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Livramento condicional e medida de segurança

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Livramento condicional
● É um incidente de execução penal, que implica a liberdade antecipada do condenado que cumpriu parte da
pena privativa de liberdade em qualquer dos 3 regimes de execução (aberto, semiaberto ou fechado),
mediante imposição de certas condições.
● No livramento condicional o réu começa a cumprir a pena. O réu não preenchia os requisitos do sursis,
ele não preenchia os requisitos para a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito
(artigo 44). Ele começa a cumprir pena. Só que, no decorrer do cumprimento da pena, ele pode ser
beneficiado do livramento condicional. Ele é livre antes de cumprir toda a pena, sob algumas condições.
➔ No sursis, o réu é condenado, mas não começa a cumprir a pena, há uma audiência com o juiz; e dali
daquela audiência, ele sai com todas as obrigações durante o período de prova, ele nem vai ao
presídio, nem começa a cumprir pena em penitenciária, local de estabelecimento prisional
➔ quem concede é o juiz da execução, que é precedida de um requerimento do ministério público e da
defesa
Requisit�� (A��.83)
1. Pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos (requisito objetivo)
2. Cumprida mais de 1/3 da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons
antecedentes (requisito objetivo)
3. Cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso (requisito objetivo)
4. Comprovado:
➔ bom comportamento durante a execução da pena (requisito subjetivo)
➔ não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses (requisito objetivo): novatio legis in pejus,
dificulta a obtenção desse recurso, sendo assim, ela não retroage (obs: súmula 441 STJ)
➔ bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído (requisito subjetivo)
➔ aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto (requisito subjetivo)
5. Tenha reparado o dano, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo
6. Cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura,
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for
reincidente específico em crimes dessa natureza.
7. Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do
livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o
liberado não voltará a delinqüir
Espécie�
⅓: livramento condicional especial
½: livramento condicional ordinario
⅔: livramento condicional extraordinário, mais gravosa
Soma� da� pena�
● Quando o agente comete mais de uma infração, as penas devem somar-se (Art.84)
● Para dar o livramento condicional olha para a pena em cheio (ex: condenação de 20 e outra de 50 anos,
somadas essas duas) não considera o limite de 40 anos nesse momento
● Se o agente preencher os requisitos é direito subjetivo (o juiz não escolhe se vai dar ou não)
Condiçõe�
● Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.(Art. 132 da LEP.)
1. Condições obrigatórias (serão sempre impostas ao liberado)
A. obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho
B. comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação
C. não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste
2. Condições facultativas (são cumulativas, o juiz decide no caso concreto .se serão necessárias)
A. não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar
e de proteção;
B. recolher-se à habitação em hora fixada;
C. não freqüentar determinados lugares
Revogaçã� d� livrament�
● Se ocorrerem, o juiz obrigatoriamente tem que revogar (art. 86 e 88): se o liberado vem a ser
condenado à pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:
1. por crime cometido durante a vigência do benefício
➔ ex: condenado por 6 anos e cumpriu 4, e é agraciado com o livramento, se depois de 1 ano com esse
benefício ele é condenado por um crime durante a vigência do benefício, ele vai perder esse período
que cumrpiu no livramento condicional e vai ter que cumprir 2 anos de privativa de liberdade, não
podendo reaver o direito de obter livramento condicional (dessa condenação, da nova ele pode obter)
2. ou por crime anterior:
➔ ex: condenado por 6 anos e cumpriu 3 anos da pena e foi agraciado com o livramento condicional,
depois de 1 ano vem a condenação por crime anterior de 5 anos. Esse 1 ano vai ser computado sim, e
agora faltam 2 anos + 5 da nova condenação, tendo que cumprir 7 anos. Podendo o juiz conceder
livramento condicional pra esse montante restante, se preencher os requisitos
● Facultativa (Art. 87): se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou
for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, em que a pena que não seja privativa de
liberdade
Extinçã�
● O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a
que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento (Art. 89)
● Se até o seu término o livramento não for revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade e
o juiz vai prolatar uma sentença declaratória da extinção da punibilidade do agente (Art. 90)
Medid� d� seguranç�
● Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta (Art.
96 CP)
● Para o inimputável (Art.26) não se aplica pena
➔ ao contrário da pena, a medida de segurança tem caráter preventivo, ou seja quer evitar que o
indivíduo volte a delinquir
➔ não se aplica ao inimputável por questão etária
● Ao semi-imputável pode ser aplicada pena, mas não de forma cumulativa (sistema vicariante), ou é
pena ou medida de segurança
● Instrumento de proteção social cujo fundamento reside na segurança futura da comunidade, frente às
possíveis violações do Direito por parte do autor
● Não se trata de uma regra aplicada de forma absoluta
Pena Medida de segurança
fato típico fato típico
ilicitude ilicitude
culpabilidade periculosidade do agente
sentença condenatória sentença absolutória (imprópria)
Espécie�
● Art. 96. As medidas de segurança são:
I. Detentiva: Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, em falta, em outro
estabelecimento adequado; (mais gravosa já que restringe a liberdade)
II. Restritiva: sujeição a tratamento ambulatorial.
Quand� aplica� cad� espéci�
● Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto
como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial (Art. 97)
● Mesmo em se tratando de delito punível com reclusão, é facultado ao magistrado a escolha do
tratamento mais adequado por causa dos princípios da adequação, da razoabilidade e da proporcionalidade,
Praz�
1. A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não
for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade.
2. Prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos
● Pode ser que se torne uma sanção perpétua se o indivíduo não se curar, mas sanções perpétuas são
vedadas pela constituição, então a súmula 527 do STJ impôs um limite. O STF tem um entendimento, que
já foi superado, que o período máximo é o previsto no Art. 75 ou seja, de 40 anos (mas antes eram 30
anos).
3. Não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado

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