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Licensed to Valléria Anchieta - Email: valleriadeanchieta@hotmail.com
Introdução
O estudo desta disciplina será norteado pelo Estatuto da Advocacia e 
a Ordem dos Advogados do Brasil (EAOAB – Lei 8.906/94), pelo Código de 
Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (CED - Resolução N. 
02/2015), como também pelo Regulamento Geral do Estatuto da 
Advocacia e da OAB. 
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DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA
De acordo com o Art. 1 º do Estatuto, são atividades privativas da 
Advocacia a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos Juizados 
especiais, bem como as atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas. Além dos atos praticados diretamente em face de órgãos do 
judiciário, também são privativos os atos da advocacia preventiva, que 
busquem evitar o litígio, e litigiosos extrajudiciais.
● Consultoria: primeiro atendimento;
● Assessoria: atos posteriores; e
● Direção Jurídica: gerência jurídica que qualquer empresa pública , 
privada ou paraestatal deve possuir referentes à mesma.
 ATENÇÃO
Atividade de Advocacia
 São também atividades privativas o procuratório extrajudicial, 
assessoramento jurídico nas transações imobiliárias, na redação de 
contratos e estatutos de sociedades civis e comerciais, a elaboração de 
defesas, escritas ou orais, perante quaisquer tribunais e repartições e a 
elaboração de memoriais do âmbito da Lei do Condomínio em sua parte
jurídica.
 Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de “habeas 
corpus” em qualquer instância ou tribunal. A impetração de habeas corpus 
foi excluída das atividades privativas da advocacia, pois mais que um ato 
técnico, trata-se de exercício de cidadania em defesa da liberdade 
pessoal.(Art. 1º, § 1º do Estatuto)
 
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 Somente poderão ser registrados nos órgãos competentes, os atos e 
contratos constitutivos de pessoas jurídicas, quando visados por 
advogados, sob pena de nulidade (§ 2º). 
 O oferecimento do serviço advocatício não pode ser divulgado em 
conjunto com outra atividade (§ 3º). A vedação legal diz respeito não 
apenas à publicidade, mas ao exercício conjunto de atividades que incluam 
a advocacia, isto visa evitar tanto a mercantilização da atividade, pela 
atuação em conjunto, quanto pela captação de clientela.
“Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce 
função social.
§ 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão 
favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos 
constituem múnus público.
§ 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e 
manifestações, nos limites desta Lei.”
 A advocacia tem características diversas, mas correlatas, de ser um serviço 
público, mesmo no ministério privado e que busca alcançar uma função 
social. São garantidos a liberdade de expressão, o sigilo profissional e seus 
meios de trabalho, sendo a inviolabilidade limitada pela lei, já que há a 
previsão de sanções ético-disciplinares pelos excessos que vierem a ser 
cometidos.
“Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a 
denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos 
Advogados do Brasil – OAB.
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta Lei, 
além do regime próprio a que se subordinam, os integrantes da Advocacia 
Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria 
Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração 
indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos 
previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com 
advogado e sob responsabilidade deste.”
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 Atendidos os requisitos legais e prestado o compromisso regulamentar, 
inscreve-se o bacharel nos quadros de advogados da OAB, passando a 
ostentar, com exclusividade, o título de advogado e habilitando-se para o 
exercício da profissão. O exercício da advocacia por pessoa não inscrita na 
OAB ou por meio de sociedade irregular configura exercício ilegal da 
profissão.
 Os profissionais que exercem advocacia pública estão sujeitos 
primeiramente ao regime da Lei da Advocacia, e só posteriormente ao seu 
regime próprio. Porquanto, tais profissionais podem integrar qualquer 
órgão da OAB. 
 Quanto ao estágio profissional, em razão da importância dada ao mesmo, 
deve atender a minuciosa regulamentação e ocorrer mediante convênio 
entre o ofertante do estágio e a OAB. As Seções da OAB devem manter 
comissões de estágio e exame de ordem, a quem compete fiscalizar, 
coordenar e executar as atividades decorrentes do estágio.
“Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa 
não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e 
administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado 
impedido – no âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que 
passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.”
O art. 4º do EAOAB estabelece que são nulos todos atos privativos do 
Advogado praticados por pessoas não inscritas na OAB, como também 
aqueles atos praticados por Advogados impedidos, suspensos, licenciados 
ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
A) Impedimento (Art. 30, I e II do EAOAB): é a proibição parcial do 
exercício da Advocacia;
B) Suspensão (Art. 37 do EAOAB): é a punição aplicada pela OAB 
afastando o Advogado por um determinado tempo, podendo variar 
entre 30 dias a 12 meses;
C) Licenciamento (Art. 12 do EAOAB): solicitação de afastamento por 
motivo injustificado;
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 D) Atividade Incompatível (Art. 28 do EAOAB): ao exercer atividade 
incompatível com a Advocacia, o profissional será impedido de atuar, em 
se tratando de incompatibilidade temporária, será concedida a licença do 
mesmo.
Entretanto, importante atentar que as atividades privativas não são 
absolutas, apresentando algumas exceções:
- Postulação perante à Justiça do Trabalho;
- Postulação perante o Juizado Especial Cível;
- Postulação perante o Juizado Especial Cível Federal;
- Impetração de Habeas Corpus;
- Potulação perante o Juiz de paz; e
- Visar atos e contratos constitucionais de empresas individuais, MP e 
EPP.
MANDATO 
O profissional para advogar em favor dos interesses de terceiros 
precisa possuir poderes de representação. Esta representação se 
estabelece pela figura contratual do mandato, através do qual alguém 
(mandatário ou procurador) recebe poderes de outra pessoa (mandante) 
para, em seu nome, executar atos de efeitos jurídicos ou administrar 
interesses. Ademais, vale lembrar que o referido contrato será consolidado 
pelo instrumento de procuração.
“Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do 
mandato.
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, 
obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual 
período.
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar 
todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam 
poderes especiais.
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez 
dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo 
se for substituído antes do término desse prazo.”
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- O art. 5º caput do Estatuto trata da capacidade postulatória, ou seja, a 
possibilidade de pleitear, formular requerimentos ou apresentar defesa 
em juízo. Apenas os advogados e membros do Ministério Público detêm a 
capacidade postulatória.- A prova do mandato é uma exigência da lei para o exercício dos atos 
baseados na capacidade postulatória. O advogado deve comprovar que 
atua em nome e no interesse da parte, mediante a apresentação da 
procuração que constitui o instrumento do mandato. Destaque-se que os 
procuradores de autarquias, os defensores e os advogados públicos estão 
dispensados da apresentação de procuração, uma vez que a representação 
da parte nesses casos independe de mandato judicial, com exceção das 
hipóteses em que a lei exige poderes especiais
- O Advogado sem procuração poderá atuar em casos urgentes, devendo, 
entretanto, juntá-la no prazo de 15 dias, prorrogáveis por igual período, 
sob pena dos atos praticados serem reputados como inexistentes.
A extinção do mandato poderá ocorrer por meio das seguintes 
hipóteses: 
a) Renúncia: o Advogado poderá renunciar os poderes de representação 
unilateralmente, devendo notificar de forma inequívoca o mandatário, 
além disso, deverá o Advogado permanecer em seu pleno exercício 
durante o período de 10 (dez) dias, a continuidade de representação da 
parte nesse período de dez dias será evidentemente dispensada caso 
ocorra a substituição do advogado mediante a outorga e juntada de nova 
procuração nos autos. O art. 112, § 2º do CPC/2015 dispensa a 
necessidade dessa comunicação da renúncia quando a procuração tiver 
sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por 
outro.
 
b) Revogação: Trata-se de ato unilateral do cliente que poderá revogar 
sem aviso prévio os poderes de outorga do Advogado, embora que tal ato 
não o desobrigará o pagamento de honorários advocatícios e verbas 
honorárias de sucumbência; 
c) Conclusão da causa
d) Morte do advogado
e) Mudança de Estado
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O Advogado poderá outorgar os poderes que recebeu do cliente por 
meio do instrumento de Substabelecimento que poderá ser com reserva 
de poderes ou sem reserva de poderes. Para isso, importante que conste 
na procuração poderes expressos para substabelecer.
No entanto, advindo de alterações no novo código de ética, versa o 
artigo 18:
 “Art. 18. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso 
de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento.”
Muitos juízes ignoram esta realidade e pedem procurações atualizadas no 
decorrer do processo. No entanto, não é necessário, pois, o próprio código 
de ética afirma isto.
A renúncia é um ato do Advogado, ao passo que a revogação é um ato 
do cliente.
 Fique Sabendo
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Direitos do Advogado
 
O Art. 6º do Estatuto em estudo, versa que, não há hierarquia nem 
subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério 
Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. 
As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem 
dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível 
com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
“Art. 7º São direitos do advogado:
I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de 
seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, 
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
 É um dever deontológico fundamental que, conforme regramento do 
artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da OAB, deve ser preservada 
inclusive em depoimento judicial, no que toca as informações obtidas em 
razão de seu ofício. Não constitui, portanto, somente o direito facultado 
no inciso XIX deste artigo, mas o dever de recusar depor como testemunha 
em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato 
relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo 
que autorizado ou solicitado pelo constituinte. Tal é a importância do sigilo 
que a sua quebra somente é possível quando amparada nas causas 
justificadoras dos artigos 25 e 27 do Código de Ética e Disciplina da OAB, 
sob pena de infringir o contido no artigo 34, inciso VII do Estatuto.
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III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo 
sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos 
em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados 
incomunicáveis;
 Esta comunicação, ademais não se limita ao contato físico e direto com o 
cliente no estabelecimento em que se encontrar detido, mas abrange 
também a troca de correspondências, telefonemas, ou qualquer outro 
meio de contato entre estes, aos quais deve igualmente ser resguardado o 
sigilo profissional. Desta forma, a comunicação do advogado com seu 
cliente preso deve ser sempre pessoal, ou seja, direta e sem nenhum tipo 
de controle prévio ou posterior e menos ainda durante o seu transcurso.
IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, 
por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto 
respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação 
expressa à seccional da OAB;
 A lavratura do auto de prisão em flagrante, nessa hipótese, em face de 
advogado exige três requisitos cumulados: a) prática de crime inafiançável 
(Art. 7º, § 3º, EAOAB); b) delito relacionado ao exercício da profissão; c) a 
presença de representante da OAB.
V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, 
senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades 
condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar;
 Para tanto, indispensável três premissas indeléveis: a) compartimento de 
unidade militar; b) tratar-se de sala – eventualmente utilizada para o 
encarceramento – e não cela; c) instalações sem grades e com 
comodidades condignas. Sem tais características, deverá ser decretada a 
prisão domiciliar, sob pena de caracterizar-se o constrangimento ilegal.
VI – ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que 
separam a parte reservada aos magistrados;
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b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de 
justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, 
mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de 
seus titulares; 
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou 
outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova 
ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do 
expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente 
qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar 
o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido 
de poderes especiais;
 O advogado exerce serviço público e não pode ser impedido de ingressar 
livremente nos locais nos quais deve atuar. Por este motivo o ingresso do 
advogado é livre nas salas de sessões dos tribunais, de audiências judiciais, 
nos cartórios, nas delegacias, em horários de funcionamento regular. 
Tratando-se de delegacias e prisões, seu ingresso é livre, inclusive após 
horários de expediente. Qualquer medida que separe, condicione ou 
impeça o ingresso do advogado, para além das portas, cancelos e balcões, 
quando precisar comunicar-se com magistrados, agentes públicos e 
serventuários da justiça, no interesse de seus clientes, configura 
ilegalidade e abuso de autoridade.
VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais 
indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de 
trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra 
condição, observando-se a ordem de chegada;
 Em reforço da atuaçãoindependente do advogado, e da ausência de 
relação de hierarquia com autoridades públicas, os incisos VII e VIII 
impedem qualquer laço de subordinação com magistrados. Observadas as 
regras legais e éticas de convivência profissional harmônica e 
reciprocamente respeitosa, o advogado pode dirigir-se diretamente ao 
magistrado sem horário marcado, nos seus ambientes de trabalho, 
naturalmente sem prejuízo da ordem de chegada de outros colegas.
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IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas 
sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou 
administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for 
concedido.
X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante 
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em 
relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, 
bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal 
ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou 
regimento;
XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação 
coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
 Os incisos IX, X, XI e XII do art. 7º referem-se, uniformemente, ao direito 
à palavra. Esta única arma do advogado é expressada por escrito ou 
oralmente. Com ela, com sua garantia, preserva-se o exercício de seu 
mister.
XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou 
da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em 
andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, 
assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
XIV –examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir 
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de 
investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em 
meio físico ou digital; 
 Inciso XIV alterado pela lei 13.245/2016.
 
XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer 
natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos 
prazos legais;
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 XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo 
prazo de dez dias;
 O objetivo dos supracitados dispositivos legais é resguardar o livre 
exercício da profissão e salvaguardar as garantias constitucionais da ampla 
defesa e do contraditório (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal), 
imprescindíveis ao Estado Democrático de Direito.
XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da 
profissão ou em razão dela;
 O desagravo é a reparação unilateral, promovida pela Ordem à 
prerrogativa ofendida. É um ato público, dirigido à sociedade, perante o 
ofensor e ofendido, redigido através de nota. Perante o ofensor se o 
mesmo comparecer à sessão, para a qual foi convidado. O mesmo se diga 
do ofendido. Ambos são convidados, mas não essenciais para a sessão.
Muito importante ter claro que o desagravo é concedido em função de 
uma prerrogativa, e prerrogativa é um direito indisponível, porque é 
direito de uma coletividade, não um direito próprio, mas uma condição 
para exercer direito de terceiros. Desta forma, não pode o advogado 
dispor de uma salvaguarda estipulada em favor do exercício profissional de 
toda a classe para garantir o exercício do direito do seu constituinte.
XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
 Conforme o art. 54, X, do Estatuto da Advocacia e da OAB, em razão da 
necessidade de uniformização da identificação no país, compete ao 
Conselho Federal “dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e 
sobre os respectivos símbolos privativos”, sendo que estes estão previstos 
no Provimento nº 8/64.
XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou 
ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou 
foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, 
bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
 O Advogado tem o direito de recusar-se a depor como testemunha em 
qualquer processo que tenha patrocinado e sobre fatos relacionados aos 
seus constituintes. 
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A recusa em prestar depoimento como testemunha refere-se a fatos a 
respeito dos quais o Advogado deve guardar segredo em razão das funções 
desempenhadas quando do patrocínio das causas, não abarcando outros 
fatos sem relação com esse patrocínio.
 
XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato 
judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não 
tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante 
comunicação protocolizada em juízo.
 Para o exercício do direito previsto nesse inciso o Advogado deve 
observar três requisitos: certificar-se do transcurso de trinta minutos do 
horário designado; constatar a ausência da autoridade; e protocolar a 
comunicação em juízo.
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração 
ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos 
no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em 
despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a 
requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de 
devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de 
intimado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de 
sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares 
perante a OAB, pelos excessos que cometer.
 A interpretação da imunidade profissional começa no artigo 133 da 
Constituição Federal que, após definir o advogado como indispensável à 
administração da justiça, garante a sua inviolabilidade por atos e 
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de 
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto 
no inciso IV deste artigo.
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§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os 
juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais 
permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de 
cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o 
desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal 
em que incorrer o infrator.
§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por 
parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a 
quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em 
decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e 
pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das 
mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem 
como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações 
sobre clientes.
§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do 
advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como 
seus partícipes ou coautores pela prática do mesmo crime que deu causa à 
quebra da inviolabilidade.
Incluídos pela lei nº 13.245/16:
XXI – assistir a seus clientes investigados durante aapuração de 
infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou 
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios 
e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, 
podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
b) (VETADO).
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração 
para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.
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§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá 
delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a 
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando 
houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da 
finalidade das diligências.
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o 
fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que 
houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará 
responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do 
responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de 
prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do 
advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.” (NR).
 
 
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Inscrição na OAB
INSCRIÇÃO NA OAB (ART. 8º EAOAB)
Os Cidadãos de nacionalidade brasileira diplomados por qualquer 
faculdade de Direito do Brasil ou de Portugal, legalmente habilitados a 
exercer a advocacia no Brasil, podem inscrever-se na Ordem dos 
Advogados (Art. 3° EAOAB), depois de preenchidos os requisitos 
constantes no Art. 8° do EAOAB, a saber:
Art. 8º - Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de 
ensino oficialmente autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o Conselho.
I – Capacidade civil: O bacharel em Direito deverá possuir capacidade de 
direito e de fato, ou seja, ter 18 anos completos e gozar de sanidade 
mental.
II – Diploma ou certidão de graduação em direito: deve ser obtido em 
instituição oficialmente autorizada e credenciada pelo MEC. O curso 
concluído em instituições estrangeiras apenas terá validade se for 
devidamente revalidado no Brasil.
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III – Título de eleitor e quitação do serviço militar: o bacharel em Direito 
deverá comprovar a regularização eleitoral e, em sendo do sexo masculino, 
a regularização militar.
IV – Aprovação em exame da ordem: o exame atualmente é 
regulamentado pelo Provimento 144/ 2011, sendo realizado três vezes ao 
ano. A certidão de aprovação não possui prazo de validade.
V – Não exercer atividade incompatível com a advocacia: no Art. 28 do 
EAOAB teremos elencadas todas as atividades que são incompatíveis com 
o exercício da Advocacia. Entretanto, muito embora o candidato exerça 
atividade incompatível, este poderá realizar o exame, obtendo, acaso 
aprovado, uma certidão de aprovação.
VI – Idoneidade moral: o bacharel em direito deverá ser pessoa idônea, 
pela importância da função social e da própria atividade da advocacia. É 
um dos casos de exclusão da OAB.
VII – Prestar compromisso perante o Conselho: O bacharel em Direito terá 
que prestar compromisso perante o Conselho Seccional, trata-se de ato 
personalíssimo, não sendo possível a figura do procurador.
TIPOS DE INSCRIÇÃO
 Inscrição principal (Art. 10 EAOAB): 
 Deverá ser realizada no Conselho Seccional em que o Advogado 
estabelecer seu domicílio. Vale lembrar que o domicílio profissional poderá 
abranger todo o território nacional.
Inscrição suplementar (Art. 10 EOAB, § 2°): Será necessária quando o 
Advogado exercer atividade profissional fora da sua sede principal, 
excedendo 5 (cinco) causas por ano.
Inscrição por transferência (Art. 10 EOAB, § 3°): Em caso de mudança de 
domicílio profissional, deverá o Advogado solicitar junto ao Conselho 
Seccional em que se encontra inscrito, a transferência de seu registro para 
a Seção que pretende atuar.
 
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“Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art.
8º;
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
§ 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, 
realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas 
respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por 
setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, 
sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo 
território se localize seu curso jurídico.
§ 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a
advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição 
de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito 
que queira se inscrever na Ordem.”
 O Estatuto exige, para inscrição nos quadros de estagiário junto à OAB: 
capacidade civil (ainda que relativa) 108, título de eleitor e quitação do 
serviço militar (se brasileiro); não exercer atividade incompatível com a 
advocacia, idoneidade moral e prestar compromisso (de estágio) perante o 
Conselho.
 Se o requerente estiver incompatibilizado com a advocacia (por exemplo, 
desenvolvendo estágio junto ao Judiciário), só lhe será permitido 
frequentar o estágio ofertado pela faculdade, com fins de aprendizagem, 
mas em hipótese alguma poderá se inscrever como estagiário na OAB (a 
não ser que se desincompatibilize). É o que diz o §3º.
 O §2º do art. 9 determina que a inscrição deve ser requerida perante a 
Seccional onde se localizar o curso de graduação do Requerente e o §4º 
permite a inscrição de bacharéis como estagiários, como uma forma de 
evitar a descontinuidade no aprendizado prático daquele estudante que 
cola grau, mas ainda não obteve aprovação no Exame de Ordem.
 
 
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ESTRANGEIROS E A ADVOCACIA NO BRASIL
O Cidadão estrangeiro, como também o brasileiro formado no 
exterior, poderá validar seu diploma desde que atenda aos requisitos 
constantes no já mencionado Art. 8° do EAOAB, além de realizar prova de 
título de graduação e revalidar no MEC. 
Muito embora o Advogado estrangeiro não revalide seu diploma, 
poderá este atuar no território nacional, todavia, com algumas restrições 
impostas pelo provimento 91/ 2000. De modo que, os Advogados 
estrangeiros ou sociedades de advogados deverão obter autorização 
precária no Conselho Seccional do local onde tiver o domicílio profissional, 
restringindo-se apenas à prestação de serviços de consultoria/ assessoria 
em Direito estrangeiro ao país de origem.
O Advogado de nacionalidade portuguesa que queira se inscrever junto a 
OAB, será dispensado do Exame de Ordem e da revalidação do diploma.
 Fique Sabendo
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Cancelamento e 
Licenciamento da Inscrição
O Estatuto, em seu Art. 11, disciplina sobre o cancelamento da 
inscrição na OAB, apontando algumas hipóteses, se o profissional: 
a) Assim o requerer; 
b) Sofrer penalidade de exclusão; 
c) Falecer; 
d) Passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia (previsto no art.28 do EAOAB); 
e) Perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. (incisos 
do art. 8º, do EAOAB)
 Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos b, c,d, o cancelamento deve
ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de
comunicação por qualquer pessoa.
 Caso o profissional sofra penalidade de exclusão, o novo pedido de 
inscrição deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
 O cancelamento difere da licença (Art. 12) uma vez que esta significa 
afastamento temporário e aquele possui caráter definitivo. Ademais, 
quanto as hipóteses, a licença pode ser requerida: a) por motivo 
justificado; b) exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter 
temporário; e c) sofrer doença mental curável.
 Em nova solicitação de inscrição (que não restaura o número da inscrição 
anterior) deve o Advogado fazer prova dos requisitos do Art. 8° do 
EAOAB, exceto prestar novo Exame da Ordem.
 Fique Sabendo
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Sociedade de Advogados
Aprovada no começo deste ano, a LEI Nº 13.247, DE 12 DE JANEIRO DE 
2016, em seu Art. 2° alterou os Artigos 15 e 17 que regulavam sociedade de 
Advogados. Vejamos a seguir a Lei e suas alterações:
Art. 2°- Os arts. 15, 16 e 17 da Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994 - 
Estatuto da Advocacia, passam a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de 
prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de 
advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.
§ 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia 
adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos 
constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver 
sede.
§ 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de 
advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.
§ 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de 
advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou 
integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade 
unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do 
respectivo Conselho Seccional.
§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da 
sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os 
sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à 
inscrição suplementar.
§ 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da 
concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração.” 
 
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“Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as 
espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou 
características de sociedade empresária, que adotem denominação de 
fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como 
sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita 
como advogado ou totalmente proibida de advogar.
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser 
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, 
com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia.”
• Natureza Jurídica: Sociedade simples;
• Personalidade Jurídica: Adquirida junto ao Conselho Seccional da OAB 
onde se encontrar a sede da Sociedade;
• Responsabilidade dos sócios: Subsidiária e ilimitadamente;
• Objeto social: atividade de advocacia;
• Razão social: a Sociedade deverá ter obrigatoriamente o nome 
completo ou abreviado de um Advogado responsável pela Sociedade, 
não é permitido nome fantasia.
 ATENÇÃO
“Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de 
advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos 
clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da 
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.” 
O contrato social deve ser averbado no Conselho Seccional da matriz e 
arquivado no Conselho Seccional da filial.
 CAI NA PROVA!
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O código de ética da OAB versa sobre a sociedade de advogados nos 
seguintes artigos:
 “Art. 19. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou 
reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem 
representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.”
Uma das principais alterações do novo código de ética, diz que, advogados 
do mesmo escritório não podem ter interesses conflitantes.
 “Art. 22. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à 
validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado 
ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu 
impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de 
interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se 
prenda ao patrocínio solicitado.”
 “Art. 29. O advogado que se valer do concurso de colegas na prestação de
serviços advocatícios, seja em caráter individual, seja no âmbito de 
sociedade de advogados ou de empresa ou entidade em que trabalhe, 
dispensar-lhes-á tratamento condigno, que não os torne subalternos seus 
nem lhes avilte os serviços prestados mediante remuneração incompatível 
com a natureza do trabalho profissional ou inferior ao mínimo fixado pela 
Tabela de Honorários que for aplicável.
Parágrafo único. Quando o aviltamento de honorários for praticado por 
empresas ou entidades públicas ou privadas, os advogados responsáveis 
pelo
respectivo departamento ou gerência jurídica serão instados a corrigir o 
abuso, inclusive intervindo junto aos demais órgãos competentes e com 
poder de decisão da pessoa jurídica de que se trate, sem prejuízo das 
providências que a Ordem dos Advogados do Brasil possa adotar com o 
mesmo objetivo.”
Com o novo código de ética, quem trabalha em empresas tem que ajudar a 
OAB a fiscalizar o aviltamento de honorários. 
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Espécies de Advogados
a) Profissional liberal: é o profissional que não mantém vínculo 
empregatício;
b) Sócio: Advogado regulamente inscrito no local da sede da Sociedade;
c) Associado: Advogado que poderá participar dos lucros da Sociedade a 
qual for associado. Não possui vínculo empregatício, sendo apenas uma 
relação contratual. 
d) Advogado empregado: será aquele que mantém um vínculo 
empregatício, sob o regime celetista. Vale lembrar que este não perderá a 
isenção técnica nem a independência profissional, inerentes à advocacia.
O salário mínimo não é formalizado pela OAB e sim por sentença 
normativa.
 FIQUE ATENTO!
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Advocacia Pro Bono
Praticada há mais de cem anos no Brasil, a advocacia pro bono é 
exercida gratuitamente em favor de instituições sociais sem fins lucrativos 
ou pessoas naturais que não têm recursos para contratar profissionais para 
consultoria, assessoria ou atuação judicial, mas nunca teve uma 
regulamentação nacional.
O novo Código de Ética e Disciplina elaborou um capítulo exclusivo 
(capítulo V) para os profissionais que atuam pro bono, junto com 
defensores públicos e advogados dativos.
“Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor
nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a 
dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta 
amparada e confie no seu patrocínio.
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e 
voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins 
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não 
dispuserem de recursos para a contratação de profissional.
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais 
que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do 
próprio sustento, contratar advogado.
§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para finspolítico-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a 
tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de 
clientela.”
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Honorários Advocatícios
Trata-se da contraprestação, sem caráter obrigatório, paga pelo 
Cliente ao Advogado em razão de serviços judiciais e extrajudiciais. 
Natureza jurídica: os Honorários Advocatícios têm natureza alimentar. 
entendida assim pela jurisprudência, por serem análogas ao salário, pois se 
destinam ao sustento do advogado, moradia, manutenção, etc. 
Regra: Pago em pecúnia.
Exceção: Quota litis (pagamento em bens final do processo). 
TIPOS DE HONORÁRIOS
a) Honorários convencionados: honorários acordados livremente entre o 
Advogado e seu cliente; 
b) Honorários arbitrados: na ausência de estipulação de valores, os 
honorários poderão ser judicialmente arbitrados; 
c) Honorários de sucumbência: honorários provenientes da parte vencida, 
como também nas execuções de títulos extrajudiciais.
CONTRATAÇÃO DE HONORÁRIOS E MODALIDADES DE PAGAMENTO
 Os honorários devem ser pactuados por escrito e obedecem aos ditames 
da “prestação de serviço”, regida pelo Código Civil, em seu artigo 593 e 
seguintes, e pelas normas do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina da 
OAB. Devem ser fixados com moderação, atendidas principalmente a 
complexidade e a relevância das questões versadas, evitando-se o 
aviltamento dos honorários, não os fixando de forma irrisória ou inferior à 
tabela divulgada pelas seccionais da OAB.
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A forma de pagamento dos honorários advocatícios é livremente pactuada 
entre as partes. Na falta de convenção, será observada a norma supletiva do 
Estatuto (art. 22, § 3°, do EAOAB), prevendo a divisão do pagamento dos 
honorários em três momentos, em partes iguais (1/3 no início da prestação do 
serviço, 1/3 após a decisão de 1ª instância e 1/3 no final do processo), quando se 
tratar de processo judicial, bem como de serviços extrajudiciais. 
Os honorários integram o patrimônio civil da pessoa do advogado, portanto, 
em caso de morte, transmite-se a seus sucessores legítimos. O mesmo vale para 
casos de incapacidade civil superveniente.
Apesar da recomendação de contrato escrito, o contrato de prestação de 
serviço pode ser ajustado verbalmente, por telefone, e-mail, etc., aplicando-se 
por analogia o artigo 427, I, do Código Civil.
As contratações por ato ou mensais são impraticáveis por ser incerto o 
tempo gasto com causa, contrato, parecer, etc. 
Não havendo ajuste das partes quanto ao pagamento dos honorários, o 
Estatuto indica que um terço dos honorários é devido no início dos trabalhos; 
outra parcela de terço, até a decisão de primeiro grau; e o restante, no fim.
HONORÁRIOS ARBITRADOS JUDICIALMENTE
Inexistindo contrato escrito de honorários advocatícios, os honorários são fixados 
por arbitramento judicial para apuração do quantum devido ao advogado.
A prova pericial é indispensável a fim de aquilatar os trabalhos prestados. Para 
isso, geralmente são nomeados advogados experientes, que deverão observar os 
critérios estabelecidos no artigo 22 do Estatuto, avaliando a atuação do 
profissional, zelo, tempo exigido etc., e aplicando a tabela de honorários da OAB 
como parâmetro.
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA
 O Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil criaram inovações a 
respeito dos honorários advocatícios.
 De acordo com Mário Sérgio Duarte Garcia, pacificando entendimentos que 
divergiam sobre o destino da honorária, quando imposta judicialmente, antes de 
sua edição, muitas decisões entendiam que os honorários da sucumbência 
destinavam-se à parte, em reposição do que devia suportar 
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com o pagamento dos serviços de seu patrono, ao passo que não poucas 
manifestações jurisprudenciais caminhavam em sentido contrário, elegendo 
o profissional como o beneficiário da condenação.
 Não persistem dúvidas, hoje, que os honorários de sucumbência têm um 
caráter remuneratório do trabalho desenvolvido pelo advogado, ficando 
superadas antigas discussões sobre a natureza da condenação imposta ao 
vencido, nesse particular. As decisões, que destinavam os honorários à parte, 
tinham como fundamento a necessidade de recompor-lhe o patrimônio, pelo 
dispêndio com os honorários contratados com seu advogado. Atualmente, 
com a norma expressa no novo diploma, a natureza remuneratória ficou 
consagrada, quando deu ao advogado o direito autônomo aos honorários da 
sucumbência.
 Os honorários de sucumbência decorrem dos encargos da lide, com 
despesas, custas processuais e outras cominações suportadas 
exclusivamente da derrota pela parte, pertencendo de forma autônoma ao 
advogado da parte vencedora. 
 Por pertencerem ao advogado e não serem, uma reparação à parte 
vencedora da demanda, os honorários incluídos na condenação, por 
arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito 
autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o 
precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
 O advogado não tem legitimidade, de forma autônoma, de recorrer da 
fixação de honorários, cabendo à parte acionar as vias recursais. 
 O Supremo Tribunal Federal através do julgamento da ADIN nº 1.194-4, 
declarou inconstitucional o parágrafo 3º, do artigo 24, que vedava qualquer 
disposição, cláusula, regulamento ou convenção que retirasse do advogado o 
recebimento dos honorários de sucumbência.
HONORÁRIOS QUOTA LITIS
 Honorários quota litis são contratações em que o advogado recebe, diante 
da obtenção favorável da demanda, uma parte do resultado obtido, 
assumindo com o cliente o risco inerente da ação. Não havendo decisão 
favorável ao seu constituinte, inexiste o direito à percepção dos honorários 
advocatícios.
 
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 Essa modalidade de contrato é praticada pelos advogados na Justiça do 
Trabalho, é majoritário esse tipo de cobrança pelos advogados trabalhistas, 
que cobram de 20% a 30% do resultado favorável da demanda. Em 
execuções e ações de desapropriação é praticado de forma quase unânime o 
quota litis, tornando-se uma modalidade generalizada na atividade 
advocatícia.
 O Código de Ética e Disciplina determina, que os honorários quota litis 
somente poderão ser descontados ou compensados do quantum recebido 
pelo advogado no fim da demanda se houver prévia autorização do cliente 
ou previsão contratual.
COBRANÇA DE HONORÁRIOS E PRESCRIÇÃO
 O contrato de prestação de serviços advocatícios formalizado nos termos 
dos artigos 593 e seguintes do Código Civil constitui título executivo 
extrajudicial. A cobrança de honorários dar-se-á por meio de processo de 
execução, nos termos do artigo 585, II, do Código de Processo Civil.
 A cobrança de honorários decorrentes de contratos verbais cujos valores 
não sejam superiores a 40 salários mínimos poderá ser realizada por meio de 
ações distribuídas para os Juizados de Pequenas Causas, desde que o credor 
não seja sociedade de advogados, por ser pessoa jurídica (Lei nº 9.099, de 
26.12.1995). Os valores acima desse patamar e sem título executório 
deverão ser cobrados pelas vias ordinárias.
Não prejudica a cobrança dos honorários pelo advogado: 
a) acordo pelas partes para pôr fim à lide, sendo devidos honorários 
convencionados e concedidos em sentença; 
b) a incapacidade civil do advogado pelos motivos enunciados no artigo 
1.767 do Código Civil e o falecimento, quando os honorários são recebidos 
por seus sucessores ou representantes legais de forma proporcional ao 
trabalho realizado; 
c) o substabelecimento do mandato com reserva de poderes. A cobrança é 
viável pelo substabelecido, desde que com anuência e intervenção do 
advogado que conferiu o substabelecimento.
O advogado poderá requerer nos autos as guiasou que alvará seja expedido 
em seu favor.
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Prescrição Quinquenária (5 anos) dos honorários :
A) Vencimento do contrato;
B) Trânsito em julgado da decisão;
C) Término do serviço extrajudicial;
D) Desistência ou da transação (acordo); 
E) Renúncia ou revogação.
 A prescrição quinquenária do direito de ação para os advogados cobrarem 
honorários, estipulada no artigo 25 do Estatuto, é harmônica com o artigo 
206, parágrafo 5º, II, do Código Civil Brasileiro, que estabelece igual prazo à 
pretensão dos profissionais liberais aos seus honorários, contado da 
conclusão dos serviços ou da cessação do respectivo contrato ou mandato.
HONORÁRIOS EM ASSISTÊNCIA JURÍDICA
 A assistência jurídica foi institucionalizada pela Lei nº 1.060, de 5 de 
fevereiro de 1950, e consagrada na Carta Constitucional de 1988, que diz ser 
dever do Estado prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recurso, tudo em sintonia com o artigo 8º da 
Declaração Universal dos Direitos do Homem. Portanto, cabe ao Estado o 
pagamento dos honorários advocatícios por meio de fixação pelo juiz da 
causa, nos termos de tabela organizada pela seccional da OAB, que mantém 
convênio para essa assistência com a maioria das Secretarias da Fazenda dos 
Estados.
LEGISLAÇÃO (novo Código de Ética)
“Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, 
individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, 
preferentemente, por escrito.
§ 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma 
especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, 
os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, 
esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a 
determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa 
encerrar-se mediante transação ou acordo
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§ 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas ao
cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação de serviços 
a autorizar ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim, 
por este firmada.
§ 3º O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de 
contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o 
pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição 
em contrário, presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o 
contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter 
o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, mediante 
comprovação documental.
§ 4º As disposições deste capítulo aplicam-se à mediação, à conciliação, à 
arbitragem ou a qualquer outro método adequado de solução dos conflitos.
§ 5º É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários 
contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo 
adequado de solução extrajudicial.
§ 6º Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de Honorários
instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço, 
inclusive aquele referente às diligências, sob pena de caracterizar-se 
aviltamento de honorários.
§ 7º O advogado promoverá, preferentemente, de forma destacada a 
execução dos honorários contratuais ou sucumbenciais.
Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, 
atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões 
versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, 
ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este 
resultante do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, 
frequente ou constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do 
advogado ou de outro;
VII -a competência do profissional; 
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.
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Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem 
ser necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos 
honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens 
advindas a favor do cliente.
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é 
admitida em caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver 
condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o 
seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento.
§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e 
vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas 
e outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade.
Art. 51. Os honorários da sucumbência e os honorários contratuais, 
pertencendo ao advogado que houver atuado na causa, poderão ser por ele 
executados, assistindo-lhe direito autônomo para promover a execução do 
capítulo da sentença que os estabelecer ou para postular, quando for o caso, 
a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor em seu favor.
§ 1º No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos honorários 
da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido,
proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja 
sido entre eles ajustado.
§ 2º Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou os seus 
Tribunais de Ética e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que 
contribua no sentido de que a distribuição dos honorários da sucumbência, 
entre advogados, se faça segundo o critério estabelecido no § 1º.
§ 3º Nos processos disciplinares que envolverem divergência sobre a 
percepção de honorários da sucumbência, entre advogados, deverá ser 
tentada a conciliação destes, preliminarmente, pelo relator.
Art. 52. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, 
seja de sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou 
qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser 
emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no 
contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não poderá ser levada a 
protesto.
Parágrafo único. Pode, todavia, ser levado a protesto o cheque ou a nota 
promissória emitido pelo cliente em favor do advogado, depois de frustrada 
a tentativa de recebimento amigável.
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Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o
recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante 
credenciamento junto a empresa operadora do ramo.
Parágrafo único. Eventuais ajustes com a empresa operadora que impliquem
pagamento antecipado não afetarão a responsabilidade do advogado 
perante o cliente, em caso de rescisão do contrato de prestação de serviços, 
devendo ser observadas as disposições deste quanto à hipótese.
Art. 54. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança 
judicial de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato 
que recebera do cliente em débito.
O advogado não pode emitir nota promissória nem protestar, mas se o 
cliente emite uma promissória em favor do advogado ou um cheque lhe 
dá para pagamento, pode sim ser levado a protesto. Importante 
perceber que se muda o meio de recebimento, pode se protestar sim os 
honorários.
 FIQUE ATENTO!
Licensed to Valléria Anchieta - Email: valleriadeanchieta@hotmail.com
Incompatibilidade ou 
Impedimento
Incompatibilidade e Impedimento são espécies de restrições ao 
exercício da advocacia. A Incompatibilidade refere-se à proibição total do 
exercício da advocacia (art. 28 EAOAB), de modo que o Advogado não 
poderá advogar em hipótesealguma, nem mesmo em causa própria. 
Entretanto, tal proibição poderá ensejar apenas uma licença quando a 
atividade incompatível tiver natureza temporária (art. 12, II, do EAOAB), ou 
pode gerar o cancelamento da inscrição, nos casos de atividade 
incompatível em caráter definitivo.
 
Os atos praticados pelo Advogado que passa a exercer atividade 
incompatível são nulos. A nulidade é absoluta, não devendo ser 
confundida com a anulação ou a anulabilidade.
 ATENÇÃO
 
“Art. 12. Licencia-se o profissional que:
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o 
exercício da advocacia;”
 Podem ainda ser permanentes, gerando o cancelamento da inscrição do 
advogado, ou seja, o advogado estará fora da OAB em razão da assunção 
de uma cargo ou uma função considerados incompatíveis.
 
Licensed to Valléria Anchieta - Email: valleriadeanchieta@hotmail.com
“Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a 
advocacia.”
O art. 28 do EAOAB, traz o rol de atividades que são incompatíveis com a 
advocacia, podendo gerar o licenciamento ou o cancelamento da inscrição 
do advogado.
IMPORTANTE: Quem for considerado incompatível ficará totalmente 
proibido de advogar, mesmo que seja em causa própria.
I - Chefes do Poder Executivo e membros de mesas do Poder Legislativos (e 
seus substitutos legais) : São estes, no primeiro caso, o Presidente da 
República, Governadores e Prefeitos; inclusive seus respectivos vices; já os 
últimos são os órgãos diretores das casas legislativas, sendo elas: Câmara 
dos Deputados, Senado Federal, Assembleias Legislativas dos Estados, 
Câmaras dos Vereadores, todas essas casas legislativas terão seus órgãos 
diretores, e estes são os membros das mesas do Poder Legislativos, e 
todos eles são incompatíveis, como por exemplo: Presidente do Senado, os 
demais ocupantes da mesa do Senado, idem.
DICA!!! Se o Advogado for eleito Senador posteriormente, ele não será 
impedido, a menos que se torne membro da mesa. Só o fato de ser 
Senador, não gera a incompatibilidade.
II - Membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes 
classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em 
órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;
Como membros do MP temos: Promotor de Justiça, Procurador de Justiça, 
Procurador da República, Procurador do Trabalho, membros do MP militar, 
entre outros.
 Dentre os membros dos Juizados Especiais, o STF entende que os 
Conciliadores e os Juízes leigos não são incompatíveis. São incompatíveis o 
Juiz do juizado especial, o Escrevente, o Oficial de Justiça do mesmo 
Juizado. Podem advogar os Conciliadores e os Juízes leigos, desde que não 
seja no Juizado em que eles trabalhem. 
 
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ATENÇÃO: De acordo com a Emenda Constitucional nº 24 de 1999, os 
Juízes Classistas não existem mais. O presente Estatudo é de 1994, e neste 
ano ainda existiam tais Juízes.
ATENÇÃO: O STF no julgamento da ADin 1127-8, reconheceu que os Juízes 
Eleitorais (devem ser oriundos da OAB) e seus suplentes podem advogar.
Tanto no TSE quanto nos TRE’s, uma parcela de seus membros serão de 
Juízes oriundos da OAB, como se fosse um quinto constitucional. 
Não são incompatíveis, pois estes cargos são exercidos de maneira 
temporária, como se fossem mandatos. 
Todos os outros membros do Poder Judiciário não podem advogar, como 
demais juízes, ministros do STF, entre outros
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da 
Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas 
empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
 Ocupou cargo de DIREÇÃO, será incompatível com a Advocacia. Em suma 
temos: Ocupar cargo de direção do poder público, ex: Ministros de Estado, 
Secretários de Estado, Diretores de Autarquias ou de Fundações, entre 
outros.
 Aqui ficam excluídos os que não tenham poder de decisão relevante 
sobre interesses de terceiro, a juízo do Conselho competente da OAB, bem 
como a administração acadêmica diretamente relacionada ao Magistério 
jurídico (faculdades públicas de Direito) - art. 28 § 2º - EAOAB.
“art. 28 § 2º: Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não 
detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo 
do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica 
diretamente relacionada ao magistério jurídico. 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a 
qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e 
de registro;”
 São cargos ou funções vinculados ao Poder Judiciário, não sendo estes 
Juízes, temos coo exemplos: Escreventes, Oficiais de Justiça, Assessores de 
juízes, desembargadores ou ministro, entre outros. 
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Os que exercem serviços notariais e de registros, são as pessoas que 
trabalham nos Tabelionatos ou cartórios de registro, desde que exerçam 
serviços notariais ou registrários.
 O impedimento significa que o Advogado poderá exercer parcialmente 
suas atividades advocatícias, são espécies de impedimentos:
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a 
Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade 
empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a 
favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais 
ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos 
cursos jurídicos.
Apesar de serem servidores públicos, os docentes dos cursos 
jurídicos podem advogar livremente. O impedimento é a proibição parcial 
do exercício da advocacia, todavia, existem algumas hipóteses diferentes, 
nas quais a pessoa pode advogar, mas somente no âmbito do cargo 
público que ocupa ou, então, pode advogar menos no setor onde trabalha, 
tratando de impedimento especial. 
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 Relações com o Cliente
 
*Legislação conforme o Novo Código de Ética
“Art. 9º O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, 
quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que 
poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a 
quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa 
influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.”
 O advogado tem por obrigação ética informar ao seu cliente os riscos ao 
ingressar em uma causa bem como os melhores métodos a serem 
utilizados, buscando antes de ingressar com a ação, as possibilidades de 
conciliação entre as partes. O caput do art. 32 do EOAB responsabiliza o 
advogado pelos atos que praticar no exercício profissional, com dolo ou 
culpa.
“Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança 
recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é 
recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando 
as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do 
mandato ou a ele renuncie.”
“Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da 
parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça 
mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, 
antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.”
 O advogado não deve ser subordinado com a opinião do cliente. 
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“Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, 
extinçãodo mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, 
valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em 
seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenorizadamente, sem 
prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes 
e necessários.
Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então 
prestados não se inclui entre os valores a ser devolvidos.”
 De acordo com esse artigo, o advogado é obrigado a devolver os bens, 
valores e documentos recebidos no exercício do mandato alem de prestar 
contas e outras prestações solicitadas pelo cliente. A não prestação de 
contas é caracterizada como uma infração disciplinar descrita no art. 34, 
inciso XXI, do Estatuto da AOB, que possui como sanção disciplinar a 
aplicação da suspensão de sua atividade profissional em todo o território 
nacional por um prazo que pode variar de 30 dias a 12 meses, alem de 
multa de uma a dez anuidades, sem prejudicar um possível processo 
criminal.
“Art. 13. Concluída a causa ou arquivado o processo, presume-se cumprido 
e extinto o mandato.”
 Este é o termo final da contratação do cliente. Antes de concluído ou 
arquivado o processo, o advogado tem o dever de dar assistência ao seu 
cliente. O advogado, ao demonstrar conduta contrária, presumir-se-á 
abandono ou desamparo da causa pelo advogado.
“Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha 
patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo 
plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e 
inadiáveis.”
 Um advogado ao saber da existência de outro em um processo, não deve 
tomar para si uma causa que já esta sendo assistida por um colega de 
profissão sem seu devido conhecimento. No entanto, nos casos urgentes 
ou por motivos judiciais, a causa pode ser passados para outro advogado 
sem o conhecimento do anterior.
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“Art. 15. O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo as 
causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de 
dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que 
lhe tenham sido solicitadas, renuncie ao mandato.”
“Art. 16. A renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do motivo 
que a determinou, fazendo cessar a responsabilidade profissional pelo 
acompanhamento da causa, uma vez decorrido o prazo previsto em lei 
(EAOAB, art. 5º, § 3º).
§ 1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos 
eventualmente causados ao cliente ou a terceiros.
§ 2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto 
a documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática 
oportuna de ato processual do seu interesse.”
“Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o 
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como 
não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em 
eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente 
em face do serviço efetivamente prestado.”
 O mandato, quando revogado pelo cliente, torna este obrigado a pagar 
as verbas honorárias ao advogado, que ainda possui o direito de “receber 
o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência, 
calculada proporcionalmente, em fase dos serviços efetivamente 
prestados”.
“Art. 18. O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso 
de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento.
Muitos juízes ignoram esta realidade e pedem procurações atualizadas o 
tempo todo.”
“Art. 19. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou 
reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem 
representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.”
“Art. 20. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes e não 
conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência
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e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado 
sempre o sigilo profissional.”
 Este artigo, versa sobre a hipótese de quando um advogado postula em 
uma causa em que exista mais de um mandato, e entre os interessados 
houver conflito, o Estatuto aconselha que o advogado opte por um dos 
clientes, não necessariamente que abandone o mandato, pois, pode 
prosseguir desde que resguarde o sigilo profissional, sendo defeso utilizar 
contra o ex cliente informações que obteve quando para este trabalhava. 
Sendo assim, quando houver conflito de interesse, para que haja com 
prudência e discernimento, deve o advogado optar por um dos mandatos 
e resguardar o sigilo profissional.
“Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente 
ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo 
profissional.
 O advogado, quando contratado para postular contra ex empregador ou 
ex cliente, “deve resguardar o segredo profissional e as informações 
reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas”. Porém, além 
das recomendações, que são descritas no artigo em comento, existe um 
impedimento temporal de dois anos para que este advogado postule 
causas contra quem já o remunerou. Em se tratando de sociedades, um 
sócio impedido não “contamina” os demais. Porém, o Tribunal de Ética e 
Disciplina decidiu que não pode constar “nome na procuração, nem no 
contrato de prestação de serviços e nos impressos da sociedade, devendo, 
enfim, estar totalmente alheio às relações costumeiras entre cliente e 
advogado na lide diária, nas causas que houver impedimento, sob pena de 
infringir os ditames éticoestatutários”.
“Art. 22. Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à 
validade ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado 
ou intervindo de qualquer maneira; da mesma forma, deve declinar seu 
impedimento ou o da sociedade que integre quando houver conflito de 
interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que se 
prenda ao patrocínio solicitado.”
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“Art. 23. É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem 
considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.
Parágrafo único. Não há causa criminal indigna de defesa, cumprindo ao
advogado agir, como defensor, no sentido de que a todos seja concedido
tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide 
das garantias constitucionais.”
 Esse artigo reflete os princípios do devido processo legal, do contraditório 
e da ampla defesa, além de ressaltar o Principio da Dignidade da Pessoa 
Humana, descrito na Constituição Federal, ao mencionar que o advogado 
tem o direito e o dever de assumir a defesa criminal sem considerar a sua 
própria opinião sobre a culpa do acusado para que o aconteça. Gerir o 
marketing do advogado criminal é imprescindível para que a marca jurídica 
não se deteriore.
“Art. 24. O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda 
ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de 
aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no 
processo.”
 Esse artigo decorre da autonomia e independência que o advogado 
possui.
“Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, 
simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.”
 O advogado quando se coloca na posição de preposto fica atrelado a 
algumas restrições, porém o empregador, pelo seu poder diretivo, pode 
indicar o advogado, que é seu empregado, como preposto para a audiência 
e no restante do encadeamento processual, utilizar o mesmo profissional 
como seu patrono.
“Art. 26. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, é ato 
pessoal do advogado da causa.
§ 1º O substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o 
prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
§ 2º O substabelecido com reserva de poderesdeve ajustar 
antecipadamente seus honorários com o substabelecente.”
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 O substabelecimento do mandato ocorre quando o advogado transfere 
poderes para outro postular na causa. Esta transferência pode acontecer 
com ou sem reserva de poderes, e é um ato pessoal do advogado. O 
parágrafo 1º, diz que o substabelecimento de poderes sem reserva só 
pode ocorrer com a prévia e inequívoca ciência do cliente, o advoga se 
separa da causa, do cliente e de todas as consequências advindas e deve 
resolver a verba honorária com o cliente. O parágrafo 2° versa sobre a 
verba honorária, que deve ser estipulada antecipadamente pelo 
substabelecido e substabelecente, se for o substabelecimento com 
reservas.
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Sigilo Profissional
Legislação de acordo com o novo código de ética.
“Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome 
conhecimento no exercício da profissão.
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado 
tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na 
Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de 
solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza
entre advogado e cliente.
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, 
conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à 
vida e à honra ou que envolvam defesa própria.
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou 
procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo 
respeito deva guardar sigilo profissional.”
O escritório do advogado é um confessório. Muitas vezes, o cliente expõe 
fatos de sua vida que o preocupa ou tem o temor pelas consequências. O 
advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que 
saiba em razão de seu ofício. Pode recusar-se a depor como testemunha 
em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato 
relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado.
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Publicidade Profissional
“Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente 
informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo 
configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.”
 O código não veda publicidade, veda a propaganda. Os advogados podem 
e devem fazer publicidade, observando os termos deste código. A 
publicidade, quando direcionada, é o famoso marketing jurídico em ação. 
Já a propaganda, além de trazer pouco resultado, mercantiliza a advocacia, 
sendo a mesma proibida.
“Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser 
compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I -a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de 
publicidade;
III -as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer 
espaço público;
IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras 
atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;”
 
OBS: Atuar em conjunto é uma forma de desmerecer um dos serviços. Se 
for um trabalho de parceria, cada qual deve trabalhar apenas em seu 
espaço particular com sua atividade profissional.
V -o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em 
colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados 
na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas 
de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo
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permitida a referência a e-mail;
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas 
assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios 
de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e 
inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas 
no artigo 39.”
OBS: panfletos, malas direta, etc. são considerados propaganda pura.
“Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação 
social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor 
a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.”
“Art. 42. É vedado ao advogado:
I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos 
meios de comunicação social;
OBS: pode ser convidado e estar no meio de comunicação como 
especialista em determinada matéria, desde que não todos os dias, todas 
as semanas (habitualidade).
II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de 
outro advogado;
OBS: Somente em tese pode abordar o assunto, quando o mesmo for 
patrocinado por outro colega.
III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da
instituição que o congrega;
IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas.”
“Art. 43. O advogado que eventualmente participar de programa de 
televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem
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televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação 
profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, 
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou 
profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados 
por seus colegas de profissão.
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por 
qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de 
interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de 
promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter 
sensacionalista.”
“Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e 
material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome 
ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na 
OAB.
§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as
distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as 
instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se 
dedicar, o endereço, email, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a 
fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o 
cliente poderá ser atendido.
§ 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos 
cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, 
cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou 
instituição, salvo o de professor universitário.”
“Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de 
eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a 
divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria 
cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique 
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.”
 Boletins/news são permitidas desde que sejam opt-in, ou seja, o 
advogado se cadastra e solicita para receber e que não seja seu email 
cadastrado sem pedido prévio.
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“Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios 
eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo 
de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, 
desde que estas não impliquem o oferecimento

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