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ARIELY MESANINI MED UNIC 36 AVE ISQUÊMICO DEFINIÇÃO Deficit neurológico focal súbito ➔ > 24h: temos certeza que é um AVC, isquêmico em 80% e hemorrágico 20%, é algo súbito ou fechamento ou rompimento do vaso. ➔ < 24h: AIT, ataque isquêmico transitório, sem infarto. É um vaso ocluído o qual sofreu uma reperfusão, tendo o paciente uma melhora neurológica. Quando tiver 15 minutos, considerar o paciente como AVE. Portanto, suspeito de um AVE em um paciente que tem uma deficiência neurológico súbito que está durando muito tempo e se em 10/15 minutos não melhorou, eu conduzo o tratamento como tal. CLÍNICA Depende do local da lesão ➔ Artéria cerebral média: perfunde área de broca e wernicke, parte motora, sensitiva o Síndrome piramidal (motora) contralateral: pode poupar perna o Alteração sensitiva contralateral: pode poupar perna o Afasia motora (broca): hemisfério E o Afasia sensitiva (wernick): hemisfério E ➔ Artéria cerebral anterior: irriga as regiões corticais que mexem e sentem a perna do lado oposto o Deficiência motora + sensitiva perna contralateral ➔ Artéria cerebral posterior: déficit visual ➔ Aa. Lenticulo-estriadas (AVE lacunar): tamanho pequeno, mas de enorme importância o Ramos perfurantes para a capsula interna o Hemiplegia contralateral pura, pois isquemia a região da capsula interna por onde passa todos os primeiros neurônios de um hemisfério cerebral ➔ AVE de tronco encefálico: existem fibras motoras descendo que cruzam para o outro lado, portanto uma lesão do lado esquerdo causa paralisia do lado direito. E no tronco também sobe fibras sensitivas já cruzada. Saem os pares cranianos também, eles não cruzam mais para o outro lado, pois a fibras que formaram ele já cruzaram antes. Síndrome cruzada: Weber (mesencéfalo do 3° par); Wallemberg (bulbo 5° par) o Alteração sensitiva ou motora do lado oposto o Alteração de nervo craniano do mesmo lado DIAGNÓSTICO ➔ Diferenciar os AVEs, afastar hemorragia, com neuroimagem através da TC de crânio sem contraste o AVEi: normal no inicio o Lesão fica hipodensa 24-72h ARIELY MESANINI MED UNIC 36 ➔ Ressonância magnética: melhor técnica por difusão (DWI), quando ocorre uma lesão isquemia e o neurônio começa a morrer, aquela região morta, começa a experimentar um edema celular, citotóxico, na tc e na ressonância vai demorar para aparecer, já a RM por difusão consegue apontar o inicio do processo isquemia, tendo a vantagem de precocidade. TRATAMENTO É dividido em dois momentos diferentes: ➔ Agudo (↓ déficit) primeiros 3 dias: ele é feito de preferencia em região de neuro intensivismo (contudo a realidade não é essa). Sabe-se que o neurônio é uma estrutura extremamente sensível a isquemia, isto é, em pouco minutos o neurônio morre (infarto neuronal em pouco tempo é formado), e ao redor dessa área infartada, tem uma área chamada de penumbra isquêmica que está recebendo uma perfusão vascular mas de forma reduzida, sendo ainda viável. Portanto a abordagem aguda, visa salvar a área de penumbra isquêmica para não aumentar a área irrecuperável do doente, ou seja, reduzir as sequelas neurológicas. Estabilização clínica: o Controlar a glicemia (evitar hipo/hiper), temperatura (monitorização continua, pois, a hipertermia reduz a viabilidade neuronal) e sódio o HAS permissiva (deixar a PA subir, para que chegue sangue na área que queremos suprir, mas tem um limite, pois ser uma área de fragilidade neuronal, ela corre risco de transformação hemorrágica, PA ↓ se: >220 x 120; >185x110 (se for trombolisar) Terapia antitrombótica: o Trombólise: rtPA (alteplase) 0,9mg/kg (máx 90mg), faz infusão ao longo de muitos minutos. Delta T (janela de trombólise): Até 4,5h do início dos sintomas. Contraindicação: sem AVE/TCE nos últimos 3 meses/ sem AVEH prévio. o E se o paciente acordou com o déficit ou há imprecisão no tempo? RM formalmente indicada: trombólise se DWI “difusão” (+) e FLAIR (-) o AAS (prevenção precoce) e heparina profilática (TVP), mas se o doente foi submetido a trombólise, o ideal é aguardar 24h para realizar essas estratégias que podem aumentar o risco de sangramento. o Endovascular: trombectomia mecânica (para retirar o trombo), pode indicar até 24h “6h” do AVE isquêmico / especialmente oclusão de grande artéria (carótida interna, parte inicial da cerebral média) ➔ Crônico (↓ recorrência) prevenção secundária: Depende da causa: o Atero trombótico: vasculatura cerebral que tem aterosclerose, ela se rompe e forma um trombo dentro da artéria que oclui. Tratamento: antiagregação plaquetária, controle de fator de risco (HAS, DM, tabagismo), endarterectomia se obstrução ≥ 70% o Cardio embólico: problema no coração gerador de êmbolos, principal problema é fibrilação atrial, e esses trombos são formados no coração e chegam a ocluir a artéria cerebral. Tratamento: anticoagulação plena (se extenso aguarda 14 dias) o Investigação: ECG (eletrocardiograma pode ter o FA), ECO (área assimétrica) e Duplex scan (doppler de carótidas e vertebrais “aterosclerótica”)
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