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TCC Artigo Finalizado Nota 100 - Educação Física.

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1 
 
OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA A SAÚDE FÍSICA 
E MENTAL 
 
BORGES, Israel, 1607280 1 
CÁSSIA, Natani, 1281499 2 
RUIZ, Marcos 3 
 
 
 
RESUMO 
 
A presente pesquisa nomeada: “Os benefícios da atividade física para a saúde física 
e mental” se destina a ilustrar a importância de se ter uma visão holística sobre a 
saúde: não só pelo crivo da ausência de doença, mas também pelo crivo da prevenção 
e do cuidado, os quais são sinalizados e indicados pela OMS e pelas organizações 
que promovem saúde. Apresentaram-se como objetivos: analisar e ilustrar os 
benefícios da atividade física, tanto no campo corporal quanto mental; identificar quais 
atividades físicas são mais indicadas para as funções psicológicas; enfatizar a relação 
direta entre a prática de atividade física e o aumento da imunidade, bem como ilustrar 
as contribuições da atividade física para a saúde. Desta maneira, essa pesquisa foi 
elaborada tendo-se como pilar mostrar uma breve análise dos benefícios oriundos da 
atividade física tanto no contexto físico como mental. Por fim, propôs-se como 
resultado uma discussão sobre os paradigmas adotados antes e após a pandemia da 
Covid-19 sobre a prática da atividade física, ressaltando-se não mais um viés 
desportivo ou meramente estético, porém precipuamente no setor intersetorial da 
saúde, tendo-se como plus ou simbologia a saúde mental. 
 
Palavras-chave: Atividade Física. Benefícios. Saúde Física. Saúde Mental. Treino on-
line. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Ainda há muita relativização e necessidade de ampliação da temática sobre 
os benefícios oriundos da atividade física para a saúde física e mental. Em tempos de 
pandemia, ou de um novo normal, algumas pessoas podem julgar descabida a ida a 
uma academia, para realizar atividade física. Entretanto, até esta atividade sofreu 
 
1 Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de 
Conclusão de Curso. 1º- 2021. 
 
2 Aluna do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de 
Conclusão de Curso. 1º- 2021. 
 
3 Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER. 
2 
 
alteração e recebeu um novo enfoque, já que ocorreu um aumento expressivo da 
oferta de treinos on-line. 
Inicialmente, o isolamento social trazido pela pandemia ocasionou a troca da 
ida para academias e parques, para se exercitar. Neste sentindo, a casa se tornou o 
escritório, o serviço home office se tornou o preferido, sendo o responsável pelo fato 
de muitas pessoas deixassem de ir às academias ou parques para se exercitar, pelo 
menos em um primeiro momento da pandemia. 
Com o passar do tempo, no entanto, muita gente encontrou formas alternativas 
de praticar esportes, ainda que em casa. Uma prova disso foi a explosão nas venda 
de itens como colchonetes, cordas e halteres durante o isolamento. Um segundo 
indício foi o crescimento considerável no acesso de aplicativos de treinos, além do 
lançamento de outras plataformas de exercícios on-line. O resultado disso pode ser o 
mercado de academias se reinventando e apresentado uma ampliação de matrículas, 
após a quarentena. 
Nesta acepção, utiliza-se como exemplo a rede Smart Fit, que lançou o site 
Treine em Casa, atingindo a expressiva marca de mais de 25 milhões de acessos na 
América Latina. Outro atrativo lançado pela rede citada foi a ampliação de 
funcionalidades do aplicativo com a inserção do campo Smart Fit Nutri, visando ofertar 
acompanhamento nutricional e Smart Fit Coach, realizando o papel de um “personal 
trainer virtual”. Através da disponibilização de treinos e atividades físicas na 
modalidade online, a companhia teve uma ampliação de 75% de usuários ativos, 
atingindo a marca de 55 mil clientes (Freitas, 2020). 
Nesta presente pesquisa, busca-se analisar os benefícios oriundos da atividade 
física, no campo físico e mental, indo ao encontro dos seguintes eixos temáticos: o 
Eixo 3 – Saúde e Treinamento Esportivo -, por esse estudo ter como norte o 
planejamento, aplicação e avaliação do treinamento físico e esportivo nas 
perspectivas da prevenção, promoção da saúde e lazer; e o Eixo 4: Movimento 
Humano e Educação Física, por privilegiar um estudo sobre o movimento humano 
com foco nas diferentes formas e modalidades de atividade física. 
O recorte desta proposta será cultural, utilizando a prática da atividade física e 
seus contributos, como objeto de estudo e ênfase. Assim, apresenta-se como 
problemática, a seguinte questão: Quais os reais benefícios da atividade física para o 
bem-estar? 
3 
 
Ainda há muito desconhecimento sobre a prática de atividades físicas, visto que 
o número de pessoas com obesidade e sedentárias se torna expressivo, a cada ano, 
atingindo, inclusive, crianças e adolescentes. Por ser necessário um aprofundamento 
acadêmico, sentimo-nos motivadas na escolha deste tema. Almeja-se, então, com 
esta pesquisa esclarecer possíveis dúvidas, disponibilizar informações sobre esta 
temática, eliminar preconceitos e trazer para o cenário acadêmico a relativização da 
prática de atividade física, pautando-se pelo critério holístico: a faceta física e mental. 
Apresentam-se como objetivos: analisar e ilustrar os benefícios da atividade 
física, tanto no campo corporal quanto mental; identificar quais atividades físicas são 
mais indicadas para as funções psicológicas; enfatizar a relação direta entre a prática 
de atividade física e o aumento da imunidade, bem como ilustrar as contribuições da 
atividade física para a saúde. 
Desta maneira, essa pesquisa foi elaborada tendo-se como pilar mostrar uma 
breve análise dos benefícios oriundos da atividade física tanto no contexto físico como 
mental. Por fim, propõe-se uma discussão sobre os paradigmas adotados antes e 
após a pandemia da Covid-19, no tocante a pratica da atividade física. Além das ações 
mencionadas, busca-se explorar os contributos advindos da prática de atividade física, 
tendo-se como lume não mais um viés desportivo ou calcado, apenas, no corpo ou na 
estética, mas sobretudo no setor multifacetado da saúde, precipuamente a saúde 
mental. 
 
2. O QUE É SAÚDE? 
 
Há diversos conceitos sobre esta temática, todavia todos possuem em comum 
a ausência de doença. No Oriente, entende-se que o processo saúde-doença está 
associado às forças vitais que existem no corpo. Quando há harmonia entre estas, há 
saúde, enquanto que quando o oposto se efetiva, há a manifestação da doença 
(Saúde Brasil, 2020). 
Já segundo o conceito da OMS, divulgado em 7 de abril de 1948 (dia dedicado 
e consagrado ao Dia Mundial da Saúde), é o estado do mais completo bem-estar 
físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade. Hodiernamente, ter 
saúde implica em adotar medidas de promoção e prevenção (OMS, 2019). 
4 
 
A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em 
comum com a definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar 
o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para 
conceituar melhor o estado de saúde (SAÚDE BRASIL, 2020). 
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada em 2020, demostra que 
as pessoas que possuem 18 anos ou mais de idade concentram 40,3% da parcela de 
indivíduos tipificados como insuficientemente ativos. Este conceito engloba quem não 
pratica atividade física ou quem o faz a tempo inferior a 2h30min semanais, conforme 
gráfico ilustrativo abaixo (IBGE, 2020). 
 
Gráfico 1 - Sedentarismo 
 
Fonte: (IBGE, 2020). 
 
Os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde sobre 
sedentarismo no Brasil são alarmantes: 47% da população não pratica o mínimo de 
atividade física recomendado pela instituição para manter-se saudável, tendo-se como 
parâmetro, 150 minutos por semana (DOMENICO, 2020). 
Se a estatística sobre sedentarismo assusta, os dados sobre o mercado fitness,principalmente neste período de pandemia, de lockdown demonstra um crescente e 
potencial mercado. No Brasil, 47,5% das mulheres foram classificadas como pessoas 
pouco ativas, em 2019. Já os homens foram representados pelo percentual de 32,1%. 
Neste cômputo, analisa-se que o grupos de 18 a 24 anos e 25 a 39 anos quase se 
equiparam. O primeiro concentrou 32,8% e o segundo 32,9%, ocorrendo quase um 
empate técnico. O grupo da terceira idade se fez representar por 34,3%, destacando-
Dados
Insuf. Ativos Ativos
5 
 
se nestes números que mais da metade desta parcela populacional foi conceituada 
como insuficientemente ativa (AGÊNCIA BRASIL, 2020). 
 
Gráfico 2 – Sedentarismo por faixa etária 
 
Fonte: (AGÊNCIA BRASIL, 2020) 
 
Torna-se importante destacar que não há mensuração entre a faixa etária de 
40 a 59 anos, apontando-se, destarte, a necessidade de se debruçar sobre esta 
temática. Nota-se, igualmente, que o grupo mais sedentário se verifica na terceira 
idade: 60 anos ou mais e que há quase empate entre as faixas etárias de 18 a 24 anos 
e 25 a 39 anos. Outros fatores que são levados em consideração sobre o 
sedentarismo engloba a alimentação, o consumo de álcool e cigarro. 
Na Pesquisa Nacional de Saúde, intitulado como PNS, realizada em 2019, 
tendo-se resultados em 2020, obteve-se os seguintes marcos: 34,2% do público 
masculino na faixa etária de 18 anos ou mais praticaram atividade física consoante os 
níveis recomendados pela OMS. Já no público feminino, este valor sofreu redução: foi 
de 26,4% apenas. A média brasileira se concentrou no seguinte resultado: 30,1% 
(IBGE, 2020). 
De acordo com (HALPERN, 2020) é preciso melhorar as políticas públicas de 
incentivo ao exercício, colocando à disposição da população mais parques e áreas 
verdes, por exemplo. Aliado a isso, há que se conscientizar a sociedade sobre a 
importância da atividade física para a saúde como um todo, uma vez que exercício é 
vida e há que se valorizar a importância da mesmo, ofertando qualidade de vida a 
todos. O especialista em questão também ilustra que o sedentarismo aumenta os 
32,00%
32,50%
33,00%
33,50%
34,00%
34,50%
60 anos ou + 18 a 24 anos 25 a 39 anos
Sedentarismo
Dados
6 
 
riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e também 
de alguns tipos de câncer (ABESO, 2020). 
Vale destacar que se considera alguém fisicamente ativo quando este pratica 
qualquer atividade física por mais de 2h30min ou 150 minutos. Com esta dedicação, 
este indivíduo é considerado na categoria moderada. Caso a dedicação seja de 75 
minutos, este indivíduo é alçado à categoria de práticas ou atividades físicas 
vigorosas. Como atividades físicas moderadas destacam-se a hidroginástica; 
caminhada ou musculação. Corrida, futebol, basquete e ou ginástica aeróbica são 
sinalizadas como vigorosas (CAMPOS, 2020). 
No universo feminino ou doméstico, 15,8% dos adultos realizam atividade física 
por um período de 150min semanais ou mais. Dentre estas atividades, a faxina pesada 
se enquadra como expoente, representando 23% deste percentual. No universo 
masculino, só 9% destinam 150min de atividades físicas semanais, em se tratando de 
tarefas domésticas (AGÊNCIA BRASIL, 2020). 
Observa-se que ter saúde é tão importante que se comemora e destina um dia 
especial para isso, o Dia Nacional da Saúde, em 5 de agosto. Neste sentido, um 
conjunto de bons hábitos, quando combinados, contribuem para o menor risco de 
desenvolvimento de doenças, sejam elas físicas ou mentais. A seguir, abordar-se-ão 
algumas recomendações, tendo-se como pressupostos os estudos e indicações da 
OMS e do Ministério da Saúde (SAÚDE BRASIL, 2020): 
 
“Adote uma dieta saudável, incluindo em suas refeições pelos menos 05 
porções de frutas e verduras por dia. Opte por alimentos naturais e reduza o 
consumo de refrigerantes, alimentos processados, carne vermelha e gordura 
saturada; Torne-se uma pessoa fisicamente ativa – Experimente fazer uma 
caminhada de 5 minutos a cada 30 minutos e implemente o hábito da prática 
de uma atividade física regular pelo período de 20 a 30 minutos por dia; 
Vacine-se; Não fume; Beba com moderação; Tenha uma boa saúde mental. 
Diminua o estresse. Escolha atividades que lhe proporcionem prazer. Tenha 
boas relações no trabalho e na família. Escolha um hobbie; Cuide de sua 
aparência e de sua higiene; Dirija com segurança e use, regularmente, cinto 
de segurança ou capacete; Pratique sexo seguro. Previna-se; Faça seu 
check-up regularmente; Seja um apoiador do aleitamento materno. O leite 
materno deve ser o único alimento oferecido ao bebê até o seis meses e de 
preferência até os 2 anos” (SAÚDE BRASIL, 2020). 
 
Sublinha-se, destarte, ainda que no item 6 de prioridades desta listagem, a 
singularidade da saúde mental. Não existe, porém, uma definição oficial para o 
conceito de saúde mental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 
7 
 
2020). O termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, 
desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções. 
O tema é tão importante que um grupo de psicólogos mineiros criou a 
campanha Janeiro Branco, que tem como objetivo aproveitar a simbologia do início 
do ano para chamar atenção do público em geral sobre os cuidados com a saúde 
mental, destacando-se 4 pilares: prática de atividade física; alimentação saudável; 
distância de relacionamentos tóxicos e registro de ações através de um diário 
(HOSPITAL SANTA MÔNICA, 2018). 
Vê-se que a prática de atividade física possibilita bem-estar para o corpo e, 
sobretudo, para a mente, contribuindo para a manutenção da saúde mental. Assim, o 
Ministério da Saúde elaborou dicas que podem ajudar a aumentar o bem-estar neste 
período de Pandemia: 
 
Pratique o hábito da rotina, ainda que seja dentro de sua própria residência; 
Caso esteja atuando via home office, realize pausas durante o trabalho. 
Indicam-se pausas de 5min a cada 60min de trabalho; Saiba identificar 
pensamentos repetitivos, nocivos ou que desencadeiem ansiedade; 
Diversifique o seu foco de atenção. Não fique imerso, apenas, às notícia da 
pandemia; Tenha cuidado com as mensagens recebidas. Não produza nem 
repasse fake news; Não rotule nem menospreze alguém que esteja doente; 
Não culpabilize países ou etnias pela pandemia; Cuide dos infantes, porém 
não produza nem dissemine o pânico; - Proteja seus idosos, informando-os 
sobre os cuidados necessários diante da pandemia; Produza 
comportamentos preventivos ou calcados no cuidado; Mantenha em dia as 
suas medicações regulares; Evite o uso de álcool, drogas e similares; Invista 
em atividades relaxantes, instrutivas ou profissionalizantes; Organize 
armários e destine o excedente para doação; Amplie os laços de amizade e 
afetividade; Ajude a sua comunidade; Cuide, primeiro de você, para que 
possa cuidar de sua família; Aceite o momento presente e lembre-se: isso vai 
passar; Reconheça a atuação dos profissionais de saúde, segurança e 
limpeza; Se estiver em sofrimento intenso, busque ajuda profissional de 
psicólogos e psiquiatras, mesmo que esta ajuda seja à distância 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). 
 
Ao arquitetar estas recomendações, o Ministério da Saúde, objetiva, outrossim, 
unificar e contemplar as duas esferas física e mental. Sobre isso, (GAERTNER, 2019), 
esclarece que “vários estudos indicam os efeitos da atividade física e do esporte sobre 
o campo emocional. Uma atividade física moderada, de cinco a seis vezes por 
semana, como a caminhada, tem um efeito melhor sobre depressão leve do que 
antidepressivos convencionais”. 
O psicólogo em questão citou a campanha Setembro Amarelo, de prevenção 
do suicídio, fenômeno que pode ter entre suas causas a depressão: “Não estou 
8 
 
falando que a atividade física e o esporte resolvem todos os males, mas é um trabalho 
preventivo de larga escala para minimizar os riscos”. 
O especialista amplia estadimensão e cuidado, tendo-se como público-alvo os 
estudantes ou jovens, destacando que os efeitos do esporte no aumento da 
capacidade cognitiva de estudantes podem oportunizar a potencialização do 
rendimento escolar, caso haja prática de atividade regular. Sobre isso, Gaertner 
realizar uma ácida crítica ao MES – Ministério da Educação, frisando que a tentativa 
de corte da disciplina de educação física nos ensinos fundamental e médio é uma 
heresia completa, porque não somente beneficia a saúde física, mas também a mental 
(GAERTNER, 2020). 
(MARTINS, 2018), similarmente escolhe os jovens, porém a sua escolha se 
pauta em jovens universitários, já que para o autor, para a melhoria das condições de 
saúde mental e de qualidade de vida do estudante universitário, é importante 
levar em conta as crises e estresses, tão comuns neste público-alvo. Neste 
sentido, medidas preventivas devem abranger os níveis de prevenção primária 
(promoção de saúde e proteção específica), prevenção secundária (diagnóstico e 
tratamento precoces e limitação da incapacidade) e prevenção terciária (reabilitação 
e readequação ocupacional). 
Sobre isso, a medicina preventiva ilustra quais atividades físicas são mais 
indicadas para as funções psicológicas, destacando que a atividade física regular 
diminui os riscos de depressão e da perda cognitiva em pacientes com mal de 
Alzheimer. Práticas como caminhar, correr ou pedalar são fundamentais para manter 
uma capacidade neurológica saudável, mesmo com o avanço da idade 
(BERTOLUCCI, 2018). 
Para o especialista, a prática de atividade física promove a ampliação da função 
cardiorrespiratória, melhorando a captação de oxigênio pelas células, obtendo-se uma 
visível elevação na qualidade de vida. Isso sem contar na melhora da autoestima e do 
bem-estar causado pela liberação de endorfina e serotonina pelo exercício. Ou seja: 
a prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios, singularizando-se nessas 
benesses a saúde mental. (BERTOLUCCI, 2018) 
Além de melhorar o condicionamento físico, a prática regular de atividade física 
amplia a capacidade cognitiva, reduzindo, via de regra, os níveis de ansiedade e 
estresse. A prática regular de exercícios contribui para elevar a autoestima, o 
autoconceito, a imagem corporal, as funções cognitivas e de socialização de pacientes 
9 
 
que apresentam algum risco de saúde mental. Nessa perspectiva, atividade física 
significa qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, 
traduzindo-se em gasto energético para o praticante (GASPAR, BALANCHO, 2015). 
Para os estudiosos, estas atividades trazem como elementos agregadores 
componentes biopsicossociais, culturais e comportamentais, tendo-se como 
exponentes jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e 
deslocamentos. Tais atividades se tornam uma ferramenta singular e condição sine 
qua non para a promoção da saúde mental, com custos incomparavelmente menores 
se contrastados com abordagens tradicionais, como as terapêuticas e 
medicamentosas (RIBEIRO, 2009). 
 Em um estudo realizado com 23 mulheres saudáveis com idades entre 60 e 
70 anos, as quais faziam um hora de caminhada três vezes por semana, juntamente 
com exercícios de alongamento e de flexibilidade. Constatou-se, após seis meses de 
acompanhamento, melhoras nos níveis de atenção, memória, agilidade e no padrão 
de humor em comparação ao grupo de controle com 17 mulheres sedentárias. 
Concluindo-se que a participação em um programa de atividade física resulta em uma 
alternativa eficaz e não medicamentosa, sem contar na melhora cognitiva em 
pacientes idosas (ANTUNES, 2015). 
Para (GASPAR; MATOS; RIBEIRO; LEAL, 2015) a comprovação de que o 
exercício físico pode interferir no desempenho cognitivo se efetua em três aspectos: 
com o aumento nos níveis dos neurotransmissores e por mudanças em estruturas 
cerebrais na comparação entre indivíduos fisicamente ativos e sedentários; melhora 
cognitiva observada em indivíduos com prejuízo mental em comparação com 
indivíduos saudáveis; melhora limitada obtida por indivíduos idosos, em função de 
uma menor flexibilidade mental/atencional quando comparados com um grupo jovem. 
Demonstra-se, então, que a prática de exercícios melhora a circulação 
sanguínea cerebral, podendo alterar a síntese e a degradação de neurotransmissores. 
Tal ação é considerada um benefício direto, visto que proporciona a majoração da 
velocidade do processamento cognitivo. Além dessa contribuição, há ainda 
mecanismos indiretos que podem contribuir para a saúde mental e o bem-estar, como 
a diminuição da pressão arterial, dos níveis de triglicérides no sangue e a inibição da 
agregação plaquetária (GASPAR, 2016). 
10 
 
Acredita-se que o exercício físico poderia aumentar o fluxo sanguíneo cerebral 
e, consequentemente, de oxigênio e outros substratos energéticos, proporcionando 
assim a melhora da função cognitiva. Ademais, não se descarta a sensação de bem-
estar advinda da prática do exercício físico com o aumento nas concentrações de 
serotonina e ß-endorfinas (TEIXEIRA, 2018). 
O exercício físico é reconhecido como um importante aliado no combate à 
depressão tanto nos casos leves como moderados. A atividade física proporciona a 
distração dos estímulos estressores, possibilitando ao paciente um maior controle 
sobre seu corpo e sua vida, sem contar a oportunidade de interação social com o 
convívio com outras pessoas (VERAS, 2016). 
Há também fatores biológicos relacionados ao efeito da endorfina, uma 
substância gerada pelo exercício e que pode reduzir a sensação de dor ou produzir 
um estado de bem-estar. O exercício físico associado ao tratamento também pode 
promover melhoras na produção de monoaminas cerebrais, como serotonina e 
noradrenalina (SOUZA, FERREIRA; OLIVEIRA; CESTARI, 2017). 
Contudo, um problema comum em indivíduos com depressão é a falta de 
engajamento para a prática de atividade física. Por isso, o profissional de educação 
física envolvido deve agir em conjunto com o médico e adequar o treinamento ao plano 
terapêutico ou psiquiátrico. É fundamental que haja encorajamento e suporte, além de 
tomar cuidado para que a intensidade não seja maior do que o indivíduo pode realizar. 
O objetivo não é gerar frustrações, e sim estabelecer metas possíveis de serem 
alcançadas (SOUZA, FERREIRA; OLIVEIRA; CESTARI, 2017). 
Os exercícios mais indicados para prevenir a depressão são a caminhada e a 
corrida. Por serem exercícios aeróbios, facilitam a produção de monoaminas cerebrais 
e promove efeitos psicossociais que reduzem os sintomas da depressão. É importante 
lembrar que o exercício será ainda mais eficiente se for agradável de praticar, não 
competitivo, previsível e rítmico. Sua intensidade deve estar entre 70% e 85% da 
capacidade aeróbia máxima do indivíduo, e deve ser praticado com frequência de três 
a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 60 minutos (PEREIRA; COTTA; 
FRANCESCHINI; RIBEIRO; SAMPAIO; PRIORE ET AL, 2016). 
Em contrapartida, estudos mostram que exercícios anaeróbios podem ser 
aceitos mais facilmente por pessoas que sofrem desordens depressivas, pois as 
atividades aeróbias podem ser muito vigorosas (PETRINI, 2015). 
11 
 
Além de aliviar o estresse e melhorar os sintomas de depressão, a prática 
regular de exercícios também auxilia na prevenção secundária em pacientes com 
transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno de estresse 
pós-traumático (TEPT). Em se tratando de TDAH, exercitar-se regularmente é uma 
das maneiras mais eficazes de reduzir os sintomas e melhorar os níveis de 
concentração, motivação, memória e humor (PEREIRA; COTTA; FRANCESCHINI; 
RIBEIRO; SAMPAIO; PRIORE ET AL, 2006). 
Verifica-se que o aumento imediato dos níveis de dopamina, norepinefrina e 
serotonina causado pela atividade física auxilia o foco e a atenção, atuando 
similarmenteaos fármacos receitados. A saber: Ritalina e Adderall. Para pacientes 
com TEPT, o exercício pode ajudar o sistema nervoso a emitir respostas ao estímulo 
de imobilização que caracteriza esse transtorno. Enquanto o corpo se movimento, há 
uma promoção no estado mental e global do paciente (PEREIRA; COTTA; 
FRANCESCHINI; RIBEIRO; SAMPAIO; PRIORE ET AL, 2016). 
Neste sentido, os exercícios mais indicados são aqueles que envolvem 
movimentos cruzados dos membros, como caminhar (especialmente na areia), correr, 
nadar, musculação ou dançar. Caminhadas e esportes ao ar livre também são 
eficazes na redução dos sintomas (PEREIRA; BARRETO; PASSOS, 2018). 
Resumindo, a prática de atividade física promove a ampliação do bem-estar 
físico, emocional e psíquico; redução das respostas emocionais frente ao estresse, 
estado de ansiedade e abuso de substâncias; diminuição de níveis leves e moderados 
de depressão e ansiedade; redução de alguns comportamentos neuróticos e aumento 
da capacidade cognitiva, com benefícios para a criatividade, a memória e a 
concentração. 
Ao se investir em atitudes preventivas, no cuidado, tendo-se como limiar a 
reserva cognitiva, pode-se implementar uma política pública de prevenção de futuras 
doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer e Mal de Parkinson. Atualmente, 
no Brasil, há quase 50% de sedentários, um número grande. Sedentarismo hoje é 
considerado doença. Isso mostra o quando nós ainda temos de espaço para crescer 
e ocupar nessa área do esporte e da atividade física (GAERTNER, 2020). 
Como a atividade física é a ponte para a saúde física e mental, mostrar-se-à 
que, hodiernamente, a indústria de atividades físicas movimenta 2,1 bilhões de 
dólares no Brasil — a receita é a maior da América Latina e a terceira das Américas. 
12 
 
De acordo com o levantamento de 2018 da IHRSA, associação internacional de 
fomento ao universo de saúde e exercícios, há mais de 34 500 academias no Brasil, 
o que nos torna o segundo país do mundo com maior concentração de 
estabelecimentos do tipo, atrás apenas dos Estados Unidos. Juntos, esses espaços 
somam 9,6 milhões de clientes — apenas Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido 
têm números maiores no mundo (VOCÊ SA, 2019). 
Para a revista em questão, uma das mudanças mais significativas que o 
mercado enfrentou para se adequar à recessão foi o surgimento das academias de 
baixo custo. Franquias como Smart Fit e Bluefit, as duas maiores do segmento, 
consolidaram-se como modelo de negócio e já representam 13% das instituições de 
ginástica no país. 
Com mensalidades que custam em média 100 reais e estrutura enxuta, elas 
seguem crescendo. A Smart Fit, que acaba de bater a marca de 2 milhões de clientes 
em mais de 550 unidades na América Latina, vem aumentando a oferta de aulas em 
suas unidades, com destaque para a dança. Já a Bluefit fechou o ano com faturamento 
de 100 milhões de reais e planeja chegar a uma centena de endereços em 2019, além 
de expandir para a Argentina e a Colômbia (REVISTA ABRIL, 2020) 
 
Figura 1 – Raio X das academias 
 
Fonte: Revista Abril, 2020. 
Mas a academia não é a escolha principal de quem faz atividade física — essa 
é a preferência de 28% dos praticantes, de acordo com números da IHRSA. A maior 
parte (41%) malha ao ar livre. Caminhada e corrida são as modalidades mais 
populares (IHRSA, 2020). 
13 
 
Com o envelhecimento da população e longevidade, métodos e rotinas de 
treinamento focados em força, mobilidade e equilíbrio, visando a saúde, a autonomia 
e a prevenção de acidentes entre o público mais velho, são as principais tendências 
apontadas pelo American College of Sports Medicine (ACSM, 2019). 
Nota-se que há e ainda está ocorrendo toda uma relativização na forma de se 
comunicar, precipuamente com o corpo e que esta ação teve como locus de 
ocorrência, múltiplos locais, parques, locais ao ar livre e a moradia. Aponta-se como 
paradigma, não mais a academia, ou não mais este lugar como status quo de atividade 
física, mas principalmente, a casa, o quarto, a área como lugar privilegiado dos treinos 
on-line, durante esta extensa pandemia conforme a I. 
 
Figura 2 – Treinos on-line 
 
Fonte: (FreePic/Vetores, 2021) 
 
A Pesquisa Global criou, neste ano, um ranking com os exercícios e tecnologias 
fitness. Treinos online se traduzem na principal tendência fitness em 2021. Na 
pesquisa realizada no ano passado, essa modalidade ocupou apenas a 26 posição. 
Com o isolamento social, o mercado fitness rapidamente se adaptou, trazendo o 
modelo remoto como simbologia deste interatividade e distanciamento advindos da 
pandemia da Covid-19 (REVISTA VEJA, 2021). 
14 
 
Em segundo lugar, há as tecnologias vestíveis, representados pelos relógios e 
aparelhos que auxiliam no monitoramento/performance física. Em terceiro lugar, o 
treino com o peso do próprio corpo. Em quarto lugar, atividades ao ar livre (13o lugar 
em 2020); em quinto HIIT, ou exercício intervalado de alta intensidade (2o lugar em 
2020). Em sexto treinos virtuais (pela primeira vez separado do on-line na pesquisa). 
Em sétimo lugar, exercícios como remédio (6o lugar em 2020). Em oitavo, treinamento 
de força com peso do corpo (também uma categoria inédita na pesquisa). Em nono, 
programas para pessoas mais velhas (8o lugar em 2020) e por último Personal 
Training (5o lugar em 2020) (GROHMANN, 2021). 
Outro contributo de Gaertner advém da confecção de 4 cartilhas junto à 
Comissão de Psicologia do Esporte do CRP-PR, lançado em julho de 2020, com o fito 
de falar sobre os impactos da pandemia da Covid-19 e em como colaborar com 
reflexões e orientações que sejam relevantes na atuação profissional neste momento 
(CRP-PR, 2021). 
A primeira cartilha destinada aos Psicólogas(os) do Esporte já está no ar, 
trazendo algumas orientações importantes nesta nova forma de adaptação do 
trabalho, considerando a qualidade dos serviços prestados e o exercício da profissão 
nos preceitos da Ética. A segunda cartilha é destinada às e aos treinadoras(es), 
trazendo dicas e orientações para manter um trabalho de qualidade e planejar o 
retorno às atividades presenciais, além do cuidado com a saúde mental (CRP-PR, 
2021). 
A terceira cartilha é destinada às(aos) Atletas, com dicas e orientações para 
manter um desempenho de qualidade no período de pandemia — sem esquecer do 
cuidado com a saúde mental! A quarta cartilha é destinada às(aos) praticantes de 
atividades físicas, com dicas e orientações para manter a saúde sem descuidar da 
prevenção do contágio pelo Coronavírus (CRP-PR, 2021). 
Assim, nota-se que só com a junção do olhar destinado a saúde física e mental, 
atividade física faz sentido e, genuinamente, propicia resultados notórios e 
preconizados pelas organizações e institutos que promovem a saúde e mais: o bem-
estar. 
Desta forma, as considerações aqui arquitetadas e elencadas se constituem 
em uma pesquisa voltada para a reflexão e desenvolvimento da saúde como ausência 
de doença e como espaço para prevenção, cuidado e atividades de lazer e prazer, 
15 
 
tendo-se como destaque ou objeto de apreço: atividade física. Neste lume, há a 
possibilidade de ampliação e renovação desta temática, deixando-se como contributo 
a atualização desta temática e o diálogo entre corpo e mente, retificando-se a máxima 
latina: men sana in corpore sano. 
 
2.1 METODOLOGIA 
 
A metodologia usada foi de cunho qualitativa, tendo-se como meta um processo 
de reflexão e análise da realidade, bem como uma tentativa de analisar os resultados 
obtidos. (TURATO, 2003) explica bem qual caminho deve-se trilhar, a fim de atingir os 
objetivos preestabelecidos: “o método científico é o modo pelo qual os estudiosos 
constroem os seus conhecimentos no campo da ciência, sendo-se compreensível 
que, na realidade, o método seja basicamente (filosoficamente) único para todos os 
saberes”. 
Neste sentido, ao eleger-se os objetivos e a formade condução, consegue-se 
estruturar o método e abordagem efetivados. Optou-se pelo cunho qualitativo pela 
possibilidade de descrever e analisar os problemas, oferecendo-se compreensões dos 
processos sociais e oferecendo contribuições para um processo de mudança, tal qual 
sugere (OLIVEIRA, 2008): a opção por uma abordagem qualitativa deve ter como 
principal fundamento “a crença de que existe uma relação dinâmica entre o mundo 
real, objetivo, concreto e o sujeito; portanto, uma conexão entre a realidade cósmica 
e o homem, entre a objetividade e a subjetividade”. Ou, mais precisamente, na 
abordagem qualitativa, “o pesquisador deve ser alguém que tenta interpretar a 
realidade dentro de uma visão holística, complexa e sistêmica”. 
Segundo (GODOY, 1996), a pesquisa qualitativa apresenta quatro principais 
características: ambiente natural como fonte direta de dados, e o pesquisador como 
instrumento fundamental; caráter descritivo; significado que as pessoas dão às coisas 
e à sua vida, que deve ser uma preocupação do investigador e enfoque indutivo. 
A análise descritiva é fundamental neste processo, visto que possibilita a 
definição do objeto de estudo, revisão de literatura e sugestões de 
análises/mudanças. A pesquisa descrita foi de cunho bibliográfico, uma vez que tal 
modalidade permite a análise de documentos de domínios científicos. Assim, tem-se 
16 
 
acesso direto à fonte, sem precisar se valer de fatos ou fenômenos da realidade 
empírica (SANTOS, 2001). 
A principal finalidade da pesquisa bibliográfica é levar o pesquisador a entrar 
em contato direto com as obras, artigos ou documentos que tratem do tema em 
estudo. O mais importante para quem faz opção por uma pesquisa bibliográfica é ter 
a certeza de que as fontes a serem pesquisadas já são reconhecidamente de domínio 
científico (BONIN, 2006). 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A prática da atividade física é algo que se traduzia em dois extremos: há uma 
parcela da população que se dedica a esta ação ou função, buscando saúde, 
prevenção de doenças, desanuvios e aprimoramento corporal, tendo-se a estética 
como primazia, e há pessoas que ignoram todas as recomendações preconizadas 
pela OMS e organizações ou institutos que promovam saúde, fazendo parte do grupo 
de sedentários, ou que não praticam nenhum tipo de atividade física. 
Constata-se que hoje, há pessoas que praticam atividade física, mas de forma 
moderada e há um aumento de pessoas que estão se dedicando à prática de 
atividade, principalmente neste período de confinamento/pandemia, engrossando o 
time de pessoas que praticam atividades vigorosas. 
Neste sentindo, notou-se que os contributos da atividade física – traduzidos em 
bem-estar - não são mais focados na saúde física, porém, igualmente na saúde 
mental, que neste trabalho recebe status de equidade. A problematização dessa 
pesquisa foi respondida, já que foram elencados e comprovados os benefícios da 
atividade física para o bem-estar. 
Os objetivos eleitos foram atendidos, já que foram analisados e ilustrados os 
benefícios da atividade física, tanto no campo corporal quanto mental; identificadas 
quais atividades físicas são mais indicadas para as funções psicológicas; enfatizando-
se a relação direta entre a prática de atividade física e o aumento da imunidade, bem 
como foram realizadas ilustrações das contribuições da atividade física para a saúde. 
 Os resultados da pesquisa bibliográfica foram atendidos, uma vez que ocorreu 
a relativização e atualização da temática, expondo-se as pesquisas/estudos mais 
17 
 
recentes realizados sobre os contributos da atividade física para a saúde física e 
mental, entendendo este quadro ou resultado como bem-estar. 
Deixa-se como legado esta pesquisa com a promessa de estudos a posteriori, 
através de especialização e, possivelmente, mestrado. Os pontos significativos da 
pesquisa se traduzem na corroboração de que a prática da atividade física promove 
bem-estar e qualidade de vida, no campo físico e mental. 
Traz-se, então, como contributo um olhar mais expandido sobre os benefícios 
da atividade física, tendo-se como pilares a saúde física e mental, além da discussão 
sobre uma temática que ainda carece de ampliações no universo acadêmico e, 
principalmente por alunos deste curso e/ou graduação. Neste cenário, opta-se por 
uma reformulação na forma de dimensionar a saúde – cobrindo-a pelo viés da 
prevenção, do cuidado e enxergando a atividade física como espaço de lazer, amparo 
e prazer, não apenas como sofrimento. 
Todavia, este assunto merece mais destaque na sociedade e comunidade 
acadêmica, principalmente, em níveis mais elevados de estudos, como a pós-
graduação stricto e lato senso. Propõe-se, enfim, que este pequeno estudo seja 
apenas um breve recomeço, uma construção inicial da tomada de consciência de um 
processo de revitalização da prática de atividade física, traduzindo-se como um 
pequeno contributo para este repensar. 
 
 
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