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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ALCOOL E DROGAS

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WBA0267_v1.0
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E 
USO DE ÁLCOOL E DROGAS 
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Fábio Eiji Sato
A disciplina Atenção Psicossocial e Uso de Álcool e Drogas tem 
como objetivo a capacitação de profissionais de saúde e equipes 
multidisciplinares que atuam ou tem interesse em compreender 
os fenômenos da dependência química, uma vez que se percebe 
o aumento significativo da prevalência desses transtornos 
na população brasileira e, ao mesmo tempo, a dificuldade de 
encontrar informações atualizadas e de qualidade.
Infelizmente, a dependência química ainda é permeada pelo 
preconceito, não somente pela população leiga, mas também 
pelos próprios profissionais da área. Assim, ainda hoje, podemos 
encontrar desatualizações e um viés puramente moral na forma 
como os profissionais de saúde olham para o dependente 
químico. Dessa forma, não é incomum encontrar dependentes 
insatisfeitos e pouco acolhidos nos serviços da rede de saúde 
mental.
Confiamos que, com os conteúdos desta disciplina, você irá 
adquirir condições de melhorar suas habilidades e técnicas 
necessárias ao atendimento do usuário de álcool e outras drogas, 
conseguindo exercer a empatia, o acolhimento e ofertando um 
tratamento de qualidade e baseados nas reais necessidades dessa 
população específica.
Bons estudos!
3
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Atenção Psicossocial na 
abordagem ao usuário de álcool e 
outras drogas 
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Fábio Eiji Sato
5
DIRETO AO PONTO
Atualmente, um dos grandes problemas de saúde pública no 
Brasil tem sido a dependência química, pois essa dependência 
não se restringe apenas às consequências que o uso acarreta 
na esfera biológica. Segundo Mendes (2017), como essa é uma 
doença complexa, ela se expande para outras esferas, como: 
culturais, sociais e psicológica, podendo levar o indivíduo a prática 
de violência e vulnerabilidades, como risco de morte. 
Como estamos diante de uma situação complexa, você perceberá 
que existem diversas estratégias para a oferta de tratamento 
da dependência química, contando com diversas abordagens 
terapêuticas. Nesse sentido, é essencial conhecer a história de 
vida da pessoa que está acometida com problemas decorrente do 
uso de drogas, a fim de que os profissionais possam entender a 
fundo as necessidades primordiais dos usuários e através do uso 
de ferramentas, como o aconselhamento individual, traçar um 
plano de atendimento singular (PAS), juntamente com o usuário, 
para que se torne algo possível de ser realizado e com metas 
de curto prazo. As metas de curto prazo poderão ser realizadas 
com sucesso e, assim, reforçar positivamente o usuário em seu 
processo de recuperação, bem como motivá-lo a continuar em 
manutenção de sua abstinência. 
Para contar com todas essas estratégias citadas, podemos realizar 
parcerias por meio das redes assistenciais, que são um conjunto 
de serviços, projetos, benefícios e programas que são prestados 
por meio de convênios com organizações sem fins lucrativos 
ou diretamente aos usuários. A parceria formada entre esses 
dispositivos facilita o acesso a informações sobre um usuário que 
integra vários equipamentos dessa rede. Essas informações são: 
6
Figura 1 - Histórico de Acesso à Rede e Presença de Doenças
Fonte: elaborada pelo autor.
Outro ponto importante na assistência ao usuário é observar 
seu contexto familiar, sendo um dos fatores mais importantes, 
pois poderemos observar que os padrões de comportamento 
aprendidos com os pais e as interações familiares podem 
influenciar nas atitudes dos filhos. Assim, podemos observar 
que o comportamento dos responsáveis ou cuidadores acabam 
servindo como espelho na conduta da pessoa. Por esse motivo, 
as pesquisas realizadas têm reforçado a ideia de que filhos de 
usuários podem apresentar maior risco de se tornar dependentes.
7
 Figura 2 – Simulação de uma rede assistencial
Fonte: denphumi/Istock.com.
Referências bibliográficas
MENDES, M. S. Dependência química e fortalecimento psicossocial 
pelas práticas esportivas. Estudos de psicologia, Natal, v. 22, n. 3, 
p. 285-292, set. 2017.
PARA SABER MAIS
É urgente que os profissionais de saúde, que trabalham 
diretamente com questões da dependência química, entendam 
que se tratando de cuidados aos usuários de álcool e outras 
drogas deve ser realizado em conjunto, com atores que vão desde 
o próprio usuário e sua família, até a ajuda profissional de uma 
equipe multiprofissional. 
8
Ao profissional que acompanha o usuário, não cabe apenas 
realizar o encaminhamento para um serviço da rede, ele deve 
também:
• Conhecer o serviço para o qual está encaminhando o usuário 
e prestar as informações que se fizerem pertinentes para a 
equipe local.
• Ficar à disposição para ajuda no caso, caso a equipe do local 
sinta necessidade. 
Um bom trabalho desenvolvido de forma integrada a rede de 
atenção psicossocial pode aumentar as chances de eficácia e 
sucesso no processo de recuperação de dependentes químicos, 
além de diminuir as chances de recaída.
TEORIA EM PRÁTICA
Você recebe em seu serviço um jovem de 20 anos, acompanhado 
pela tia, sua responsável desde criança, solicitando ajuda devido 
ao uso exagerado de maconha. Inicialmente, o jovem está junto 
da tia, mas fica nítido que o desejo de interrupção do uso parte 
da tia, porém o jovem está pouco motivado para um processo 
de recuperação. Ao fazer um breve levantamento, a tia relata 
que o jovem sempre foi de poucos amigos, tímido e que passa 
boa parte do dia atrás de uma quadra esportiva de uma escola 
próximo de casa, local onde faz o uso da maconha, geralmente 
sozinho. A tia relatou que o jovem sempre foi muito inteligente e 
sempre se interessou por música, mas que nunca participou de 
nenhum movimento voltado a essa área. Com esse breve relato e 
pensando no que aprendemos nesta disciplina, nesse caso, o que 
poderíamos fazer?
9
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
Resolução: O profissional que recebe esse caso deve acolher a 
angústia dessa tia e orientá-la em relação à dependência química, 
bem como encaminhá-la ao um serviço de apoio à família, 
como o Amor Exigente (AE.). Antes de qualquer julgamento ou 
“diagnóstico”, deve realizar uma avaliação com o jovem para 
verificar como se apresenta o uso de maconha, se realmente 
existe o uso e, em caso positivo, verificar se o uso se enquadra 
nos níveis de dependência e em qual nível ele está, para a partir 
disso pensar nas possibilidades de tratamento. Esse levantamento 
possibilitará um encaminhamento adequado do jovem para um 
serviço que atenda suas necessidades. A tia relatou também o 
interesse do jovem em música. Buscar por serviços da rede que 
ofereçam oficinais de música ou aulas gratuitas para apresentar 
ao jovem pode ser uma forma de prevenção a dependência.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este trabalho procurou compreender as necessidades da família 
que possui um usuário de substâncias psicoativas como membro 
(SPA). Para realizar a leitura, pesquise na internet a referência a 
seguir.
LIMA, D. W. C.; LEITE, A. C. Q. B.; VIEIRA, A. N.; LEITE, A. R.; LUIS, M. 
A. V.; AZEVEDO, L. D. S.; MELO, J. A. L. de. Necessidades de saúde 
Indicações de leitura
10
Lorem ipsum dolor sit amet
Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
de familiares de usuários de substâncias psicoativas. Revista 
Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 20, 2018.
Indicação 2
A dissertação de mestradoa seguir teve como objetivo elencar as 
percepções dos usuários de substâncias psicoativas de um cenário 
de uso do Rio de Janeiro, além de buscar compreender a visão dos 
profissionais do SUS sobre o que compreendiam como produção 
de cuidado em saúde naquele local. Para realizar a leitura, 
pesquise na internet a referência abaixo:
KRAML, I. B. Quando o SUS entra em cena: reflexões sobre 
a produção de cuidado em uma cena de uso. 2019. 159 f. 
Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)-Escola Nacional de 
Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de 
Janeiro, 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
11
1. Sabe-se que a dependência química tem se tornado um 
grande problema de saúde pública no Brasil (MENDES, 2017). 
Essa afirmação se dá devido: 
a. A dependência química não se restringir apenas às 
consequências que o uso acarreta na esfera biológica, mas 
por sua complexidade, que se expande às esferas culturais, 
sociais e psicológica, podendo levar o indivíduo a prática de 
violência e vulnerabilidades, como risco de morte.
b. A dependência química não se restringir apenas às 
consequências que o uso acarreta na esfera biológica, mas 
é unanimidade entre os profissionais e pesquisadores que 
essa esfera é a mais danificada e a que mais precisa de 
atenção.
c. Embora a dependência química não se restrinja apenas às 
consequências que o uso acarreta na esfera biológica, mas 
também às esferas culturais, sociais e psicológica, não se 
expandindo a severidade de colocar os usuários na prática 
de violência e vulnerabilidades.
d. A dependência química não se restringir apenas às 
consequências que o uso acarreta na esfera biológica, 
se expandindo às esferas culturais, sociais e psicológica, 
porém, como não apresenta complexidades, sua cura é 
rápida e pode ser alcançada apenas com atendimentos 
pontuais.
e. A dependência química ser um problema que atinge apenas 
as populações mais carentes, sendo que as consequências 
do uso são pouco pesquisadas e evidenciadas e o 
tratamento ocorre em hospitais gerais, como qualquer outro 
problema clínico. 
12
2. Entende-se que para aumentar a eficácia no tratamento 
e no processo de recuperação do usuário de drogas, 
a presença da família pode ser um fator protetivo 
e motivador. Por esse motivo, o profissional que 
acompanha o usuário em algum serviço da rede deve 
obrigatoriamente: 
a. Observar o contexto familiar, pois essa observação pode 
ser importante, mas não traz informações que auxiliem no 
tratamento, uma vez que os padrões de comportamento 
aprendidos com os pais e as interações familiares não 
podem, de forma alguma, influenciam nas atitudes dos 
filhos.
b. Observar apenas o contexto de trabalho do usuário, pois 
essa observação é um dos fatores mais importantes, uma 
vez que os padrões de comportamento aprendidos com os 
pais se repetem no ambiente de trabalho.
c. Não deve observar o contexto familiar, pois essa observação 
não se faz necessária, uma vez que os padrões de 
comportamento aprendidos com os pais estão presentes 
na vida adulta e, assim, podemos entender a família apenas 
observando o usuário.
d. Observar o contexto familiar, pois essa observação é um 
dos fatores mais importantes, uma vez que os padrões de 
comportamento aprendidos com os pais e as interações 
familiares podem influenciam nas atitudes dos filhos.
e. Observar o contexto familiar, pois essa observação é um 
dos fatores mais importantes, uma vez que ao perceber 
um ambiente saudável, o profissional deve aconselhar 
e encorajar a família e se afastar do usuário para não 
acarretar em mais problemas no núcleo familiar. 
13
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: A dependência química atinge as esferas da vida 
do usuário, causando restrição de repertório global, com 
complexidades que podem acarretar a morte. 
Questão 2 - Resposta D
Resolução: Entende-se que o comportamento dos pais ou 
cuidadores servem como exemplo na conduta da pessoa. 
Dessa forma, pesquisas têm mostrado que filhos de usuários 
podem apresentar maior risco de se tornar dependente. 
TEMA 2
Perfil dos Usuários de Álcool e 
outras Drogas 
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Fábio Eiji Sato
15
DIRETO AO PONTO
Ao abordarmos sobre álcool e outras drogas, nos referimos a um 
fenômeno complexo que abrange diversas esferas da vida de uma 
pessoa, como: biológica, psicológica, sociais, econômica e, alguns 
autores, se referem também a esfera espiritual. 
Com a junção dos fenômenos ligados aos fatores biológicos 
(bio), psicológicos (psico) e os sociais (social), surgiu o termo 
“biopsicossocial” para tentar expressar a junção dessas esferas. 
Devido a composição dessas esferas na complexidade da 
dependência química, não devemos tentar explicar a dependência 
química como algo que esteja ligado a um fator exclusivo, como 
a genética. A dependência química é multifatorial, ou seja, existe 
uma junção de fatores que se somam para que exista a síndrome 
da dependência química, dado consolidado na literatura. 
Nesse sentido, constatamos que o uso de drogas não é algo novo. 
Desde que se tem relatos da existência humana, temos notícias de 
relatos de que o ser humano se utiliza de elementos da natureza 
que podem alterar seu comportamento e suas atividades a nível 
mental, o que deixa evidente que esse comportamento é inerente 
ao ser humano. Contudo, quando existe uma pessoa em uso 
abusivo de algum tipo de droga, isso impacta negativamente na 
saúde pública do país. Além disso, a pessoa que faz uso abusivo 
ou já possui uma dependência instalada, não acomete apenas a si 
mesmo, como também sua família e toda a sociedade na qual vive 
(BRASIL, 2019).
A atuação da droga se dá no sistema mesolímbico-mesocortical, 
popularmente conhecido como sistema de recompensa, sendo 
composto pelas áreas tegmental ventral, nucleus accumbens, 
amígdala e córtex pré-frontal. A sua ação primordial é promover 
16
e estimular comportamentos responsáveis pela manutenção da 
espécie humana. O uso de substâncias psicoativas é capaz de 
produzir um aumento de centenas de vezes da atividade basal 
do sistema mesolímbico-mesocortical. De acordo com Laranjeira 
(2012), as substâncias psicoativas corrompem os mecanismos 
fisiológicos do cérebro, gerando um prazer puramente 
químico. Além disso, outros circuitos de neurônios também são 
desregulados pelo uso de substâncias e apresentam prejuízos e 
danos que podem ser reversíveis, porém com um período longo e 
prolongado de tempo para sua reestruturação. 
Conforme o usuário aumenta a quantidade e intensidade do uso 
de drogas ou álcool, diminuindo o espaçamento de tempo entre 
as doses, o cérebro vai gerando o que chamamos de tolerância. 
A tolerância é responsável pelo aumento da quantidade de 
substância consumida pelo usuário para se obter o mesmo prazer 
que conseguia anteriormente com pequenas doses. Uma vez 
gerado tolerância, após a retirada da substância, o indivíduo pode 
sofrer com a síndrome de abstinência, que são sinais e sintomas 
negativos devido a retirada abrupta da droga. A manutenção do 
uso, mesmo com a presença de todas as consequências adversas, 
pode ocorrer livrar a pessoa da síndrome de abstinência. 
Os estudos dirigidos por Trevisan e Castro (2019) verificaram que 
há maior prevalência em usuários do sexo masculino (80,5%), 
entre 41 e 60 anos (45,8%) e sem companheiro (55,2%). Em sua 
grande maioria com baixa escolaridade, ensino fundamental 
incompleto (38,4%) e grande índice de desempregados (34,7%).As comorbidades mais comuns entre os usuários de substâncias 
são: transtornos de ansiedade/transtorno de ansiedade 
generalizada, transtorno de pânico e transtorno de estresse 
pós-traumático; depressão e transtorno bipolar, transtornos 
do spetrum psicótico, transtorno de personalidade borderline, 
17
transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e 
transtorno de personalidade antissocial. Os esquizofrênicos, por 
sua vez, apresentam índices maiores de uso de tabaco e maconha 
(OLSSON; FRIDELL, 2015; LE FOLL et al., 2015).
Figura 1 – Exemplos de apresentações das drogas
Crédito: bortonia/iStock.com.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Cidadania. Secretaria Nacional 
de Cuidados e Prevenção às Drogas. Curso CoMPaCTa: 
Capacitação de Monitores e Profissionais das Comunidades 
Terapêuticas. Florianópolis: labSEAD, 2019.
18
LARANJEIRA, R. Bases do Tratamento de dependência de crack. 
In: LARANJEIRA, R.; RIBEIRO, M. O Tratamento do usuário de 
crack. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
LE FOLL; B.; ENOCH, N. G.; DI CIANO, P.; TRIGO, J. M. 
Psychiatric disorders as vulnerability factors for nicotine 
addiction: what have we learned from animal models? The 
Neuropharmacology of Nicotine Dependence, [s.l.], v. 24, p. 
155-70, 1 fev. 2015.
TREVISAN, E. R; CASTRO, S de S. Centros de Atenção Psicossocial 
- álcool e drogas: perfil dos usuários. Saúde em Debate, Rio de 
Janeiro, v. 43, n. 121, p. 450-463, abr. 2019. 
OLSSON, T. M.; FRIDELL, M. Women with comorbid substance 
dependence and psychiatric disorders in Sweden: a longitudinal 
study of hospital care utilization and costs. BMC Health 
Services Research, Berlin, v. 15, n. 224, 6 jun. 2015. 
PARA SABER MAIS
Podemos perceber cada vez, e a literatura tem comprovado, 
que para se pensar em estratégias eficazes de tratamento para 
usuários de álcool e outras drogas, os profissionais que atuam 
com essa demanda devem se capacitar e permanecer atentos 
as atualizações importantes da área. 
O transtorno por uso de substâncias é complexo e requer 
especificidades, que não podem, de maneira alguma, ser 
tratadas em qualquer ambiente de tratamento. É necessário 
que o ambiente de tratamento que irá receber a demanda da 
dependência química seja especializado e com profissionais 
devidamente capacitados, que entendam da demanda e das 
19
complicações que o uso de drogas pode trazer, bem como os 
riscos associados, para que seja realizada uma boa avaliação e, 
consequentemente, um bom encaminhamento do caso. 
Desse modo, acompanhar o usuário não significa apenas 
realizar o encaminhamento para um serviço da rede, ele deve 
conhecer o serviço para o qual está encaminhando o usuário, 
verificar se os profissionais possuem especialização para 
lidar com a demanda da dependência química e prestar as 
informações que se fizerem pertinentes para a equipe local 
relacionadas ao usuário. Além de ficar à disposição para ajuda 
no caso, caso a equipe do local sinta necessidade.
Referências bibliográficas
CAMINHA, A. C. Introdução à proteção dos sistemas elétricos. 
16. reimp. São Paulo, SP: Editora Blucher, 2019.
LEÃO, F.B.; R.S.MANTOVANI, J. Proteção de sistemas de 
potência. Ilha Solteira, SP: Universidade Estadual Paulista Julio 
de Mesquita Filho, 2018.
MAMEDE FILHO, J.; MAMEDE, D. R. Proteção de sistemas 
elétricos de potência. Rio de Janeiro, RJ, LTC, 2017.
TEORIA EM PRÁTICA
Um home, de aproximadamente 58 anos, chega até o ambiente 
de tratamento onde você é o profissional técnico de referência. 
Ele está com tremores severos de extremidades, relatando 
muita dor de cabeça e com forte odor etílico. No momento, 
está com poucas condições de diálogo, pois apresenta-
20
se com importante agitação psicomotora. O paciente está 
acompanhado por sua filha, que relata que o pai já teve 
internações por causa da bebida e que teve diagnóstico 
de esquizofrenia. Você percebe sinais e sintomas floridos, 
característicos da esquizofrenia. Assim, você tranquiliza a 
filha e realiza os manejos necessários para aquele momento. 
Agora, com o paciente estabilizado, ele irá continuar com 
acompanhamento em seu ambiente de tratamento. Porém, 
surge uma dúvida: nesses casos, o que você, aluno, pensa 
ser o mais adequado, uma vez que estamos falando de uma 
comorbidade psiquiátrica, tratamos inicialmente a dependência 
do álcool e depois a esquizofrenia? Tratamos primeiramente 
da esquizofrenia e depois da dependência do álcool? Ou os 
dois transtornos concomitantemente? Saberia explicar por qual 
motivo?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
Resolução: Sempre que falamos em comorbidade 
psiquiátrica, o ideal é que ambas as doenças sejam tratadas 
concomitantemente. No caso específico, o homem de 58 anos 
apresentava uso de álcool e esquizofrenia. Tratar apenas o 
uso do álcool, e deixar a esquizofrenia em segundo plano, 
pode fazer com que o quadro da esquizofrenia se agrave, 
acarretando no uso do álcool como possível “automedicação”. 
Mas o contrário também pode ocorrer, se tratarmos apenas a 
esquizofrenia e deixarmos o álcool para segundo plano, isso 
pode fazer com que o uso do álcool se agrave, piorando o curso 
da esquizofrenia.
21
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
O artigo trata de uma análise do perfil sociodemográfico, histórico 
de doenças e a prevalência de comorbidades em usuários de 
drogas acompanhados em um modelo de tratamento específico: 
Comunidade Terapêutica. Para realizar a leitura, pesquise o artigo 
a seguir na internet.
DANIELI, R. V.; FERREIRA, M. B. M.; NOGUEIRA, J. M.; OLIVEIRA, 
L. N. de C.; CRUZ, E. M. T. N. da; ARAÚJO FILHO, G. M. de. Perfil 
sociodemográfico e comorbidades psiquiátricas em dependentes 
químicos acompanhados em comunidades terapêuticas. Jornal 
Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 66, n. 3, p. 139-149, 
set. 2017.
Indicação 2
Este artigo alisa o uso contínuo de maconha (Cannabis Sativa) e o 
desenvolvimento de transtornos mentais em usuários de drogas. 
Para realizar a leitura, pesquise o artigo a seguir na internet.
HENRIQUES, A. L. da C. R.; AMORIM, D. S.; CARDOSO, D. V.; MELLO, 
L. V. de; DAMASCENO, M. R. Relação do uso da Cannabis com o 
desenvolvimento de transtornos mentais: revisão bibliográfica. In: 
SEMINÁRIO CIENTÍFICO DO UNIFACIG, 5., 2019. Anais... Manhuaçu: 
UNIFACIG, 2019.
Indicações de leitura
22
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. O sistema mesolímbico-mesocortical, popularmente conhecido 
como sistema de recompensa, é composto pelas áreas 
tegmental ventral, nucleus accumbens, amígdala e córtex pré-
frontal (LARANJEIRA, 2012). Qual é a função primordial desse 
sistema? 
a. Formar uma camada cerebral protetora para que a pessoa 
não desenvolva uma dependência química.
b. Inibir comportamentos responsáveis pelo desenvolvimento 
da dependência química.
c. Promover e estimular comportamentos responsáveis pela 
manutenção da espécie humana.
d. Selecionar os circuitos neuronais dos comportamentos 
responsáveis pela manutenção da espécie humana, e 
destruir os que promovem mal-estar mental.
e. Promover e estimular, exclusivamente, o aumento da 
dopamina. 
23
2. O estudo realizado por Trevisan e Castro (2019) verificou 
que há maior prevalência em usuários do sexo masculino 
(80,5%), entre 41 e 60 anos (45,8%) e sem companheiro(a) 
(55,2%). Em geral, segundo esse estudo, qual é a 
escolaridade e posição que essas pessoas ocupam no 
mercado de trabalho? 
a. Em sua grande maioria possuem ensino fundamental 
completo(42,4%) e, em sua totalidade, estão empregados.
b. Em sua grande maioria possuem ensino fundamental 
incompleto (38,4%) e 34,7% estão desempregados.
c. Em sua grande maioria possuem ensino superior 
incompleto (38,4%) e 34,7% estão desempregados.
d. Em sua grande maioria possuem ensino médio incompleto 
(38,4%) e 34,7% estão desempregados.
e. Em sua grande maioria, os usuários nunca frequentaram a 
escola e apenas 38,4% estão empregados. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: O sistema de recompensa cerebral tem como 
função a manutenção da espécie. Toda vez que uma pessoa 
estiver realizando uma atividade em prol da manutenção de 
sua espécie, como comer, realizar exercício, estudar etc., o 
sistema de recompensa estará em ação.
Questão 2 - Resposta B
Resolução: O estudo de Trevisan e Castro (2019) apresenta 
uma taxa de baixa escolaridade e alto índice de desemprego 
entre os usuários de álcool e outras drogas. 
TEMA 3
Políticas Públicas na Atenção 
aos Usuários de Álcool e outras 
Drogas
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Fabio Eiji Sato
25
DIRETO AO PONTO
Neste módulo estudaremos sobre as Políticas Públicas e as drogas 
no Brasil. As Políticas Públicas, por sua vez, nada mais são que um 
conjunto de estratégias que podem ser pensadas e desenvolvidas 
pelo Estado, nos níveis: municipal, estadual e federal.
Todo grupo populacional específico na sociedade carece de 
políticas públicas específicas, que alcancem as necessidades do 
grupo e tentem solucionar os problemas emergentes. As políticas 
públicas sobre as drogas têm a função de direcionar, por meio de 
suas diretrizes, todo o país.
Você sabe quem participa da criação das políticas públicas sobre 
drogas no país? Os debates acontecem entre diferentes setores, 
os quais nem sempre pactuam de interesses em comum. Esses 
setores são:
• Sociedade civil.
• O poder do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário).
• Indústrias das drogas, como tabaco e bebidas alcoólicas.
• Universidades com dados científicos.
• Mídia. 
Vale lembrar que nem em todos os locais as políticas públicas 
ditam as mesmas diretrizes, ou seja, elas podem sofrer alterações 
dependendo do município, estado, país ou cultura. Assim, vale 
lembrar que as políticas públicas não podem ser engessadas, 
pois elas devem ser revistas ao longo dos tempos, conforme as 
necessidades emergentes dos usuários, sofrendo as alterações 
necessárias. 
26
Desse modo, as mudanças na legislação do tabaco podem ilustrar 
essas legislações. Há trinta anos, era possível ver inúmeras 
propagandas relacionadas ao tabaco. Além disso, seu uso era 
permitido nos locais coletivos, porém, após muita discussão dos 
setores e colaboração da área acadêmica com seus estudos e 
pesquisas, atualmente, com as mudanças das políticas públicas 
em relação ao tabaco, a propaganda e os locais para uso foram 
restritos. A seguir, vamos decorrer pela história das políticas 
públicas sobre drogas no Brasil, entre os anos de 1973 e 2019 
(BRASIL, 2019).
Figura 1 – Simulação de uma assembleia para discussão das 
políticas públicas relacionadas ao usuário de álcool e outras 
drogas, no Brasil
Fonte: Irina Griskova/iStock.com.
O objetivo deste material é conscientizá-lo em relação às políticas 
públicas sobre drogas no Brasil. Para que, a partir disso, você 
possa tomar consciência dos direitos previstos para os usuários 
de álcool e outras drogas e, durante os atendimentos nos serviços, 
27
trazer a luz, também, para o usuário os seus direitos assistenciais, 
para que possam ser atendidos de forma humanizada. Assim, é 
função do profissional de saúde, que trabalha com a demanda 
de álcool e outras drogas, garantir a diminuição do estigma sobre 
os usuários, percebendo-os como pessoas que estão acometidas 
por um transtorno psiquiátrico e que precisam de cuidados 
especializados.
Referências bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Decreto n. 9.761, de 11 de abril 
de 2019. Aprova a Política Nacional sobre Drogas. Diário Oficial 
da União, Brasília, seção 1, extra – A, p. 7, 11 abr. 2019.
PARA SABER MAIS
O profissional, que trabalha com a demanda da dependência 
química, precisa se atualizar a cada dia e estar por dentro das 
legislações que ditam as diretrizes de funcionamento das ações 
relacionadas ao usuário de álcool e outras drogas no Brasil. Desse 
modo, conhecer a história e a evolução das políticas públicas 
sobre drogas no Brasil é indispensável. 
Assim, por meio das políticas públicas podemos conhecer as 
diretrizes que norteiam as ações do governo para redução da 
oferta e da demanda de drogas no país. Vale lembrar, que o 
objeto da presente aula não é esgotar toda a rede normativa 
relacionada às políticas públicas sobre drogas no Brasil, mas 
apresentar a evolução de forma sucinta, bem como as legislações 
vigentes.
28
Hoje, no Brasil, existe uma dicotomia de pensamento. Alguns 
profissionais, se baseiam no viés da redução de danos e outros no 
viés da abstinência total, para estruturar a oferta do tratamento, 
porém, seja qual for o norte do profissional, ele não poderá deixar 
de alicerçar-se nas políticas públicas relacionadas ao usuário de 
álcool e outras drogas que esteja vigente.
TEORIA EM PRÁTICA
Você recebe em seu serviço um jovem de 30 anos, com relato de 
ser usuário crônico de crack. Nesse contexto, o rapaz aparenta 
estar emagrecido, ofegante, com asseio prejudicado, vestes e 
aparência desleixadas, que sugerem ser de morador de rua. Ele 
não apresenta alterações da sensopercepção, porém, em alguns 
momentos, mostra-se ambivalente. Em seu acolhimento, o 
indivíduo pede para que seja realizada uma internação para que 
ele possa se tratar da dependência química. Nesse sentido, ele 
menciona que já teve diversas tentativas por si só e em ambientes 
em meio aberto, como o CAPS AD, mas sem sucesso. Além disso, 
ele informou que no serviço anterior pediu para ir para uma 
Comunidade Terapêutica, mas que essa possibilidade lhe foi 
vedada, uma vez que a profissional que o atendeu não acreditava 
nesse serviço e disse que usuário que era um local ilegal e sem 
qualidade. Com todas essas informações, após o acolhimento e, 
baseando-se nas políticas públicas sobre as drogas, qual deveria 
ser a postura do profissional e qual o melhor encaminhamento a 
ser realizado?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
29
Resolução: A postura do profissional deve ser sempre neutra 
e baseada na real necessidade do paciente naquele momento. 
Desse modo, não acreditar em um serviço não nos dá direito, 
enquanto profissional, de falar sem embasamento. Hoje em dia, 
as Comunidades Terapêuticas (C.T.) são consideradas ambientes 
de tratamento especializados no tratamento de usuários de 
álcool e outras drogas, inclusive, elas recebem verba do Governo 
Estadual e Federal, além de frequentes fiscalizações. O paciente 
mostra-se ambivalente, mas está com o desejo de tentar realizar 
um tratamento em uma C.T. Desse modo, o profissional deve fazer 
contato com a C.T. de sua cidade e realizar o encaminhamento 
do paciente, bem como acompanhar o caso para certificar-se que 
conseguiu seu acolhimento institucional, e, caso apresente alguma 
dificuldade nesse processo, cabe ao profissional auxiliá-lo.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este trabalho apresenta uma sistematização sobre as experiências 
de atenção à saúde dos usuários, com uso prejudicial de álcool e 
outras drogas, tendo como base as diretrizes da redução de danos 
em nosso país, como também no mundo. Para realizar a leitura, 
busque pelo título da obra na internet:
GOMES, T. B.; VECCHIA, M. D. Estratégias de redução de danos 
no uso prejudicial de álcool e outras drogas: revisão de literatura. 
Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, p. 2327-2338, 
jul. 2018.
Indicações de leitura
30
Indicação 2
Na estratégia deRedução de Danos, contamos com o 
profissional denominado: redutor de danos. A seguir, você 
poderá compreender as ações que são desenvolvidas por esses 
profissionais no cuidado aos usuários de drogas. Para realizar a 
leitura, busque pelo título da obra na internet:
TISOTT, Z. L.; GOMES TERRA, M.; SIEPMANN SOCCOL, K. L.; NASI, 
C.; SCHNEIDER, J. F.; FREITAG, V. L.; LIMA TORRES, M. E. de. Ações 
de cuidado de redutores de danos às pessoas usuárias de drogas: 
estudo fenomenológico. South American Journal of Basic 
Education, Technical and Technological, Rio Branco, v. 6, n. 2, p. 
461-473, 2020.
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Na criação das políticas públicas sobre drogas, diferentes 
setores participam dos debates, os quais nem sempre 
pactuam dos mesmos interesses em comum (BRASIL, 2019). 
Quais são esses setores?
31
a. Indústrias das drogas, como tabaco e bebidas alcoólicas.
b. Sociedade civil; O poder do Estado (Legislativo, Executivo e 
Judiciário); Universidades com dados científicos e a Mídia, 
sendo proibida a participação da Indústrias das drogas, 
como tabaco e bebidas alcoólicas.
c. Sociedade civil e o poder do Estado (Legislativo, Executivo e 
Judiciário), apenas.
d. Sociedade civil, apenas.
e. Sociedade civil; O poder do Estado (Legislativo, Executivo 
e Judiciário); Indústrias das drogas como tabaco e bebidas 
alcoólicas; Universidades com dados científicos e Mídia. 
2. As mudanças nas legislações para o uso de tabaco, bem 
como a vinculação de sua propaganda, ocorreram há 
quantos anos? 
a. Há 21 anos.
b. Há 30 anos.
c. Recentemente, há 1 ano.
d. Há 58 anos. 
e. Há 12 anos. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta E
Resolução: Na criação das políticas públicas sobre drogas, 
os setores: Sociedade civil; O poder do Estado (Legislativo, 
Executivo e Judiciário); Universidades com dados científicos 
e Mídia participam dos debates, incluindo as Indústrias das 
drogas, como tabaco e bebidas alcoólicas.
32
Questão 2 - Resposta B
Resolução: As mudanças na legislação para o uso do cigarro, 
bem como a vinculação de sua propaganda, ocorreram há 
trinta anos. 
TEMA 4
Ambientes de Tratamento 
Específicos para Usuários de 
Álcool e Outras Drogas 
______________________________________________________________
Autoria: Rogério Adriano Bosso
Leitura crítica: Fábio Eiji Sato
34
DIRETO AO PONTO
Todos os ambientes de tratamento para o usuário de álcool e 
outras drogas deve contar com uma organização interna própria, 
que resulta no enquadre terapêutico, ou seja, na oferta das 
estratégias de tratamento e atividades que estarão disponíveis 
naquele ambiente, bem como a estrutura do tratamento (teórico-
prático, profissional e institucional). 
Ao nos depararmos com diferentes ambientes de tratamento, nos 
encontramos com modalidades diferentes para o atendimento 
de usuários de álcool e outras drogas. Porém, nem todos esses 
ambientes estão aptos a receber todos os usuários. Isso não é 
possível, devido aos diferentes perfis de usuários, sendo que 
cada perfil possui suas complexidades devido ao estágio do 
desenvolvimento da dependência em que se encontra. 
Nesse sentido, cada usuário se identificará mais com um modelo 
de tratamento do que com outro, e isso não significa que os 
modelos devem ser classificados entre melhores ou piores, pois 
são apenas diferentes. Assim, cada ambiente possui seus pontos 
fortes, mas também possui suas fraquezas.
Logo, os profissionais que estão inseridos nesses ambientes 
precisam avaliar esses pontos, propor estratégias para a melhoria 
das fraquezas presentes e fortalecer a cada dia os que estão se 
manifestando de forma positiva.
Os locais que já conseguiram comprovar seus resultados quanto 
a proposta de tratamento e o sucesso de recuperação de 
usuários, de forma científica, devem estar no escopo de escolha 
dos profissionais que trabalham com essa demanda, quando 
se trata de encaminhamentos de usuários para tratamento. No 
35
Brasil, temos os principais ambientes de tratamento disponíveis, 
conforme a Figura 1:
Figura 1 - Ambientes de tratamento 
Fonte: elaborada pelo autor. 
O profissional que acompanha o usuário, ao realizar o 
encaminhamento para um serviço da rede, deve conhecer o 
serviço para o qual está encaminhando e prestar as informações 
coletadas dos usuários sobre seu histórico anterior de uso e 
problemas relacionados à saúde para a equipe local, além de ficar 
sua disposição para ajudar na contribuição do caso.
Referências bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Decreto n. 9.761, de 11 de abril 
de 2019. Aprova a Política Nacional sobre Drogas. Diário Oficial 
da União, Brasília, seção 1, extra – A, p. 7, 11 abr. 2019.
36
PARA SABER MAIS
Para os profissionais de saúde que atuam diretamente com 
questões da dependência química é essencial saber que essa 
população específica demandará tratamento, nesse sentido, a 
equipe deve ser composta por profissionais especializados. Onde 
podemos encontrar esses locais que contam com o auxílio desses 
profissionais? 
Para isso, é necessário conhecermos os ambientes de tratamento, 
porém, não somente na teorias, mas também, sempre que 
possível, o profissional que atua com essa demanda deve realizar 
visitas aos locais para conhecer na prática, tanto as ofertas de 
atividades que compõem o serviço como a equipe, possibilitando, 
a formação de rede, extremamente necessária ao se pensar 
em eficácia de tratamento, pois com a junção das atividades 
disponíveis nos diferentes ambientes de tratamento, aumenta-se 
a eficácia e possibilidade do usuário manter-se em abstinência. 
O usuário atendido em suas necessidades e por profissionais 
competentes e especializados na área, pode ter maior chances 
de sucesso em seu processo de recuperação e manutenção da 
abstinência.
TEORIA EM PRÁTICA 
Você é o técnico de referência de um serviço básico de saúde, 
porém você possui especialização em dependência química e sua 
equipe te aciona para auxiliar em dois casos que se encontram 
na recepção: uma mãe acompanhada de seu filho usuário de 
maconha, que está pedindo ajuda para romper com o seu 
37
uso e o relato da mesma mãe de um segundo filho, usuário 
de crack severo, que estava sumido de casa e hoje apareceu 
todo machucado, emagrecido, não falando coisa com coisa e 
apresentando forte fissura. A mãe precisa ser orientada para 
que possa prosseguir com a ajuda aos filhos de forma eficiente, 
uma vez que nenhum dos filhos nunca aceitou tratamento, e no 
momento atual, o filho usuário de maconha está aceitando ajuda 
e ela precisará saber o que fazer com o filho usuário de crack que 
não aceita ajuda. Nesse cenário, você, como técnico de referência, 
faria quais orientações para essa mãe? E para a própria mãe, você 
realizaria algum encaminhamento? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
Resolução: Enquanto profissional técnico de referência e 
especialista em dependência química, você, nesse caso, teria 
as seguintes ações: 1) orientar a equipe e trabalhar para que 
não exista uma estigmatização desses casos, auxiliando na 
compreensão da dependência química como um transtorno; 2) 
fazer contato com o CAPS AD para informar sobre os caso, realizar 
o encaminhamento e orientar a mãe sobre as ações que serão 
tomadas e acompanhar o desenrolar do caso; 3) encaminhar a 
mãe para uma rede de apoio ao familiar, como o Amor Exigente 
(A.E.), Pastoral da Sobriedade etc.
38
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este trabalho apresenta como objetivoa compreensão dos gatilhos 
causadores de recaída no processo de manutenção da abstinência 
de dependentes químicos. A preocupação dos autores é devida a 
dependência química ser um grande um problema de saúde pública 
no Brasil. Desse modo, compreendendo os gatilhos e trabalhando na 
prevenção, diminui-se a necessidade de encaminhamentos a serviços 
de urgência e emergência, como nos casos de intoxicação. Para 
realizar a leitura, busque na internet o título a seguir:
BATTAGLINI, L. F. E.; BOSSO, R. A. Gatilhos no processo de recaída de 
dependentes químicos na tentativa de manutenção da abstinência. 
Repositório Institucional Banco de Produção Acadêmica e 
Intelectual, Campinas, 2020. 
Indicação 2
O artigo a seguir realiza um levantamento do perfil do usuário 
que álcool e outras drogas que utiliza o serviço do CAPS AD. Essa 
leitura é importante, pois o ajudará a ter uma ideia da prevalência 
dos perfis. Para realizar a leitura, busque na internet o título a 
seguir:
TREVISAN, E. R.; CASTRO, S. de S. Centros de Atenção Psicossocial 
- álcool e drogas: perfil dos usuários. Saúde em Debate, Rio de 
Janeiro, v. 43, n. 121, p. 450-463, abr. 2019.
Indicações de leitura
39
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Ao falarmos em ambientes de tratamento, não falamos apenas 
em uma modalidade (BRASIL, 2019). Em relação às diferentes 
modalidades, é correto afirmar que: 
a. Todos os ambientes de tratamento possuem atribuições 
definidas e comungam de todas as atividades em comum.
b. Os ambientes de tratamento são bem rígidos quanto 
a oferta de suas atividades. Desse modo, existe uma 
comunicação maciça em rede para planejarem as mesmas 
atividades, uma vez que falamos da mesma demanda: 
usuários de álcool e outras drogas.
c. Os ambientes de tratamento são flexíveis, porém, mesmo 
assim, existe uma comunicação maciça em rede para 
planejarem as mesmas atividades, uma vez que falamos da 
mesma demanda: usuários de álcool e outras drogas.
d. Cada ambiente de tratamento possui suas atribuições 
definidas e diferenciadas umas das outras, pois cada 
ambiente possui sua particularidade.
40
e. Nem todos os ambientes de tratamento possuem 
atribuições definidas e comungam de atividades em comum. 
2. Os ambientes de tratamento possuem seus pontos fortes, 
mas também possuem pontos a serem melhorados. 
Dessa forma, entende-se que nem todos os usuários se 
beneficiarão do mesmo ambiente de tratamento. Essa 
afirmação pode ser justificada pela seguinte afirmação: 
a. Os usuários de álcool e outras drogas nunca desejam 
tratamento, por esse motivo, eles devem ser encaminhados 
para diferentes ambientes, até que se identifiquem em 
algum.
b. Uma vez que a dependência química não tem cura, 
não existe tratamento adequado e os serviços estão 
experimentando estratégias para alcançar os diferentes 
perfis.
c. Usuários de álcool e outras drogas, em sua totalidade, são 
ambivalentes e com baixa motivação para o tratamento.
d. O governo quer investir em pesquisas para compreensão de 
qual modalidade de tratamento é a melhor, por esse motivo, 
criou vários ambientes para a efetivação da pesquisa. 
e. Os dependentes químicos passam por diferentes estágios 
durante seu processo de se tornar dependentes, além disso, 
eles possuem perfis diferentes ao longo desse processo. 
Dessa forma, nem todos os usuários se beneficiarão dos 
mesmos ambientes, pois precisarão de atividades e ofertas 
específicas para cada estágio em que se encontram. 
41
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Ao falarmos em ambientes de tratamento, 
não falamos apenas em uma modalidade, pois cada 
ambiente de tratamento possui suas atribuições definidas e 
diferenciadas umas das outras, assim, cada uma possui uma 
particularidade.
Questão 2 - Resposta E
Resolução: Os ambientes de tratamento possuem seus 
pontos fortes, mas também possuem pontos a serem 
melhorados. Dessa forma, entende-se que nem todos os 
usuários se beneficiarão do mesmo ambiente de tratamento, 
pois os dependentes químicos passam por diferentes 
estágios durante seu processo de tornar-se dependente e 
possuem perfis diferentes ao longo desse processo. Dessa 
forma, nem todos os usuários se beneficiarão dos mesmos 
ambientes, pois precisarão de atividades e ofertas específicas 
para cada estágio em que se encontram. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	Botão TEMA 5: 
	TEMA 2: 
	Botão 158: 
	Botão TEMA4: 
	Inicio 2: 
	Botão TEMA 6: 
	TEMA 3: 
	Botão 159: 
	Botão TEMA5: 
	Inicio 3: 
	Botão TEMA 7: 
	TEMA 4: 
	Botão 160: 
	Botão TEMA6: 
	Inicio 4: 
	Botão TEMA 8: 
	TEMA 5: 
	Botão 161: 
	Botão TEMA7: 
	Inicio 5:

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