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Dissertacao de desporto- Draft Inicial_Revisto 31DEZ alterado (2)

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UNIVERSIDADE DE …
FACULDADE DE …
O IMPACTO DO DESPORTO NA SAÚDE MENTAL DOS ATLETAS: UM ESTUDO APLICADO
Dissertação com vista à obtenção do Grau de Mestre em Gestão do Desporto
Orientador:
Ana Rodrigues
2023
Agradecimentos
Resumo
Palavras-chave: 
Abstract
Keywords: 
2
Índice Geral
2
Agradecimentos	iii
Resumo	iv
Abstract	v
Índice Geral	vi
Índice de Figuras	viii
Índice de Tabelas	ix
Lista de Abreviaturas e Acrónimos	x
1.	Introdução	11
2.	Revisão da Literatura	13
2.1. Desporto	13
2.2. Desporto e profissionais de alto rendimento	14
2.3. Desporto e a saúde mental	15
2.4. Saúde mental e doença mental	17
2.5. Stresss	18
2.6. Depressão	19
3. Problema de investigação	22
4.	Modelo conceptual e questões de investigação	23
5. Metodologia	24
5.1. Objetivos	24
5.2. Método	24
5.3. Definição dos participantes da pesquisa	25
5.4. Instrumento e procedimentos de recolha e análise de dados	26
6. Apresentação e Análise dos Dados	28
6.1. Apresentação dos Dados	28
6.1.1. Dados gerais sobre o perfil do respondente do inquérito	28
6.2. Discussão dos dados	29
7. Conclusões	30
8. Limitações	31
9. Referências bibliográficas	32
10. Anexos	37
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
Lista de Abreviaturas e Acrónimos
APA - American Psychology Association 
BEE - Bem-estar Emocional 
BEP – Bem-estar Psicológico 
BES – Bem-estar Social 
CID - Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde 
DSM-V - Manual de Diagnóstico Estatístico dos Transtornos Mentais, 5ª edição 
EADS-21 - Escala de Ansiedade, Depressão e Stress 
IDP – Instituto do Desporto de Portugal 
INE - Instituto Nacional de Estatística 
IPAQ - Questionário Internacional de Atividade física - versão Curta 
MHC-SF - Escala Continuum de Saúde Mental – versão reduzida 
NR – Não Respondeu 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences 
WEMWBS - Escala de Bem-Estar Mental de Warwick-Edinburgh (WEMWBS)
WHO - World Health Organization
1. Introdução
Segundo Åkesdotter et al. (2020) e Reardon et al. (2019) os atletas que praticam desportos de alta competição enfrentam uma combinação única de desafios, esgotamento físico, lesões e síndrome de overtraining, os quais constituem fatores de risco para alguns distúrbios de saúde.
Como é de conhecimento comum, os atletas profissionais sofrem imensa pressão para alcançarem resultados de excelência nos diferentes níveis de desempenho, havendo uma pressão natural individual que pode levar à ansiedade e depressão. Por outro lado, o desporto ajuda a diminuir os níveis de stress e ansiedade e a combater algumas doenças mentais como a depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2021), fazer desporto também estimula a aprendizagem e o desenvolvimento de capacidades mentais.
Estudos como o de Barreira (2020) relatam que a prática de desporto constitui um meio de promover a saúde, tanto pelos efeitos orgânicos benéficos previsíveis - segundo o estado da arte das ciências da atividade física - como pela expressão por excelência do envolvimento no mundo com esquecimento de si. A partir do dispêndio de energia, controlo da ansiedade e bem-estar delas resultantes, adotar uma prática regular de exercícios físicos fornece ao praticante um critério ritual e metabólico auxiliar para o estabelecimento de parâmetros de tempo e espaço na rotina diária. 
Por este motivo, percebe-se a relevância de aprofundar os estudos sobre a forma como o desporto - neste caso, voltado aos cuidados pessoais e não somente inserido no contexto profissional, ou seja, como prática recreativa - influi positivamente na promoção da saúde mental dos atletas profissionais de alto rendimento, assunto que será investigado mais profundamente nos próximos tópicos deste trabalho. 
Este trabalho tem por finalidade compreender as relações e o impacto entre saúde mental e a prática desportiva, de exercícios e/ou de atividade física, no que se refere aos profissionais de alta competição e tendo como foco principal os atletas de futsal. Pretende-se verificar o impacto da prática do desporto na saúde mental de atletas profissionais, no sentido de identificar qual o grau deste impacto e se há correlação positiva. Adicionalmente, pretende-se examinar se os atletas profissionais recebem apoio adequado em termos de saúde mental.
O trabalho encontra-se organizado da seguinte forma: em primeiro lugar, apresentamos uma revisão de literatura que se destina a fazer o enquadramento teórico sobre a temática. Em segundo lugar, aplicaremos uma pesquisa de campo para obtermos respostas destes profissionais sobre as correntes práticas de desporto e sobre questões de saúde mental. Finalmente, descreveremos os aspetos identificados através da análise dos resultados obtidos, com recurso ao software estatístico IBM SPSS de modo a verificar se há correlação entre ambas as variáveis.
2. Revisão da Literatura
As relações entre o desporto e a saúde mental são complexas, deste modo, nos próximos tópicos, iremos explorar as principais definições destes conceitos, dentro do contexto temático do estudo.
2.1. Desporto
Iniciaremos o estudo por apresentar um dos principais conceitos a ser analisado: o desporto. Segundo Santos et al. (2013) o desporto como hoje o conhecemos tem a sua origem na história da atividade física e do movimento humano. Nos primórdios da Humanidade (3000 a.C. até 500 a.C.), o processo de seleção natural baseava-se na força e na resistência física necessárias às atividades básicas de sobrevivência, como a caça, a pesca, a defesa contra predadores e/ou defesa do território, determinando assim a lei do mais forte. 
Guttmann (1976) acrescenta que apenas no século XX, devido ao elevado número de veteranos de guerra com deficiências adquiridas em combate nas grandes guerras mundiais, e a necessidade de os reabilitar, é que as sociedades ocidentais se viram forçadas a rever as suas conceções e atitudes face à deficiência. Por conseguinte, a prática do desporto passa então a ser vista e aceite como a melhor forma de intervenção, com o objetivo de promover a sua reintegração na sociedade.
Na atualidade, o conceito foi consagrado pela Carta Europeia do Desporto Para Todos que foi aprovada pelos ministros europeus reunidos na 7.ª Conferência realizada nos dias 14 e 15 de maio de 1992, em Rhodes. Este documento define desporto da seguinte maneira: “Entende-se por desporto todas as formas de atividade física que, através de uma participação organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da condição física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos os níveis”.
Atualmente, a literatura tem identificado os benefícios que advêm da prática desportiva, nomeadamente a melhoria da condição física (melhoria da capacidade de rendimento geral), melhoria da qualidade de vida, redução do risco de doença coronária, redução do risco de desenvolver hipertensão, descida dos valores da hipertensão arterial (através da prática de atividades prolongadas), controlo/redução do peso corporal pela estimulação do consumo calórico, redução do risco de morte prematura, redução do risco de morte por doença cardíaca, aumento da resistência à fadiga, diminuição das insónias, melhoria na postura e equilíbrio e na saúde mental de modo geral (Vasconcelos-Raposo, 2000; Farias & Silva, 2021; França et al., 2022). 
No que se refere aos atletas profissionais, França et al. (2022) e Nascimento et al. (2020) acrescentam que o desporto possui um papel crucial, pois para estes, os aspetos físicos e corporais exigem um excelente nível de desempenho físico, que deve ser somado ao técnico, tático e também emocional, requerendo dos mesmos a superação dos obstáculos como lesões, distância de familiares em prol de competições, treino excessivo, problemas pessoais, demasiada exposição mediática, cobrança de patrocinadores e dirigentes. 
Desta forma, o próximo tópico deste estudo irá explorar o contextodo desporto e dos profissionais de alto rendimento, visto que nesta área específica existem muitas variáveis que os diferenciam dos demais praticantes de atividades desportivas.
2.2. Desporto e profissionais de alto rendimento 
O desporto de alto rendimento ou de alta performance é aquele cuja finalidade é preparar os atletas física e psicologicamente para determinada modalidade desportiva. Seja qual for a atividade desportiva pretendida, os desafios e dificuldades a serem trilhadas serão bastante similares (Farias e Silva, 2021). 
Desta forma, podemos definir então que o atleta ou profissional de alto rendimento é aquele que tem o desporto como profissão, e que, à semelhança de qualquer outra profissão, aufere os mesmos benefícios, como contrato de trabalho, férias, etc. No entanto, segundo França et al., (2020) à semelhança do atleta de alto rendimento, o atleta amador, que apenas pratica desporto, mas não tem o mesmo como profissão, não deixa de ser um atleta. 
Existem hoje escolas que preparam atletas para que alcancem o máximo desempenho. Deste modo, os centros de alto rendimento desportivo procuram potenciar as diferentes capacidades dos desportistas. Isto implica o desenvolvimento de certas rotinas de treino para aperfeiçoar a condição atlética, técnica, entre outras.
Assim, em breves palavras os termos "Alto e Baixo Rendimento" referem-se à competitividade de um atleta e não a atividades desportivas em particular. Um exemplo de um atleta de baixo rendimento seria alguém que pratica desporto por lazer ou bem-estar físico, sem se preocupar com o seu resultado no término da prova. Alto rendimento seria um atleta olímpico que vive de treinos diários e tem obrigações para se classificar bem em competições.
Estudos recentes referem que muitos profissionais do desporto de alto rendimento adquirem problemas de saúde mental que são definidos como transtornos psiquiátricos e sintomas de sofrimento psíquico com impacto substancial na sua qualidade de vida, causando prejuízo funcional no trabalho, atividades sociais e outras áreas importantes da sua vida quotidiana (Åkesdotter et al., 2020; Foskett e Longstaff, 2018; Schinke et al., 2018).
Autores como Gorczynski e Coyle (2017) inferem que o nervosismo e a tensão gerados durante as competições, assim como os desafios únicos que os profissionais de alto desempenho enfrentam, podem explicar/desencadear problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e stress. Estas causas de stress são devidas às exigências inerentes à competição e treino, bem como lidar com lesões e recuperação (Foskett e Longstaff, 2018). Por este motivo, iremos abordar mais amplamente a questão do desporto e a saúde mental no tópico a seguir. 
2.3. Desporto e a saúde mental 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), a saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do stress diário, ser produtivo e contribuir para a sua comunidade. A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais.
Conforme a mesma organização, os transtornos de saúde mental constituem um problema global. Na população geral, cerca de 322 milhões de pessoas sofrem com depressão em todo o mundo – 4,4% da população - e 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6% (OMS, 2022).
Neste contexto, a OMS (2022) ainda alerta que as situações de competição são as principais causas de stress associado ao trabalho. Estatísticas apontam que uma a cada cinco pessoas no trabalho podem sofrer de algum problema de saúde mental. Esses problemas vão impactar diretamente no ambiente de trabalho, o que causa perda de produtividade e faltas ao trabalho, entre outros.
Assim, a relação entre estabilidade emocional e a preparação psicológica dos atletas para a competição tem sido uma preocupação no contexto do desporto. Num estudo realizado por Vealey (1988), concluiu-se que este tema é discutido por 70% dos investigadores e a forma de relacionamento entre a ansiedade e o rendimento é a preocupação central de 93% dos psicólogos do desporto.
Para Putukian (2016), nos profissionais de alto rendimento, problemas de saúde mental, tais como o stress e ansiedade, podem causar mudanças de atenção, distração e aumento da autoconsciência, o que pode interferir no desempenho e predispor um atleta a lesões e má recuperação.
Os estudos de Gulliver et al. (2015) e Rice et al. (2016) demonstraram que os atletas podem desenvolver problemas de saúde mental numa proporção semelhante à da população geral, evidenciando-se, ainda, maior ocorrência de algumas condições, como transtornos alimentares, ansiedade e depressão em algumas atividades desportivas, além de abuso de substâncias que melhoram o desempenho desportivo.
No entanto, mesmo com o atual interesse na pesquisa de saúde mental, sobretudo, durante a pandemia da COVID-19, ainda há uma escassez de dados empíricos robustos sobre os problemas de stress mental em atletas de competição (Purcell et al., 2020).
Visto isto, neste trabalho iremos explorar, portanto, mais amplamente nos próximos tópicos os conceitos relativos a saúde e doenças mentais. Além disso, será abordada mais especificadamente, a questão das doenças mentais, tais como: depressão, ansiedade e stress.
2.4. Saúde mental e doença mental
A definição de saúde proposta pela Organização Mundial da Saúde - OMS (2022) a define como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças". Observa-se que esta tem sido alvo de inúmeras críticas, pois ao definir saúde de tal modo, torna o conceito algo ideal, e consequentemente, inatingível. 
Conforme alguns autores, esta definição poderá ter possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como, até mesmo abusos por parte do Estado a título de promoção de saúde (Caponi, 2003; Carvalho, 2005). Segundo o autor Caponi (2003), além desta definição utópica e subjetiva, a definição proposta pela OMS permite ainda a utilização do conceito para legitimar estratégias de controlo e exclusão de tudo aquilo que é considerado como fora do normal, indesejado ou perigoso.
Por outro lado, Ogden (2006) acresce que o conceito de doença, é portanto, uma conceção que diz respeito à ausência de um estado de bem-estar global, causada por uma multiplicidade de fatores, e que esta ausência de bem-estar pode estar relacionada com causas também mentais.
Relativamente ao conceito de saúde mental e doença mental, o autor Keynes (2005) aprofunda que a saúde mental e a doença mental devem ser consideradas dois conceitos separados e medidos de forma distinta, na qual, a saúde mental deve ser medida por indicadores de bem-estar e a doença mental por sintomas identificados em perturbações de doença mental.
Conforme Leal et al., (2014) a definição de saúde mental ou saúde psíquica é ainda mais complicada, pois além de estar diretamente vinculada à questão do normal e do patológico envolve a complexa discussão a respeito da loucura e todos os estigmas ligados a esta.
Entretanto, para as doenças mentais serem reconhecidas como tais, a sintomatologia apresenta-se continuada ou recorrente, resultando numa deterioração ou perturbação do funcionamento pessoal numa ou mais áreas da vida, segundo a OMS (2022). O diagnóstico destas perturbações é por norma feito de acordo com os sistemas de classificação do Manual de Diagnóstico Estatístico das Perturbações Mentais – DSM-V ou da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID (DSM-V, 2014; OMS, 2002).
Deste modo, para o presente estudo aprofundaremos as três patologias com elevada incidência na população global e académica – O Stress, a Depressão e a Ansiedade (DSM-V, 2014; OMS, 2002).
2.5. Stress
O termo stress possui as suas origens na física, e foi usado primeiramente pelo fisiologista austríaco Hans Selye, em 1936, para definir o desgaste de materiais submetidos a excessos de peso, calor ou radiação, assim como, para designar uma “síndrome geral de adaptação”,constituída por três fases (reação de alarme, fase de adaptação, fase de exaustão) e com nítida dimensão biológica. Entretanto, para este estudo iremos considerar o termo usado com aplicação biológica, e sendo assim, este pode ser definido, conforme os autores Lamers et al. (2011) como uma relação entre a pessoa e o ambiente que é avaliado como prejudicial ao seu bem-estar.
O stress também pode ser conceituado, segundo Lating (2013), França e Rodrigues (2005), como uma resposta não específica do organismo a uma exigência ou estímulo, portanto, é uma forma de ajuste e proteção do corpo a estímulos externos e internos, auxiliando-o a sobreviver e a criar alternativas para reagir às situações de ameaça.
Nas palavras dos autores Lipp e Novaes (2000) o stress é a combinação de sensações físicas, mentais e emocionais que resultam de variados estímulos de preocupações, medos, ansiedades, pressões psicológicas e fadiga física e/ou mental, que irão exigir uma adaptação e/ou produção de tensão.
Segundo Niemman (1999) existem dois tipos de stress: o eustress (o bom, o positivo) e o distress (o ruim, o negativo). O stress bom parece motivar e inspirar, ajudando o indivíduo a tomar decisões rápidas. Já o stress ruim pode ser agudo (muito intenso, mas que desaparece rapidamente) ou crónico (não tão intenso, mas que perdura por períodos de tempo prolongados).
Entretanto, segundo Ogden (2006) o exercício físico pode reduzir o stress e pode determinar a resposta ao stress, ou seja, quanto melhor se for a nível físico mais protegidos os indivíduos estão dos efeitos do stress e da depressão. Já o suporte social e os acontecimentos de vida podem afetar o nível de stress e consequentemente a ligação stress-doença (Holmes, 2001; Ogden, 2006).
Assim, analisaremos posteriormente as outras doenças mentais mais comuns na população mundial, nomeadamente, a ansiedade e depressão e a seguir, o estudo tratará da análise quanto ao impacto do desporto para atenuar os sintomas relacionados com estas doenças, principalmente no que diz respeito aos atletas profissionais.
2.6. Depressão
O termo depressão pode descrever uma combinação de fenómenos, que em continuidade, variam entre o humor depressivo comum, também chamado de tristeza − afeta temporariamente a maioria das pessoas e é uma emoção normal – até ao patamar de uma doença médica grave onde essa tristeza se torna permanente ao longo do tempo, em níveis de intensidade definidos, e em fusão com vários outros sintomas psicológicos e somáticos, afetando o funcionamento pessoal e social, e eventualmente, a própria vida (Gusmão, 2005; Maj. & Sartorius, 1999; Millon et al., 1999).
A depressão é, resumidamente, um transtorno mental do humor; e está incluída num grupo de patologias com alta e crescente prevalência na população geral. Conforme a Organização Mundial de Saúde (2021), haverá nas próximas duas décadas uma mudança dramática nas necessidades de saúde da população mundial, devido ao facto de que doenças como depressão e cardiopatias estão a substituir os tradicionais problemas das doenças infecciosas e de má nutrição (Bhals, 2002). 
A depressão, segundo Gusmão (2005); Maj. e Sartorius (1999) e Monte (2015), é considerada hoje um dos problemas mais graves de saúde pública com que se deparam os países industrializados, e constitui a maior causa de incapacidade, podendo levar mesmo ao suicídio. Apresenta uma sintomatologia multifacetada, cuja manifestação é diversa, consoante o indivíduo, marcada sobretudo por humor depressivo e/ou perda de prazer ou interesse geral.
2.7. Ansiedade 
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho (Allen et al., 1995).
O medo pode ser normal e até benéfico, pois é uma reação emocional a uma ameaça percebida, podendo resultar em energia e motivação. Porém, quando ocorre a antecipação de uma ameaça futura, estamos perante a ansiedade que pode ser prejudicial e interferir com o desempenho e com o quotidiano (Acres, 1998; DSM-V, 2014). 
Para os autores Castillo et al., (2000) os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.). Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são frequentes noutros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto esquizofrénico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior) e não constitui um conjunto de sintomas que determina um transtorno ansioso típico.
Por conseguinte, a ansiedade é marcada pela sua intensidade excessiva em relação ao estímulo (Monte, 2014), ou seja, quando ocorre a um elevado nível sem qualquer justificação real para a sua existência numa dada situação, quando leva a consequências negativas, causa mal-estar ou interfere no funcionamento social, familiar, académico e/ou profissional (Holmes, 2001; Millon et al.,1999). 
Castillo et al., (2000) e Bernstein et al., (1996) acrescentam que os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o período de vida de 9% e 15%, respetivamente. E segundo a classificação do DSM-V (2014), nas perturbações da ansiedade enquadram-se: Perturbação de Ansiedade de Separação; Mutismo Seletivo; Fobia Especifica; Perturbação de Ansiedade Social (Fobia Social); Perturbação de Pânico; Perturbação da Ansiedade Generalizada; Perturbação de Ansiedade Induzida por substância/medicamento; Perturbação de Ansiedade devido a outra Perturbação Médica; Perturbação da Ansiedade com Outra Especificação e Perturbação de Ansiedade Não Especificada (DSM-V, 2014).
Por outro lado, o desporto tem mostrado resultados pertinentes na prevenção de problemas de saúde mental, tais como o stress, a ansiedade e a depressão e na sensação de bem-estar (Frances, 2013). Leal et al., (2012) acrescenta ainda que a “atividade física de lazer” abarca o uso do corpo e movimento de forma natural e livre, orientada especialmente para o prazer que a atividade física oferece. Compreende-se que existe uma relação entre o lazer e a saúde física e mental, o qual parece ter um importante papel no desenvolvimento dos indivíduos e das comunidades (Carless & Douglas, 2010; Cristóvão, 2012). Visto estas observações e toda a estrutura do enquadramento teórico apresentada acima, nas próximas secções deste estudo iremos tratar de abordar o problema da investigação, e analisaremos, portanto, o impacto do desporto na promoção de saúde mental em atletas profissionais.
3. Problema de investigação
Vários são os dados científicos que a literatura refere sobre o importante contributo do desporto para a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas (Biddle, Mutrie & Gorely, 2015; Leal, Pimenta & Marques, 2012). Uma vez que a ausência de sofrimento não implica, por si só, que o bem-estar apareça, é necessário procurá-lo ou estimulá-lo diariamente (Baptista, 2013). 
Artigos realizados por Steffen et al. (2001), que estudam o stress, ansiedade e depressão relacionados com a atividade física, demonstraram que o exercício regular proporciona uma boa saúde psicológica. Entretanto, existem outros fatores que contribuem para a obtenção da saúde mental emocional. 
Conforme Niemman (1999) existe uma grande influência do desporto nos aspetos emocionais e até mesmo na parte intelectual; devido ao impacto psicológico da atividade física sobre o stress, a depressão e a ansiedade. Para o mesmo autor, ao melhorar a saúde mental, existe um aumento na auto-estima, e melhoria do sono, devido às adaptações biológicas causadas pela atividade física, que diminuem a depressão e a ansiedade.
O crescimento da prevalência de psicopatologia na atualidade, possivelmente devido à adoção de estilos de vida menos saudáveis e/ou ao desgaste dos fatores deproteção, e no caso dos atletas profissionais, devido a pressão pelo sucesso e pelo alcance de objetivos de difícil execução, revelam a necessidade de prevenção da doença mental. Não apenas pelo aumento do consumo de psicofármacos, mas pelo investimento na educação para a saúde, em redes de suporte social eficazes, estilo de vida ativo e em estratégias de coping criativas e acessíveis, numa ótica de promoção da saúde e do bem-estar (Crone, Smith & Gough, 2006; Richardson, 2005; Siqueira, Jesus & Oliveira, 2007).
Com isto, evidencia-se assim a importância do estudo da relação entre saúde mental e o impacto positivo que o desporto cientificamente acrescenta. Nessa perspetiva, o presente estudo pretende analisar o atual contexto relativo à saúde mental dos profissionais de alto rendimento em Portugal, e verificar se existe algum impacto relativo à prática desportiva na saúde mental e bem-estar dos mesmos. Pretende-se também examinar se estes atletas recebem o apoio necessário, ou seja, se existe um investimento na prestação de cuidados a nível de saúde mental para que eles se sintam, também em termos mentais e psicológicos, o melhor possível. Com isto dito, a questão desta investigação traduz-se em: Existe algum impacto ou relação entre a prática do desporto e a saúde mental dos atletas de alto rendimento em Portugal?
4. Modelo conceptual e questões de investigação
O presente estudo, é de cariz quantitativo, transversal e descritivo-correlacional que recorre a instrumentos psicométricos de recolha de dados para a avaliação socio-demográfica (perfil) e da saúde mental, quanto aos níveis de ansiedade, depressão e stress, assim como os níveis de atividade física da população em estudo, que neste caso concreto são os atletas de alto rendimento que praticam futsal em Portugal.
5. Metodologia
5.1. Objetivos
Ao considerar a relevância da saúde mental e prática de atividades desportivas para todos, em especial, para profissionais sob altas condições de stress e ansiedade, e levando-se em consideração a revisão da literatura explorada, o objetivo geral do estudo é realizar uma análise da relação entre saúde mental e o desporto para profissionais de alto rendimento que praticam futsal. Especificamente, este estudo pretende:
· Identificar os impactos que o desporto pode inferir para os profissionais de alto rendimento em termos de saúde mental;
· Examinar o apoio que é prestado a estes atletas, a nível de saúde mental;
· Analisar a correlação entre saúde mental e o desporto.
5.2. Método
À luz da revisão de literatura realizada e sobre ponderações relativamente à melhor forma de conduzir este estudo, optou-se pela condução metodológica predominantemente quantitativa. Menciona-se que esta abordagem foi definida devido ao facto de esta estratégia se caracterizar pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de recolha de informações, quanto ao tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas (Richardson, 1989). 
De acordo com Brandt (2014), a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise estatística, através de uma sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização, a interpretação e consequentemente a descrição das informações de forma quantificável.
Salienta-se ainda a principal característica evidenciada para o método qualitativo, o qual, segundo as palavras de Turato (2000) “é uma pesquisa multimetodológica quanto ao foco, envolvendo uma abordagem interpretativa e naturalística para o seu assunto” (p. 25). Portanto, isto significa que, os investigadores tentam dar sentido e interpretação aos fenómenos que lhe são fornecidos pelas pessoas, documentos, ou outro tipo de suporte. 
Definimos o inquérito como método principal de recolha de dados, pois este apresenta uma grande flexibilidade e alta eficiência para analisar conjuntos de dados complexos e extensos. Para Silva et al., (1997, p. 410) “o questionário seria uma forma organizada e previamente estruturada de coletar na população pesquisada informações adicionais e complementares sobre determinado assunto sobre o qual já se detém certo grau de domínio.”
Relativamente às vantagens da estratégia de aplicação deste instrumento de coleta sobre as demais modalidades, nomeadamente as mais tradicionais que são a entrevista pessoal e entrevista por telefone, destacam-se (Evans & Mathur, 2005): agilidade na aplicação, no controle e follow-up das respostas e agilidade na tabulação dos resultados, facilidade de utilizar maiores amostras, flexibilidade e diversidade na elaboração de questões, baixo custo de implementação, exigência de resposta completa.
Para Evans & Mathur (2005): as vantagens para os inquiridos dizem respeito, em geral, à rapidez do preenchimento, facilidade de leitura, atratividade criada pela interatividade e “limpeza” do questionário, ou seja, sem rasuras.
Ademais, a coleta de elementos será realizada através de um roteiro de perguntas principalmente do tipo fechadas, diretas e também com o uso da escala de Likert. Menciona-se ainda que haverá um número limitado de perguntas do tipo aberto. Todas as perguntas foram desenvolvidas com base em argumentos e conceitos previamente desenvolvidos por outros autores sobre esta temática e alinhadas com o exposto na pesquisa secundária.
Por conseguinte, o tratamento dos dados informados pelos atletas participantes, será feito com o suporte do software estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 22.2 para Windows.2.3.
5.3. Definição dos participantes da pesquisa
Conforme os objetivos estipulados para este estudo e levando-se em consideração a revisão da literatura explorada, definimos para este estudo realizar uma pesquisa com profissionais de alto rendimento que praticam futsal, maiores de 18 anos e de qualquer género.
5.4. Instrumento e procedimentos de recolha e análise de dados
Para a concretização dos objetivos do estudo, desenvolveu-se uma pesquisa de campo
, sendo a recolha dos dados realizados através de um questionário on-line através do software Google Forms no período de XXXX. Ademais o questionário possui como base o enquadramento teórico do estudo, 
O formulário foi partilhado com a amostra do estudo através do envio por email e por meio de convite através de um link. 
No mais, o inquérito foi dividido em três partes, sendo estas:
I. Perfil do respondente do inquérito - sócio-demográfico construido propositalmente para o efeito;
II. A versão portuguesa da Escala de Bem-estar Mental de Warwick-Edinburg (WEMWBS), para avaliar a saúde mental positiva e o bem-estar dos inquiridos;
III. A Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF); 
IV. Questões sobre a saúde mental através do uso da Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS). 
Quanto ao desenvolvimento dos formulários usados, conforme mencionado aplicaremos o Questionário Internacional de Atividade física - versão Curta (IPAQ), que é um questionário que permite estimar o tempo semanal gasto em atividades físicas de intensidade moderada e vigorosa, em diferentes contextos do quotidiano, como: trabalho, transporte, tarefas domésticas e lazer, e ainda o tempo despendido em atividades passivas, realizadas na posição sentada.
Adicionalmente, aplicaremos também a escala EADS. Nesse sentido, esclarecemos que a Escala EADS foi escolhida para este estudo pois estudos anteriores demonstram que a mesma tem apresentado uma ótima consistência interna, boas qualidades psicométricas e boa fiabilidade, assim como validade em diferentes culturas (Pais Ribeiro et al., 2004; Monte, 2014).
 A escala EADS foi criada com o objetivo de avaliar a Ansiedade, a Depressão e o Stress, é composta desta forma pelas suas três subescalas, na qual cada uma delas é avaliada através de 7 itens, formando um total de 21 itens (Norton, 2007; Ribeiro et al., 2004). 
As respostas dizem respeito à frequência ou gravidade, numa escala tipo Likert de 4 pontos (0 “não se aplicou nada a mim” a 3 “aplicou-se a mim a maior parte das vezes”), tendoem conta a última semana (Norton, 2007; Pais Ribeiro et al., 2004). 
A subescala referente à ansiedade envolve construtos como ativação do sistema nervoso autónomo, efeitos músculo-esqueléticos, ansiedade situacional e experiências subjetivas de ansiedade. Já a subescala da depressão inclui disforia, desanimo, desvalorização da vida, autodepreciação, falta de interesse ou de envolvimento, anedonia e inércia. Por fim, a subescala do stress abrange dificuldade em relaxar, excitação nervosa, agitação, irritabilidade ou reação exagerada e impaciência (Ribeiro et al., 2004). Por fim, o resultado é calculado através da soma das respostas aos 7 itens que compõem cada subescala, podendo variar entre 0 (mínimo possível de pontuação) e 21 (máximo possível de pontuação), sendo que quanto maior for a pontuação maior será a ansiedade, depressão e/ou stress (Pais Ribeiro et al., 2004). 
6. Apresentação e Análise dos Dados
6.1. Apresentação dos Dados
Neste capítulo apresentam-se todos os resultados obtidos através da análise quantitativa delineadas na metodologia da pesquisa, para com uma amostra não-probabilística com o total de X participantes. A amostra consiste em atletas convidados voluntariamente para o ensaio, através de um convite on-line, que esclarecia que o estudo possuí fins estritamente académicos e de caráter anónimo. O questionário ficou ativo por x dias na plataforma digital, e recebeu o total de X questionários completos. A estrutura da apresentação dos resultados segue a mesma ordem da estrutura do questionário aplicado (anexo). 
6.1.1. Dados gerais sobre o perfil do respondente do inquérito
Com suporte da estatística descritiva, os resultados deste estudo demonstraram relativamente ao perfil dos respondentes do inquérito (ver resultados gráficos)
6.2. Discussão dos dados
Mediante os resultados obtidos, aferiu-se quanto 
7. Conclusões 
.
8. Limitações 
As principais limitações deste estudo prendem-se com as caraterísticas da 
1
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10. Anexos
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