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Bioatividade de biovidros

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Universidade Federal de São Paulo 
Instituto de Ciência e Tecnologia
 
Bioatividade dos biovidros
Letícia Martins Ramos Ortega - 156692
São José dos Campos - SP
2022
O estudo de biomateriais para fins clínicos tem sido objeto de estudo intenso há muitos séculos. As cerâmicas, por exemplo, têm sido uma das classes de materiais mais pesquisadas em função de sua ampla aplicabilidade, desde o emprego isolado do material até o revestimento de próteses metálicas e configuração de sistemas híbridos. 
No final da década de 60, iniciaram-se os estudos e novas aplicações para biocerâmicas, com o surgimento dos vidros bioativos dado o desenvolvimento de certos vidros silicatos. 
O desenvolvimento dos vidros bioativos reflete até nos dias atuais na aplicação de uma tecnologia que promova a regeneração tecidual, em vez de sua simples substituição.
O Bioglass® 45S5 foi um dos trabalhos pioneiros no estudo dos vidros bioativos, sendo este um vidro do sistema quaternário SiO2−CaO−Na2O−P2O5, de notáveis propriedades que permitem uma boa interação com os sistemas fisiológicos. Em sua pesquisa, o termo bioatividade foi adotado pela primeira vez para descrever a capacidade deste material de se ligar fortemente ao tecido ósseo. Dada sua implantação no organismo, uma camada de HA biologicamente ativa se forma na superfície do material, de composição química e estrutural equivalente à fase mineral do tecido ósseo, promovendo uma interface ligada ao tecido. Observado o fenômeno da formação de uma camada apatítica de composição química semelhante ao do tecido mineral dos ossos, a bioatividade do material foi verificada. Hoje, a classe de vidros bioativos também conta com novas composições de vidros, oriundos da família dos fosfatos de cálcio. 
Os materiais bioativos apresentam índices de bioatividade variados, ou seja, diferentes tempos para o estabelecimento de uma ligação com o tecido. Em geral, os materiais vítreos alcançam um maior índice de bioatividade, porém esses materiais denotam de baixos valores de propriedades mecânicas, ainda inferiores se comparados aos de cerâmicas e biocerâmicas. 
Estudos acerca da bioatividade dos vidros e vitrocerâmicas bioativas indicam que somente uma série de composições limitadas exibe um alto índice de bioatividade. Até então, acreditava-se que somente o tecido ósseo era capaz de interagir com as já restritas classes de vidros, como o Bioglass. Pesquisas de Wilson et al demonstraram que o Bioglass também detia de capacidade de interagir com tecido conjuntivo e que apenas os vidros com taxas rápidas de reação superficial são capazes de interagir com o tecido conjuntivo, o que restringiu consideravelmente as possíveis composições de vidros bioativos, porém serviu de base para o uso do Bioglass em procedimentos cirúrgicos destinados à reconstituição da cadeia ossicular e na sua aplicação para a preservação do rebordo alveolar em pacientes submetidos à exodontia e posterior aplicação de implantes.
Atualmente, os testes de bioatividade dos vidros bioativos são realizados a partir de procedimentos in vitro, buscando reproduzir da maneira mais fiel possível o que se tem observado in vivo. A maneira mais comum de se realizar os procedimentos para testes de bioatividade in vitro consiste na imersão do material de estudo em solução SBF por períodos de 3 h e 15 dias, com posterior verificação de formação ou não de HA na superfície do material. Materiais com diferentes índices de bioatividade são classificados de acordo com o tempo necessário para o aparecimento da camada de HA.
Referências
RENATO LUIZ SIQUEIRA E EDGAR DUTRA ZANOTTO. BIOSILICATO®: HISTÓRICO DE UMA VITROCERÂMICA BRASILEIRA DE ELEVADA BIOATIVIDADE. Disponível em: <https://grad.sead.unifesp.br/pluginfile.php/354151/mod_resource/content/1/Biovidro%20Bioatividade.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2022.

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