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Hemotransfusões

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Thais Alves Fagundes 
HEMOTRANSFUSÕES 
 HISTÓRIA DA HEMOTERAPIA 
• Até 1900: fase empírica 
• Após 1900: fase científica 
o 1900: Landsteiner – descoberta do sistema ABO e de anticoagulantes 
o 1926: primeiro centro de transfusão de sangue em Moscou 
o 1942: Landsteiner – descoberta do Rh 
• Bancos de sangue privados 
• Década de 80: hemocentros públicos 
Legislação específica: 
o Portaria número 158 de 4 de fevereiro de 2016 
o Sangue: bem não mercantil (do ponto de vista do doador), doação voluntária, gratuita, anônima e altruísta, programas de 
captação de doadores voluntários, obrigatoriedade de testes sorológicos e de fracionamento. 
 
 ROTINA HEMOTERÁPICA 
Triagem sorológica: pesquisa do anticorpo 
• Grupo sanguíneo (GS) e fator Rh 
• Sorologia para HIV, HTLV I / II 
• Sorologia hepatites B e C (anti-HBc, HBsAg, anti-HCV) 
• Doença de chagas 
• Sífilis 
 
Anti-CMV: 
• 80% da população brasileira tem anti-CMV positivo. 
• Oposto ocorre nos EUA, com triagem obrigatória. 
• Utilização de tecnologias anti-CMV para proteger grupos de 
risco (imunossuprimidos, transplantados, RN baixo 
peso/prematuros, transfusão intraútero). 
 
NAT: detecta sequência do RNA viral 
Tempo de detecção, aproximado: 
• 12 dias para o HIV 
• 25 dias para o HCV 
• 31 dias para hepatite B 
o Reduz a janela diagnóstica 
o Sorológicos: 
▪ 20 dias HIV 
▪ 56 e 82 dias para hepatites B e C 
 
 EPIDEMIOLOGIA DA HEMOTERAPIA 
• 3,7 milhões de bolsas coletas no Brasil/2014 (Ideal - OMS = 5,7 milhões bolsas/ano) 
• Brasil: 60% voluntários e 40% reposição (doador para receptor específico) 
• Somente 1,8% da população entre 16 e 69 anos doam sangue (Ideal - ONU = taxa entre 3%) 
 
 FRACIONAMENTO DO SANGUE E PREPARAÇÕES ESPECIAIS 
FRACIONAMENTO 
• Bolsa de sangue 500ml + 50ml de anticoagulante 
• Bolsas satélites/acessórias conectadas a bolsa principal, para fracionar o sangue, sem contato com o meio. 
 
• Sangue é centrifugado: 
o Hemácias (em baixo, visto que são mais pesadas) 
o Plasma rico em plaqueta (em cima, sobrenadante) 
▪ Sangue centrifugado colocado em uma prensa: 
• Abre-se a primeira bolsa satélite. Bolsa conterá o plasma rico em plaquetas. 
• Bolsa principal conterá o concentrado de hemácias (1º hemocomponente). 
 
• Plasma rico em plaquetas é centrifugado: 
o Plaquetas (em baixo, visto que são mais pesadas) 
o Plasma fresco (em cima, sobrenadante 
▪ Plasma rico em plaquetas centrifugado colocado em uma prensa: 
• Abre-se a segunda bolsa satélite. Bolsa conterá o plasma fresco (2º hemocomponente). 
• Primeira bolsa satélite conterá o concentrado de plaquetas (3º hemocomponente). 
 
 
 
 
Thais Alves Fagundes 
PREPARAÇÕES ESPECIAIS 
Concentrado de hemácias (~300ml) 
Lavar, filtrar e irradiar: 
• Filtrar / deleucotizar: utilizar equipo com filtro, que permite a passagem de hemácias e impede de leucócitos (maior). 
Realizado no momento da transfusão. 
o Reações transfusionais relacionadas a degranulação de leucócitos. 
o Vírus CMV é intracelular leucocitário, diminuindo o risco de contaminação pelo citomegalovírus. 
▪ Filtrar é prática obrigatória em imunossuprimidos. 
 
• Irradiar: irradiação inativa os linfócitos, que possuem núcleo, ao contrário de hemácias. 
o Filtro permite a passagem de linfócitos, por serem pequenos. 
o Linfócito é um apresentador de antígeno e possui efeito imunológico grave. 
o Paciente politransfundido ou imunossuprimido: 
▪ Carga de linfócitos recebida de doadores diferentes. 
▪ Podem agir como apresentadores de antígenos e causar reação “autoimune”. 
▪ Reação transfusional, chamada doença do enxerto contra o hospedeiro. 
 
• Lavar: abertura da bolsa em contato com o meio externo, colocação de filtro e lavagem com soro fisiológico, que carrega o resquício 
de plasma. 
o Bolsa possui concentrado de hemácias e resquício de plasma. 
o No plasma estão presentes proteínas plasmáticas. 
o Paciente alérgico ou politransfundido que adquire alergia às proteínas plasmáticas. 
▪ Bolsa deve ser utilizada em 24h, visto que foi aberta em contato com o meio externo. 
▪ Não armazena concentrado de hemácias lavado. 
▪ Perda de hemácias por hemólise. Bolsa de concentrado de hemácias passa de 300ml para 200ml. 
 
OBS.: paciente politransfundido e imunossuprimido, realizar bolsa deleucotizada e irradiada. 
 
Concentrado de plaquetas (~50ml) 
Filtrar e irradiar: 
• Filtrar / deleucotizar: utilizar equipo com filtro, que permite a passagem de plaquetas e impede de leucócitos (maior). 
o Reações transfusionais relacionadas a degranulação de leucócitos. 
o Vírus CMV é intracelular leucocitário, diminuindo o risco de contaminação pelo citomegalovírus. 
 
• Irradiar: irradiação inativa os linfócitos. 
o Filtro permite a passagem de linfócitos, por serem pequenos. 
o Linfócito é um apresentador de antígeno e possui efeito imunológico grave. 
o Reação transfusional, chamada doença do enxerto contra o hospedeiro. 
 
Paciente que recebe plaquetas usualmente é imunossuprimido, em transplante de medula óssea, ou em quimioterapia. 
Realizar bolsa deleucotizada e irradiada 
 
Plasma fresco congelado (~200ml) 
Plasma fresco contém albumina, imunoglobulinas e fatores de coagulação. 
 
Retirar albumina e liofilizar: 
• Retirar a albumina, deixando um concentrado de fatores de coagulação (criopreciptado) 
Congelado a -20°C e aquecido a 4°C 
o Crioprecipitado (~50ml): fibrinogênio, fator VIII, fator de Von Willebrand, fator XIII (hemocomponente) 
▪ Reduz o volume 
▪ Reduz o risco de contaminação, por vírus, devido ao menor volume 
 
• Liofilizar: separar albumina, imunoglobulinas e fatores de coagulação e colocar em frascos (transformar em pó). 
o Inativação viral. 
o Hemoderivado/Concentrado de fator: separa em determinada quantidade cada fator de coagulação. 
▪ Fator VIII, fator IX, fator XIII 
▪ Complexo protrombínico (fatores de coagulação K dependentes) 
▪ Fator de Von Willebrand 
 
Exemplo: paciente com deficiência de coagulação (hemofilia e deficiência de fator VIII), o ideal é utilizar hemoderivado. 
Thais Alves Fagundes 
ROTINA HEMOTERÁPICA 
Fracionamento 
 
Armazenamento: 
• Concentrado de hemácias: 42 dias (1° a 6°C) 
o Tempo de 42 dias, por ser a mediana da meia-vida de hemácias. 
o Bolsa padrão ou irradiada 
▪ Bolsa leucotizada no momento da transfusão 
▪ Bolsa lavada deve ser utilizada em 24h. 
• Concentrado de plaquetas: 5 dias (20° a 24°C) 
• Plasma fresco: 1 ano (18°C) 
 
Tipagem sanguínea ABO e Rh: 
• Tipagem ABO 
• Sistema Rh: antígenos D, C, c, E, e 
o Rh: presença ou ausência do antígeno D 
▪ Rh+ (85%) 
▪ Rh- (15%) 
o Ag D altamente imunogênico: 
▪ Gravidez 
▪ Transfusão 
• Prova cruzada: 
o Direta ou maior: soro ou plasma do receptor x hemácias do doador. 
▪ Ausência de reação (aglutinação) permite a liberação da transfusão. 
▪ Obrigatória pré-transfusional. 
 
 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
Critérios para avaliar a prescrição de transfusão sanguínea: 
• Avaliar cuidadosamente, considerando o risco-benefício. Transfusão é um transplante. 
• Levar em conta a doença de base e o estado clínico do paciente, não somente os resultados de exames laboratoriais. 
• Deve-se dar preferência ao hemocomponente específico que o paciente necessita: menor volume. 
Transfusão de concentrado de hemácias: 
Concentrado de hemácias: 
Obtido através do sangue total pela remoção de 200 a 250 ml de plasma (Ht ~ 70%) = bolsa com 300ml 
• 1 unidade de concentrado de hemácias = 300ml 
o Eleva a concentração de hemoglobina em 1 a 1,5g/dl e o hematócrito em torno de 3% em adultos. 
o Dose em crianças: 10 a 15ml/Kg 
 
OBS.: duração de 2 horas de transfusão, evitando descompensação hemodinâmica, exceto em situações emergenciais. 
 
Transfusão restritiva: 
Considerar transfusões de glóbulos vermelhos unitárias (uma bolsa) para adultos ou crianças sem sangramento ativo. 
• Depois de cada unidade de transfusão de glóbulos vermelhos: 
o Reavaliar clinicamente 
o Verificar os níveis de hemoglobina 
o Dar transfusões adicionais,se necessário. 
 
Indicações: 
• Promover aporte adequado de O2 aos tecidos 
• Grandes cirurgias 
• Anemia aguda com evidências de oxigenação tissular inadequada 
• Anemia crônica: priorizar o tratamento da doença de base 
• Insuficiência da medula óssea 
 
Meta: Hb 7-8 g/dL 
Considerar vigência de processo infeccioso grave, estado hipermetabólico ou tem comprometimento cardíaco. Nessas situações, pode ser 
necessário objetivar um valor de hemoglobina um pouco mais alto. 
Thais Alves Fagundes 
Transfusão de concentrado de plaquetas: 
Concentrado de plaquetas: 
• 1 unidade de concentrado de plaquetas padrão: 5,5 x 1010 plaquetas 
• 1 unidade de concentrado de plaquetas por aférese: cerca de 3 x 1011 plaquetas 
o Aférese é um procedimento hemoterápico. 
o Passagem do sangue por uma máquina (semelhante a diálise), que faz a retirada das plaquetas do doador. 
o Permite mais doações em menor intervalo de tempo. 
▪ Não retira hemácias do doador. 
▪ Vida-média da plaqueta é 7-10 dias, uma nova doação pode ser feita em uma semana. 
▪ Na doação de hemácias, há diminuição do ferro e outra doação só pode ser realizada em 2 meses para homens e 
em 3 meses para mulheres, limitados a 4 doações por ano. 
 
Não é necessário prova cruzada, que é exclusiva das hemácias, que possuem sistema ABO/Rh. 
Transfundir grupo ABO/Rh similar, pois pode haver contaminação do concentrado de plaquetas por hemácias. 
 
Dose adultos e crianças: 1 unidade para cada 7 a 10 Kg/peso ou 1 unidade de plaquetas por aférese 
Aumento esperado de 30.000/mm³ em 10 a 60 minutos após transfusão. 
 
Transfusão restritiva: não transfira rotineiramente mais do que uma dose única de plaquetas (exceto se trombocitopenia grave e 
sangramento em local crítico, como o SNC, incluindo olhos). 
• Reavaliar o estado clínico do doente e verificar a contagem de plaquetas após cada transfusão de plaquetas. 
• Administrar doses adicionais, se necessário. 
 
Indicações: apenas nos pacientes com produção medular insuficiente 
• < 10.000: risco de sangramento espontâneo. Transfusão profilática (taxa profilática). 
• 10.000 – 20.000: 
o Sangramento espontâneo 
o Procedimento invasivo 
o Situações de risco para aumento do sangramento 
• 20.000 – 50.000: 
o Sangramento abundante 
o Procedimento invasivo 
o Cirurgia 
• > 50.000: sangramento pouco provável, não transfundir 
 
Contraindicações: não oferecer rotineiramente 
• Insuficiência crônica da medula óssea 
• Trombocitopenia autoimune 
• Trombocitopenia induzida por heparina 
• Púrpura trombocitopênica trombótica 
Transfusão de plasma fresco congelado: 
Dose: 10 a 20ml/Kg. Aumento de 20% a 30% os níveis dos fatores de coagulação, chegando a níveis hemostáticos. 
 
Transfusão restritiva: 
• Reavaliar a condição clínica e repetir os testes de coagulação após transfusão para garantir que a dose foi adequada. 
• Administrar doses adicionais, se necessário. 
 
Indicações: 
• Sangramento clinicamente significativo, SEM grande hemorragia (hemorragia aguda grave – transfusão de concentrado de hemácias 
+ plasma a fresco, evita hemoconcentração), COM resultados anormais no teste de coagulação. 
• Transfusão profilática: coagulação anormal e procedimento invasivo ou cirurgia com risco de sangramento clinicamente significativo. 
 
Contraindicações: 
• Corrigir a coagulação anormal em pacientes que: 
o Não estão sangrando 
o Necessidade de reversão de um antagonista da vitamina K (crioprecipitado). 
• Expansor volêmico em hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia). 
• Sangramentos sem coagulopatia, exceto na hemorragia aguda grave. 
• Estados de perda proteica e imunodeficiências, plasma não é fonte de albumina e imunoglobulinas. 
Thais Alves Fagundes 
Transfusão de crioprecipitado: 
Dose: 
• Adultos: 2 pools (2 bolsas de 50ml) 
• Crianças: 5-10 ml/kg (máximo de 2 pools) 
 
Indicações: 
Nível de fibrinogênio abaixo de 150mg/dl, SEM hemorragia importante. 
Transfusão de concentrado de complexo protrombínico: 
Indicações: 
Reversão, de emergência, da anticoagulação com varfarina em pacientes com: 
• Hemorragia grave 
• Traumatismo craniano com suspeita de hemorragia intracerebral 
• Cirurgia de emergência 
o Evita administração de plasma fresco congelado. 
o Utilização de plasma a fresco implica em maior risco de contaminação por vírus localizados no plasma. 
 
 REAÇÕES TRANSFUSIONAIS 
Toda transfusão de hemocomponentes apresenta risco para o receptor. 
Reações adversas em 6% dos atos transfusionais. 
Reações imediatas (até 24 horas depois): 
• Maioria das reações fatais ocorre precocemente. 
• Acompanhar durante toda a transfusão, principalmente nos primeiros 10 min. 
• Na presença de qualquer sinal ou sintoma a transfusão deve ser interrompida e a causa dos sintomas devidamente investigada. 
 
TRALI (transfusion-related acute lung injury): 
• Causa: síndrome de angustia respiratória aguda por edema intersticial, devido a reação alérgica às proteínas plasmáticas 
o Na maioria das vezes por transfusão de plasma fresco congelado (PFC contém proteínas plasmáticas). 
• Quadro clínico: 
o Dispneia, hipotensão e febre imediatamente e até 4 a 6 horas depois. 
o Infiltrado pulmonar bilateral, por edema intersticial. 
• Tratamento: 
o Suporte ventilatório – 100% dos pacientes necessitam de O2 por hipoxemia. 
o Não usar diuréticos, visto que o edema não é vascular e diuréticos poderiam agravar a hipotensão. 
• Prognóstico: 
o Terceira causa de fatalidades associadas à transfusão. 
o Mortalidade de 5% a 10%. 
 
Reação hemolítica aguda: 
• Causa: incompatibilidade ABO 
o Administração de sangue incompatível e hemólise intravascular aguda. 
o Liberação de hemoglobina, macromolécula que gera lesão vascular/endotelial, causando sintomas. 
▪ Perda de hemoglobina na urina (hemoglobinúria). 
▪ Lesão dos capilares renais, evoluindo com dor lombar, insuficiência renal aguda. 
• Quadro clínico: febre, tremores, ansiedade, dispneia, dor torácica/lombar, hemoglobinúria, CIVD, choque. 
• Tratamento: 
o Interromper a transfusão 
o Soroterapia 
o Induzir diurese 
• Prevenção: evitar erros na identificação da amostra do paciente e da bolsa. 
 
Reação febril: 
• Causa: anticorpos contra leucócitos, plaquetas ou proteínas plasmáticas. 
• Quadro clínico: febre, tremores, raramente hipotensão. 
• Tratamento: interromper a transfusão, administrar antipiréticos. 
• Prevenção: hemocomponentes deleucotizados (filtro ou lavado). Administrar antipirético prévio. 
 
 
Thais Alves Fagundes 
Reação alérgica: 
• Causa: anticorpos contra proteínas plasmáticas. 
• Quadro clínico: urticária, prurido, tosse, raramente hipotensão. Pode evoluir para edema de glote. 
• Tratamento: interromper a transfusão, administrar anti-histamínicos (VO ou IM), epinefrina SN (se evidência de edema de glote). 
• Prevenção: hemácias lavadas. Administrar anti-histamínicos prévio. 
 
Hipervolemia: 
• Causa: transfusão muito rápida (no mínimo 1h30min) ou excessiva. 
• Quadro clínico: dispneia, hipertensão arterial, edema pulmonar, arritmia cardíaca. 
• Tratamento: induzir diurese, tratamento do edema pulmonar, se necessário sangria. 
• Prevenção: evitar transfusão excessiva e infusão rápida. 
 
Sepse bacteriana: 
• Causa: hemocomponente contaminado. 
• Quadro clínico: choque, tremores, febre. 
• Tratamento: interromper a transfusão, administrar antibióticos, cultura da bolsa transfundida e redução do espectro do antibiótico. 
• Prevenção: cuidados na coleta e estocagem do sangue doado. 
Reações tardias: 
Imunológicas: 
• Causa: sensibilização de hemácias e hemólise extravascular. 
o Incompatibilidade das proteínas de membrana na superfície das hemácias (sistemas ABO / Rh) gera hemólise intravascular. 
o Surgimento de anticorpos contra antígenos menores na superfície das hemácias, gerando hemólise extravascular. 
Principalmente em pacientes politransfundidos. 
▪ Anticorpo se liga a hemácia. 
▪ Hemácia retirada precocemente pelo sistema retículo endotelial. 
o Identificaro antígeno e transfundir sangue que não o possui. 
 
Doença do enxerto contra o hospedeiro - GVHD (graft versus host disease): 
• Causa: 
o Carga de linfócitos recebida de doadores diferentes, em pacientes politransfundidos. 
o Podem agir como apresentadores de antígenos e causar reação “autoimune”. 
• Quadro clínico: lesões cutâneas, hepáticas e TGI 
• Mortalidade de 80% 
 
Sobrecarga de ferro: 
• Causa: não é possível retirar ferro do concentrado que será transfundido. Principalmente em paciente politransfundido, 
• Quadro clínico: pigmentação da pele, doença hepática, DM, artropatia, e insuficiência gonadal. 
• Tratamento: quelante de ferro, evitando hemocromatose (politransfundido, como: talassemicos graves). 
 
Doenças infecciosas: hepatites, HIV, CMV, HTLV I/II, chagas, sífilis, toxoplasmose, parvovírus, epstein-Barr 
Risco de contrair o vírus HIV em uma transfusão de sangue é 20 vezes maior no Brasil do que nos Estados Unidos 
 
Risco EUA:

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