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Deontologia e ética 
OBJETIVO GERAL 
Compreender as questões éticas e morais analisando os códigos de conduta da profissão, visando desenvolvimento de uma visão ética da carreira jurídica explorando os valores humanos nas relações sociais basilares na atividade da advocacia e nas demais profissões jurídicas.
EMENTA 
Aspectos introdutórios. Ética Geral. Deontologia Jurídica. Estatuto da OAB. Código de Ética e Disciplina da OAB
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
(Total C.H. Unidades: 30 h.a. + Total C.H. Avaliações: 6 h.a. = 36 h.a.) 
UNIDADE 1 - Aspectos introdutórios
1. Ética como ciência social
UNIDADE 2 - Ética Geral
1. Ética e o Direito
UNIDADE 3 - Deontologia Jurídica
2. Ética e profissão
4. Controle da conduta dos profissionais do direito.
UNIDADE 4 - Estatuto da OAB
1. Estatuto da OAB
UNIDADE 5 - Código de Ética e Disciplina da OAB
1. Código de Ética e Disciplina da OAB
Aula expositiva dialogada.
1) DAS PROVAS
1.1) As provas serão realizadas, via de regra, individualmente, SEM qualquer tipo de consulta, sempre com questões da prova da OAB e Concursos Públicos, alem das elaboradas pelo professor, sobre o conteúdo programático visto.
1.2) A prova legal terá peso 6,0 (seis). As avaliações complementares terão peso 4,0 (quatro). A prova legal consiste de 10 questões, 7 objetivas e 3 dissertativas, todas capazes de estimular o pensamento lógico.
1.3) A "cola" praticada pelo(a) acadêmico(a) atribuirá à avaliação a nota ZERO.
1.4) As avaliações serão cumulativas, visando integralizar o conteúdo ministrado.
1.5) Os (as) Acadêmicos (as) que não realizarem alguma das provas (M1, M2 ou M3) deverão entrar com Requerimento, junto à secretaria do Campus e a segunda chamada da avaliação será realizada em data a ser definida pelo professor, sem que isto abone a falta. Esta avaliação SERÁ oral, no último encontro da disciplina.
1.6) As provas acontecerão nas datas e horários previstos no cronograma.
1.7) As avaliações serão aplicadas nos dias estabelecidos neste Plano de Ensino e poderão sofrer mudanças caso necessário.
2) DOS TRABALHOS
2.1) Os trabalhos se houverem, serão realizados individualmente ou em grupos (conforme orientação do professor) e deverão versar sobre o conteúdo programático.
2.2) Os trabalhos terão peso 4,0 (quatro).
2.3) Os trabalhos poderão ser solicitados para serem efetuados extra sala, conforme orientações dadas pela professora.
2.4) Atividade entregue fora do prazo poderá ter pontuação diminuída em razão do atraso.
Também serão considerados para efeito de Avaliação e nota final:
- Pontualidade; Participação em sala de aula (intervenções); Observações relacionadas ao tema exposto; Materiais apresentados pelo acadêmico para discussão em sala de aula, desde que correlatos com os temas em estudo.
- Não será permitido o uso de celular nos dias de aula e/ou aparelhos eletrônicos e nos dias de prova, sendo que o descumprimento (desobediência) deste, ensejará, em particular, a retirada do acadêmico da sala de aula, bem como o recolhimento do aparelho eletrônico para a mesa do Professor e o encaminhamento à Coordenação para as providências legais, sem o prejuízo da nota 0 (ZERO) na prova.
- No decorrer do semestre poderão ser realizados exercícios de fixação do conteúdo em sala de aula, com atribuição de nota ou não, a critério do Professor, todavia, serão contemplados apenas os alunos presentes em sala de aula, não havendo possibilidade de reposição.
- Não está autorizado o registro de imagem (filmagem, fotografia), nem tão pouco gravação em áudio das aulas e/ou a Professora, salvo de devidamente permitido expressamente por esta.
- A devolução das Provas/Atividades ocorrerá no máximo na semana seguinte a realização das mesmas, em dia e horário regulas das aulas, salvo exceções autorizadas pela coordenação do curso e previamente comunicado aos alunos, inclusive quanto as atividades de M3.
- O (A) acadêmico(a) poderá entrar em contato com o professor pelo e-mail: 
nelcy@univali.br
Por que a investigação ética? 
Quem se encanta com o próprio umbigo, não vê mal em nada do que faz.
O senso comum propala que há poucos ingênuos nas sociedades contemporâneas. 
Acresce de forma provocadora que as honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, confirmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. 
A generalização, porém, é abusiva. 
Por quê? 
Porque supõe que a venalidade seja um traço congênito dos homens.
Ora, se muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. Afinal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a cada um de nós. 
De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com a mesma intensidade; 
De outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper.
Nesse sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais seduções do que as sociedades não mercantis. 
Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência, contabilizam mais violações dos códigos morais.
A Ética como ciência social
O QUE ESTUDA A ÉTICA?
A Ética é um saber científico que se enquadra no campo das Ciências Sociais. 
É uma disciplina teórica, um sistema conceitual, um corpo de conhecimentos que torna inteligíveis os fatos morais.
Mas o que são fatos morais? São fatos sociais que implicam escolhas que os agentes fazem entre o bem ou o mal. 
Traduzindo: são eventos avaliados pelos agentes com base em juízos de valor – certo/errado, bom/ruim, superior/inferior, melhor/pior etc. –, apreciações sobre o que consideram aceitável ou inaceitável à luz dos valores que prezam.
Por exemplo, hoje em dia, invadir vagas de estacionamento reservadas a portadores de deficiência ou de idosos é reputado como errado; 
Impedir as ocorrências que levam ao fumo passivo é qualificado como bom; 
Pessoas que possuem educação formal são vistas como superiores em relação a pessoas analfabetas; 
O conhecimento científico não formula juízos de valor, mas juízos de realidade – observáveis, mensuráveis, verificáveis – tais como: benefício/prejuízo, geral/específico, público/privado, maioria/minoria etc.
Assim, os conceitos científicos são universais e atemporais. 
Enquanto os juízos de valor divergem entre si em função das condições históricas e culturais, os juízos de realidade captam a lógica dos fenômenos morais e facultam a construção do consenso. 
Naturalmente, os diferentes padrões culturais desfrutam de justificações morais que as sociedades lhes conferem. 
Assim, as morais são múltiplas e nenhum sistema de normas morais consegue obter o selo da eternidade ou a aura da universalidade. Porque os padrões morais fincam suas raízes na história, nos eventos singulares e em fluxo, donde seu caráter efêmero, transitório, provisório, passageiro, mutável.
A CONTROVÉRSIA DAS ACEPÇÕES
O termo “ética” origina-se do grego ethos, que vem a ser o caráter distintivo, os costumes, hábitos e valores de uma determinada coletividade ou pessoa.
Diferentemente da Sociologia, que estuda as relações sociais em geral, a Ética focaliza as ações e as decisões dos agentes sociais apenas e tão somente quando afetam os demais agentes. 
Assim, ela se importa em saber se tais ações e decisões respeitam os interesses dos outros ou se, ao contrário, os desrespeitam. Em suma, se beneficiam os outros ou os prejudicam.
Conceito de profissão
Sob enfoque eminentemente moral, conceitua-se profissão como uma atividade pessoal, desenvolvida de maneira estável e honrada, ao serviço dos outros e a benefício próprio, de conformidade com a própria vocação e em atenção à dignidade da pessoa humana.
Todas as profissões reclamam proceder ético. 
A disseminação de códigos deontológicos de muitas categorias profissionais - médicos, engenheiros, dentistas, jornalistas, publicitários, advogados, dentre outros - apenas evidenciam a oportunidade e relevância do tema, por si permanente.
Na atividade profissional jurídica, porém, essa importância avulta.Pois o advogado examina o torto e o direito do cidadão no mundo social em que opera; é, a um tempo, homem de estudo e homem público, persuasivo e psicólogo, orador e escritor (Nalini, 2009) . 
A sua ação defensiva e a sua conduta incidem profundamente sobre o contexto social em que atua.
DEONTOLOGIA
Deontologia é a teoria dos deveres;
Deontologia profissional se chama o complexo de princípios e regras que disciplinam particulares comportamentos do integrante de uma determinada profissão.
Deontologia Forense designa o conjunto das normas éticas e comportamentais a serem observadas pelo profissional jurídico.
O princípio fundamental da deontologia forense 
À deontologia profissional e, particularmente, à deontologia forense aplica-se um princípio fundamental: agir segundo ciência e consciência. 
Ciência, a significar o conhecimento técnico adequado, exigível a todo profissional. 
O primeiro dever ético do profissional é dominar as regras para um desempenho eficiente na atividade que exerce. 
Para isso, precisará ter sido um aprendiz aplicado e humilde, seja no processo educacional formal, seja mediante inserção direta no mercado de trabalho, onde a experiência é forma de aprendizado.
Além da formação adequada, o profissional deverá manter um processo próprio de educação continuada. 
Mas, além da ciência, ele deverá atuar com consciência.
Existe uma função social a ser desenvolvida em sua profissão. Ele não pode estar dela descomprometido.
À consciência se reconhece um primado na vida humana. Ouve-se frequentemente repetir que toda a moralidade do homem deve consistir no seguir a própria consciência.
A consciência, portanto, deve ser objeto de contínuo aperfeiçoamento.
Ninguém poderá se substituir a outrem na missão de construir sua consciência.
Formar a consciência é o objetivo mais importante de todo o processo educativo. 
Ela é que avalia o acerto das ações, ela é que permite reformular o pensamento e as opções. Somente ela permitirá coerência ao homem.
 Por isso é que a formação da consciência, além de ser o objetivo mais importante, resume em si todo o inteiro processo educativo.
Os princípios gerais da deontologia forense
Além do princípio fundamental - agir segundo ciência e consciência-, há princípios gerais à deontologia forense. Dentre eles, podem ser mencionados:
O princípio da conduta ilibada: O aspecto moral impregna qualquer das carreiras jurídicas. 
O advogado deve observar o seu Código de Ética, de onde se extrai a necessidade de uma conduta límpida.
O princípio da dignidade e do decoro profissional: 
Dignidade é também um princípio deontológico de caráter geral. 
A dignidade constitui um valor inerente à pessoa humana, que deve ser protegido e respeitado. 
O princípio da correção profissional;
O princípio da diligência;
O princípio da fidelidade;
O princípio da independência profissional;
O princípio da reserva;
Vive-se um momento trágico nas carreiras jurídicas. 
Há um sentimento disseminado de que existe uma irreconciliável divisão entre o legal e o moral. E isso elimina a fé pública na lei. 
Os advogados parecem desdenhar essa percepção popular e reforçam a impressão de que a ética e a moral não têm lugar na lei.
Da Advocacia- Da Atividade de Advocacia
Art. 1º São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8)
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
ADIn 1.127-8 (D.O.U 25.05.2006) Inconstitucionalidade da expressão qualquer.
Interpretação restritiva;
Da forma como ficou o texto de lei, em regra deve prevalecer a exigência da postulação por advogado em órgãos do Poder Judiciário, exceto quando uma lei própria autorizar o jus postulandi diretamente pelo jurisdicionado. 
POSTULAÇÃO	
São atividades privativas de advogado, ou seja, só quem está regularmente inscrito como advogado na OAB, pode realizar:
Postulação a órgão do Poder Judiciário e dos Juizados Especiais.
O princípio basilar da postulação exclusiva do advogado em juízo, seja qual for o órgão do Poder Judiciário, encontra respaldo na garantia constitucional prevista no art. 133 da Carta Magna, que assim impõe: 
“O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
Postulação na Justiça do Trabalho
Exceção art. 1.º, I: é a desnecessidade da assistência do advogado às partes na Justiça do Trabalho.
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 791, prevê a possibilidade da capacidade postulatória direta de empregados e empregadores: "Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final".
Embora o texto mencionado preveja que os empregados e empregadores possam atuar sem a assistência de advogados “até o final” do processo, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Súmula n. 425, entendeu que: 
“O jus postulandi das partes limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.
Postulação nos Juizados Especiais Estaduais e Federais
Juizados Especiais, previstos no art. 98,I, da CF, na Lei 9.099/1995 (Juizado Estadual) e na Lei 10.259/2001 (Juizado Federal).
Nos Juizados Especiais Cíveis Estaduais ficou consolidado pela Lei 9.099/1995, art. 9º , que nas causas com valores superiores a 20 (vinte) salários mínimos, a assistência por advogado é obrigatória, inclusive em segundo grau recursal, independente do valor da causa.
Portanto, nas causas com valores inferiores, a assistência se mostra facultativa, representando, neste aspecto, uma clara exceção legal ao texto do art. 1.º , I, do EAOAB.
No que tange aos juizados Especiais Federais, a Lei 10.259/2001 é lacônica quanto à exigência ou não do advogado para assistir o jurisdicionado. O art. 10 do referido diploma, assim dispõe: “As partes poderão designar, por escrito, representantes para a causa, advogado ou não”.
O texto da Lei 5.478/1968 -Lei de Alimentos- permite no seu art. 2.° que o credor de alimentos possa, pessoalmente ou por intermédio de advogado, propor a ação de alimentos.
As atividades descritas no inciso II do art. 1.° também são privativas da advocacia, não podendo ser praticadas por terceiros, ainda que estagiários ou bacharéis em Direito.
Impetração de habeas corpus é dispensável a presença do advogado, podendo a própria parte impetrar o remédio constitucional.
Justiça de paz;
ATOS E CONTRATOS E CONSTITUTIVOS
Tal exigência NÃO representa mera formalidade, e sim comprometimento de autoria da forma e conteúdo do referido documento colocando o profissional do direito como corresponsável pelo referido contrato, inclusive com responsabilidade civil, criminal e disciplinar.
O RGEAOAB prevê, em seu art. 2.°, que o visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas deve resultar de efetiva constatação de que aqueles instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. Portanto, serão nulos os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas que não forem visados por advogados.
A única exceção existente é aquela trazida pela Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte), que afasta a necessidade da assinatura do advogado nos atos e contratos sociais das microempresas e as empresas de pequeno porte, com previsão específica desta exclusão no art. 9.° , § 2.º, do referido Diploma Legal.
DIVULGAÇÃO/ASSOCIAÇÃODA ADVOCACIA COM OUTRA PROFISSÃO
O § 3 ° do art. 1 ° do EAOAB veda a divulgação da advocacia em conjunto com outra atividade, por mais digna que seja.
O CED regula a matéria em seu art. 40.
No mesmo sentido aponta o art. 4.°,do Provimento 94/2000 do Conselho Federal: “Não são permitidos aos advogados em qualquer publicidade relativa à advocacia: (...) veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade” .
PUBLICIDADE
A questão da publicidade dos serviços advocatícios está abordada nos arts. 39 ao 47 do Novo Código de Ética e Disciplina, que manteve a permissão da publicidade, mas com algumas restrições.
Não se admite, em nosso país, o uso de expressões que possam captar clientes, nem a divulgação da advocacia em conjunto com outra atividade. 
Veda-se, ainda, a veiculação pelo rádio e pela televisão e a denominação de nome fantasia. 
A fim de se alcançar todos os detalhes acerca deste relevante tema, vejamos a seguir as novas redações: 
"Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não - podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão. 
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: 
I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; 
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; 
III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; 
IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras; 
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail; 
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.
Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela. 
Art. 42. É vedado ao advogado: 
I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social; 
II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado; 
III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega; 
IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; 
V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
Art. 43. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. 
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista. 
Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. 
§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido. 
§ 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário. 
Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico. 
Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo. Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela.
Art. 47. As normas sobre publicidade profissional constantes deste capítulo poderão ser complementadas por outras que o Conselho Federal aprovar, observadas as diretrizes do presente Código.
Exercício efetivo da advocacia
Art. 5º do RGEAOB: participação em pelo menos 5 atos privativos de advogado em causas ou questões distintas.
Art. 2.° O advogado é indispensável à administração da justiça. 
§ 1.° No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
§ 2.° No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
§ 3.° No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta Lei.
O art. 2.° do EAOAB reproduz a garantia constitucional e assegura que, mesmo quando o advogado atuar na iniciativa privada (em empresas ou no seu próprio escritório), prestará serviço público e exercerá função social.
O § 3.° do art. 2.° do EAOAB traz a garantia inicial da inviolabilidade dos atos do advogado, sendo que o art. 7.° , II, do mesmo Diploma Legal, detalha os limites desta inviolabilidade.
Ensina o professor José Afonso da Silva que “a advocacia não é apenas uma profissão, é também um munus*, é a única habilitação profissional que constitui pressuposto essencial à formação de um dos Poderes do Estado: o Poder Judiciário”.
Foi atribuído ao exercício da advocacia um caráter de serviço público, mesmo quando exercido em seu ministério privado. Significa dizer que a atividade prestada pelo advogado não interessa de forma restrita às partes de um determinado processo ou procedimento. O seu alcance é muito maior e atinge toda a sociedade.	
* tarefa, dever obrigatório de um indivíduo; encargo, obrigação.
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA ADVOCACIA
Do texto legal, surgem, portanto, as características essenciais da advocacia: a indispensabilidade, a inviolabilidade, a função social e a independência.
Inviolabilidade: imunidade profissional por suas manifestações e palavras, bem como pela proteção do sigilo profissional e dos meios de trabalho (local, documentos, instalações etc.).
O advogado participa diretamente, da administração pública da justiça, sendo que seus atos representam encargo público (munus publico) (indispensabilidade e função social).
Independência: inexistência de hierarquia. 
Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime destalei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
§ 2º O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Somente os inscritos nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil podem praticar a atividade da advocacia.
EXERCEM ATIVIDADE DE ADVOCACIA
Observe-se que estão excluídos do regime do EAOAB os magistrados, promotores de justiça e serventuários do Poder Judiciário, por não realizarem atividade de advocacia.
ESTAGIÁRIO DE DIREITO
O estagiário de direito, aluno matriculado em um dos dois últimos anos do Curso de Ciências Jurídicas/Direito de instituição de ensino superior autorizada e credenciada, regularmente inscrito nos quadros da OAB como estagiário, pode praticar os atos previstos no art. 1.° do EAOAB, em conjunto com o advogado e sob sua orientação, supervisão e responsabilidade.
É vedado ao estagiário: (a) figurar em publicidade de escritório de advocacia- placas,internet, folders etc.
Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. 
§ 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: 
I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; 
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; 
III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos. § 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Art. 4.º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
Mandato é o contrato pelo qual alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses .
 O mandato judicial é o ato pelo qual o outorgante (cliente) nomeia e constitui o outorgado (advogado) para representá-lo judicial ou extrajudicialmente.
A prova do mandato, em cumprimento ao art. 5.° do EAOAB, se faz pelo instrumento do mandato, que é a procuração.
Neste instrumento deverão estar registrados o nome e a qualificação do(s) outorgante(s), nome e qualificação do(s) outorgado(s), os poderes outorgados, a data e assinatura do(s) outorgante(s).
Se particular, o art. 105 do novo CPC dispensa o reconhecimento de firma no instrumento de mandato, tanto para poderes gerais quanto para poderes específicos.
Outorgante; 
Outorgados: somente aqueles que exerçam a atividade de advogado ou estagiário, regularmente inscritos na OAB.
No caso de sociedade de advogados, o EAOAB prevê que como outorgados deverão estar os advogados e estagiários que compõem a sociedade, ainda que se faça menção do nome da sociedade. 
De modo algum poderá se outorgar poderes diretamente à sociedade de advogados (art. 15, § 3.°, do EAOAB)
Início do mandato
Inicia-se com a assinatura do instrumento procuratório;
O CED (art. 14) orienta que o advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído nos autos, sem prévio conhecimento deste, salvo motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis.
O descumprimento dessa norma gera infração ética, passível de sanção de censura (art. 36, II, do EAOAB).
Prazos
A regra é que o advogado postule em juízo sempre fazendo prova do mandato judicial. 
O EAOAB prevê exceção, em caso de urgência, concedendo o prazo15 (quinze) dias para que o advogado apresente nos autos o instrumento de mandato, a iniciar-se do primeiro dia útil seguinte ao do ato da representação.
Permite ainda a prorrogação por igual prazo, desde que requerida e deferida.
Art. 104 (Novo CPC). O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
A urgência de que trata o § 1.° do art. 5.° do EAOAB é vista como presunção legal de veracidade, a favor do advogado, bastando, portanto, que seja alegada pelo advogado, sem que haja a necessidade de prova.
Poderes: 
a) ad judicia para o foro em geral - autoriza a prática de todos os atos processuais, com exceção daqueles que exijam poderes especiais.
b) ad judicia et extra com poderes específicos – em alguns casos a legislação exige poderes específicos para a atuação do advogado. 
Exemplo: oferecimento de representação criminal, oferecimento de queixa crime, recebimento de citação em nome do cliente, confissão, transação, reconhecimento de procedência do pedido, desistência da ação, quitação etc.
Extinção do mandato
a) revogação: Trata-se de ato unilateral do cliente. Ciência inequívoca do advogado.
No caso de revogação de poderes, os honorários convencionados serão devidos ao advogado proporcionalmente aos serviços prestados (art. 17 do CED honorários sucumbenciais, de forma proporcional ao trabalho realizado nos autos).
b) renúncia: o advogado não tem mais interesse em permanecer na causa.
Poderá ocorrer em qualquer tempo, por conveniência do advogado ou por imperativo ético (quando conclui que a causa é contrária à ética e à moral, quando notar que é caso de lide temerária - art. 32 do EAOAB).
Ciência inequívoca do cliente - art. 6.° do RGEAOAB, preferencialmente mediante carta de aviso de recepção, comunicando, após, o fato ao juízo.
Omissão do motivo! (art. 16 do CED)
Após o recebimento da renúncia pelo cliente (de forma inequívoca), o advogado deverá permanecer nos autos pelo prazo mínimo de 10 (dez) dias, a fim de garantir a defesa do cliente, salvo se antes desse prazo for substituído.
Art. 112 (Novo CPC). O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor.
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo.
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia.
Nesse período o advogado responderá por qualquer prejuízo causado ao cliente ou a terceiros, por dolo ou culpa. Ocorrida a substituição antes de findado o prazo, a responsabilidade estará extinta.
Da mesma forma que na revogação de poderes, na hipótese de renúncia por parte do advogado serãodevidos os honorários convencionados, na proporção do trabalho realizado, ou se de outra forma o contrato prever e, ainda, serão devidos os sucumbenciais, esses sim na proporção do que foi trabalhado.
Conclusão da causa ou arquivamento do processo: trata-se de hipóteses em que o cumprimento e a cessação do mandato estão presumidos (art. 13 do CED).
Substabelecimento: 
O substabelecimento é o instrumento pelo qual se realiza a transferência dos poderes outorgados pelo cliente a outro advogado ou estagiário.
Quem transfere os poderes (substabelecente) é o advogado que os recebeu no instrumento de mandato. Quem recebe os poderes (substabelecido) é o advogado/estagiário que passará a atuar após ajuntada do substabelecimento nos autos.
Sem reserva de poderes: em que o substabelecente transfere todos os poderes recebidos do outorgante ao substabelecido extinguindo o contrato de mandato com ele e o cliente e, por consequência, deixando de ser patrono na demanda judicial. Exige prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
São devidos honorários advocatícios do cliente ao substabelecente até o momento em que este permaneceu no processo, devendo ser combinado entre o substabelecente e o substabelecido a proporção da partilha dos honorários de sucumbência.
Com reserva de poderes (art. 26 do CED): em que o substabelecente divide com o substabelecido todos os poderes recebidos do outorgante, permanecendo como parte do contrato de mandato, e por consequência, como patrono na demanda judicial. 
O advogado substabelecente combinará com o advogado substabelecido os honorários advocatícios a que fará jus para atuar no feito, sendo vedado ao substabelecido cobrar diretamente do cliente honorários advocatícios, sem intervenção e anuência do advogado substabelecente.
Extinção do mandato por decurso de tempo:
Desde que permaneça a confiança recíproca entre o outorgante e seu patrono, o mandato judicial não se extingue pelo decurso de tempo (art. 18 CED).
Riscos do mandato: (art. 9º CED).
Prestação de contas: Trata-se de um direito-dever do advogado, cuja recusa injustificada representa infração disciplinar prevista no art. 34, XXI, do EAOAB punível com pena de suspensão do exercício profissional, até que se realize a prestação de contas ao cliente, com a satisfação da dívida (art. 37, §2.°, do EAOAB).
a) O advogado deve prestar contas ao cliente sempre que solicitado a fazê-lo, não podendo negar-se, salvo em caso de força maior, devidamente justificada e provada.
b) Devem ser prestadas as contas que envolvam valores, bens e documentos dados pelo cliente ou por terceiros em nome do cliente, ao advogado, para gerenciamento ou administração; e, ainda, devem ser prestadas contas do andamento processual ao cliente (art. 12 do CED).
c) O advogado não pode, nem deve, deixar de prestar contas sob a alegação de compensação de valores devidos pelo cliente. Se houver dificuldades para localizar o cliente, o advogado deve promover medida judicial de prestação de contas, inclusive com possibilidade de citação editalícia do cliente, de forma a se precaver contra qualquer alegação de infração disciplinar, ou até mesmo de crime de apropriação indébita.
d) A Lei 11.902/2009 fixou prazo prescricional de 5(cinco) anos para que o cliente possa demandar contra o advogado requerendo prestação de contas pelas quantias dadas pelo constituinte ao constituído, ou por terceiros em nome dele.
e) A prescrição foi incluída no art. 25-A do Estatuto e revela igualdade do cliente para com o advogado, já que o patrono tem o mesmo prazo para exigir os honorários advocatícios.
Conflito de interesses entre os clientes
Quando sobrevier conflito de interesses entre os clientes patrocinados pelo mesmo advogado, por imperativo ético o advogado deverá optar por um dos mandatos, com prudência e discernimento, renunciando aos demais, garantindo aos renunciados o sigilo profissional ad infinitum (art. 22 do CED).
Postulação contra ex-cliente e ex-empregador
O art. 21 no novo CED estabelece que o advogado pode postular em favor de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, desde que guarde o sigilo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas de que tenha tomado conhecimento no período em que prestou serviços aos mesmos.
O posicionamento dos principais Tribunais de Ética e Disciplina do país é de que há uma abstenção bienal (proibição de atuar contra ex-cliente ou ex-empregador pelo prazo de 2(dois) anos), sendo permitida a atuação após este interregno, desde que cumprido o requisito de sigilo profissional disposto no artigo 21do CED.
Liberdade de atuação do advogado: art. 24:
O advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo. 
Dos Direitos do Advogado (Previsão legal também nos arts. 15 a 19 do RGEAOAB.
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
Art. 7º São direitos do advogado:
I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
(O EAOAB garante o exercício da advocacia, com liberdade, em todo o território nacional);
Limitações: só exercerá a atividade de advogado o bacharel em direito que for efetivamente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil;
o exercício da atividade profissional da advocacia está restrito ao Conselho Seccional em que o advogado estiver inscrito – inscrição principal - e quando pretender atuar em área de competência de outro Conselho Seccional, poderá fazê-lo no limite de 5 (cinco) causas por ano ou deverá promover inscrição suplementar, estando então autorizado a advogar naquela área seccional sem limite de causas.
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008);
A inviolabilidade envolve a imunidade profissional (por manifestação e palavras), a proteção ao sigilo profissional e a proteção dos meios de trabalho.
O objetivo da inviolabilidade é a liberdade de defesa do sigilo profissional, sendo que o que advogado pode e deve manter silêncio sobre os fatos revelados pelos seus clientes, não podendo revelar. Os §§ 6º e 7º cuidarão da quebra da inviolabilidade.
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
A garantia trazida pelo EAOAB tem objetivo de assegurar, a qualquer cidadão preso, o direito de ser assistido por advogado;
Além disso, resulta em prerrogativa do advogado a comunicação deste com seu cliente, em qualquer estabelecimento penal onde o mesmo esteja recolhido, ainda que considerado incomunicável;
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
Quando no exercício da advocacia, a prisão do advogado em flagrante delito só deve ocorrer em casos excepcionais, assim descritos pelo EAOAB como “crimes inafiançáveis”;
Quando for preso em flagrante o advogado, é necessária a presença de um representante da OAB para a lavratura do auto de prisão em flagrante, sob pena de nulidade do mesmo.
Adin 1.127-8: presença em tempo hábil de representante: válida a prisão;
Nos demais casos, que não envolvam a prisão em flagrante, basta a comunicaçãoexpressa ao Conselho Seccional da OAB, para que o Presidente deste Conselho, nos moldes do art. 16 do RGEAOAB, atue na defesa do advogado como assistente, se entender conveniente.
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8)
Quando preso provisoriamente, o advogado tem direito de ser recolhido em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e na sua falta, ficará em prisão domiciliar, até a conclusão final do processo penal.
Não basta que seja sala de Estado Maior: o EAOAB exige que tenha instalações e comodidades condignas.
Sala de Estado-Maior: instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras instituições militares e que, em si mesma, constitui tipo heterodoxo de prisão, pois destituída de grades ou ou de portas fechadas pelo lado de fora.
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
Nenhum entrave burocrático ou prepotência de servidores despreparados pode servir de obstáculo ao exercício da advocacia. O advogado, como prestador de serviço público, encargo destinado pela Constituição, pode adentrar em qualquer repartição ou órgão público, adiante das cancelas e balcões, em horários de expediente ou fora dele.
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;
O direito assegurado pelo inciso em análise encontra como limitador as regras de ética e educação que devem ser aplicadas em quaisquer relações humanas, valendo-se o advogado do mínimo de bom-senso necessário para exigir a aplicação do EAOAB.
IX - sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7)
O Supremo Tribunal Federal entendeu ser inconstitucional referido direito, julgando procedente a ADIn 1.105-7 e a ADIn 1.127-8, proposta pelo Procurador Geral da República.
Art. 937. CPC Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses (descreve as hipóteses), nos termos da parte final do caput do art. 1.021.
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas;
XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016)
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
O advogado pode ter vista de qualquer processo em cartório, exceto os que estejam protegidos pelo segredo de justiça e os que tenham documentos de difícil restauração.
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
O desagravo é um procedimento formal que tem o objetivo de registrar o repúdio da classe de advogados e da própria OAB sobre uma ofensa proferida por qualquer autoridade contra advogado no exercício da profissão.
O desagravo independerá da pretensão ou concordância do advogado ofendido, podendo ser promovido de ofício pelo Conselho Seccional.
Os arts. 18 e 19 do Regulamento Geral tratam do procedimento do desagravo público
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
O advogado que for intimado judicialmente para depor como testemunha em processo no qual atuou ou tem previsão de atuar, e ainda sobre fato relacionado a atual ou ex-cliente, deve comparecer à audiência designada, e lá, informar que por força de sua atuação profissional encontra-se impedido de prestar testemunho.
Art. 36, 37, e 38 do CED.
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
Designada a audiência pelo magistrado, o mínimo que se pode esperar é que este cumpra o horário, rigorosamente, nos moldes do que se exige dos advogados.
O atraso do advogado pode representar, na esmagadora maioria das vezes, prejuízos irreparáveis às partes.
Designada a audiência e passados trinta minutos do horário, sem que o magistrado que presidiria a audiência esteja presente, o advogado poderá retirar-se do local onde aguardava o pregão e comunicar, na mesma data, por petição protocolada em juízo, de forma a comprovar o tempo que tolerou a espera, que esteve presente aguardando o ato judicial, e que este não se realizara em razão da ausência ou do atraso do magistrado, requerendo a designação de nova data, se for o caso.
Lamentavelmente, o inciso não se aplica quando o magistrado encontra-se presidindo outras audiências, ainda que haja o desrespeitoso e, muitas vezes, costumeiro atraso na pauta.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016); 
a) apresentar razões e quesitos; (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
b) (VETADO).(Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
A lei não prescreveu que a falta de defesa gera nulidade no inquérito policial ou em outra investigação, mas sim a ausência do advogado (constituído) do cliente para os atos que relaciona (interrogatório e depoimento, quando figure como investigado).
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1.127-8)
O EAOAB impõe que o advogado, quando no exercício de sua profissão, não seja penalizado pelos crimes de injúria e difamação. O que se conclui é que a liberdade de expressão é a mola propulsora de uma advocacia justa e democrática.
Qualquer manifestação do advogado contra o ex adverso, a autoridade policial, a autoridade judiciária e qualquer outro envolvido, se não em excesso, será considerado pleno e eficaz exercício da defesa dos direitos.
§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
§ 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)
O EAOAB impõe ao Estado o dever de instalar a “sala dos advogados” em cada repartição ou órgão público, de forma a garantir a efetiva atuação do advogado, com instalações permanentes e uso exclusivo dos inscritos na OAB.
§ 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
§ 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 8º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 9º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
Art. 7º-A. São direitos da advogada: (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
I - gestante:         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 1o  Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 2o  Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho).         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
Da Inscrição
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
O interessado em obter inscrição junto à OAB deverá requerer, por escrito, ao Conselho Seccional em que pretenda se inscrever o deferimento de seu ingresso aos quadros da OAB (procedimentos de inscrição - art. 20 do RGEAOAB).
Para tanto, deverá preencher os seguintes requisitos:
I - capacidade civil;
A capacidade civil é o conjunto formado entre a sanidade e a maioridade do candidato. A maioridade se prova com a apresentação da certidão de nascimento ou do documento de identidade. A sanidade é presumida.
A conclusão de curso de graduação, antes de completados os dezoito anos de idade, habilitaria o candidato neste requisito, uma vez que se trata de causa de maioridade civil.
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
Caso o interessado não tenha em mãos o diploma do curso, a certidão de graduação no curso de ciências jurídicas (certidão de colação de grau) substitui este documento e deverá ser apresentada na inscrição.
O RGEAOAB prevê que, caso seja feita a apresentação da certidão de colação de grau, mister que se apresente, juntamente com aquele documento, o histórico escolar em cópia autenticada. 
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
Muito embora haja discussão sobre a criação de uma função fiscalizadora da OAB com a inclusão do presente inciso, no sentido de exigir que o candidato comprove sua regularidade eleitoral e a quitação com o serviço militar, entendemos que o candidato a ingresso nos quadros da OAB deve ter uma postura política e social inatacável.
IV - aprovaçãoem Exame de Ordem;
O Exame de Ordem é a prova de ingresso do bacharel em direito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Trata-se de um exame de aferição de conhecimentos jurídicos, sem concorrência entre os candidatos, em que se considerará aprovado o candidato que tiver um resultado acima da média exigida.
Se aprovado no Exame de Ordem, o candidato poderá optar por não realizar a inscrição imediatamente, requerendo a expedição do certificado de aprovação no Exame da Ordem, que tem validade por tempo indeterminado (art. 8.° do Provimento 81/1996).
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
O exercício de atividade incompatível com a advocacia, já no momento da inscrição, impede o seu deferimento, impondo ao candidato que tenha preenchido os demais requisitos que se desincompatibilize ou requeira a expedição do certificado de aprovação para garantir futura inscrição, sem a necessidade de prestar novo Exame de Ordem.
A OAB exige que o candidato, no momento do requerimento de inscrição, declare que não exerça nenhuma atividade incompatível (rol do art. 28 do EAOAB). Se restar apurado, após a inscrição, que a informação é falsa, a inscrição será cancelada, o advogado excluído e responderá civil e criminalmente pela falsa declaração, (art. 34, XXVI c.c. art. 38, II, do EAOAB).
VI - idoneidade moral;
A idoneidade moral, requisito fundamental para o deferimento da inscrição do candidato, é também comportamento exigido do advogado no decorrer do exercício da advocacia.
Não restando apurada qualquer condenação antes da inscrição, ainda que haja processo criminal em curso, deve ser deferida a inscrição.
Se após o deferimento, restar configurada a condenação criminal, impõe-se a representação disciplinar por infração ao art. 34, XXVII (tornar-se moralmente inidôneo), com pena de exclusão, prevista pelo art. 38, II, todos do EAOAB.
Assim que o candidato requerer sua inscrição, o Conselho Seccional fará publicar no Diário Oficial do Estado um Edital, levando ao conhecimento de toda a população o nome dos candidatos que pretendem ter deferida a sua inscrição.
A partir daí, qualquer pessoa pode impugnar o pedido, desde que não seja de forma anônima, apresentando relevantes razões para que o Conselho indefira a inscrição. 
Instaura-se um incidente de declaração de inidoneidade moral, nos moldes e procedimentos do processo disciplinar, que deve suspender o processo de inscrição até que o Conselho Seccional possa resolver a questão. 
A solução é passível de re-análise, em sede recursal, pelo Conselho Federal.
Para tal solução no Conselho Seccional, exige-se quorum mínimo de 2/3 dos votos de todos os membros do Conselho.
VII - prestar compromisso perante o Conselho.
Terminada a análise do processo de inscrição, e tendo o Conselho Seccional conferido o cumprimento dos requisitos anteriores, o último requisito a ser cumprido é o compromisso perante o Conselho.
O compromisso é ato formal, solene, indelegável e personalíssimo. Deve ser prestado em viva voz e condiciona o candidato ao cumprimento do EAOAB e do CED.
O art. 20 do RGEAOAB traz inteiro o teor do compromisso prestado pelo candidato, no momento que se torna advogado.
§ 1.º O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.
Quem determina as diretrizes para o Exame de Ordem é o Conselho Federal, por intermédio dos Provimentos por ele expedidos, contudo, o Conselho Seccional é o competente para a realização, aplicação e correção das provas, nos termos do art. 58, VI do EAOAB.
§ 2.º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.
O EAOAB trata aqui da possibilidade da inscrição do cidadão estrangeiro ou do cidadão brasileiro que tenha concluído o curso de Direito fora do país.
§ 3.° A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo 2/3 (dois terços) dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
§ 4.° Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
O EAOAB prevê a figura do crime infamante, contudo, não apresenta conceito sobre tal delito.
Crime infamante é aquele contrário à honra à dignidade e a boa-fama de quem pratica, podendo inclusive, gerar desprestígio e desonra para toda a classe da advocacia. 
Portanto, todo o crime que tenha como autor o advogado, no exercício de sua atividade profissional ou não, e ainda, que represente desonra, má fama ou indignidade, será considerado crime infamante.
O conceito é propositadamente aberto, a fim de que o Conselho Seccional, quando da análise de cada caso em concreto, possa apurar a extensão do crime praticado pelo advogado, bem como a repercussão desta prática criminosa.
A prática de crime infamante, além de representar óbice para a inscrição, quando o candidato ainda não está inscrito na OAB, também acarreta a prática de infração disciplinar, quando já inscrito como advogado, com a possibilidade de ser apenado com a sanção disciplinar de exclusão (art. 34, XXVIII c.c. art. 38, II, ambos do EAOAB).
Se reabilitado judicialmente, a inscrição nos quadros da OAB está permitida.
Art. 9.º Para inscrição como estagiário é necessário:
I - preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VII do art. 8.º;
II - ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
§ 1.° O estágio profissional de advocacia, com duração de 2 (dois) anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
§ 2.° A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.
§ 3.º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB.
§ 4.º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem.
O estágio profissional encontra-se regulamentado por este artigo e pelos arts. 27 a 31 do RGEAOAB.
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral.
§ 1.º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
O advogado deve promover a inscrição no local onde pretende estabelecer seu domicílio profissional. Quando da inscrição, deverá declarar que pretende desenvolver suas atividades profissionais na área territorial pertencente ao Conselho Seccional escolhido.
A veracidade da declaração será apurada no decorrer da atividade profissional do advogado, e quando o inscrito passar a desenvolver suas atividades profissionais fora da área territorial da sua inscrição principal, a declaração poderá ser considerada falsa e, por consequência, a inscrição cancelada de ofício pelo Conselho.
§ 2.° Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.
Por intervenção judicial se entende o exercício profissional em medida judicial, excetuando-se, portanto, a defesa em processos administrativos, inquéritos policiais, autos de prisão flagrante, cumprimento de cartas precatórias , impetração de habeas corpus e a colocação de visto em atos constitutivos de pessoasjurídicas (art. 1.°, § 2.° do EAOAB);
§ 3.° No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
Segundo o Provimento 42/1978 do Conselho Federal da OAB, o pedido de transferência deve ser requerido junto ao Conselho Seccional onde o advogado se acha inscrito, indicando a Seção para onde pretende se transferir.
§ 4.° O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou de inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal.
A suspensão prevista no parágrafo deve ocorrer de ofício. Ocorrerá vício quando houver má-fé ou fraude; por sua vez, ocorrerá ilegalidade quando houver descumprimento das regras estatutárias
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
I - assim o requerer;
II - sofrer penalidade de exclusão;
III - falecer;
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia;
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Características do cancelamento da inscrição:
a) ato personalíssimo;
b) tem natureza jurídica de ato desconstitutivo, pois afeta a existência da inscrição;
c) opera-se com efeito ex nunc, salvo quando a inscrição foi obtida com falsa prova.
O cancelamento pode ocorrer a requerimento da parte, sem necessidade de indicação de motivo, sendo certo que após a decisão a inscrição jamais se restaurará, fazendo desaparecer o número de registro na OAB.
O advogado penalizado com a exclusão (art. 38 do EAOAB), após o trânsito em julgado da decisão terá a sua inscrição cancelada.
A incompatibilidade tratada neste artigo ocorrerá quando o advogado assumir, em caráter definitivo, qualquer das atividades constantes no art. 28 do EAOAB. Nesta hipótese, terá que informar a OAB, que determinará o cancelamento da inscrição.
A perda de qualquer um dos requisitos da inscrição (perda da capacidade civil, cancelamento do diploma etc.) impõe o cancelamento da inscrição.
§ 1.° Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa.
§ 2.° Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior- deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8.°.
O novo pedido, que não restaura o número da inscrição anterior, inclui os casos de cancelamento por incompatibilidade que, após a desincompatibilização, poderá ser solicitado e deferido, desde que cumpridos os requisitos do art. 8º, citados no parágrafo.
§ 3.° Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
O inciso II do art. 11 trata do cancelamento da inscrição pela hipótese de exclusão. Havendo requerimento de novo pedido de inscrição, tendo como antecedente o cancelamento por exclusão, o § 3.° do referido artigo exige provas de reabilitação judicial, que deverá seguir a regra dos arts. 93 a 95 do Código Penal, para o deferimento da nova inscrição.
Não havendo reabilitação judicial, caso a exclusão tenha se dado por prática de crime, o pedido poderá ser indeferido, por não cumprimento do inciso VI do referido artigo.
Art. 12. Licencia-se o profissional que:
I - assim o requerer, por motivo justificado;
II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia;
III - sofrer doença mental considerada curável.
O licenciamento do advogado poderá ocorrer por ato voluntário, justificado com motivo relevante, demonstrando o profissional que estará impedido de exercer a atividade pelo período indicado.
Quando o advogado passar a exercer atividade incompatível, em caráter temporário, deverá informar imediatamente o Conselho Seccional, requerendo seu licenciamento. Se não o fizer, o Conselho poderá determinar o licenciamento de ofício e o advogado deverá responder disciplinarmente pela inércia.
A hipótese do inciso III prevê a suspensão pela doença mental curável, mediante a apresentação de laudo médico.
O licenciamento é sempre temporário, com prazo anteriormente previsto. Mantém o número de inscrição do advogado junto à OAB.
Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais.
O cartão (cédula) ou a carteira (brochura) são os documentos oficiais do advogado, sendo de uso obrigatório no exercício da atividade profissional, tanto para advogados quanto para estagiários, e ainda, considerados documentos de identidade civil para qualquer fim legal. O uso do cartão (cédula) dispensa o uso da carteira (brochura).
Os arts. 32 a 36 do RGEAOB tratam da identidade profissional do advogado e do estagiário.
Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade.
Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão “escritório de advocacia” , sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.
O descumprimento das regras mencionadas representa infração disciplinar (art. 34, II, do EAOAB), punível com censura (art. 36, III, do EAOAB).
O RGEAOAB, nos seus arts. 20 a 26, também trata da inscrição como advogado nos quadros da OAB;
Já sobre a inscrição do estagiário de advocacia, o RGEAOAB, é tratada nos seus arts. 27 a 31.
Art. 15.  Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.          (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 1o  A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.           (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 2o  Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber.           (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte.
§ 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.           (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 5o  O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar.              (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos.
§ 7o  A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração.             (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 16.  Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmenteproibida de advogar.    (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
§ 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição.
§ 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia.
§ 4o  A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia’.            (Incluído pela Lei nº 13.247, de 2016)
Art. 17.  Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.               (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)
a) Fundamentação legal: as sociedades de advogados são regidas pelos arts. 15 a 17 do EAOAB, arts. 37 a 43 do RGEAOAB e também pelo CED, no que couber.
b) Personalidade jurídica: as sociedades de advogados adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB onde terá sede.
c) Finalidade jurídica: as sociedades de advogados têm finalidade exclusiva de atividade de advocacia, representando a união de dois ou mais advogados para colaboração profissional recíproca, não podendo incluir qualquer outra atividade no seu objeto social, por mais honrosa que seja.
d) Modalidade de sociedade: sociedade simples de prestação de serviços de advocacia, podendo adotar qualquer forma de administração social. É vedada a utilização de forma ou características mercantis na sociedade.
e) Razão social da sociedade: a razão social deve ter obrigatoriamente o nome ou sobrenome de um dos sócios do escritório. É comum notar que se adote o sobrenome de todos os sócios do escritório, seguido da expressão "advogados associados" ou "advocacia" ou ainda "consultoria jurídica".
Nome fantasia: é vedado o uso de nome fantasia na sociedade.
Nome de sócio falecido: só será permitida a permanência de nome de sócio falecido na sociedade se previsto anteriormente no ato constitutivo.
Inclusão do símbolo: o Provimento 112/2006 do Conselho Federal autorizou a inclusão da letra comercial na razão social de sociedade de advogados, fato que era anteriormente proibido pelo EAOAB.
f) Sócios: apenas os advogados regularmente inscritos podem integrar a sociedade de advogados, sendo vedada a participação social de estranhos à advocacia, ainda que sejam bacharéis em direito ou estagiários;
Sócio gerente: somente os sócios respondem pela direção social, sendo permitida a existência de sócios gerentes, com indicação dos poderes atribuídos.
Sócio integrar mais de uma sociedade: será permitido, desde que seja em Conselhos Seccionais distintos. Será proibido ao sócio advogado integrar mais de uma sociedade na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional.
Sócios representando clientes com interesses opostos: o § 6.ºdo art. 15 do EAOAB veda que advogados sócios de uma mesma sociedade atuem em juízo, representando clientes com interesses opostos.
 O patrocínio de clientes com interesses opostos pode representar traição dos advogados aos clientes posto que, se unidos em uma mesma sociedade, presume-se que entres eles haja affectio societatis, não sendo possível atuarem para clientes com interesses divergentes. 
Além disso, a prática de representar em juízo clientes com interesses opostos pode caracterizar, em tese, crime de patrocínio simultâneo ou tergiversação, previsto no art. 355 do Código Penal Brasileiro, com pena de detenção de seis meses a três anos, além de multa.
Exclusão de sócio: a exclusão de sócio pode ser deliberada pela maioria do capital social, mediante alteração contratual, desde que observados os termos e condições expressamente previstos no Contrato Social.
g) Outorga de poderes/procuração: as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados, podendo constar do instrumento de mandato a sociedade a qual pertençam os mesmos.
h) Filial: o ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar. 
O § 5.° do art. 15 do EAOAB exige que todos os sócios tenham inscrição suplementar na filial da sociedade de advogados que se fixar em outro Conselho Seccional. 
Contudo, o Provimento 112/2006, em seu art. 7.º,§ l.º, não mencionou tal exigência, parecendo querer que somente o sócio que atue no Conselho Seccional da filial tenha a inscrição suplementar.
Para resolver tal divergência, o Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB alterou o § 1.°, do art. 7.°, do Provimento 112/2006, para reforçar a obrigação de todos os sócios terem que efetuar a inscrição suplementar para o ato de constituição de filial da sociedade.
Com a alteração, o § 1.° , do art. 7.°, do Provimento, passa a ter a seguinte redação: "§ 1.° O Contrato Social que previr a criação de filial, bem assim o instrumento de alteração contratual para essa finalidade, devem ser registrados também no Conselho Seccional da OAB em cujo território deva funcionar a filial, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar (§ 5.° do art. 15 da Lei 8.906/1994)".
i) Incompatibilidade temporária de sócio: o sócio que se licenciar temporariamente para exercício de atividade incompatível (art. 28 do EAOAB) deve promover a averbação no registro da sociedade. Não se exige a alteração da constituição social da sociedade se o licenciamento tem caráter temporário.
j) Incompatibilidade definitiva de sócio: se houver caso de incompatibilidade permanente/definitiva de algum sócio, há obrigatoriedade na alteração da composição societária, além da mudança da razão social, se o nome ou prenome do sócio incompatibilizado de forma definitiva ali constar.
k) Responsabilidade civil dos sócios: os advogados sócios e os associados respondem, em relação à sociedade, subsidiariamente e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício de atos privativos da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. 
Contudo, vale observar que o Provimento 112/2006 ajustou o texto original do EAOAB para definir que se os bens da sociedade não cobrirem as dívidas, responderão os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
O RGEAOAB, nos arts. 37 a 43 regulamenta a sociedade de advogados.
Ainda sobre o tema, o Conselho Federal editou o Provimento 112/2006.
Do Advogado Empregado
Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia.
Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
A Lei 9.527/1997, derrogou todo o Capítulo V do EAOAB, com relação aos advogados de entidades da Administração Pública direta ou indireta, assim dispondo: “Art. 4.º As disposições constantes do Capítulo V, Título I, da Lei 8.906, de 4 de julho de 1994, não se aplicam à Administração Pública direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como às autarquias, às fundações instituídas pelo Poder Público, às empresas públicas e às sociedades de economia mista“.
Portanto, as regras de aplicação ao advogado empregado não se aplicam ao advogado público (da administração pública direta, autarquias,

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