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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP N° 15 Data: 11/05/2012 Revisão N° 3 Data: 05/01/2021 Título: Sondagem Orogástrica e Nasogástrica em Recém-Nascidos Área de Aplicação: Unidade Neonatal Responsáveis Nome Cargo Elaboração Danielle Lemos Querido Chefe da Unidade Neonatal Revisão Viviane Saraiva de Almeida Isabela Dias Ferreira de Melo Priscilla dos Santos Vigo Assessoria de Planejamento, Supervisão e Cuidado Coordenadora da Unidade Neonatal Aprovação Ana Paula Vieira dos Santos Esteves Direção de Enfermagem 1. EXECUTANTE 1.1 Compete ao Enfermeiro definir o calibre da sonda, realizar a introdução através da cavidade nasal ou oral até o estômago e proceder aos testes para confirmação do trajeto da sonda. Além de manter-se atualizado e promover treinamento para os técnicos de enfermagem, observada a sua competência legal. 1.2 Compete ao Auxiliar de Enfermagem e/ou Técnico de Enfermagem auxiliar o enfermeiro na execução da sondagem, comunicar qualquer intercorrência relacionada ao procedimento, ajustar/ zelar pela fixação, e participar das atualizações. 2. RESULTADOS ESPERADOS 2.1 Promover uma via segura para administração de alimentos e/ou medicações. 2.2 Controlar a aceitação e absorção da dieta. 2.3 Drenar conteúdo gástrico. 2.4 Descomprimir o estômago. 3. MATERIAL NECESSÁRIO 3.1 Sonda gástrica de tamanho apropriado (do nº. 4 ao 10) conforme indicação. 3.2 Cordão ou fio de algodão para fixação. 3.3 Seringas de 5 ml. 3.4 Luva de procedimento. 3.5 Ampola de água destilada. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 3.6 Estetoscópio. 3.7 Adesivo microporoso e/ou hidrocolóide e esparadrapo previamente cortados. 3.8 Cuba rim ou bandeja. 3.9 Saco coletor (conforme indicação). 4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 4.1 Confirmar o procedimento a ser realizado e o paciente através da pulseira de identificação do paciente. 4.2 Explicar previamente o procedimento aos pais, sempre que presentes. 4.3 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos). 4.4 Reunir todo material na bandeja ou cuba rim (ver figura 1). 4.5 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos). 4.6 Calçar luvas de procedimento. 4.7 Posicionar o RN em decúbito dorsal com pescoço semi flexionado. Para promover a tranquilidade e conforto do RN é necessário: aquecer as mãos antes do contato com o RN, promover o enrolamento no cueiro, oferecer sucção não-nutritiva e glicose 25% 2 minutos antes do procedimento (ver Protocolo de Manejo não farmacológico da dor neonatal). 4.8 Mensurar a sonda: da ponta do nariz até parte final do lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide (ver figura 2), em caso de sonda nasogástrica; e da comissura labial até parte final do lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide (ver figura 3), em caso de sonda orogástrica. 4.9 Realizar a marcação da sonda com esparadrapo no local previamente mensurado (ver figura 4). 4.10 Amarrar o cordão de algodão sobre a marcação de forma centralizada (ver figura 5). 4.11 Introduzir a sonda delicadamente (lubrificar com água destilada anteriormente) pela cavidade oral ou nasal até a marcação previamente estabelecida (ver figura 6). 4.12 Aspirar através da sonda utilizando uma seringa de 5ml observando a presença de resíduo gástrico. Caso haja, registrar aspecto e volume e desprezar (ver figura 7). 4.13 Injetar 1ml de ar através de movimento único, auscultando simultaneamente com estetoscópio sobre região epigástrica para confirmar o posicionamento da sonda no estômago (ver figura 8). 4.14 Aspirar o ar injetado e fechar a sonda. 4.15 Fixar o cordão sobre o adesivo microporoso ou hidrocolóide com o auxílio do esparadrapo ou adesivo microporoso cortado previamente (ver figura 9). 4.16 Quanto à fixação: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 4.16.1 Para sondas orogástricas a fixação deverá ser realizada na região da articulação da mandíbula (zigomática), amarrando-se o cordão de algodão sobre a marcação de forma centralizada (ver figura 10) e fixando-o sobre o adesivo microporoso ou hidrocolóide previamente localizados nesta região. No caso de recém-nascidos intubados a fixação deverá ser feita através de “bigode” (com linha) aderido sobre a fixação do tubo orotraqueal (ver figura 11). 4.16.2 Para sondas nasogástricas a fixação deverá ser realizada sobre o osso nasal amarrando-se o cordão de algodão sobre a marcação de forma centralizada e fixando-o sobre o adesivo microporoso ou hidrocolóide previamente localizados nesta região (ver figura 12). 4.17 Manter a sonda aberta ou fechada conforme a indicação do procedimento. 4.18 Colocar a data e o responsável pela instalação na sonda (ver figura 13). 4.19 Posicionar o paciente confortavelmente. 4.20 Recolher todo o material utilizado. 4.21 Retirar as luvas de procedimento. 4.22 Higienizar as mãos (ver POP de Higienização das mãos). 4.23 Registrar o procedimento. 5. CUIDADOS 5.1 A sondagem oro/nasogástrica é um procedimento invasivo e que envolve riscos ao paciente. Sua instalação exige técnica uniformizada, para diminuir ou abolir consequências decorrentes do procedimento. A sondagem oro/nasogástrica está sujeita a graves complicações, determinando sequelas ou mesmo óbito especialmente em UTIN. 5.2 As complicações que podem estar associadas a erros na sua introdução são: as lesões nasais e orofaríngeas, estenose e perfuração do esôfago, pneumotórax, inserção em brônquios possibilitando pneumonia aspirativa e infecção bronco pulmonar. 5.3 O procedimento de sondagem oro/nasogástrica, seja qual for sua finalidade, requer cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica, conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a sua inserção é privativa do Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico ao procedimento. 5.4 Ao Técnico de Enfermagem, observadas as disposições legais da profissão, compete o auxílio na execução do procedimento, além das atividades prescritas pelo Enfermeiro no planejamento da assistência, a exemplo de monitoração e registro dos sinais de desconforto do RN, das UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 condições da fixação e do sistema de alimentação/drenagem, do débito, manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema, sob supervisão e orientação do Enfermeiro. 5.5 A troca de sondas deve ser realizada a cada cinco dias, conforme a rotina da instituição. 5.6 A troca da sonda ou da fixação (quando necessária: presença de sujidade ou descolamento) deve ser realizada preferencialmente após o banho ou higienização do recém-nascido e o adesivo microporoso ou hidrocolóide deve retirado de forma delicada. 5.7 A sonda nasogástrica é indicada para recém-nascidos que estão treinando sucção ao seio materno, ao invés da orogástrica. Neste caso, o maior calibre a ser utilizado deverá ser o número 6. 5.8 Nos casos de alimentação por via gástrica podemos optar pela sonda número 4 ou 6 para prematuros e6 ou 7 para recém-nascidos a termo. 5.9 Para drenagem gástrica podemos optar pela sonda 6 para prematuros e 7 ou 8 para recém- nascidos a termo. 5.10 Na drenagem/ descompressão gástrica, após ventilação por pressão positiva com auxílio de máscara e reanimador manual, podemos utilizar a sonda 8-10. 5.11 Na drenagem gástrica ou descompressão gástrica, após ventilação por pressão positiva com auxílio de máscara e reanimador manual, podemos optar pela sonda 6 para prematuros e 7 ou 8 para recém-nascidos a termo. 5.12 Caso seja necessário manter a sonda aberta, colocá-la em invólucro de plástico transparente (saco coletor) adequado para visualização do conteúdo gástrico. 5.13 Nos casos de alguns pós-operatórios, pode ser necessário o uso de sondas até número 10, em geral, colocadas pelo próprio cirurgião no ato cirúrgico. 5.14 São indicações para sondagem orogástrica e nasogástrica: recém nascidos com sucção débil para administração de dieta; prematuros que ainda não têm indicação de sucção; Nos recém- nascidos/ lactentes que tem indicação de controle da aceitação e absorção da dieta; RNs que exigem controle da drenagem gástrica; para a descompressão gástrica em RNs que foram submetidos à ventilação por pressão positiva com auxílio de máscara e reanimador manual. 5.15 São consideradas contraindicações: atresia de esôfago (relativa) e atresia de coanas (no caso sonda nasogástrica). UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 6. REFERÊNCIAS 1. ANDRE, Rafaela Reiche et al . Posicionamento de sonda enteral em neonatos segundo técnica modificada de mensuração. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 30, n. 6, p. 590-597, Dec. 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 21002017000600590&lng=en&nrm=iso>. access on 21 Feb. 2020. https://doi.org/10.1590/1982-0194201700083. 2. ARAUJO, L. DE A; / REIS, A. T. Enfermagem na Prática Materno-neonatal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 3. CARMO, C.M.A.de; OLIVEIRA, E.M.de; PONTES, K.de A.E.S.; ARAUJO, M.C. Procedimentos de Enfermagem em Neonatologia - IFF Fiocruz. 1ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2012. 4. RESOLUÇÃO COFEN 619 de 22 de novembro de 2019, que Normatiza a atuação da Equipe de Enfermagem na Sondagem Oro/nasogástrica e nasoentérica. http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-619-2019_75874.html 5. TAMEZ, R.N.E.; SILVA, M.J.P. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém- nascido de alto risco. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 6. WILSON, D.; HOCKENBERRY, M.J. Wong - Fundamentos de Enfermagem Pediátrica - 9ª Ed. Elsevier / Medicina Nacionais, 2014. 7. FIGURAS E ANEXOS 1. 2. https://doi.org/10.1590/1982-0194201700083 http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-619-2019_75874.html UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 3. 4. 5. 6. 7. 8. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 9. 10. 11. 12. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ Divisão de Enfermagem Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241 13. Fonte: Arquivo pessoal dos autores. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO 11/05/2012 1 Danielle Lemos Querido/ Viviane Saraiva de Almeida Gustavo Dias da Silva 21/02/2016 2 Danielle Lemos Querido/ Viviane Saraiva de Almeida Ana Paula Vieira dos Santos Esteves 05/01/2021 3 Danielle Lemos Querido/ Viviane Saraiva de Almeida Isabela Dias Ferreira de Melo Ana Paula Vieira dos Santos Esteves
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