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1 OAB NA MEDIDA - ETICA PROFISSIONAL

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INCLUI:
• Quadros de ATENÇÃO
• Tabelas Comparativas
• Esquemas Didáticos
• Referências a temas cobrados 
em provas anteriores
OABNAMEDIDA.COM.BR
ÉTICA 
PROFISSIONAL
LIVRO 
INTEGRADO 
COM O APP!
XXIX 
EXAME
ATUALIZADO COM:
• Lei nº 13.793/2019 (Acesso aos autos 
eletrônicos)
• Lei nº 13.725/2018 (Honorários 
assistenciais de entidade de classe)
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Alteração Legislativa Atenção Exemplo
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SUMÁRIO 
1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA
1.1. ABRANGÊNCIA E TEMPO
1.2. CARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIA 
1.3. ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA 
1.4. MANDATO 
1.5. SUBSTABELECIMENTO 
2. DIREITOS DO ADVOGADO 
3. INSCRIÇÃO NA OAB 
4. ADVOGADO ESTRANGEIRO 
5. ESTAGIÁRIO
6. SOCIEDADE DE ADVOGADOS
7. ADVOGADO EMPREGADO 
8. ÉTICA DO ADVOGADO 
8.1. DISPOSIÇÕES GERAIS 
8.2. DEVERES DO ADVOGADO
8.3. RELAÇÕES COM O CLIENTE
8.4. SIGILO PROFISSIONAL 
8.5. PUBLICIDADE
9. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
10. INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
10.1. INCOMPATIBILIDADE
10.2. IMPEDIMENTO 
11. INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
11.1. APLICAÇÃO DA SANÇÃO DE CENSURA 
11.2. APLICAÇÃO DA SANÇÃO DE SUSPENSÃO 
11.3. APLICAÇÃO DA SANÇÃO DE EXCLUSÃO 
11.4. REABILITAÇÃO 
11.5. REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
11.6. PRESCRIÇÃO
12. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
12.1. CARACTERÍSTICAS, FINS E ORGANIZAÇÃO 
12.2. CONSELHO FEDERAL 
12.3. CONSELHOS SECCIONAIS
12.4. SUBSEÇÕES 
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12.5. CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
12.6. ELEIÇÕES E MANDATOS 
12.7. AQUISIÇÃO, ONERAÇÃO OU ALIENAÇÃO DE BENS DA OAB
13. PROCESSO NA OAB
13.1. PROCESSO DISCIPLINAR
13.2. RECURSOS 
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1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA 
1.1. ABRANGÊNCIA E TEMPO 
Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao Estatuto da Advocacia e da Ordem dos 
Advogados do Brasil (Lei n. 8.906/94, também conhecida como EAOAB), os advogados privados e 
os advogados públicos. 
São advogados públicos os membros da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda 
Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional 
(§ 1º do art. 3º do EAOAB). Já os advogados privados são, por exclusão, todos aqueles que não são 
advogados públicos. 
Desse modo, todos os advogados, sejam públicos ou privados, são obrigados à inscrição na 
OAB para o exercício de suas atividades TEMA COBRADO NO XVII EXAME DA OAB/FGV.
ADVOCACIA PRIVADA ADVOCACIA PÚBLICA
Abrange todos aqueles que não exercem 
advocacia pública, incluindo os advogados das 
sociedades de economia mista e das empresas 
públicas, uma vez que, apesar de integrarem 
a Administração Pública Indireta, são pessoas 
jurídicas de Direito Privado TEMA COBRADO 
NO VII EXAME DA OAB. 
Exercem a advocacia pública os integrantes 
da Advocacia-Geral da União, da Defensoria 
Pública e das Procuradorias e Consultorias 
Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios, das autarquias e das fundações 
públicas, estando obrigados à inscrição na 
OAB para o exercício de suas atividades. Os 
integrantes da advocacia pública são elegíveis 
e podem integrar qualquer órgão da OAB. 
Para fins de comprovação do tempo de exercício de advocacia, o art. 5º do Regulamento 
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEAOAB) estabelece que é considerado efetivo 
exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos 
previstos no artigo 1º do EAOAB, em causas ou questões distintas TEMA COBRADO NOS 
EXAMES VII E XI DA OAB/FGV.
1.2. CARACTERÍSTICAS DA ADVOCACIA
De acordo com o estabelecido no art. 133 da Constituição Federal, o advogado é indispensável à 
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, 
nos limites da lei.
O exercício da advocacia, portanto, é indispensável como forma de garantir justiça às decisões 
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judiciais, assumindo verdadeiro caráter de múnus público, mesmo quando exercido no âmbito 
privado do advogado. 
Em outras palavras, ainda que a advocacia seja realizada de forma privada, ela se reveste de 
caráter público e função social porque ultrapassa os interesses das partes litigantes, na medida 
em que permite a concretização do interesse da sociedade de se ter decisões justas. 
Nesse sentido, o art. 2 º do EAOAB dispõe que: 
Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social 
 TEMA COBRADO NO VII EXAME DA OAB/FGV.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao 
seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, 
nos limites desta lei.
Além de se tratar de serviço público, cujos atos constituem múnus público e possuem função 
social, abaixo listamos outras características importantes da advocacia: 
• Indispensabilidade: o advogado é indispensável à administração da Justiça, 
conforme previsto no art. 133 da Constituição Federal de 1988.
• Inviolabilidade: o advogado não pode ser punido pelos atos referentes ao exercício 
da sua profissão, garantindo-se a liberdade necessária para sua atuação. 
• Independência: o advogado é independente em relação ao seu pensamento e ao 
exercício da profissão, não havendo qualquer subordinação em relação aos demais 
operadores do direito. 
• Exclusividade: a advocacia não pode ser divulgada em conjunto com qualquer outra 
atividade, sendo vedada sua mercantilização. 
• Parcialidade: apesar de a advocacia constituir um múnus público, o advogado a 
exerce de forma parcial, a favor dos interesses de seu constituinte. 
Sobre a parcialidade, o art. 2º, §2º, do EAOAB dispõe que “no processo judicial, o advogado 
contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, 
e seus atos constituem múnus público”. O art. 23 do CEDOAB, por sua vez, estabelece que é 
direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião 
sobre a culpa do acusado.
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• Onerosidade Mínima obrigatória: deverá o advogado observar o valor mínimo 
da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for 
realizado o serviço, inclusive aquele referente às diligências, sob pena de caracterizar 
aviltamento de honorários (§ 6º do art. 48 do CEDOAB). 
O Código de Ética e Disciplina passou a prever, como exceção à onerosidade mínima obrigatória, 
a advocacia “pro bono”, considerada a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços 
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre 
que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. 
A advocacia “pro bono” pode ser exercida em favor de pessoais naturais que, igualmente, não 
dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado, mas 
não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições 
que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela 
TEMA COBRADO NO XXI EXAME DA OAB/FGV. 
Além disso, de acordo com o art. 4º do Provimento n. 166/2015 do CFOAB, os advogados que 
desempenharem a advocacia pro bono estão impedidos de exercer a advocacia remunerada, 
em qualquer esfera, para a pessoa natural ou jurídica que utilizou de seus serviços pro bono, 
pelo período de 03 (três) anos.
1.3. ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA 
Em razão da importância da advocacia, a postulação em juízo, salvo algumas raras exceções, 
bem como as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas devemser feitas por 
advogado regularmente constituído (incisos I e II do art. 1º do EAOAB). 
É importante consignar que a redação original do art. 1º, I, do EAOAB, previa como atividade 
privativa do advogado a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais. 
Entretanto, na ADIN 1.127-8, o STF considerou inconstitucional a expressão “qualquer”, uma vez 
que, embora o advogado seja indispensável à administração da Justiça, sua presença pode ser 
dispensada em situações excepcionais.
Abaixo listamos as principais exceções em relação à participação de advogado em atos judiciais: 
• Impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal (§ 1º do art. 1º do 
EAOAB). TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV.
• Nas causas até 20 salários mínimos no Juizado Especial Cível 
• Causas no Juizado Especial Federal 
• Justiça de Paz 
• Medidas Protetivas com caráter de urgência na Lei Maria da Penha 
• Propositura de ação de alimentos pelo próprio credor (art. 2 º da Lei n. 5.478/68)
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• Processo Administrativo Disciplinar: De acordo com a Súmula Vinculante nº 5 do 
STF, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não 
ofende a Constituição.
• Jus postulandi na Justiça do Trabalho 
O art. 7º do RGEAOAB, por sua vez, estabelece que a função de diretoria e gerência jurídicas em 
qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa 
de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB 
 TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB. 
Da mesma forma, os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de 
nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por 
advogados (§ 2º do art. 1º do EAOAB), salvo no caso das Microempresas e Empresas de Pequeno 
porte, em que essa exigência é dispensada pela LC n. 123/2016 TEMA COBRADO NO XVII 
EXAME DA OAB/FGV. 
São impedidos de visar atos de pessoas jurídicas os advogados que prestem serviços a 
órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa 
a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas 
competentes para o mencionado registro, conforme art. 2º, parágrafo único, do 
RGEAOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES VII e X DA OAB/FGV.
Resumindo:
ATIVIDADES PRIVATIVAS DE 
ADVOGADO EXCEÇÕES
Postulação em juízo; 
Impetração de habeas corpus em qualquer 
instância ou tribunal (§ 1º do art. 1º do EAOAB). 
Nas causas até 20 salários mínimos no Juizado 
Especial Cível 
Causas no Juizado Especial Federal 
Justiça de Paz 
Medidas Protetivas com caráter de urgência na 
Lei Maria da Penha 
Propositura de ação de alimentos pelo próprio 
credor (art. 2 º da Lei n. 5.478/68)
Processo Administrativo Disciplinar
Jus postulandi na Justiça do Trabalho
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Visar os atos e contratos constitutivos de 
pessoas jurídicas Microempresas e Empresas de Pequeno porte
Consultoria e assessoria jurídicas, bem 
como direção jurídica de empresa pública, 
privada ou paraestatal.
Ressalta-se ainda que o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a 
denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 
sendo nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, ou por 
advogado, suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia, 
conforme art. 4º do EAOAB TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
1.4. MANDATO 
O Mandato é o contrato pelo qual alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes 
para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses e não se confunde com a procuração, 
que é considerada o instrumento do mandato, ou seja, o documento que o cliente assina conferindo 
os poderes ao advogado. 
O mandato se inicia com a assinatura da procuração, sendo que o advogado não deve aceitar 
procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por 
motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis (art. 14 
do CED), sob pena de configurar infração disciplinar. 
Além disso, a procuração deve ser outorgada ao advogado pessoa física, devendo conter 
o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, endereço 
completo e, se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter 
os dados dessa (§§ 2º e 3º do art. 105 do CPC/2015).
A procuração não pode ser outorgada de forma genérica em favor da sociedade de advogado. 
Ela deve ser outorgada individualmente ao advogados e indicar a sociedade de que faça parte 
(§ 3º do art. 15 do EAOAB). 
Conforme previsto no art. 5º do EAOAB, o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo 
prova do mandato, ou seja, mediante juntada da procuração. Entretanto, se houver urgência, o 
advogado pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 (quinze) dias, 
prorrogável por igual período.
A procuração para o foro em geral (ad judicia) habilita o advogado a praticar todos os atos 
judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais, quando será 
necessária a outorga de uma procuração com poderes específicos (ad judicia et extra). As 
hipóteses em que se exige poderes especiais estão expressamente previstas em lei, como no caso 
do oferecimento de representação criminal ou queixa-crime, ou ainda nas hipóteses citadas pelo 
art. 105, caput, do CPC/2015, a saber: receber citação, confessar, reconhecer a procedência do 
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pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, 
firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica. 
O § 4º do art. 105 do CPC/2015 estabelece que, salvo disposição expressa em sentido contrário 
constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz 
para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença. 
Nos termos do art. 18 do CEDOAB, o mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo 
decurso de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento TEMA 
COBRADO NO XXVI EXAME DA OAB/FGV.
 Entretanto, haverá extinção do mandato nas seguintes situações: 
• Renúncia: em face de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a 
providências que lhe tenham sido solicitadas, o advogado pode renunciar ao mandato 
(art. 15 do CEDOAB). A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo 
que a determinou (art. 16 do CEDOAB) TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/
FGV, devendo o advogado comunicar ao cliente por escrito, preferencialmente, com 
aviso de recebimento (AR) e, posteriormente, ao juiz da causa (RGEAOAB). Além disso, 
o advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os 10 (dez) dias seguintes 
à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do 
término desse prazo TEMA COBRADO NOS EXAMES XI, XIV E XVI DA OAB/FGV.
• Revogação: o cliente pode revogar os poderes dados ao advogado. Entretanto, a 
revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do pagamento 
das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do advogado 
de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, 
calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado, conforme 
art. 14 do CEDOAB.
• Substabelecimento sem reservas de poderes: o substabelecimento permite que 
o advogado transfira a outro profissional os poderes que lhe foram conferidos pelo 
cliente. 
• Arquivamento dos autos ou conclusão da causa (extinção presumida): concluída a 
causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido e extinto o mandato, conforme 
art. 13 do CEDOAB TEMA COBRADO NOEXAME XII DA OAB/FGV.
1.5. SUBSTABELECIMENTO 
O substabelecimento permite que o advogado transfira a outro profissional os poderes que lhe 
foram conferidos pelo cliente. 
O substabelecimento pode ser feito com reserva de poderes ou sem reserva de poderes. 
No substabelecimento com reserva de poderes, o advogado originário transfere os poderes 
que lhe foram concedidos a outro advogado, permitindo-se que ambos os profissionais pratiquem 
os atos em defesa do cliente. Trata-se de ato pessoal do advogado da causa, não se exigindo 
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concordância do cliente. Além disso, no substabelecimento com reserva de poderes, deve-
se ajustar antecipadamente os honorários, não podendo o substabelecido (quem recebeu o 
substabelecimento) cobrar diretamente do cliente os honorários advocatícios, conforme art. 26 
do EAOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES XV E XIX DA OAB/FGV. 
Art. 26 do EAOAB. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar 
honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
Já no substabelecimento sem reserva de poderes, o advogado originário transfere de forma 
definitiva os poderes que lhe foram concedidos, extinguindo-se o mandato. O substabelecimento 
sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente, conforme art. 26 do 
CEDOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES XIII e XVII DA OAB/FGV.
COM RESERVA DE PODERES SEM RESERVAS DE PODERES 
• Ato pessoal do advogado. Não precisa da 
concordância do cliente. 
• Não extingue o mandato, mas permite o 
substabelecente e o substabelecido atua em 
favor do cliente. 
• Substabelecido não pode cobrar os honorários 
advocatícios diretamente do cliente. 
• Precisa da concordância do cliente 
(prévio e inequívoco conhecimento). 
• Gera a extinção do mandato. 
• Como há extinção do mandato 
originário, o substabelecido poderá 
cobrar os honorários devidos do cliente. 
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2. DIREITOS DO ADVOGADO 
A primeira ideia que se deve ter em relação a atuação do advogado é que não existe 
qualquer hierarquia entre o advogado e os demais operadores do direito, devendo todos se 
respeitarem reciprocamente. 
Art. 6º do EAOAB: Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados 
e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e 
respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça 
devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a 
dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
Para garantir a independência profissional, o art. 7º do EAOAB assegura uma série de direitos 
aos advogados, conforme abaixo transcrito: 
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional: o advogado possui 
liberdade para atuar em todo o território nacional TEMA COBRADO NO EXAME X 
DA OAB/FGV. Entretanto, se pretender atuar de forma habitual em Estado diverso do 
qual tenha sua inscrição principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar 
no Conselho Seccional da OAB do Estado que pretende atuar. Considera-se habitual 
o trabalho do advogado que exceder 5 causas no ano. Assim, se o advogado atuar em 
até 5 causas no ano em outro Estado não precisará da inscrição suplementar, mas, se 
ultrapassar esse limite, a inscrição suplementar é obrigatória. 
Além disso, a liberdade do advogado abrange a sua independência de atuação, de modo 
que ele não é obrigado a aceitar outro advogado atuando na mesma causa, não se 
submete hierarquicamente a nenhum outro operador do direito, além do que pode 
recusar o patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão 
concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que 
tenha manifestado anteriormente, conforme previsto no art. 4º do CEDOAB TEMA 
COBRADO NOS EXAMES XV, XIX e XXV DA OAB.
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e 
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia: não se trata, entretanto, 
de inviolabilidade absoluta. Com efeito, presentes indícios de autoria e materialidade 
da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá 
decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo mandado de busca 
e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante 
da OAB, sendo vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos 
pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos 
de trabalho que contenham informações sobre clientes, salvo se o cliente estiver sendo 
formalmente investigado como partícipe ou coautor pela prática do mesmo crime que 
deu causa à quebra da inviolabilidade, conforme §§s 6º e 7º do art. 7º do EAOAB 
TEMA COBRADO NOS EXAMES III, VII e XVIII DA OAB/FGV.. 
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III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou 
militares, ainda que considerados incomunicáveis: o advogado, portanto, tem o direito 
de conversar com o seu cliente em qualquer situação, mesmo sem possuir procuração 
 TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV. 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo 
ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de 
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB: o advogado 
poderá ser preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da profissão, apenas no 
caso de crime inafiançável (§ 3º do art. 7º do EAOAB) e desde que haja a presença de 
um representante da OAB. Nas demais hipóteses de prisão, não há necessidade da 
presença de representante da OAB, mas apenas a comunicação expressa à Seccional da 
OAB TEMA COBRADO NOS EXAMES IV e XVII DA OAB/FGV. 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala 
de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela 
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar: a sala de Estado-Maior não se confunde com 
a prisão especial, constituindo uma verdadeira sala, destituída de grades, semelhante 
à instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras instituições militares. Não 
havendo sala de Estado-Maior, deve o advogado ser recolhido em prisão domiciliar. No 
entanto, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, o advogado deverá ser 
recolhido à cela comum TEMA COBRADO NOS EXAMES XI e XIV DA OAB/FGV. 
No julgamento da ADIN 1.127-8 o STF determinou a suspensão da expressão “assim reconhecida 
pela OAB”, no que diz respeito às instalações e comodidades condignas da sala de Estado 
Maior, em que deve ser recolhido preso o advogado, antes de sentença transitada em julgado.
VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos 
cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de 
audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no 
caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da 
presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição 
judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou 
informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e 
ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer 
assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual 
este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais: para garantir a liberdade de 
atuação na defesa de seu cliente, o advogadotem livre acesso a prédios públicos, incluindo 
as salas de sessões dos tribunais, mesmo na parte reservada aos magistrados. Entretanto, 
para participar de reuniões ou assembleias que deva participar o seu cliente, o advogado 
pode comparecer sozinho, mas deve possuir procuração com poderes especiais TEMA 
COBRADO NOS EXAMES V, X ,XIII e XVII DA OAB/FGV. 
Para participar de reuniões ou assembleias que deva participar o seu cliente, o advogado pode 
comparecer sozinho, mas deve possuir procuração com poderes especiais.
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VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no 
inciso anterior, independentemente de licença: o advogado não precisa prestar 
esclarecimentos ou pedir licença a qualquer autoridade, podendo permanecer em pé 
ou sentado, ausentando-se do recinto quando quiser. Esse direito ressalta a liberdade e 
a ausência de subordinação do advogado em relação aos demais operadores do direito. 
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-
se a ordem de chegada: o advogado tem direito de ser atendido pelos magistrados 
sem necessidade de marcar horário previamente, respeitando-se apenas a ordem de 
chegada TEMA COBRADO NOS EXAMES III e VI DA OAB/FGV. 
O inciso IX do art. 7º do EAOAB estabelecia o direito do advogado “sustentar oralmente as 
razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, 
em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior 
for concedido”. No julgamento da ADIN 1.105-7, o STF declarou inconstitucional o conteúdo 
desse inciso, de modo que o advogado não tem o direito de fazer sustentação oral depois do 
voto do relator, e sim antes (art. 937 do CPC/2015), além do que o direito à sustentação oral 
está vinculado a sua previsibilidade recursal, ou seja, o recurso deve permitir a sustentação 
oral TEMA COBRADO NO EXAME V DA OAB/FGV.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção 
sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos 
ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura 
que lhe forem feitas: o advogado pode solicitar o uso da palavra em qualquer juízo ou 
tribunal para esclarecer dúvidas a favor do seu cliente ou para afastar acusação que 
lhe tenha sido feita, devendo solicitar que sua manifestação seja registrada em ata de 
audiência TEMA COBRADO NO EXAMES II, VI E XVI DA OAB/FGV. 
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, 
contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento: não havendo a 
intervenção sumária citada no item anterior, o advogado tem o direito de reclamar verbalmente 
ou por escrito contra o descumprimento de preceito legal, a fim de que a irregularidade não 
seja repetida TEMA COBRADO NO EXAMES V e XVII DA OAB/FGV. 
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da 
Administração Pública ou do Poder Legislativo: o advogado tem o direito de se 
manifestar sentado ou em pé, não podendo ser constrangido, por exemplo, a se manifestar 
obrigatoriamente em pé TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV. 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração 
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, 
quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar 
apontamentos: o advogado pode examinar processos já terminados ou em andamento mesmo 
quando não estiver munido de procuração, salvo aqueles sujeitos a sigilo, em que será exigida 
a procuração TEMA COBRADO NOS EXAMES IV e X DA OAB/FGV. 
A Leiº 13.793/2019 alterou o EOAB e o CPC/2015, para deixar claro que o direito dos advogados de 
terem acesso e vista dos autos judiciais inclui os autos eletrônicos, mesmo sem procuração, salvo 
quando se tratar de processo sujeito a segredo de justiça, hipótese em que se exigirá procuração.
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XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo 
sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos 
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos, em meio físico ou digital TEMA COBRADO NO II EXAME DA OAB/
FGV: o advogado também tem direito de ter acesso aos autos sujeitos a sigilo, mas, neste 
caso, deverá apresentar procuração TEMA COBRADO NOS EXAMES XIX E XXV DA 
OAB/FGV. Além disso, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos 
elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados 
nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da 
finalidade das diligências (§§ 10 e 11 do art. 7º do EAOAB). A inobservância aos direitos 
estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de 
autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará 
responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que 
impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, 
sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz 
competente (§ 12 do art. 7 do EAOAB).
Súmula Vinculante 14 do STF: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado 
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa 
 TEMA COBRADO NO EXAME XVI DA OAB/FGV.
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório 
ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais: atente-se que a vista abrange 
os processos judiciais e administrativos TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV. 
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias: se o 
processo já tiver sido encerrado, o advogado pode retirá-lo para análise pelo prazo de 10 dias, não 
sendo necessário apresentar procuração TEMA COBRADO NO XVI EXAME DA OAB/FGV. 
De acordo com § 1º do art. 7º do EAOAB, não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) 
aos processos sob regime de segredo de justiça, devendo neste caso o advogado apresentar 
procuração; 2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou 
ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria 
ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, 
mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do 
processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, 
e só o fizer depois de intimado TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA OBA/FGV. 
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou 
em razão dela: conforme previsto no art. 18 do RGEAOAB, o advogado, quando ofendido 
comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, 
tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho Seccional competente, de 
ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. O desagravo não depende da concordância 
do advogado ofendido, tendo como função reestabelecer a dignidade do exercício da 
advocacia TEMA COBRADO NOS EXAMES II, V, VII e XII e XX DA OAB/FGV.
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Somente cabe desagravo quando houver ofensa ao advogado no exercício de sua função. Se 
houver ofensa de caráter pessoal ou a outra atividade do advogado não cabe desagravo. Além 
disso, o advogado não pode dispensar o desagravo público quando o Conselho Seccionaldecidir promovê-lo.
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva 
funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo 
quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua 
sigilo profissional: cabe ressaltar que além de direito, constitui dever do advogado 
guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão, conforme 
art. 35 do CEDOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES III, XIV e XVII DA OAB/FGV. 
 XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, 
após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a 
autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo: 
é importante registrar que o direito de se retirar do recinto apenas ocorre quando, 
além do critério temporal de 30 minutos, o juiz não tiver comparecido para realizar a 
audiência. Se houver o comparecimento do juiz e a pauta de audiência estiver atrasada, 
não há o direito de retirada TEMA COBRADO NOS EXAMES II, XIII e XIV DA 
OAB/FGV. 
A regra do inciso XX não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a CLT possui regra 
própria estampada no parágrafo único do art. 815, que estabelece prazo de espera de 15 minutos. 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de 
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta 
ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração apresentar 
razões e quesitos: trata-se de direito acrescido pela Lei n. 13.245/2016, garantindo-
se ao advogado participar de interrogatório ou depoimento em procedimentos de 
investigação, permitindo-se ainda ao advogado apresentar razões e quesitos, sob pena 
de nulidade absoluta dos elementos probatórios decorrentes. 
Cabe ressaltar ainda que o § 2º do art. 7º do EAOAB garante ao advogado imunidade profissional, 
não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de 
sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos 
excessos que cometer TEMA COBRADO NO V EXAME DA OAB/FGV.
A redação original do § 2º do art. 7º do EAOAB previa incialmente a imunidade profissional 
também para eventuais atos que caracterizassem desacato. Entretanto, no julgamento da ADIN 
1.127-8, o STF suspendeu a eficácia da expressão “desacato”, de modo que o advogado pode 
responder por atos que caracterizem desacato, ainda que no exercício de sua função. Além 
disso, a imunidade profissional do advogado não abrange eventuais atos que caracterizem 
calúnia TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA OAB/FGV. 
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O § 4º do art. 7º do EAOAB estabelece ainda que o Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, 
em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para 
os advogados, com uso e controle assegurados à OAB TEMA COBRADO NO XXVI EXAME DA OAB/FGV
A Lei nº 13.363, de 2016, acrescentou o art. 7-A ao EAOAB, estabelecendo direitos à advogada 
gestante, lactante, adotante ou que der à luz: 
DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE: TEMA COBRADO NOS EXAMES XXIV E XXVII 
DA OAB.
• Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
• Reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
• Preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada 
dia, mediante comprovação de sua condição;
DIREITOS DA ADVOGADA LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER À LUZ: TEMA COBRADO NO 
XXII EXAME DA OAB/FGV.
• Acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
• Preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada 
dia, mediante comprovação de sua condição; 
DIREITO DA ADVOGADA ADOTANTE OU QUE DER À LUZ: 
• Para a advogada adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a 
única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente (período de suspensão 
será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção).
Os direitos assegurados à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo 
previsto no art. 392 do CLT, ou seja, o prazo de 120 dias de licença maternidade. 
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3. INSCRIÇÃO NA OAB 
Para exercer a advocacia, o bacharel em direito deve estar regulamente inscrito nos quadros 
da OAB, exigindo-se, para tanto, o preenchimento dos requisitos previstos no art. 8 do EAOAB: 
 I - capacidade civil; 
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada; 
Na falta de diploma regularmente registrado, o bacharel pode apresentar certidão de graduação 
em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar, conforme art. 23 
do RGEAOAB TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB/FGV. 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
O requisito da incompatibilidade serve inclusive para a inscrição de estagiário. Assim, a título 
de exemplo, um militar não pode se inscrever como advogado nem como estagiário, já que a 
atividade militar é incompatível com a advocacia TEMA COBRADO NO EXAME VIII DA OAB/FGV. 
VI - idoneidade moral; 
VII - prestar compromisso perante o conselho.
Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime 
infamante, salvo reabilitação judicial. Além disso, a inidoneidade moral, suscitada por qualquer 
pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos 
de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do 
processo disciplinar. TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV. 
• Inscrição principal: conforme previsto no art. 10 do EAOAB, a inscrição principal do 
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advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer 
o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. Considera-se domicílio 
profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o 
domicílio da pessoa física do advogado TEMA COBRADO NO IV EXAME DA OAB/
FGV.
• Inscrição suplementar: o advogado possui liberdade para atuar em todo o território 
nacional. Entretanto, se pretender atuar de forma habitual em Estado diverso do qual 
tenha sua inscrição principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar 
no Conselho Seccional da OAB do Estado que pretende atuar. Considera-se habitual 
o trabalho do advogado que exceder 5 causas no ano (art. 10, § 2º, do EAOAB). 
Assim, se o advogado atuar em até 5 causas no ano em outro Estado não precisará 
da inscrição suplementar, mas, se ultrapassar esse limite, a inscrição suplementar 
é obrigatória TEMA COBRADO NO XIX EXAME DA OAB/FGV.
• Transferência da inscrição: no caso de mudança efetiva de domicílio profissional 
para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua 
inscrição para o Conselho Seccional correspondente (§ 3º do art. 10 do EAOB). 
• Cancelamento da Inscrição: trata-se de interrupção definitiva da inscrição, que pode 
ocorrer nos seguintes casos (art. 11 do EAOAB): I – se o advogado assim o requerer 
(não precisa de motivação, sendo ato personalíssimo e irretratável. Entretanto, o 
advogado poderá posteriormente requerer nova inscrição); II - sofrer penalidade 
de exclusão (o advogado pode requerer novamente a inscrição, comprovando a 
reabilitação, conforme art. 41 do EAOAB); III - falecer; IV - passara exercer, em caráter 
definitivo, atividade incompatível com a advocacia, como no caso das atividades de 
juiz e de promotor de justiça TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV, V - 
perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
O advogado que tiver sua inscrição cancelada poderá posteriormente solicitar nova inscrição, 
sem necessidade de ser aprovado novamente no Exame da Ordem, mas perderá o número 
antigo de inscrição. 
• Licenciamento da Inscrição: trata-se de interrupção temporária da inscrição, que pode 
ocorrer nos seguintes casos (art. 12 do EAOAB): I – se o advogado assim o requerer, por 
motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível 
com o exercício da advocacia (ex: exercício do cargo de prefeito e governador); III - sofrer 
doença mental considerada curável TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
No licenciamento, o advogado não perde o número de inscrição da OAB, podendo retomá-lo 
quando cessar a causa que gerou o licenciamento. Durante o período de licenciando, não há 
necessidade de pagamento da anuidade da OAB nem necessidade de votar. 
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CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO LICENCIAMENTO DA INSCRIÇÃO 
Interrupção definitiva. O advogado perde o 
número de inscrição originário, podendo solicitar 
nova inscrição, sem necessidade de prestar 
novamente a prova da OAB. 
Interrupção provisória. O advogado não 
perde o número de inscrição originário. O 
advogado não precisa pagar anuidade nem 
votar. 
Causas: I - se o advogado assim o requerer 
(não precisa de motivação); II - sofrer penalidade 
de exclusão; III - falecer; IV - passar a exercer, em 
caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia; V - perder qualquer um dos requisitos 
necessários para inscrição. 
Causas: I - se o advogado assim o requerer, 
por motivo justificado; II - passar a exercer, 
em caráter temporário, atividade incompatível 
com o exercício da advocacia; III - sofrer 
doença mental considerada curável. 
É importante destacar, ainda, que o licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível 
com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando 
sua constituição (§ 2º do art. 16 do EAOAB).
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4. ADVOGADO ESTRANGEIRO 
O advogado estrangeiro pode atuar no Brasil, mesmo sem a inscrição na OAB, desde que 
obtenha autorização do Conselho Seccional pelo prazo de 3 anos (renovável a cada período de 
3 anos), mas apenas para os atos de consultoria/assessoria do direito estrangeiro referente 
ao seu país de origem, sendo vedadas a postulação judicial e/ou assessoria jurídica em direito 
brasileiro, mesmo que esses atos sejam realizados em conjunto com o advogado brasileiro 
(Provimento n. 91/2000 do CFOAB). 
Lucca, advogado italiano, pode atuar como advogado no Brasil, mesmo sem inscrição na OAB, 
desde que obtenha autorização do Conselho Seccional do local onde exercerá sua atividade e 
desde que os seus atos sejam referentes à consultoria/assessoria do direito italiano. Não poderá, 
entretanto, atuar na justiça brasileira mesmo que em conjunto com advogados brasileiros.
Para exercer amplamente a advocacia, o estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado 
em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, 
devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos no art. 8 do EAOAB, 
incluindo a aprovação no exame da OAB/FGV. 
Como exceção à regra geral, o advogado de nacionalidade portuguesa poderá exercer a 
advocacia no Brasil sem necessidade de prestar a prova da OAB e sem revalidar seu diploma, 
desde que seja observada a reciprocidade de tratamento (Provimento n. 129/2008 CFOAB). 
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5. ESTAGIÁRIO 
O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de ensino superior 
autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio 
curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e 
do Código de Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas, 
distribuído em dois ou mais anos TEMA COBRADO NO VII EXAME DA OAB/FGV. 
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso 
jurídico e, para ser deferida, o estagiário deve preencher os seguintes requisitos: a) capacidade civil, 
b) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro, c) não exercer atividade incompatível 
com a advocacia; d) idoneidade moral e e) prestar compromisso perante o conselho.
Os atos de advocacia, previstos no art. 1º do EAOAB, ou seja, postulação a órgão do Poder 
Judiciário e aos juizados especiais e as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas, 
podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, desde que em conjunto com o advogado ou 
o defensor público. TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV
O estagiário, entretanto, pode praticar isoladamente os seguintes atos, sempre sob a 
responsabilidade do advogado (art. 29, § 1º, do RGEOAB) TEMA COBRADO NO XXIII EXAME DA 
OAB/FGV:
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos 
em curso ou findos;
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
ATOS DO ESTAGIÁRIO EM 
CONJUNTO COM O ADVOGADO 
ATOS ISOLADOS DO ESTAGIÁRIO 
Postulação a órgão do Poder Judiciário e 
aos juizados especiais
Atividades de consultoria, assessoria e 
direção jurídicas
Retirar e devolver autos em cartório, 
assinando a respectiva carga;
Obter junto aos escrivães e chefes de 
secretarias certidões de peças ou autos de 
processos em curso ou findos;
Assinar petições de juntada de documentos a 
processos judiciais ou administrativos.
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Além disso, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, 
quando receber autorização ou substabelecimento do advogado. 
O estagiário que praticar ato excedente de sua habilitação cometerá infração disciplinar 
punível com censura, conforme art. 34, XXIX, c/c art. 36, I, do EAOAB.
Por fim, registra-se que o aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a 
advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para 
fins de aprendizagem, mas é vedada a inscrição na OAB TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA 
OAB/FGV. 
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6. SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
Com as modificações promovidas pela Lei n. 13.247/2016, além de se admitir a reunião de 
advogados para formar sociedade simples de prestação de serviços de advocacia, passou-se a 
admitir também a sociedade unipessoal de advocacia. Em qualquer hipótese, a sociedade de 
advogados não poderá desenvolver atividade empresarial. 
O EAOAB passou a autorizar que o advogado constitua sociedade simples (reunido 
com outros advogados) ou sociedade unipessoal de advocacia (art. 15, caput), as quais 
adquirem personalidade jurídica com o registro de seus atos constitutivos no Conselho 
Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede (art. 15, § 1º), sendo certo que a 
denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada 
pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de 
Advocacia’ (art. 16, § 4º). TEMA COBRADO NO XXIII EXAME DA OAB/FGV.
A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro aprovado dos 
seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede, 
ou seja, não se permite o registro de sociedade de advogado na Junta Comercial nem no 
Registro Civil TEMA COBRADO NOII EXAME DA OAB/FGV.
De acordo com § 3º do art.16 do EAOAB, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de 
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a 
atividade de advocacia.
Abaixo destacamos as principais regras em relação às sociedades de advogados: 
• A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado 
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que 
prevista tal possibilidade no ato constitutivo, ou na alteração social. Exige-se, 
portanto, a forma “firma”, isto é, o nome de ao menos um dos sócios, ainda que de 
forma abreviada ou sobrenome TEMA COBRADO NO XII EXAME DA OAB/FGV. 
• Não se permite sociedade que adote denominação de fantasia, que realize atividades 
estranhas à advocacia, que inclua como sócio ou titular de sociedade unipessoal de 
advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
• A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente 
formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade 
Individual de Advocacia’.
• Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais 
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de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de 
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial 
do respectivo Conselho Seccional TEMA COBRADO NOS EXAMES VII E XXVI DA OAB/FGV.
O EAOAB proíbe apenas que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados, com 
sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, não proibindo a 
participação de advogados em sociedades sediadas em áreas territoriais de seccionais diversas 
 TEMA COBRADO NO IV EXAME DA OAB/FGV. 
• Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter 
permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, 
clientes com interesses opostos (art. 19 do CEDOAB). TEMA COBRADO NO XVIII EXAME 
DA OAB/FGV.
• A sociedade de advogados pode constituir filial. O ato de constituição de filial deve 
ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se 
instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, 
obrigados à inscrição suplementar (§ 5º do art. 15 do EAOAB). 
• O sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e 
ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício 
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer, 
conforme art. 17 do EAOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES IX E XVIII DA OAB/FGV. 
Sobre a responsabilidade dos advogados, o art. 40 do RGEAOAB dispõe: “Os advogados sócios 
e os associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao 
cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos 
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer”.
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7. ADVOGADO EMPREGADO 
O advogado, além de atuar como profissional autônomo, pode também ser empregado, hipótese 
em que terá alguns direitos específicos previstos pela Lei n. 8.906/94 (EAOAB). 
A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a 
independência profissional inerentes à advocacia. Além disso, o advogado empregado não está 
obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da 
relação de emprego. 
Vejamos os principais direitos dos advogados empregados: 
• Salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo 
se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
• A jornada de trabalho será de no máximo quatro horas contínuas diárias e a de vinte 
horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva, 
hipótese em que a jornada diária será de 8 horas (art. 12 do RGEAOAB). Além disso, 
considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição 
do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades 
externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e 
alimentação (art. 20 do EAOAB). TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV.
ADVOGADO SEM 
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA 
ADVOGADO COM 
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA 
Jornada de 4 horas diárias e 20 horas semanais Jornada de 8 horas diárias e 40 horas semanais
• Adicional de horas extras de 100% (§ 2º do art. 20 do EAOAB). 
• Horário noturno das 20h às 5h, com adicional de 25% (§ 3º do art. 20 do EAOAB).
Digno de nota ainda que o advogado não é obrigado a prestar serviços de interesse pessoal de seu 
empregador e, se o fizer, será de forma desvinculada do emprego TEMA COBRADO NO VI EXAME DA 
OAB/FGV. 
Além disso, de acordo com o art. 14 do RGEOAB, os honorários de sucumbência, por decorrerem 
precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário 
ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários 
TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV. 
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8. ÉTICA DO ADVOGADO 
8.1. DISPOSIÇÕES GERAIS 
Ao mesmo tempo que deve manter independência em qualquer circunstância, sem receio 
de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, o 
advogado deve atuar de forma ética, que o torne merecedor de respeito e que contribua para o 
prestígio da classe e da advocacia.
Art. 31 do EAOAB - O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de 
respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia.§ 1º O advogado, no 
exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância.
§ 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de 
incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com 
dolo ou culpa.
Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável 
com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será 
apurado em ação própria.
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no 
Código de Ética e Disciplina.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para 
com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do 
patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos 
procedimentos disciplinares.
Sobre a lisura da conduta do advogado, o Código de Ética e Disciplina traz várias disposições 
importantes, conforme doravante estudado. 
8.2. DEVERES DO ADVOGADO 
O art. 2º do CEDOAB elenca diversos deveres que o advogado deve observar no exercício de 
sua profissão, vejamos: 
I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando 
pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II - atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, 
dignidade e boa-fé;
III - velar por sua reputação pessoal e profissional;
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IV - empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V - contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI - estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, 
prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
VII - desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII - abster-se de: a) utilizar de influênciaindevida, em seu benefício ou do cliente; 
b) vincular seu nome a empreendimentos sabidamente escusos; c) emprestar 
concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade 
da pessoa humana; d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha 
patrono constituído, sem o assentimento deste. e) ingressar ou atuar em pleitos 
administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos 
negociais ou familiares; TEMA COBRADO NO XXIII EXAME DA OAB/FGV, f) 
contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos 
individuais, coletivos e difusos;
X - adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração 
da Justiça;
XI - cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou 
na representação da classe;
XII - zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII - ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
Além de ser um direito do advogado, a sua atuação com liberdade também pode ser considerada 
um dever, já que o advogado que não atua de acordo com suas convicções, macula sua atividade, 
prejudicando o seu cliente. 
Nesse aspecto, o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação 
empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de 
departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve sempre zelar 
pela sua liberdade e independência.
Por esse motivo, o advogado pode se recusar a patrocínar causa ou se manifestar, no 
âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou 
contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente, conforme art. 4º do CEDOAB 
TEMA COBRADO NO X EXAME DA OAB/FGV. 
8.3. RELAÇÕES COM O CLIENTE 
O Código de Ética e Disciplina da OAB dedica o seu capítulo III para tratar da relação do advogado 
com o seu cliente. 
Em termos gerais, o advogado deve estabelecer com o seu cliente uma relação de confiança 
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recíproca, sendo que, faltando elementos de confiança entre as partes, é recomendável que o 
advogado externe ao cliente sua impressão e, não se resolvendo as dúvidas existentes, promova, 
em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. Em outras palavras, não deve o 
advogado continuar patrocinando causa de cliente que com ele não possua relação de confiança. 
Entretanto, o fato de o cliente outorgar um mandato ao advogado, não lhe retira a sua liberdade 
e independência de atuação, devendo atuar de acordo com suas convicções para melhor atender 
aos interesses de seu cliente, conforme art. 11 do CEDOAB: 
Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-
lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se 
subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo 
quanto à estratégia traçada TEMA COBRADO NO XXI EXAME DA OAB/FGV. 
O art. 12 do CEDOAB, por sua vez, estabelece que a conclusão ou desistência da causa, tenha 
havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-
lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se 
mostrem pertinentes e necessários. O advogado, entretanto, tem direito a ficar com a parcela dos 
honorários paga pelos serviços até então prestados. 
Como forma de manter a ética profissional e o bom relacionamento entre os advogados, o art. 14 
do CEDOAB dispõe que o advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, 
sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas 
judiciais urgentes e inadiáveis TEMA COBRADO NOS EXAMES XII, XVIII, XXIII e XXVIII DA OAB/
FGV.
Além disso, os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter 
permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes 
com interesses opostos (art. 19 do CEDOAB) TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV.
Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não conseguindo o 
advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos 
mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional (art. 20 do 
CEDOAB). TEMA COBRADO NOS EXAMES XV E XXIII DA OAB/FGV.
Uma questão bastante polêmica e muitas vezes criticada pela sociedade diz respeito aos 
advogados que defendem conhecidos criminosos, que cometeram infrações graves, como no caso 
de assassinos em série e estupradores. 
Sobre o tema, o art. 23 do CEDOAB dispõe que é direito e dever do advogado assumir a defesa 
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Não há causa criminal indigna 
de defesa, cumprindo ao advogado agir, como defensor, no sentido de que a todos seja concedido 
tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais.
Em outras palavras, não cabe ao advogado fazer juízo de valor sobre a culpa ou inocência do 
seu cliente, devendo tomar todas as medidas adequadas para garantir um julgamento condigno 
com o ordenamento jurídico. 
Ainda como forma de manter a liberdade e independência do advogado, o CEDOAB, em 
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seu art. 24, dispõe que advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver 
com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro 
profissional para com ele trabalhar no processo. Desse modo, ao receber uma procuração, o 
advogado não é obrigado aceitar que outro profissional atue ou interfira no curso do processo 
que patrocina TEMA COBRADO NOS EXAMES XIV E XX DA OAB/FGV. 
Digno de nota, por fim, que o advogado é proibido de atuar no mesmo processo, 
simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente, conforme art. 25 do 
CEDOAB. TEMA COBRADO NOS EXAMES IX E XXI DA OAB/FGV.
8.4. SIGILO PROFISSIONAL 
Entende-se por sigilo profissional a obrigação de não se revelar as informações obtidas em 
razão do exercício da profissão.
O advogado, portanto, não pode revelar fatos e dados obtidos do seu cliente ou em razão de 
funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil (art. 35 do CEDOAB), mantendo-se 
o sigilo inclusive quando o advogado atuar no exercício das funções de mediador, conciliador e 
árbitro (§ 2º do art. 36 do CEDOAB).
Ainda que o cliente acabe não contratando o advogado, este deve manter o sigilo profissional. 
O sigilo profissional decorre da lei (matéria de ordem pública), devendo ser respeitado 
independentemente de pedido expresso do cliente. Além disso, as comunicações feitas entre 
advogado e cliente (carta, telefonemas, e-mail, etc.) presumem-se confidenciais, não podendo ser 
violadas, conforme § 1º do art. 36 do CEDOAB TEMA COBRADO NO XIV EXAME DA OAB/FGV. 
Apesar de não haver impedimento para que o advogado atue contra clientes antigos, deverá 
observar os preceitos éticos com relação às informações sigilosas que lhe tenham sido confiadas, 
conforme disposto no art. 21 do CEDOAB: “O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra 
ex-cliente ou exempregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional” 
 TEMA COBRADO NOS EXAMES IX E XXII DA OAB/FGV. 
Como forma de garantir o sigilo profissional, o art. 7º, XIX, do EAOAB e o art. 38 do CEDOAB 
asseguram, ainda, ao advogado o direito de não depor, em processo ou procedimento judicial, 
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional 
TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
O sigilo profissional, entretanto, não é absoluto, podendo ceder em face de circunstâncias 
excepcionais que configuremjusta causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à 
honra ou que envolvam defesa própria (art. 37 do CEDOAB) TEMA COBRADO NO XXVI EXAME 
DA OAB/FGV.
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8.5. PUBLICIDADE 
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e 
deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela 
ou mercantilização da profissão.
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com 
a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a 
indicação de vínculos entre uns e outras;
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou 
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem 
assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em 
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de 
publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, 
é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, 
desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.
Levando-se em consideração que a advocacia não pode assumir feição empresarial e que 
não pode ser instrumento de mera captação de clientela, a publicidade profissional do advogado 
deve ter caráter meramente informativo primando pela discrição e sobriedade, não podendo 
configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão, conforme art. 39 do CEDOAB 
 TEMA COBRADO NO XIII EXAME DA OAB/FGV.
O meio mais comum de publicidade do advogado é o uso de cartões profissionais e de 
materiais de escritório. Nesse caso, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de 
advogados, o número ou os números de inscrição na OAB, podendo ainda fazer menção aos seus 
títulos acadêmicos (doutor, mestre, especialidade, etc.) distinções honoríficas relacionadas à vida 
profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se 
dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o 
horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido (art. 44 do CEDOAB). 
TEMA COBRADO NO XXVIII EXAME DA OAB/FGV.
O advogado, entretanto, não poderá incluir nos cartões fotografias pessoais ou de terceiros 
nem fazer menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer 
órgão ou instituição, salvo o de professor universitário TEMA COBRADO NOS EXAMES XVII E 
XXI DA OAB/FGV.
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Além disso, para evitar a mercantilização da advocacia, o Código de Ética e Disciplina veda 
que a publicidade seja veiculada em rádio, cinema, televisão, outdoors, painéis luminosos ou 
formas assemelhadas de publicidade, inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em 
qualquer espaço público, bem como a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou 
formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela, conforme art. 40 do 
CEDOAB. TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV. 
Apesar de ser proibida a publicidade em painéis luminosos, o CEDOAB permite, exclusivamente 
para fins de identificação dos escritórios de advocacia, a utilização de placas, painéis luminosos 
e inscrições em suas fachadas (parágrafo único do art. 40 do CEDOAB). 
O art. 40, VI, do CEDOAB, por sua vez, veda ainda a publicidade por meio de panfleto se houver 
finalidade de captação de clientela.
O CEDOAB (art. 45) permite a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre 
matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a 
clientes e a interessados do meio jurídico. TEMA COBRADO NO XII EXAME DA OAB/
FGV.
O CEDOAB passou a permitir a publicidade feita pela internet ou outros meios eletrônicos, 
estabelecendo em que a telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, 
inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o 
oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela (art. 46 do CEDOAB).
Veda-se ainda a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outra atividades 
ou a indicação de vínculos entre uns e outras; bem como o fornecimento de dados de contato, 
como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, 
publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou 
televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, permitindo-se apenas a referência a e-mail
 TEMA COBRADO NOS EXAMES XXI E XII DA OAB/FGV. 
Além disso, o advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, 
de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, 
para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e 
instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre 
métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão (art. 43, caput, do CEDOAB). 
Da mesma forma, quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, 
visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações 
com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista 
(art. 43, parágrafo único, do CEDOAB).
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9. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos 
privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, conforme inclusive previsto na Súmula 
Vinculante n. 47 do STF: 
Súmula Vinculante n. 47 do STF: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou 
destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza 
alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de 
pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
De acordo com o art. 22 do EAOAB, os honorários advocatícios podem ser: convencionados, 
arbitrados judicialmente e de sucumbência. 
• Honorários Convencionados: também chamados de honorários contratuais, são 
aqueles recebidos em razão de contrato feito com cliente. Embora possam ser 
estipulados verbalmente, é recomendável que os honorários sejam estipulados por 
escrito, valendo o contrato como título jurídico extrajudicial. A forma de pagamento 
dos honorários contratuais pode ser livremente estipulada pelas partes. Entretanto, 
se não houver convenção sobre a forma de pagamento, os honorários serão pagos da 
seguinte forma: um terço é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de 
primeira instância e o restante no final, conforme § 3º do art. 22 do EAOAB TEMA 
COBRADO NOS EXAMES X, XII e XXVIII DA OAB/FGV. Importante destacar, ainda, que, 
de acordo com o art. 17 do CDEOAB, a revogação do mandato judicial por vontade do 
cliente não o desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como 
não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual 
verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente, em face do serviço 
efetivamente prestado TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA OAB/FGV. 
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Os honoráriosdevem ser fixados com moderação, evitando-se não apenas os valores 
muito altos como também os valores muitos baixos, para não representar aviltamento 
da advocacia e captação ilegal de clientela. Para tanto, os honorários devem ser fixados 
respeitando-se o limite mínimo da Tabela de Honorários Advocatícios, que deve ser 
estabelecida pelos Conselhos Seccionais, bem como com base nos critérios previstos no 
art. 49 CEDOAB TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV. 
Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, 
atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros 
casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para 
este resultante do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, 
frequente ou constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do 
advogado ou de outro;
VII - a competência do profissional; 
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos
Importante lembrar ainda que a fixação de honorários irrisórios é infração disciplinar punível 
com censura (art. 36, II e III, do EAOAB). 
• Honorários arbitrados judicialmente: são aqueles arbitrados pelo Poder Judiciário 
por existir dúvida acerca do seu valor, como nos casos de honorários convencionados 
sem contrato escrito, ou quando houver substituição do advogado no curso do 
processo. Devem ser fixados de forma compatível com o trabalho e o valor econômico 
da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo 
Conselho Seccional da OAB.
De acordo com § 1º do art. 22 do EAOAB, o advogado, quando indicado para patrocinar causa de 
juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação 
de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho 
Seccional da OAB, e pagos pelo Estado TEMA COBRADO NO XXIV EXAME DA OAB/FGV.
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• Honorários de sucumbência: são aqueles devidos pela parte vencida para pagar as 
despesas do advogado da parte vencedora. De acordo com o CPC/2015, serão fixados 
entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, 
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor 
atualizado da causa. No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos 
honorários da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido, 
proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre 
eles ajustado (§ 1º do art. 51 do CEDOAB).
Nos termos do § 3º do art. 24 do EAOAB, é nula qualquer disposição, cláusula, regulamento 
ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos 
honorários de sucumbência.
O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária (conciliação), salvo 
aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, 
quer os concedidos por sentença. Assim, ainda que haja conciliação no processo, os 
honorários são devidos na forma acordada, salvo concordância do advogado em receber 
outro valor. TEMA COBRADO NO XX EXAME DA OAB/FGV.
• O novo CPC dispõe que é obrigatória majoração dos honorários fixados na sentença 
quando houver interposição de recurso, observado o limite máximo de 20% estabelecido no 
§ 2º do art. 85 do CPC/2015.
• A Lei nº 13.725/2018 acrescentou o §6º e o §7º ao art. 22 do EAOAB, passando a tratar dos 
honorários assistenciais (aqueles fixados em ações coletivas em favor da entidade de classe 
que atua em substituição processual), deixando claro: I) a possibilidade de cumulação entre 
honorários assistenciais e honorários de sucumbência, o que muitas vezes era vedado pela 
Justiça do trabalho em relação às ações dos sindicatos e II) a possibilidade de a entidade de 
classe firmar contato de honorários advocatícios diretamente com os beneficiários da ação 
coletiva. TEMA COBRADO NO XXVIII EXAME DA OAB/FGV.
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem 
ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo 
requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor (art. 23 do CEDOAB).
 TEMA COBRADO NO XXVII EXAME XX DA OAB/FGV. 
Além disso, se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de 
expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos 
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já 
os pagou (art. 22, § 4º, do EAOAB). TEMA COBRADO NO XX EXAME DA OAB/FGV. 
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular 
são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, recuperação judicial, 
concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial, conforme art. 24 do EAOAB 
 TEMA COBRADO NO VIII EXAME DA OAB/FGV.
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Havendo mais de um advogado atuando no processo, eventual divergência entre os advogados 
sobre o montante que cada um deve receber a título de honorários pode ser levada ao Tribunal 
de Ética e Disciplina, que poderá atuar como mediador na partilha de honorários, contribuindo 
no sentido de que a distribuição se faça proporcionalmente à atuação de cada um no processo 
(art. 71, VI, do CEDOAB). 
O Código de Ética e Disciplina (art. 50) permite ainda a estipulação da denominada cláusula 
quota litis, considerada aquela que estipula participação do advogado sobre o ganho da demanda. 
Nesse caso, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando 
acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a 
favor do cliente. 
Registra-se ainda que a participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em 
caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o 
débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento. 
Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários 
advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação 
e da razoabilidade.
A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha 
atuado o advogado, se assim lhe convier. Em outras palavras, não há necessidade de um novo 
processo para que o advogado possa executar os honorários devidos. 
Conforme art. 54 do CEDOAB, havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança 
judicial de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do 
cliente em débito.
Digno de nota, ainda, que, de acordo com o art. 25 do EAOAB, o prazo prescricional 
para que o advogado ajuíze a ação de cobrança dos honorários advocatícios é de 5 anos, 
contados: TEMA COBRADO NOS EXAMES IV, VIII, XII, XIII e XXV DA OAB/FGV: 
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
O art. 25-A do EAOAB, por sua vez, estabelece que também prescreve em cinco anos a ação de prestação 
de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele. 
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O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de sociedade de 
advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de natureza 
mercantil, podendo, apenas,

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