Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MOLDAGEM Ato ou a técnica de reproduzir em negativo os detalhes anatômicos e estruturas circunjacentes da arcada dentária, em parte ou todo, por intermédio de uma ação dinâmica que proporcione máxima fidelidade. MOLDE Reprodução negativa como resultado da operação de moldagem da arcada dentária e dos tecidos circunjacentes. MODELO Reprodução positiva obtida pelo vazamento, tempo de presa final e separação do corpo do gesso do molde. MOLDAGEM DE ESTUDO Deve promover uma visão global e ampla dos tecidos, evidenciando todas as estruturas anatômicas de interesse. Os seguintes detalhes anatômicos devem ser observados em um modelo de estudo para a maxila: dentes, freio labial, bridas, túberes, rebordos alveolares, inserções musculares, palato duro e sua inserção com o palato mole. Mandíbula: dentes, freio lingual, bridas, linha milo-hióidea, linhas oblíquas interna e externa, papila retromolar, rebordos alveolares e inserções musculares. Para tal finalidade, deve-se escolher um material de fácil uso, preciso, que apresente bom escoamento e seja suficientemente elástico, promovendo sua remoção, mesmo na presença de áreas retentivas. Dentre os diversos materiais de moldagem, o hidrocoloide irreversível, também conhecido como alginato, é o material de escolha para a obtenção de moldes e posterior confecção de modelos de estudo de gesso. Vários são os tipos de gesso, utilizados para produzir moldes e modelos que de acordo com a indicação de uso, apresentam características que o diferem entre si. Moldagem PPR e Materiais de Moldagem Tipo III(gesso-pedra): tem sua indicação voltada à construção de modelos de estudo de PPR, uma vez que apresenta certa resistência para as etapas envolvidas no trabalho ao delineador. MOLDAGEM DE TRABALHO A etapa seguinte consiste da obtenção de uma nova moldagem a partir da realização de todos os preparos prévios previamente aferidos com estudo de delineador. O tipo de gesso que será empregado é o tipo IV (gesso-pedra de alta resistência): os principais requisitos de um gesso para ser utilizado em modelos de trabalho são resistência, dureza e mínimo de expansão de presa. Nas classes III e IV, a moldagem de trabalho é realizada por meio do uso de alginato, similar à moldagem para a obtenção do modelo de estudo. No caso de classe I e II, pode-se realizar, antes da moldagem com alginato, uma moldagem com silicone de polimerização por condensação ou por adição, de consistência densa, na região edêntulas posterior. MOLDAGEM FUNCIONAL De maneira geral, quanto maior a fidelidade da moldagem, melhor a adaptação da sela ao rebordo residual e o suporte oferecido à prótese removível. MATERIAIS DE MOLDAGEM Os primeiros materiais de moldagem com grande aceitação no mercado foram os elastômeros e relatos sobre as mercaptanas em 1950. Ainda nessa época surgiram as siliconas de condensação e 10 anos depois os materiais de borracha a base de poliéter. Em 1975 surgiram as siliconas de adição que tinham grande capacidade de reprodução de detalhes e estabilidade por não apresentarem subprodutos durante a reação de polimerização. A boa qualidade dos materiais de moldagem e dos gessos possibilitou e dos gessos possibilitou a obtenção de modelos mais fiéis e a realização de trabalhos com maior exatidão. Metalização pelo cobre e pela prata, resinas epóxicas, revestimentos também são utilizados com excelentes resultados. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM O MATERIAL IDEAL DE MOLDAGEM DEVE: Ser atóxico, evitando reações a mucosa durante a moldagem. Ter um cor que facilite a identificação dos detalhes do molde com precisão após a polimerização final. Permitir um tempo de trabalho satisfatório, especialmente em caos com múltiplos preparos. Ter uma consistência adequada e ser suficientemente para reproduzir detalhes de até 25 micrômeros. Não deformar ao ser removido da boca. Nenhum material recupera totalmente a sua elasticidade após ser removido da boca. Quanto maior a quantidade de retenção existente na área que vai ser moldada, maior será a distorção do molde. Apresentar estabilidade dimensional diante de variações de umidade e de temperatura. Não ter cheiros e gostos exagerados. Ter boa adesão a moldeira. Ser compatível com os materiais de modelo, gesso, revestimento para modelos, resinas epóxicas. Não apresentar distorção durante o vazamento do molde. Ser passível de desinfecção antes do vazamento sem que suas propriedades sejam alteradas. HIDROCOLOIDE REVERSÍVEL Seus principais componentes são água (80% a 86%) e um coloide hidrofílico orgânico de polissacarídeo chamado de ágar-ágar (8% a 15%). Outros componentes: bórax, sulfato de potássio e traços de agentes para proporcionar cor e sabor agradáveis. Apresentam-se em bisnagas para uso em moldeiras e seringas. Na temperatura ambiente, o hidrocoloide encontra-se na fase gel e precisa ser transformado na fase sol, por meio do condicionador de hidrocoloide. Como os hidrocoloides podem perder agua facilmente por sinérese, o que alteraria sua estabilidade dimensional os moldes devem ser vazados imediatamente. POLISSULFETO Conhecidos como mercaptanas Apresentam reação de polimerização que ocasiona aumento da viscosidade quando então ganham propriedades tixotrópicas Apresentados em duas versões: pasta base e pasta catalisadora. A pasta base é composta de um polímero de polissulfeto, agentes de carga(sílica) e plastificantes que controlam a sua viscosidades. Já a pasta catalisadora é composta por dióxido de chumbo, enxofre e óleo de rícino. Como todo material de borracha, sua embalagem inclui um adesivo especial composto de borracha butílica ou estireno diluído em acetona que promove a união entre material e moldeira. Podem ser encontrados em consistência leve, regular e pesada, cada uma indicada para diferentes técnicas. Uma das suas vantagens é o tempo de trabalho. Polimerização final ocorre em cerca de 9 minutos. Baixo custo, alta resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e boa reprodução de trabalho tornam esse material uma boa opção a base de borracha. Desvantagens: odor desagradável, capacidade de manchar e memória elástica deficiente. POLIÉTER Encontrado em bisnagas A pasta base contém um polímero de poliéter, sílica coloidal como agente de carga e um plastificante que pode ser um éter glicólico ou ftalato. A pasta catalisadora é composta pelos mesmos agentes de carga e plastificantes somados a um sulfonato. A mistura não forma subprodutos voláteis, o que garante uma boa estabilidade dimensional. Obtenção de excelentes modelos, pois são mais precisos que os polissulfetos e as siliconas de condensação e tem um bom adesivo. Em ambiente seco os moldes podem ser armazenados até 7 dias. São hidrofílicos e não podem ser usados em ambientes de alta umidade. Rasgam-se fácil, tempo de trabalho reduzido, gosto desagradável e difícil de desinfectar. Molde deve ser vazado imediatamente. SILICONA DE CONDENSAÇÃO A formação do elastômero ocorre por meio de uma reação cruzada entre o polímero de silicone e um silicato alquílico. O subproduto da reação é o álcool etílico que quando evapora confere o material maior alteração dimensional. Apresenta-se na forma de uma pasta e base e de um catalisador de baixa intensidade que pode ser liquido ou pastoso Vantagens facilidade de trabalho e técnica de moldagem Desvantagens baixa resistência ao rasgamento, maior deformação que outros elastômeros e distorção exagerada quando armazenada para posterior vazamento estão contribuindo parasua substituição por silicona de adição SILICONA DE ADIÇÃO Conhecida como polivinil siloxana. Tanto a pasta-base chamada de silicone híbrida, como a pasta catalisadora contém uma silicone vinilíca, sendo que a pasta catalisadora apresenta platina. A ligação cruzada ocorre por meio de uma reação de adição sem a formação de subprodutos, graças ao equilíbrio de reação entre as siliconas vinilica e hibrida, o que lhe confere uma excelente estabilidade dimensional. Essa reação continua a ocorrer mesmo após remover o molde da boca, por isso deve-se esperar 1 HORA PARA O VAZAMENTO. Vantagens: Por sua pouca alteração dimensional são os materiais mais precisos do mercado, excelente resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e ótima recuperação elástica. Desvantagens: Processo de polimerização alterado na presença do enxofre. O profissional não pode manipular esse material quando estiver usando LUVAS, pois vai tornar sua consistência rígida em borrachoide. DESINFECÇÃO DO MOLDE: Realizar desinfecção do molde previamente ao vazamento do gesso ou antes de enviar para o técnico. Desinfectantes usados com essa finalidade: glutaraldeído a 2% e o hipoclorito de sódio de 0,5 a 1%. Ao selecionar um desinfetante é importante verificar sua compatibilidade com o material de moldagem para evitar alterações na reprodução de detalhes, estabilidade dimensional. PROTOCOLO A SER SEGUIDO (PODE VARIAR): Lavar o molde em água corrente para limpeza prévia do sangue e da saliva e remover o excesso de água. Colocar o desinfetante em uma cuba de vidro ou de plástico com a tampa. Deixar o molde imerso na solução por 10 minutos. Lavar o molde em água corrente. Secar o molde. Glutaraldeído: moldes de polissulfeto e SILICONE. Hipoclorito: alginato, polissulfeto, silicone, poliéter, hidrocoloide reversível e godiva. Para alginato e poliéter recomenda-se que o hipoclorito seja aspergido na superfície do molde que é então coberto com papel toalha umedecido com o mesmo desinfetante e mantido por saco plástico por 10 minutos. A seguir o molde é lavado em agua corrente, seco e vazado.
Compartilhar