mas esse sistema tem algumas limitações e obriga a estudar várias regras 
novas. Por isso, vamos propor uma abordagem diferente, que faz uso das regras de inferência estabelecidas 
como obrigatórias pelas Aprendizagens Essenciais, acrescentando apenas quatro regras adicionais, bastante 
intuitivas, e a regra da redução ao absurdo. Assim, o nosso sistema inclui as regras que se seguem: 
As linhas antes do “∴” representam as linhas que encontramos no argumento (exceto a linha com a 
indicação “suposição”, que pode ser introduzida em qualquer momento). As linhas assinaladas com o “∴” 
correspondem às linhas que se seguem das anteriores aplicando a respetiva regra de derivação. À frente, 
entre parêntesis retos, indica-se a(s) linha(s) usada(s) e a sigla da regra aplicada. 
Modus Ponens Modus Tollens
 (A B)
 A
 ∴ B [1,2 MP]
 (A B)
 ¬ B
 ∴ ¬ A [1,2 MT] 
 (A B)
 (B C)
 ∴ (A C) [1,2 SH]
 (A B)
 ¬ A ( ou ¬ B)
 ∴ B (ou A) [1,2 SD]
 (A B)
 ∴ A [1 SC]
 ∴ B [1 SC]
 ¬ (A B)
 ∴ (A ¬ B) [1 SNC]
 (A B)
 ∴ (A B) [1 SB]
 ∴ (B A) [1 SB]
 ¬ (A B)
 ∴ (A ¬ B) (B ¬ A) [1 SNB]
 ¬ (A B)
 ∴ (¬ A ¬ B) [1 DM1]
 ¬ (A B)
 ∴ (¬ A ¬ B) [1 DM2]
 ¬ ¬ A
 ∴ A [1 SND]
 A [suposição]
 …
 B
 ¬ B
 ∴ ¬ A [1, 3, 4 RA]
8484 © Como pensar tudo isto? 84
A regra da funciona da seguinte forma: i) introduz-se uma suposição; ii) mostra-se 
que essa suposição conduz a um absurdo aplicando as regras de inferência; iii) descarta-se a suposição 
acrescentando uma linha com a sua negação e indicando à frente a linha da suposição, as linhas contraditórias 
e a sigla RA (de Redução ao Absurdo). 
O método que aqui apresentamos funciona por redução ao absurdo, o que significa que o nosso 
primeiro passo é juntar às premissas a negação da conclusão, ou seja, 
. Aquilo que se pretende descobrir é se é (ou não) absurdo, ou 
contraditório, aceitar as premissas do argumento ao mesmo tempo que se nega a sua conclusão. Se for esse 
o caso, então o argumento em causa será válido. Mas, pelo contrário, se pudermos aceitar as premissas e 
negar a conclusão sem cair em contradição, então o argumento em causa será inválido. 
Para descobrir isso teremos de aplicar as regras apresentadas acima até: i) encontrarmos uma 
contradição, ou seja, até obtermos a mesma fórmula afirmada numa linha e negada noutra; ou ii) até não 
haver mais regras para aplicar, mesmo que não tenhamos encontrado nenhuma contradição. A primeira 
hipótese diz-nos que o argumento é válido, o que significa que depois de aceitar as premissas não podemos 
supor que a conclusão é falsa sem nos contradizermos. A segunda possibilidade diz-nos que o argumento é 
inválido, porque não é contraditório aceitar as premissas e negar a conclusão.
Vejamos como isto funciona com um exemplo:
Eis os passos que devemos seguir:
Formula-se o argumento 
(premissas e conclusão) na 
sua forma canónica.
Verifica-se se foi possível 
derivar uma contradição – 
nesse caso, o argumento é 
válido – ou não – nesse caso, 
o argumento é inválido.
Elabora-se um dicionário 
fazendo corresponder letras 
proposicionais a cada 
proposição simples presente 
no argumento.
Aplicam-se todas as regras de 
simplificação e/ou implicação que 
seja possível aplicar às fórmulas 
apresentadas até: i) alcançar uma 
contradição; ou ii) não haver mais 
regras para aplicar.
Representa-se a forma do 
argumento com as letras 
proposicionais, as conectivas e 
os parêntesis necessários.
Junta-se às premissas a negação 
da conclusão, i.e., a fórmula 
correspondente à conclusão 
precedida pelo operador da 
negação.
 Neste contexto, quando usamos a palavra “absurdo” estamos a falar de um absurdo lógico, ou seja, de uma contradição. Assim, temos um absurdo 
quando temos a mesma fórmula afirmada numa das linhas da derivação e negada noutra.
Quem matou o Mr. Boddy foi a Miss Scarlett, ou o Coronel Mustard. Se o Coronel 
Mustard é esquerdino, então não foi ele. Logo, uma vez que o Coronel é esquerdino, quem 
matou o Mr. Boddy foi a Miss Scarlett.
85© Como pensar tudo isto? 85
 Quem matou o Mr. Boddy foi a Miss Scarlett, ou o Coronel Mustard. 
 Se o Coronel Mustard é esquerdino, então o Coronel Mustard não matou o Mr. Boddy. 
 O Coronel Mustard é esquerdino.
 Logo, quem matou o Mr. Boddy foi a Miss Scarlett.
P: Quem matou o Mr. Boddy foi a Miss Scarlett.
Q: Quem matou o Mr. Boddy foi o Coronel Mustard.
R: O Coronel Mustard é esquerdino.
 (P Q)
 (R ¬ Q)
 R
 ∴ P
 (P Q)
 (R ¬ Q)
 R
 ¬ P [suposição]
Daqui em diante começamos a aplicar regras sem haver uma sequência pré-definida. Seja qual for o 
caminho escolhido, o resultado final será o mesmo. Por exemplo, no argumento apresentado, podemos 
começar por usar as linhas (1) e (4) para fazer um Silogismo Disjuntivo, acrescentando assim uma linha (5) 
com a letra Q. Em alternativa, poderíamos começar por usar as linhas (2) e (3) para fazer um Modus Ponens 
e, assim, acrescentar uma linha (6) com a fórmula ¬ Q. Vamos optar pela primeira sugestão:
 (P Q)
 (R ¬ Q)
 R
 ¬ P [suposição]
 Q [1,4 SD]
8686 © Como pensar tudo isto? 86
Daqui em diante, podemos aplicar a regra do Modus Ponens às linhas (2) e (3) e acrescentar uma 
linha 6 com a fórmula ¬ Q, ou utilizar as linhas (2) e (5) para fazer Modus Tollens e acrescentar antes na linha 
(6) a fórmula ¬ R. Vamos seguir esta última sugestão e ver o que acontece:
 (P Q)
 (R ¬ Q)
 R
 ¬ P [suposição]
 Q [1,4 SD]
 ¬ R [2,5 MT]
Neste ponto já temos uma contradição, pois a mesma fórmula, R, aparece afirmada na linha (3) e 
negada na linha (6). Isto permite-nos concluir que o argumento é válido. Para assinalar isso descartamos a 
suposição para redução ao absurdo, o que significa que voltamos a escrever a conclusão original do 
argumento numa nova linha. Essa linha deve ter indicadas a linha da suposição e as linhas da contradição, 
juntamente com a sigla RA (de Redução ao Absurdo). Conforme se ilustra em seguida:
 (P Q)
 (R ¬ Q)
 R
 ¬ P [suposição]
 Q [1,4 SD]
 ¬ R [2,5 MT]
 ∴ P [3,4,6 RA]
O argumento apresentado é válido, pois supor que a conclusão é falsa depois de assumir as premissas 
como verdadeiras conduz a uma contradição.
Vejamos agora um outro exemplo:
Se o hedonismo é verdadeiro, então estamos apenas interessados no maior saldo de 
prazer possível. Mas, se estamos apenas interessados no maior saldo de prazer possível, então 
estamos dispostos a ligar-nos a uma máquina de experiências. Contudo, uma vez que o 
hedonismo não é verdadeiro, podemos concluir que não estamos dispostos a ligar-nos a tal 
máquina.
87© Como pensar tudo isto?87
 Se o hedonismo é verdadeiro, então estamos apenas interessados no maior saldo de prazer 
possível. 
 Se estamos apenas interessados no maior saldo de prazer possível, então estamos dispostos a 
ligar-nos a uma máquina de experiências. 
 O hedonismo não é verdadeiro.
Logo, não estamos dispostos a ligar-nos a tal máquina.
P: O hedonismo é verdadeiro.
Q: Estamos apenas interessados no maior saldo de prazer possível. 
R: Estamos dispostos a ligar-nos a uma máquina de experiências. 
 (P Q)
 (Q R)
 ¬ P
 ∴ ¬ R
 (P Q)
 (Q R)
 ¬ P
 R [suposição]
 (P Q)
(Q R)
 ¬ P
 R [suposição]
 (P R) [1,2 SH]
Ora, uma vez que só temos uma negação (linha (3)) e três condicionais (linhas (1), (2) e (3)) sem 
antecedentes afirmadas (para fazer Modus Ponens) nem consequentes negadas (para fazer Modus Tollens), 
não temos a possibilidade de aplicar mais nenhuma regra. Contudo, ainda não encontramos nenhuma 
contradição. O que significa que podemos prosseguir para a análise.
O argumento é inválido, pois aceitar as suas premissas e negar a sua conclusão não conduz a uma 
contradição.
8888 © Como pensar tudo isto? 88
Quando um argumento é inválido, é possível apresentar um contra-modelo, isto é, uma interpretação 
(ou circunstância possível) que tornaria todas as suas premissas simultaneamente verdadeiras e a conclusão 
falsa.
Os inspetores de circunstâncias permitem-nos detetar facilmente se existe(m) ou não um (ou mais) 
contra-modelo(s) para uma determinada forma argumentativa. Por exemplo, no primeiro caso apresentado 
acima, uma vez que o argumento era válido, não existem quaisquer contra-modelos, como se pode verificar 
consultando a tabela abaixo.
 P Q R ( P Q ) ( Q ¬ R ) R P
 V V V V V V F F V 
 V V F V V V V F F
 V F V V F F F V 
 V F F V F F V F F
 F V V F V V F F V F
 F V F F V V V F F F
 F F V F F F F F V F
 F F F F F F F V F F F
Mas o mesmo já não pode ser dito acerca do segundo caso analisado. Vejamos a tabela de verdade 
para essa forma argumentativa:
 P Q R ( P Q ) ( Q R ) ¬ P ¬ R
 V V V V V V V F V F V
 V V F V V V F F F V F
 V F V V F F F V F V F V
 V F F V F F F F F V F
 F V V F V V V F F V
 F V F F V V F F F F
 F F V F F F V F F V
 F F F F F F F F F
Como podemos verificar, na 5. e na 7. linha, existem duas interpretações possíveis que tornariam as 
premissas verdadeiras e a conclusão falsa. Ou seja, o argumento tem dois contra-modelos. Para apresentar 
um contra-modelo devemos indicar qual é o valor de cada letra proposicional (isto é, de cada proposição 
simples ou atómica) numa dessas circunstâncias. Assim, no que diz respeito ao exemplo anterior, poderíamos 
apresentar um dos seguintes contra-modelos:
• (P) = F e (Q) = (R) = V; 
• (P) = (Q) = F e (R) = V.
89© Como pensar tudo isto? 89
O método de derivações aqui proposto também nos permite encontrar para os 
argumentos inválidos. Se, depois de aplicarmos todas as regras possíveis, não conseguirmos chegar a 
qualquer e, por conseguinte, concluirmos que o argumento é inválido, então é porque existe 
(pelo menos) uma interpretação (ou circunstância possível) em que todas as suas premissas são 
simultaneamente verdadeiras e a conclusão falsa; para a(s) descobrir devemos fazer o seguinte:
1. Começamos por registar todas as variáveis proposicionais que aparecem afirmadas ao longo da 
derivação (isto é, que aparecem sozinhas numa linha da derivação) e todas as variáveis 
proposicionais que aparecem negadas (isto é, que aparecem sozinhas numa linha com o símbolo 
da negação atrás).
2. Às variáveis proposicionais que aparecem afirmadas atribuímos o valor V; e às variáveis 
proposicionais que aparecem negadas atribuímos o valor F. 
3. Quando uma (ou mais) das fórmulas proposicionais simples envolvidas no argumento não aparece(m) 
afirmada(s) nem negada(s) ao longo da derivação é porque o valor dessa(s) fórmula(s) é irrelevante 
para o contra-modelo (ou seja, tanto faz que ela(s) seja(m) verdadeira(s) como falsa(s), pois qualquer 
uma dessas situações tornaria todas as premissas verdadeiras e a conclusão falsa), por isso, nessas 
circunstâncias podemos assumir, por comodidade, que a proposição em causa é verdadeira.
4. Depois basta indicar qual é o valor de verdade de cada fórmula proposicional simples (isto é, de 
cada proposição simples ou atómica) para obtermos o contra-modelo.
No exemplo apresentado, tínhamos P negada na linha (3) e R afirmada na linha (6). Como não temos 
nenhuma indicação específica sobre o valor de Q, vamos assumir que esta é verdadeira. Assim, temos um 
contra-modelo para o argumento quando:
• (P) = F; e (Q) = (R) = V.
© Como pensar tudo isto?
Além dos inspetores de circunstâncias e das derivações, ainda podemos usar um outro método para 
examinar a validade dos argumentos: o , também designado por árvores 
lógicas ou demonstrações em árvore (tree proofs). Esta designação deve-se ao facto de consistir numa 
representação gráfica com uma estrutura semelhante à de uma árvore invertida (com as raízes para cima e 
os ramos para baixo).
À semelhança do método de derivações apresentado em “2.1 Guião para fazer derivações”, este 
método também procede por . Assim, depois de formalizar o argumento, a primeira 
coisa a fazer é negar a conclusão e juntá-la às premissas. Seguidamente, procura-se analisar se o conjunto de 
proposições (as premissas e a negação da conclusão) é inconsistente ou não. Se for inconsistente, então a 
forma lógica do argumento é válida. Se não for inconsistente, então a forma lógica do argumento é inválida.
Para se examinar se existe inconsistência ou não, é preciso fazer a simplificação das fórmulas 
complexas. Por exemplo, (P Q) é uma forma complexa que precisa ser simplificada, isto é, decomposta 
em fórmulas mais simples. Só nos damos por satisfeitos quando: i) obtemos uma contradição em todos os 
ramos; ou ii) não temos mais proposições para simplificar. Para proceder a essa simplificação devemos 
recorrer às seguintes regras:
Dupla 
 ¬ ¬ A
 A (1)
 A B
 A (1)
 B (1) 
¬ (A B)
 
 ¬ A (1) ¬ B (1)
 A B
 A (1) B (1)
 ¬ (A B)
 ¬ A (1) 
 ¬ B (1)
 ¬ A B
 
 ¬ A (1) B (1)
 ¬ (A B)
 A (1) 
 ¬ B (1)
 A B
 
 A (1) ¬ A (1)
 B (1) ¬ B (1)
 ¬ (A B)
 A (1) ¬ A (1)
 ¬ B (1) B (1)
 para evitar a repetição desnecessária de passos anteriormente realizados, aplicar primeiro as regras que não envolvem bifurcações.
A primeira linha corresponde à fórmula que nos é dada no argumento, as restantes resultam da 
aplicação das regras. À frente de cada fórmula colocamos entre parêntesis o número da fórmula mais 
complexa a partir da qual ela foi extraída.
Quando encontramos contradição num ramo1, fechamos esse ramo com um “x” e indicamos as linhas 
que nos permitiram fechar esse ramo, ou seja, as linhas onde encontramos contradição. Quando 
encontramos contradições em todos os ramos da árvore é porque o argumento original é válido, pois é 
impossível aceitar as premissas e negar a conclusão sem cair em contradição. Se, depois de simplificarmos 
todas as fórmulas que havia para simplificar, houver algum ramo que não apresenta qualquer contradição, 
então o argumento apresentado é inválido, pois é possível aceitar as premissas e negar a conclusão sem 
cair em contradição.
 Para isso, examinamos o percurso desde a extremidade do ramo até à raiz da árvore para ver se alguma fórmula aparece afirmada numa linha e 
negada noutra.
9292 © Como pensar tudo isto? 92
Vejamos como isto funciona com um exemplo:
Se Deus existe, é todo poderoso e moralmente perfeito. Se Deus é todo poderoso, então 
pode acabar com o mal no mundo. Se é moralmente perfeito, não quer que haja mal no mundo. 
Se Deus não quer que haja mal no mundo e pode acabar com o mal no mundo, então não há 
mal no mundo. Porém, há mal no mundo. Logo, Deus não existe.
Eis os passos que devemos seguir para avaliar o argumento através deste método:Formula-se o 
argumento 
(premissas e 
conclusão) na 
forma canónica.
Elabora-se um 
dicionário 
fazendo 
corresponder 
letras 
proposicionais a 
cada proposição 
simples presente 
no argumento.
Representa-se a 
forma do 
argumento com 
as letras 
proposicionais, 
as conectivas e 
os parêntesis 
necessários.
árvore
Aplicam-se todas 
as regras de 
construção de 
árvores que seja 
possível aplicar 
às fórmulas 
apresentadas 
até: i) alcançar 
uma contradição; 
ou ii) não haver 
mais regras para 
aplicar.
Verifica-se se 
todos os ramos 
da árvore estão 
fechados 
(acabam em 
contradição) 
– caso em que o 
argumento em 
causa será 
considerado 
válido – ou não 
– caso em que o 
argumento em 
causa será 
considerado 
inválido.
Junta-se às 
premissas a 
negação da 
conclusão, i.e., 
a fórmula 
correspondente 
à conclusão 
precedida pelo 
operador da 
negação.
 Se Deus existe, então é todo poderoso e moralmente perfeito. 
 Se Deus é todo poderoso, então pode acabar com o mal no mundo. 
 Se Deus é moralmente perfeito, não quer que haja mal no mundo. 
 Se Deus não quer que haja mal no mundo e pode acabar com o mal no mundo, então não há mal 
no mundo. 
 Há mal no mundo. 
 Logo, Deus não existe.
P: Deus existe.
Q: Deus é todo poderoso.
R: Deus é moralmente perfeito.
S: Deus pode acabar com o mal no mundo.
T: Deus quer que haja mal no mundo.
U: Há mal no mundo.
93© Como pensar tudo isto? 93
 (P (Q R))
 (Q S)
 (R ¬ T)
 ((S ¬ T) ¬ U)
 U
 ∴ ¬ P
 (P (Q R))
 (Q S)
 (R ¬ T)
 ((S ¬ T) ¬ U)
 U
 P [negação da conclusão]
(1) (P (Q R))
(2) (Q S)
(3) (R ¬ T)
(4) ((S ¬ T) ¬ U)
(5) U
(6) P [negação da conclusão]
 
(7) ¬ P (1) (Q R) (1)
(8) x Q (7)
(9) [6,7] R (7)
 
(10) ¬ Q (2) S (2)
 x
 [9,11] 
(11) ¬ R (3) ¬ T (3)
 x
 [10,12] 
(12) ¬ (S ¬ T) (4) ¬ U (4)
(13) x
 [5,13]
(14) ¬ S (13) T (13)
 x x
 [11,14] [12,14] 
9494 © Como pensar tudo isto? 94
O argumento apresentado é válido, pois supor que a conclusão é falsa depois de assumir as premissas 
como verdadeiras conduz forçosamente a uma contradição.
Vejamos agora um segundo exemplo:
Se Mill estiver certo, então temos sempre a obrigação de fazer aquilo que mais promove 
a felicidade. Se temos de fazer sempre aquilo que mais promove a felicidade, então não é 
aceitável abstermo-nos de combater a pobreza absoluta. Mill não está certo. Logo, é aceitável 
abstermo-nos de combater a pobreza absoluta.
 Se Mill estiver certo, então temos sempre a obrigação de fazer aquilo que mais promove a 
felicidade. 
 Se temos de fazer sempre aquilo que mais promove a felicidade, então não é aceitável abstermo-
-nos de combater a pobreza absoluta.
 Mill não está certo. 
 Logo, é aceitável abstermo-nos de combater a pobreza absoluta.
P: Mill está certo
Q: Temos sempre a obrigação de fazer aquilo que mais promove a felicidade. 
R: É aceitável abstermo-nos de combater a pobreza absoluta.
 (P Q)
 (Q ¬ R)
 ¬ P
 ∴ R
 (P Q)
 (Q ¬ R)
 ¬ P
 ¬ R [negação da conclusão]
95© Como pensar tudo isto? 95
 (P Q)
 (Q R)
 ¬ P
¬ R [Suposição para redução ao absurdo]
 
 ¬ P (1) Q (1)
 
 ¬ Q (2) R (2) ¬ Q (2) R (2)
 x x x
 [4,6] [5,6] [4,6] 
Ora, uma vez que se aplicaram todas as regras de simplificação e no ramo da esquerda não 
encontramos contradição podemos prosseguir para a análise.
O argumento é inválido, pois não é contraditório aceitar as suas premissas e negar a sua conclusão.
O método das árvores de refutação também permite encontrar para os argumentos 
inválidos. Para isso, basta seguir o ramo que ficou em aberto (ou um deles, se for mais do que um) e fazer o 
seguinte:
1. Começamos por registar todas as variáveis proposicionais que aparecem afirmadas ao longo da 
árvore (isto é, que aparecem sozinhas numa linha da mesma) e todas as variáveis proposicionais que 
aparecem negadas (isto é, que aparecem sozinhas numa linha com o símbolo da negação atrás).
2. Às variáveis proposicionais que aparecem afirmadas atribuímos o valor V; e às variáveis 
proposicionais que aparecem negadas atribuímos o valor F. 
3. Quando uma (ou mais) das fórmulas proposicionais simples envolvidas no argumento não 
aparece(m) afirmada(s) nem negada(s) ao longo da árvore é porque o valor dessa(s) fórmula(s) é 
irrelevante para o contra-modelo (ou seja, tanto faz que ela(s) seja(m) verdadeira(s) como falsa(s), 
pois qualquer uma dessas situações tornaria todas as premissas verdadeiras e a conclusão falsa), 
por isso, nessas circunstâncias podemos assumir, por comodidade, que a proposição em causa é 
verdadeira.
4. Depois basta indicar qual é o valor de verdade de cada uma das fórmulas proposicionais simples 
(isto é, de cada proposição simples ou atómica) para obtermos o contra-modelo.
 No exemplo apresentado, tínhamos P negada na linha (3), R negada na linha (4) e Q negada na linha 
(6). Assim, temos um contra-modelo para o argumento quando todas as variáveis são falsas, ou 
seja, quando:
• (P) = (Q) = (R) = F.
97© Como pensar tudo isto? 97
O quadrado lógico, ou quadrado da oposição, é uma ferramenta didática que foi utilizada pelos 
medievais para representar graficamente as principais relações lógicas entre os quatro tipos de proposições 
categóricas quantificadas, ou seja, entre os seguintes tipos de proposições:
• universais afirmativas, com a forma “Todo o S é P.” (ex.: “Todos os suspeitos são inocentes.”)
• universais negativas, com a forma “Nenhum S é P.” (ex.: “Nenhum suspeito é inocente.”)
• particulares afirmativas, com a forma “Algum S é P” (ex.: “Algum suspeito é inocente.”)
• particulares negativas, com a forma “Algum S não é P” (ex.: “Algum suspeito não é inocente.”)
Assim, no que diz respeito às proposições categóricas quantificadas, podemos desenhar o seguinte 
quadrado da oposição:
S P
Nenhum suspeito é inocente.
S P
Todos os suspeitos são
inocentes.
S P
Algum suspeito não é inocente.
S P
Algum suspeito é inocente.
O Quadrado da Oposição identifica as seguintes relações:
• relação que se estabelece entre duas proposições quando estas podem ser 
simultaneamente falsas, mas não podem ser simultaneamente verdadeiras. 
 Por exemplo, as proposições “Todos os suspeitos são inocentes” e “Nenhum suspeito é inocente” 
são , pois basta que entre os suspeitos exista um que seja inocente e um que não seja, 
para que estas sejam ambas falsas; mas se uma delas for verdadeira, a outra já não o poderá ser. Se 
todos os suspeitos forem inocentes é falso que nenhum é, e se nenhum for inocente é falso que 
todos são.
• relação que se estabelece entre duas proposições quando estas podem ser 
simultaneamente verdadeiras, mas não podem ser simultaneamente falsas.
 Por exemplo, as proposições “Algum suspeito é inocente” e “Algum suspeito não é inocente” são 
, porque basta que entre os suspeitos exista um que seja inocente e um que não seja, 
para que estas sejam ambas verdadeiras. Mas se uma delas for falsa a outra já não o poderá ser. Se 
é falso que algum suspeito é inocente, então é porque nenhum é, mas se nenhum suspeito é 
inocente, então há pelo menos um suspeito que não é inocente.
9898 © Como pensar tudo isto? 98
• relação que se estabelece entre duas proposições quando estas não podem ser 
simultaneamente verdadeiras, nem falsas (ou seja, quando estas não podem ter o mesmo valor). 
 Por exemplo, a proposição “Todos os suspeitos são inocentes” e “Algum suspeito não é inocente” 
são , porque a verdade de uma delas implica a falsidade da outra, e vice-versa. Se é 
verdade que todos os suspeitos são inocentes, então é falso que há pelo menos um suspeito que 
não é inocente e se é verdade que há pelo menos um suspeito que não é inocente, então é falso 
que todos são. 
• relação de implicaçãoque se estabelece entre duas proposições (a proposição 
subalterna é implicada por outra, mas não a implica.
 Por exemplo, a proposição “Algum suspeito é inocente” é da proposição “Todos os 
suspeitos são inocentes”, porque se é verdade que todos os suspeitos são inocentes, então é 
verdade que há pelo menos um suspeito que é inocente. Mas o contrário já não se verifica, isto é, o 
facto de haver pelo menos um suspeito inocente não implica que todos o sejam. 
Também podemos captar facilmente as relações entre conjunções, disjunções e as respetivas 
negações através de um . Neste caso, podemos desenhar o seguinte quadrado da 
oposição:
(¬ A ¬ B)(A B)
(¬ A ¬ B)(A B)
Com recurso a este segundo quadrado da oposição, torna-se evidente que as conjunções e disjunções 
também se negam pelas linhas , ou seja, pela . Ora, 
. Neste caso, podemos comprovar isso através de tabelas de verdade, 
conforme se ilustra em seguida.
99© Como pensar tudo isto? 99
A B (A B) ( ¬ A ¬ B) (A B) ( ¬ A ¬ B)
V V F F F F F F
V F F F V F F V
F V V F F F V F
F F F V V F V V
Também podemos verificar que todas as restantes relações presentes no Quadrado da Oposição 1 se 
mantêm neste quadrado. Vejamos se as duas conjunções que se encontram na parte de cima do quadrado 
são, de facto, contrárias, isto é, podem ser ambas falsas, mas não podem ser ambas verdadeiras.
A B (A B) ( ¬ A ¬ B)
V V F F F
V F F F F V
F V F V F F
F F F V V
Como podemos verificar, não há nenhuma situação possível que torne ambas verdadeiras, embora 
haja pelo menos uma situação possível em que ambas são falsas; por isso, confirma-se que se trata de duas 
proposições .
E agora, será que as duas disjunções que se encontram na parte de baixo do quadrado são, de facto, 
? Isso significaria que elas podem ser ambas verdadeiras, mas não podem ser ambas falsas. 
Vamos analisar as tabelas de verdade para ver se esse é o caso.
A B (A B) ( ¬ A ¬ B)
V V F F F
V F F V
F V V F
F F F V V
Confirma-se. Existe pelo menos uma linha em que são ambas verdadeiras, mas não existe nenhuma 
linha em que ambas são falsas.
Por fim, resta-nos confirmar se existe uma relação de entre as proposições que se 
encontram nos vértices superiores e as proposições que se encontram nos vértices inferiores respetivos.
Contrárias
© Como pensar tudo isto? 
A B (A B) (A B) ( ¬ A ¬ B) ( ¬ A ¬ B)
V V F F F F F F
V F F F F V F V
F V F V F F V F
F F F F V V V V
 
Também se confirma. Sempre que a de cima é verdadeira a de baixo é verdadeira, mas o mesmo não 
se verifica no sentido inverso. O que significa que a de cima implica a de baixo, mas a de baixo não implica 
a de cima.
Também podemos captar facilmente as relações entre condicionais, bicondicionais e as respetivas 
negações através de um . Neste caso, podemos desenhar o seguinte quadrado da 
oposição:
(A ¬ B)(A B)
((A ¬ B) (B ¬ A)) (A B)
Com recurso a este terceiro quadrado da oposição, torna-se evidente que as condicionais e 
bicondicionais também se negam pelas linhas , ou seja, pela . Ora, 
. Neste caso, podemos comprovar isso através de tabelas 
de verdade, conforme se ilustra em seguida.
A B (A B) (( A ¬ B) ( B ¬ A)) (A B) (A ¬ B)
V V V F F V F V F F V V F F V
V F F V V F F F F V F V V F
F V F F F F V V V F F F F V
F F F F V F F F F V F F F V F
© Como pensar tudo isto?
Também podemos verificar que todas as restantes relações presentes nos outros quadrados se 
mantêm neste quadrado. Vejamos se as duas proposições que se encontram na parte de cima do quadrado 
são, de facto, , isto é, podem ser ambas falsas, mas não podem ser ambas verdadeiras.
A B (A B) ( A ¬ B)
V V V F F V
V F F V V F
F V F F F F V
F F F F V F
Confirma-se que podem ser ambas falsas, mas não podem ser ambas verdadeiras, por isso, são, de 
facto, proposições contrárias.
Vejamos agora se as proposições que se encontram na parte de baixo do quadrado são . 
A B (A B) (( A ¬ B) ( B ¬ A))
V V V F F V F V F F V
V F F V V F F F F V
F V F F F V V V F
F F F F V F F F F V F
Existe pelo menos uma linha em que são ambas verdadeiras, mas não existe nenhuma linha em que 
ambas são falsas; por isso, confirma-se que são subcontrárias.
Por fim, resta-nos verificar se também aqui existe uma relação de entre as proposições 
que se encontram nos vértices superiores e as proposições que se encontram nos vértices inferiores 
respetivos.
A B (A B) (A B) ( A ¬ B) (( A ¬ B) ( B ¬ A))
V V V F F V V F F V F V F F V
V F F F V V F V V F F F F V
F V F F F F V F F F V V V F
F F F F V F F F V F F F F V F
Também se confirma que existe relação de subalternidade, pois sempre que a de cima é verdadeira a 
de baixo é verdadeira, mas o mesmo não se verifica no sentido inverso. O que significa que a de cima 
implica a de baixo, mas a de baixo não implica a de cima.
Contrárias
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A ocupa-se do estudo dos aspetos da estrutura dos argumentos relevantes para a sua 
validade. Por sua vez, a ocupa-se do estudo dos aspetos informais da argumentação 
relevantes para a sua força persuasiva. Para compreender os fatores de que depende a força persuasiva de 
um argumento devemos atender à distinção entre demostração e argumentação:
• A demonstração estabelece de forma definitiva a verdade de uma proposição, derivando-a 
dedutivamente de outras proposições indisputáveis. Exemplos de demonstrações são teoremas 
que mostram verdades matemáticas.
• A tem por objetivo a adesão a uma determinada proposição, partindo de premissas 
disputáveis e com diferentes graus de aceitação. Na argumentação também se deve atender a 
certos elementos informais como a credibilidade e o estilo discursivo do argumentador e as 
convicções, atitudes e disposições do auditório.
Um (ou um argumento persuasivo) é dedutivamente válido (ou seja, é impossível 
que as suas premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa) ou não-dedutivamente forte (ou seja, é 
improvável que as suas premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa), tem premissas verdadeiras e tem 
.
Para que um argumento seja convincente ele deve ser adequado ao seu destinatário, isto é, ao seu 
auditório, pois deve partir de premissas que este esteja na disposição de aceitar ou, pelo menos, que esteja 
mais disposto a aceitar do que a conclusão.
Além das características atrás mencionadas, há outros aspetos que um orador (ou argumentador) 
pode explorar para reforçar a credibilidade e a força persuasiva do seu discurso. Aristóteles considerava o 
ethos, o pathos e o logos três aspetos fundamentais do discurso argumentativo que podem ser explorados 
como técnicas de persuasão. Vejamos, em seguida, em que consiste cada um deles:
• O ethos corresponde ao caráter do orador, designadamente, à sua autoridade moral e científica 
(exemplos: honestidade intelectual; capacidade de diálogo; reputação; credibilidade; conhecimento).
• O pathos corresponde às emoções que o orador é capaz de despertar no seu auditório (exemplos: 
empatia; compaixão; confiança; admiração).
• O logos corresponde à estrutura do discurso, isto é, à forma como este se encontra organizado, às 
relações que as suas partes estabelecem entre si, aos argumentos nele presentes, etc.
Material Complementar
Como pensar tudo isto?
A fornece um conjunto de instrumentos para convencer ou persuadir as pessoas da verdade 
de uma determinada ideia e pode ser usada de duas maneiras distintas:
• manipulação;
Na manipulação, ou , o orador não encara o auditório como um fim em si mesmo, 
desrespeita a sua autonomia intelectual e aproveita-se das suas falhas (através do apelo às emoções e do 
recurso a falácias) para impor as suas ideias.
Na , ou , o orador visa convencer o auditório a aceitar a 
verdade de uma determinada proposição, por meio de boas razões. 
Assim, podemos considerar que a retórica tanto pode servir para inculcarideias nos outros, 
independentemente da sua veracidade, como pode promover a eficácia da discussão racional, favorecendo 
a compreensão do discurso e a adoção de opiniões devidamente fundamentadas.
Os sofistas constituem frequentemente um exemplo de manipulação, ou seja, do mau uso da 
. Estes professores de retórica do século V a.C. instruíam os seus alunos para o exercício político, 
dotando-os de ferramentas básicas (retórica e oratória) para serem bem-sucedidos nas disputas públicas e 
adquirirem poder no seio do regime democrático. O seu objetivo não era alcançar a verdade, até porque 
defendiam que esta era apenas uma questão de perspetiva ( ), mas antes garantir 
a eficácia da argumentação e vencer qualquer disputa pública. Deste modo, recorriam a técnicas de 
manipulação e falácias para derrotar os adversários, sem olhar a meios (retóricos) para atingir os seus fins, 
mesmo defendendo teses incoerentes e falaciosas.
 e (entre outros filósofos que se inserem nesta tradição) denunciaram o uso feito 
pelos sofistas da retórica enquanto manipulação e constituem exemplos do enquanto 
. Estes filósofos recorriam à retórica para estimular o pensamento crítico das pessoas, 
orientando-as na avaliação e exame das suas crenças e opiniões, com o objetivo de as levar a pensar por si 
mesmas, segundo a razão.
A atitude socrática caracteriza-se pela adoção de uma , isto é, pela consciência do 
limite do seu conhecimento, e defende que a aproximação ao saber se faz através da discussão das ideias.
As três características principais da boa retórica de Sócrates são: a ironia, a maiêutica e o .
1. A ironia consiste em simular que o interlocutor é sábio e que se aceita a qualidade das suas opiniões 
e definições, para, gradualmente, através da interrogação e da análise racional dos conceitos, pôr 
em dúvida as ideias preconcebidas daquele, revelando as suas contradições, falácias e incompletude.
2. A maiêutica consiste em ajudar a “dar à luz” um novo saber, pela rejeição de ideias preconcebidas 
e limitadas, e pela aceitação de ideias mais plausíveis e verdadeiras, resultantes da discussão 
racional.
3. O é o meio no qual a ironia e a maiêutica se aplicam e através do qual os interlocutores são 
levados a pensar cuidadosamente nas suas ideias e a rever as suas opiniões, visando-se uma maior 
aproximação à verdade e uma compreensão da realidade tal como ela objetivamente é.
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Deste modo, podemos concluir que porque a 
argumentação filosófica não visa derrotar os adversários, mas sim construir opiniões devidamente 
fundamentadas. Por isso, , isto é, para 
conhecer a realidade tal como ela objetivamente é.
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Um dos principais problemas que se colocam no domínio da filosofia da ação é desde logo o problema 
da própria definição de ação. Este problema pode ser intuitivamente formulado da seguinte forma: “
” Como acontece com outros conceitos fundamentais, não existe uma definição consensual do 
conceito de ação; por isso, iremos explorar alguns elementos que geralmente se encontram presentes nas 
conceções de ação apresentadas pelos filósofos que se debruçaram sobre este problema.
Uma das coisas acerca das quais os filósofos estão de acordo quando se fala de ação é o seguinte: 
uma ação é um acontecimento, mas nem todos os acontecimentos são ações. Por exemplo, os tremores de 
terra e as erupções vulcânicas são acontecimentos, mas não são ações. Assim, haver um acontecimento 
parece ser uma condição necessária (mas não suficiente) para que haja uma ação. Ou seja:
• Se existe uma ação, existe um acontecimento (mas não o contrário).
A distinção entre voluntário e involuntário
Um terramoto e uma erupção vulcânica não são ações, porque não envolvem nenhum tipo de agente. 
Assim, podemos dizer que um acontecimento só é uma ação se envolver um agente. No entanto, nem todos 
os acontecimentos que envolvem agentes são ações. Por exemplo, se o Manuel derrubar o candeeiro 
enquanto dorme, ou se a Maria espirrar, não estão a executar ações, propriamente ditas. Portanto, parece 
que haver um acontecimento que envolve um agente também é uma condição necessária (mas não 
suficiente) para que haja uma ação. Ou seja:
• Se existe uma ação, existe um acontecimento que envolve um agente (mas não o contrário).
O espirro da Maria e o candeeiro partido do Manuel não são ações, porque apesar de envolverem 
agentes não são acontecimentos intencionais.
Diz-se que um acontecimento é intencional quando, para além de envolver um agente, esse 
acontecimento corresponde àquilo que esse agente pretendia fazer. 
Assim, podemos concluir que os acontecimentos intencionais, e apenas esses, podem ser chamados 
“ações”, ou seja, haver um acontecimento intencional é uma condição, simultaneamente, necessária e 
suficiente para que haja uma ação. Ou dito de outro modo:
• Um acontecimento é uma ação se, e só se, for intencional.
Mas será que esta definição é satisfatória? À primeira vista, pode parecer que sim. No entanto, a 
filósofa irlandesa Elizabeth Anscombe (1919-2001) sentiu que havia algo de errado com esta definição. O 
problema, sugere Anscombe, é que existem várias formas de descrever o mesmo acontecimento.
Consideremos o seguinte exemplo. Um dia, quando andava de bicicleta, o Tiago levantou o braço 
para indicar que pretendia virar à direita e acidentalmente partiu o nariz a um transeunte descuidado que 
se atravessou no meio da estrada. Posso descrever este acontecimento de várias maneiras:
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1. O Tiago levantou o braço (intencionalmente).
2. O Tiago fez sinal de que ia virar à direita (intencionalmente).
3. O Tiago partiu o nariz a um transeunte (acidentalmente).
As três descrições do acontecimento são verdadeiras, mas ao passo que 1. e 2. descrevem 
acontecimentos intencionais, o mesmo não se verifica em relação a 3. A menos que a nossa definição de 
ação seja revista, este acontecimento parece simultaneamente ser e não ser uma ação. Mas isso é 
manifestamente inconsistente. Portanto, Anscombe propõe a seguinte definição de ação:
• Um acontecimento é uma ação se, e só se, é intencional sob pelo menos uma descrição verdadeira.
Uma vez que existe pelo menos uma descrição verdadeira deste acontecimento que é intencional, 
podemos dizer que se trata inequivocamente de uma ação. Mas é ainda legítimo perguntar: de que ação se 
trata? Da ação de levantar o braço ou de fazer sinal para virar? Este problema ficou conhecido como o 
problema da individuação da ação e consiste em procurar um critério que nos permita distinguir as ações 
umas das outras. Esse critério poderá ser utilizado para determinar qual é, exatamente, a ação que está a 
ser levada a cabo, em cada circunstância em que múltiplas descrições intencionais verdadeiras são possíveis.
Para solucionar este problema, o filósofo norte-americano Donald Davidson (1917-2003) sugere que, 
de entre as várias descrições possíveis de uma dada ação, apenas uma delas permite explicar devidamente 
a ocorrência do acontecimento em causa, isto é, apenas uma delas nos permite compreender porque é que 
aquele acontecimento teve lugar.
Se atentarmos no caso anteriormente apresentado, constatamos que quer o enunciado 1. quer o 
enunciado 2. constituem descrições verdadeiras e intencionais do acontecimento em causa, mas para saber 
qual destes enunciados nos permite explicar aquele acontecimento devemos perguntar-nos o seguinte: 
“naquelas circunstâncias, será que se a forma de sinalizar que se pretende virar à direita fosse, não o gesto 
de levantar o braço, mas sim o de inclinar a cabeça nessa direção, o agente teria, ainda assim, levantado o 
braço?”. Ou, dito de outra forma, “será que esse acontecimento teria, ainda assim, ocorrido?”. É de supor 
que não. Considerando que o agente tinha intenção de sinalizar que vai virar à direita e que o movimento 
que lhe permitia fazê-lo era o de inclinar a cabeça nessadireção, é legítimo supor que seria esse o movimento 
que este executaria, e não o de levantar o braço.
Assim, podemos concluir que apenas o enunciado 2. nos permite explicar a ocorrência desse 
acontecimento. De entre as várias descrições possíveis, 2. é aquele que faz a correspondência adequada entre 
o acontecimento em causa e a intenção do agente. Se perguntássemos ao agente: “o que é que estás a fazer?” 
ou “o que é que pensas que estás a fazer?”, a resposta mais adequada seria: “a fazer sinal de que vou virar à 
direita” e não simplesmente “a levantar o braço”. Por conseguinte, e uma vez que é a única que permite 
explicar devidamente o acontecimento em causa, esta descrição deve ser preferida em relação às restantes. 
Por razões óbvias, decidiu-se designar este tipo de descrição por “descrição preferencial da ação”.
Ao contrário da racionalidade teórica, que diz respeito à racionalidade/irracionalidade das nossas 
crenças, a racionalidade prática diz respeito à racionalidade/irracionalidade das nossas ações. Além de se 
ocupar dos problemas da definição e da individuação da ação, a filosofia da ação também se debruça sobre 
problemas de racionalidade prática, nomeadamente, sobre o problema da racionalidade da ação, isto é, sobre 
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o problema de saber em que condições uma ação pode ser considerada racional (ou irracional). Este problema 
pode ser explicitamente formulado conforme se segue: o que torna uma ação racional (ou irracional)?
Seguramente já ouviste a seguinte recomendação “Pensa antes de agir!”, mas o que significa isso 
afinal? Esta recomendação sugere que, antes de fazer o que quer que seja, devemos analisar as diferentes 
alternativas – ou seja, os diferentes cursos de ação – que temos ao nosso dispor e ponderar as razões que 
temos a favor e contra cada uma delas. Este processo tem o nome de deliberação e, se pretendemos que a 
nossa decisão de executar (ou não) uma ou outra ação seja considerada uma decisão racional, então ela 
deve corresponder ao resultado desse processo deliberativo. Caso contrário, essa decisão poderá ser 
considerada emotiva, irrefletida, ou até mesmo infundada e irracional.
Por exemplo, se tens o desejo de ser saudável e sabes que fumar prejudica gravemente a saúde, pode 
dizer-se que tens razões de sobra para não o fazeres. No entanto, existem vários fatores que interferem nas 
nossas tomadas de decisão – necessidades biológicas, fatores emocionais e afetivos, etc. Se aceitarmos que 
esses fatores também nos oferecem razões para agir deste ou daquele modo, então uma ação só poderá 
ser plenamente apelidada de racional se fizer o devido balanço das várias razões para agir envolvidas numa 
determinada situação.
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O argumento da consequência diz-nos que:
 Se o determinismo é verdadeiro, então não temos .
 Se não temos , então não temos .
 Logo, se o determinismo é verdadeiro, então não temos . (De 1 e 2, por 
Silogismo Hipotético)
 
Este argumento é válido; por isso, uma vez que não aceitam a sua conclusão, os compatibilistas terão 
de rejeitar pelo menos uma das suas premissas. Isto significa que existem pelo menos duas linhas de 
argumentação possíveis para os compatibilistas:
1. rejeitar a premissa (1);
2. rejeitar a premissa (2). 
A primeira estratégia está associada ao chamado (e a autores como 
Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, John Stuart Mill, G. E. Moore, A. J. Ayer, etc.). A segunda estratégia 
está associada ao chamado (e a autores como Harry Frankfurt, Daniel 
Dennet, Susan Wolf, etc.). 
Como vimos acima, o compatibilista contemporâneo vai procurar que a premissa (2) do argumento 
incompatibilista é falsa. Essa premissa corresponde ao chamado . 
De acordo com o qual,
 
Se não temos possibilidades alternativas, então não temos livre-arbítrio.
 
Este princípio foi aceite de forma praticamente consensual até à publicação do artigo “Responsabilidade 
Moral e o Princípio das Possibilidades Alternativas” (1969) de Harry Frankfurt. Nesse artigo, Frankfurt 
inventou uma experiência mental que constitui um contraexemplo a este princípio – isto é, um exemplo 
que procura contrariar este princípio. Este tipo de experiência mental ficou conhecido como 
. Vejamos em seguida um exemplo:
Suponhamos que Black é o chefe de uma poderosa organização criminosa e que Jones é um dos mais 
eficientes assassinos dessa organização. Black quer matar o Presidente e sabe que Jones é a pessoa certa 
para o trabalho. No entanto, existem rumores de que Jones quer abandonar a profissão, razão pela qual o 
seu compromisso com a organização é incerto. 
Nesse momento, Black recorda-se de uma das invenções mais recentes dos cientistas da sua 
organização – o neuroscópio. O neuroscópio é um aparelho que, uma vez introduzido no cérebro de uma 
pessoa, permite vigiar e controlar os seus estados cerebrais. Black apercebe-se que o neuroscópio lhe 
permite resolver dois problemas de uma só vez.
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Se implantar secretamente o neuroscópio no cérebro de Jones, ficará a saber se este continua a ser 
um dos seus fiéis assassinos – pode acontecer que ele decida, por si mesmo, matar o Presidente, sem que 
seja necessária a intervenção do neuroscópio – ao mesmo tempo, que se certifica de que Jones cumpre a 
sua missão e mata o Presidente – porque se o neuroscópio detetar qualquer indício de que ele não o vai 
fazer, entra em ação e força-o a decidir nesse sentido.
Imaginemos, agora, que Jones decide pelos seus próprios motivos matar o Presidente. Nesse caso 
temos uma situação em que:
i. Jones toma, por si mesmo, a decisão de matar o Presidente.
ii. Se Jones não decidir, por si mesmo, matar o Presidente, o neuroscópio entra 
em ação e força Jones a tomar essa decisão.
iii. A presença do neuroscópio no cérebro de Jones em nada contribui para a sua 
decisão de matar o Presidente. 
 Jones tem possibilidades alternativas? Porquê?
 Jones agiu livremente? Porquê?
Assim, num típico caso de Frankfurt existe uma circunstância C tal que:
i. Um agente, A, toma uma determinada decisão, D;
ii. Se A não decidir D, por si mesmo, C entra em ação e força A a decidir D;
iii. C em nada contribui para que A decida D. 
A conclusão que Frankfurt extrai deste tipo de casos é a seguinte: 
. Isto corresponde à negação do 
Princípio das Possibilidades Alternativas, pois afirma a sua antecedente e nega a sua consequente.
Assim, os compatibilistas contemporâneos concluem que aquilo que é fundamental para que 
possamos considerar que temos livre-arbítrio não é o facto de termos possibilidades alternativas, mas sim 
o facto de as nossas ações terem . 
A argumentação destes pensadores pode ser reconstruída conforme se segue:
 Temos , se e só se, algumas das coisas que acontecem dependem 
fundamentalmente da nossa vontade.
 Ainda que o determinismo seja verdadeiro e não existam , 
algumas das coisas que acontecem dependem fundamentalmente da nossa vontade (tal 
como demonstram os Casos de Frankfurt).
 Logo, ainda que o determinismo seja verdadeiro e não existam 
alternativas, temos .
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Apesar disso, nem todos os filósofos estão dispostos a aceitar que os Casos de Frankfurt têm as 
implicações que este julgava. Alguns incompatibilistas sustentam que mesmo num caso de Frankfurt 
existem possibilidades alternativas, pois o agente pode: 
i. tomar por si próprio a decisão; ou
ii. não tomar por si próprio a decisão e ser forçado a tomar essa decisão por fatores externos à sua 
vontade.
Para estes autores, é precisamente por causa destas duas possibilidades: de agir ou ser coagido, que 
temos a intuição de que, mesmo nestas circunstâncias, o agente é dotado de livre-arbítrio. Como a janela 
de oportunidades distintas de ação é muito curta, esta objeção ficou conhecida como 
.
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“ — O que queremos dizer quandoafirmamos que podemos agir de modo diferente 
daquele que realmente agimos é apenas que nenhuma pessoa ou circunstância nos força a agir 
ou nos impede de fazer algo diferente. Mesmo que as nossas ações sejam causadas pelas 
nossas crenças, desejos ou escolhas, isto não significa que a tal tenhamos sido forçados.
 — Porque é que defines á capacidade de agir de outro modo´ dessa forma?
 — Defino-a assim porque é assim que, normalmente, a entendemos. Por exemplo, 
um assaltante de um banco que poderia não ter assaltado o banco é alguém que não foi 
forçado a agir dessa maneira… É este sentido típico da ćapacidade de agir de outro modo´ que 
é necessário para haver livre-arbítrio e que é compatível com o determinismo.
 — Podes explicar isso melhor?
 — Claro. As nossas ações podem ser causadas pelas nossas crenças, desejos e 
escolhas e, ao mesmo tempo, não serem forçadas por nenhuma pessoa ou circunstância. O 
exemplo do ladrão de bancos é esclarecedor. Ele poderia não ter assaltado o banco uma vez 
que ninguém o forçou a isso; no entanto, a ação de assaltar o banco foi causada pela sua 
crença de que poderia escapar e pelo seu desejo de ficar rico. Ele é moralmente responsável 
por aquilo que fez, ainda que a sua ação tenha sido causada...
 — Compreendi. Estás a dizer que a expressão ´eu poderia ter feito x´ é simplesmente 
uma forma abreviada de dizer ‘eu teria feito x, se assim tivesse escolhido’.
 — Exatamente!”
Clifford Williams (1980) Free Will and Determinism. Indianapolis: Hackett Publishing Company, Inc. 
(in Crítica na Rede: https://criticanarede.com/determinismo.html)
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— Se, como tu afirmas, tudo aquilo que fazemos tivesse uma causa, então nada 
daquilo que fazemos poderia ser diferente. E se nada daquilo que fazemos poderia ser diferente, 
então não seríamos moralmente responsáveis por coisa alguma que fazemos. Para sermos 
moralmente responsáveis por algo tem de haver mais do que uma coisa que possamos fazer. 
Concordas com estas afirmações?
— Sim, concordo. O determinismo e a responsabilidade moral são incompatíveis. Uma 
pessoa não pode consistentemente acreditar nas duas. Mas isso não constitui um problema 
para o determinista a não ser que existam razões decisivas para se pensar que nós sejamos de 
facto moralmente responsáveis por aquilo que fazemos.
 — Não, não podemos fazer isso, porque há razões decisivas para acreditar na 
responsabilidade moral.
 — A minha resposta a isso é dizer que os indícios a favor do determinismo são tão fortes 
que devemos acreditar nele mesmo que isso signifique negar a responsabilidade moral. Aquilo 
que pensas serem boas razões para acreditar na responsabilidade moral na realidade não são 
boas razões, porque os indícios a favor do determinismo mostram que não somos moralmente 
responsáveis por coisa alguma que fazemos.
— Isso é, certamente, uma posição extrema. Vai contra aquilo em que quase todas as 
pessoas acreditam acerca da natureza humana, e vai contra factos claros e evidentes que 
mostram que somos moralmente responsáveis.
— A que factos é que te referes?
 — Refiro-me ao louvor, à censura, à recompensa, ao castigo, à culpa, ao remorso, ao 
sistema de justiça criminal e à moralidade. Tudo isto pressupõe que sejamos moralmente 
responsáveis por aquilo que fazemos.
 — Não, isso não está pressuposto. Tudo isso faz sentido mesmo que tudo aquilo que 
nós fazemos seja causado por acontecimentos sobre os quais não temos controlo e mesmo 
que não sejamos moralmente responsáveis por nada daquilo que fazemos.
 — Não vejo como é que isso possa ser verdadeiro. Não faz sentido culpar ou punir 
alguém por uma certa ação a não ser que ele seja moralmente responsável por essa mesma 
ação. E não faz sentido julgar as ações de uma pessoa como certas ou como erradas, a não ser 
que ela tenha controlo sobre essas mesmas ações. Como é que podes negar estas verdades 
óbvias?
— Não penso que sejam tão óbvias quanto isso. De facto, penso que são falsas. Quando 
culpamos alguém por essa pessoa ter feito algo de errado, ou quando castigamos alguém por 
ter infringido a lei, fazemo-lo porque queremos, por um lado, impedir que essa pessoa o volte 
a fazer e, por outro, porque queremos impedir que outras pessoas façam o mesmo. Quando 
elogiamos alguém por ter feito algo de bom ou o recompensamos por ter feito algo de benéfico 
para a sociedade, fazemo-lo porque queremos encorajá-lo, a ele e aos outros, a fazer o mesmo. 
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Estes motivos são a razão pela qual julgamos as pessoas que infringiram a lei; e são a razão pela 
qual educamos os nossos filhos e elogiamos as suas boas ações.
 — Como é que isso refuta a minha afirmação de que a culpa e o castigo só fazem 
sentido se as pessoas forem moralmente responsáveis por aquilo que fazem?
 — Encorajar as pessoas para agir de um certo modo, tentar modificar os seus padrões 
de comportamento e impedi-los de magoar as outras pessoas não pressupõe que as pessoas 
sejam moralmente responsáveis por aquilo que fazem. Estas ações pressupõem apenas que há 
uma forte probabilidade de que o sujeito a quem elas se dirigem possa ser levado a agir de 
outro modo no futuro. É por isso que é não de todo absurdo culpar uma pessoa pelos seus 
delitos, e é por isso que é absurdo culpar uma pedra por ter partido uma janela, apesar de nem 
a pessoa nem a pedra serem moralmente responsáveis por aquilo que fazem. Tudo o que isto 
significa é que a culpa, o elogio e o castigo fazem sentido mesmo que tudo aquilo que fazemos 
seja causado por acontecimentos sobre os quais nós não temos controlo, e mesmo que nós 
não sejamos seres moralmente responsáveis.”
Clifford Williams (1980) Free Will and Determinism. Indianapolis: Hackett Publishing Company, Inc. 
(in Crítica na Rede: https://criticanarede.com/determinismo.html)
© Como pensar tudo isto?
O não-cognitivismo caracteriza-se por defender que, contrariamente ao que acontece com os juízos 
de facto, os juízos morais nem sequer são juízos propriamente ditos, são uma espécie de pseudo-juízos. 
Segundo estes autores, embora tenham uma estrutura semelhante à dos juízos, os chamados “juízos 
morais” não chegam a ser verdadeiros juízos, na medida em que não possuem qualquer tipo de conteúdo 
descritivo, ou seja, na medida em que não atribuem (nem pretendem atribuir) qualquer tipo de propriedade 
aos objetos, mas antes limitam-se a prescrever certos tipos de ações, ou a expressar certos sentimentos de 
aprovação e de reprovação relativamente às mesmas, ou a manifestar desabafos emocionais, etc. Ora, não 
faz sentido perguntar se uma prescrição, como por exemplo: “Não mintas!”, é verdadeira ou falsa. As 
prescrições ou recomendações são seguidas ou não, tal como as ordens são cumpridas ou não; aquilo que 
seguramente não são é verdadeiras, nem falsas. 
Analogamente, quando expressamos genuinamente e com sinceridade certos sentimentos ou 
desabafos emocionais, como: “Viva a liberdade de expressão!”, não faz sentido perguntar se o que dissemos 
é verdadeiro ou falso. Os nossos desabafos emocionais podem contagiar os outros, criar empatia ou 
despertar sentimentos semelhantes naqueles que nos rodeiam, mas o que seguramente não transmitem é 
informação verdadeira ou falsa acerca da realidade que nos rodeia. É porque sustentam que os juízos de 
valor não têm qualquer tipo de conteúdo cognitivo – isto é, não são objeto de conhecimento – que este tipo 
de perspetivas (cada uma com as suas especificidades) ficou conhecido sob o rótulo geral de não- 
-cognitivismo.
O principal argumento a favor do não-cognitivismo baseia-se na ideia de que os juízos com conteúdo 
cognitivo – isto é, suscetíveis de serem considerados verdadeiros ou falsos – expressam crenças acerca da 
realidade. Contudo, as crenças são motivacionalmente inertes, isto é, por si mesmas não têm qualquer 
capacidade de nos levar a agir desta ou daquela maneira. Por exemplo, o facto de eu acreditar que “O copo 
que está àminha frente tem água” não me leva, por si só, a agir; apenas quando combino essa crença com 
um estado mental não-cognitivo, como por exemplo, o desejo de beber água, é que eu me sinto motivado 
a fazer seja o que for, nomeadamente, a pegar no copo que tenho à minha frente e a beber o seu conteúdo. 
Uma vez que consideram que os juízos morais são intrinsecamente motivantes, isto é, quando 
genuinamente formulados levam-nos a agir de determinadas maneiras, os não-cognitivistas pensam que 
estes não podem corresponder a meras crenças. O argumento pode ser intuitivamente formulado conforme 
se segue:
 Os juízos morais são intrinsecamente motivantes.
 As crenças não são intrinsecamente motivantes.
 Logo, os juízos morais não são crenças.
© Como pensar tudo isto? 
Alguns autores (como Peter Railton e David Brink) opõem-se ao argumento não-cognitivista, porque 
rejeitam a primeira premissa do argumento. 
A premissa (1) corresponde a uma tese que ficou conhecida como “internismo motivacional”. De 
acordo com o internismo motivacional, existe uma conexão interna e necessária entre formular um juízo 
moral sincero e o facto de termos motivação para agir de acordo com o que é prescrito por esse juízo. O 
internista motivacional tem dificuldade em explicar como são possíveis os casos da acrasia (ou fraqueza da 
vontade) – isto é, situações em que reconheço o que tenho a fazer mas não tenho força de vontade 
suficiente para o executar (exemplo: um fumador que não consegue deixar de fumar); do amoralista – isto 
é, de um indivíduo sem qualquer tipo de preocupações morais; e do imoralista – ou seja, de um indivíduo 
que reconhece os mandamentos da moralidade, mas ainda assim escolhe agir de forma contrária.
Outros autores (como John McDowell e David Wiggins) rejeitam a ideia de que as crenças são 
motivacionalmente inertes expressa na premissa (2) do argumento. Na opinião destes autores, certas 
crenças podem por si mesmas levar-nos a agir de determinadas maneiras. Por exemplo, a crença de que a 
coisa certa a fazer é devolver a carteira que a pessoa à minha frente acabou de deixar cair, leva-me a 
entregar-lhe a carteira em vez de ficar com ela para proveito próprio.
Na obra Linguagem, Verdade e Lógica, A. J. Ayer defende que o discurso moral não tem qualquer 
valor de verdade, pois não pretende representar a realidade, mas antes manifestar certas emoções. Neste 
sentido, os juízos morais funcionam mais como exclamações. Se alguém disser “Roubaram o meu carro e 
isso é errado.” está apenas a expressar as suas emoções relativamente ao facto de alguém lhe ter roubado 
o carro. É como se a pessoa dissesse simplesmente “Roubaram o meu carro.”, num tom de voz irritado. É 
essa ideia que Ayer pretende transmitir no texto que se segue:
“Se eu disser a alguém ‘Agiste erradamente ao roubar esse dinheiro’, não estou a afirmar 
mais do que se tivesse simplesmente dito ‘Tu roubaste esse dinheiro’. Ao acrescentar que essa 
ação é errada, não estou a fazer nenhuma declaração adicional sobre essa ação. É como se 
tivesse dito ‘Tu roubaste esse dinheiro’, num tom de voz particularmente horrorizado, ou como 
se o tivesse escrito e acrescentado algum tipo de sinais de exclamação. O tom de voz ou os 
sinais de exclamação não acrescentam nada ao significado literal da frase. Servem simplesmente 
para mostrar que a sua expressão está associada a certos sentimentos do orador. […] Se agora 
generalizar o meu enunciado anterior e disser ‘Roubar dinheiro é errado’, produzo um 
enunciado sem qualquer significado factual – ou seja, que não expressa qualquer proposição 
que possa ser verdadeira ou falsa.”
A. J. Ayer. (1971). Language, Truth and Logic. London: Penguin Books, p. 110
Assim, pode dizer-se que de acordo com o emotivismo:
Um juízo moral como “x é bom” significa apenas “Viva x!” (ou “Iupi x!”) e um juízo moral 
como “x é errado” significa na verdade algo como “Abaixo x!” (ou “Buuu x!”).
 
© Como pensar tudo isto?
Ayer justifica a sua perspetiva com base no critério de significado do positivismo lógico. De acordo 
com esse critério:
 
Uma frase é cognitivamente significativa, se, e só se, é analítica ou empiricamente verificável. 
 
Dizer que uma frase, ou mais propriamente uma proposição, é analítica é o mesmo que dizer que ela 
é verdadeira em virtude do significado dos seus termos, como acontece por exemplo com a proposição: “Os 
solteiros não são casados.” 
Uma proposição é empiricamente verificável, se a sua verdade, ou falsidade, pode, pelo menos em 
princípio, ser determinada através de um processo empírico de investigação, como acontece por exemplo 
com a proposição: “Alguns solteiros são desleixados.”
Inspirado por este critério de significado, Ayer vai examinar cuidadosamente toda a filosofia moral, 
para determinar se as afirmações envolvidas neste domínio são, ou não, cognitivamente significativas. Ao 
longo da sua análise, Ayer depara-se com de afirmações com conteúdo moral:
• passam o teste imposto pelo critério de significado, porque, uma vez 
que se trata de definições de termos morais, como “bom”, “mau”, “responsabilidade moral”, etc., 
são analíticas, i.e., são verdadeiras por definição. 
• embora resistam ao critério de significado, uma vez que são 
empiricamente verificáveis, não estão sob a alçada da filosofia. Tratam-se, por isso, de problemas 
do âmbito de ciências, como por exemplo a psicologia e a sociologia.
• não expressam nada que seja verdadeiro por definição ou 
empiricamente verificável. Não são proposições, mas sim apelos (ex.: um apelo a que se diga 
sempre a verdade). Um apelo pode ser ou não atendido, pode ser ou não ignorado, etc.
• não são verdadeiros por definição, nem empiricamente verificáveis e, como tal, não 
são cognitivamente significativos.
Deste modo, podemos reconstruir o argumento central de Ayer conforme se segue:
 Uma frase é cognitivamente significativa, se, e só se, é analítica ou empiricamente 
verificável.
 Os juízos morais são cognitivamente significativos, se, e só se, são analíticos ou 
empiricamente verificáveis. (De 1 por substituição)
 Os juízos morais não são analíticos, nem empiricamente verificáveis.
 Logo, os juízos morais não são cognitivamente significativos. (De 2 e 3, negação de uma 
das componentes da bicondicional)
© Como pensar tudo isto? 
A premissa (1) corresponde ao critério de significado do positivismo lógico. A premissa (2) é uma 
aplicação desse princípio ao caso concreto dos juízos morais. Para defender a premissa (3), Ayer tem de 
dizer por que razão considera que os juízos morais não são analíticos, nem empiricamente verificáveis. Os 
juízos morais não são analíticos porque não são meras definições de termos éticos, mas sim a sua aplicação 
a certas coisas como pessoas ou ações. Resta saber se são empiricamente verificáveis. Ayer vai defender 
que não. Na sua opinião, nem os naturalistas, que tentam reduzir as propriedades morais a propriedades 
naturais, nem os não-naturalistas, que falam das propriedades morais como propriedades irredutíveis que 
podemos captar através da nossa intuição moral, conseguem vindicar a ideia de que os juízos morais são 
empiricamente verificáveis.
Ayer ataca o naturalismo ético nos seguintes termos:
“[V]isto que não é contraditório afirmar que algumas coisas aprazíveis não são boas, ou 
que algumas coisas más são desejadas, não pode ser o caso que o juízo 'x é bom' é equivalente 
a ‘x é aprazível’ ou a ‘x é desejado’. E uma objeção semelhante pode ser formulada relativamente 
a todas as outras variantes do utilitarismo com as quais estou familiarizado.“
A. J. Ayer. (1971). Language, Truth and Logic. London: Penguin Books, p. 107
E rejeita a perspetiva não-naturalista (intuicionista) por considerar que:
“Ao afirmar que os conceitos éticos normativos são irredutíveis a conceitos empíricos, 
aparentemente abrimos caminho para uma perspetiva ‘absolutista’ da ética – isto é, a 
perspetiva de que os juízos de valor não são controlados pela observação, como acontececom 
as proposições empíricas comuns, mas sim por uma misteriosa ‘intuição intelectual’. Um aspeto 
desta teoria, que raramente é admitido pelos seus defensores, é que ela torna os juízos de 
valor insuscetíveis de verificação. Pois é evidente que aquilo que parece intuitivamente certo 
para um, pode ser duvidoso, ou até falso, para outro. De maneira que, a menos que seja 
possível fornecer um critério através do qual possamos decidir entre intuições em conflito, um 
mero apelo à intuição revela-se inútil como teste da validade de uma proposição. Mas, no que 
diz respeito aos juízos morais, nenhum critério desse tipo pode ser encontrado. Alguns 
moralistas reclamam resolver a controvérsia dizendo que ‘sabem’ que os seus próprios juízos 
morais estão corretos. Mas tal asserção é de interesse puramente psicológico e não apresenta 
a mínima tendência para provar a validade de qualquer juízo moral, pois moralistas contrários 
podem de igual modo ‘saber’ que as suas perspetivas éticas estão corretas. E, no que diz 
respeito a certezas subjetivas, não vai haver nada que permita decidir entre eles.”
A. J. Ayer. (1971). Language, Truth and Logic. London: Penguin Books, pp. 108-109
Ora, a aplicação do critério de significado aos juízos morais e a constatação que estes não são 
analíticos nem empiricamente verificáveis parece implicar que os juízos morais não são cognitivamente 
significativos (linha (4)).
© Como pensar tudo isto?
Por fim, podemos ainda ver de que forma o emotivismo de Ayer lida com a questão dos desacordos 
morais. Na sua opinião:
“Quando alguém não concorda connosco acerca do valor moral de um determinado tipo 
de ação, nós supostamente recorremos à argumentação para o atrair para a nossa forma de 
pensar. Mas não tentamos demonstrar através dos nossos argumentos que essa pessoa tem o 
sentimento ético ‘errado’ relativamente a uma situação cuja natureza apreendeu corretamente. 
O que procuramos mostrar é que ela está enganada acerca dos factos envolvidos no caso. […] 
Fazemos isso na esperança de que bastará conseguir que o nosso oponente concorde connosco 
acerca da natureza dos factos empíricos para que adote em relação a eles uma atitude 
semelhante à nossa. E desde que as pessoas com quem discutimos tenham recebido uma 
educação moral, genericamente, idêntica à nossa, e vivam dentro da mesma ordem social, a 
nossa expectativa justifica-se. Mas se, por qualquer motivo, o nosso oponente tiver sofrido um 
processo de ‘condicionamento’ moral diferente do nosso, de maneira que, mesmo quando 
reconhece todos os factos, continua a discordar de nós acerca do valor moral das ações em 
causa, então desistimos de tentar convencê-lo por meio de argumentos. Dizemos que é 
impossível discutir com essa pessoa porque ela tem um sentido moral distorcido ou pouco 
desenvolvido. O que significa simplesmente que ela tem um conjunto de valores diferente do 
nosso. Sentimos que o nosso sistema de valores é melhor, e é por isso que falamos de forma 
tão negativa do seu. Mas não podemos apresentar nenhum argumento para mostrar que o 
nosso sistema é melhor. Porque isso já seria emitir um juízo de valor e, consequentemente, 
estaria fora do alcance do argumento. É precisamente porque os argumentos nos falham 
quando lidamos com questões de puro valor, ao contrário do que acontece com questões de 
facto, que acabamos por recorrer ao mero abuso.”
A. J. Ayer. (1971). Language, Truth and Logic. London: Penguin Books, pp. 114-115
De acordo com o critério de significado dos positivistas lógicos, as frases têm sentido (ou seja, podem 
ser consideradas verdadeiras ou falsas) só se forem analíticas, ou se formos capazes de, pelo menos em 
princípio, verificá-las pela experiência. Caso uma afirmação não satisfaça uma destas condições, então é 
uma frase sem sentido. Porém, se repararmos bem, o próprio critério de significado apresentado não 
cumpre os requisitos que ele próprio estipula, pois não é uma verdade analítica, nem pode ser empiricamente 
verificado. Logo, segundo o critério dos positivistas, o seu próprio critério de significado é sem sentido.
© Como pensar tudo isto? 
O emotivismo traduz os nossos juízos morais em termos não-cognitivos, como uma mera manifestação 
de emoções. Mas isso não explica por que razão continuamos a falar da maneira que falamos, por que razão 
continuamos a formular juízos morais nos termos em que o fazemos, isto é, como se estivéssemos, de facto, 
a atribuir certas propriedades morais às coisas. O emotivismo implica que fazemos permanentemente o 
erro de falar de coisas que não existem como se existissem, o que é pouco plausível.
O emotivismo parece implicar que adotemos uma atitude esquizoide em relação aos nossos 
compromissos morais, pois implica levá-los a sério – como exigências externas e independentes –, mesmo 
sabendo que em última análise estes não têm qualquer fundamento objetivo.
De acordo com o emotivismo, os nossos juízos morais correspondem a manifestações das nossas 
emoções. Contudo, é possível que alguns dos nossos juízos morais não correspondam às nossas emoções. 
Por exemplo, um namorado ciumento pode considerar que não há nada de moralmente errado no facto de 
a sua namorada querer passar tempo de qualidade com o seu ex-namorado, embora isso não corresponda 
às suas emoções pessoais acerca do assunto. De acordo com o emotivismo, o juízo: “Não é errado a minha 
namorada passar tempo de qualidade com o seu ex-namorado” significa “Viva o facto de a minha namorada 
passar tempo de qualidade com o seu ex-namorado!”. Contudo, não será difícil perceber que neste caso 
isso corresponde à atitude emocional do sujeito, pois na verdade ele pode sentir emoções negativas em 
relação a esse acontecimento, algo mais parecido com “Buuu, o facto de a minha namorada passar tempo 
de qualidade com o seu ex-namorado!”
© Como pensar tudo isto?
John Mackie considera que o alegado domínio dos factos morais, bem como as propriedades morais 
que este alegadamente contém, seriam de uma natureza tão estranha que, na realidade, não há nada que 
lhes corresponda, e, por conseguinte, os nossos juízos morais são sempre falsos.
A perspetiva de Mackie ficou conhecida como “teoria do erro”, pois sustenta que ao formular juízos 
morais estamos a incorrer, sistematicamente, no erro de falar de algo que não existe como se existisse. 
Segundo Mackie, isto acontece porque o nosso discurso moral tem a pretensão de ser descritivo, apontar 
para coisas que se encontram no mundo, mas, na realidade, nada existe no mundo “tal como ele é” que 
possa ser o referente deste domínio de discurso, uma vez que as propriedades descritivas não nos dizem o 
que devemos fazer.
Para que o realismo moral fosse verdadeiro (e os valores fizessem parte do mundo), teríamos de 
pressupor a existência de factos ou propriedades bizarros: propriedades descritivas que seriam intrínseca 
– ou seja, por si mesmas – e categoricamente – isto é, incondicionalmente, independentemente das nossas 
crenças e desejos particulares e subjetivos – prescritivas –, ou seja, o mero facto de as conhecermos impelir-
-nos-ia para a ação; seriam propriedades descritivas que teriam inscritas em si a “obrigatoriedade-de-ser- 
-seguidas”, ou dito de outro modo, teriam por si mesmas a capacidade de orientar e incitar à ação.
O principal argumento apresentado por Mackie a favor da sua posição é o chamado “Argumento da 
Estranheza”, que pode ser formulado conforme se segue:
 Os juízos morais têm condições de verdade, cuja satisfação implicaria a existência de 
factos objetiva e categoricamente prescritivos; ou, dito de outra forma, os juízos morais 
expressam crenças, cuja verdade dependeria da existência de factos objetiva e 
categoricamente prescritivos.
 Não existem factos objetiva e categoricamente prescritivos.
 Logo, os juízos morais são sempre falsos.
 
Assim sendo, uma vez que não há um domínio objetivo ao qual os nossos juízos morais se possam 
reportar, devemos deixar de formular esse tipo de juízos e passar afalar apenas das nossas preferências 
individuais e subjetivas, abraçando uma espécie de subjetivismo moral.
Quando fazemos afirmações morais substantivas não sentimos que estamos condenados a afirmar 
falsidades. Tentamos descobrir a melhor maneira de raciocinar sobre tópicos morais de forma a afastar as 
opiniões falsas ou infundadas. E duas pessoas discutem um determinado problema moral – por exemplo, 
quando uma delas afirma “O aborto é moralmente errado” e outra nega que esse seja o caso dizendo 
“O aborto não é moralmente errado” – sentimos que há um desacordo genuíno entre eles. Aparentemente, 
uma delas está certa e a outra está errada e toda a discussão entre elas prende-se com a tentativa de 
descobrir de que lado está a razão.
© Como pensar tudo isto? 
O filósofo John McDowell ataca o antirrealismo de Mackie, alegando que para defender o realismo 
moral não somos obrigados a falar das propriedades morais como falamos de pedras, plantas e planetas, 
nem temos de supor que o mundo só pode ser descrito em termos de propriedades físicas puras (como a 
altura, a largura, a profundidade, etc.). Para McDowell, não temos acesso cognitivo ao “mundo tal como ele 
é” independente de qualquer perspetiva, apenas temos acesso ao “mundo tal como ele é para nós”. Mas 
isso não implica abandonar qualquer pretensão de objetividade.
McDowell recorre à distinção entre propriedades categóricas e propriedades disposicionais para 
justificar a sua posição.
• Uma propriedade disposicional é uma propriedade cuja correta atribuição a um objeto depende 
da verdade de uma determinada contrafactual.
 Uma contrafactual é uma frase que declara que isto e aquilo teria acontecido se tal e tal tivesse 
acontecido. Por exemplo, um objeto possui a propriedade disposicional da fragilidade quando é 
verdade que este teria partido se tivesse sido sujeito a uma certa pressão (isto é, se tivesse caído, 
por exemplo).
• Uma propriedade categórica é uma propriedade cuja correta atribuição a um objeto não depende 
da verdade de uma afirmação contrafactual.
Por exemplo, a triangularidade é uma propriedade categórica porque a correta atribuição dessa 
propriedade a um dado objeto depende apenas do facto de esse objeto ser uma figura plana com três lados 
cuja soma dos seus ângulos internos é igual a 180°, sem que seja necessário fazer qualquer referência a uma 
contrafactual.
Para McDowell, as propriedades como a cor, por exemplo, também não devem ser entendidas 
enquanto propriedades categóricas, mas sim enquanto propriedades disposicionais – o que não significa 
que sejam menos reais e objetivas. Assim sendo, o conceito de vermelhidão, por exemplo, passaria a ser 
entendido como: a propriedade de estar disposto de forma a parecer vermelho a observadores normais, 
nas condições adequadas. 
Ora, se entendermos as propriedades morais de forma disposicional estaremos a bloquear o 
argumento da estranheza, pois estaremos a negar que os juízos morais se referem a propriedades 
categóricas existentes no mundo independentemente dos seres humanos.
Da mesma forma que a vermelhidão de um objeto depende da forma como os seres humanos com 
boa acuidade visual e nas condições de iluminação adequadas veem o objeto, também a qualidade de algo 
ser moralmente valioso dependerá da forma como os seres humanos com a sensibilidade e a formação 
adequadas veem a situação em causa. Não há algo como o “ser vermelho”, ou “ser valioso”, que não seja 
“ser vermelho” ou “ser valioso” para alguém. No entanto, isso não significa que essas propriedades sejam 
puramente subjetivas, no sentido em que não pertencem genuinamente ao objeto, mas são meras projeções 
de estados mentais subjetivos.
O facto de um objeto ter a disposição para ser vermelho ou ser valioso é independente do facto de 
alguém ter ou não experiência dessa vermelhidão ou desse valor numa dada ocasião em particular.
 
© Como pensar tudo isto?
Assim, McDowell distingue entre dois sentidos de subjetividade/objetividade:
 “1. As propriedades como a cor e o valor serão subjetivas no sentido em que só são concebíveis em 
termos de certos estados subjetivos a que dão origem (disposição para); as propriedades puramente 
físicas, como a altura, a largura e a profundidade, serão objetivas porque são concebíveis sem fazer 
referência a estados subjetivos.
 2. Mas isto não é o mesmo que dizer que num caso temos uma experiência ilusória e no outro uma 
experiência verídica, como quando dizemos que algo é objetivo porque está aí para ser experienciado 
– porque pertence ao objeto – enquanto que aquilo que é subjetivo não é genuinamente real.”
Portanto, as propriedades morais, à semelhança do que acontece com uma propriedade como a cor, 
são subjetivas no sentido apresentado em 1, mas não no sentido apresentado em 2; e isso não é suficiente 
para se considerar que elas não são propriedades que caracterizam genuinamente o objeto e, como tal, são 
também objetivas no sentido apresentado em 2, embora não o sejam no sentido apresentado em 1.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
 – Qual é a tua perspetiva sobre a natureza da moralidade?
 – Eu apercebi-me que a moralidade é profundamente emocional e pessoal, por isso decidi 
ser subjetivista.
 – Queres dizer que achas que não existem factos morais objetivos?
 – Sim, os factos morais dizem respeito aos nossos próprios sentimentos, às nossas 
emoções e preferências.
 – Então não há juízos morais objetivamente verdadeiros ou falsos? 
 – Não. Os meus juízos morais são acerca das minhas emoções e das minhas preferências. 
Ou seja, quando eu digo “Isto é certo”, estou apenas a falar das minhas preferências, estou a 
dizer “Eu gosto disto”.
 – E as tuas preferências nunca entram em conflito com as regras e costumes da tua 
sociedade?
 – Muitas vezes sim. Até porque muitas vezes convivemos com diferentes comunidades no 
dia a dia.
 – Podes dar um exemplo?
 – Sim. Por exemplo, os meus pais sempre me proibiram de jogar videojogos, mas agora 
que estou na faculdade vivo rodeada de pessoas que quase não fazem outra coisa a não ser 
jogar. Em vez de me limitar a seguir a máxima “Em Roma sê romano” e nunca jogar quando 
estou em casa dos meus pais e não parar de o fazer quando estou no dormitório, decidi pensar 
pela minha cabeça. O subjetivismo diz-me para seguir os meus sentimentos e as minhas 
preferências, por isso pensei nas razões por detrás das duas perspetivas: os meus pais querem 
que eu tenha outros interesses além de jogar, os meus amigos querem divertir-se. Como tenho 
sentimentos positivos em relação a essas duas metas, optei por jogar com moderação.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
 – Qual é a tua perspetiva sobre a natureza da moralidade?
 – Eu apercebi-me que a moralidade é profundamente social e cultural, por isso decidi 
aderir ao relativismo cultural.
 – Queres dizer que achas que não existem factos morais objetivos?
 – Sim. Fui criado a achar que a moralidade é uma questão de factos objetivos. Tal como 
a neve é branca, o infanticídio é errado. Mas as nossas atitudes variam de acordo com o espaço 
e o tempo. As normas que me ensinaram são as normas da minha sociedade; outras sociedades 
têm normas diferentes. 
 – Então não há juízos morais objetivamente verdadeiros ou falsos? 
 – Não. A moralidade é uma construção social. Tal como inventam diferentes estilos de 
vestuário e alimentação, as sociedades também criam os seus próprios códigos morais. Nada é 
simplesmente certo ou errado, é sempre certo ou errado relativamente a este ou aquele 
código moral. Daí que o valor de verdade dos nossos juízos morais seja sempre relativo a cada 
sociedade ou cultura.
 – Então quando dizes que o infanticídio é errado não estás a dizer que devemos 
evitar o infanticídio onde quer que ele ocorra?
 – Não. Estou apenas a dizer que a nossa sociedade não aprova o infanticídio. Para os 
antigos romanos, por exemplo, não havia nada de errado com o infanticídio.
 – E não se pode dizer que a nossasociedade está certa e a deles está errada?
 – Não, isso não faz sentido. A perspetiva dos antigos romanos acerca do infanticídio era 
verdadeira de acordo com o seu código moral e a nossa é verdadeira de acordo com o nosso. 
Não existem verdades objetivas acerca das noções de “certo” e “errado”. Quem defender o 
contrário está só a tentar impor aos outros as atitudes que aprendeu ao longo da sua educação. 
Desde que abracei o relativismo cultural tornei-me muito mais tolerante em relação às outras 
culturas.
 – Mas se “x é bom” significa “a minha sociedade aprova x”, então não podemos 
discordar daquilo que a nossa sociedade aprova sem nos contradizermos!
 – Pois não. E daí?
 – Acho isso muito estranho! Quer dizer que quando o Martin Luther King se opôs às 
leis segregacionistas e discriminatórias do seu país estava a contradizer-se? Então, e se a 
maioria achasse que devíamos ser intolerantes face a outras culturas? Será que devemos 
tolerar a intolerância?
 – Hum… acho, simplesmente, que assim que as pessoas se aperceberem das bases 
sociais e culturais da moralidade estarão mais dispostas a aceitar a diversidade de perspetivas. 
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
 – Qual é a tua perspetiva sobre a natureza da moralidade?
 – Eu apercebi-me que há coisas objetivamente certas e erradas, por isso decidi ser 
objetivista.
 – Queres dizer que achas que existem factos morais objetivos?
 – Sim, por exemplo, é um facto objetivo que a escravatura é injusta. 
 – Como assim? Não me parece que isso seja um facto objetivo, como acontece por 
exemplo com os factos descritos pela física e pela química!
 – Pois não, mas isso não significa que não se trata de um facto objetivo.
 – Que queres dizer?
 – Quero dizer que os factos descritos pelas ciências empíricas não são os únicos factos 
objetivos. Pensa na matemática, por exemplo. Independentemente do que as pessoas possam 
pensar ou sentir acerca do assunto, 2 + 2 = 4 e a soma dos ângulos internos de um triângulo é 
igual a 180°. Analogamente, podemos considerar que a escravatura é injusta, independentemente 
do que as pessoas possam pensar ou sentir acerca do assunto. 
 – Mas como é que podemos saber que juízos morais são objetivamente verdadeiros 
ou falsos? 
 – Bem, há juízos morais que são justificáveis de um ponto de vista imparcial e há 
outros que não o são. Por exemplo, não é possível justificar imparcialmente um juízo como “A 
escravatura é justa”, porque, à partida, os escravos não estariam dispostos a aceitar essas 
justificações; portanto, esse juízo é objetivamente falso. 
 – Mas, ao contrário do que acontece na matemática, diferentes especialistas em 
ética chegam a conclusões diferentes quando raciocinam acerca do que é certo ou errado. Isso 
não é um problema para o objetivista?
 – Na matemática e nas ciências empíricas também existem alguns desacordos 
fundamentais entre os especialistas, simplesmente esses desacordos têm pouco destaque 
nesses domínios. Por sua vez, na ética, também existem alguns consensos, mas não são muito 
destacados, por comparação com as questões mais polémicas. 
 – Podes dar alguns exemplos?
 – Por exemplo, discute-se a moralidade do aborto e da eutanásia, porque são assuntos 
controversos. Mas não se discutem questões mais simples. Supõe que um médico resolveu 
embebedar-se antes de fazer uma complexa cirurgia, ninguém duvida que ele foi negligente. 
Supõe que um professor, aplicando exatamente os mesmos critérios, atribui notas diferentes a 
alunos que tiveram o mesmo desempenho numa prova, não há dúvida que foi injusto. Como 
estes, outros exemplos poderiam ser apresentados, mas normalmente não é interessante 
discuti-los. Daí terem menos destaque. 
© Como pensar tudo isto?
A fim de melhor organizar o domínio da ética, procedeu-se a uma subdivisão deste domínio em três 
áreas distintas: a ética normativa, a metaética e a ética aplicada. 
A ética normativa é a área da ética que se preocupa diretamente com a questão: “Como devemos 
viver?”, ao passo que a metaética se ocupa de questões de segunda ordem sobre a natureza da própria 
moralidade, dos juízos e do conhecimento moral. À ética aplicada (também designada de ética prática) 
compete a tarefa de compreender as implicações que as considerações gerais, concebidas ao nível 
normativo, possuem no que diz respeito ao tratamento de casos concretos difíceis e complexos. 
Apesar de tal separação poder oferecer algumas vantagens práticas, está longe de ser pacífica e 
consensual, sendo considerada demasiado estanque, por muitos autores. De facto, não podemos conceber 
esta divisão como se estes domínios se tratassem de corredores perfeitamente definidos e isolados uns dos 
outros, mas antes como uma espécie de continuum, variando apenas o grau de generalidade e abstração 
dos tópicos abordados.1 
Não obstante este facto, a reflexão moral pode proceder-se em qualquer um destes domínios, com 
relativa independência face aos demais. Duas pessoas podem concordar em relação a um caso prático 
concreto, mas discordar quanto à teoria normativa que fundamenta tal veredito. O mesmo pode acontecer 
no que diz respeito à natureza da moralidade. Duas pessoas podem considerar que a moralidade é objetiva 
e que os juízos morais são objetivamente verdadeiros ou falsos, mas discordarem quanto aos princípios 
fundamentais segundo os quais devemos orientar a nossa conduta (ou até mesmo quanto ao facto de 
basearmos a mesma em princípios e não em regras ou virtudes, por exemplo).
Para compreender melhor o que aqui foi dito é essencial dedicar alguma atenção àquilo que está em 
causa na reflexão ética de nível normativo. Em primeiro lugar, importa referir que diferentes propostas 
normativas (ou teorias normativas) correspondem a diferentes formas de responder à questão fundamental 
da ética normativa: “Como devemos viver?”. No sentido de clarificar estas distinções e fornecer alguma 
orientação prática, torna-se imprescindível apresentar uma proposta de critérios para classificação das 
várias teorias avançadas neste domínio. 
 Optou-se aqui por seguir a posição defendida por Shelly Kagan, em Normative Ethics, conforme se pode perceber através das linhas que se seguem: 
“(…) A distinção entre ética normativa e ética aplicada não assenta numa linha bem definida. Na realidade o que temos é algo como um continuum: 
as afirmações morais variam no seu grau de generalidade.” E prossegue focando-se na distinção entre ética normativa e metaética: “Quando 
trabalhamos em ética normativa tentamos defender e justificar afirmações morais substanciais. Mas, como é óbvio, para o podermos fazer temos 
necessariamente de ter algumas ideias sobre o que é preciso para fornecer uma boa defesa de uma afirmação moral. Ou seja, ao fazer ética 
normativa estamos a pressupor algum tipo de abordagem – plenamente desenvolvida, ou, no mínimo, uma noção que possibilite trabalhar com 
ela – do que é a justificação em ética. Contudo, o tópico da justificação em ética pertence, na realidade, à metaética. (…) Acredito que, também aqui 
(tal como acontece na distinção entre ética normativa e ética aplicada), nos deparamos com um continuum e não com uma linha bem definida, pois 
à medida que aprofundamos a nossa tentativa de articular os princípios morais fundamentais, afirmações relativamente específicas de primeira 
ordem sobre o conteúdo da moralidade cedem gradualmente lugar a caracterizações mais gerais sobre esse conteúdo.” (Kagan. 1998. pp. 3-5) 
© Como pensar tudo isto? 
Para proceder à classificação de teorias normativas iremos adotar a distinção canónica entre teorias 
teleológicas e teorias deontológicas2:
definem o conceito de bem independentemente do conceito de justo (ou 
correto) e definem este último como aquilo que maximiza ou promove o bem.
 ou não especificam o conceito de bem independentemente do de justo (ou 
correto), ou não interpretam o conceito de justo (ou correto) como maximização ou promoção do 
bem.3
Esta distinção tem algumas implicaçõespráticas que importa destacar. Por um lado, as teorias 
teleológicas não consideram moralmente corretos atos que não maximizam o bem, o que significa que, 
geralmente, não existem opções – o único ato moralmente permissível é aquele que, de entre os atos 
disponíveis, maximiza o bem. Por outro lado, consideram que tudo é permissível, desde que contribua para 
essa maximização, o que significa que não admitem a existência das chamadas “restrições deontológicas”.
No que diz respeito às teorias deontológicas, pode dizer-se que estas, apesar de encararem a 
promoção do bem como uma razão para agir, não consideram a maximização do mesmo como a única ação 
moralmente aceitável, isto é, para além de contemplarem várias opções para atingir esse fim, reconhecem 
também a existência de restrições à promoção do bem, ou seja, admitem que nem tudo é permissível, para 
cumprir esse objetivo.
A forma como se apresenta esta distinção pode originar uma confusão quanto à utilização dos termos 
“teleológica” e “consequencialista”, no que toca à classificação de teorias normativas. Para desfazer 
eventuais equívocos faremos uso da distinção entre consequencialismo individualista e universalista. Dado 
que se tratam de teorias consequencialistas, ambas fazem depender a avaliação moral exclusivamente das 
consequências, mas enquanto que para o consequencialismo individualista as consequências relevantes 
para a avaliação moral são apenas aquelas que afetam o próprio agente (como acontece por exemplo no 
caso do egoísmo ético)4, para o consequencialismo universalista as consequências relevantes para a 
avaliação moral são encaradas de um ponto de vista geral, impessoal, imparcial (como acontece no caso do 
utilitarismo)5. 
2 “(…) Os dois conceitos fundamentais da ética são os de justo [correto] e de bem. (…) A estrutura de uma teoria ética depende assim, em larga 
medida, do modo como define e associa estas duas noções básicas. Aparentemente, a forma mais simples de o fazer é a das teorias teleológicas: o 
conceito de bem é definido de forma independente do de justo [correto] e este último é definido como aquilo que maximiza o bem. (…) Uma teoria 
deontológica (…) ou não especifica o conceito de bem independentemente do de justo [correto] ou não interpreta o conceito de justo [correto] 
como maximização do bem.” (Rawls. 1971. pp. 42-48)
3 A definição de teorias deontológicas apresentada encontra-se na negativa, uma definição afirmativa pode ser formulada nos seguintes termos: 
“Os deontologistas defendem que temos deveres que nos obrigam a não realizar certos tipos de atos, de tal maneira que não podemos realizá- 
-los mesmo quando a sua realização permitiria evitar um mal maior. Afirmam, por exemplo, que temos o dever de não matar pessoas inocentes, 
querendo dizer com isso que é errado matar uma pessoa inocente mesmo que matá-la seja a única maneira de impedir que alguém mate várias 
pessoas inocentes.” (Galvão. “Ética Deontológica” in Aires Almeida. 2009)
4 O egoísmo ético é uma teoria normativa que defende que um ato é correto se, e só se, produz as melhores consequências para o agente.
5 O utilitarismo é uma teoria normativa que identifica o bem com o bem-estar e defende que um ato é correto se, e só se, promove o bem-estar de 
um ponto de vista imparcial.
© Como pensar tudo isto?
Na obra Normative Ethics (1998. p. 63), Shelly Kagan parece sugerir a utilização do termo 
“consequencialista” (ou “consequencialismo”) apenas no sentido universalista – uma vez que vai ao 
encontro da prática mais comum da sua aplicação na tradição filosófica – reservando o termo “teleológico” 
para cobrir o campo mais lato de teorias que fazem a avaliação moral depender apenas das consequências, 
incluindo versões individualistas e universalistas de consequencialismo. Neste sentido, o egoísmo ético6, 
por exemplo, poderia ser classificado como sendo uma teoria teleológica, mas não como uma teoria 
consequencialista. Ao longo desta exposição, iremos seguir a sugestão de Kagan, pelo que o termo 
“consequencialista” (ou “consequencialismo”) será sempre entendido num sentido universalista.
A existência de diferentes tipos de teorias teleológicas e diferentes tipos de teorias deontológicas, 
impõe que sejam prestados esclarecimentos adicionais, para que se possa proceder a uma caracterização 
mais precisa destes tipos de teorias. Para isso precisamos de recorrer à distinção entre dois níveis de 
reflexão da ética normativa: o nível fatorial e o nível fundamental. Segundo Kagan, a tarefa do filósofo 
moral difere consoante ele se posicione mais num ou noutro destes dois níveis. 
Assim, quando o enfoque se situa no nível fatorial, a preocupação central dos filósofos morais é a de 
indicar quais são e como se articulam os vários fatores normativos que servem para determinar o estatuto 
moral dos atos (isto é, o que faz com que determinado ato seja facultativo, obrigatório ou proibido), ao 
passo que as preocupações do nível fundamental são as de justificar e fundamentar a escolha dos fatores 
que emergem no nível fatorial.
Assim sendo, a distinção entre o nível fundamental e o nível fatorial deve ser tida em conta quando 
procedemos à classificação de uma determinada teoria normativa como sendo teleológica ou deontológica, 
pois pode acontecer que uma teoria seja deontológica no nível fatorial, mas tenha fundamentos teleológicos, 
e vice-versa. Dizer que uma teoria é teleológica no nível fundamental significa que, para essa teoria o que 
justifica a validade dos fatores moralmente relevantes são exclusivamente as suas consequências, ao passo 
que uma teoria deontológica a nível fundamental sustenta que o que justifica a validade dos mesmos não 
são apenas as suas consequências. Uma teoria teleológica a nível fatorial considera que o único fator 
relevante para determinar o estatuto moral de um ato são as suas consequências, já uma teoria que seja 
deontológica no nível fatorial não considera que as consequências sejam o único fator relevante para 
determinar o estatuto moral de um ato; pelo contrário, sustenta que existem outros fatores decisivos para 
esse efeito, como, por exemplo, deveres, direitos, motivos, etc. 
O quadro que se segue pretende fazer uso de teorias normativas amplamente divulgadas, como a 
ética kantiana e o utilitarismo (ver abaixo), para ilustrar as possíveis relações entre estes dois níveis de 
reflexão moral:
Nível Fundamental 
Ética Kantiana
Contratualismo
Utilitarismo dos Atos
Egoísmo Ético
Utilitarismo das Regras
Nível Fatorial
Ética Kantiana
Contratualismo
Utilitarismo das Regras
Utilitarismo dos Atos
Egoísmo Ético
6 Como já foi dito supra, o egoísmo ético sustenta que um ato é correto se, e só se, produz as melhores consequências para o agente. 
© Como pensar tudo isto? 
 o que justifica a validade dos fatores normativos são exclusivamente as 
suas consequências.
o que justifica a validade dos fatores normativos não são apenas as suas 
consequências.
 o único fator relevante para determinar o estatuto moral de um ato são as suas 
consequências.
 as consequências não são o único fator relevante para determinar o estatuto 
moral de um ato.
A ética de Kant é geralmente considerada como paradigma da deontologia, porque se trata de uma 
teoria deontológica, quer a nível fatorial, quer a nível fundamental. Comecemos pelo nível fatorial: para 
Kant uma ação é correta, ou permissível, se, e só se, podemos consistentemente querer que a máxima que 
lhe subjaz se converta em lei universal. Dado que há ações que poderiam maximizar o bem numa ou noutra 
situação, mas cujas máximas subjacentes não poderíamos consistentemente querer ver transformadas em 
leis universais, a promoção do bem não é o único fator relevante para a avaliação moral; logo, a ética 
kantiana é um bom exemplo de deontologia fatorial. Além disso, dado que o que fundamenta ou justifica a 
adoção deste critério não são as suas consequências – visto que, como foi anteriormente mostrado, ele 
nem sempre conduz às melhores consequênciaspossíveis – mas sim o facto deste critério se impor, segundo 
Kant, como um requisito de consistência e racionalidade, a teoria é deontológica também no nível 
fundamental.7
O utilitarismo é uma teoria consequencialista que identifica o bem com o bem-estar geral e defende 
que um ato é correto se, e só se, promove o bem-estar, de um ponto de vista imparcial. A teoria foi, e ainda 
é, alvo de uma acesa discussão, o que conduziu a várias tentativas de modificação e aperfeiçoamento. 
Várias versões da teoria estão hoje em cena no debate em ética normativa, mas é da versão mais tradicional 
da teoria que nos iremos ocupar em primeiro lugar: o utilitarismo dos atos. O que caracteriza esta versão da 
teoria e a diferencia de outras versões pode, pelo menos em parte, ser compreendido através da distinção 
entre pontos focais primários e secundários. 
Cada teoria normativa constitui-se como uma espécie de dispositivo conceptual que nos permite 
fazer avaliações morais. O ponto focal de uma teoria normativa é o tipo de objetos que pretendemos avaliar 
recorrendo a esse dispositivo conceptual: atos, regras, agentes, motivos, traços de caráter, etc.8 
7 “(…) Deverei sempre comportar-me de forma a poder querer que a minha máxima se torne uma lei universal (...).
Não preciso, pois, de levar muito longe a minha subtileza, para fazer o que tenho a fazer para que a minha vontade seja boa (...) bastar-me-á 
perguntar: – Quererás que a tua máxima se torne numa lei universal? Se o não quiseres, então a máxima é de rejeitar, não por causa de qualquer 
dano que dela possa advir para ti ou para os outros, mas porque não pode ser incluída como princípio numa possível legislação universal; ora a 
razão obriga-me a um respeito imediato por esta legislação. (...)
Temos que poder querer que uma máxima da nossa ação se transforme em lei universal: é este o cânone pelo qual julgamos moralmente em geral. 
Algumas ações são de tal ordem que a sua máxima nem sequer se pode pensar sem contradição como lei universal da natureza, muito menos ainda, 
se pode querer que deva ser tal. Em outras não se encontra, na verdade, essa impossibilidade interna, mas é, contudo, impossível querer que a sua 
máxima se erga à universalidade de uma lei da natureza, pois uma tal vontade se contradiria a si mesma.” (Kant. 2007. pp. 69-71)
8 Uma teoria normativa pode ter um ou vários pontos focais e estes podem ser todos diretamente avaliados por ela (Rachels. 2003. p. 279), ou 
podem apresentar algum tipo de hierarquia entre si, dividindo-se em pontos focais primários (diretamente avaliados pela teoria) e pontos focais 
secundários (avaliados pela sua relação com o ponto focal primário). (Galvão. 2008. pp. 40-41)
© Como pensar tudo isto?
O utilitarismo dos atos, por oposição a outras versões da teoria, faz dos atos o seu ponto focal 
primário, ou seja, cada ato é avaliado, de um ponto vista moral, em função do padrão utilitarista da 
promoção do bem-estar, numa perspetiva imparcial. Assim sendo, a teoria começa por identificar o bem 
com o bem-estar geral e considera que aquilo que fundamenta os fatores normativos é o facto de estes 
promoverem, ou não, esse bem-estar. Para além disso, o facto de fazer dos atos o seu ponto focal primário, 
implica que esta considere que o único fator relevante para a avaliação moral são as consequências dos 
atos, no que diz respeito à promoção imparcial do bem-estar. Deste modo, podemos concluir que se trata 
de uma teoria teleológica quer a nível fundamental, quer a nível fatorial, o que explica porque é que o 
utilitarismo dos atos é encarado como o paradigma das teorias teleológicas.
Para melhor compreender o que está aqui em causa, pode ser útil comparar esta versão da teoria 
com outra das suas versões – o utilitarismo das regras. Esta é por vezes considerada uma versão de 
consequencialismo indireto. O consequencialismo indireto difere do consequencialismo direto, na medida 
em que este último sustenta que o que vamos avaliar deverá sê-lo diretamente em função das suas próprias 
consequências, ao passo que o consequencialismo indireto defende que aquilo que vamos avaliar é avaliado 
em termos das consequências de um aspeto que lhe está associado. (Hooker. 1990) Uma das versões mais 
bem-sucedidas de consequencialismo indireto é o consequencialismo das regras que nos é apresentado por 
Brad Hooker, no seu Ideal Code, Real World: A Rule-Consequentialist Theory of Morality (Hooker. 2000), 
onde este sugere que um ato é correto se, e só se, o mesmo não é proibido pelo código moral ideal – aquele 
que teria as melhores consequências se fosse interiorizado pela grande maioria das pessoas. Uma teoria 
como esta fundamenta a validade dos diversos fatores normativos, prescritos no código moral ideal, nas 
suas consequências (ou mais propriamente nas consequências da sua interiorização). No entanto, 
posteriormente vai avaliar os atos indiretamente, em função da sua conformidade com esse código moral, 
e não apenas em função das suas consequências, pelo que há outros fatores a determinar o estatuto moral 
dos atos para além das suas consequências. 
O utilitarismo das regras pode ser encarado como uma versão de consequencialismo indireto, uma 
vez que, faz das regras o seu ponto focal primário – i.e., usa o padrão consequencialista para avaliar 
(diretamente) regras e, por sua vez, avalia os atos (ponto focal secundário) em função da sua conformidade 
com as regras eleitas pelo padrão consequencialista. Daqui podemos inferir que o utilitarismo das regras, 
embora seja uma teoria teleológica no nível fundamental, é uma teoria deontológica a nível fatorial.
Não se pretende aqui um tratamento exaustivo que cubra todo o espectro de teorias normativas, até 
porque outras “famílias” de teorias éticas podem não ser de fácil classificação sem haver uma especificação 
mais detalhada de cada teoria em questão. 
Tome-se, por exemplo, o egoísmo ético. Já vimos que se trata de uma teoria teleológica, pelo menos 
no nível fundamental, pois para os defensores desta teoria aquilo que justifica a relevância de um 
determinado fator normativo é o facto de este ter consequências benéficas para o próprio agente. Contudo, 
um defensor de uma teoria com esta configuração em termos fundamentais, pode chegar à conclusão de 
que, na prática, o que traz melhores consequências para si é adotar a ética kantiana, ou respeitar as cláusulas 
de um contrato hipotético estabelecido entre homens livres, ou qualquer outra teoria que seja deontológica 
no nível fatorial. 
© Como pensar tudo isto? 
Inversamente, alguém que sustente uma teoria contratualista, no nível fundamental, defende que o 
fundamento dos fatores moralmente relevantes se encontra num contrato celebrado entre pessoas livres, 
e não nas consequências desses fatores, pelo que, pelo menos no nível fundamental podemos considerar 
que se trata de uma teoria deontológica. No entanto, uma vez que as pessoas podem celebrar um contrato 
com uma única cláusula que diga que cada um tem apenas o direito e o dever de fazer aquilo que é mais 
benéfico para si próprio, por exemplo, a teoria pode resultar teleológica, a nível fatorial9. Claro que as 
versões mais comuns de contratualismo não adquirem estes contornos e são geralmente deontológicas 
também a nível fatorial. Analogamente, as versões mais comuns do egoísmo ético são teleológicas tanto a 
nível fundamental como a nível fatorial. Contudo, as variantes aqui apresentadas destas teorias são, ainda 
assim, perspetivas possíveis, pelo que estas hipóteses não devem ser menosprezadas e postas de parte 
logo à partida. Outras teorias de complexa classificação poderiam ser apresentadas, mas julgamos que, 
para já, o que foi dito é suficiente para ilustrar estas dificuldades. 
9 Note-se que esta classificação não seria alterada se a cláusula única do contrato afirmasse que cada um tem apenas o direito e o dever de fazer 
aquilo que promove o bem, de um ponto de vista imparcial.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?– Olá, Mill!
– Olá, Nozick!
– Sabes uma coisa? Acho o hedonismo completamente disparatado.
– O que achas que está errado com o hedonismo? Achas que há outras coisas além do 
prazer e da ausência de dor que têm valor intrínseco?
– Sim. Há experiências que queremos ter na vida que vão muito além do prazer e da 
ausência de dor. Algumas delas até exigem alguns sacrifícios.
– Podes dar alguns exemplos?
– Sim. Sempre quis ser um bom pai para os meus filhos e ser um bom profissional, mas 
tanto uma coisa como outra envolvem muita dedicação e sacrifício.
– Sim, mas continuas a valorizar essas experiências porque no fim fazes um balanço 
positivo, isto é, porque o bem-estar que te proporcionam supera as adversidades.
– Isso é verdade, mas também te posso garantir que não estou interessado nessas 
experiências apenas por causa do bem-estar que elas me proporcionam.
– Como podes ter tanta certeza disso?
– Imagina que te davam a oportunidade de te ligares a uma máquina que te daria as 
experiências com que sempre sonhaste num ambiente virtual simulado, mas perfeitamente 
indistinguível da realidade. Podias configurar de antemão as experiências que irias ter e, no 
momento em que te ligasses, perdias por completo a consciência de que estavas a viver numa 
mera simulação. Assim as experiências seriam mais realistas. Consegues imaginar?
– Sim seria uma vida só com os prazeres e nenhuma das dores.
– Exato! Qualquer que fosse o teu sonho, ser um escritor bem-sucedido, uma estrela de 
cinema, um craque do futebol, tudo isso e muito mais ao acesso de um estalar de dedos.
– Parece-me bem!
– E, no entanto, nada disso seria real, não chegarias a concretizar realmente nenhum 
daqueles projetos. As pessoas com quem passarias o resto dos teus dias seriam meros produtos 
de um algoritmo informático desenhado para te agradar, em vez de pessoas reais de carne e 
osso.
– E daí?
– Bem, se tudo o que nos interessa é o prazer e a ausência de dor, então se nos dessem 
essa oportunidade, não hesitaríamos em aceitar. Contudo, eu recusaria liminarmente. Não 
estou apenas interessado em sentir-me um bom pai para os meus filhos, quero efetivamente 
concretizar essa preferência, quero poder aconchegá-los todas as noites e não apenas sentir o 
bem-estar associado a essa experiência.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
– Percebo o que queres dizer, mas acho que se nunca tivesses consciência de que as tuas 
experiências são meramente ilusórias, nunca chegarias a sofrer com isso e, portanto, não se 
pode dizer que a tua vida tenha corrido pior. Não achas?
– Não, não acho. Na minha opinião, mesmo que eu não tivesse consciência disso, acho 
que ligar-me a essa máquina seria desperdiçar a minha vida.
© Como pensar tudo isto?
maximin
Segundo o utilitarismo, a melhor alternativa é sempre aquela que corresponde a um maior total de 
bem-estar ou felicidade.
Segundo o princípio maximin, a melhor alternativa é aquela que maximiza a situação dos que estão 
mais desfavorecidos. Ou seja, deve-se melhorar a situação de quem está pior.
Segundo o princípio de Pareto, há uma melhoria das condições sempre que alguém fica melhor sem 
que ninguém fique pior. O ótimo de Pareto corresponde à situação em que não é possível alguém ficar 
melhor sem que alguém fique pior.
Imagine-se os seguintes padrões de distribuição de bens primários (em termos numéricos numa 
escala de 0 a 10) com apenas três pessoas.
Num primeiro momento temos a seguinte distribuição inicial:
Sociedade I 10 8 2 20
Sociedade II 6 5 3 14
Num segundo momento temos a seguinte distribuição final:
Sociedade I 10 10 1 21
Sociedade II 8 4 4 16
Em relação à sociedade I, a passagem é legítima apenas para o princípio utilitarista, pois o bem-estar 
agregado aumenta. O princípio maximin rejeitaria essa passagem, pois a situação dos mais desfavorecidos 
piora. O princípio de Pareto também rejeitaria essa passagem, dado que a melhoria seria feita à custa do 
prejuízo da pessoa 3.
Quanto à sociedade II, o utilitarismo aceitá-la-ia, uma vez que há maior bem-estar agregado. O 
princípio maximin também a aceitaria, pois o mais desfavorecido fica melhor. Contudo, o princípio de 
Pareto não permite aceitar essa passagem, dado que a melhoria das pessoas 1 e 3 é feita à custa do prejuízo 
da pessoa 2.
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto?
Guiões de visionamento 
de filmes/séries
Guião 1: A Onda
Guião 2: Sherlock 
Guião 3: Obrigado por fumar
Guião 4: DEVS 1.6 
Guião 5: 7000 milhões de outros
Guião 6: Dr. House 
Guião 7: John Q. 
Filme: A Onda 
Título original: Die Welle
Realizador: Dennis Gansel
Elenco: Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich e Max Riemelt
Argumento: Ron Jones, Johnny Dawkins e Ron Birnbach
Baseado na obra de Todd Strasser e na experiência social realizada pelo
professor de história norte-americano Ron Jones
Ano: 2008
Duração: 107 minutos
Resumo: 
Numa escola alemã, os alunos são levados a escolher entre duas disciplinas opcionais, uma sobre 
anarquia e a outra sobre totalitarismo. 
O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é recrutado para dar as aulas sobre totalitarismo. Embora 
contrariado, o professor acaba por se esforçar por levar os alunos a refletir seriamente sobre as 
possibilidades de um governo totalitarista voltar a surgir na Alemanha dos nossos dias. Nos minutos 
iniciais da primeira aula, ele decide que o projeto a desenvolver na disciplina será uma simulação de um 
governo fascista dentro da sala de aula. 
O movimento recebe uma designação própria, “A Onda”, e os seus membros adotam um uniforme e 
uma saudação para fomentar a união do grupo. Só que o professor acaba por perder o controlo da 
situação e os alunos começam a propagar “A Onda” pela cidade, tornando o projeto da escola um 
movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com 
o movimento.
Questões:
 Na primeira aula sobre totalitarismo, os alunos levam a sério a possibilidade de haver um novo 
regime totalitarista nos dias de hoje? Porquê?
 Em que consiste o projeto proposto pelo professor Wenger para a disciplina sobre totalitarismo?
 De acordo com o professor Wenger, qual é a principal causa do totalitarismo?
 Quais são as características do totalitarismo apresentadas nas aulas do professor Wenger?
 De que forma o professor Wenger introduz a disciplina?
 De que forma o professor Wenger incutiu um sentimento de união nos seus alunos?
 Quais foram as principais consequências positivas e negativas associadas ao movimento?
 Seria possível haver um regime totalitarista em Portugal nos dias de hoje? Porquê?
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Série: Sherlock (Episódio 1.1 – O Tirano) 
Título original: (Episode 1.1 – A Study in Pink) 
Realizador: Paul McGuigan
Elenco: Benedict Cumberbatch, Martin Freeman, Una Stubbs, 
Rupert Graves, Louise Brealey
Argumento: Steven Moffat (criador) 
Baseado na obra de Sir Arthur Conan Doyle
Ano: 2010
Duração: 88 minutos
Resumo: 
Sherlock é uma série britânica que consiste numa adaptação contemporânea das histórias do detetive 
Sherlock Holmes, escritas por Sir Arthur Conan Doyle. 
A série retrata um "detetive consultor", Holmes, que auxilia a Polícia Metropolitana, principalmente o 
Detetive Inspetor Lestrade Greg (Rupert Graves), na resolução de vários crimes. Holmes é assistido pelo 
seu colega de quarto, o Dr. John Watson, que voltou do serviço militar no Afeganistão. 
A Study in Pink é o primeiro episódio da série e retrata a apresentação de Holmes a Watson e como os 
dois começaram a partilhar um apartamento em Baker Street, Londres. A sua primeira investigação em 
conjunto leva-os a seguir uma série de mortes que inicialmente têm as características de suicídios, mas, 
mais tarde, conclui-se que é tudo obra de um assassino em série. 
Questões:
 Como é que o Sherlock descobriu que o Dr. John Watson tinha estado no Afeganistão ou no Iraque?
 Como é que o Sherlock descobriu que o Dr. John Watson tinhaum irmão com problemas de 
alcoolismo?
 Como é que o Sherlock descobriu que a vítima era adúltera?
 Como é que o Sherlock descobriu de onde era a vítima?
 Como é que o Sherlock descobriu a mala da vítima?
 Como é que o Sherlock descobriu que o assassino vivia sozinho?
 Como é que o Sherlock descobriu que o assassino tinha uma doença mortal? 
 Como é que o Sherlock descobriu a verdadeira motivação para os crimes?
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GUIÃO 2
Filme: Obrigado por fumar 
Título original: Thank you for smoking
Realizador: Jason Reitman
Elenco: Aaron Eckhart, Maria Bello, Cameron Bright, Sam Elliott,
Katie Holmes, David Koechner, Rob Lowe, William H. Macy, 
J.K. Simmons, Robert Duvall, Adam Brody, Kim Dickens 
Argumento: Jason Reitman 
Baseado no romance homónimo de Christopher Buckley
Ano: 2006
Duração: 92 minutos
Resumo: 
Obrigado por fumar é uma sátira sobre a indústria do tabaco. 
Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um porta-voz das grandes tabaqueiras. Assim que o senador Ortolan K. 
Finistirre (William H. Macy) propõe a inclusão do símbolo de veneno em todos os maços de tabaco, Nick 
é forçado a tomar medidas drásticas para defender a imagem do tabaco junto da opinião pública. Para 
isso, Nick participa em vários programas de TV e contrata Jeff Megall (Rob Lowe), um importante agente 
de Hollywood, para promover o tabaco na indústria cinematográfica. No meio de tudo isto, Nick acaba 
por atrair a atenção de uma repórter sem escrúpulos, Heather Holloway (Katie Holmes), que acaba por 
expô-lo perante o público. Nick, que afirma repetidas vezes que só está a tentar pagar as contas, começa 
a ficar preocupado com a imagem que o seu filho Joey (Cameron Bright) tem do seu modo de vida.
Questões:
 A Academia de Estudos do Tabaco sustenta que "fumar não provoca cancro do pulmão, pois não há 
estudos conclusivos que comprovem isso". Qual é a falácia que está aqui a ser cometida?
 Quando faz uma apresentação sobre o seu trabalho na escola do filho, Nick acusa uma das alunas de 
cometer uma falácia. Qual?
 Nick afirma que "se argumentas corretamente, nunca estás errado". Esta afirmação pode muito bem 
ser usada como premissa de uma falácia. Qual? 
continua
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GUIÃO 3
 O Diretor da Safety apresenta o seguinte argumento por analogia:
 (1) Se um avião se despenhar, não culpamos o fabricante do avião.
 (2) Se um bêbedo atropelar alguém, não culpamos o fabricante de automóveis.
 (3) Logo, se uma arma for utilizada para matar alguém, também não devemos culpar o fabricante de 
armas.
 De que tipo de argumento se trata? Porquê?
 Será que o argumento apresentado é um bom argumento, ou comete algum tipo de falácia? 
Porquê?
 Qual é a falácia que Nick parece estar a cometer quando diz ao filho que basta mostrar que ele está 
errado para provar que a sua perspetiva está certa?
 Qual é a falácia que Nick parece estar a cometer quando procura justificar aquilo que faz dizendo 
que 99% das pessoas faz o mesmo?
 Qual é a falácia que Nick parece estar a cometer quando acusa o senador Finistirre de ser hipócrita 
ao defender os agricultores ao mesmo tempo que apela a que se queimem as plantações de tabaco?
continuação
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Série: DEVS (Episódio 6) 
Título original: DEVS (Episode 6) 
Realizador: Alex Garland 
Elenco: Sonoya Mizuno, Nick Offerman, Jin Ha, Karl Glusman, 
Alison Pill, Zach Grenier, Stephen McKinley 
Argumento: Alex Garland (criador)
Ano: 2020 
Duração: 50 minutos
Resumo: 
A jovem engenheira de software Lily Chan investiga uma divisão de desenvolvimento secreta do seu 
empregador, uma empresa de tecnologia de ponta com sede em Silicon Valley, que ela acredita estar 
por trás do assassinato do seu namorado. 
Neste episódio, Lily e o seu ex-namorado Jamie visitam o diretor da empresa, Forest, à procura de 
respostas, e Katie, uma das responsáveis pela divisão secreta e atual companheira de Forest, revela a 
Lily a verdadeira natureza do projeto DEVS.
Questões:
 Em que consiste o projeto DEVS?
 Quais as implicações do projeto DEVS para o livre-arbítrio? Porquê?
 Quais seriam as implicações de uma previsão falhada para a tese determinista? Porquê?
 Katie pergunta a Lily se alguma coisa acontece sem uma razão. Qual é a resposta de Lily? Porquê?
 Katie concorda com essa resposta? Porquê?
 Quais foram os exemplos de acontecimentos puramente aleatórios apresentados por Lily?
 Katie aceita esses exemplos? Porquê?
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GUIÃO 4
Vídeo/Exposição: 7 mil milhões de outros 
Realizador: Yann Arthus-Bertrand
Elenco: Indivíduos de 84 países diferentes 
Ano: 2003
Duração: 32 minutos
Link para visualização: 
https://www.youtube.com/watch?v=eYSbxzE97n8 (consultado em 
12.03.2021)
Resumo: 
Para além de nós, 7 mil milhões de outros homens e mulheres habitam este planeta. Quem são, como 
vivem, o que sonham, o que têm a dizer, o que os une e o que os separa?
7 mil milhões de Outros é uma vídeo-exposição da autoria de Yann Arthus-Bertrand e conta com 
testemunhos de mais de 6000 pessoas de 84 países, incluindo Portugal.
No palco da História, homens e mulheres têm desempenhado diferentes papéis: principal para o sexo 
masculino, e secundário, ou figurante, para o feminino. Realidade que ainda perdura em muitos pontos 
do mundo, embora com enormes disparidades de região para região. 
Nas sociedades ocidentais cada vez mais se caminha para a igualdade entre sexos. Hoje as mulheres são 
predominantes em muitas áreas, e mesmo naquelas tradicionalmente masculinas já marcam forte 
presença. Basta recordar que Corinne Diacre tornou-se recentemente na primeira mulher a treinar uma 
equipa masculina profissional de futebol em França. Também em casa as tarefas são partilhadas por 
ambos os elementos do casal e os filhos já não são um exclusivo da mulher. Aliás, o envolvimento do 
homem começa cedo, em muitos casos ainda durante a própria gravidez. Porém, em muitas partes do 
mundo tal não sucede e a mulher continua vítima de discriminação, maus tratos e violação de direitos 
básicos. Em pleno século XXI, ainda é o sexo mais fraco? 
Questões:
Qual o testemunho que mais te impressionou? Justifica.
 O testemunho que mais te impressionou parece-te sugerir uma visão subjetivista, relativista ou 
objetivista dos valores? Justifica.
 Há algum testemunho com o qual te identifiques no que se refere à distinção entre homem e mulher? 
Porquê?
 O testemunho com o qual te identificas no que se refere à distinção entre homem e mulher parece-te 
sugerir uma visão subjetivista, relativista ou objetivista dos valores? Justifica.
continua
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GUIÃO 5
 Ao longo do vídeo, os testemunhos são acompanhados da indicação do país a que cada um deles 
pertence. Consideras que há diferenças assinaláveis na forma como as pessoas de países mais 
desenvolvidos e menos desenvolvidos olham para a distinção entre homens e mulheres? Justifica a 
tua resposta, mobilizando exemplos esclarecedores.
 Vários testemunhos de homens admitem que a vida da mulher é mais difícil pelas imposições e tabus 
que lhe são impostos ao longo da vida. Consideras que essa perspetiva reflete uma visão relativista 
dos valores? Justifica.
 Vários testemunhos de mulheres referem que se a mulher tivesse um acesso mais livre à educação e 
à cultura, a forma de perspetivar as diferenças entre homens e mulheres seria diferente. Consideras 
que esta procura de uma maior liberdade associada aos direitos da mulher apela a uma perspetiva 
objetivista dos valores? Justifica.
 Neste vídeo do 7 mil milhões de outros não há testemunho de nenhum português. Se houvesse, o 
que achas que este diria acerca da distinção entre homens e mulheres?
continuação
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Série: Dr. House (Episódio 6.3 – O Tirano) 
Título original: House (Episode 6.3 – The Tyrant) 
Realizador:David Shore 
Elenco: Hugh Laurie, Lisa Edelstein, Omar Epps, Robert Sean Leonard,
Jennifer Morrison, Jesse Spencer, Olivia Wilde, James Earl Jones 
Argumento: David Shore (criador), Peter Blake 
Ano: 2009 
Duração: 60 minutos
Resumo: 
Dr. House é uma famosa série norte-americana transmitida em Portugal pelo canal FOX. A série é 
protagonizada por House, um médico arrogante e antissocial, especialista em diagnósticos, que faz o 
que for preciso para resolver os intrigantes casos com que se depara.
O episódio 3, da sexta temporada, intitula-se O Tirano e mostra o que acontece quando um controverso 
político africano dá entrada no serviço de urgências para receber tratamento devido a um misterioso 
problema de saúde. House e a sua equipa são assaltados por questões morais: será moralmente legítimo 
tratar o impiedoso ditador, permitindo que este continue a cometer crimes contra a Humanidade, na 
sua terra natal? Ou será que têm a obrigação moral de o deixar morrer, salvando milhares de vidas?
Questões:
 Seria aceitável matar o tirano Dibala para salvar inúmeras vidas inocentes? Porquê?
 Seria aceitável deixar morrer o tirano Dibala para salvar inúmeras vidas inocentes? Porquê?
 Seria aceitável matar uma pessoa inocente para salvar inúmeras vidas inocentes? Porquê?
 Seria aceitável deixar uma pessoa inocente morrer para salvar inúmeras vidas inocentes? Porquê?
 O que significa ser coagido?
 Sabendo que a sitibi estava a ser coagida quando aceitou doar o seu sangue para ajudar no 
tratamento do tirano Dibala, seria moralmente legítimo fazer a colheita? Porquê?
 Imagina-te no lugar do Dr. Foreman. Se descobrisses que o teu colega de trabalho tinha trocado o 
resultado das análises do seu paciente, com o intuito de provocar a sua morte, achas que tinhas a 
obrigação moral de o denunciar? Porquê?
 Será que a avaliação moral das nossas ações depende apenas das suas consequências? Porquê?
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GUIÃO 6
Filme: John Q.
Título original: John Q. 
Realizador: Nick Cassavetes 
Elenco: Denzel Washington, Anne Heche, Ray Liotta, Robert Duvall, 
Eddie Griffin, James Woods 
Argumento: James Kearns
Ano: 2002 
Duração: 116 minutos
Resumo: 
O filho de John Quincy Archibald sofre de uma cardiomegalia, um problema grave na estrutura do 
coração que o conduzirá brevemente à morte se nada for feito. Apenas o transplante de um coração 
compatível poderá evitar o desfecho trágico. O seguro do pai, um trabalhador honesto, mas com poucos 
recursos, não cobre a totalidade de um ato médico tão dispendioso como um transplante de coração. 
Após várias doações de amigos e conhecidos para a operação de Mike, John Q., percebe que esse dinheiro 
nunca será suficiente para cobrir a totalidade dos custos. Levado pelo desespero, John Q. decide invadir 
o hospital e fazer reféns alguns dos doentes que nele se encontravam, por forma a exigir que a equipa 
médica coloque o filho na lista dos transplantes de órgãos para que a operação possa ser realizada.
Questões:
 Qual o princípio de justiça proposto por Rawls que aprovaria a exigência de John Q. de que o seu 
filho tem direito a um transplante, independentemente de ter ou não recursos para o pagar? 
Justifica.
 Umas das críticas à teoria da justiça proposta por Rawls parece ser concordante com a posição 
adotada pela diretora do hospital. Que crítica é essa? Justifica.
 Comenta o enredo do filme, tendo por base os conceitos de lotaria social e lotaria natural.
 Se te visses colocado na situação de John Q., agirias da mesma forma? Justifica.
 Consideras que a aplicação do princípio da diferença no contexto do filme poderia constituir um 
atropelo ao princípio da igual liberdade para todos? Justifica.
 No momento em que John Q. decide morrer para ser ele o próprio doador de um coração para o 
filho na tentativa de lhe prolongar a vida, um consequencialista como Mill aprovaria tal decisão?
 No momento em que John Q. decide morrer para ser ele o próprio doador de um coração para o 
filho na tentativa de lhe prolongar a vida, um deontologista como Kant aprovaria tal decisão?
 O que acontece no enredo do filme, que envolve a ausência de um verdadeiro sistema de saúde, é 
uma realidade comum a muitas sociedades. Felizmente, é uma realidade distante da nossa. Comenta.
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GUIÃO 7
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto?
Fichas de avaliação 
e Soluções/Cenários 
de resposta
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Fichas de Avaliação – Introdução à filosofia e ao filosofar
Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
 A atividade filosófica pressupõe uma atitude dogmática.
Esta afirmação é:
 verdadeira, porque a filosofia tenta combater os dogmas e preconceitos do senso comum enraizados 
na sociedade.
 falsa, porque a filosofia tenta combater os dogmas e preconceitos do senso comum enraizados na 
sociedade.
 verdadeira, porque a atitude filosófica implica o estabelecimento de dogmas que possam ser 
adotados por todos.
falsa, porque a função principal da filosofia é a análise das nossas opiniões de forma rigorosa e crítica.
Tal como a filosofia, também a ciência assume uma perspetiva crítica sobre o mundo.
Esta afirmação é:
 verdadeira, porque quer a filosofia, quer a ciência formulam problemas que serão posteriormente 
colocados à prova de forma sistemática.
 falsa, porque a filosofia é a única disciplina que pressupõe um olhar crítico e indagador sobre a 
realidade envolvente.
 verdadeira, porque ambas recorrem à atitude crítica na busca de certezas para os fenómenos 
ocorridos na natureza.
 falsa, porque embora a ciência assuma uma perspetiva crítica sobre o mundo, apenas a filosofia o faz 
de forma sistemática.
Atenta nas afirmações que seguem e seleciona a alternativa adequada.
Estas afirmações correspondem a:
duas frases e duas proposições distintas.
uma frase, mas duas proposições.
uma frase e uma proposição.
duas frases diferentes, mas uma só proposição.
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O método de investigação filosófica não é:
a reflexão crítica.
a argumentação e discussão racional.
fundamentalmente empírico. 
o pensamento e a análise crítica.
A filosofia é uma atividade conceptual e crítica porque:
implica um pensamento crítico e reflexivo acerca de problemas conceptuais fundamentais.
implica um pensamento crítico e reflexivo acerca de problemas não conceptuais.
 implica um pensamento crítico e reflexivo acerca de problemas que se resolvem exclusivamente com 
métodos formais de prova, tal como fórmulas ou teoremas.
implica uma atitude dogmática acerca dos nossos conceitos fundamentais.
Qual dos seguintes problemas não é um problema filosófico? 
Será que somos efetivamente livres?
Será a eutanásia moralmente aceitável?
Quais as religiões que acreditam em um único Deus?
 As teses dos filósofos devem ser suportadas por:
 problemas.
teorias.
conceitos.
argumentos.
Qual a relação que se estabelece entre a validade e a solidez de um argumento?
Todos os argumentos válidos são sólidos.
Todos os argumentos sólidos são válidos.
Alguns argumentos sólidos são válidos. 
a verdade das premissas não torna provável a verdade da conclusão.
a verdade das premissas torna necessária a verdade da conclusão.
as premissas são falsas e a conclusão não pode ser verdadeira.
as premissas são verdadeiras e a conclusão não pode ser falsa.
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Atenta no seguinte argumento e depois seleciona a alternativa correta.
1. Se os profissionais de saúde usarem máscara durante 24 horas seguidas, então vão ficar com 
marcas na cara.
2. Os profissionais de saúde usaram máscara durante 24 horas seguidas.
3. Logo, vão ficar com marcas na cara.
verdadeiras e a conclusão falsa.
 O argumento é dedutivamente inválido porque a verdade das premissas não torna necessária a 
verdade da conclusão.
 O argumento é dedutivamente válido porque a verdade daspremissas torna provável a verdade da 
conclusão.
 O argumento é dedutivamente inválido porque as premissas podem ser verdadeiras e a conclusão 
falsa.
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê com atenção o texto que se segue.
 “Eis algumas perguntas que qualquer um de nós pode fazer sobre nós mesmos: O que sou eu? 
O que é a consciência? Será que eu poderia sobreviver à morte do meu corpo?
(...) O que há de singular nestas perguntas é não apenas serem desconcertantes à primeira 
vista, mas também desafiarem processos simples de solução. Se alguém me perguntar quando 
é maré cheia, sei como fazer para obter uma resposta. Há tabelas fidedignas que posso 
consultar. Posso ter uma ideia de como se fazem essas tabelas. E, se tudo o resto falhar, eu 
e ver, medir, ou aplicar regras que, perante a experiência verificámos que funcionam. As 
para onde olhar.”
Simon Blackburn. (2001). Pense. Trad. António Infante, António Paulo da Costa, Célia Teixeira, Desidério Murcho, 
 Partindo do texto, esclarece em que medida o questionamento filosófico difere dos restantes tipos de 
questionamento.
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Atenta no argumento que se segue.
Se o Marcelo Rebelo de Sousa é médico, então o pico do Arieiro fica na Madeira.
O Marcelo Rebelo de Sousa é médico.
Logo, o pico do Arieiro fica na Madeira.
Lê com atenção o texto que se segue.
“A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da ciência, não assenta em 
experimentações nem na observação, mas apenas no pensamento. E, ao contrário da 
matemática, não tem métodos formais de prova.”
Que Quer Dizer Tudo Isto? 
Imagina que alguém se dirige a ti, expondo o texto descrito acima. O que pretende defender?
Formula explicitamente o argumento apresentado a favor da tese defendida.
Grupo III
(1 x 30) = 30 pontos
“Uma das séries de sátiras gravadas pelo pintor espanhol Goya tem por título ‘O Sono da Razão 
Produz Monstros’. Goya pensava que muitas das loucuras da humanidade resultam do ‘sono da 
razão’.
(...) As convicções são contagiosas e é possível convencer as pessoas de praticamente tudo. (...) 
Quando estas convicções implicam o sono da razão, o despertar crítico é o antídoto. A reflexão 
Simon Blackburn. (2001). Pense. Trad. António Infante, António Paulo da Costa, Célia Teixeira, Desidério Murcho, 
De acordo com o texto, explica em que medida o "sono da razão" produz monstros, evidenciando a 
componente crítica da atividade filosófica.
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Fichas de Avaliação – Lógica formal
Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
 Sabendo que P representa a proposição “O João é inteligente”, Q representa a proposição “O João gosta 
de Lógica” e R representa a proposição “O João é participativo nas aulas”, a proposição composta “Se o 
João não é participativo nas aulas, então ele gosta de Lógica e é inteligente” expressa uma proposição 
com a seguinte forma lógica:
(¬ R (P Q))
(¬ R (¬ P Q))
(¬ R (Q P))
(R (¬ P Q))
Identifica a afirmação que descreve corretamente a seguinte fórmula proposicional: 
((P (Q ¬ R)) S)
sendo que a conectiva de maior âmbito é a condicional.
quando:
cérebro”.
exercitar o cérebro”.
exercitar o cérebro.
exercitar o cérebro.
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Fichas de Avaliação – Lógica formal
A proposição “Se ontem fiquei em casa, então estava a chover.” é falsa quando:
é verdade que “Ontem fiquei em casa” e é verdade que “Ontem estava a chover”.
é falso que “Ontem fiquei em casa” e falso que “Ontem estava a chover”.
é verdade que “Ontem fiquei em casa” e falso que “Ontem estava a chover”.
Considera as seguintes afirmações. 
2. A condicional é falsa se a antecedente for verdadeira e a consequente falsa. 
3. Uma bicondicional é verdadeira se, e só se, as proposições que a compõem têm diferentes 
valores de verdade. 
Podemos afirmar que: 
as afirmações 1 e 2 são falsas; as afirmações 3 e 4 são verdadeiras. 
todas as afirmações são verdadeiras
as afirmações 1 e 2 são verdadeiras; as afirmações 3 e 4 são falsas.
todas as afirmações são falsas. 
 A partir de "Se eu fui ao shopping, então fui ao cinema" e de "Eu fui ao shopping Modus 
Ponens, que:
eu não fui ao cinema e não fui ao shopping.
eu fui ao cinema ou ao shopping.
eu não fui ao cinema.
eu fui ao cinema.
 Identifica a inferência correspondente a este argumento:
(1) ((P ¬ Q) ¬ (P ¬ R)) 
(2) ¬ (P ¬ Q)
(3) ∴ ¬ (P ¬ R)
Silogismo hipotético.
Primeira Lei de De Morgan.
Contraposição.
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Fichas de Avaliação – Lógica formal
equivalente a afirmar que:
a Joana não gosta de lógica e não gosta de matemática.
a Joana gosta de lógica, mas não gosta de matemática.
a Joana gosta de lógica, apesar de gostar de matemática.
se a Joana não gosta de lógica, então gosta de matemática.
todos os portugueses votaram em branco nas eleições presidenciais.
alguns portugueses votaram em branco nas eleições presidenciais.
alguns portugueses não votaram em branco nas eleições presidenciais.
existem casos de portugueses que não votaram em branco nas eleições presidenciais.
 Considera que P e Q representam duas proposições. Sabendo que Q é falsa e que (P Q) é verdadeira, 
P pode ser falsa.
P tem de ser falsa.
P pode ser verdadeira.
P tem de ser verdadeira.
Grupo II
(5 x 20) = 100 pontos
 Completa o enunciado seguinte, escrevendo a conclusão em falta, aplicando a regra do silogismo 
hipotético.
Se eu posso conhecer novos povos e culturas, então vou aprender mais sobre a diversidade 
cultural existente no mundo.
Logo, .
Atenta na afirmação seguinte. 
Caso discordasses desta afirmação, terias de mostrar que toda a mentira é aceitável? Justifica a tua 
resposta.
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Fichas de Avaliação – Lógica formal
 Será que é possível concluir validamente que “Os animais não gostam de crianças” a partir das premissas: 
“Se os animais são domesticados, então gostam de crianças” e “Os animais não são domesticados”? 
Justifica a tua resposta.
 Identifica se os seguintes argumentos são inferências válidas ou falácias formais. Explicita o nome da inferência 
válida ou da falácia formal em cada um dos casos. 
 Se Deus existe, então pode tudo, sabe tudo e é sumamente bom. Se Deus pode tudo, sabe tudo e é 
sumamente bom, então não há mal no mundo. Logo, se Deus existe, não há mal no mundo.
 O universo veio do nada, ou tem um criador inteligente. O universo não veio do nada. Logo, o 
universo tem um criador inteligente. 
 Determina com recurso a uma tabela de verdade se a seguinte fórmula proposicional é uma tautologia, 
contradição ou contingência.
((P ¬ P) (P ¬ P))
Grupo III
(1 x 30 = 30 pontos)
Determina a validade do argumento que se segue com recurso a inspetores de circunstâncias. 
temos obrigação de resistir por todos os meios. Ora, se existem atos de agressão aos quais 
temos obrigação de resistir por todos os meios, então há situações em que a guerra é 
moralmente necessária, tendo em conta as alternativas. Mas, se há situações em que a guerra 
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Fichas de Avaliação – Lógica informal
Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
 Lê com atenção o argumento que se segue:
Desde que mudei de emprego e fui trabalhar para a nova empresa nunca mais tive aquelas 
constantes amigdalites. 
O argumento apresentado comete a seguinte falácia:
Petição de princípio.
Falsa relação causal.
Generalização precipitada.
Apelo à ignorância.
Lê com atenção o argumento que se segue:
Se continuarmos em confinamento, a população portuguesa começa a engordar cada vez mais. 
Se a população portuguesa engordar cada vez mais, seremos todos obesos.
Logo, se continuarmos em confinamento, seremos todos obesos.
O argumento apresentado comete a seguinte falácia:
Derrapagem.
Falsa relação causal.
Generalização precipitada.
Falso dilema.
 Lê com atenção o argumento que se segue:
Se achas que eu não vou ganhar o próximo torneio deténis, então o vencedor do torneio vai ser 
o mesmo do ano passado.
O vencedor do torneio não vai ser o mesmo do ano passado.
Logo, eu vou ganhar o torneio de ténis.
O argumento apresentado comete a seguinte falácia:
Falsa relação causal.
Apelo à ignorância.
Falso dilema.
Petição de princípio.
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Fichas de Avaliação – Lógica informal
Qual destes critérios não se enquadra na avaliação de um argumento por analogia?
Deve haver um número significativo de semelhanças entre as entidades.
Deve haver semelhanças relevantes para aquilo que se pretende concluir.
Deve haver um número significativo de casos sem contraexemplos conhecidos.
 Se alguém ao argumentar perante um interlocutor recorre à opinião popular para estabelecer a verdade 
de uma dada proposição:
comete a falácia do apelo à ignorância.
comete a falácia do apelo à autoridade.
comete a falácia ad populum.
não comete qualquer falácia.
Esta afirmação é:
 verdadeira, porque um argumento pode ser dedutivamente válido em virtude do seu conteúdo e 
fraco em virtude da sua forma lógica.
falsa, porque um argumento ou é dedutivo ou é indutivo.
 verdadeira, porque um argumento pode ser válido em virtude da sua forma lógica, mas fraco em 
virtude do seu conteúdo.
 falsa, porque se um argumento for dedutivamente válido não pode ser indutivamente fraco.
a verdade das premissas torna provável a verdade da conclusão.
a validade das premissas torna provável a verdade da conclusão.
a conclusão é verdadeira se as premissas também o forem.
as premissas são verdadeiras e a conclusão não pode ser falsa.
Lê com atenção o argumento que se segue:
O homem não pode ser acusado de ter cometido aquele crime. Ele não teve qualquer culpa do 
O argumento apresentado comete a seguinte falácia:
Petição de princípio.
Falsa relação causal.
Apelo à ignorância.
Falso dilema.
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Fichas de Avaliação – Lógica informal
imparcial e especialista no assunto em questão.
Esta afirmação é:
competente no assunto sobre o qual está a argumentar e não tenha interesse envolvidos.
outros critérios que não estão a ser considerados.
 verdadeira, porque estes critérios são suficientes para avaliar a força do argumento.
preciso verificar se existem dados científicos a favor do argumento.
 Quando num argumento aquilo que se está a pressupor na conclusão não acrescenta nada de novo e 
uma petição de princípio.
uma falácia ad hominem.
um falso dilema.
uma falácia ad populum.
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê atentamente o seguinte argumento.
Tal como o José, também o Pedro teve sintomas de febre acima dos 38 °C, tosse seca, falta de 
Logo, o Pedro provavelmente será diagnosticado com uma pneumonia.
Consideras que a partir das premissas há fortes probabilidades de aceitar a verdade da conclusão? 
Justifica a tua resposta, identificando o tipo de argumento que se encontra descrito acima.
Lê atentamente o seguinte argumento.
Concluo, por isso, que todos os cães são agressivos com as crianças. 
Mostra em que medida o presente argumento é um mau argumento por generalização e identifica de 
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Fichas de Avaliação – Lógica informal
Atenta no seguinte diálogo entre a Ana e a Maria.
 – Olá Ana, estás boa?
– Bem. Mas os meus filhos andam muito irrequietos.
– Maria, não foi isso que eu quis dizer.
 – É melhor ficarmos por aqui na conversa.
Identifica a falácia informal presente no diálogo. Justifica a tua resposta.
Lê atentamente o seguinte texto.
condições de verdade que as primeiras não são verdadeiras e a última falsa. Em contraste, 
adequada: as premissas de um raciocínio dão apoio indutivo à conclusão se, e só se, apesar de 
Lógica Elementar. Lisboa: Edições 70, p. 248
Grupo III
(3 x 10) = 30 pontos
Considera o caso seguinte. 
raqueta, equipamento e sapatilhas. Têm gostos muito comuns relativos ao ténis e ao desporto 
em geral. Também são ambos benfiquistas. 
prenda de aniversário e o João ficou em êxtase e foi logo mostrar ao Manuel. Mais tarde, a mãe 
do Manuel em conversa com a namorada dele, decide oferecer ao Manuel um bilhete de avião 
para os Alpes suíços.
Constrói o argumento por analogia que legitimou a decisão da mãe do Manuel.
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Fichas de Avaliação – Determinismo e liberdade na ação humana
Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
 De acordo com o argumento incompatibilista da consequência, o que se segue das seguintes premissas: 
“Se o determinismo é verdadeiro, então não temos possibilidades alternativas” e “Se não temos 
O determinismo é verdadeiro. 
Há responsabilidade moral.
Todos os acontecimentos são a consequência necessária do passado e das leis da natureza.
 “Ainda está por provar que fenómenos mentais tais como as decisões não estão de modo algum 
determinismo radical.
determinismo moderado.
determinismo.
libertismo.
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Fichas de Avaliação – Determinismo e liberdade na ação humana
não existem ações livres.
com o determinismo.
3. De acordo com o libertista, o ser humano é livre e, portanto, nem tudo está determinado.
4. De acordo com o libertista, o ser humano é livre e, portanto, nada está determinado.
Podemos afirmar que: 
as afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras; a afirmação 4 é falsa. 
as afirmações 1, 2 e 4 são verdadeiras; a afirmação 3 é falsa. 
as afirmações 2 e 4 são verdadeiras; as afirmações 1 e 3 são falsas.
as afirmações 2 e 3 são verdadeiras: as afirmações 1 e 4 são falsas.
Para os compatibilistas, o que faz uma ação ser livre é:
não ser causada nem determinada.
não ser causada.
a ausência de constrangimento.
o agente ter feito A não podendo ter feito B.
 Aceitar a tese do determinismo radical implica ter de renunciar à noção de responsabilidade moral. Esta 
afirmação é:
 verdadeira, porque para um determinista radical, uma vez que tudo está determinado, não temos 
deve ser responsabilizado moralmente por ela.
caso faça o mal e louvado caso pratique o bem.
responsabilização moral pelas suas ações.
 “Os seres humanos, e só os seres humanos, transcendem as leis da natureza: são livres.” Esta afirmação 
é típica de um defensor do libertismo e significa que:
o ser humano é livre e, portanto, nada está determinado.
o ser humano é livre e, portanto, nem tudo está determinado.
o ser humano é livre e, portanto, nenhuma ação advém de causas anteriores.
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Fichas de Avaliação – Determinismo e liberdade na ação humana
está em causa é:
saber qual das crenças é verdadeira.
saber se ambas as crenças podem ser falsas.
saber se as crenças podem ser ambas verdadeiras.
 Partindo das seguintes afirmações: “Se tudo no mundo é causalmente determinado, não podemos 
responsabilizar moralmente os agentes pelas ações que praticam” e “faz sentido responsabilizar 
moralmente os agentes pelas ações que praticam”.
Estas duas afirmações poderão constituir:
um argumento a favor do libertismo.
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê atentamente o seguinte texto.
“(...) Como muitos filósofos salientaram, se existe um facto da experiência com que todos 
estamos familiarizados, é o facto simples de que as nossas próprias escolhas, decisões, 
raciocínios e cogitações diferem do nosso comportamento efetivo.
Há toda uma série de experiências que temos da vida em que parece ser um facto da nossa 
experiência que, embora tenhamos feito uma coisa, temos a certeza de sabermos perfeitamente 
que poderíamos ter feito algo mais. Sabemos que poderíamos ter feito algo mais, porque 
escolhemos algo em virtude de determinadas razões. Mas tínhamos consciência de que havia 
também razões para escolher outra coisa e, na verdade, podíamos ter agido por essas razões e 
escolhido essa outra coisa.”
Mente, Cérebro e Ciência. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, p. 107
que a sustenta.
Atenta nos seguintes cenários:
O João decide fazergreve de fome como sinal de protesto face à ocorrência de uma tourada ilegal.
O João não come nada há três dias porque partiu uma perna em casa e não se consegue mover.
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Fichas de Avaliação – Determinismo e liberdade na ação humana
Para os defensores do compatibilismo, o que é que estes dois cenários têm em comum e o que é que os 
distingue? Justifica a tua resposta.
Lê atentamente o seguinte texto.
“(...) Portanto, dado o determinismo, não é verdade que eu, a cada momento, possa agir ou 
escolher de modo diferente daquele que acabo por fazer – que tenha controlo sobre o meu 
próprio querer. Em risco está, então, também a ideia de que somos responsáveis pelas nossas 
ações.”
Sofia Miguens e Susana Cadilha. (2011). Ação e Ética – Conversas sobre Racionalidade Prática
frase, relaciona o conceito de liberdade com o conceito de responsabilidade moral.
Grupo III
(1 x 30) = 30 pontos
“Uma vez mais, se o movimento sempre está conectado,
Se os átomos nunca guinam e originam
Movimentos que possam quebrar as grilhetas do fado, 
Enganando a cadeia infinita de causa e efeito,
Que as criaturas vivas em toda a Terra possuem?
Lucrécio. Da Natureza das Coisas
com essa perspetiva? Porquê?
– formular explicitamente a tua perspetiva pessoal em relação ao problema;
– argumentar a favor da tua posição.
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Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
1. A eutanásia é uma prática inaceitável.
3. O João é a favor da eutanásia.
4. A eutanásia é uma prática moralmente correta apenas em algumas circunstâncias.
cultura.
De acordo com o relativismo cultural, a liberdade de expressão é correta se, e só se:
eu aprovo a liberdade de expressão.
a minha sociedade aprova a liberdade de expressão.
 independentemente das nossas preferências pessoais ou convenções coletivas, há boas razões para 
se aprovar a liberdade de expressão.
a liberdade de expressão é expressão de emoções pessoais.
tem valor de verdade e esse valor depende da sociedade que o avalia.
não tem valor de verdade.
tem valor de verdade, mas esse valor é independente de qualquer perspetiva.
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forma de assegurar a sobrevivência de todos.
Perante a constatação anterior, um relativista acerca dos valores defenderia que:
o infanticídio apenas é correto na perspetiva das culturas que o aceitam.
fosses um relativista, o que lhe responderias?
“Ela é errada numas sociedades, mas pode não ser errada noutras.”
“Isso é apenas uma expressão de emoções sem valor de verdade.”
“Ela é errada para ti, mas pode não ser errada para outras pessoas da tua cultura."
apenas um relativista aceitaria a afirmação.
Aceitar a teoria do relativismo moral implica tolerar:
apenas as diferentes regras de etiqueta. 
apenas as práticas culturais que não atentem contra os direitos humanos.
todas as práticas instituídas numa dada cultura.
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 A ideia que não podemos conceber que existem valores independentemente das nossas mentes, das 
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê com atenção o seguinte texto.
“(...) Segundo esta perspetiva, uma vez que a escravatura era moralmente correta para a maior 
a escravatura seria moralmente boa para os gregos antigos, apesar de ser moralmente má para 
os europeus contemporâneos.”
Elementos Básicos de Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, p. 104
Universal dos Direitos Humanos? Porquê?
saiu ilesa da água.
“incrível resgate" protagonizado pelo mesmo, acrescentando que "esta senhora tem sorte por 
estar viva”. 
acompanhou todo o processo e que refere que “a ação do meu colega foi muito imprudente 
porque ele podia ter morrido”.
muito de te poder dar um profundo abraço pelo que fizeste pela minha mãe, se não fosses tu 
ela poderia não estar mais aqui”. 
O surfista agradeceu todas as mensagens recebidas, referindo que fez o que seu “coração mandou”. 
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 Das mensagens recebidas pelo surfista após o resgate, identifica aquela que constitui claramente 
Grupo III
(1 x 30) = 30 pontos
“Suponha que alguém diz, por exemplo, o seguinte ‘Você só acredita na igualdade de 
oportunidades porque você é um produto da sociedade liberal e ocidental. Se você tivesse 
crescido numa sociedade de castas ou numa sociedade na qual as possibilidades disponíveis 
aos homens e às mulheres fossem radicalmente desiguais, não teria as convicções morais que 
tem, nem aceitaria como persuasivos argumentos morais que agora aceita’.”
A Última Palavra. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, p. 124
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Fichas de Avaliação – A necessidade de fundamentação da 
Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
Para a maioria das pessoas, o dinheiro:
tem apenas valor instrumental, isto é, tem valor apenas como um meio para outras coisas.
tem valor intrínseco, isto é, tem valor apenas como um meio para outras coisas.
tem apenas valor instrumental, isto é, tem valor em si mesmo.
tem valor intrínseco, isto é, tem valor em si mesmo.
 Para Kant é suficiente saber que alguém não buzinou diante de um hospital para sabermos que a sua 
ação tem valor moral. Esta afirmação é:
verdadeira, porque se alguém não buzina diante de um hospital, então está a cumprir a lei moral.
falsa, porque a ação de não buzinar diante de um hospital pode provocar consequências desastrosas.
seu dever.
 falsa, porque alguém pode não buzinar diante de um hospital apenas com a intenção de não ser 
multado pelas autoridades.
 Para Kant, alguém que age segundo a máxima: “Estuda, se não queres que os teus pais fiquem 
aborrecidos":
segue um imperativo hipotético e, portanto, age por dever.
segue um imperativo categórico e, portanto, age por dever.
segue um imperativo hipotético e, portanto, não age por dever.
segue um imperativo categórico e, portanto, age conforme o dever.
não passa no teste do imperativo categórico, pois implica violar um dever perfeito.
não passa no teste do imperativo categórico, pois implica violar um dever imperfeito.
passa no teste do imperativo categórico, pois não implica violar um dever perfeito.
passa no teste do imperativo categórico, pois não implica violar um dever perfeito.
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 Imagina que um familiar teu te pede segredo sobre a sua doença. Entretanto, a mulher dele, desconfiada 
kantiana:
 diria que o melhor era contares a verdade à mulher, mesmo sabendo que estarias a trair a confiança 
do teu familiar.
 não saberia como responder a este conflito, porque qualquer uma das ações implica quebrar um 
dever moral absoluto.
 diria que o melhor era preservares o segredo do teu familiar e mentires à mulher, mesmo que isso 
pudesse causar sofrimento na família.
 diria que o melhor seria avaliar as consequências das duas ações e agir em função daquela que 
causasse menos sofrimento para todos.
Tanto para Kant como para Mill existem deveres morais absolutos. 
Esta afirmação é:
 verdadeira, porque atos como matar, roubar ou mentir são proibições absolutas à luz das éticas dos 
dois autores.
falsa, porque a existência de deveres morais absolutos só se aplica à ética de Mill. 
 verdadeira, porque independentemente de os dois autores defenderem pressupostos distintos nas 
suas éticas, há valores morais que se impõem em qualquer circunstância.
falsa, porque a existência de deveres morais absolutos só se aplica à ética de Kant. 
O consequencialismo é uma perspetiva ética que defende que:
o estatuto moral das ações depende exclusivamente dos resultados que estas ações produzirem.
 as consequências e a intenção com que ação é praticada são igualmente relevantes para avaliar a sua 
correção moral.
a ação é moralmente correta se as consequências forem boas para a maioria das pessoas afetadas.
a maximização da felicidade geral é o critério fundamental para avaliação da moralidade das ações.
torturar inocentes pode,por vezes, ser a coisa certa a fazer. 
Esta ideia constitui:
o princípio da maior felicidade. 
o princípio da utilidade.
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 Para Stuart Mill, o ato de ler um livro é preferível ao ato de nos deliciarmos a comer uma sobremesa. 
Esta afirmação é:
 verdadeira, porque são ambos prazeres superiores e necessários, mas o ato de ler um livro é mais 
duradouro.
 falsa, porque ambos os prazeres são qualitativamente idênticos e o ser humano precisa de satisfazer 
ambos ao longo da sua vida.
 verdadeira, porque o ato de ler um livro corresponde a um prazer superior e o ato de nos deliciarmos 
com uma sobremesa corresponde a um prazer inferior.
 falsa, porque o ato de nos deliciarmos com uma sobremesa é uma necessidade básica absolutamente 
necessária e o ato de ler um livro é prescindível. 
 Supõe que uma casa está a incendiar e o João ouve duas pessoas a gritar, aparentemente encurraladas 
fazer uma reportagem uns metros à frente. Sem pensar duas vezes e, na esperança de ser louvado 
pelo seu ato heroico, decide arrombar a casa e salva as duas pessoas. O que diriam Kant e Mill da ação 
do João?
Ambos diriam que a ação do João não tem valor moral.
Apenas Kant diria que a ação do João tem valor moral.
Ambos diriam que a ação do João tem valor moral.
Apenas Mill diria que a ação do João tem valor moral.
Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê com atenção o seguinte texto. 
“O papel que a teoria dá a emoções tais como a compaixão, a simpatia, e a piedade parece 
inadequado.
Kant afasta tais emoções irrelevantes para a moral: a única motivação apropriada para a ação 
moral é o sentido do dever. Sentir compaixão pelos mais necessitados – apesar de, de certos 
pontos de vista, poder ser digno de louvor – não tem, para Kant, nada a ver com a moral.”
Elementos Básicos de Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, p. 83
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Atenta no texto que se segue:
“O seu automóvel tem de bater contra um de dois veículos próximos: um SUV ou um carro de 
mala bagageira longa muito mais frágil. Ambos os veículos transportam uma mãe e um bebé 
numa cadeira adequada. Em que veículo deve o automóvel autónomo bater?
condutor desse veículo? Começariam as pessoas a comprar automóveis menos sólidos, para 
reduzirem a probabilidade de serem atingidas em acidentes?”
101 Dilemas para o Filósofo de Bancada. Lisboa: Editorial Presença, p. 163 (adaptado)
Que resposta daria um utilitarista à questão destacada no texto? Porquê?
Atenta na seguinte situação.
mesmo a tempo. Instantes depois, a sua filha de cinco anos, Cate, entra de rompante pela sala, 
não chegavam cá sozinhos.'
peru... e muitas, muitas mentirinhas inocentes'."
101 Dilemas para o Filósofo de Bancada. Lisboa: Editorial Presença, p. 26 (adaptado)
Perante a situação acima descrita, compara as respostas de Kant e Mill acerca das “mentirinhas 
inocentes”.
 Lê com atenção o seguinte texto.
“(...) Ora, é um facto inquestionável que aqueles que estão igualmente familiarizados com 
ambos, e são igualmente capazes de os apreciar e gozar, dão uma acentuada preferência ao 
modo de vida ao qual se faz uso das faculdades superiores."
J. Stuart Mill. (2020). Utilitarismo. Trad. Pedro Galvão. Lisboa: Book Builders, p. 15
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Grupo III
(1 x 30) = 30 pontos
 O fim último da moralidade é a procura da felicidade. Assim, o nosso dever fundamental é que as nossas 
ações possam promover tanto quanto possível a felicidade. 
Concordas? Porquê? 
– clarificar o problema filosófico aqui em causa; 
– apresentar inequivocamente a tua posição;
– argumentar a favor da tua posição. 
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Grupo I
(10 x 7) = 70 pontos
com a sua pessoa e com os seus bens.
poderem gerir a sua própria vida.
Esta afirmação é:
acordo hipotético entre decisores livres, racionais e iguais acerca das estruturas básicas da sociedade.
hipotético entre decisores livres, racionais e iguais acerca das estruturas básicas da sociedade.
 falsa, porque a ideia do contrato social é aplicada a outras perspetivas políticas conhecidas, mas não 
garantir o maior total de felicidade possível.
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 Imagina que te encontras na posição original a tentar decidir que princípios devem orientar a organização 
e C correspondem ao rendimento anual de cada uma dessas classes em três sociedades possíveis.
A B C Total
20 18 16
Sociedade 2 12 12 12
Sociedade 3 30 15 5
viver?
sociedade.
todos têm o mesmo nível de rendimento.
 Atenta novamente na situação que a seguir te apresentamos, sabendo que A, B e C correspondem ao 
rendimento anual de cada uma dessas classes em três sociedades possíveis.
A B C Total
20 18 16
Sociedade 2 12 12 12
Sociedade 3 30 15 5
Qual das seguintes afirmações é falsa?
A sociedade 2 é aquela que vai ao encontro da estratégia maximin
 A sociedade mais igualitária é a sociedade 2 porque é aquela em que há uma distribuição dos bens 
em partes iguais.
A sociedade 3 é a sociedade onde existe maior desigualdade entre ricos e pobres.
A sociedade 1 é aquela que vai ao encontro da estratégia maximin
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 As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em 
condições de igualdade de oportunidades.
 A desigualdade na distribuição da riqueza deve ser sempre feita em prol do benefício para os mais 
desfavorecidos.
 Se as desigualdades na distribuição da riqueza acabarem por beneficiar os mais favorecidos, então 
 A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa, compatível com uma liberdade 
igual para todos.
minimizar os efeitos da lotaria natural e da lotaria social, respetivamente.
minimizar os efeitos da lotaria social e da lotaria natural, respetivamente.
minimizar apenas os efeitos da lotaria natural. 
minimizar apenas os efeitos da lotaria social.
Esta afirmação é:
 falsa, porque é uma forma de garantir que todas as pessoas estão em situação de igualdade de 
oportunidades.
verdadeira, porque pressupõe uma restrição à igualdade de oportunidades.
falsa, desde que não viole os direitos fundamentais dos mais desfavorecidos.
verdadeira, porque viola a liberdade individual e os direitos de propriedade.
considera que a liberdade individual deve ter primazia sobre o bem comum. 
considera que o bem comum é o resultado de preferências individuais.
considera que à luz do véu da ignorância as escolhas são moralmente cegas.
apela ao bem comum numa perspetiva utilitarista.
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Grupo II
(4 x 25) = 100 pontos
Lê atentamente o seguinte texto.
“(...) Diferentes pessoas merecem diferentes recompensas financeiras pelo trabalho 
por vezes, que os grandes patrões da indústria merecem os enormes salários que pagam a si 
próprios devido à sua contribuição, relativamente maior, para a nação: eles tornam possível o 
operam.”
Elementos Básicos de Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, p. 117
Lê atentamente o seguinte texto.
“Alguns filósofos argumentaram que, independentemente do quão apelativo possa ser o 
propriedade e que essa violação é moralmente errada.”
Elementos Básicos de Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Gradiva, p. 118
resposta.
 Lê atentamente o seguinte texto.
"Uma conceção do eu anterior aos seus propósitos e às suas ligações não é capaz de dar conta 
de certos aspetos importantes da nossa experiência moral e política. Certas obrigações morais 
e políticas que comummente reconhecemos – obrigações de solidariedade, por exemplo, ou 
obrigações são difíceis de afastar como meras confusões e, no entanto, são difíceis de acomodar 
se nos encararmos como seres livres e independentes, que não são constrangidos por laços 
morais que não escolheram.
Liberalism and the Limits of Justice
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Lêatentamente o seguinte texto.
utilitaristas porque a regra maximin em que repousam produz mais equidade do que os outros 
sistemas de distribuição.”
A. C. Grayling. (2020). Uma História da Filosofia. Trad. Desidério Murcho. Lisboa: Edições 70, p. 525
Grupo III
(1 x 30) = 30 pontos
– apresentar inequivocamente a tua posição;
– argumentar a favor da tua posição. 
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Soluções/Cenários de resposta
Introdução à filosofia e ao filosofar
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (B) 7
2 (A) 7
3 (D) 7
4 (C) 7
5 (A) 7
6 (D) 7
7 (D) 7
8 (C) 7
(A) 7
10 (A) 7
Grupo II
Cenário de resposta
– O questionamento filosófico difere dos restantes tipos de questionamento porque tal como refere o texto, este 
resposta definitiva e consensual partilhada por todos. 
– Os problemas filosóficos são problemas conceptuais, isto é, são problemas acerca de conceitos.
– Os problemas de que se ocupa a filosofia não são problemas empíricos, isto é, não se resolvem com base na 
observação e na experiência – tal como acontece com os problemas da ciência, ou outros problemas empíricos 
(no texto são mencionados os seguintes exemplos: “Quando é maré cheia?”, “Como medir as marés?”, que são 
problemas da matemática, mas ao contrário dos problemas da matemática que se resolvem com base em 
da reflexão crítica, da argumentação e da discussão racional.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Distingue corretamente o questionamento filosófico de outros tipos de questionamento.
– Justifica, com clareza e precisão recorrendo ao texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
23 24 25
2
– Distingue corretamente o questionamento filosófico de outros tipos de questionamento.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
– Distingue de forma vaga e superficial o questionamento filosófico de outros tipos de questionamento, mas não 
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
Cenário de resposta
Este argumento é válido porque se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também o será.
Arieiro fica na Madeira e o Marcelo Rebelo de Sousa é médico, somos obrigados a aceitar logicamente a 
conclusão de que o Pico do Arieiro fica na Madeira.
– Um argumento é sólido se, e só se, é válido e tem premissas verdadeiras. 
– Ora, uma vez que a profissão de Marcelo Rebelo de Sousa não tem quaisquer implicações no que diz respeito à 
localização geográfica do Pico do Arieiro, podemos concluir que a primeira premissa do argumento é falsa e, por 
conseguinte, o argumento não pode ser sólido. Além disso, Marcelo Rebelo de Sousa não é médico, o que 
significa que o valor de verdade da segunda premissa também é falso.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Justifica, com clareza e precisão, recorrendo ao argumento em questão.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
23 24 25
2 – Justifica de forma superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
corretamente face à solidez do argumento, mas incorretamente face à validade.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
– Pretende defender com o texto acima descrito que: “A filosofia é diferente da ciência e da matemática”.
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
1 – Identifica corretamente o que se pretende defender. 25
 Se a filosofia é igual à ciência e matemática, então assenta em experimentações, observações e métodos 
formais de prova.
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Soluções/Cenários de resposta
 Porém, a filosofia ao contrário da ciência não assenta em experimentações nem na observação, mas apenas 
no pensamento. 
 Além disso, a filosofia ao contrário da matemática não tem métodos formais de prova.
 Logo, a filosofia não é igual à ciência e matemática. 
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
2 – Formula explicitamente o argumento apresentado no texto. 25
1 – Formula de forma vaga, imprecisa ou incompleta (pelo menos uma das premissas e a conclusão) o argumento apresentado pelo autor do texto. 10
Grupo II
A resposta integra os seguintes aspetos, ou outros considerados relevantes e adequados:
– A filosofia é uma atividade crítica, pois pressupõe que pensemos criticamente sobre problemas fundamentais e 
procuremos avaliar de forma rigorosa as respostas possíveis para esses problemas, estruturando e avaliando 
argumentos a favor e contra as diferentes explicações.
– Contudo, se o homem adotar uma postura acrítica, passiva e de adormecimento face à realidade que o rodeia, o 
tal “sono da razão” referido pelo autor, aceitando sem questionar tudo o que lhe é partilhado cairá num 
dogmatismo do qual é difícil sair, pois as convicções e as crenças enraizadas são de facto contagiosas como é 
referido no texto. Sem o uso de um pensamento crítico e racional é possível convencer o homem de quase tudo 
e é partindo deste pressuposto que o “sono da razão” produz monstros, pois como sabemos muitas das loucuras 
cometidas pela humanidade (guerras, revoluções, extermínios, etc.) resultaram desse “sono” e dessa ausência 
de criticidade.
perceber de forma imparcial as razões que temos para pensar desta ou daquela maneira e é esse o caminho da 
filosofia.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
5
– Explica corretamente em que medida o “sono da razão” produz monstros, evidenciando a componente crítica da 
atividade filosófica.
– Justifica, com clareza e precisão recorrendo ao texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
27 30
4 Nível intercalar 22 24 25
3
– Explica em que medida o “sono da razão” produz monstros, evidenciando a componente crítica da atividade 
filosófica.
– Justifica de forma vaga, superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
20
2 Nível intercalar 13 15 16
1
– Explica superficialmente em que medida o “sono da razão” produz monstros, mas não evidencia a componente 
crítica da atividade filosófica OU evidencia superficialmente a componente crítica da atividade filosófica, mas não 
explica em que medida o “sono da razão” produz monstros.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
8 10 11
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Soluções/Cenários de resposta
Lógica formal
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (C) 7
2 (C) 7
3 (A) 7
4 (D) 7
5 (C) 7
6 (D) 7
7 (B) 7
8 (A) 7
(B) 7
10 (B) 7
Grupo II
– Aplicando a regra do silogismo hipotético, a conclusão que permite completar o enunciado é: 
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
1 – Identifica corretamente a conclusão que permite completar o enunciado de acordo com o silogismo hipotético. 20
– Caso discordássemos desta afirmação não teríamos de mostrar que toda a mentira é aceitável.
– Quem considere que é falso que nenhuma mentira é aceitável apenas tem de mostrar que, pelo menos, uma 
mentira (OU algumas mentiras) são aceitáveis.
aceitáveis.
OU
– Recorrendo à negação de teses através do quadrado de oposição apenas teríamos de mostrar que: algumas 
mentiras são aceitáveis.
mentira é aceitável”. 
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 mentira é aceitável”.– Justifica, de forma rigorosa e precisa, essa afirmação.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
18 20
2 mentira é a aceitável”.– Justifica, de forma superficial e pouco precisa, essa afirmação.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
13 14 15
1 – Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
8 10
– A primeira premissa é uma condicional onde se afirma que a antecedente A é suficiente para a consequente B 
(ser um animal domesticado é suficiente para gostar de crianças) e esta por sua vez é necessária para A (gostar 
de crianças é condição necessária para ser um animal domesticado). Ora, uma vez que não se afirma que A é 
necessário para B (ser animal domesticado é necessário para gostar de crianças), o facto de A ser falsa (os 
– Este argumento tem uma forma inválida, pois comete a falácia da negação da antecedente.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Explica corretamente que não é possível concluir validamente que os “os animais não gostam de crianças” a partir 
das premissas dadas.
– Justifica de forma rigorosa e precisa, identificando a forma inválida do argumento.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
18 20
2
– Explica corretamente que não é possível concluir validamente que “os animais não gostam de crianças” a partir das 
premissas dadas.
– Justifica de forma vaga, superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
13 14 15
1
– Indica corretamente que não é possível concluir validamente que “os animais não gostam de crianças” a partir das 
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
8 10
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
2 – Avalia corretamente o argumento.– Identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada 10
1 – Avalia corretamente o argumento, MAS não identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada, OU identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada, MAS não avalia corretamente o argumento, 5
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
2 – Avalia corretamente o argumento.– Identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada 10
1 – Avalia corretamente o argumento, MAS não identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada, OU identifica corretamente a forma argumentativa exemplificada, MAS não avalia corretamente o argumento, 5
P ( ( P ¬ P ) ( P ¬ P ) )
V V F F V F V F F V
F F F V F F F F V F
– A presente fórmula proposicional é uma contradição porque contém o valor “F” em todas as possíveis 
combinações.
Grupo III
Dicionário:
P: Existem atos de agressão aos quais temos obrigação de resistir por todos os meios.
Q: Há situações em que a guerra é moralmente necessária, tendo em conta as alternativas.
Formalização:
(1) P
(2) (P Q )
(3) (Q R)
(4) ∴ R
Inspetor de circunstâncias:
P Q R P ( P Q ) ( Q R ) ∴ R
V V V V V V V V V V V
V V F V V V V V F F F
V F V V V F F F V V V
V F F V V F F F V F F
F V V F F V V V V V V
F V F F F V V V F F F
F F V F F V F F V V V
F F F F F V F F V F F
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Soluções/Cenários de resposta
Análise:
O argumento é válido, pois não há nenhuma circunstância com as premissas todas verdadeiras e a conclusão falsa.
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina
3
– Elabora o dicionário adequado.
– Formaliza corretamente o argumento.
– Constrói corretamente o inspetor de circunstâncias.
– Analisa corretamente o resultado obtido. 
30
2
– Elabora o dicionário adequado ao argumento.
– Formaliza corretamente o argumento, MAS:
– Constrói corretamente o inspetor de circunstâncias, mas comete erros na análise, OU comete erros na construção do 
inspetor de circunstâncias, mas interpreta de acordo com o resultado obtido.
OU:
– Elabora o dicionário adequado ao argumento, MAS:
– Construir corretamente o inspetor de circunstâncias e interpretar corretamente o resultado obtido.
20
1 – Constrói corretamente o inspetor de circunstâncias, mas comete erros na análise, OU comete erros na construção do inspetor de circunstâncias, mas interpreta de acordo com o resultado obtido. 10
Lógica informal
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (B) 7
2 (A) 7
3 (C) 7
4 (D) 7
5 (C) 7
6 (C) 7
7 (A) 7
8 (C) 7
(B) 7
10 (A) 7
Grupo II
entre duas entidades distintas (José e Pedro) com base em aspetos comuns – os sintomas sentidos aquando de 
uma possível doença (tosse seca, falta de ar, dor no peito e dor de cabeça) – para se inferir que como o José foi 
diagnosticado com pneumonia também o Pedro provavelmente será diagnosticado com a mesma doença 
(atribuir a um deles uma característica observada no outro).
– Este é um bom argumento por analogia, porque aquilo que está a ser comparado é suficientemente relevante 
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Soluções/Cenários de resposta
probabilidades de aceitar a conclusão porque podemos partir do pressuposto que os vários sintomas 
(semelhanças) que eles têm em comum nos fornecem boas razões para acreditar que tal como o José, o Pedro 
também será diagnosticado com pneumonia.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Explica corretamente que a partir das premissas temos fortes probabilidades de aceitar a conclusão.
– Identifica corretamente o argumento como sendo por analogia.
– Justifica de forma rigorosa e precisa, mobilizando o exemplo em questão.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Explica corretamente que a partir das premissas temos fortes probabilidades de aceitar a conclusão.
– Identifica corretamente o argumento como sendo por analogia.
– Justifica de forma vaga, superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
– Explica superficialmente que a partir das premissas temos fortes probabilidades de aceitar a conclusão sem mobilizar 
o argumento em questão.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
– O presente argumento é um mau argumento por generalização, pois comete a falácia da generalização 
precipitada.
amostra deve incluir um número significativo de casos.
atacaram uma criança de cinco anos não nos fornece boas razões para acreditar que todos os cães são agressivos 
com as crianças.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Explica corretamente porque é que o argumento em questão é um mau argumento por generalização.
– Identifica corretamente a falácia cometida.
– Justifica de forma rigorosa e precisa, mobilizando o exemplo em questão.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Explica corretamente porque é que o argumento em questão é um mau argumento por generalização.
– Identifica corretamente a falácia cometida.
– Justifica de forma vaga, superficial e pouco precisa e não mobiliza o exemplo em questão.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
– Explica porque é que o argumento em questão é um mau argumento por generalização, mas não identifica a falácia 
em questão OU identifica a falácia emquestão, mas não explica porque é um mau argumento por generalização.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
10 11
– A falácia informal presente no diálogo é a falácia do espantalho (boneco de palha).
– A falácia do espantalho consiste em tentar mostrar que se refutou uma determinada teoria (ou argumento) 
atacando uma visão distorcida e enfraquecida da mesma.
de criticar uma caricatura da posição em análise.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Identifica corretamente o argumento informal.– Justifica, de forma clara e precisa, a sua resposta. 22 24 25
2 – Identifica corretamente o argumento informal. – Justifica, de superficial clara e pouco precisa, a sua resposta. 16 17 18
1 10 11
– Tal como podemos observar no texto isto acontece quando “as premissas apoiam dedutivamente uma 
conclusão”.
garantidamente) verdadeira. 
– Daí o “caso dedutivo ser tão diferente do caso indutivo”, pois a validade dos argumentos dedutivos depende, 
conteúdo dos argumentos.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Esclarece corretamente a distinção entre argumentos dedutivos e não dedutivos.
– Justifica adequadamente e sem imprecisões, recorrendo ao texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Esclarece corretamente a distinção entre argumentos dedutivos e não dedutivos.
– Justifica adequadamente e sem imprecisões, mas sem recorrer ao texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
– Esclarece de forma vaga e superficial a distinção entre argumentos dedutivos e não dedutivos.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
Grupo III
– O argumento por analogia que legitimou a decisão da mãe do Manuel é o seguinte:
 O João e o Manuel têm gostos muitos semelhantes no ténis e no desporto em geral.
O João recebeu um bilhete de avião para os Alpes Suíços e adorou.
 Logo, o Manuel também vai adorar receber um bilhete de avião para os Alpes Suíços.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
2 – Constrói corretamente o argumento que legitimou a decisão da mãe do Manuel, identificando as duas premissas e a conclusão. 10
1 – Constrói o argumento de forma incompleta identificando, pelo menos, umas das premissas e a conclusão do argumento. 5
– O presente argumento é um mau argumento por analogia (argumento fraco), pois comete a falácia da falsa 
analogia.
– Isso acontece porque aquilo que está a ser comparado não é suficientemente relevante em aspetos significativos 
de aceitar a verdade da conclusão.
– O facto do João e o Manuel terem gostos muito semelhantes no que se refere ao ténis e ao desporto em geral 
não é suficientemente relevante para inferir que eles também terão os mesmos gostos no que se refere a viagens 
e locais. Portanto, o facto de o João ter adorado receber um bilhete de avião para os Alpes Suíços não torna 
provável que o Manuel também goste.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Avalia corretamente a força do argumento em questão.
– Justifica, de forma clara e precisa, a sua resposta, mobilizando o exemplo em questão.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
8 10
2
– Avalia corretamente a força do argumento em questão.
– Justifica, de forma superficial e pouco precisa, a sua resposta.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
5 6 7
1 – Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes. 1 2 3
– Partindo do pressuposto que o argumento apresentado é um mau argumento por analogia, apenas temos de 
reconstruir o argumento tornando aquilo que está a ser comparado relevante em aspetos significativos para 
aquilo que se pretende concluir.
 Por exemplo:
 O João e o Manuel têm gostos muitos semelhantes no ténis e no desporto em geral.
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
1 10
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Soluções/Cenários de resposta
Determinismo e liberdade na ação humana
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (A) 7
2 (B) 7
3 (D) 7
4 (D) 7
5 (A) 7
6 (C) 7
7 (A) 7
8 (B) 7
(C) 7
10 (C) 7
Grupo II
– De acordo com o libertismo, a crença de que somos livres é inegável, pois aparentemente não somos capazes de 
feito uma coisa, temos a certeza de que poderíamos ter feito outra. Esta ideia apela para o pressuposto de que 
texto o argumento da experiência.
– O argumento da experiência mostra que a sensação que temos do aqui e do agora e da consciência de que as 
nossas ações realizadas no momento presente advêm de nós próprios e da nossa vontade e deliberação são um 
forte argumento a favor da crença de que somos livres.
acontecimentos da nossa vida escolhermos fazer A podendo ter escolhido fazer B, alegando que podemos ter a 
certeza de poder fazer sempre algo mais porque a nossa escolha é feita em virtude de determinadas razões que 
que dizem respeito ao agente.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
que a sustenta.
– Justifica, de forma clara e precisa, a sua resposta.
– Mobiliza adequadamente elementos do texto. 
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes. 
22 24 25
2 que a sustenta.– Justifica, de forma superficial e pouco precisa, a sua resposta.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1 adequadamente a sua resposta.– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
determinismo e, portanto, serem resultado de acontecimentos anteriores (por exemplo, o facto de existirem 
touradas e o João ter partido uma perna).
– Para um defensor do compatibilismo clássico o determinismo é verdadeiro, mas, ainda assim, por vezes, temos 
possibilidades alternativas à nossa disposição, isto é, mesmo num mundo determinista faz sentido dizer que, por 
vezes, podíamos ter agido de outro modo, pois existem situações nas quais se tivéssemos escolhido fazer outra 
modo, podemos concluir que para um compatibilista clássico somos livres quando não somos coagidos por 
nenhuma pessoa ou circunstância externa, sendo a liberdade vista nesta perspetiva como “ausência de coação 
ou constrangimento”.
– É precisamente aqui que estes dois cenários divergem, pois no caso do cenário A, o João decide fazer greve de 
fome como sinal de protesto e esta ação advém de causas internas ao agente, a sua intenção, as suas crenças e 
ação do João é uma causa externa, pois ele está impedido pelas circunstâncias em que se encontra de fazer 
aquilo que pretende. Logo, estamos perante uma ação não livre.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Identifica corretamente o que estes dois cenários têm em comum e o que os distingue segundo a perspetiva de um 
compatibilista clássico.
– Justifica, de forma clara e precisa, a sua resposta.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Identifica corretamente o que estes dois cenários têm em comum e o que os distingue segundo a perspetiva de um 
compatibilista clássico.
– Justifica, de forma superficial e pouco precisa,a sua resposta.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1
– Identifica o que estes dois cenários têm em comum e o que os distingue segundo a perspetiva de um compatibilista 
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
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Soluções/Cenários de resposta
moralmente responsável por nada do que faz, tal como referido no texto “dado o determinismo não é verdade 
que eu possa escolher ou agir de modo diferente daquele que acabo por fazer”.
– Contudo, as emoções e os sentimentos morais (como a culpa ou a gratidão) que orientam grande parte dos 
nossos comportamentos quotidianos, implicam a imputação de responsabilidade e, consequentemente, o 
reconhecimento de uma vontade livre nos agentes morais, o que contrasta com a defesa do determinismo. 
– Assim, se quisermos aceitar que muitos dos nossos comportamentos não resultam de uma vontade livre de um 
agente moral e são simplesmente absurdos ou sem sentido, então somos racionalmente forçados a aceitar a 
tese determinista e, consequentemente, pomos em “risco a ideia de que somos responsáveis pelas nossas 
ações” tal como referido no texto.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Justifica, de forma clara e precisa, a sua resposta.– Mobiliza adequadamente elementos do texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2 – Justifica, de forma superficial e pouco precisa, a sua resposta.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1 adequadamente a sua resposta.– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
– O conceito de liberdade está intimamente ligado com a ideia de responsabilidade moral na medida em que 
assumir que somos livres de agir desta ou daquela maneira implica também assumirmos que somos moralmente 
origem em nós e na nossa vontade e deliberação.
– Posto isto, tal como refere a frase apresentada “ninguém merece ser castigado por falhar em algo que não possa 
fazer”.
– Concluindo, a liberdade carrega em si a responsabilidade e, por sua vez, a inexistência de liberdade carrega em 
si a ausência de responsabilidade.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Explica, de forma clara e precisa, a relação entre a liberdade e a responsabilidade.– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes. 22 24 25
2 – Explica, de forma superficial e pouco precisa, a relação entre a liberdade e a responsabilidade.– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes. 16 17 18
1
– Faz afirmações avulsas (mas corretas) sobre a relação entre a liberdade e a responsabilidade.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
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Soluções/Cenários de resposta
Grupo III
Clarificação do problema.
Argumentação a favor da posição defendida: 
Nota – Os aspetos constantes nos cenários de resposta apresentados são apenas ilustrativos, não esgotando o 
espetro de respostas adequadas possíveis. 
alternativas à nossa disposição, isto é, mesmo num mundo determinista faz sentido dizer que, por vezes, 
podíamos ter agido de outro modo, pois existem situações em que se tivéssemos escolhido fazer outra coisa, 
teríamos feito outra coisa (isto é, não teríamos sido impedidos por nada nem ninguém de o fazer). 
coagidos por nenhuma pessoa ou circunstância externa, sendo a liberdade vista nesta perspetiva como “ausência 
de coação ou constrangimento”.
efeito de coação, ameaça ou constrangimento, esta pode ser considerada livre, pois, num certo sentido, o 
agente podia ter escolhido fazer uma coisa diferente da que fez.
– Por outro lado, quando uma ação advém de causas externas ao agente (coação, ameaça, constrangimento) e, 
portanto, o agente faz uma coisa não podendo ter feito outra, a sua ação não é livre.
– Um dos argumentos incompatibilistas mais conhecidos é o chamado “argumento da consequência" que se pode 
resumir da seguinte forma: “Se o determinismo é verdadeiro, então não temos possibilidades alternativas. Se 
– Este argumento é válido, pois corresponde a um silogismo hipotético, o que significa que se aceitarmos as suas 
premissas somos racionalmente forçados a aceitar a sua conclusão.
– Os incompatibilistas tentam mostrar que, se entendermos o determinismo como a tese de que o passado e as 
leis da natureza determinam em cada instante um único futuro possível, então, visto que não controlamos o 
não temos genuinamente possibilidades alternativas. 
nossas ações são a consequência de coisas que não controlamos, também estas escapam ao nosso controlo.
– Além disso, os incompatibilistas podem apelar à intuição de que se uma pessoa não podia ter agido de outro 
do seu argumento.
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Soluções/Cenários de resposta
A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros 
seguintes.
A – Problematização ............................................................................................................................... 6 pontos 
B – Argumentação a favor de uma posição pessoal ............................................................................. 12 pontos 
C – Adequação conceptual e teórica ...................................................................................................... 8 pontos 
D – Comunicação .................................................................................................................................... 4 pontos
Parâmetros Níveis Descritores de desempenho Pontuação 
A 
Problematização
3 Identifica e esclarece adequadamente o problema filosófico a que o texto responde. 6
2 com imprecisões ou de modo implícito. 4
1
Identifica o problema filosófico a que o texto responde, mas sem o esclarecer. 
OU
Esclarece o problema filosófico a que o texto responde com imprecisões ou de modo implícito, mas 
sem o identificar.
2
B 
Argumentação 
a favor de uma 
posição pessoal
3
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um bom domínio das competências argumentativas, articulando adequadamente e com 
autonomia os argumentos, ou as razões ou os exemplos apresentados. 
Apresenta com clareza e correção argumentos persuasivos, razões ponderosas ou exemplos 
adequados e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida. 
12
2
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um domínio satisfatório das competências argumentativas, elencando argumentos, ou 
razões ou exemplos.
Apresenta com imprecisões argumentos persuasivos, ou razões ponderosas ou exemplos adequados 
e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida.
8
1
Apresenta a posição defendida, ainda que de modo implícito. 
Evidencia uma intenção argumentativa, mas os argumentos ou as razões apresentados a favor da 
perspetiva defendida, ou contra a perspetiva rival da defendida, são fracos ou claramente falaciosos, 
ou os exemplos selecionados são inadequados.
4
C 
Adequação 
conceptual e 
teórica
3
Aplica rigorosa e coerentemente os conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em causa, mostrando 
compreensão sistemática dessa(s) perspetiva(s). 
8
2
Aplica com imprecisões pontuais, mas de modo globalmente adequado, os conceitos relevantes para 
a discussão do problema da compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões pontuais (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do 
problemaem causa, mostrando compreensão dos aspetos centrais dessa(s) perspetiva(s).
5
1
Aplica escassamente e com imprecisões conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em 
causa, mostrando uma compreensão rudimentar dessa(s) perspetiva(s).
2
D 
Comunicação
3 Apresenta um discurso estruturado e fluente. Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 4
2
Apresenta um discurso razoavelmente estruturado. 
Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 
OU
Apresenta um discurso estruturado e fluente. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que não afetam a inteligibilidade 
do discurso. 
3
1
Apresenta um discurso pouco estruturado. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que afetam parcialmente a 
inteligibilidade do discurso.
1
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Soluções/Cenários de resposta
A dimensão pessoal e social da ética
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (C) 7
2 (B) 7
3 (B) 7
4 (D) 7
5 (C) 7
6 (A) 7
7 (C) 7
8 (A) 7
(C) 7
10 (D) 7
Grupo II
normas sociais acordadas pelos membros de uma dada sociedade.
cultura a que se pertence); 
deixaríamos de poder afirmar que há sociedades ou culturas moralmente melhores do que outras. Para o 
relativista esta defesa parece promover a tolerância relativamente a diferentes formas de organização social. 
Contudo, isso implicaria que teríamos de tolerar culturas com pressupostos morais condenáveis, como a 
escravatura referida no texto, entre outros.
à igualdade de género, à discriminação racial, aos direitos das crianças, etc. Contudo, a aceitar o relativismo 
como verdadeiro, não poderíamos dizer que houve uma melhoria face a épocas anteriores ou que isto constitui 
um progresso civilizacional, porque as noções de certo e errado são sempre relativas a cada padrão cultural. 
Logo, o relativismo é falso.
aprovadas nas culturas em que ocorreram em nome nos pressupostos do relativismo e o facto de terem deixado 
de ser praticadas não pode ser visto com um progresso, mas sim como uma escolha de uma cultura numa dada 
época da história.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Justifica a sua resposta de forma clara e precisa. 
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2 – Justifica a sua resposta de forma superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1 a sua resposta.– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
Universal dos Direitos Humanos.
independentes da avaliação de um qualquer indivíduo ou cultura, mas dependentes de certos padrões neutros 
de avaliação.
qualquer prática, podendo ser aplicados a todos os indivíduos racionais independentemente dos seus gostos ou 
interesses.
inalienável e absoluto de direitos iguais para todos e não por pertencerem a um determinado grupo cultural.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Responde corretamente à questão.
– Justifica a sua resposta de forma clara e precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Responde corretamente à questão.
– Justifica a sua resposta de forma superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1 – Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
ação do meu colega foi imprudente”.
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Soluções/Cenários de resposta
Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Pontuação 
3 – Justifica, de forma clara e precisa, essa identificação. 
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
25
2 – Justifica, de forma superficial e pouco precisa, essa identificação. 
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
18
1
– Apresenta conteúdos irrelevantes ou incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
OU 11
tratou de um ato heroico, caso aprovasse a ação do surfista. Mas também poderia considerar que o ato em 
causa não foi heroico, por não aprovar a ação do surfista.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 surfista.– Justifica a sua resposta de forma clara e precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2 surfista.– Justifica a sua resposta de forma superficial e pouco precisa.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
16 17 18
1 adequadamente a sua resposta.– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
Grupo III
que perspetiva depende a sua verdade ou falsidade?
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Soluções/Cenários de resposta
morais são crenças estamos a perguntar se estes correspondem a estados mentais acerca dos quais faz sentido 
sempre relativa a um determinado ponto de vista, estamos a perguntar se existem verdades morais absolutas, 
ou se no que diz respeito à moralidade os únicos factos que temos são as preferências pessoais de cada um ou 
as convenções sociais adotadas por cada sociedade.
a forma como nos posicionamos perante as ações dos outros e perante as diversas culturas. Se acharmos que 
independentemente do nosso posicionamento pessoal em relação às mesmas. Mas se acharmos que existem 
 Concordar com a perspetiva referida no texto e defender o relativismo cultural.
 Culturas diferentes têm códigos morais diferentes.
adotado pelos seus respetivos membros.
Ora, uma vez que as noções de “certo” e “errado” são sempre relativas a cada cultura, a nossa opinião acerca da 
igualdade de oportunidades será um reflexo daquilo que a nossa sociedade aprova ou reprova.
– O aluno pode ainda:
aquilo que é socialmente aprovado. 
estranhas, pois, de acordo com esta perspetiva, propriedades morais, como a correção ou incorreção, são 
 
diversas sociedades.
indivíduo e, por conseguinte, a sua verdade ou falsidade não é independente de qualquer perspetiva, mas, pelo 
contrário, é sempre relativa à perspetiva de cada um. 
– O aluno pode argumentar a favor desta perspetiva com base no seguinte argumento:
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Soluções/Cenários de resposta
pudéssemos apelar, então tais desacordos não teriam lugar.
perspetiva acerca da igualdade de oportunidades será um reflexo dessas preferências.
– O aluno pode ainda:
estranhas, pois, de acordo com esta perspetiva, propriedades morais, como a correção ou incorreção, são 
que se encontra no seu interior.
 – Atacar o relativismo fazendo ver que este conduz ao conformismo. De acordo com o relativismo, uma prática 
é correta (ou incorreta) segundo os códigos morais de cada cultura. Assim, alguém que afirmasse “A maioria 
das pessoas aprova o racismo, mas eu acho que o racismo é errado” estaria a cair em contradição. Ora, isso 
parece conduzir a uma certa passividade perante os valores de uma cultura.
e de convenções, tem as melhores razões do seu lado. 
– O aluno pode argumentar a favor desta perspetiva com base no seguinte argumento:
oportunidades).
verdadeiros.
– O aluno pode ainda:
perspetiva precisamente por considerarmos que a perspetiva que defendíamos era falsa, por isso, podemos 
 – Atacar o relativismo fazendo ver que este implica implausivelmente que não existeprogresso moral das 
sociedades, porque de acordo com o relativismo não existe um padrão neutro do que é certo ou errado que 
nos permita comparar as diferentes sociedades e verificar quais estão mais próximas e quais estão mais 
distantes desse ideal. Mas nesse caso, não poderíamos dizer, por exemplo, que o estatuto social da mulher na 
absurdo. Logo, o relativismo cultural é falso.
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Soluções/Cenários de resposta
A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros 
seguintes.
A – Problematização ............................................................................................................................... 6 pontos 
B – Argumentação a favor de uma posição pessoal ............................................................................. 12 pontos 
C – Adequação conceptual e teórica ...................................................................................................... 8 pontos 
D – Comunicação .................................................................................................................................... 4 pontos
Parâmetros Níveis Descritores de desempenho Pontuação 
A 
Problematização
3 Identifica e esclarece adequadamente o problema filosófico a que o texto responde. 6
2 modo implícito. 4
1
Identifica o problema filosófico a que o texto responde, mas sem o esclarecer. 
OU
Esclarece o problema filosófico a que o texto responde com imprecisões ou de modo implícito, mas 
sem o identificar.
2
B 
Argumentação 
a favor de uma 
posição pessoal
3
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um bom domínio das competências argumentativas, articulando adequadamente e com 
autonomia os argumentos, ou as razões ou os exemplos apresentados. 
Apresenta com clareza e correção argumentos persuasivos, razões ponderosas ou exemplos 
adequados e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida. 
12
2
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um domínio satisfatório das competências argumentativas, elencando argumentos, ou 
razões ou exemplos.
Apresenta com imprecisões argumentos persuasivos, ou razões ponderosas ou exemplos adequados 
e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida.
8
1
Apresenta a posição defendida, ainda que de modo implícito. 
Evidencia uma intenção argumentativa, mas os argumentos ou as razões apresentados a favor da 
perspetiva defendida, ou contra a perspetiva rival da defendida, são fracos ou claramente falaciosos, 
ou os exemplos selecionados são inadequados.
4
C 
Adequação 
conceptual e 
teórica
3
Aplica rigorosa e coerentemente os conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em causa, mostrando 
compreensão sistemática dessa(s) perspetiva(s). 
8
2
Aplica com imprecisões pontuais, mas de modo globalmente adequado, os conceitos relevantes para 
a discussão do problema da compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões pontuais (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do 
problema em causa, mostrando compreensão dos aspetos centrais dessa(s) perspetiva(s).
5
1
Aplica escassamente e com imprecisões conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em 
causa, mostrando uma compreensão rudimentar dessa(s) perspetiva(s).
2
D 
Comunicação
3 Apresenta um discurso estruturado e fluente. Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 4
2
Apresenta um discurso razoavelmente estruturado. 
Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 
OU
Apresenta um discurso estruturado e fluente. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que não afetam a inteligibilidade 
do discurso. 
3
1
Apresenta um discurso pouco estruturado. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que afetam parcialmente a 
inteligibilidade do discurso.
1
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Soluções/Cenários de resposta
A necessidade de fundamentação da moral – análise comparativa de duas perspetivas filosóficas
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (A) 7
2 (D) 7
3 (C) 7
4 (B) 7
5 (B) 7
6 (D) 7
7 (A) 7
8 (B) 7
(C) 7
10 (D) 7
Grupo II
– Kant ao considerar que para agir moralmente temos de nos abstrair de todas as nossas inclinações sensíveis e 
agir segundo um imperativo ditado pela razão, parece esvaziar a moralidade de algumas emoções que lhe estão 
frequentemente associadas, como a compaixão, a simpatia, a piedade e o remorso, tal como referido no texto.
louvor, mas para Kant não tem valor moral.
– Assim, se na ética kantiana não podemos deixar espaço para o papel das emoções na moralidade, então temos 
de reconhecer que isso é uma limitação desta teoria.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes. 22 24 25
2 – Apresenta a resposta com falhas na seleção e na estruturação dos conteúdos relevantes. 16 17 18
1
– Faz afirmações avulsas (mas corretas) sobre o papel das emoções na ética kantiana.
– Apresenta conteúdos irrelevantes e incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
– Perante a situação descrita, um utilitarista, à luz do princípio da maior felicidade, iria optar pela situação que 
maximizasse imparcialmente a felicidade geral e minimizasse a dor.
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Soluções/Cenários de resposta
vítimas.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Identifica corretamente a solução que está de acordo com a ética de Mill. 
– Justifica, de forma clara e precisa, essa identificação. 
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Identifica corretamente a solução que está de acordo com a ética de Mill. 
– Justifica, de forma superficial e pouco precisa, essa identificação. 
– Apresenta a resposta com falhas na seleção e na estruturação dos conteúdos relevantes. 
16 17 18
1 identificação. – Apresenta conteúdos irrelevantes ou incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
– Kant considera que a regra de dizer a verdade é um dever absoluto e incondicional (um imperativo categórico), 
maior total de felicidade, então será uma ação moralmente correta.
uma máxima que prescreve o engano não pode sequer ser concebida como uma lei universal, visto que para ser 
consequências.
independentemente de isto poder ser visto como uma mentira menos má, o que conta é o ato em si – mentir –, 
e mentir será sempre em qualquer circunstância uma proibição moral absoluta.
melhores consequências e uma maior felicidade geral para todos os envolvidos.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3
– Compara corretamente as respostas de Kant e Mill acerca das “mentirinhas inocentes”.
– Justifica, de forma clara e precisa, as posições dos dois autores.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2
– Compara corretamente as respostas de Kant e Mill acerca das “mentirinhas inocentes”.
– Justifica, de forma superficial e pouco precisa, as posições dos dois autores.
– Apresenta a resposta com falhas na seleção e na estruturação dos conteúdos relevantes. 
16 17 18
1
– Compara superficialmente as respostas de Kant e Mill acerca das “mentirinhas inocentes”.
– Apresenta conteúdos irrelevantes ouincorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
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Soluções/Cenários de resposta
inferiores), tal como é referido no texto “aqueles que estão igualmente familiarizados com ambos”.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 – Justifica, com clareza e precisão, mobilizando o texto.
– Estrutura adequadamente os conteúdos relevantes.
22 24 25
2 – Justifica, parcialmente ou com imprecisões, mobilizando o texto.
– Apresenta a resposta com falhas na seleção e na estruturação dos conteúdos relevantes. 
16 17 18
1 – Apresenta conteúdos irrelevantes ou incorretos, mas que não contradizem os conteúdos relevantes e corretos 
apresentados.
10 11
Grupo III
Este problema pode ser formulado nos seguintes termos: “O que é que torna uma ação moralmente certa ou 
errada?”. Para podermos decidir se uma ação é, ou não, melhor do que outra, temos, antes de mais, de saber o 
tem, valor intrínseco. Uma coisa tem valor intrínseco quando tem valor por si mesma. Pelo contrário, uma coisa 
tem um valor meramente instrumental quando tem valor apenas como um meio para outra coisa. Assim, o 
problema do critério ético da moralidade de uma ação também envolve a seguinte questão: “O que é que tem 
valor intrínseco?”. Só depois de respondermos a estas duas perguntas é que poderemos decidir se o fim último 
da moralidade é a procura da felicidade e se as nossas ações devem promover tanto quanto possível a felicidade.
 Concordar com as afirmações apresentadas, adotando a ética utilitarista de John Stuart Mill.
– Segundo o utilitarismo, a única coisa que tem valor intrínseco é a felicidade e, de acordo com o princípio ético 
fundamental do utilitarismo, o princípio da maior felicidade, uma ação é correta se, e só se, é a alternativa 
disponível que mais promove a felicidade. 
– O aluno que faça esta opção, pode defender a teoria moral de Mill face à ética kantiana, alegando que esta 
moralidade;
número ainda maior de violações da mesma, o que supostamente, será algo ainda pior;
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Soluções/Cenários de resposta
 Discordar das afirmações apresentadas, adotando a ética deontológica de Immanuel Kant.
– De acordo com Kant, a felicidade não tem valor intrínseco, pois para este autor a felicidade só tem valor se for 
merecida, isto é, se estiver associada a uma boa vontade. Para Kant, a única coisa que tem valor intrínseco é a 
boa vontade e a boa vontade é aquela que segue o princípio ético fundamental da ética kantiana, o Imperativo 
Categórico. De acordo com o Imperativo Categórico, uma ação é moralmente correta se, e só se, podemos 
ou, de acordo com outra formulação do mesmo princípio, se trata a humanidade como um fim em si e não 
apenas como um meio (fórmula da humanidade). 
– O aluno que faça esta opção, pode defender a teoria moral de Kant face ao utilitarismo de Mill, alegando que 
aprazíveis;
permissível fazer menos do que maximizar a felicidade geral;
maior felicidade.
A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros 
seguintes.
A – Problematização ............................................................................................................................... 6 pontos 
B – Argumentação a favor de uma posição pessoal ............................................................................. 12 pontos 
C – Adequação conceptual e teórica ...................................................................................................... 8 pontos 
D – Comunicação .................................................................................................................................... 4 pontos
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Soluções/Cenários de resposta
Parâmetros Níveis Descritores de desempenho Pontuação 
A 
Problematização
3 Identifica e esclarece adequadamente o problema filosófico a que o texto responde. 6
2 com imprecisões ou de modo implícito. 4
1
Identifica o problema filosófico a que o texto responde, mas sem o esclarecer. 
OU
Esclarece o problema filosófico a que o texto responde com imprecisões ou de modo implícito, mas 
sem o identificar.
2
B 
Argumentação 
a favor de uma 
posição pessoal
3
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um bom domínio das competências argumentativas, articulando adequadamente e com 
autonomia os argumentos, ou as razões ou os exemplos apresentados. 
Apresenta com clareza e correção argumentos persuasivos, razões ponderosas ou exemplos 
adequados e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida. 
12
2
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um domínio satisfatório das competências argumentativas, elencando argumentos, ou 
razões ou exemplos.
Apresenta com imprecisões argumentos persuasivos, ou razões ponderosas ou exemplos adequados 
e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida.
8
1
Apresenta a posição defendida, ainda que de modo implícito. 
Evidencia uma intenção argumentativa, mas os argumentos ou as razões apresentados a favor da 
perspetiva defendida, ou contra a perspetiva rival da defendida, são fracos ou claramente falaciosos, 
ou os exemplos selecionados são inadequados.
4
C 
Adequação 
conceptual e 
teórica
3
Aplica rigorosa e coerentemente os conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em causa, mostrando 
compreensão sistemática dessa(s) perspetiva(s). 
8
2
Aplica com imprecisões pontuais, mas de modo globalmente adequado, os conceitos relevantes para 
a discussão do problema da compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões pontuais (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do 
problema em causa, mostrando compreensão dos aspetos centrais dessa(s) perspetiva(s).
5
1
Aplica escassamente e com imprecisões conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em 
causa, mostrando uma compreensão rudimentar dessa(s) perspetiva(s).
2
D 
Comunicação
3 Apresenta um discurso estruturado e fluente. Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 4
2
Apresenta um discurso razoavelmente estruturado. 
Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 
OU
Apresenta um discurso estruturado e fluente. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que não afetam a inteligibilidade 
do discurso. 
3
1
Apresenta um discurso pouco estruturado. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que afetam parcialmente a 
inteligibilidade do discurso.
1
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Soluções/Cenários de resposta
O problema da justiça social
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
 Grupo I
Item Versão única Pontuação 
1 (C) 7
2 (A) 7
3 (D) 7
4 (B) 7
5 (A) 7
6 (D) 7
7 (B) 7
8 (B) 7
(D) 7
10 (C) 7
Grupo II
– Segundo este princípio a sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, exceto se a existência de 
desigualdades económicas e sociais gerar o maior benefício para todos, em especial para os menos favorecidos.
menos favorecidos, merecem diferentes recompensas financeiras.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 22 24 25
2 16 17 18
1
apresentados. 
10 11
constante e inaceitável do Estado na propriedade privada legitimamente adquirida por cada um de nós.
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Soluções/Cenários de resposta
consistentemente o princípio da liberdade e o princípioda diferença, pois qualquer conceção padronizada que 
delimite até que ponto deve ir a desigualdade económica implica claramente uma violação da liberdade 
individual e dos direitos de propriedade de cada um. Tal como refere o texto, “por muito apelativo que possa ser 
que é moralmente errado”.
posses individuais e limitar aquilo que as pessoas podem adquirir e o que podem fazer com aquilo que adquirem 
é exatamente o que defende o princípio da diferença.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 22 24 25
2 16 17 18
1 essa identificação.
apresentados. 
10 11
individuais, desincorporados, que vivem à margem de quaisquer laços comunitários, capazes de escolher o que 
tem ou não tem valor. 
a qual somos seres incorporados e inseridos numa comunidade, com a qual estabelecemos certos laços, que 
acarretam certas obrigações morais sobre as quais não temos qualquer tipo de escolha.
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 22 24 25
2 16 17 18
1
apresentados. 
10 11
como este se encontra distribuído.
utilitarismo iria procurar estabelecer a sociedade mais próspera possível, isto é, aquela com uma maior total de 
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Soluções/Cenários de resposta
riqueza, independentemente da forma como ela se encontra distribuída.
– Desta forma, numa posição original, a coberto de um véu de ignorância, tal como referenciado no texto, não 
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
1 2 3
3 22 24 25
2 16 17 18
1
apresentados. 
10 11
Grupo III
OU
seguintes princípios:
 1. Princípio da igualdade de liberdades: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa, 
compatível com uma liberdade igual para todos os outros. 
posições acessíveis a todos em condições de igualdade de oportunidades. 
 2b. Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, exceto se a existência de 
desigualdades económicas e sociais gerar o maior benefício para todos, em especial para os menos 
favorecidos. 
forem). 
pela lotaria social, isto é, pelo facto de nascerem numa família rica ou pobre e, portanto, os efeitos negativos 
dessa lotaria devem ser minimizados. 
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Soluções/Cenários de resposta
minimizados.
diferença, implica uma interferência constante e inaceitável do Estado na propriedade privada legitimamente 
adquirida por cada um de nós.
e simultaneamente o princípio da liberdade e o princípio da diferença.
 – Proporcionar liberdade às pessoas implica que não se pode impor restrições às posses individuais de 
propriedade. Mas limitar aquilo que as pessoas podem adquirir e o que podem fazer com isso, tal como 
defendido no princípio da diferença, é uma forma de restringir a liberdade individual. 
 – Assim, um respeito apropriado pela liberdade implica que se elimine o princípio da diferença ou uma qualquer 
cada um gere como bem entende as suas legítimas aquisições.
profundamente errada de pessoa. 
de relações e interações sociais pelo facto de fazerem parte de uma comunidade.
 – Ao contrário do que é pressuposto no argumento da posição original, não são seres individuais, desincorporados, 
que vivem à margem de quaisquer laços comunitários, mas sim seres incorporados e inseridos numa 
comunidade.
(pois, as partes na posição original só se preocupam individualmente em garantir que não ficarão na pior 
situação possível). 
 – Dessa forma, as deliberações e as decisões realizadas a coberto do «véu de ignorância» na posição original são 
totalmente desenraizados e desligados de qualquer laço social, interessados no seu próprio bem e sem se 
guiarem por qualquer noção de bem comum ou sequer de vida boa.
opinião, também as liberdades individuais devem ser interpretadas em função de uma determinada conceção 
de bem comum. 
 – Concluindo, para Sandel, deve haver uma prioridade do bem comum sobre o indivíduo e só em comunidade 
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Soluções/Cenários de resposta
A classificação final da resposta resulta da soma das pontuações atribuídas em cada um dos parâmetros 
seguintes.
A – Problematização ............................................................................................................................... 6 pontos 
B – Argumentação a favor de uma posição pessoal ............................................................................. 12 pontos 
C – Adequação conceptual e teórica ...................................................................................................... 8 pontos 
D – Comunicação .................................................................................................................................... 4 pontos
Parâmetros Níveis Descritores de desempenho Pontuação 
A 
Problematização
3 Identifica e esclarece adequadamente o problema filosófico a que o texto responde. 6
2 modo implícito. 4
1
Identifica o problema filosófico a que o texto responde, mas sem o esclarecer. 
OU
Esclarece o problema filosófico a que o texto responde com imprecisões ou de modo implícito, mas 
sem o identificar.
2
B 
Argumentação 
a favor de uma 
posição pessoal
3
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um bom domínio das competências argumentativas, articulando adequadamente e com 
autonomia os argumentos, ou as razões ou os exemplos apresentados. 
Apresenta com clareza e correção argumentos persuasivos, razões ponderosas ou exemplos 
adequados e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida. 
12
2
Apresenta inequivocamente a posição defendida. 
Evidencia um domínio satisfatório das competências argumentativas, elencando argumentos, ou 
razões ou exemplos.
Apresenta com imprecisões argumentos persuasivos, ou razões ponderosas ou exemplos adequados 
e plausíveis a favor da posição defendida ou contra a posição rival da defendida.
8
1
Apresenta a posição defendida, ainda que de modo implícito. 
Evidencia uma intenção argumentativa, mas os argumentos ou as razões apresentados a favor da 
perspetiva defendida, ou contra a perspetiva rival da defendida, são fracos ou claramente falaciosos, 
ou os exemplos selecionados são inadequados.
4
C 
Adequação 
conceptual e 
teórica
3
Aplica rigorosa e coerentemente os conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em causa, mostrando 
compreensão sistemática dessa(s) perspetiva(s). 
8
2
Aplica com imprecisões pontuais, mas de modo globalmente adequado, os conceitos relevantes para 
a discussão do problema da compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões pontuais (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do 
problema em causa, mostrando compreensão dos aspetos centrais dessa(s) perspetiva(s).
5
1
Aplica escassamente e com imprecisões conceitos relevantes para a discussão do problema da 
compatibilidade. 
Mobiliza com imprecisões (uma) perspetiva(s) teórica(s) adequada(s) à discussão do problema em 
causa, mostrando uma compreensão rudimentar dessa(s) perspetiva(s).
2
D 
Comunicação
3 Apresenta um discurso estruturado e fluente. Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 4
2
Apresenta um discurso razoavelmente estruturado. 
Escreve com sintaxe, ortografia e pontuação globalmente corretas. 
OU
Apresenta um discurso estruturado e fluente. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou de pontuação que não afetam a inteligibilidade 
do discurso. 
3
1
Apresenta um discurso pouco estruturado. 
Escreve com incorreções sintáticas, ortográficas ou depontuação que afetam parcialmente a 
inteligibilidade do discurso.
1
Disponível em formato editável em 
© Como pensar tudo isto? 
Questões e Soluções/
Cenários de resposta
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto? 225
Itens de seleção
 Qual das seguintes questões corresponde a um problema filosófico?
(A) O quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos?
(B) Como surgiu a vida no planeta Terra?
(C) O que torna uma ação certa ou errada?
(D) O aborto é legal em Portugal?
 “A existência de Deus é incompatível com a existência de mal no mundo” e “A existência de mal no 
mundo é incompatível com a existência de Deus” correspondem a…
(A) duas frases diferentes, mas uma e a mesma proposição.
(B) duas proposições diferentes, mas uma e a mesma frase.
(C) duas frases e duas proposições diferentes.
(D) uma e a mesma frase e uma e a mesma proposição.
Qual destas frases corresponde a um problema filosófico?
(A) O que é a justiça?
(B) Os animais sentem dor?
(C) Como surgiu a vida na Terra?
(D) O aborto é legalmente permitido em Portugal?
 
Algo é um cão se, e só se, é um mamífero carnívoro.
Algo é um quadrado se, e só se, é uma figura geométrica com os lados todos iguais.
(A) 1 e 2 são demasiado restritas.
(B) 1 e 2 são demasiado latas.
(C) 1 é demasiado lata e 2 é demasiado restrita.
(D) 1 é demasiado restrita e 2 é demasiado lata.
A negação de “Nem todos os atos são egoístas” é…
(A) Alguns atos são egoístas.
(B) Alguns atos não são egoístas.
(C) Todos os atos são egoístas.
(D) Nenhum ato é egoísta.
226 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
(A) tem de ser sólido.
(B) tem premissas verdadeiras.
(C) pode não ser sólido.
(D) não pode ser sólido.
Se duas proposições são inconsistentes entre si, então…
(A) são ambas verdadeiras.
(B) são ambas falsas.
(C) não podem ser ambas verdadeiras.
(D) não podem ser ambas falsas.
(A) a sua conclusão não pode ser falsa.
(B) a sua conclusão não pode ser falsa, caso as suas premissas sejam verdadeiras.
(C) as suas premissas não podem ser falsas, caso a sua conclusão seja verdadeira.
(D) as suas premissas não podem ser falsas.
Um argumento é sólido se, e só se, …
(A) as suas premissas são verdadeiras.
(B) a sua forma lógica é válida.
(C) a sua forma lógica é válida e a sua conclusão é verdadeira.
(D) a sua forma lógica é válida e as suas premissas são verdadeiras.
 Se Deus existe, então não há mal no mundo.
(2) Deus existe.
(3) Logo, não há mal no mundo. 
 Se Deus existe, então não há mal no mundo.
(2) Existe mal no mundo.
(3) Logo, Deus não existe.
(A) São ambos válidos.
(B) São ambos inválidos.
(C) Apenas o Argumento 1 é válido.
(D) Apenas o Argumento 2 é válido.
227© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Itens de resposta restrita
“Suponhamos que, a caminho de dar uma aula, me apercebo que uma criança caiu [num lago] 
e está em risco de se afogar. Alguém duvida que eu devia entrar no lago e tirar de lá a criança? 
Isso implicaria ficar com a roupa cheia de lama e cancelar a aula ou atrasá-la até encontrar um 
meio de mudar de roupa; no entanto, em comparação com a morte evitável da criança, isso é 
insignificante. Um princípio plausível que apoiaria o juízo de que devo tirar a criança do lago é o 
seguinte: se estiver nas nossas mãos evitar que aconteça um grande mal, sem com isso 
sacrificarmos nada de importância moral comparável, devemos fazê-lo. O aspeto incontroverso 
deste princípio é enganador. Se fosse levado a sério e orientasse as nossas ações, a nossa vida 
e o nosso mundo sofreriam uma transformação radical. Porque o princípio aplica-se não apenas 
às raras situações em que alguém pode salvar uma criança de morrer afogada num lago, mas 
também à situação quotidiana em que podemos ajudar quem vive na pobreza absoluta. Ao 
dizer isto, parto do princípio de que a pobreza absoluta, com fome, subnutrição, falta de abrigo, 
analfabetismo, doença, mortalidade infantil elevada e curta esperança de vida, é uma coisa má. 
E parto do princípio de que está ao alcance dos ricos minorar a pobreza absoluta sem sacrificar 
nada de importância moral comparável. Se estes dois pressupostos e o princípio que discutimos 
estão corretos, temos a obrigação de ajudar quem vive na pobreza absoluta, obrigação que não 
é menor do que a nossa obrigação de salvar uma criança de se afogar num lago. Não ajudar 
seria um mal, seja ou não intrinsecamente equivalente a matar. Ajudar não é, como se pensa 
habitualmente, um ato de caridade digno de elogio, mas que não é um mal omitir; é algo que 
todos deviam fazer.”
Peter Singer. (2002). Ética Prática. Lisboa: Gradiva, pp. 251-252 (adaptado)
Qual é o problema que está a ser discutido neste texto e por que razão é um problema filosófico?
Em que disciplina da filosofia se enquadra o problema que está a ser discutido neste texto?
Qual é o principal argumento apresentado no texto a favor da tese defendida?
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto? 229
Questões – Lógica formal
Itens de seleção
A proposição “Ontem fui à praia e ao cinema” é verdadeira se, e só se, …
(A) é verdade que “Ontem fui à praia” e é verdade que “Ontem fui ao cinema”.
(B) é verdade que “Ontem fui à praia” ou é verdade que “Ontem fui ao cinema”.
(C) é verdade que “Ontem fui à praia”, embora não seja verdade que “Ontem fui ao cinema”.
(D) é verdade que “Se ontem fui à praia, então fui ao cinema”.
 A proposição “Ontem comi carne ou peixe” é falsa se, e só se, …
(A) é verdade que “Ontem comi carne” e é verdade que “Ontem comi peixe”.
(B) é verdade que “Ontem comi carne”, embora não seja verdade que “Ontem comi peixe”.
(C) não é verdade que “Ontem comi carne”, embora seja verdade que “Ontem comi peixe”.
(D) não é verdade que “Ontem comi carne” e não é verdade que “Ontem comi peixe”.
Na fórmula proposicional ¬ (( P Q ) ( R S )), a conectiva com maior âmbito é…
(A) uma negação.
(B) uma condicional.
(C) uma disjunção.
(D) uma conjunção.
 
 (( P Q ) ( P ¬ Q ))
 ( ¬ ( P Q ) ( ¬ P ¬ Q ))
(A) 1 e 2 são tautologias.
(B) 1 e 2 são contradições.
(C) 1 é tautológica, mas 2 é contraditória.
(D) 2 é tautológica, mas 1 é contraditória.
 Considerando que P abrevia “A vida faz sentido”, Q abrevia “Há eternidade” e R abrevia “Deus existe”, 
a frase “A vida não faz sentido nem há eternidade caso Deus não exista” expressa uma proposição 
(A) (( ¬ P ¬ Q ) ¬ R )
(B) ( ¬ R ( ¬ P ¬ Q ))
(C) ( ¬ R ¬ ( P Q ))
(D) (( ¬ P ¬ Q ) ¬ R )
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Questões – Lógica formal
Se Q
(A) a condicional “( ¬ Q P )” tem de ser verdadeira.
(B) a condicional “( ¬ Q P )” tem de ser falsa.
(C) a condicional “( P ¬ Q )” tem de ser falsa.
(D) a condicional “( P ¬ Q )” tem de ser verdadeira.
 ( P ¬ Q ), ( ¬ Q ¬ R ) ∴ ( P ¬ R ) 
 ( P Q ), ¬ Q ∴ P 
(A) 1 e 2 são válidas.
(B) 1 e 2 são inválidas.
(C) 1 é válida e 2 é inválida.
(D) 1 é inválida e 2 é válida.
 A partir de “Se Deus existe, então não há mal no mundo” e de “Há mal no mundo”, por modus tollens, 
infere-se que…
(A) não há mal no mundo.
(B) há mal no mundo.
(C) Deus não existe.
(D) Deus existe.
 Afirmar que “Não é verdade que Deus existe e há mal no mundo” é o mesmo que afirmar que…
(A) Deus não existe ou não há mal no mundo.
(B) Deus existe ou há mal no mundo.
(C) se Deus não existe, então há mal no mundo.
(D) se Deus não existe, então não há mal no mundo.
 Afirmar que “Não é verdade que a guerra implica matar inocentes ou a guerra é sempre injusta” é o 
mesmo que afirmar que…
(A) a guerra não implica matar inocentes ou a guerra não é sempre injusta.
(B) a guerra implica matar inocentes e a guerra não é sempre injusta.
(C) a guerra não implica matar inocentes e a guerra é sempre injusta.
(D) a guerra não implica matar inocentes e a guerra não é sempre injusta.
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Questões – Lógica formal
Itens de resposta restrita
concluirmos que o João não cumpriu o seu compromisso?Porquê?
 Constrói a tabela de verdade para cada uma das seguintes fórmulas e verifica se elas são logicamente 
( P Q )
( ¬ Q P )
( ¬ P Q )
 Assumindo que a proposição "Se Deus não existe, a vida não faz sentido" é a única premissa de um 
argumento válido, qual poderá ser a conclusão desse argumento? Porquê?
 Se mentir é sempre errado, então não podemos mentir para salvar a vida de um amigo.
(2) .
(3) Logo, mentir não é sempre errado.
Será que se pode completar o argumento mediante a aplicação de uma das formas de inferência 
válida estudadas? Porquê?
 Será que podemos concluir que “Os nossos sentidos não são enganadores” a partir das premissas “Se 
os nossos sentidos não são enganadores, então temos conhecimento” e “Temos conhecimento”? 
Porquê?
232 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Questões – Lógica formal
Itens de resposta restrita
Lê o seguinte diálogo filosófico (inspirado no livro Eutífron
 – Quando dizes que é um bem acusar o teu próprio pai por causa de ele cometer 
homicídio, o que queres dizer por bem? Afinal, o que é o bem?
: – Pretendo apenas sustentar que o bem depende da vontade dos deuses.
 – Discordo da tua tese. Questionemos, então, o que dizes: será que o bem é desejado 
pelos deuses porque é objetivamente bem ou, pelo contrário, só se torna bem 
porque é desejado pelos deuses?
: – Podes explicitar melhor por que razão negas a minha tese?
 – Repara no seguinte, se o bem depende da vontade dos deuses, então alguma coisa 
é boa pelo motivo de os deuses a desejarem e o bem é algo arbitrário. Todavia, não 
é verdade que alguma coisa seja boa pelo motivo de os deuses a desejarem e que 
o bem seja algo arbitrário.
: – Dizes bem. Daí se segue a tua tese. Mas preciso de analisar melhor se esse é 
realmente um bom argumento.
Será o argumento de Sócrates válido? Justifica devidamente a tua resposta, realizando as seguintes 
– apresenta o argumento na representação canónica;
– formaliza o argumento (não te esqueças de apresentar o dicionário);
– testa a validade do argumento através de um inspetor de circunstâncias.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto? 233
Questões – Lógica informal
Itens de seleção
 Se aprovarmos a decisão do Estado de aplicar uma taxa de IVA mais elevada para as touradas do que 
para os restantes espetáculos e manifestações culturais, estaremos dispostos a admitir uma 
(A) petição de princípio.
(B) apelo à ignorância.
(C) ad populum.
(D) derrapagem.
(A) petição de princípio.
(B) falsa relação causal.
(C) falso dilema.
(D) apelo à ignorância.
 É evidente que o Universo é infinito, porque, se não fosse, já teríamos conseguido determinar o seu 
(A) falso dilema.
(B) falsa relação causal.
(C) apelo à ignorância
(D) petição de princípio.
 A lógica proposicional é uma teoria errada, pois sustenta que os argumentos válidos levam a 
(A) espantalho.
(B) falso dilema.
(C) falsa relação causal.
(D) petição de princípio.
234 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Questões – Lógica informal
(A) falso dilema.
(B) petição de princípio.
(C) falsa relação causal.
(D) apelo à ignorância.
(A) ad populum.
(B) ataque à pessoa.
(C) falso dilema.
(D) petição de princípio.
(A) falsa relação causal.
(B) petição de princípio.
(C) falso dilema.
(D) apelo à ignorância.
(A) derrapagem.
(B) petição de princípio.
(C) falsa relação causal.
(D) falso dilema.
(A) apelo ilegítimo à autoridade.
(B) falsa analogia.
(C) generalização precipitada.
(D) amostra não representativa.
 "A eutanásia ativa voluntária não deve ser legalizada porque, se legalizarmos a eutanásia ativa 
voluntária, os médicos passarão a ser vistos como agentes da morte, e a confiança dos pacientes no 
(A) falsa analogia.
(B) generalização precipitada.
(C) amostra não representativa.
(D) derrapagem.
235© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Questões – Lógica informal
Itens de resposta restrita
Qual é a diferença entre argumentos dedutivos e não-dedutivos?
Quais são os critérios de avaliação dos argumentos por analogia?
O argumento que se segue parece-te um bom argumento? Porquê?
Qual é a diferença entre uma falácia formal e uma falácia informal?
Todas as formas de clonagem são inaceitáveis. A aceitação da clonagem conduz à clonagem reprodutiva, 
que, por sua vez, conduz à eugenia*, a uma sociedade racista e a novas modalidades de escravatura. 
[*Nota: A eugenia corresponde à convicção de que é possível melhorar a espécie humana, quer a nível físico, quer a nível 
psicológico, através de métodos de seleção artificial e de controlo reprodutivo.]
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Questões – Lógica informal
Itens de resposta extensa
A filósofa norte-americana Judith Jarvis Thomson escreveu, em 1971, o artigo “Uma defesa do 
aborto”, onde propõe ao leitor a seguinte experiência mental: de manhã acorda e descobre que 
está numa cama adjacente à de um violinista inconsciente – um violinista famoso. Descobriu-se 
que ele sofre de uma doença renal fatal. A Sociedade dos Melómanos [dos apreciadores de 
música] descobriu que só o leitor possui o tipo de sangue apropriado para o ajudar. Por esta 
razão, os melómanos raptaram-no e, na noite passada, o sistema circulatório do violinista foi 
ligado ao seu, de modo a que os seus rins possam ser usados para purificar o sangue de ambos. 
O diretor do hospital diz-lhe agora: “Olhe, lamento que a Sociedade dos Melómanos lhe tenha 
feito isto. Mas eles puseram-no nesta situação e o violinista está ligado a si. Caso se desligue, 
matá-lo-á. Mas não se importe, porque isto dura apenas nove meses. Depois ele ficará curado 
e será seguro desligá-lo de si”. Embora salvar o violinista fosse um ato de grande generosidade, 
não teríamos a obrigação de fazer esse sacrifício. Contudo, tal como o violinista, o feto depende 
do corpo de outrem para se manter vivo. Ora, se não é errado desligarmo-nos do violinista, 
podemos concluir que também será permissível a mulher grávida “desligar-se” do feto, 
abortando.
– representa canonicamente o argumento não-dedutivo presente neste texto;
– indica o tipo de argumento não-dedutivo descrito no texto;
– avalia a força do argumento atendendo aos critérios de avaliação desse tipo de argumento.
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Questões – Determinismo e liberdade na ação humana
Itens de seleção
(A) tudo o que acontece é consequência necessária do passado e das leis da natureza.
(B) nem tudo o que acontece é consequência necessária do passado e das leis da natureza.
(C) algumas das coisas que acontecem são a consequência necessária do passado e das leis da natureza.
(D) nada do que acontece é consequência necessária do passado e das leis da natureza.
(A) tudo o que fazemos depende, em última análise, da nossa vontade.
(B) algumas das coisas que fazemos dependem, em última análise, da nossa vontade.
(C) nada do que fazemos depende, em última análise, da nossa vontade.
(D) nada está predeterminado.
O incompatibilismo caracteriza-se por defender que…
(A) tudo está determinado, por isso não temos livre-arbítrio.
(B) temos livre-arbítrio, por isso nem tudo está determinado.
(C) ainda que tudo esteja determinado, podemos ter livre-arbítrio.
(D) se tudo está determinado, então não temos livre-arbítrio.
O compatibilismo caracteriza-se por defender que…
(A) tudo está determinado, por isso não temos livre-arbítrio.
(B) temos livre-arbítrio, por isso nem tudo está determinado.
(C) ainda que tudo esteja determinado, podemos ter livre-arbítrio.
(D) se tudo está determinado, então não temos livre-arbítrio.
O libertismo caracteriza-se por defender que…
(A) tudo está determinado, por isso não temos livre-arbítrio.
(B) temos livre-arbítrio, por isso nem tudo está determinado.
(C) ainda que tudo esteja determinado, podemos ter livre-arbítrio.
(D) se tudo está determinado, então não temos livre-arbítrio.
O determinismo radical caracteriza-se por defender que…
(A) tudoestá determinado, por isso não temos livre-arbítrio.
(B) temos livre-arbítrio, por isso nem tudo está determinado.
(C) ainda que tudo esteja determinado, podemos ter livre-arbítrio.
(D) se tudo está determinado, então não temos livre-arbítrio.
238 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Questões – Determinismo e liberdade na ação humana
Qual das seguintes ideias não pode ser utilizada para defender adequadamente o incompatibilismo?
(A) Se tudo está determinado, então não temos livre-arbítrio.
(B) Se o determinismo é verdadeiro, então as nossas ações são a consequência necessária das leis da 
natureza e de eventos que ocorreram num passado remoto.
(C) Não controlamos as leis da natureza nem os eventos que ocorreram num passado remoto.
(D) Se não temos possibilidades alternativas, então não somos livres.
De acordo com o compatibilismo clássico, num mundo determinista…
(A) não temos possibilidades alternativas e, por conseguinte, não somos livres.
(B) somos livres, apesar de não termos possibilidades alternativas.
(C) temos possibilidades alternativas, mas não somos livres.
(D) temos possibilidades alternativas e, por conseguinte, somos livres.
 Se o determinismo é verdadeiro, então não temos possibilidades alternativas.
(2) Se não temos possibilidades alternativas, não temos livre-arbítrio.
(3) Logo, se o determinismo é verdadeiro, então não temos livre-arbítrio.
(A) Tanto os libertistas como os deterministas radicais aceitam o argumento, mas os deterministas 
moderados rejeitam-no.
(B) Tanto os deterministas radicais como os deterministas moderados aceitam o argumento, mas os 
libertistas rejeitam-no.
(C) Tanto os deterministas moderados como os libertistas aceitam o argumento, mas os deterministas 
radicais rejeitam-no.
(D) Tanto os libertistas como os deterministas radicais rejeitam o argumento, mas os deterministas 
moderados aceitam-no.
 Qual das seguintes afirmações não pode ser utilizada para se construir uma objeção ao determinismo 
radical?
(A) Todos os acontecimentos são uma consequência necessária do passado e das leis da natureza.
(B) A mecânica quântica é uma teoria física que parece apontar para a existência de acontecimentos 
indeterminados.
(C) O determinismo implica que nenhum de nós é moralmente responsável por aquilo que faz.
(D) Não somos capazes de viver sem pressupor o livre-arbítrio. 
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Questões – Determinismo e liberdade na ação humana
Itens de resposta restrita
 Qual das teorias estudadas em relação ao livre-arbítrio aceitaria o seguinte argumento e porquê?
Se o determinismo é verdadeiro, então não temos livre-arbítrio.
(2) Temos livre-arbítrio.
(3) Logo, o determinismo não é verdadeiro.
“Na mente não existe vontade absoluta ou livre; mas a mente é determinada a querer isto ou 
aquilo por uma causa que também é determinada por outra, e essa outra, por sua vez, por 
outra, e assim até ao infinito.
A experiência faz ver, portanto, tão claramente como a razão, que os homens se julgam livres 
apenas porque são conscientes das suas ações e ignorantes das causas pelas quais são 
determinados.”
Bento de Espinosa. (1992). Ética. Lisboa: Relógio D'Água, pp. 253-272 (adaptado)
Qual das teorias estudadas em relação ao livre-arbítrio está a ser posta em causa neste argumento? 
Porquê?
“O que se entende por liberdade quando esse termo é aplicado às ações voluntárias? Com 
certeza não estamos a querer dizer que as ações têm tão pouca conexão com certos motivos, 
inclinações e circunstâncias que não se sigam deles com um certo grau de uniformidade. Por 
liberdade, então, só nos é possível entender um poder de agir ou não agir, conforme as 
determinações da vontade; isto é, se escolhermos ficar parados, podemos ficar assim, e se 
escolhermos nos mover, também podemos fazê-lo. Ora essa liberdade hipotética é 
universalmente admitida como pertencente a todo aquele que não esteja preso e acorrentado.”
David Hume. (2002). Investigação sobre o Entendimento Humano. Lisboa: INCM, pp. 105-106 (texto com 
supressões)
Qual das perspetivas em relação ao problema do livre-arbítrio está a ser defendida no texto anterior? 
Porquê?
Quem formula esta afirmação pretende levantar uma objeção a que perspetiva filosófica? Porquê?
 Alguns filósofos alegam que o facto de termos responsabilidade moral nos permite criticar uma das 
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Questões – Determinismo e liberdade na ação humana
“Uma pedra recebe de uma causa exterior que a empurra uma certa quantidade de movimento, 
pela qual continuará necessariamente a mover-se depois da paragem da impulsão externa. [...] 
Imaginai agora, por favor, que a pedra, enquanto está em movimento, sabe e pensa que é ela 
que faz todo o esforço possível para continuar em movimento. Esta pedra, seguramente, […] 
acreditará ser livre e perseverar no seu movimento pela única razão de o desejar. Assim é esta 
liberdade humana que todos os homens se vangloriam de ter e que consiste somente nisto, que 
os homens são conscientes dos seus desejos e ignorantes das causas que os determinam.” 
Bento de Espinosa. (1954). “Lettre à Schuller”, in Oeuvres Complètes. Paris: Gallimard
Qual a perspetiva defendida pelo autor do texto? Porquê?
“É difícil não pensar que temos livre-arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer, a escolha 
parece inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser 
incapazes de abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua 
inexistência. E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre-arbítrio. Quanto mais 
aprendemos sobre as causas do comportamento humano, menos provável parece que 
escolhamos livremente as nossas ações.”
J. Rachels. (2009). Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, p. 182
Como explicam os deterministas radicais a “sensação interior de liberdade” referida no texto?
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Questões – Determinismo e liberdade na ação humana
Itens de resposta extensa
“Existem argumentos aparentemente irrefutáveis que demonstram que o livre-arbítrio é 
incompatível com o determinismo. Existem, além disso, argumentos aparentemente irrefutáveis 
que, caso sejam sólidos, demonstram que a existência de responsabilidade moral implica a 
existência de livre-arbítrio e, por conseguinte, se o livre-arbítrio não existir, a responsabilidade 
moral também não existe. É, contudo, evidente que a responsabilidade moral existe: se não 
existisse tal coisa como a responsabilidade moral, nada seria culpa de ninguém e é evidente 
que existem estados de coisas em relação aos quais podemos apontar o dedo e dizer, com 
justiça, a certas pessoas: isto é culpa tua.”
Van Inwagen. (2008). “How to think about the problem of free will”, The Journal of Ethics 12(3-4), pp. 327-341 
(adaptado)
Qual é a perspetiva defendida pelo autor do texto? Concordas com essa perspetiva? Porquê?
Na tua resposta deves:
– identificar o problema subjacente ao texto;
– identificar justificadamente a tese defendida pelo autor do texto;
– formular explicitamente a tua perspetiva pessoal em relação ao mesmo problema;
– formular argumentos a favor da tua perspetiva;
– formular objeções às perspetivas a que te opões.
“Mantenho a minha posição”, disse Lutero. “Não posso fazer outra coisa.” Lutero afirmou que 
não podia fazer outra coisa, que a sua consciência tornava impossível retratar-se. É claro que 
podia estar errado ou estar a exagerar deliberadamente a verdade. Mas mesmo que estivesse 
– e talvez especialmente se estivesse – a sua declaração testemunha o facto de que não 
isentamos simplesmente alguém da culpa ou do louvor por um ato por pensarmos que não 
podia ter feito outra coisa. O que quer que seja que Lutero estava a fazer, não estava a tentar 
fugir à responsabilidade.”
Daniel Dennett. (1984). Elbow Room: The Varieties of Free Will. Cambridge: MIT Press, p. 133
Concordas com a perspetiva defendida peloautor do texto? Porquê?
Na tua resposta deves:
– identificar o problema subjacente ao texto;
– identificar justificadamente a tese defendida pelo autor do texto;
– formular explicitamente a sua perspetiva pessoal em relação ao mesmo problema;
– formular argumentos a favor da sua perspetiva;
– formular objeção(ões) à(s) perspetiva(s) a que se opõe.
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Itens de seleção
a) O João tem 9 anos.
b) O João é corajoso.
c) Alguns estados norte-americanos aboliram a pena de morte.
d) A pena de morte devia ser abolida.
(A) As alíneas a) e b) correspondem a juízos de facto e as alíneas c) e d) correspondem a juízos de valor.
(B) As alíneas a) e c) correspondem a juízos de facto e as alíneas b) e d) correspondem a juízos de valor.
(C) As alíneas b) e c) correspondem a juízos de facto e as alíneas a) e d) correspondem a juízos de valor.
(D) As alíneas a) e d) correspondem a juízos de facto e as alíneas b) e c) correspondem a juízos de valor.
a) Possuem um conteúdo normativo ou prescritivo.
b) A direção da adequação parte do juízo para a realidade.
(A) Ambas as alíneas dizem respeito aos juízos de valor.
(B) Ambas as alíneas dizem respeito aos juízos de facto.
(C) A alínea a) diz respeito aos juízos de facto e a alínea b) aos juízos de valor.
(D) A alínea a) diz respeito aos juízos de valor e a alínea b) aos juízos de facto.
O subjetivismo moral caracteriza-se por defender que…
(A) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências pessoais de quem os formula.
(B) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação objetivamente verdadeira ou falsa 
acerca da realidade.
(C) os juízos morais não expressam crenças, pois não veiculam informação verdadeira ou falsa acerca 
da realidade.
(D) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências coletivas da sociedade a que pertence quem os formula.
244 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
O relativismo moral caracteriza-se por defender que…
(A) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências pessoais de quem os formula.
(B) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação objetivamente verdadeira ou falsa 
acerca da realidade.
(C) os juízos morais não expressam crenças, pois não veiculam informação verdadeira ou falsa acerca 
da realidade.
(D) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências coletivas da sociedade a que pertence quem os formula.
O objetivismo moral caracteriza-se por defender que…
(A) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências pessoais de quem os formula.
(B) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação objetivamente verdadeira ou falsa 
acerca da realidade.
(C) os juízos morais não expressam crenças, pois não veiculam informação verdadeira ou falsa acerca 
da realidade.
(D) os juízos morais expressam crenças, pois veiculam informação verdadeira ou falsa acerca das 
preferências coletivas da sociedade a que pertence quem os formula.
Este argumento é usado para defender…
(A) apenas o subjetivismo.
(B) apenas o relativismo.
(C) apenas o objetivismo.
(D) o relativismo e o objetivismo.
Qual das seguintes afirmações pode ser utilizada para defender o relativismo?
(A) O relativismo é contraditório.
(B) O relativismo conduz ao conformismo.
(C) O relativismo torna impossível o progresso moral.
(D) O relativismo promove a tolerância.
Uma objeção ao subjetivismo é a ideia de que…
(A) se o valor de verdade dos juízos morais depende da perspetiva de cada um, então somos virtualmente 
infalíveis de um ponto vista moral.
(B) se o valor de verdade dos nossos juízos morais depende da perspetiva de cada um, então estes 
reportam-se apenas às nossas preferências.
(C) quando afirmamos “x é moralmente correto”, o que estamos realmente a afirmar é “Eu aprovo x”.
(D) quando afirmamos “x é moralmente correto”, o que estamos realmente a afirmar é “Viva x!”.
245© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
(A) Se os relativistas tivessem razão, não poderíamos dizer que as culturas que praticam a escravatura 
estão a fazer algo errado.
(B) Uma vez que existem muitas culturas, devemos tentar compreender as suas diferenças e aprender 
a viver com elas.
(C) Se existisse a possibilidade de encontrarmos normas morais universalmente válidas, as diferenças 
culturais desapareceriam.
(D) Uma vez que não há normas morais universalmente válidas, podemos condenar as outras culturas, 
bem como a nossa.
 “Assumir que existem factos morais independentes de qualquer perspetiva comprometer-nos-ia 
Esta afirmação pode ser utilizada para objetar…
(A) o objetivismo e o relativismo.
(B) o relativismo e o subjetivismo.
(C) apenas o objetivismo.
(D) apenas o relativismo.
246 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Itens de resposta restrita
“Imaginemos um homem às voltas pela cidade com uma lista de compras na mão. Ora, 
obviamente, a relação entre a lista e as coisas que ele efetivamente compra é uma e a mesma, 
quer a lista lhe tenha sido dada pela sua mulher quer ele tenha feito a sua própria lista; e há 
uma relação diferente quando a lista é feita por um detetive que o segue para todo o lado. Se a 
lista e aquilo que o homem acaba efetivamente por comprar não coincidirem, então o erro não 
está na lista, mas sim no desempenho do homem (se a sua mulher lhe dissesse: “Vês! Diz aqui 
manteiga e tu trouxeste margarina!”, dificilmente este responderia: “Que disparate! Vamos já 
corrigir isso!” e alterava a palavra na lista para “margarina”); ao passo que, se o registo do 
detetive e aquilo que o homem efetivamente comprou não coincidirem, então o erro está no 
registo.”
Elizabeth Anscombe. (1957). Intention. Cambridge: MA, Harvard University Press,p. 56 (adaptado)
Seria adequado substituir a palavra “manteiga” pela palavra “margarina” na lista de compras utilizada 
pelo marido, mas não na lista registada pelo detetive? Porquê?
 Por que razão se diz que o subjetivismo tornaria impossível a existência de desacordos morais 
genuínos?
 Pode um subjetivista defender consistentemente que Hitler formulou um juízo falso quando pensou 
que prender os judeus nos campos de concentração era moralmente aceitável? Porquê?
 Culturas diferentes têm códigos morais diferentes.
(2) Se culturas diferentes têm códigos morais diferentes, então não há verdades morais 
objetivas.
(3) Logo, não há verdades morais objetivas.
247© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Itens de resposta extensa
“Se eu gosto de x e tu não, então ‘x é bom’ é verdadeiro para mim e falso para ti. Usamos a 
palavra ‘bom’ para falar acerca dos nossos sentimentos positivos. Nada é bom ou mau por si 
mesmo, independentemente dos nossos sentimentos. Os valores existem apenas nas preferências 
de cada indivíduo. Tu tens as tuas preferências e eu tenho as minhas; nenhuma preferência é 
objetivamente correta ou incorreta.
Harry Gensler. (2011). Ethics: A Contemporary Introduction. Oxford: Routtedge, p. 18
Concordas com a perspetiva defendida no texto? Porquê? 
– formular adequadamente o problema subjacente ao texto;
– identificar a posição defendida pelo autor do texto em relação a esse problema;
– apresentar a tua posição pessoal em relação ao mesmo;
– argumentar a favor da tua posição;
– argumentar contra as perspetivas a que te opões.
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Questões – A necessidade de fundamentação da moral 
Itens de seleção
Para as teorias consequencialistas, …
(A) a avaliação moral das ações depende exclusivamente das consequências.
(B) a avaliação moral das ações depende sobretudo das consequências.
(C) a avaliação moral das ações não depende em absoluto das consequências.
(D) a avaliaçãomoral das ações depende sobretudo da intenção com que foram realizadas.
Para as teorias deontológicas, …
(A) a avaliação moral das ações depende exclusivamente das consequências.
(B) a avaliação moral das ações depende sobretudo das consequências.
(C) a avaliação moral das ações não depende em absoluto das consequências.
(D) a avaliação moral das ações não depende exclusivamente das consequências.
Para Kant, a única coisa que tem valor intrínseco é…
(A) a boa vontade.
(B) a coragem.
(C) o conhecimento.
(D) a felicidade.
De acordo com Kant, devemos agir segundo…
(A) imperativos hipotéticos, pois só estes permitem agir por puro dever.
(B) imperativos categóricos, pois só estes permitem agir por puro dever.
(C) imperativos hipotéticos, pois só estes permitem agir conforme o dever.
(D) imperativos categóricos, pois só estes permitem agir conforme o dever.
Para Kant, …
(A) as pessoas têm valor intrínseco, absoluto, isto é, dignidade, enquanto as coisas têm valor apenas 
como meios para fins.
(B) as coisas têm valor intrínseco, absoluto, isto é, dignidade, enquanto as pessoas têm valor apenas 
como meios para fins.
(C) tanto as coisas como as pessoas têm valor intrínseco, absoluto, isto é, dignidade.
(D) tanto as coisas como as pessoas têm valor apenas como meios para certos fins.
Para um utilitarista como Mill, a única coisa que tem valor intrínseco é…
(A) a boa vontade.
(B) a coragem.
(C) o conhecimento.
(D) a felicidade. 
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De acordo com o Princípio da Maior Felicidade, …
(A) devemos promover a maior felicidade possível, desde que isso não implique sacrificar o bem-estar 
de alguém.
(B) não devemos promover a maior felicidade possível, mesmo que isso não implique sacrificar o bem-
-estar de alguém.
(C) devemos promover a maior felicidade possível, ainda que isso implique sacrificar o bem-estar de 
alguém.
(D) não devemos promover a maior felicidade possível, ainda que isso implique sacrificar o bem-estar 
de alguém.
Suponha-se que ir a Veneza dava um bem-estar de 8 à tua mãe, mas que os restantes três membros 
vezes a Paris, essa escolha dava-lhe apenas 3 de bem-estar, ao passo que os restantes elementos da 
De acordo com o utilitarismo, …
(A) a decisão correta é ir a Paris, pois é aquela opção que produz a maior soma total de felicidade.
(B) a decisão correta é ir a Veneza, pois é aquela opção que produz a maior soma total de felicidade.
(C) a decisão correta é ir a Paris, pois esta opção não deixa nenhum dos membros tão mal como a 
opção alternativa.
(D) a decisão correta é ir a Veneza, pois é aquela opção que produz a melhor felicidade para a mãe.
Mill defende que…
(A) todos os prazeres valem o mesmo, e para calcular a quantidade de prazer produzida por uma ação 
basta multiplicar a sua intensidade pela sua duração.
(B) os prazeres corporais são qualitativamente melhores do que os prazeres espirituais.
(C) a felicidade não consiste apenas no prazer e na ausência de dor.
(D) os prazeres espirituais são qualitativamente melhores do que os prazeres corporais.
 Uma possível crítica ao hedonismo consiste em afirmar que…
(A) as únicas coisas que têm valor intrínseco são o prazer e a ausência de dor.
(B) as únicas coisas que têm valor instrumental são o prazer e a ausência de dor.
(C) há coisas que têm valor intrínseco além do prazer e da ausência de dor.
(D) o prazer e a ausência de dor não possuem valor intrínseco.
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Itens de resposta restrita
Como se formula o problema da fundamentação da moral?
Como se distinguem os prazeres superiores e inferiores no hedonismo qualitativo?
Por que razão o bem último para Kant é a boa vontade, e não a felicidade?
“Ficaria eu satisfeito de ver a minha máxima (de me tirar de apuros por meio de uma promessa 
não verdadeira) tomar o valor de lei universal (tanto para mim como para os outros)? E poderia 
eu dizer a mim mesmo: – Toda a gente pode fazer uma promessa mentirosa quando se acha 
numa dificuldade de que não pode sair de outra maneira? Em breve reconheço que posso em 
verdade querer a mentira, mas que não posso querer uma lei universal de mentir; pois, segundo 
uma tal lei, não poderia propriamente haver já promessa alguma […]. Por conseguinte, a minha 
máxima, uma vez arvorada em lei universal, destruir-se-ia a si mesma necessariamente.” 
Immanuel Kant. (1960). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Coimbra: Atlântida
“Ora todos os imperativos ordenam ou hipotética ou categoricamente. Os hipotéticos 
representam a necessidade prática de uma ação possível como meio de alcançar qualquer 
outra coisa que se quer (ou que é possível que se queira). O imperativo categórico seria aquele 
que nos representasse uma ação como objetivamente necessária por si mesma, sem relação 
com qualquer outra finalidade. 
[…] No caso de a ação ser apenas boa como meio para qualquer outra coisa, o imperativo é 
hipotético; se a ação é representada como boa em si, por conseguinte, como necessária numa 
vontade em si conforme à razão, como princípio dessa vontade, então o imperativo é 
categórico.” 
I. Kant. (2011). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70
Segundo Kant, para que uma ação tenha valor moral deve ter subjacente um imperativo hipotético ou 
categórico? Porquê?
252 © editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
“Não existe sistema moral algum no qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em 
conflito. Estas são as verdadeiras dificuldades, os momentos intrincados na teoria ética e na 
orientação conscienciosa da conduta pessoal. São ultrapassados, na prática, com maior ou 
menor sucesso, segundo o intelecto e a virtude dos indivíduos; mas dificilmente pode alegar-se 
que alguém está menos qualificado para lidar com eles por possuir um padrão último para o 
qual podem ser remetidos os direitos e os deveres em conflito. Se a utilidade é a fonte última 
das obrigações morais, pode ser invocada para decidir entre elas quando as suas exigências são 
incompatíveis. Embora a aplicação do padrão possa ser difícil, é melhor do que não ter padrão 
algum […].”
S. Mill. (2005). Utilitarismo. Lisboa: Gradiva
“É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador 
inexperiente, e, quando o movimento do negócio é grande, o comerciante esperto também 
não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que 
uma criança pode comprar no seu estabelecimento tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, 
pois, servido honradamente; mas isso ainda não é bastante para acreditar que o comerciante 
assim proceda por dever e por princípios de honradez; o seu interesse assim o exige […].”
I. Kant. (1988). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70, p. 27 (adaptado)
253© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto?
Itens de resposta extensa
“Suponhamos que um xerife se encontra perante a seguinte escolha: ou incrimina um negro 
por uma violação que incitou a hostilidade para com os negros (negro esse que é tido como 
culpado pela generalidade da população, mas que o xerife sabe que é inocente) – evitando, 
desse modo, perigosos motins anti-negros que muito provavelmente acabariam por levar à 
perda de vidas e ao aumento do ódio mútuo quer da parte dos brancos quer da parte dos 
negros – ou persegue o culpado, permitindo, assim, que os motins anti-negros venham a 
ocorrer.”
H. J. McCloskey. (1957). “An Examination of Restricted Utilitarianism”, The Philosophical Review 66(4), p. 468 
(texto com supressões)
O que deve o xerife fazer?
a) Como responderia um utilitarista como Mill a essa questão? Porquê?
b) Como responderia um deontologista como Kant a essa questão? Porquê?
c) Com qual das duas perspetivas concordas? Porquê?
© editável e fotocopiável | Como pensar tudo isto? 255
Itens de seleção
De acordo com John Rawls, a escolha dos princípios da justiça requer…
(A) que se conheça o lugar que se ocupa na sociedade.

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