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Prótese Fixa Materiais de Moldagem e suas indicações (FOUFAL 2022)

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Revisão de Literatura, Página: 1
PRÓTESE FIXA:
MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES
FIXED PROSTHESIS: MOLDING MATERIALS AND THEIR INDICATIONS
Universidade Federal de Alagoas
Campus A. C. Simões
Faculdade de Odontologia de Alagoas
DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA
Emilly Amorim Alcântara
Discente do curso de Odontologia da
Universidade Federal de Alagoas, na
Faculdade Odontologia de Alagoas.
Lattes iD:
http://lattes.cnpq.br/3404767175818276
Evandro Luiz B. Marroquim
Doutor em Ciências Odontológicas com
Área de concentração em Clínicas
Odontológicas. Professor/Pesquisador
na Universidade Federal de Alagoas
(UFAL).
Lattes iD:
http://lattes.cnpq.br/7824404989528172
Trabalho apresentado como
requisito para a obtenção parcial
da nota da primeira avaliação
bimestral.
RELEVÂNCIA CLÍNICA
Os dentes protéticos proporcionam aos pacientes uma melhor sensação de
bem-estar, pois lhes permitem sorrir, mastigar e engolir. Eles também ajudam os
pacientes a recuperar um senso de positividade, recuperando a auto-estima. Dessa
forma, o entendimento sobre a Prótese Fixa, assim como os materiais de moldagem e
as suas indicações justifica a sua relevância clínica.
INTRODUÇÃO
“O conhecimento das estruturas anatômicas da cavidade oral é fundamental
para realização do tratamento protético” em pacientes com dentes perdidos e
alterações na mandíbula, músculos, ossos e ATM fornecem um remédio para alterações
na aparência, mastigação, fonação e conforto. As alterações nestas áreas incluem
afinamento ósseo, redução do tônus muscular e funcionalidade na ATM. A recuperação
da vitalidade com o tratamento de reabilitação protética apropriado fornece uma
solução permanente. Certos fatores necessitam de análise crítica ao criar esta prótese.
Estes incluem a compreensão da função muscular da mandíbula, marcos anatômicos
pertinentes e conexões nervosas fibrosas (ASSUNÇÃO, 2004, p. 57 ). Para criar uma
cópia física de um objeto, precisamos realizar a ação de moldagem. Uma vez
realizado, o objeto original - ou moldado - é deslocado para seu negativo,
denominando-se molde. “A inserção de um determinado material no interior do molde
(gesso, resina acrílica, metal etc) resulta em um modelo, que representa a cópia
idêntica do objeto moldado” (GENNARI FILHO, 2018, p. 04).
O EXAME CLÍNICO
O exame clínico inclui uma fase de exame pré-operatório, permitindo avaliar a
condição atual e as necessidades reais de todo o paciente. Requer habilidade,
paciência, experiência, observação, autodisciplina, conhecimento básico em outras
áreas e cooperação paciente. Os exames laboratoriais visam detectar e avaliar
condições patológicas, doenças sistêmicas e debilitantes, alterações
anátomo-fisiológicas da cavidade oral, doenças bucais e faciais. O objetivo desta fase
também é estabelecer o diagnóstico, prognóstico, possíveis dificuldades de tratamento,
informações pessoais e níveis de adesão do paciente (ROCHA e RUSSI, 2015). “O
Diagnóstico bucal é a síntese que se obtém do exame de um indivíduo (interrogatório,
exame clínico, radiográfico, estudo dos modelos) em relação a seu estado de saúde
buco-dental” (GENNARI FILHO, 2004).
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
http://lattes.cnpq.br/3404767175818276
http://lattes.cnpq.br/7824404989528172
Revisão de Literatura, Página: 2
A MOLDAGEM
Os modelos de estudo permitem uma visão de conjunto das características da área de suporte. São úteis para o diagnóstico,
planejamento de cirurgias pré-protéticas e confecção da moldeira individual. O termo "moldagem" pode ser definido como o ato de
reproduzir negativamente os detalhes e contornos anatômicos da área a ser remendada pela ação dinâmica das estruturas associadas
à prótese. Eles descreveram a preservação do tecido oral, estabilidade, retenção, suporte e estética como objetivos fundamentais a
serem alcançados na formação de um paciente totalmente edêntulo. Além disso, a moldagem deve permitir a construção de uma base
protética completa que respeite os limites de tolerância fisiológica do tecido de suporte (REIS et al, 2007). As impressões podem ser
divididas em dois tipos: primárias ou anatômicas, funcionais ou secundárias. A pré-forma nos permite obter a reconstrução basal,
avaliar a inserção muscular que termina na zona de selamento periférica, determinar se é necessária cirurgia pré-protética e obter um
modelo de estudo para uso individual (REIS et al, 2007).
AS MOLDEIRAS
“As moldeiras são recipientes apropriados para levar à boca do paciente certa quantidade de material de moldagem,
previamente e corretamente manipulado, distribuindo-o uniformemente sobre uma área a moldar e mantê-lo em posição até seu
endurecimento total” (GENNARI FILHO, 2018, p. 04). Existem 2 tipos de moldeiras: a de estoque e as individuais. E na prótese fixa,
usamos normalmente a “As moldeiras de estoque, como o próprio nome diz, são aquelas encontradas nas casas de artigos dentários,
geralmente feitas de alumínio, podendo ser LISAS quando utiliza-se um material de moldagem que adere ao metal (godiva) ou
PERFURADAS quando o material não oferece aderência (silicone)” (GENNARI FILHO, 2018, p. 04).
OS TIPOS DE MOLDAGEM
Existem 3 tipos de moldagens, a preliminar, a funcional e a funcional de borda, onde cada uma tem opções diferentes de
materiais para sua moldagem. Uma moldagem funcional é uma impressão dinâmica que registra todos os detalhes anatômicos da área
moldável da dentição e as inserções dos músculos envolvidos na dentição através do movimento. É o que permite uma maior precisão
no trabalho. É feito com uma moldeira individual (PARANHOS, MUGLIA, V. A. e SILVA-LOVAT, 2021). Durante a atividade muscular, a
contração muscular, a tensão ligamentar e a compressão da mucosa coberta pela base da prótese alteram a superfície de apoio da
base da prótese, resultando em deformação, principalmente nas áreas de colapso tecidual. Essas modificações funcionais da anatomia
oral contribuem naturalmente para a estabilidade do instrumento (PARANHOS, MUGLIA, V. A. e SILVA-LOVAT, 2021). A moldagem
funcional de borda obedece os princípios que devem nortear a conduta clínica de moldagem foram definidos em 1920 por Wilson
(1931). Dentre outros, salientou que toda área basal da prótese deve contactar com os tecidos bucais; as bordas devem ser levadas às
regiões passíveis de compressão; a área chapeável deve ser estendida tanto quanto os músculos permitirem; a região do palato não
deve ser comprimida, exceto na região posterior. Devido à assertiva dessas ponderações, tais princípios são aceitos como básicos ainda
na atualidade (NAKAMAE, TAMAKI e TAMAKI, 2013).
AS TÉCNICAS DE MOLDAGEM
Cada técnica de moldagem tem seu objetivo específico de uso, onde uma vez selecionado a moldeira e o material, obedecemos
a uma sequência para facilitar o ato da moldagem:
1. Manipulação do material
2. Carregamento da moldeira
3. Introdução na boca
4. Centralização da moldeira
5. Compressão
6. Tracionamento da musculatura
7. Estabilização
8. Remoção
9. Exame do molde
10. Vazamento do molde
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
Revisão de Literatura, Página: 3
Dupla Moldagem ou Reembasamento
É feita uma primeira moldagem, utilizando-se a silicona por condensação do tipo denso e uma segunda moldagem com o
material leve, para se copiarem os detalhes. Uma característica desse tipo de moldagem diz respeito à necessidade de se prover
espaço para que o material leve possa apresentar uma espessura capaz de moldar os detalhes do preparo protético (RODRIGUES et al,
2012).
Dupla Mistura ou Inserção Única
A moldagem pela técnica da dupla mistura, também conhecida como técnica de um único tempo utiliza dois materiais de
diferentes viscosidades, um mais denso e outro fluido em uma única etapa clínica. O material maisviscoso proporcionará um suporte e
empurrará o material leve para o interior do sulco gengival e dos detalhes. O material leve é injetado no sulco gengival e preparos,
enquanto isto, a moldeira é preenchida com o material pesado e levada a boca, forçando o material mais fluido a copiar os detalhes. A
massa e a pasta fluida são preparadas e colocadas na moldeira numa mesma etapa, partes moles preparadas podem ficar em contato
com a massa, preferivelmente ao fluido (MELLO, 2020).
Moldagem com casquetes
Esta técnica apresenta a vantagem da camada do material de moldagem ser menor e mais homogênea em todos os seus
pontos, o que teoricamente apresentará moldes mais fiéis e em consequência,troquéis mais exatos. Nesta técnica existe a
necessidade de uma superfície de 2 mm entre o preparo e o casquete que será ocupado pelo material de moldagem. Além
disso,apresenta como desvantagem,um gasto maior de tempo clínico para a confecção do casquete de moldagem em resina
auto-polimerizável (MEZZOMO et al., 2006).
Técnica com alívio interdental
Técnica muito utilizada pelos profissionais na qual insere a pasta densa juntamente com a moldeira de estoque, em
seguida realiza um desgaste nas zonas interdentais e em seguida, adiciona a pasta fluída no molde com a massa densa,assim
como na arcada do paciente. É uma técnica bastante simples de ser executada. No entanto, segundo a literatura afirma
existir uma pressão interna no molde, impedindo o escoamento do material fluído (IDRIS et al.,1995).
OS MATERIAIS DE MOLDAGEM
Fraga, 2021, afirma que, as técnicas farmacológicas são utilizados fármacos com o objetivo de deprimir o estado de
consciência do paciente. O cirurgião dentista tem uma variedade de recursos farmacológicos, como analgésicos, agentes sedativos,
dentre outros fármacos para controlar o medo, ansiedade, dor e comportamento, tornando-o responsivo aos comandos verbais e
cooperativo (MALAMED, 2012; APPUKUTTAN, 2016 apud FRAGA, 2021).
Quadro 2. Tipos de Moldagem e seus materiais indicados.
INDICAÇÃO MATERIAL DE MOLDAGEM
Moldagem preliminar Hidrocolóide irreversível, godiva em placa
Moldagem funcional Hidrocolóide reversível, hidrocolóide irreversível, pasta de óxido de zinco e eugenol, pasta de óxido de
zinco sem eugenol, polissulfetos, silicones de condensação e adição e poliéter
Moldagem funcional de borda (selado
periférico)
Godiva em bastão, elastômeros e pasta de óxido de zinco e eugenol
OS REQUISITOS PARA O MATERIAL DE MOLDAGEM
De acordo com dos Reis (s.d.) os principais requisitos para um material de moldagem ideal: Compatibilidade com os materiais
de vazamento; Adequado Custo X Benefício; Facilidade de Desinfecção; Tempo de presa adequado; Estabilidade Dimensional; Odor e
gosto agradáveis; Biocompatibilidade; Fácil Manuseio; Resistência; Viscosidade; Precisão e Fluidez.
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
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CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
O material indicado de acordo com Anusavice (2005) deve sempre abranger as qualidades de: Boa fluidez, com viscosidade
ideal para manter-se sobre a moldeira, sem escoar exageradamente, tempo de presa ideal e não provocar distorções ou rasgamento do
material, quando retirado da boca do paciente e tempo ideal para vazamento do gesso para obtenção do modelo a ser estudado.
Quadro 3. Classificação dos materiais de moldagem.
Fonte: CARTISE et al, 2020.
ANELÁSTICOS
O grupo de materiais de moldagem anelásticos, são caracterizados por sua baixíssima capacidade elástica, sujeitos a fraturas
em aplicações de tensões, trações e dobramentos, podendo suas reações de presa serem apresentadas através de reações químicas por
ativação dos reagentes e física através do calor, incluindo-se a estes materiais o gesso paris, atualmente em desuso, pasta de óxido de
zinco e eugenol (Pasta ZOE) e a godiva (GOMES, 2020).
Godiva: A godiva é um material anelástico, caracterizado por apresentar-se em forma de bastão, amplamente utilizado em prática de
selamentos periféricos por ser um material denso, que proporciona o registro das inserções, assim como também a godiva em placa
são intensamente utilizadas nas moldagens da extensão da área chapeável (OLIVEIRA, 2012). Em prática as godivas são indicadas em
moldagens totais de pacientes edêntulos ou em confecções de próteses totais, onde sempre esteve presente na prática no selamento
periférico, tendo como característica a possibilidade de reparos e repetições. Entretanto apresenta-se como desvantagem a baixa
capacidade de reprodução dos detalhes, capacidade de deformação da mucosa, uso de plastificadoras que proporciona riscos de
contaminações cruzadas aos pacientes, dificuldades por ser um material plástico de baixa fusão com presa rápida e tempo de
procedimento clínico, dificultando a prática do cirurgião-dentista nos atos de moldagens (CHAIN, 2013; GOIATO et al., 2013; OLIVEIRA,
2012). Sua propriedade termoplástica permite o material ser amolecido através do aquecimento, onde sua consistência amolecida,
proporciona uma cópia dos detalhes dos tecidos moles, solidificando-se sobre a boca, em torno de 36 °C. Essas capacidades são
proporcionadas através de suas propriedades, abrangendo diversas composições: ceras, resinas termoplásticas, cargas e agentes
corantes (CHAIN, 2013). MODO DE USO: Recomenda-se o uso de luvas durante o procedimento. 0 Amolecer a placa vermelha em água
quente à temperatura de 52 C. Os bastões verdes podem ser trabalhados diretamente na chama, tendo-se o cuidado de não queimar o
material. Manipular com os dedos tornando a massa homogênea. Adaptar à moldeira previamente selecionada. Flambar a superfície do
material com a chama da lamparina de álcool. Mergulhar rapidamente em água quente. Levar à boca, tomando a impressão que será
removida após o endurecimento do material (mais ou menos 3 minutos). Para acelerar o endurecimento, jogar um jato de água fria em
toda a superfície da moldeira. Só remover a moldeira depois do endurecimento completo. Se o modelo não for confeccionado
imediatamente, conservar a moldagem ao abrigo de calor ou poeira (em cuba com água) até o momento de usar. Após o uso ou
manuseio, desinfetar o material com álcool 70% (BULA DA NOVA ADL).
Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol: As pastas de óxido de zinco e eugenol, geralmente são indicadas nas práticas de moldagens
funcionais, o qual a mesma apresenta-se com vantagens por ser um material de ótimo escoamento, boa estabilidade dimensional,
rigidez após a presa, 8 baixo custo e permite necessidades de reembasamentos, apresenta-se com uma desprezível capacidade de
contração durante seu tempo de rigidez. Entretanto, por mais que seja um material amplamente utilizado, seu uso declara
desvantagens por ser um material que apresenta dificuldades de manipulação e limpeza dos instrumentais. Quando é um material
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
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atóxico, apresenta-se com a capacidade de causar aos pacientes, sensações de queimação na boca e gosto desagradável (GOMES,
2020). MODO DE USO: Em uma placa de vidro, colocar o óxido de zinco e o eugenol, espatular até que fique homogênea, na
consistência adequada ao uso pretendido, como sugerido abaixo: a) Restaurações Provisórias: a pasta de óxido de zinco e eugenol deve
ser consistente, não deve aderir à placa ou espátula. b) Cavidades Profundas: proporciona efeito anódino (calmante), deve ser uma
pasta cremosa que possibilite o contato do Eugenol com a dentina. c) Cimentação e Obturação de Canais Radiculares: pasta cremosa
de óxido de zinco e eugenol. d) Cimento cirúrgico: a pasta deve ser consistente, possibilitando a manipulação com os dedos (BULA DA
DENTALVILLE DO BRASIL LTDA).
Figura 6. Vantagens e desvantagens dosAnelásticos.
FONTE: GOMES (2020) Adaptada de Chain (2013); Oliveira (2012); Goiato (2013).
ELASTÔMEROS
Os elastômeros surgiram na odontologia na década de 1950 e, atualmente, quatro tipos são usados: o polissulfeto, o poliéter,
o silicone polimerizado por condensação e o silicone polimerizado por adição. Em relação aos silicones, podem ser encontrados em
quatro diferentes viscosidades: massa ou denso (tipo 0), pesado (tipo I), médio ou regular (tipo II) e leve (tipo III) (SINHORETI et al,
2010). Eles são macromoléculas constituídas por unidades menores, os monômeros. A reação de polimerização (presa) do material
determinará o nome do material. Eles apresentam resistência ao rasgamento, facilidade de manipulação, possibilidade de desinfeção
(10 min – glutaraldeído a 2%) e sabor e odor mais agradáveis que alginato.
Figura 10. Propriedades e características dos materiais elastoméricos.
Fonte: GOMES, 2020.
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
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Silicone Polimerizado por Condensação: Classificado como um dos materiais mais utilizados na atualidade, é caracterizado por ter uma
boa estabilidade dimensional onde o molde deverá ser vazado em gesso imediatamente, devido o silicone polimerizado por
condensação apresentar uma reação de liberação de álcool etílico, o qual ocasionará uma contração no molde. Apresenta-se com
moderada dificuldade de remoção do molde da arcada dental, moderada capacidade de reprodução de detalhes e baixo custo
(MEZZOMO et al., 2006). Os silicones polimerizados por condensação (polidimetilsiloxanos) possuem como componente básico um
radical α-ωhidroxipolidimetil siloxano; a reação de presa ocorre pela formação de ligações cruzadas entre o grupamento terminal do
polímero de silicone e silicatos de alquila tri e tetra funcionais na presença de octoato de estanho. Como subproduto, existe a formação
de álcool etílico, produto volátil que pode afetar a estabilidade dimensional do molde (SINHORETI et al, 2010). Eles apresentam como
vantagens o pouco tempo de trabalho e a presa, sabor e odor agradável, custo moderado, baixa contração e boa qualidade de cópia e
leitura das margens. Entretanto, obtém desvantagens a alta contração de distorção, instabilidade dimensional devido a formação de
subproduto (álcool), hidrofóbico, necessita de vazamento imediato e baixa resistência a ruptura (ANUSAVICE, 2005, apud GOMES,
2020).
Modo de uso do denso: proporção equivalente a duas vezes o diâmetro da colher dosadora. Uma dica é fazer um formato de cruz ou
duas linhas paralelas de comprimentos iguais da pasta catalisadora. As duas pastas devem ser misturadas com as pontas dos dedos
por até 30 segundos, garantindo a obtenção de uma mistura homogênea. Deve-se inserir o material preparado na moldeira e realizar a
moldagem em até 1 min e 45 segundos, aguardando um tempo em boca de apenas 4 minutos.
Modo de uso do fluido: dispense quantidades iguais da pasta base e catalisadora sobre uma superfície própria para mistura. Pode-se
utilizar uma placa de vidro ou um bloco de mistura. Então, é só espatular por 30 segundos os materiais, garantindo a obtenção de uma
mistura homogênea. É fundamental inserir o material na moldeira e, como dito no passo 2, controlar o tempo para realizar a moldagem
em até 1 min e 45 segundos; aguardando em boca por 4 minutos até a reação de condensação do material.
Silicone Polimerizado por Adição: Os silicones polimerizados por adição, também chamados de polivinilsiloxano ou vinilpolisiloxano,
possuem reação de presa através do grupo terminal etileno ou vinil com os grupamentos hidretos, mediados por um catalisador de sal
de platina, sem a formação de subprodutos. Há apenas liberação de gás hidrogênio da massa do material em razão de uma reação
secundária entre a umidade e os hidretos residuais do polímero base; entretanto, não ocorre a distorção do material de moldagem após
sua liberação (SINHORETI et al, 2010). Entre suas limitações, destaca-se o fato de após sua capacidade de presa, liberar gás
hidrogênio como um co-produto de reação, onde este gás não promoverá alterações dimensionais no molde, mas poderá proporcionar
alterações na qualidade da superfície do gesso vazado. Contudo, o profissional, deverá se atentar a indicações do fabricante quanto ao
tempo de liberação do gás hidrogênio para então vazar o molde confeccionado (GOMES, 2020). Desta forma, o Gomes (2020) explanou
cinco de suas vantagens: Possibilidade de o molde ser vazado em gesso após uma hora ou um dia e para alguns produtos, em até uma
semana. Possibilidade de mais de uma reprodução do molde trazendo um modelo fiel às reproduções da moldagem. Dispor do material
em diversas viscosidades, permitindo uma facilidade na escolha da técnica de moldagem. Possibilidade de desinfecção do modelo sem
danificar a precisão do molde Possuem sistemas de auto mistura que não prejudicará a qualidade das moldagens. E duas de suas
desvantagens: Dificuldade de aumentar o tempo de trabalho sem a utilização de retardadores. Alta tensão superficial, o que
proporciona uma dificuldade no escoamento do gesso (GOMES, 2020). MODO DE USO: O afastamento gengival é importante para um
bom resultado de moldagem, pois possibilita a visualização perfeita da linha de término dos preparos coronários durante a preparação
da moldagem e, como consequência, uma peça protética mais fiel. Para fazer o afastamento gengival, o dentista pode optar pelos
meios químicos, mecânicos e mecânicos-químicos. Para a moldagem com silicone em adição, a técnica mais utilizada é mecânica ou
mecânica-química, através do uso do fio de retração, com ou sem hemostático. O uso do fio retrator dentro do sulco permite uma
expansão de 0.5 mm, que é indicado para uma moldagem com silicone de adição. Assim, você evita rupturas ou espaços vazios nas
margens cervicais. Um dos cuidados básicos ao manusear os silicones de adição é não utilizar luvas de látex. Nenhum silicone de
adição deve ser utilizado com luvas de látex, pois elas afetam adversamente a polimerização dos moldes desses silicones. Apesar de
haver um bom leque de opções em técnicas, as mais utilizadas para a moldagem com silicone de adição são a de estágio um
(simultânea) e estágio dois. Para ambos os procedimentos, você vai precisar usar dois silicones de consistências diferentes. Na de
ALCÂNTARA, E. A.; MARROQUIM, E. L. B. PRÓTESE FIXA: MATERIAIS DE MOLDAGEM E SUAS INDICAÇÕES. Trabalho Assíncrono.
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ALAGOAS / DISCIPLINA DE PRÓTESE FIXA. 2022.
Revisão de Literatura, Página: 7
estágio um, a moldagem é feita de forma mais rápida e com a aplicação do silicone pesado e leve ao mesmo tempo. Já na técnica de
estágio dois, os silicones são moldados em momentos distintos e é feito um alívio no silicone pesado para encaixar o leve.Há também
outra técnica que pode ser uma boa opção, a monofásica, que consiste na aplicação do silicone diretamente na boca do paciente para
tirar o molde. Ela é muito prática, fácil e pode ser feita com apenas um silicone (SURYA DENTAL).
Poliéter: O poliéter foi o primeiro material elastomérico a proporcionar estabilidade dimensional prolongada, juntamente com uma alta
fidelidade de cópia negativa. Caracteriza-se por ser um material de poucas alterações dimensionais, pelo fato de não ter a capacidade
de formação de subprodutos em sua reação de endurecimento (CHAIN, 2013). Suas vantagens se caracterizam-se por ser um material
rígido e resistente ao rasgamento quando se comparado a outros elastômeros exceto o polissulfeto, possui menor capacidade de
deformação, é hidrofílico, possibilita vários vazamentos em uma só moldagem, podendo ser vazado após minutos, horas ou dias, onde os
modelos terão as mesmas precisões. Em desvantagem, o poliéter é representado por ser um material de custo elevado, curto tempo de
trabalho, grande viscosidade (podem ser indesejáveis, como nos casos de moldagensem prótese total), compressão dos tecidos de
suporte e a necessidade de alívios em áreas de retenções. Sua apresentação comercial é exposta em diferentes viscosidades e com
dispensadores automáticos, incluindo uma pasta-base e uma aceleradora (GOMES, 2020).
GESSOS
Os gessos vêm sendo empregados em Odontologia, desde o século XVIII, como materiais de moldagem e modelos, sofrendo
mudanças estruturais que lhe conferiram gradativamente melhores qualidades (Bonachela, 1991, apud FERREIRA, 2000). Gesso é um
produto utilizado em Odontologia com várias finalidades. Há vários tipos, alguns usados para moldagem (tipo I), outros para confecção
de modelos de estudo (tipo II), ou modelos de trabalho (tipos III, IV,V) sobre os quais são construídas as próteses dentárias. Outros
ainda, misturados com sílica, formam o revestimento odontológico para fundições de estruturas metálicas (FERREIRA, 2000). O gesso
odontológico pode ser do tipo III ou do tipo IV. Esse último, um produto mais nobre, obtido a partir de aditivos e que se caracteriza por
uma menor consistência, maior resistência mecânica e menor expansão (BALTAR, BASTOS e BORGES, 2004).
TIPO I - GESSO PARA MOLDAGEM: Estes materiais para moldagem, atualmente em desuso, são compostos de gesso Paris,
denominação decorrente do fato de este material ser importado inicialmente de Paris – França -, ao qual foram adicionados
modificadores, como aceleradores e retardadores, para regular o tempo de presa e a expansão de presa (ANUSAVICE, 1998 apud
MARODIN et al, 2012). Foi substituído por hidrocolóides irreversíveis.
TIPO II - GESSO COMUM PARA MODELO: Amplamente utilizado nos laboratórios de prótese até 1930, tendo como limitação sua
baixa resistência. Após uma hora, a resistência mínima desse gesso é de 8,9 MPa. É normalmente comercializado na cor branca, para
contrastar com os gessos pedra, que geralmente são coloridos (PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al, 2012). Usado pelos
ortodontistas para confecção de modelos de estudo, sendo recobertos por sabão para lhes dar brilho (MOTTA, 1991 apud MARODIN et
al, 2012). Usado também para preencher a mufla na construção de uma prótese total ou parcial, quando a expansão de presa não é
crítica e a resistência é adequada. Finalmente, pode ser utilizado para completar a 33 fixação de modelos em articuladores. É
relativamente pouco resistente (ANUSAVICE, 2005 apud MARODIN et al, 2012). Baixa resistência, mas é usado para modelo de
estudo.
TIPO III - GESSO PEDRA: Obtido através da calcinação da gipsita sob pressão de vapor controlado em autoclave, entre 120 e 130°C.
Seus cristais são mais densos que os do Paris, o que exige menor quantidade de água na mistura, sendo mais resistente e duro que o
tipo II, fato que originou a denominação “gesso-pedra”. Após 1 hora, tem uma resistência à compressão de no mínimo 20 MPa, mas não
excede 34 MPa (MOTTA, 1991 apud MARODIN et al, 2012). Composto principalmente da variedade hemidratado-α, a qual se adicionam
2 a 3 % de modificadores, um acelerador e um retardador, com a finalidade de controlar o tempo e a expansão de presa. O sulfato de
potássio e o sal de Rochelle são comumente empregados na maior parte dos gessos tipo pedra. Os gessos-pedra são classificados em
relação à resistência em classe I, que representa uma resistência à compressão a seco de 40 MPa a 50 MPa, e classe II, cuja
resistência à compressão a seco pode chegar a 68 MPa. Além disso, os da classe II possuem menor expansão de presa do que os da
classe I. A diferença está no tamanho da partícula do hemidratado-α utilizado, uma vez que as partículas do gesso II são maiores que
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as do gesso I. Como resultado, uma proporção água/pó menor pode ser utilizada para a mistura dos gessos pedra classe II (SKINNER,
1962 apud MARODIN et al, 2012). Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que se ajustam aos tecidos
moles, pois apresentam uma resistência adequada para este propósito e a prótese pode ser removida mais facilmente da boca
(ANUSAVICE, 2005 apud MARODIN et al, 2012). Este material é utilizado para a construção de troqueis, que reproduzem dentes
preparados, nos quais serão construídas restaurações que necessitam, durante o processo de fabricação, que o material do troquel
apresenta grande dureza e resistência ( MARODIN et al, 2012). É preciso salientar que uma ligeira expansão é tolerável em um modelo
e reproduz os tecidos moles, mas não é aceitável quando envolve a montagem de dentes preparados. Sendo assim, este gesso é
preferido para confecção de modelos durante a fabricação de dentaduras, por apresentar resistência adequada às etapas envolvidas e
ser de fácil remoção após a conclusão da prótese (PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al, 2012).
TIPO IV - GESSO PEDRA MELHORADO, COM ALTA RESISTÊNCIA E BAIXA EXPANSÃO: Para este tipo de gesso, a calcinação se
processa em vapor a uma temperatura de aproximadamente 125 ºC na presença de cloreto de cálcio a 30% para acelerar a reação
gerando cristais cubóides e retangulares, densos, homogêneos e em grande quantidade. O tipo IV é mais estável que o tipo III no
quesito expansão de endurecimento, que é controlada pela incorporação de redutores como sulfato de potássio e tártaro de potássio
(MOTTA, 1991 apud MARODIN et al, 2012). Este gesso é largamente utilizado para confecção de troquéis e modelos de trabalho de
prótese parcial fixa, devido à sua alta resistência e mínima expansão de presa. Após 1 hora a resistência à compressão é de no mínimo
34 MPa. (ANUSAVICE, 2005 apud MARODIN et al, 2012). Os principais requisitos de um gesso para troquel são a resistência e o
mínimo de expansão de presa. Para isso, um α-hemidratado do tipo “Densita” é utilizado. Como a secagem na superfície do gesso
acontece mais rapidamente, a dureza da superfície aumenta mais rapidamente do que a resistência à compressão, o que constitui uma
vantagem real, pois a superfície do troquel deve resistir à abrasão, enquanto seu corpo tenaz está menos sujeito à fratura (PHILLIPS,
1993 apud MARODIN et al, 2012). Alta resistência, ideal para prótese fixa e removível.
TIPO V - GESSO PEDRA MELHORADO, COM ALTA RESISTÊNCIA E ALTA EXPANSÃO: São provenientes do refinamento e da
incorporação de aditivos químicos no processo de calcinação da gipsita sob pressão no meio saturado de vapor, a uma temperatura
entre 120 e 130 ºC, para produzir cristais mais homogêneos, diminuindo-se as quantidades dos redutores de expansão de presa
(PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al, 2012). Tem uma resistência à compressão superior à do gesso tipo IV, de no mínimo 48 MPa.
Este aumento da resistência é conseguido pela diminuição da relação água: pó. Além disso, há um aumento da expansão de presa,
propriedade que compensa a grande contração de solidificação que certas ligas novas apresentam, como as de metais básicos
(ANUSAVICE, 2005 apud MARODIN et al, 2012). Confecção de troquéis e modelos.
GESSO SINTÉTICO: O gesso pedra de baixa expansão, fortalecido com resina e gipsita alfa melhorada, tornariam o modelo mais
resistente à fratura e a abrasão, apresentando baixa expansão de presa e estabilidade dimensional. Indicam-se para a fabricação de
troquéis, bandas dentárias e modelos para técnicas de metais preciosos e cerâmicos (PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al, 2012).
Este gesso é fortalecido com resina, tornando o modelo resistente à fratura e ao corte, e não friável.
REAÇÃO DE PRESA
Ao reagirem com a água, os produtos formados durante a calcinação retornam à forma de gipsita, contudo nunca alcançam
100% de conversão ao diidratado. A reação de presa do gesso ocorre pela dissolução do sulfato de cálcio hemidratado, pela formação
de uma solução saturada de sulfato de cálcio e agregação de sulfato de cálcio diidratado e pela precipitação de cristais de dihidrato
(PHILLIPS; SKINNER, 1962 apud MARODIN et al,2012). A reação de presa se inicia com a mistura de pó de hemidrato com água,
através de uma reação exotérmica. Inicialmente a mistura é um líquido viscoso, com superfície brilhante, devido a uma fase aquosa
contínua. Cristais de gipsita começam a interagir entre si e a superfície brilhante desaparece, devido ao direcionamento da fase
aquosa aos poros formados pelo crescimento dos cristais que se afastam uns dos outros. A gipsita endurecida consiste em um
agregado de cristais entrelaçados, que incorporam porosidade microscópica, a qual é inerente e pode ser de dois tipos: a causada pela
água que não reagiu e ficou no bloco endurecido, caracterizados por poros esféricos e entre os blocos de cristais, ou a causada pelo
crescimento cristalino, que são menores e irregulares, ocorrendo no interior dos cristais. As duas formas de porosidades são
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influenciadas pela relação água/pó. Uma baixa relação água/pó deixa menos água sem reagir no bloco endurecido, diminuindo a
quantidade do primeiro tipo de porosidade. Por outro lado, aumenta a relação intercristalina por concentrar pontos de nucleação em
menor volume da mistura, aumentando o segundo tipo de porosidade (O´BRIEN, 1981 apud MARODIN et al, 2012).
A reação de presa pode ser descrita em quatro etapas (MARODIN et al, 2012, p. 36):
1) Há formação de uma suspensão fluida e possível de ser manipulada ao se misturar o hemidrato com água;
2) O hemidrato dissolve-se até formar uma solução saturada;
3) Esta solução torna-se supersaturada pela presença do diidrato, que se precipita;
4) Com a precipitação do diidrato, a solução deixa de ser saturada de hemidrato, e assim a dissolução continua até a exaustão do
hemidrato.
Quanto mais finas forem as partículas, mais rápido será o endurecimento da mistura, devido ao aumento do número de
núcleos de cristalização. As impurezas presentes também diminuem o tempo de presa por aumento dos núcleos de cristalização.
Quanto maior o tempo e a velocidade de espatulação, menor será o tempo de presa do gesso. Ao se misturar água ao gesso, inicia-se a
formação dos cristais. Com a espatulação estes são rompidos e redistribuídos pelo interior da mistura, resultando na formação de mais
núcleos de cristalização. Dessa forma, o tempo de presa é reduzido (PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al, 2012) .
RESISTÊNCIA
A resistência do gesso é inversamente proporcional à relação água/pó, assim é importante manter a quantidade de água o
mais baixo possível. Deve-se usar a relação água pó sugerida pelo fabricante como guia. O pó deve ser pesado e a água medida por
pipetas graduadas. Devem-se evitar técnicas de adivinhação da quantidade de água necessária para a mistura, nas quais a água é
adicionada repetidamente para alcançar uma consistência adequada, porque elas diminuem a resistência e podem causar distorções,
uma das principais causas da falta de precisão no uso de produtos de gipsita. (PHILLIPS; SKINNER, 1962 apud MARODIN et al, 2012).
O aumento do tempo de espatulação afeta a resistência do gesso comum. Se a mistura for super espatulada, os cristais de gipsita
serão quebrados e menor será o entrelaçamento intercristalino resultante no produto final. (PHILLIPS, 1993 apud MARODIN et al,
2012).
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