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Projeto Profissional cartilha fisioterapia respiratória COVID

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Prévia do material em texto

PRODUÇÃO DE VÍDEO E / OU MATERIAIS DIDÁTICOS E INFORMATIVOS
Nome (RA): Ana Helena de Arruda RA: RA: 39594
Nome (RA):Jaqueline Maria Viotto Mainete de Morais RA: 108323
Nome (RA): Talita Fernanda Pio RA: 59915
PROJETO PROFISSIONAL
CARTILHA COM EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS DOMICILIARES PARA IDOSOS PÓS COVID19
Projeto Profissional do professor (a): Naiara Maria de Souza Moreira do curso de Pós Graduação em Fisioterapia respiratória e terapia intensiva da Fundação Hermínio Ometto, turma iniciada em 2019.
Araras - 2021
Contextualização
O envelhecimento é um fator importante na alteração fisiológica do sistema respiratório, onde o indivíduo fica propenso a comprometimentos na função dos músculos da respiração. Além das alterações fisiológicas, decorrente a idade, os idosos se deparam com uma série de doenças e vírus que podem comprometer ainda mais seu funcionamento respiratório (CASTRO et al 2018, Ministério da Saúde,2020)
Os idosos são destaque na pandemia SARS COV-2/COVID-19, em grande parte por apresentar alterações decorrentes da senescência ou senilidade, eles apresentam uma reserva fisiológica diminuída e menor adaptação frente aos estressores ( COSTA e SILVA, 2020, SEBAN et al.2020, CHAIMOWICZ, 2011, GUEDES, OLIVEIRA, CARVALHO, 2018, ZANG et al. 2020).
Idosos que já possuem doenças crônicas como DPOC, cardíacos, transplantados, fumantes e pós-acidente vascular encefálico (AVE) entre outras situações proporcionam risco ainda maior na situação da saúde de idosos quando infectados por COVID 19 (FREITAS, et al., 2011, Portaria SES-DF Nº 418, 2018, SARAIVA et al. 2020, TSUKAMOTO et al.,2010).
Em um artigo publicado em março de 2020 na revista Nature, eles constataram que pessoas acima dos 59 anos têm cinco vezes mais chances de Óbto (WU et al 2020).
A reabilitação cardiopulmonar domiciliar (“home-based”) é geralmente definida como um programa de exercícios não supervisionado, realizados fora do ambiente clínico ou hospitalar, e que pode utilizar aconselhamento por telefone, aplicativos para smartphones ou até mesmo por materiais impressos, todos nos sentido de repassar orientaçãoes ao paciente(CACAU, et al 2020).
A Pneumonia ocorre muitas vezes em idosos e nos casos mais graves ocorre e pode ocorrer a Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) sendo uma resposta imune ao dano tecidual causado pelo vírus pode levar a insuficiência respiratória é caracterizada pelo rápido início de inflamação generalizada nos pulmões (FURLANATTO, 2020, ZANG et al. 2020).
De acordo com as recomendações da sociedade brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o atendimento às pessoas idosas durante a pandemia de COVID-19 deve ser feito preferencialmente em domicílio.
 Em situação pós internação de idosos por COVID 19 a reabilitação respiratória é algo muito importante e preferencialmente deve ser realizado no domicilio (WANG, et al. 2020).
A fisioterapia é a grande aliada para proporcionar uma vida mais saudável atuando de forma global: preventiva, tratando e reabilitando (BAGGETTA, et al. 2011, DUNN, et al. 2017, BRETT, L.et al. 2019). E neste momento de pandemia tem mostrado sua importância na reabilitação respiratória devido alterações relacionado a fraqueza muscular, alteração de expansibilidade, alteração de troca gasosa, dentre várias outras alterações proporcionadas pelo COVID-19 (WANG et al, 2020).
Pensando na importância da reabilitação respiratória realizada na fisioterapia, um método a somatizar o tratamento foi a realização da cartilha que através da orientação de exercícios respiratórios básicas pós COVID 19 proporcionaram a continuidade do tratamento diário (BJERK, et al. 2017, URQUIZA et al, 2020).
	
Problemática encontrada
Pacientes hospitalizados pela COVID-19 frequentemente apresentam sinais e sintomas como tosse, dispneia, secreção pulmonar, fadiga e hipoxemia, os quais são potencialmente tratáveis por meio de técnicas e recursos fisioterapêuticos. Dessa forma, desde o começo da pandemia a Fisioterapia tem atuado de forma essencial no tratamento dos pacientes acometidos por essa doença, tanto na fase aguda durante a hospitalização, nas formas grave e crítica, quanto na fase de recuperação após a alta hospitalar (CACAU et al. 2020)
Segundo a ASSOBRAFIR pacientes domiciliados e acamados naturalmente aumentam o tempo em que ficam na posição sentada ou deitada, o que pode contribuir de forma expressiva para maior intolerância ao exercício, redução de força muscular, prejuízo de tosse e expectoração e maior risco de trombose venosa profunda (TVP), especialmente em indivíduos que fazem parte do grupo de risco, como idosos e obesos (CACAU et al, 2020)
Sabe-se que um paciente crítico pode perder entre 17% e 30% da massa muscular nos primeiros 10 dias de internação, e a síndrome polineuropatia causa acometimento de membros inferiores principalmente (MMII) deixando o paciente com perfil acamado/domiciliado ou cadeirante (WITNER, et al 2020)
Na fisioterapia respiratória domiciliar o paciente ganha à medida que reduz o risco de reinternações evitando infecções hospitalares, e a reabilitação ocorre de forma mais humanizada, individualizada e no conforto do próprio lar do paciente (GOES, VERAS, 2019).
Por fim, tendo em vista a estimativa do Ministério da Saúde de crescimento dos casos de COVID-19 no Brasil, a atuação fisioterápica tem por objetivo prevenir que pacientes com a forma leve de COVID-19 e que já apresentavam limitações funcionais ou comorbidades prévias, evoluam com necessidade de internação hospitalar, o que ajuda a evitar o colapso dos serviços de saúde (SARAIVA et al 2020).
São vários artigos com demonstração de exercícios respiratórias indicados para pacientes com DPOC, pós acidente vascular encefálico (AVE), pós cirurgias torácicas, dentre outras situações (SARMENTO, 2015). Atualmente muitos estudos estão focando no tratamento global de pessoas pós COVID 19, maneiras para proporcionar um tratamento adequado, por isso estão surgindo muito material interessante e acompanhamento de telemonitorado.
O problema enfrentado muitas vezes pelo fisioterapeuta no domicilio é que o estimulo realizado com exercícios respiratório, muitas vezes ocorre somente no momento da sessão de fisioterapia, e muitas vezes a sessão é realizada uma vez na semana (SILVA et al, 2020)
Diante da dificuldade dos idosos replicarem as ações desejadas pelo fisioterapeuta diariamente, evidencia-se a necessidade de orientação de forma explicativa, ilustrada e que não deixe dúvidas para os pacientes idosos (MOREIRA, CASIMIRO,2019, MEHTA, ROY 2011,Portaria SES-DF Nº 418).
A atenção domiciliar tornou-se um dos principais pilares da prestação de serviços em saúde, uma vez que atende às necessidades de pacientes com condições patológicas diversas, crônicos, reabilitação ou paliativos, e esta ganhando cada vez mais espaço principalmente para pacientes idosos e na situação de pandemia por COVID 19, mostrando sua importância na fisioterapia respiratória (FELICIO, et al. 2005).
 Portanto além do suporte de fisioterapia domiciliar é muito importante a continuidade, a cartilha proporcionou incentivo para os idosos realizar os exercícios relacionados com reexpansão pulmonar, fortalecimento musculatura respiratória e exercícios para higiene brônquica (DAMASCENO et al, 2019, SARMENTO, 2015).
Todavia, a falta de aderência ao tratamento, o que inclui não seguir as orientações domiciliares, aumenta a probabilidade de fracasso do tratamento, sendo um fenômeno que repercute negativamente no indivíduo de forma global e que acomete no tratamento de toda alterações encontradas na avaliação de fisioterapia respiratória (GOES, VERAS, 2019, WOLKANIG-BARTINIK, POGORZELKA, BARTINIK, 2011).
Material produzido 
A cartilha que foi desenvolvida possui o objetivo de auxiliar e foi uma ferramenta de consulta, visando esclarecer dúvidas e informar pacientes e familiares com orientações de fisioterapia para auxiliar na prevenção de agravos e tratamento de alterações respiratórias adquiridas pós infecção por COVID 19, indicado principalmentepara pacientes idosos desospitalizados em processo de reabilitação respiratória, e assim proporcionar melhora do quadro geral e voltar a realizar AVDs (BRANDÃO, et al. 2018, VITACCA, 2016). 
As orientações da cartilha estão dentro das possibilidades do espaço domiciliar do paciente, de acordo com suas necessidades e condições patológicas. A Cartilha enfatizou a importância da continuidade do tratamento no domicilio, bem como a importância de sua realização diária ou conforme orientação do profissional (BRETT, et al, 2018, MCCARROL, RIET,HALTER, 2020).
A cartilha foi um instrumento instrutivo com estratégia viável para reforçar as atividades praticadas durante a sessão de fisioterapia. Tal prática é denominada de autogestão, na qual, o paciente executa em sua residência os exercícios ensinados. As orientações da cartilha foram realizadas em domicílio faz com que todos da residência fossem integrados no tratamento, pois os familiares são importantes na continuidade do cuidado e no auxílio das atividades propostas e o fisioterapeuta é fundamental para reforçar a importância da realização das atividades e consequentemente na adesão da terapêutica domiciliar (DRESSEN, et al. 2017, HAGER, et al. 2019).
A cartilha foi introduzida após a avaliação fisioterapêutica, sessão fisioterapêutica e demonstração do exercício a ser realizado no domicilio, a cartilha enfatizou a importância da continuidade do tratamento com os exercícios que variaram a cada situação, sendo esta cartilha com intuito de exercícios respiratórios. 
A ideia é que no computador esteja salvo diversos exercícios simples mas variados sendo divididos em: 
-Controle respiratório
- Exercício ativo respiratório de reexpansão pulmonar 
-Exercícios respiratórios para estimular higiene brônquica
Os exercícios para melhorar a oxigenação estimulam a troca gasosa alveolar e controle da respiração (REIS,et al. 2020).
Exercícios de expiração no copo com água
Este exercício deve ser executado preferencialmente sentado em uma cadeira confortável
Deve segurar o copo com agua com uma das mãos, e o canudo com a outra mão. Primeiramente inspire profundamente enchendo o máximo possível o peito de ar e na sequencia expire pelo canudo lentamente, fazendo bolhas na agua (REIS,et al. 2020)..
 Encher Balão
Este exercício fortalece a musculatura respiratória e controle da respiração. Deve estar sentado, uma das mãos segura o balão, a outra apoiaproximo a boca. Encher os pulmões com uma inspiração profunda e sopre todo o ar para dentro do balão.
OBS:Se o exercício for complicado pode ser realizado com saco plástico (REIS,et al. 2020).
Ponte associada a respiração
O exercício consiste em posicionar em decúbito dorsal sobre a cama deve apoias os membros ao lado do corpo. Antes de iniciar o movimento de elevação do quadril, inspire profundamente, e em seguida eleve o quadril soltado o ar lentamente. Lembrar de esvaziar por completo os pulmões
Os exercícios para reexpansão pulmonar tem como principal objetivo a melhora da oxigenação arterial e da capacidade pulmonar, na mobilização de caixa torácica e da pressão positiva de vias aéreas (EBSERH, 2015).
Exercício Respiratório com Inspiração Máxima Sustentada
Este exercício está indicado para aumentar o volume pulmonar em pacientes com dor e desvantagem mecânica por redução da complacência pulmonar e/ou de caixa torácica (EBSERSH, 2020, REIS,et al. 2020).
A inspiração sustentada máxima é realizada com um esforço inspiratório máximo, de forma lenta, pela via nasal, até atingir a máxima capacidade inspiratória. Mantém-se a inspiração máxima por cerca de 3 segundos, realizando, a seguir, a expiração sem esforço. A expiração pode ser feita entre os lábios (EBSERSH, 2020, REIS,et al. 2020).
 A inspiração é lenta para diminuir a velocidade e aumentar a força de contração muscular e máxima, com pausa ao final, para que o recrutamento de fibras musculares gere maior redução da pressão intratorácica, melhorando, assim, a distribuição do gás (EBSERSH, 2020, REIS,et al. 2020).
Exercício Respiratório com Soluços Inspiratórios 
 Este exercício favorece o recrutamento alveolar, bem como, o aumento da complacência pulmonar. 
Consiste em inspirações orais, sucessivas e rápidas até atingir a capacidade inspiratória máxima, podendo ser associada à colocação das mãos sobre a região abdominal ou torácica inferior (REIS,et al. 2020).
A expiração deve ser realizada de forma suave e prolongada, com resistência labial e leve compressão na região estimulada. O tempo inspiratório é prolongado, atingindo valores acima de 6 segundos, favorecendo o aumento do volume inspirado e a melhor distribuição da ventilação(REIS,et al. 2020).
Exercícios Respiratórios com Freno-labial 
 A importância da expiração com freno-labial está em promover a melhora na oxigenação. É capaz de promover uma inspiração mais lenta e profunda associada ao prolongamento dos tempos expiratório e total, tanto em repouso como no exercício. É muito utilizado nos pacientes portadores de DPOC. O aumento da resistência expiratória, criado pela expiração com frenolabial foi vencido pelo recrutamento dos músculos expiratórios (REIS et al. 2020).
O paciente deve estar na posição sentada e a expiração é realizada com lábios ou dentes semicerrados, de maneira suave e controlada, não sendo forçada e não muito prolongada, mantendo-se a relação inspiração/expiração de 1:2.(REIS et al. 2020)
Exercício Respiratório com Inspiração em Tempos
Esta técnica consiste em inspirações nasais curtas, suaves e sucessivas até atingir uma alta porcentagem da capacidade inspiratória, fracionando o tempo inspiratório total com pausas intermediárias (WITNER et al. 2020) 
A expiração deve ser oral, lenta e suave com freno labial. A posição ideal para realizar este exercício é sentada, na qual um maior VC é movimentado. Entretanto, este exercício também pode gerar um grande VC quando realizado em decúbito dorsal, lateral direito e lateral esquerdo (WITNER et al. 2020)
Já os exercícios para estimular higiene brônquica, sendo um dos princípios básicos da fisioterapia respiratória chamado de facilitação do clearence mucociliar . Os exercícios de higiene bronquica visam manter a permeabilidade das vias aéreas e evitar acúmulos de secreção, possibilitando assim uma melhor respiração ao individuo. As secreções aumentam a resistência ao fluxo aéreo, dificultam as trocas gasosas e tornam excessivo o trabalho dos músculos respiratórios (EBSERH, 2015).
Técnica 
Técnica de Expiração Forçada (TEF) 
Durante a técnica, a glote deve manter-se aberta, e para isso, o paciente deve emitir sons de "huff" durante a expiração. O "huff" é uma manobra forçada e a sua duração ou a força de contração dos músculos expiratórios podem ser moduladas para ampliar o fluxo expiratório e diminuir o risco de colapso das VA(SARAIVA et al. 2020).
Um "huff" de volume pulmonar médio é realizado a partir de uma respiração média com a boca e a glote abertas e o ar deve ser expulso dos pulmões pela ação dos músculos da parede torácica e os abdominais. Enquanto um "huff" de baixo volume pulmonar move secreções periféricas, um "huff" de alto volume remove muco localizado nas partes proximais das VA superiores(SARAIVA et al. 2020).
 Portanto, quando necessário, o "huff" deve ser longo o bastante para descolar secreções mais distais, porém não deve se prolongar muito, o que causaria uma tosse paroxística desnecessária, ou mais breve, uma vez que as secreções já atingiram as VA superiores. A pausa entre um ou dois "huffs" é muito importante, pois prevenir um possível aumento na obstrução do fluxo aéreo e sua duração varia de acordo com as características físicas de cada paciente, conforme recomendações da Assobrafir (SARAIVA et al. 2020).
Tosse Dirigida 
 O paciente é orientado a realizar uma tosse voluntária que deve ser precedida de uma inspiração profunda seguida de uma contração ou ativação brusca da musculatura abdominal (SARAIVA et al. 2020).. 
Esta tosse deve ser realizada com a glote fechada e, no final o paciente deve expectorar. Esta manobraassemelha-se ao reflexo de tosse sem a fase irritativa. A posição sentada é mais benéfica, pois contribui para um favorecimento da mecânica diafragmática e da contração da musculatura abdominal (SARAIVA et al. 2020)..
A cartilha teve o intuito de conter exercícios respiratórios escolhidos com critérios de serem de fácil compreensão, com imagens e descritivo de como realizar, para suprir a necessidade e estimular a realização dos exercícios diariamente (SARAIVA et al. 2020)..
Sua indicação será de acordo com a necessidade de cada paciente após avaliação previa e atendimento, será uma forma de continuidade principalmente para evitar agravar a fisiologia respiratória nos pacientes com acometimento pulmonar (HAGER, et al. 2019, LAHHAN, et al, 2017, LIRIA-LOPES, 2013).
Os exercícios estão relacionados abaixo:
Resultados alcançados e impressões
 A cartilha foi entregue e orientada a realização a 12 pessoas que foram desospitalizadas após longos períodos por COVID 19 no Hospital Santa Casa da Misericórdia de Araras. Estes pacientes foram identificados em parceria com o serviço de atendimento domiciliar (SAD) chamado Programa Melhor em Casa.
	Os pacientes foram submetidos a drogas vasoativas, períodos de internação em CTI, UTI, intubação, alguns com necessidade de hemodiálise, pacientes comprometidos na avaliação respiratória e alguns ainda fazendo o uso de concentrador domiciliar.
O período de identificação destes pacientes foram de Abril de 2019 até Janeiro de 2020 (10 meses) a aplicação foi realizada no período da reabilitação sendo variável a cada situação conforme a alteração respiratória, a média de aplicabilidade foram de dois meses até a reavaliação e identificação de melhora do quadro clinico.
Foi escolhido seis destes pacientes, relatado breve história, aplicado BORG antes e após o tratamento de fisioterapia, o tempo de tratamento e utilização da cartilha foi variável a cada situação, sendo de 2 há 4 meses de fisioterapia (uma vez na semana) e os demais dias utilização da cartilha para suporte ao tratamento respiratório.
	Foi possível coletar relato de seis pacientes sobre a sua experiência na reabilitação respiratória com a utilização da cartilha como suporte para continuidade do tratamento.. 
	Paciente G. A. S, 54 anos, sexo feminino sem histórico de comorbidades, na T.C. com 70% em vidro fosco, 49 dias em internação com necessidade de intubação, foi desospitalizadas com sequelas motora e respiratória, no domicilio fez o uso de concentrador de O2, falta de ar grave aos pequenos esforços (BORG inicial: 9, BORG final: 2) a mesma relatou sobre a utilização da cartilha desospitalização
” Foi um momento de reaprender exercícios e a cartilha ajudou a respirar melhor, a conseguir conciliar fazer atividades e não sentir falta de ar, a cartilha é um método ilustrativo e didático que ajudou muito a dar continuidade e realizar diariamente os exercícios, hoje não utilizo mais o concentrador de O2”.
	Paciente C. G. S. com 53, sexo feminino sem histórico de comorbidades, na T.C. com 65% em vidro fosco, 60 dias em internação com necessidade de intubação, foi desospitalizadas com sequelas motora e respiratória, falta de ar média aos pequenos esforços (BORG inicial: 7, BORG final: 1) a mesma fez o seguinte relato
” A vida teve uma nova perspectiva quando percebi que sai do hospital após longo período e que precisava a voltar a fazer tudo o que eu fazia antes, e que minha primeira necessidade seria respirar melhor, a cartilha com os exercícios respiratório me ajudaram muito a respirar melhor e percebi que mesmo ao falar, ao movimentar não ficava mais com falta de ar, comecei a fazer as minhas atividades em casa” 
	Paciente I. A. O. F , 73 anos, sexo feminino, paciente com histórico de diabetes e hipertensão, na T.C. com 55% em vidro fosco, 46 dias em internação com necessidade de intubação, foi desospitalizada com ulceras por pressão, falta de ar média aos pequenos esforços (BORG inicial: 7, BORG final: 0) relatou sobre a cartilha utilizada no processo reabilitação 
“ Hoje consigo falar,comer, tossir,e já estou conseguindo andar com ajuda, acredito que a melhora foi principalmente devido a melhora respiratória, a cartilha foi muito importante para conseguir realizar todos os dias, os meus filhos me ajudaram a realizar nos dias alternados do atendimento de fisioterapia”.
	Paciente M. C. O 78 anos, sexo feminino, na T.C. com 85% em vidro fosco, 54 dias em internação com necessidade de intubação, com histórico de patologia crônica DPOC (enfisematosa) há 16 anos, fumante por 46 anos, faz uso de concentrador de O2 2l-min, falta de ar grave aos pequenos esforços (BORG inicial: 9, BORG final: 1) fez o uso da cartilha 
‘” melhorei muito minha respiração, os exercícios realizo dois por dia, e faço pausas entre os exercícios, hoje consigo ficar algumas horas sem o O2, e consigo realizar minhas atividades de vida diária somente com o pouco auxilio dos vizinhos, sinto que os exercícios me ajudaram a recuperar” paciente continua a fazer uso de concentrador”.
	Paciente J. C. C. 66 anos, sexo masculino, com histórico de diabetes, na T.C. com 60% em vidro fosco, foi desospitalizados pós internação por COVID 19 (47 dias internado, intubado por 27 dias), falta de a médios esforços (BORG inicial: 6, BORG final: 0) paciente relatou com relação a cartilha
 “ A cartilha ajudou a realizar movimentos no tórax desejado, já que estavam alterados, sentia muito cansado aos pequenos esforços, hoje me sinto 80% melhor, e principalmente com relação a minha respiração e melhora da falta de ar, a cartilha ajudou bastante”.
	Paciente R. J, 62 anos, na T.C. com 40% em vidro fosco, 31 dias em internação com necessidade de O2 suplementar e medicação, falta de ar a médio esforços (BORG inicial: 7, BORG final: 1) o mesmo relatou sobre o uso da cartilha: 
“ Estava com muita ansiedade pós a internação, isso também agravava a minha respiração e fala, com os exercícios da cartilha não sinto falta de ar aos pequenos esforços, consigo caminhar e conversar, a cartilha foi um auxilio muito significativo para utilizar fora os dias de atendimento de fisioterapia domiciliar”.
A reabilitação pulmonar faz parte da abordagem de fisioterapia, muitos idosos iniciaram a fisioterapia respiratória no ambiente hospitalar pós COVID-19 para melhorar a capacidade funcional capacidade aeróbia e qualidade de vida e necessitaram de continuidade no ambiente domiciliar (SAHN et al 2020).
A reabilitação podem desempenhar um papel fundamental na restauração da função pulmonar e na limitação da deficiência nesta pandemia. Os exercícios apresentados em cartilha promovem e possibilitam melhor aderência ao tratamento e descaracterizam uma atividade respiratória e passa a se tornar um exercício regular respiratório (WANG et al, 2020).
 A cartilha forneceu ferramentas adicionais na luta contra o COVID-19 e podem incluir exercícios respiratórios de forma lúdica e didática para uma maior e melhor aderência ao público de idosos (WANG et al. 2020).
O paciente idoso que encontrava-se acamado ou domiciliado e apresentou melhora no seu quadro respiratórios geral relacionado a melhora de expansão torácica que pode ser medido por fita métrica no momento inspiratório e expiratório (SAHN et al 2020).
 Melhorou o funcionamento da musculatura inspiratória e expiratória com os exercícios que envolvem o fortalecimento, mas também repercutem na melhora respiratória que podem ser mensurados por ventilometria, espirometria e manuovacometria e melhora da saturação que pode ser avaliada através da oximetria (SAHN et al 2020).
 E também com os exercícios de higiene brônquica estes pacientes apresentaram juntamente com respostas de tosses eficazes, a diminuição de tosses devido a diminuição mucociliar que pode ser avaliado na ausculta pulmonar a cada sessão de fisioterapia. A melhora do paciente idoso pós COVID19 proporciona a capacitação destes idosos para retornar as sua atividades de vida diária com maior qualidade (HAGER, et al. 2019, LAHHAN, et al, 2017, LIRIA-LOPES, 2013)Referências bibliográficas
ARAUJO, D. F. EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE NO SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR DE PACIENTES ACAMADOS: REVISÃO DA LITERATURA, Ver.Persp. ciência e saúde, v.5, nº8, 2020.
ALMEIDA, J. R.; FERREIRA FILHO, O. F. Pneumonias adquiridas na comunidade em pacientes idosos: aderência ao Consenso Brasileiro sobre Pneumonias. Jornal Brasileiro de Pneumologia. Brasília, v. 30, n. 3, p. 229 – 236, 2004.
CACAU, L. A. P. et al. Avaliação e intervenção para a reabilitação cardiopulmonar de pacientes recuperados da COVID-19, ASSOBRAFIR Ciência. 2020 Ago;11(Supl 1):183-193 ASSOBRAFIR Ciência,p.1-276
CASTRO, E. A. B. et al. Organização da atenção domiciliar com o Programa Melhor em Casa. Rev. Gaúcha Enferm.  Porto Alegre , v.38, 2018.
DAMASCENO, S.O. et al, Relação da orientação domiciliar associada à fisioterapia em grupo no desempenho motor de hemiparéticos crônicos, fisioterapia Brasil, v.20, nº40 2019.
EBSERH, POP: Técnicas de Fisioterapia Respiratória em Pacientes Adultos -– Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2015
EBSERSH, PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO -POP - FISIOTERAPIA PULMONAR AMBULATORIAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO HOSPITAL DE CLÍNICAS, 2020.
FURLANATTO, K.C, HERNANDES, N. A., MESQUITA, R. B. Recursos e técnicas fisioterapêuticas que devem ser utilizadas com cautela ou evitadas em pacientes com COVID-19, ASSOBRAFIR Ciência., p.93-100,2020.
FREITAS, V. E.; PY, L.; CANSAÇO, X. A. F.; DOLL, J.; GORZONI, L. M. Tratado de Geriatria e de Gerontologia. Ed.3, Nacional. Rio de Janeiro, 2011;
GUEDES, L.P.C. M. OLIVEIRA, M.L.C, CARVALHO, G. A. Efeitos deletérios do tempo prolongado no leito nos sistemas corporais dos idosos - uma revisão, Rev. bras. geriatr. gerontol. V.21 nº.4, 2018.
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MOREIRA, W.E.M CASIMIRO, M.S. O papel do fisioterapeuta respiratório na abordagem do paciente com insuficiência respiratória: realidades da assistência domiciliar, v.13, nº15, 2019.
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Portaria SES-DF Nº 418, http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/04/2.-Conduta-Fisioterapeutica-na-Atencao-Domiciliar.pdf
REIS, M.S. et al. Como cuidar do seu coração na pandemia da Covid 19 [recurso eletrônico]: exercícios respiratórios. Rio de Janeiro. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Departamento de Fisioterapia, Programa de Pós-Graduação em Educação Física e Cardiologia, Grupo de Pesquisa em Avaliação e Reabilitação Cardiorrespiratória (GECARE), 2020.
SARAIVA, E.M.S, et al. Impacto da pandemia pelo Covid-19 na provisão de equipamentos de proteção individual, Brazilian Journal of, 2020
SARMENTO, G. J. V. O ABC da fisioterapia respiratória, 2º edição, 2015.
TSUKAMOTO K, SUZUKI K, MACHIDA K, SAIKI C, MURAYAMA R, SUGITA M. Relationships between lifestyle factors and neutrophil functions in the elderly. Journal of Clinical Laboratory Analysis, 16: 266-272, 2010.
WANG, T.J.et al. Physical Medicine and Rehabilitation and Pulmonary Rehabilitation for COVID-19, 
Am J Phys Med Rehabil,  v. 99, nº9, p.769-774, 2020.
WITNER, V. L. EXERCÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA PACIENTES ESTÁVEIS HOSPITALIZADOS COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE COVID-19, PROEX | Pró-reitoria de Extensão, Universidade Federal do Espírito Santo | UFES, 2020.
WU,J . T . et al. Estimating clinical severity of COVID-19 from the transmission dynamics in Wuhan, China, nature, 2020.
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PRODUÇÃO DE VÍDEO E / OU MATERIAIS DIDÁTICOS E INFORMATIVOS
 
Nome (RA): Ana Helena de Arruda RA: RA: 39594
 
Nome (RA):Jaqueline Maria Viotto Mainete de Morais RA: 108323
 
Nome (RA): Talita Fernanda Pio RA: 59915
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO 
PROFISSIONAL
 
CARTILHA COM 
E
XERCÍCIOS
 
RESPIRATÓRIOS DOMICILIARES
 
PARA IDOSOS PÓS COVID19
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araras 
-
 
2021
 
Projeto 
Profissional
 
do professor
 
(a)
: 
Naiara
 
Maria de Souza Moreira
 
do curso de Pós 
Graduação em Fisioterapia respiratória e terapia 
intensiva da Fundação Hermínio Ometto, turma 
iniciada em 2019.
 
PRODUÇÃO DE VÍDEO E / OU MATERIAIS DIDÁTICOS E INFORMATIVOS 
Nome (RA): Ana Helena de Arruda RA: RA: 39594 
Nome (RA):Jaqueline Maria Viotto Mainete de Morais RA: 108323 
Nome (RA): Talita Fernanda Pio RA: 59915 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PROFISSIONAL 
CARTILHA COM EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS DOMICILIARES 
PARA IDOSOS PÓS COVID19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araras - 2021 
Projeto Profissional do professor (a): Naiara 
Maria de Souza Moreira do curso de Pós 
Graduação em Fisioterapia respiratória e terapia 
intensiva da Fundação Hermínio Ometto, turma 
iniciada em 2019.

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