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Síndrome Neurovascular Robson Segundo Acidente Vascular Encefálico - AVE (cai muito em PROVA): Déficit neurológico focal; Exemplo: Deixou de mexer o lado direito do corpo; Pode haver uma diminuição da sensibilidade por causa de um tumor (e se estabelece ao longo de meses). Súbito: Vascular. O AIT é súbito, mas rapidamente a pessoa volta; No AVE é súbito, mas dura muito tempo (pelo menos 15 min) para voltar. Suspeita de AVE: Déficit neurológico focal súbito >15 min. Isquêmico (80%): Tem tratamento muito distinto do tratamento do hemorrágico. Tem que fazer de tudo para diferenciar o AVE que o paciente está apresentando (realizar neuroimagem - sem contraste). Faz o que estiver ao alcance (TC ou RNM); Objetivo: Procurar hemorragia. TC de crânio: Normal no início (sem alterações). Só vem apresentar alteração após 24h a 72h. Lesão hipodensa. RNM: Melhor técnica: Por difusão (DWI). Consegue visualizar lesão isquêmica desde o início. Principal vantagem em relação à tradicional: Precocidade. Na tradicional, tem-se o mesmo raciocínio da TC (por isso, normalmente prefere-se a TC). Tratamento agudo (primeiros 03 dias): Assim que começa um surto isquêmico, uma área neuronal rapidamente morre (não tem mais como reverter). Penumbra isquêmica: Área de neurônios inativos, mas estão vivos e se chegar sangue, eles se salvam e reduz-se a sequela isquêmica do paciente. Trombólise é melhorar a perfusão e salvar a área de penumbra isquêmica. Principal objetivo: Salvar área de penumbra isquêmica. Estabilização clínica: Retira qualquer fator que possa piorar a viabilidade do neurônio. Controlar glicemia, temperatura e sódio (cai pouco em PROVA); Seja hipo ou hiperglicemia Neurônio não gosta de febre (reduz a viabilidade neurológica da área de penumbra isquêmica); O neurônio não tolera grandes alterações natrêmicas, pois mexe na osmolaridade sanguínea e terá repercussão neuronal. HAS permissiva; Pois se reduzir a PA, acaba reduzindo a perfusão no cérebro; Porém, a área que sofreu o infarto neuronal é mais frágil e não aceita PA tão alta. Diminui-se a PA se >220X120mmHg ou 185X110mmHg (se for trombolisar). Terapia antitrombótica: Trombólise IV: rtPA (alteplase). 0,9mg/kg (máx 90mg). Espaço de tempo (Delta-T): Até 4,5h; Sem AVE/TCE nos últimos 03 meses; Sem AVEh prévio. Se acordar com o déficit ou Delta-T impreciso: Indicação formal de Ressonância (convencional (FLAIR) e a por difusão (DWI)). Trombólise se Mismatch DWI-FLAIR (RNM). Na convencional, não enxerga a isquemia (pois precisa de algumas horas para mostrar); Quando compara com de difusão e visualiza lesão, indica que a lesão é muito precoce, pois não foi visualizada na Ressonância convencional, que precisa de algumas horas para poder mostrar. AAS (prevenção precoce da recorrência isquêmica) e heparina profilática (contra TVP, mas não para anticoagular): Nas primeiras 48h. Para evitar o risco de recorrência de isquemia cerebral (que é maior nos primeiros dias). Se fez trombólise: Aguardar 24h e realiza essas medidas de prevenção nas "segundas" 24h restantes; Pois trombólise aumenta o risco de transformação hemorrágica, que pode ser potencializada por AAS. Endovascular (muito importante): Trombectomia Mecânica (com stent). Ideal: Até 06h; Embora, aceite-se até 24h. Que tenha ocorrido oclusão de uma grande artéria (para que valha a pena). Principalmente a Carótida Interna e a porção inicial da Artéria Cerebral Média. Um dispositivo chega até o vaso que está obstruído e retira o trombo. Abre onde tem o trombo e, quando o trombo estiver enrolado no stent, puxa-se ele e consegue retirar o trombo. Não exclui a realização de trombólise (ela é a mais importante). Faz-se esse dispositivo além da trombólise. Tratamento crônico (prevenção secundária): Depende da causa: Como investigar: ECG; ECO; Doppler (carótidas e vertebrais - são as artérias que levam sangue para a cabeça). Aterotrombótico: Tinha uma artéria cerebral com placa de ateroma; Essa placa ulcera e forma-se um trombo em cima dessa placa de ateroma; É a mesma fisiologia de um infarto clássico. Antiagregação plaquetária; Pelo menos AAS cronicamente. Controle de fator de risco; HAS, DM, tabagismo. Endarterectomia se obstrução >=70%. Abre a carótida e limpa (retirando placa de ateroma). Faz-se no "lado culpado": Se o defeito foi no lado direito, a alteração é no lado direto; Se a obstrução foi de 60%, por exemplo, não mexe. Cardioembólico: A artéria cerebral é sem alteração. Tem uma alteração cardíaca e essa alteração é formadora de trombo e o trombo que nasceu no coração pode ir para o cérebro. Geralmente é F.A. Anticoagulação plena; A partir do 03º/04º dia geralmente. Se extenso: Aguardar 14 dias. Pois é um área que está mais fragilizada (pode complicar com transformação hemorrágica). Hemorrágico (20%): TC de crânio: Lesão hiperdensa (desde o início). Hemorragia intraparenquimatosa: Começa com déficit focal. Pois comprime neurônio; Há uma hemorragia dentro do parênquima; Ocorre de forma súbita. Causas: Hipertensão Arterial não controlada (mais importante); Microaneurisma de Charcot-Bouchard. Angiopatia Amiloide (mais rara); Degeneração da vasculatura dentro do parênquima; Geralmente o sangramento é maior. Idoso, Alzheimer. Manifestações: Hipertensão Intracraniana; O sangue não tem para aonde ir. Cefaleia + Redução do nível de consciência. Déficit neurológico focal súbito. Diagnóstico: TC de crânio sem contraste. Se houver sangramento, ele aparece desde o primeiro momento da sua ocorrência. Putame. É uma estrutura vizinha à cápsula interna. Uma hemorragia putaminal terá manifestação semelhante à manifestação de uma AVE isquêmico de cápsula interna (prejudicará todos os neurônios, que iriam se cruzar). Hemiplegia contralateral (semelhante ao AVEi da cápsula interna). Tratamento: Suporte (hipertensão intracraniana): PA sistólica 140mmHg (é o alvo). Cirurgia: O vaso é microscópico e está no meio do parênquima. Hematoma Cerebelar >03cm. É mais para esvaziar o hematoma (drenagem) - não é para o vaso. Fugindo disso, é fazer suporte e esperar que se resolve naturalmente. Hemorragia subaracnoide: Déficit focal se complicar. Ocupa espaço que antes era apenas o líquor; Há uma hemorragia ao redor do parênquima; Só vai ter deficiência neurológica focal se complicar. Causa: Ruptura de aneurisma sacular (artéria comunicante anterior - local mais prevalente). São vasos grandes, que irão emitir ramos para perfundir parênquima; Irão emitir um sangramento vultuoso para o interior da cabeça do indivíduo; Se o sangramento não for interrompido, o paciente pode morrer. Manifestações: Cefaleia súbita (pior da vida) + Redução do nível de consciência + Rigidez da nuca (pois sofre irritação química nas meninges - não é de imediato: após 12-24h). Escala de Hunt-Hess (cai pouco em PROVA): Possa ser que pergunte em PROVA o nome da escala, mas não o grau. Grau 1: Lúcido, leve cefaleia. Grau 2: Cefaleia + rigidez. Grau 3: Sonolento. Grau 4: Torpor, déficit focal. Grau 5: Coma. Diagnóstico: TC de crânio sem contraste. Presença de sangue dentro do ventrículo, ocupando o espaço que era do líquor. Não é tão nítido assim em quem não tem hemorragia subaracnoide: "Um coração na cabeça"; "Um Mickey na cabeça". TC normal: Punção lombar. Pois o sangramento pode não ter sido tão intenso e o sangue pode estar no líquor. O líquor estará mais amarelado (xantocromia). O normal é ele claro (transparente). Escala de Fisher - TC (cai pouco em PROVA - pergunta-se normalmente só o nome): Grau 1: Sem sangue. Grau 2: Lâmina de sangue fina (<01mm). Grau 3: Lâmina >01mm. Grau 4: Hemorragia intracerebral / ventricular. Após diagnóstico: Exame vascular. AngioTC, angioRM, arteriografia. Complicações: Ressangramento: 01º-07º dia; Prevenção: Intervenção precoce (feita pelo neurocirurgião). Vasoespasmo: Pode complicar com AVE isquêmico. 03º-14º dia(acompanha com Doppler transcraniano). É mais nesse período de tempo, pois precisa de um tempo para que ocorra a reação química; O Doppler permite acompanhar o fluxo sanguíneo reduzindo, indicando o vasoespasmo e permite evitar a isquemia antes que ela ocorra. Tratamento: Indução de hipertensão. Antigo 3Hs (Dava-se volume para provocar hipervolemia, hipertensão e hemodiluição). Hoje em dia sabe-se que o que resolve mesmo o paciente é a hipertensão. Hidrocefalia: Extra-Prova: Coágulo: Bloqueia drenagem liquórica. Após o coágulo se desfazer, retira a derivação e resolve. Tratamento: Derivação ventricular (externa (mais usada) ou peritoneal). A peritoneal é mais para casos que não vão se resolver. Hiponatremia: Hipovolemia (BNP): Síndrome Perdedora de Sal. Com isso, perde muito volume. Normovolemia (ADH): SIADH. Com o passar das horas ajusta a volemia, por isso apresenta normovolemia. Tratamento: Intervenção precoce; Só não pode mexer durante o período de risco de vasoespasmo. Até 03º dia (ou só após 14 dias): Clipagem cirúrgica / endovascular (coil - pequenas molinhas que vão preencher completamente o aneurisma e depois de um tempo o sangue não entrará mais, tendendo até ao fechamento da musculatura). Controle da PA; PA sistólica: <140-160mmHg. Não há tanto consenso quanto ao alvo da PA sistólica. Neuroproteção: Só se faz para hemorragia subaracnoidea. Nimodipina VO ou SNG: Melhora o prognóstico neurológico da hemorragia subaracnoidea; É bloqueador do canal de cálcio. 60mg 04/04h por 14-21 dias. Lobos frontais: Frontal: Linguagem; Fala: Área de Broca. Não existe nos dois hemisférios (apenas no hemisfério dominante - a maioria das pessoas é o esquerdo). Em AVE isquêmico, com essa área lesada consegue entender o que foi falado, mas não consegue falar (afasia motora). Motricidade; Comanda o lado oposto. O córtex motor do lado esquerdo comanda a função do lado direito. Os neurônios responsáveis por mexerem uma região do corpo ficam agrupados e não dispersos. A perna é mais medial. E depois passam a compor um feixe único (tronco encefálico - é no bulbo onde os feixes neuronais cruzam, fazendo a coordenação do lado oposto). Cápsula interna: Diminuta cápsula da cabeça, por onde passa todos os neurônios. Um AVE isquêmico nessa cápsula, será pequeno, mas terá uma repercussão clínica grande. Parietal: Sensibilidade. Sente lado oposto. Os neurônios sensitivos também cruzam para o outro lado e também ficam agrupados, para organizar a sensação. A perna é mais medial. Temporal: Linguagem: Compreensão: Área de Wernicke. Também só existe no hemisfério dominante. Lesão dessa área provoca Afasia de Wernicke (consegue falar, mas não entende o que está falando). Occipital: Visão: Onde tem a consciência do que está enxergando. Tronco: Pares cranianos. É do tronco que sai a maior parte deles. Diplopia; Disfagia; Vertigem. Cerebelo: Não é o protagonista do movimento voluntário (e sim os neurônios motores). Ele faz ajustes finos do movimento. Coordenação. Ataxia. O paciente realiza o movimento, mas não de forma organizada. Vascularização: Polígono de Willis: Circulação posterior (Vértebro-basilar): São duas vertebrais formando uma basilar; Basilar: Emite ramos para o tronco e cerebelo. Bifurca-se dando origem a duas artérias: Cerebral Posterior (tem 01 de cada lado). Perfunde mais a região posterior. Circulação Anterior (Carotídea): Carótida comum: Carótida externa não entra no crânio; Carótida interna entra no crânio e participa da perfusão cerebral. Ramos: Artéria Cerebral Anterior; Vai para a região anterior. Perfunde região ântero-medial. Artéria Cerebral Média. Caminha lateralmente; Tem 01 de cada lado. Perfunde a região posterior. Síndromes isquêmicas: Ramos: Artérias Lenticulos-estriadas: São ramos perfurantes que irrigam mais internamente o encéfalo; Essas Artérias perfundem a cápsula interna. A circulação anterior se encontrar com a posterior garante uma proteção maior; Tem 01 Artéria Comunicante Anterior; Tem 02 Artérias Comunicantes Posteriores. Depende do local da lesão. Artéria Cerebral Média: Motor + sensitivo contralateral ao mesmo tempo (pode poupar perna - que é mais medial); Mas, na prática, devido ao edema regional, pode começar a prejudicar a perna; Possa ser que não seja sensitivo e motor ao mesmo tempo (nesse caso, são lesões mais específicas, mais territoriais). Afasia motora (Broca) - Hemisfério E (mais comum); Afasia sensitiva (Wernicke) - Hemisfério E (mais comum). Artéria Cerebral Anterior: É igual a uma perna. Motor + sensitivo perna contralateral. Artéria Cerebral Posterior: Déficit visual. Lobo Occipital. Consciência do que está vendo. Artérias Lentículo-Estriadas (AVE lacunar): São Ramos perfurantes para cápsula interna. Hemiplegia contralateral pura (pois não atinge neurônios sensoriais). Afeta apenas os neurônios motores que iriam cruzar para realizar o movimento. Território Vértebro-Basilar: Alterações de pares cranianos (tronco cerebral) e coordenação (cerebelo).
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