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Amálgama Aplicações na odonto: restaurações em dentes posteriores; restaurações anteriores, linguais, pequenas; núcleos p/ coroa completa. Prata – aumenta resistência, expansão de presa, reatividade com mercúrio; diminui escoamento. Estanho – aumenta escoamento, contração, velocidade de amalgamação, corrosão; diminui resistência, dureza, velocidade de presa. Cobre – aumenta dureza, resistência, expansão de presa, manchas; diminui escoamento. Zinco – aumenta expansão tardia e corrosão na presença de água durante a condensação, plasticidade do amálgama triturado. Plasticidade - suficiente p/ se adaptar à cavidade; depende principalmente de proporção de Hg e do tipo de partícula: • Hg insuficiente: pouca plasticidade • Muito Hg: > plasticidade; dificulta condensação • Aparas e Mistura: > facilidade de condensação da restauração • Esferas: boa condensação, mas com maior dificuldade Tempo de Trabalho e de Presa - depende principalmente de proporção de Hg e de reatividade das partículas (tipo de tamanho e tratamento térmico). Vedamento Marginal - Auto-vedamento: óxidos da própria oxidação (corrosão) do material se acumulam na interface; - Em ligas convencionais é + rápido (fase g2 – liberação de Sn formando SnO); - Ligas não convencionais tem auto-vedamento + lento e em > tempo; Resistência à Corrosão - depende principalmente da composição da liga (s/ gama-2 corroem menos), do proporcionamento e da condensação. Valamento ou Fratura Marginal - formação de um sulco no limite entre o dente e o amálgama - Amálgamas com fase g2 apresentam > fratura marginal - Creep associado à Fratura Marginal - Creep: escoamento da cavidade por estar submetida a uma ação constante de forças podendo surgir uma fenda marginal. Quando o material se desadapta da cavidade, leva à fratura marginal TOXICIDADE - O amálgama dental é uma liga metálica composta majoritariamente por mercúrio, ao redor de 50%. Os problemas de toxicidade frequentemente atribuídos ao amálgama podem ser reduzidos a níveis inofensivos (para o ambiente, para a equipe profissional e para os pacientes) desde que tomados os cuidados que a sua manipulação exige - A forma de mercúrio que se manipula no âmbito odontológico é o mercúrio metálico, que se apresenta em dois estados que oferecem perigo: o estado líquido (chamado mercúrio “vivo”) e o de vapor. - Na forma inorgânica pode ser encontrado sob três diferentes estados de oxidação: Hg0 (forma elementar), com o aspecto conhecido de metal líquido à temperatura ambiente; o íon mercúrio (Hg2 ++) (forma sais pouco estáveis), e o íon mercúrio (Hg++). Os compostos orgânicos (a apresentação mais tóxica) se formam quando o íon mercúrio se liga covalentemente a um radical orgânico ou ligante orgânico. Os compostos orgânicos mais frequentes são o metil mercúrio (CH3Hg+) e o dimetil mercúrio ((CH)3Hg2). - A principal forma relacionada com a odontologia é o mercúrio metálico, Hg0. Mas também trataremos do mercúrio orgânico, pois o metálico pode vir a ser biotransformado em orgânico, em circunstâncias especiais, por ação de bactérias. - Hg metálico quando alcança a corrente sanguínea, é oxidado por Hg++, se fixa no SNC, e é eliminado por urina, fezes e saliva. - “Eretismo”: quadro de intoxicação por exposição crônica de baixa intensidade (cansaço, depressão, ansiedade). COMPOSIÇÃO DAS LIGAS METÁLICAS Pó metálico (“liga para amálgama”) + mercúrio (Hg) líquido à temperatura ambiente (inicia reação de presa = CRISTALIZAÇÃO) - a mistura é forçada na etapa da trituração. Fase gama= prata + estanho Fase gama-1: prata + mercúrio (forma grande parte da matriz do amálgama Fase gama-2: mercúrio + estanho (menos resistente mecanicamente ou à corrosão, deve ser minimizada Fase y = cobre + estanho Produto final da cristalização do amáçgama: fase gama-1 + fase gama-2 (se tiver baixo teor de Cu), envolvendo partículas de gama que não foram construídas na reação. • A perda de plasticidade da massa ocorre porque os metais dissolvidos no Hg reagem entre si, conforme suas afinidades e concentrações, para produzir novos sólidos cristalinos que, ao crescerem no meio da solução, provocam o endurecimento ou presa da massa. - Metal de sacrifício: refere-se ao componente introduzido para se corroer preferencialmente, evitando assim a oxidação de outros metais com função mais importante, cuja corrosão poderia ser mais prejudicial. Liga composta por prata, estanho, cobre, zinco e mercúrio líquido. As características mecânicas e químicas de uma liga, inclusive a facilidade de solubilização do pó da liga para amálgama no mercúrio, depende por ex. da organização cristalina que os metais constituintes tiverem adquirido na liga. Menor unidade reativa de uma liga é a fase metálica em que os átomos se inserem. Os metais se organizam em “fases” (fase metálica = porção fisicamente distinta e homogênea da liga, com resolução microscópica. - Para que as fases corretas sejam formadas na liga e no amálgama é preciso que o fabricante cuide simultaneamente dois aspectos: a proporção dos metais constituintes e os tratamentos térmicos durante o processo de fabricação. CLASSIFICAÇÃO Na prática, é difícil para o CD caracterizar uma liga através das informações fornecidas pelo fabricante; ele deve se atentar a aspectos específicos que podem prever determinadas características do amálgama ou o desempenho final dele. 1- COMPOSIÇÃO DO PÓ DA LIGA E FASES DO AMÁLGAMA Há os convencionais (ou de baixo teor de cobre - até 6%), que sempre possuem alto teor de prata e o amálgama apresenta fase gama-2 – que junto com a porosidade, são as fases menos resistentes mecanicamente ou à corrosão (?). - Com Zinco (>0,01%) - Sem Zinco (<0,01%) Há os de alto teor de cobre (acima de 6%) (?) = ligas de alto teor de Cu possuem propriedades mecânicas melhoradas e melhor integridade marginal (formação de um sulco no limite entre dente e amálgama) em avaliações clínicas. Alto teor de prata (ao redor de 70%); Baixo teor de prata (ao redor de 50%); Especiais (com pequenas proporções de paládio e índio): apresentam melhor desempenho em brilho superficial ao longo dos anos (?). OS DE BAIXO TEOR DE COBRE FORMARÃO E MANTERÃO A FASE GAMA-2, MAS OS NÃO-CONVENCIONAIS ELIMINARÃO A FASE GAMA-2. 2- FORMATO DAS PARTÍCULAS Aparas irregulares: • resistência à condensação da massa plástica (especialmente conveniente para restaurar cavidades de classe II; é preciso que o amálgama fique justaposto à face proximal do dente vizinho e restabeleça o ponto de contato interproximal entre os dois, o que é mais facilmente conseguido quando a massa plástica é capaz de empurrar a matriz de aço contra o dente vizinho ao ser condensada); • exigência de maior proporção de Hg • finas – produz esculturas finas e lisas, demanda menos Hg, presa normal ou rápida; • micro – produz escultura mais fina, demanda muito Hg (por conta da alta velocidade de reação e a pior distribuição de partículas), presa muito rápida. • grossa: escultura grosseira, demanda muito Hg, presa lenta. Esferas (produzidas a partir da atomização ou pulverização): • aumentam a plasticidade da massa durante o tempo de trabalho; • a condensação não precisa, nem admite, muita pressão pois a massa escoa e se desloca totalmente quando pressionada (material recomendado em cavidades de difícil acesso para uma compactação vigorosa); • tendem a diminuir a proporção necessária de Hg para formar massa plástica, pois é mais fácil para o fabricante conseguir uma variedade de tamanhos de partículas e que as partículas menores se disponham entre os espaços que deixam as grandes; Mistura (produtos com pó de dois formatos) • Características intermediárias 3- PELAS FASES FINAIS DO AMÁLGAMA Amálgamas com fase gama-2 (convencionais,até 6% de Cu na liga): 𝛾 + Hg → 𝛾 + 𝛾1 + 𝛾2 + porosidades • As fases g2 e porosidade são as menos resistentes mecanicamente ou à corrosão; podem e devem ser minimizadas • Quanto maior for a proporção de Hg, maiores serão as proporções finais de fase g1 e g2 • Uma boa condensação diminui a proporção das fases g1, g2 e porosidade Amálgamas sem fase gama-2 no final Liga de “fase dispersa” – aparas + esferas do Eutético: • Alto teor de cobre (13%) 𝛾 + E + Hg 𝛾 + E + 𝛾1 + 𝛾2 𝛾 + E + 𝛾1 + η • No amálgama de “fase dispersa” a fase 𝛾2 reage com o Eutético, produzindo 𝛾1 + η. Assim a fase 𝛾2 é eliminada em aproximadamente 1 semana. • Essa reação é lenta (~7dias) e ocorre com o amálgama já cristalizado. Liga de composição única – esferas ou aparas: • Alto teor de cobre (13 a 30%) 𝛾 + ε + Hg 𝛾 + ε + 𝛾1 + η • As esferas ricas em ε não deixam formar γ2; O Sn liberado por γ reage preferencialmente com ε (para formar η) e não com o Hg (que formaria γ2). • A ausência da fase γ2 promove melhoras significativas nas propriedades do amálgama. IMPORTANTES - Amálgama convencional (baixo teor de Cu) com zinco (Zn > 0,01%), quando contaminadas com umidade antes de completar a condensação, apresentam expansão tardia expressiva devido à reação Zn + H2O → ZnO + ↑ H2. Esta reação é muito moderada na presença de alto teor de cobre. - Amálgama com alto teor de Cu (acima de 12%) e baixo teor de Ag (ao redor de 50%) costumam corroer exageradamente, perdendo o brilho em poucas semanas. - Quanto maior for a proporção de Hg no amálgama, maiores serão as proporções finais de fases ricas em mercúrio (ex: g2 e g1), o que prejudica a resistência mecânica final e a resistência à corrosão. ETAPAS 1- Trituração (obter massa plástica, coesa, tempo de trabalho (TT) ao redor de 4 minutos.) • Sub-triturado: massa não é uniforme, nem coesa, desagrega-se facilmente; não apresenta brilho; a limalha e o mercúrio não estão misturados por completo. Quando é usado amalgamador, a característica principal é que sai em diversos fragmentos sem brilho; tempo de trabalho longo • Triturado corretamente: a massa apresenta brilho e aspecto uniforme. Quando é utilizado amalgamador, a massa se apresenta em uma única porção, brilhante, coesa, não aderente às paredes da cápsula e temperatura morna; Tempo de trabalho ao redor de 4 minutos. • Super-triturado: apresenta brilho maior; aspecto uniforme; sobe pelas paredes do gral, aderindo firmemente a elas; quando usa amalgamador, o material se apresenta muito brilhante, aderente às paredes da cápsula e bastante quente. Perde o brilho rapidamente e o tempo de trabalho fica muito curto. 2- Condensação - (adaptação à cavidade diminuir o máximo possível fases ricas em Hg (menos fase gama 1 e 2) e poros. Obs: mecânica ou manual com muita pressão, exceto para esféricos 3- Brunidura pré-escultura - (adaptação à cavidade diminuir, fases ricas em Hg e poros.) ➢ Obs: Movimentos lentos e com força. Por terem os mesmos objetivos, constitui a fase final da condensação. 4- Escultura - (reestabelecer a forma.) • Nesta etapa é observado o “grito do amálgama”. ➢ Obs: instrumentos bem afiados e apoiados no remanescente dental. 5- Brunidura pós-escultura - (lisura e brilho) ➢ Obs: movimentos rápidos e leves. Plasticidade - suficiente p/ se adaptar à cavidade; depende principalmente de proporção de Hg e do tipo de partícula: CLASSIFICAÇÃO IMPORTANTES
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