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Traumatologia Medico Legal

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Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
Traumatologia Médico Legal 
Conceito: lesões / violência / corpo humano 
 Lesões provocadas de forma violenta sobre o corpo 
humano 
 Estuda da as lesões e os estados patológicos imediatos 
e tardios produzidos por violência sobre o corpo 
humano, nos seus aspectos do diagnostico, do 
prognostico e das suas implicações legais e sócio 
econômicas 
 Estuda as diversas modalidades de energia causadoras 
desses danos 
Quesitos: 
1. Há ofensa a integridade corporal ou a saúde do 
periciando? 
2. Qual o instrumento que o produziu? 
3. Foi produzida por veneno, fogo, explosivo, asfixia ou 
tortura ou outro método insidioso/cruel (especificar)? 
4. Se resultou em incapacidade para as ocupações 
habituais por mais de 30 dias? 
5. Resultou em perigo de vida? 
6. Resultou em debilidade permanente, perda ou 
inutilização de membro, sentido ou função? 
7. Resultou em incapacidade permanente para o 
trabalho, ou enfermidade incurável, ou deformidade 
permanente? 
8. Resultou em aceleração de parto ou aborto? 
Energias causadoras de danos 
 Energias de ordem mecânica, física, química, físico-
quimica, bioquímica, biodinâmica, mista 
Energias de ordem mecânica são decorrentes de: 
 Armas propriamente ditas: punhais, revolveres, 
soqueiras 
 Armas eventuais: faca, navalha, foice, facão, machado 
 Meios inimagináveis: maquinas, animais, veículos, 
quedas, explosões, precipitações 
Energias de ordem mecânica podem ser resultado de: 
 Impacto de um instrumento em movimento contra o 
corpo humano parado (meio ativo) 
 Impacto do corpo humano em movimento contra um 
instrumento imóvel (meio passivo) 
 Impacto entre corpo humano e objeto, ambos em 
movimento (ação mista) 
 Estes meios atuam por: 
o Pressão: aperto 
o Percussão: paulada, soco (+ comum) 
o Tração: puxar o braço 
o Torção 
o Compressão 
o Descompressão 
o Explosão 
o Deslizamento: escoriações (sinais de arrasto), 
uma das mais comuns 
o Contra choque 
 Conforme as características que imprimem se 
classificam em instrumento: 
o Perfurante 
o Cortante 
o Contundente 
o Perfurocortante 
o Perfurocontundente 
o Cortocontundente 
 Feridas produzidas pelos instrumentos são: 
o Puntiformes (perfurante) 
o Cortante (cortante) 
o Contusas (contundente) 
o Perfurocortantes (perfurocortante) 
o Perfurocontusas (perfurocontundente) 
o Cortocontusas (cortocontundente) 
 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
Lesões perfurantes 
 Ex.: Lesão com um prego 
 Característica do instrumento perfurante: pontiagudo, 
alongado, fino, diâmetro transverso reduzido com 
diâmetro pequeno 
 Agem por pressão ou percussão 
 Afasta as fibras e raramente as rompe 
 Feridas puntiformes ou punctorias 
 Abertura estreita/geralmente menor que o 
instrumento causador 
 Raro sangramento 
 Pouco nocivo na superfície 
 Certa gravidade na profundidade 
 Orifício de saída geralmente tem tamanho menor 
 Quando o calibre é maior 
o A ferida parece com as provocadas por armas 
de dois gumes 
o Tem aspecto de casa de botão 
o Quando em região de linhas de força em uma 
só direção, a ferida tem seu maior eixo no 
mesmo sentido 
o Quando a região tem linhas de força em 
vários sentidos, a entrada assume a forma de 
ponta de seta, triângulo 
 O trajeto dessas feridas é representada por um túnel 
estreito que se continua pelo tecido lesado. No 
cadáver caracterizado por uma linha escura 
 Orifício de saída geralmente mais irregular e de 
diâmetro menor 
 Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, 
a forma das lesões assume aspecto diferente 
obedecendo as leis de Filhos e Langer 
 1ª lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas 
feridas assemelham-se as produzidas por instrumento 
de dois gumes ou tomam a aparência de “casa de 
botão” 
 2ª lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em 
uma mesma região onde as linhas de força tenham um 
só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma 
direção 
 Lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de 
forças diferentes, a extremidade da lesão pode ter o 
aspecto de: ponta de seta, triângulo, quadrilátero 
Lesões cortantes 
 Os instrumentos mais ou menos afiados agem por 
deslizamento e na maioria das vezes em sentido linear 
o Ex.: navalha, lamina de barbear, bisturi 
 São assim chamadas pelo brilho de suas laminas. São 
caracterizadas pelo seu gume afiado ou pela 
extremidade pontiaguda ou por ambos 
 As feridas por eles provocadas são descritas 
preferencialmente como feridas cortantes e não incisas 
 Características de uma incisão cirúrgica: 
o Começo e início bem definidos 
o Mesma profundidade de um extremo ao 
outro 
o Bordas bem regulares 
o Raramente possuem cauda de escoriação 
 Características das feridas cortantes 
o Extremidades mais superficiais e parte 
mediana mais profunda 
o Nem sempre se apresenta de forma regular 
o Tem como característica principal a cauda de 
escoriação 
o São também conhecidas como feridas 
fusiformes 
 A cauda de escoriação é importante: 
o Na definição da direção do ferimento 
o Na diferença entre homicídio e suicídio 
o Na forma de crime 
o Na posição do agressor 
 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
Essas lesões se diferenciam das demais pelas seguintes 
características: 
 Forma linear 
 Regularidade das bordas 
 Regularidade do fundo da lesão 
 Ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida 
 Hemorragia quase sempre abundante 
 Predomínio do comprimento sobre a profundidade 
 Afastamento das bordas da ferida 
 Presença da cauda de escoriação voltada para o lado 
onde terminou a ação do instrumento 
 Vertentes cortadas obliquamente 
 Centro da ferida mais profunda que as extremidades 
 Parede da ferida lisa e regular 
 Perfil do corte de aspecto angular quando o 
instrumento atua perpendicular 
 Ou em forma de bisel quando atua em sentido obliquo 
ao plano atingido 
 A forma linear da ferida é devida à ação cortante por 
deslizamento 
 A regularidade das bordas das feridas cortantes deve-
se ao gume mais ou menos afiado, geralmente 
retilíneas graças à ação de deslizamento, embora, 
algumas vezes, possam apresentar-se curvas ou em 
ziguezague pelo enrugamento momentâneo ou 
permanente da região 
 Não há vestígios de outra ação traumática como: 
escoriações, equimoses, infiltração hemorrágica, 
pontes de tecido ligando uma vertente da ferida a 
outra 
 A extensão da ferida é quase sempre menor do que 
realmente for produzida pela elasticidade dos tecidos 
lesados 
o Exemplo: pescoço. Exceção: palma das mãos 
e planta dos pés 
 Dificilmente atinge órgãos vitais, exceção feita ao 
pescoço 
 O diagnóstico da ferida cortante é relativamente fácil 
por outro lado determinar o instrumento pode ser 
uma difícil tarefa 
 Sinal de Chavigny: segunda ferida sobre a primeira, 
não segue uma linha reta 
 Casos especiais de ação cortante: 
o Esquartejamento 
o Castração 
o Decaptação 
o Esgorjamento 
Lesões contundentes 
 Lesões produzidas por ação contundente 
 São os maiores causadores de dano 
 Sua ação é quase sempre produzida por um corpo de 
superfície plana 
 Suas lesões mais comuns se verificam externamente 
 Ex.: bastão, tábua 
 Agem por: 
o Pressão 
o Deslizamento 
o Compressão 
o Descompressão 
o Explosão 
o Distensão 
o Torçap 
o Fricção 
o Contragolpe 
o Mista 
 São meios ou instrumentos geralmente com uma 
superfície plana, a qual atua sobre o corpo humano, 
produzindo as mais diversas modalidades de lesões. 
 O instrumento pode ter superfície pode ser lisa, 
áspera, anfratuosa ou irregular. 
 Os meios são: sólidos, líquidos ou gasosos 
 A contusão pode ser: ativa, passiva, mista 
 As lesões são muito variáveis: rubefação, escoriação, 
equimose, edema,hematoma, luxações, entorses, 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
ruptura de vísceras internas, prolapso de vísceras 
internas, lesões produzidas por artefatos explosivos, 
encravamento, empalhamento, achatamento, 
arrancamento 
Rubefação: 
 Não chega a ser uma lesão do ponto de vista 
anatomopatológico mas é para a medicina legal. 
 É um eritema traumático caracterizado por congestão 
repentina e momentânea de uma região caracterizada 
por uma mancha avermelhada efêmera e fulgaz. 
Desaparece em alguns minutos 
 Exemplo: palmadas 
 
Escoriação: 
 Tem quase sempre como origem a ação tangencial 
dos meios contundentes. 
 Arrancamento da epiderme e o desnudamento da 
derme, de onde fluem serosidade e sangue 
 Outros autores chamam de e erosão epidérmica e de 
abrasão 
 Escoriação típica atinge somente a cicatriz e não deixa 
cicatriz, crosta serosa 
 Quando atinge a derme forma crostas, a crosta não é 
serosa, como na escoriação típica, mas de constituição 
sero-hemática ou hemática, seguindo-se a uma 
tonalidade amareloavermelhada até um final 
pardacento, quando a crosta vai-se despregando, 
pouco a pouco, da periferia para o centro, deixando 
uma área despigmentada 
 Escoriações pós morte não há formação de crosta; a 
derme é branca, o leito da escoriação produzida 
depois da morte é seco, descorado e apergaminhado 
 Idade da escoriação 
 Forma da escoriação, impressão do instrumento 
 Local da escoriação 
 Lesões idênticas/regiões diferentes/cronologia 
diferente (sevícias) 
 
Equimose: 
 Lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica 
nas malhas dos tecidos 
 Necessita de ruptura vascular e plano mais resistente 
abaixo da área traumatizada 
 Caracteriza reação vital 
 Pode surgir tardiamente principalmente em TCE 
 Podem ser espontâneas principalmente em coxas e 
braços de mulheres 
 Víbices quando é provocada por objetos cilíndricos em 
vez de uma marca, gera duas equimoses longas e 
paralelas 
 Equimoses figuradas; são equimoses que apresentam 
as características dos objetvos que a originaram 
(tranças de coras, pneu, etc) 
 Equimose de sucção: imprime os lábios dando o 
aspecto de violetas 
 Tonalidade da equimose 
 Espectro equimotico de legrand du saulle 
 1º dia: vermellha 
 2º e 3º dia: violácea 
 4º ao 6º dia: azul 
 7º ao 10º dia: esverdeada 
 12º dia: amarelado 
 15º ao 20º dia: desaparece 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
 Equimose de sucção: imprime os lábios dando o 
aspecto de violetas róseo equimóticas 
 A cronologia depende da: 
o Quantidade de sangue extravasado 
o Profundidade do sangue 
o Elasticidade do tecido 
o Capacidade individual de coagulação 
o Quantidade e calibre dos vasos atingidos 
 Exceção: as equimoses da conjuntiva ocular não 
sofrem a sucessão de tonalidades em virtude de ser a 
conjuntiva muito porosa e de oxigenação fácil, não 
permitindo que a oxi hemoglobina se transforme e se 
decomponhe. Se mantem vermelha até sua total 
reabsorção 
 Importante: a equimose é uma lesão vital por 
excelência 
 A equimose é uma prova irrefutável de que a lesão 
teve lugar em vida 
Edema: 
 É o acumulo de liquido no espaço intersticial. Na 
medicina legal tem mais valor o edema localizado 
Hematoma: 
 É o extravasamento de sangue de um vaso calibroso e 
sua difusão entre as malhas do tecido mole. Formam 
coleções de sangue em cavidades no interior dos 
tecidos 
 Pela palpação pode-se perceber flutuação 
 Geralmente: 
o Faz relevo na pele 
o Tem delimitação mais ou menos nítida 
o Absorção mais demorada que a equimose 
o Pode estar presente em cavidades ou 
parênquima de órgãos 
Bossa sanguínea: 
 Difere-se do hematoma por apresentar-se sempre 
sobre um plano ósseo e pela saliência bem 
pronunciada na superfície cutânea. Muito comuns em 
TCE e é conhecido vulgarmente como “GALO” 
Ferida contusa: 
 Lesões abertas cuja ação contundente foi capaz de 
vencer a resistência e elasticidade dos planos moles 
 Características: 
o Forma estrelada, sinuosa ou retilínea 
o Bordas irregulares, escoriadas e equimosadas 
o Fundo irregular 
o Vertentes irregulares 
o Pontes de tecido integro ligando as vertentes 
o Retração das bordas da ferida 
o Pouco sangrantes 
 
Lesão produzida por ação contundente (pontes de tecido 
íntegro) 
Sequência: lesão de defesa (antebraço, tórax e flanco 
esquerdo) 
Lesões perfurocortantes 
 Instrumentos com ponta e gume 
 Agem por pressão e secção 
 Pode ter 1, 2 ou 3 gumes 
 Lesões produzidas por ação perfurocortante 
 1 só gume (faca-peixeira, canivete, espada) 
o Ferimento em forma de botoeira 
o Fenda regular 
o Quase sempre linear 
o 1 ângulo agudo e um arredondado 
o Largura maior que a lamina do instrumento 
o Comprimento menor que a largura da folha 
o Se perpendicular: comprimento menor que a 
largura da folha 
o Se obliqua: comprimento maior 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
o Se ao sair tomou caminho inclinado: pode 
aumentar muito o diâmetro/comprimento 
 2 gumes: 
o Fenda com bordas iguais 
o Ângulos agudos 
 3 gumes: 
o Ferida com forma triangulas ou estrelada 
 
 Foco da perícia: 
o Identificar o tipo de arma usada 
o A gravidade das lesões 
o O tempo de lesão 
o Se foi produzida em vida ou não 
o Sua causa jurídica 
o A posição da vítima e do agressor 
o A ordem das lesões 
o Número de agressões 
 Identificação da arma se baseia: 
o Na dimensão, forma e profundidade na lesão 
o Ferimentos penetrantes de abdome pode ter 
trajeto maior, igual ou menor que o 
comprimento da arma (luta) 
 Gravidade do ferimentos 
o Abdome? 
o “As mais graves e que impõem tratamento 
cirúrgico imediato, são as penetrantes a 
cavidade peritoneal” 
 O tempo de lesão: 
o Verificado pela evolução da ferida 
o Aspecto cicatricial, da reação inflamatória ou 
da infecção 
 Causa jurídica 
o Homicídio > suicídio > acidente 
 Diagnostico diferencial 
o Direção, número e local das lesões 
o Outros sinais de violência 
o Mais de 1 ferimento mortal 
o Variedade das feridas 
o Local de morte 
o Lesões de defesa 
 Lesões de defesa: 
o Palma das mãos 
o Antebraço 
o Ombro 
o Dorso 
o Pés 
 Posição da vítima e do agressor 
o Localização e direção dos ferimentos 
o Trajeto 
o Cauda de escoriação 
o Em geral o agressor usa a arma com o gume 
voltado para baixo e para dentro 
 A sequência das lesões 
o Se fundamenta na direção e quantidade de 
hemorragia das feridas 
 Número de agressores 
o 1 agressor usar duas armas e raro 
o 2 agressores usar a mesma arma é raro 
o A multiplicidade de vítimas e gravidade das 
lesões fala a favor de vários agressores 
Lesões produzidas por ação 
cortocontundente 
 Machado, foice, podão, cutelo, dentes, unha, etc 
 São ferimentos produzidas por instrumentos que 
mesmo sendo portadores de gumes, são influenciados 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, 
quer pela força ativa de quem os maneja 
 Ação se faz por deslizamento, percussão ou pressão 
 Ex.: foice, facão, machado, enxada, serra elétrica, 
dentes, etc 
 Forma variável dependendo se predomina ação 
cortante ou contundente 
 São lesões quase sempre graves, atingindo planos 
interiores, determinando inclusive fraturas 
 Não apresenta causa de escoriação, nem pontes de 
tecido integro entre as vertentes 
 Inclui-se aqui casos nos quais o corpo fica reduzido a 
diversos fragmentos irregulares. Ex.: acidentes 
ferroviários (espostejamento) 
Mordeduras 
 Tem características próprias, seja humana ou animal 
 Agem por pressão e secção dos dentes incisivos, os 
dentes dos animais carnívoros são mais perfurantes 
 Mordida humana predomina os dentes incisivos e 
caninos (raramente molares e pré molares) 
Mordida animal é mais intensa, com golpes múltiplos 
e om movimentos de lateralidade (perde substancia) 
 Mordida com pouca violência se traduzem por 
equimose e/ou escoriação 
 Mordida com muita violência pode causar feridas, 
lacerações, arranchamento de tecido e mutilações 
(nariz, orelhas, etc.) 
 A impressão deixada na vítima corresponde a cada 
elemento dentário e a sua ausência quando não é 
muito violenta deixa as marcas dos dentes em forma 
de meia lua ou duplo 
 São divididas em 4 graus: 1º grau – equimose e 
escoriações superficiais; 2º grau – equimose e 
escoriação mais nítidas e profundas; 3º grau – feridas 
contusas comprometendo a pele e tecido subcutâneo 
e musculatura; 4º grau – lacerações com perda de 
tecidos e possíveis alterações estéticas 
 
Lesões produzidas por ação 
perfurocontundente 
 Geralmente são mais perfurantes do que 
contundentes 
 Grande maioria por ferimento por arma de fogo 
Conceito de arma de fogo 
 São peças constituídas de um ou dois canos, abertos 
em uma das extremidades e parcialmente fechados na 
parte de trás, por onde se coloca o projétil, o qual é 
lançado a distância por causa da força expansiva dos 
gases devida à combustão de determinada 
quantidade de pólvora 
 Produzindo o tiro saem pela boca da arma: 
o Projetil ou projeteis 
o Gases super aquecidos 
o Chama 
o Fumaça 
o Grânulos de pólvora incobusta 
o Bucha 
 1 grama de pólvora gera 800 a 900 CMS de gases 
 Segundo as dimensões classificam se em: 
o De porte 
o Portáteis (espingarda, 12) 
o Não portáteis (precisa de mais de um homem 
para carregar) 
 Quanto ao modo de carregar: 
o Antecarga: 
o Retrocarga: munição colocada no pente, no 
tambor, pente ou parte posterior do cano 
 Quanto a alma se classificam em: 
o Lisas 
o Raiadas 
 
 
 
 
 
Aula 3, 4, 5 e 6 - Medicina Legal 
Isabelle L. 
 Quanto ao calibre podem ser classificadas: 
o Pela medida de extensão 
o Pelo peso do projetil 
 Nas armas raiadas o calibre é dado em mm e em 
centésimos ou milésimos de polegada 
 Ex.: calibre 38 = 0,38 centésimos de polegada 
o 2,54cms/100 = 0,0254 
o 0,0254 x 38 = 0,96 
 Ex.: calibre 9 mm = 9mm 
 Nas armas de alma lisa o calibre é dado pelo peso do 
projétil 
 Qual o calibre aproximado da arma? 
o Libra/calibre = peso em gramas 
 Quanto ao calibre podem ser classificadas: pela 
medida de extensão; pelo peso do projétil; 
Lesões 
 No estudo das lesões produzidas por projéteis de 
arma de fogo, devem-se considerar o ferimento de 
entrada, o ferimento de saída e o trajeto. 
 Orifício de entrada: pode ser decorrente de – tiro 
encostado; tiro a curta distância; tiro a distância; 
Ferimentos de entrada nos tiros a curta distância: 
 Forma circular ou elíptica 
 Orla de escoriação 
 Bordas invertidas 
 Halo de enxugo 
 Halo ou zona de tatuagem; orla ou zona de 
esfumaçamento; zona de queimadura; aréola 
equimótica; zona de compressão dos gases; 
 
Ferimento de entrada de projétil de arma de fogo. Halo de tatuagem e orla 
de escoriação e zona de queimadura (tiro à queima-roupa). 
 Tiro a curta distância: ação primária (do projétil); ação 
secundária (manifestação dos resíduos da combustão 
e do próprio projétil); quando há alterações 
produzidas pela alta temperatura dos gases (crestação 
dos pelos, queimadura sobre a pele, etc) chamamos o 
tiro de tiro de queima roupa; 
 Orla de escoriação ou contusão; arrancamento da 
epiderme pelo movimento rotacional do projétil; 
anteparo? 
 Halo de enxugo ou orla de chavigny; passagem do 
projétil pelos tecidos (contusão, atrito), limpando as 
impurezas; escura; concêntrico ou em meia lua; 
 Halo em zona de tatuagem; resultante da 
impregnação de grãos de pólvora incombustos que 
atingem o corpo; tem forma arredondada nos tiros 
perpendiculares e em forma de crescente nos tiros 
oblíquos; varia a cor, forma, extensão e intensidade de 
acordo com a pólvora; permite determinar a distância 
exata do tiro; ajuda a orientar a posição da vítima e do 
agressor; 
 Zona ou orla de esfumaçamento; decorrente da 
fuligem formado por resíduos impalpáveis da pólvora 
combusta; chamada de falsa tatuagem; 
 Zona de queimadura ou zona de chama ou 
chamuscamento; ocorre por ação dos gases 
superaquecidos; 
 A pele apresenta-se apergaminhada de tonalidade 
vermelho escura ou de acordo com a cor da pólvora; 
 Aréola equimótica; decorrente da sufusão 
hemorrágica da ruptura de pequenos vasos; próximos 
da periferia; tonalidade violácea; pode estar coberta 
por outros elementos; 
 Zona de compressão dos gases; vista apenas nos 
primeiros instantes nos vivos; é uma depressão na pele 
por ação mecânica da coluna de gases; 
Ferimento de entrada nos tiros encostados: 
 Quando tem plano ósseo abaixo, tem forma irregular, 
denteada ou com entalhes (gases descolam e 
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Isabelle L. 
dilaceram os tecidos) os gases entram pelo orifício e 
retornam ao encontrar o plano ósseo 
 
 Comum na região da fronte e chama-se câmara de 
mina de Hoffmann → na redondeza do ferimento 
nota-se crepitação gasosa da tela subcutânea; 
 Geralmente sem zona de tatuagem e sem zona de 
esfumaçamento pois penetram pelo orifício; 
 Suas vertentes são enegrecidas, desgarradas e com 
aspectos de cratera de mina; 
 Nos tiros dados no crânio, costela ou escápulas 
principalmente quando a arma está sobre a pele, 
pode-se encontrar um halo fuliginoso na lâmina 
externa do osso – sinal de Benassi; 
 
Sinal de benassi 
 Pode desaparecer com a lavagem ou com a 
putrefação; 
 Sinal de WERKGAERTNER: impressão deixada na pele, 
nos tiros encostados que representa o desenho da 
boca e da massa de mira do cano, é produzida pela 
ação contundente ou pelo aquecimento 
 
Ferimento de entrada tiros a distância; 
 Diâmetro menor que o projétil; forma arredondada ou 
elíptica; orla de escoriação, halo de enxugo, aréola 
equimótica e bordas evertidas; não apresenta os 
efeitos secundários do tiro; 
 
 Orla de escoriações 
 Projéteis de alta energia podem girar 90 graus e 
provocar orifícios de entrada de tamanho e forma 
variável chegando até seu comprimento; 
 Diferença entre orifício de entrada e de saída no plano 
ósseo (crânio/escápula) 
o Externamente é arredondado, regular e em 
forma de “saca-bocado”; 
o Internamente é irregular, maior que o orifício 
externo e com bisel interno bem definido; 
o A perfuração tem aspecto de funil ou tronco 
de cone 
o Sinal do funil de BONNET; 
 
Ferimento único de entrada com vários projéteis 
 Cartucho fabricado com dois ou mais projéteis 
acoplados; tiro disparado com projétil retido; tiro 
encostado com arma automática? 
Vários orifícios de entrada com um só projétil 
 Acontece quando o projétil entra e sai de alguns 
segmentos ou regiões; considerar que a partir do 
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Isabelle L. 
segundo orifício não tem a mesma regularidade do 
primeiro ferimento; 
Ferimento de saída 
 A lesão de saída das feridas produzidas por projéteis 
de arma de fogo tem forma irregular; diâmetro maior 
que o orifício de entrada; bordas evertidas (reviradas 
para fora); são mais sangrantes; não tem halo de 
enxugo; não tem orla de escoriação; 
 Sinal de ROMANESE – escoriação no orifício de saída 
quando o corpo está encostado em um anteparo; 
 Trajeto: é o caminho percorrido pelo projétil no interior 
do corpo (transfixante ou alojado); pode ser reto ou 
curvo (geralmente os óssos são responsáveis pelos 
desvios); ex: podem entrar anteriormente e sair 
lateralmente; a luz do canal apresenta sangue 
coagulado (reação vital); 
 Trajetória: alguns usam o termo trajetória para todo 
percurso desde a saída do cano até o local de sua 
parada final ou trajetória para o percurso fora do 
corpo; 
Lesões produzidas por projéteis múltiplos 
 Podeproduzir um ou vários ferimentos; geralmente 
são constituídos de inúmeras esferas metálicas; 
disparos a curta distância ferimento geralmente único; 
geralmente de grande dimensão com perda ou 
desgarramento parcial de retalhos da pele (forma 
irregular e estrelada); 
 O trajeto é caracterizado por um túnel de paredes 
irregulares, anfratuosas e laceradas; o ferimento de 
saída é sempre contuso, muito irregular, com bordas 
evertidas e de acordo com a regiao atingida, 
acompanhada de conteúdo visceral ou fraturas 
múltiplas; 
 Nos disparos a distância: os ferimentos são múltiplos, 
pequenos e enegrecidos; forma e tamanho variam de 
acordo com o tipo de esfera utilizada; seus trajetos são 
variados; os ferimentos de saída são raros, 
principalmente quando a área de dispersão é grande; 
 
 
Lesões produzidas por projétil deformado: 
 Ferimento irregular, estrelado; ausência da orla de 
escoriação; 
 Deformação do projétil pode ser: normal- provocado 
no trajeto do projétil no cano; periódicas – má 
apresentação da câmara ao cano por mau 
alinhamento; acidentais – impacto posterior e não 
provocados pela arma; 
Diagnóstico das feridas cicatrizadas 
 Feito com diagnóstico histoquímico com técnica 
bioquímica específica para chumbo;

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