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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIAS, 
CONTABILIDADE E SECRETARIADO 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paulo José Moreira de Lima 
 
 
 
 
 
 
DIRETRIZES DE SUSTENTABILIDADE NAS OBRAS DE 
REFORMA DO ESTÁDIO GOVERNADOR PLÁCIDO 
CASTELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - CE 
2012 
 
 
 
DIRETRIZES DE SUSTENTABILIDADE NAS OBRAS DE 
REFORMA DO ESTÁDIO GOVERNADOR PLÁCIDO 
CASTELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade de 
Economia, Administração, Atuária, 
Contabilidade e Secretariado para a obtenção 
de grau de bacharel em Ciências Econômicas. 
 
Orientadora: Sandra Maria dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza - CE 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lima, Paulo José Moreira de 
 Diretrizes de sustentabilidade nas obras de reforma do estádio 
Governador Plácido Castelo / Paulo José Moreira de Lima – Fortaleza, 2012. 
 Monografia (Graduação em Ciências Econômicas) – Universidade 
Federal do Ceará, Faculdade De Economia, Administração, Atuária, 
Contabilidade e Secretariado Executivo. Fortaleza-CE, 2012. 
 
1. Sustentabilidade. 2. Estádio Governador Plácido Castelo e as 
Recomendações da FIFA. 3. Sustentabilidade nas Obras de 
Reforma do Castelão. 
1. Título 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO JOSÉ MOREIRA DE LIMA 
 
 
 
DIRETRIZES DE SUSTENTABILIDADE NAS OBRAS DE REORMA DO 
ESTÁDIO GOVERNADOR PLÁCIDO CASTELO 
 
 
 
 
 
 Esta monografia foi submetida à Coordenação do Curso de Ciências 
Econômicas, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de 
Bacharel em Economia, outorgado pela Universidade Federal do Ceará – UFC e 
encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca da referida 
Universidade. 
 
A citação de qualquer trecho desta monografia é permitida, desde que feita de 
acordo com as normas de ética científica. 
 
 
Data da aprovação: 01/08/2012 
 
 
Prof(a). Sandra Maria dos Santos 
Prof. Orientador 
 
 
 
Prof. Maria Naiula Monteiro Pessoa 
Membro da Banca Examinadora 
 
 
 
Prof. Raimundo Eduardo Silveira Fontenele 
Membro da Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
A DEUS, que me deu vida e inteligência, e esteve comigo em todos os momentos. 
 
À minha mãe, Josélia Moreira de Lima, por ter sido a minha grande incentivadora. 
 
Ao meu pai, Paulo Neto Gomes de Lima, exemplo de retidão e honestidade. 
 
Ao meu irmão, Israel Moreira de Lima, pela amizade e companheirismo. 
 
À minha namorada e melhor amiga, Lorena Leitão Soares, pelo apoio incondicional em 
todos os passos decisivos da minha vida profissional e acadêmica, desde o momento em 
que ela começou a fazer parte da minha história. 
 
À minha orientadora, Professora Sandra Maria dos Santos, pelo seu incentivo e 
sugestões cruciais para a realização da monografia. 
 
E aos demais que, de alguma forma, contribuíram na elaboração desta monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
Com o passar dos anos, as empresas vêm se adequando a novas exigências do mercado 
como um todo. Nesse contexto, tem-se a preocupação dos empresários com o impacto 
socioambiental de suas ações nas atividades principais de seus empreendimentos, 
buscando a melhoria na imagem das corporações perante a sociedade. Sendo assim, 
tem-se como objetivo geral deste estudo analisar a adequação das obras de reforma do 
estádio Governador Plácido Castelo em relação às orientações da FIFA no que tange à 
questão da sustentabilidade. Como objetivos específicos, tem-se: identificar os itens de 
certificação LEED pretendidos nas obras de reforma do estádio Governador Plácido 
Castelo e verificar o estágio atual das diretrizes do selo LEED nessas obras. No aspecto 
metodológico, a pesquisa tem um caráter explanatório, analítico e descritivo. Foi 
realizada uma pesquisa documental no local sobre a situação geral e atual das diretrizes 
de sustentabilidade do selo LEED. Os dados revelam apenas as tarefas dentro dos 
limites mínimos para a obtenção da certificação LEED que a obra buscará atender, para 
que se obtenha a certificação. O estudo verificou que existe uma adequação das obras 
de reforma do referido estádio às exigências da FIFA em no que tange à 
sustentabilidade. Uma vez que tem buscado as metas mínimas de estabelecidas, 
especialmente no que tange à categoria de “sítios sustentáveis”. Essa categoria, no 
projeto de reforma do estádio, foi a que recebeu maior atenção e por parte dos gestores 
da obra de reforma, tendo a meta de atender 20 créditos dentre os 41 buscados. O 
estádio, portanto, receberá a certificação LEED. Dado que a conclusão da obra, segundo 
a Secretaria Especial da Copa, está prevista para dezembro de 2012, o estádio estará 
com a certificação já para o evento teste da FIFA, a Copa das Confederações, que 
ocorrerá em junho de 2013. 
 
 
Palavras-chave: Sustentabilidade, responsabilidade social corporativa, selo LEED, 
estádio Castelão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
Over the years, companies have been adjusting to new demands of the market as a 
whole. In this context, it has been the concern of entrepreneurs with the social and 
environmental impact of their actions on the main activities of their ventures, seeking to 
improve the image of corporations in society. Thus, as general objective of this study 
examine the appropriateness of the works to reform the Castelão Stadium against FIFA 
guidelines with respect to the issue of sustainability. Specific objectives: identify has 
LEED certification desired items in the works to reform the Castelão and check the 
current stage of the LEED guidelines in these works. On the methodological aspect, the 
search has an explanatory character, analytical and descriptive. A documentary research 
was carried out on the spot on the overall situation and current sustainability guidelines 
of LEED. The data show only the tasks within the minimum limits for obtaining LEED 
certification that the work will seek to meet, in order to obtain certification. The study 
found that there is an adaptation of the works of reform of that stadium at FIFA 
requirements in regard to sustainability. Since it has fetched the minimum targets 
established, especially in regard to the category of "sustainable sites". This category, in 
the reform project of the stadium, was the one that received greater attention and by the 
managers of the renovation work, having the goal to meet 20 credits among the 41 
fetched. The stadium therefore receive LEED certification. Since the completion of the 
work, according to the Special Secretariat of Copa, is scheduled for December 2012, the 
stadium will be already certified for the test event, the FIFA Confederations Cup, which 
will take place in June 2013. 
 
 
Keywords: Sustainability, corporative social responsibility, certification LEED, 
Castelão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS E TABELAS 
 
 
 
 
 
QUADRO 1: Diretrizes – Pacto Global .......................................................................... 20 
QUADRO 2: Diretrizes – Pacto Global de Sullivan ....................................................... 21 
QUADRO 3: Diretrizes – Natural Step .......................................................................... 22 
QUADRO 4: Selos LEED .............................................................................................. 25 
QUADRO 5: Quesitos de Avaliação LEED ................................................................... 25 
QUADRO 6: Critérios de Avaliação .............................................................................. 32 
QUADRO 7: Diretrizes – Sítios Sustentáveis ................................................................33 
QUADRO 8: Diretrizes – Consumo de Água ................................................................. 33 
QUADRO 9: Diretrizes – Energia .................................................................................. 34 
QUADRO 10: Diretrizes – Gestão de Materiais ............................................................ 34 
QUADRO 11: Diretrizes – Qualidade do Ar Interno ..................................................... 35 
QUADRO 12: Certificações ........................................................................................... 36 
TABELA 1: Modernização do Estádio Castelão ............................................................ 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
 
 
ECO – Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 
FIFA – Federação Internacional de Futebol Associada 
GBC-Brasil – Green Building Council-Brasil 
LEED – Leadership in Energy and Environmental Design 
ONU – Organização das Nações Unidas 
OTEC – Otimização Energética para a Construção 
SIGMA – Sustainability-Integrated Guidelines for Management 
USGBC – United States Green Building Council 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12 
 
2 SUSTENTABILIDADE ............................................................................................... 16 
2.1 Sustentabilidade – Conceito ...................................................................................... 16 
2.2 Projetos Norteadores de Sustentabilidade ................................................................. 18 
2.3 Responsabilidade Social Corporativa ........................................................................ 22 
2.4 Selo LEED – Leadership in Energy and Environmental Design .............................. 24 
 
3 ESTÁDIO GOVERNADOR PLÁCIDO CASTELO E AS RECOMENDAÇÕES DA 
FIFA ................................................................................................................................ 27 
3.1 Estádio Governador Plácido Castelo – Informações Gerais e Históricas .................. 27 
3.2 Recomendações da FIFA para os Estádios – Green Goal ......................................... 27 
 
4 SUSTENTABILIDADE NAS OBRAS DE REFORMA DO CASTELÃO ............... 31 
4.1 Certificação LEED e o Castelão ................................................................................ 31 
4.2 Diretrizes para a Obtenção do Selo LEED na Obra de Reforma do Castelão ........... 31 
4.3 Selo LEED – Estágio Atual e Metas ......................................................................... 35 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 39 
 
6 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 41 
 12 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Desde 2007, ano do anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de futebol, 
realizada pela Federação Internacional de Futebol Associada (FIFA, 2012), os estádios 
brasileiros vêm sendo observados com mais cautela tanto por autoridades como por 
usuários em geral. As condições estruturais dos estádios brasileiros, principalmente os 
das doze subsedes escolhidas pela FIFA em 2009, exigem as reformas necessárias para 
que os mesmos se enquadrem aos padrões de conforto e segurança exigidos pela FIFA. 
Dentro dessas exigências está a adequação e respeito às questões de sustentabilidade 
contidas na certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). 
O selo LEED, que certifica todas as edificações sustentáveis, deve estar em todos os 
estádios da Copa do Mundo de 2014, haja vista que o evento que está por vir tem por 
objetivo a consolidação deste como a “1ª Copa do Mundo Verde” da história, de acordo 
com a FIFA (FIFA, 2010). Portanto, a certificação LEED orienta e atesta o 
comprometimento de uma edificação com os princípios da sustentabilidade para a 
construção civil antes, durante e depois de suas obras. De acordo com a U.S. Green 
Building Council (USGBC), a ideia da certificação é a busca por medidas mais 
sustentáveis na construção civil em geral. 
Segundo a FIFA (2010), trata-se de um evento considerado o maior do mundo tanto em 
público, principalmente nas sedes dos jogos, seja nos estádios ou em audiência 
televisiva, como em mobilização de nações. Os impactos desse evento vão além das 
reformas estruturais dos estádios, como o aumento da capacidade da rede hoteleira, 
passando por melhorias na mobilidade urbana, bem como por melhorias e aumento de 
capacidade nos portos e aeroportos. 
Conforme o Balanço Geral da Copa do Mundo de 2014, divulgado pelo Ministério do 
Esporte (2011), os custos previstos com as reformas dos estádios das subsedes do 
evento representarão, aproximadamente, 23% do valor total investido para a realização 
do evento nas áreas que englobarão os projetos de infraestrutura (portos, aeroportos, 
estádios e mobilidade urbana). 
Baseados nesses critérios de sustentabilidade da certificação LEED, já estão sendo 
empreendidos estudos de sustentabilidade nas obras de construção e reforma de outros 
estádios nas subsedes da Copa do Mundo de 2014, como em Belo Horizonte por 
exemplo. Portanto se faz necessário, não só para Fortaleza, com também para todas 
 13 
 
outras as subsedes, estudos pertinentes à questão da sustentabilidade nas obras de 
reforma e construção de seus estádios para o evento. 
Neste trabalho, particularmente, será abordada uma dessas áreas de infraestrutura que 
será impactada com a realização do evento, que serão os estádios. Mais 
especificamente, este estudo tem como foco uma das subsedes, o estádio Governador 
Plácido Castelo, inaugurado em 1973 em Fortaleza, no estado do Ceará. Sendo assim, 
tem-se como objetivo geral deste estudo analisar a adequação das obras de reforma do 
estádio Governador Plácido Castelo em relação às orientações da FIFA no que tange à 
questão da sustentabilidade. Como objetivos específicos, identificar os itens de 
certificação LEED pretendidos nas obras de reforma do estádio Governador Plácido 
Castelo e verificar o estágio atual das diretrizes do selo LEED nessas obras. 
O referencial teórico está baseado na sustentabilidade empresarial e na responsabilidade 
social corporativa. Segundo Kraemer (2003), o rápido crescimento demográfico, 
somado ao consumo cada vez maior dos recursos naturais e degradação acelerada do 
meio ambiente, exigiu da humanidade ações corretivas em relação ao modelo de 
crescimento econômico. Com isso surge a ideia de desenvolvimento sustentável, 
otimizando crescimento econômico e preservação ambiental. 
Segundo Morimoto, Ash e Hope (2003), só em 1987, ano em que a Comissão Mundial 
de Meio Ambiente publicou o Relatório Brundtland, tem-se a definição do 
desenvolvimento sustentável como sendo: “o desenvolvimento que permite que as 
gerações atuais atendam as suas necessidades, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de atenderem às delas”. 
Portanto, diante desse enfoque de desenvolvimento sustentável, as corporações passam 
a ter foco, além do lucro, a igualdade social e proteção ao meio ambiente, ficando esses 
três elementos conhecidos como “tripé da sustentabilidade” (LEMME, 2005, apud 
GOMES, 2009, p.7). 
Segundo Caldelli e Parmigiani (2004), enquanto que o desenvolvimento sustentável 
representa a inclusão de elementos ambientais e sociais no processo de tomada de 
decisão da empresa, o conceito de responsabilidade social corporativa vai além. Ele 
engloba a predisposição de a empresa assumir a responsabilidade dos impactos gerados 
na sociedade. 
Atualmente, segundo Gomes (2009), a responsabilidade social nas empresas ganhou 
corpo e relevância como estratégia de negócios, sendocapaz de aumentar a capacidade 
competitiva das empresas que a adota e faz publicidade em seu entorno. Segundo Melo 
 14 
 
Neto e Froes (1999), os ganhos para as empresas vão desde boa visibilidade com o 
governo, ganho de imagem, até o apoio, motivação e lealdade dos funcionários e 
parceiros. 
Portanto, o novo modelo de empresa, conhecida como empresa cidadã, mantém o 
objetivo primordial do capitalista que é a geração de riqueza. Porém, segundo Alves 
(2001), ela passa a perseguir este objetivo de forma sustentável e responsável, não 
assumindo obrigações alheias ao seu funcionamento, mas sim de não fazer, tais como 
emprego de mão de obra infantil, degradação ambiental, encobrir informações nocivas 
dos seus produtos etc. 
Com isso, a pesquisa tem um caráter explanatório, analítico e descritivo. Explanatório, 
pois foi feito um estudo preliminar de caráter bibliográfico, de modo a obter mais 
informações sobre o objeto da pesquisa escolhido. Analítica, pois foi feita uma análise 
objetiva dos dados em relação ao objeto de pesquisa. E, finalmente, é descritiva porque 
descreve o objeto de pesquisa. Além disso, para o estudo foi realizada uma pesquisa 
documental no estádio Governador Plácido Castelo sobre a situação geral e atual das 
diretrizes de sustentabilidade do selo LEED. 
Com relação aos procedimentos de coleta de dados tem-se a observação e a entrevista 
com o gestor responsável pela área de sustentabilidade na obra de reforma do estádio 
como ferramentas de obtenção das informações necessárias ao estudo. Foi feita uma 
visita local ao estádio Governador Plácido Castelo, para verificar como as diretrizes de 
sustentabilidade do selo LEED e responsabilidade social corporativa, estão sendo 
conduzidas nas obras de reforma do estádio. Os aspectos observados foram: uso 
racional da água; eficiência energética; redução, reutilização e reciclagem de materiais e 
recursos; qualidade dos ambientes internos da edificação; espaço sustentável; inovação 
e tecnologia; atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais 
da GBC (Green Building Council). 
O presente trabalho se desenvolverá, além desta introdução, em três seções adicionadas 
de uma conclusão final. 
A 2ª seção trata de definir a sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa, 
abordando a definição, principais projetos associados a essas questões e a apresentação 
do selo LEED. 
A 3ª seção trata de abordar as informações gerais sobre o estádio Castelão, bem como as 
orientações da FIFA no que tange à sustentabilidade das obras de reforma para a Copa 
do Mundo de 2014. 
 15 
 
A 4ª seção apresenta os critérios de sustentabilidade exigidas da empresa responsável 
por gerir a obra de reforma do estádio Governador Plácido Castelo. 
Por fim, têm-se as considerações finais e referências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
2. SUSTENTABILIDADE 
 
2.1 Sustentabilidade - Conceito 
 
De acordo com Young, Lincoln e Hamshire (2000), sustentabilidade é uma 
característica de um processo ou de um sistema, que permite sua continuidade por prazo 
determinado em determinado nível de uso. 
Segundo Allen (1993), o conceito do que viria a ser sustentabilidade transformou-se em 
princípio, que orienta o consumo dos recursos naturais da geração atual de forma a não 
comprometer o consumo das gerações futuras. 
Baseado nisso, percebe-se como o tema sustentabilidade é complexo. Tanto que o 
conceito propriamente dito do que vem a ser sustentabilidade começou a ser delineado 
na década de 70. Essa “definição oficial” de sustentabilidade ganhou forma em 1972 na 
Conferência de Estocolmo, realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) 
através da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. De acordo 
com o Report of the United Nations Conference on the Human Environment, referente à 
Conferência de Estocolmo, a reunião chamou a atenção internacional para questões 
como a degradação ambiental e a poluição crescente até aquele momento. Com isso a 
conferência lançou as bases das ações ambientais em nível internacional, traduzindo-se 
em um plano de ação, conhecido como “Declaração de Estocolmo”, que definiu 
princípios de preservação e melhoria do ambiente natural, destacando a necessidade de 
apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres (ONU, 2012). 
Com a ECO-92, conhecida oficialmente como a “Conferência sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento”, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, com foco no desenvolvimento 
sustentável, este conceito se consolida (GOMES, 2009). 
O termo “desenvolvimento sustentável” apareceu cinco anos antes do encontro do Rio 
de Janeiro. Foi usado pela primeira vez em 1987, no relatório Brundtland, publicado 
pela Comissão Mundial do Meio Ambiente (MORIMOTO, ASH e HOPE, 2003). 
Conforme o relatório Brundtland (1987, p. 54), o desenvolvimento sustentável pode ser 
definido como “O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração 
atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas 
próprias necessidades”. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam 
um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e 
 17 
 
cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando 
as espécies e os habitats naturais. 
De acordo com Gomes (2009), o desenvolvimento sustentável se divide em três 
componentes, que são: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e 
sustentabilidade sociopolítica. Esses princípios decorrem do conceito do tripé da 
sustentabilidade (Triple Bot tom Line), que corresponde aos resultados de uma 
organização medidos em termos sociais, ambientais e econômicos e são apresentados 
nos relatórios corporativos das empresas comprometidas com o desenvolvimento 
sustentável. 
 
a) Sustentabilidade Ambiental 
Consiste basicamente na manutenção das funções e componentes do ecossistema de 
modo sustentável. De acordo com a ONU (2000), no seu documento intitulado de 
“Metas de Desenvolvimento do Milênio”, que indica as metas almejadas neste campo a 
serem alcançadas até 2015, para garantir a sustentabilidade ambiental, faz-se necessário 
se concentrar em quatro objetivos principais: integrar os princípios do desenvolvimento 
sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos 
ambientais; reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade e reduzir para 
metade a proporção de população sem acesso a água potável e ao saneamento básico. 
 
b) Sustentabilidade Econômica 
Dentro do conceito de desenvolvimento sustentável, para Allen (1993) a 
sustentabilidade econômica pode ser definida como o conjunto de medidas e políticas 
que visam a incorporação de valores ambientais e sociais. 
Com isso, os lucros e os dividendos não são avaliados somente em caráter financeiro, 
mas também em caráter ambiental e social, potencializando, assim, o uso de recursos 
naturais e humanos. 
Este conceito ainda abrange a questão da gestão eficiente dos recursos naturais, 
garantindo sua exploração sustentável e não ocasionando seu esgotamento por 
completo, introduzindo parâmetros como nível ótimo de poluição, que também é 
chamado de “externalidades ambientais”, dando valores econômicos aos elementos 
naturais. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel
 18 
 
c) Sustentabilidade Sociopolítica 
Segundo John Elkington (1988, apud SHMIDT, 2007), a sustentabilidade sociopolítica 
centra-se no equilíbrio social, tanto na sua vertente de desenvolvimento social como 
socioeconômica. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, 
pretende desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. 
Portanto, a sustentabilidade social está baseada num processo de melhoria na qualidadede vida da sociedade via redução das disparidades entre a opulência e a miséria, 
utilizando diversos mecanismos, tais como nivelamento do padrão de renda, acesso a 
educação, moradia, alimentação, entre outros. 
Com isso, esses três componentes ilustram bem a complexidade do tema 
sustentabilidade, principalmente quando se aborda a sustentabilidade econômica. Isto 
porque, segundo Shmidt (2007), novos valores permeiam hoje a sociedade e, em 
consequência disso, o paradigma do mundo dos negócios passou e ainda vive uma fase 
de redefinições com o objetivo de incorporar práticas sustentáveis. Ainda segundo 
Shmidt (2007), existe na atualidade um movimento no mundo no intuito de modificar as 
políticas públicas, processos produtivos e o estilo de vida da sociedade em prol do 
desenvolvimento sustentável. No entanto, embora muito discutido teoricamente e 
divulgado pelas empresas em seus discursos para o mercado, o significado do termo 
ainda não parece claro para a maioria das pessoas, dificultando assim que mudanças 
significativas em prol da sustentabilidade sejam colocadas em prática e testadas pela 
sociedade de forma efetiva. 
 
 
2.2 Projetos Norteadores de Sustentabilidade 
 
Segundo Vasques, Bernardo e Brito (2005), ao longo das discussões trazidas pelas 
diferentes conferências mundiais, foram mostrados cinco projetos norteadores da 
sustentabilidade. São eles: Natural Step, Agenda 21, Pacto Global, Projeto Sigma e 
Princípios globais de Sullivan. Esses cinco projetos serão definidos e explicitados a 
seguir. 
 
 
 
 
 19 
 
 
a) Agenda 21 
Segundo Vasques, Bernardo e Brito (2005), a Agenda 21 é um plano de ações a serem 
executadas de escala global a local, seja pelos Sistema de Nações Unidas, governos ou 
grupos locais que tenham impactos humanos no ambiente respectivo. 
De acordo com Mortensen (1997) Agenda 21 foi um dos principais resultados da 
conferência ECO-92, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992. É um documento que 
estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, 
sobre a forma pela qual poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas 
socioambientais. A Agenda 21 se constitui em um instrumento de reconversão da 
sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do 
conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo 
e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento. 
Segundo Mortensen (1997), a relevância da Agenda 21 e a cobertura de todos os 
aspectos do desenvolvimento sustentável são importantes para os indicadores com o 
intuito de monitorar o que estes realmente se desejam monitorar, em outras palavras, 
alcançar o progresso em um nível nacional de desenvolvimento sustentável. 
 
b) Pacto Global 
De acordo com Vasques, Bernardo e Brito (2005), o Pacto Global surgiu através da 
figura de Kofi Annan, secretário geral da ONU em 1999, ano da criação do pacto 
durante o Fórum Econômico mundial. A ideia, segundo Annan, era humanizar a 
globalização através da cooperação entre as grandes corporações mundiais. 
Portanto, em julho de 2000, época da oficialização do Pacto Global, embasado na 
Declaração Universal de Direitos Humanos, Declaração de Princípios e Direitos 
Fundamentais no Trabalho, Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento e a 
Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a meta primordial do Pacto Global 
foi lançada, que incluía inclusão social e economia mundial sustentável (VASQUES, 
BERNARDO e BRITO, 2005). 
O grande legado do Pacto global foi justamente quanto ao âmbito da responsabilidade 
social corporativa aos países que, de certa forma, não tinham dado a devida importância 
a esta nova metodologia de gerência de negócios (MORTENSEN, 1997). 
Diante disso, o Pacto Global se baseia em dez princípios já embasados nas declarações 
citadas no 2º parágrafo. Esses princípios estão elencados logo abaixo no quadro 1: 
 20 
 
 
Quadro 1 – Diretrizes – Pacto Global 
Empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos internacionalmente proclamados. 
Empresas devem certificar-se de que não são cúmplices em abusos dos direitos humanos. 
Empresas devem apoiar a liberdade de associação e o efetivo reconhecimento do direito à negociação coletiva. 
Empresas devem apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. 
Empresas devem apoiar a erradicação do trabalho infantil. 
Empresas devem apoiar a eliminação de discriminação relativa ao emprego e à ocupação. 
Empresas devem apoiar uma abordagem preventiva às questões ambientais. 
Empresas devem desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental. 
Empresas devem incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. 
Empresas devem trabalhar contra todas as formas de corrupção, incluindo extorsão e suborno. 
Fonte: UNIETHOS (2004). 
 
c) Projeto Sigma 
Segundo a entidade UNIETHOS (2004), o Projeto Sigma (Sustentability – Integrated 
Guidelines for Management) consiste em conjunto de diretrizes voltadas às empresas 
que buscam a sustentabilidade em seus negócios. 
O Projeto Sigma foi lançado em 1999 oriundo de uma parceria entre três organizações: 
Forum for the Future, AccountAbility e British Standards Institution. O projeto é 
composto basicamente por três partes: um guia de princípios, um outro guia com 
diretrizes de implementação da sustentabilidade nas atividades principais da empresa e 
um guia de ferramentas para o auxílio na implementação da sustentabilidade nas 
práticas da empresa. Com isso, pode-se concluir que o Sigma faz a junção de temas 
econômicos, sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que incentiva a empresa a 
praticar essas áreas dentro do seu ambiente (UNIETHOS, 2004). 
Portanto, o projeto é baseado na compreensão da responsabilidade socioambiental para 
que funcione. Baseado neste princípio tem-se a relação de três pontos fundamentais para 
o sucesso do princípio norteador e, consequentemente, do Projeto Sigma: transparência, 
significando a obrigação de uma organização de prestar contas aos seus interessados; 
correspondência as necessidades dos interessados; e obediência a obrigação de cumprir 
 21 
 
com padrões que a organização voluntariamente se compromete, além de regras e 
regulamentos que devem ser cumpridas por razões estatuídas (UNIETHOS, 2004). 
 
d) Projeto Global de Sullivan 
De acordo Vasques, Bernardo e Brito (2005), o Projeto Global de Sullivan “é um 
código de conduta que procura aumentar os direitos humanos, justiça social, proteção 
ambiental e econômica para todos os trabalhadores, em todas as indústrias, em todas as 
nações”. Os princípios foram elaborados para serem adotados voluntariamente, por 
todos os tipos de organizações no mundo, com espírito de troca de ideias para que toda 
a sociedade possa se beneficiar. No quadro 2 apresenta-se as diretrizes desse pacto, 
destacando no contexto dessas diretrizes a preocupação com a promoção das diretrizes 
de sustentabilidade. 
 
Quadro 2 – Diretrizes – Pacto Global de Sullivan 
Respeitar a liberdade voluntariados empregados de associação. 
Suporte aos direitos humanos universais, particularmente aos empregados, comunidades envolvidas e outras 
partes interessadas nos negócios da empresa em questão. 
Oportunidades igualitárias para funcionários de todas as hierarquias na empresa, com respeito em relação a cor, 
raça, credo, etnia, gênero ou idade e realizá-lo sem práticas inaceitáveis para o trabalhador como a exploração de 
crianças, punições físicas, abuso à mulher, trabalho forçado involuntário e outras formas de abuso. 
Compensar os funcionários para capacitá-los a fim de encontrar no mínimo as necessidades básicas e prover 
oportunidades para melhorar a habilidade e a capacidade para aumentar as oportunidades sociais e econômicas 
dos mesmos. 
 Prover um ambiente de trabalhoseguro e sadio, bem como proteger a saúde humana e o ambiente, assim como 
promover o desenvolvimento sustentável. 
Promover uma competição justa incluindo respeito aos direitos intelectuais e de propriedade, não oferecendo, 
nem pagando subornos. 
Trabalhar com governos e comunidades em quais é feito o negócio para melhorar a qualidade de vida nessas 
comunidades. 
Promover a aplicação plena de todos esses princípios em todos os seus ambientes de negócios. 
Fonte: UNIETHOS (2004). 
 
e) Natural Step 
De acordo com Waage (2004), o Natural Step foi elaborado pelo oncologista sueco 
Karl-Henrik Robert em conjunto com outros cientistas como um documento que 
articulasse princípios básicos da sustentabilidade. O referido documento basicamente 
continha a descrição dos conhecimentos primários das funções da biosfera e interações 
humanas relativas à sustentabilidade da vida no planeta. A princípio, o natural step foi 
 22 
 
concebido para gerar a abrangência necessária ao conceito de sustentabilidade. Com 
isso, sob uma ótica sistêmica com foco na sustentabilidade, foram desenvolvidas as 
condições sistêmicas propostas pelo documento, que estão evidenciadas no quadro 3: 
 
Quadro 3 – Diretrizes – Natural Step 
Na sociedade sustentável, a natureza não está sujeita a concentrações crescentes de substâncias extraídas da 
crosta terrestre. 
Na sociedade sustentável, a natureza não está sujeita a concentrações crescentes de substâncias produzidas pela 
sociedade. 
Na sociedade sustentável, a natureza não está sujeita a degradação sistemática dos meios físicos. 
Na sociedade sustentável, as necessidades humanas são satisfeitas em todo o mundo. 
Fonte: UNIETHOS (2004). 
 
 
2.3 Responsabilidade Social Corporativa (RSC) 
 
Considera-se de interesse para esse estudo entender a relação entre os conceitos de 
responsabilidade social nas empresas e sustentabilidade empresarial. Apesar de se 
relacionarem por serem temas de áreas afins, a sustentabilidade empresarial, segundo 
Caldelli e Parmigiani (2004), é basicamente a inclusão de aspectos ambientais e sociais 
no processo de tomada de decisões nas empresas. Já o conceito de responsabilidade 
social corporativa, segunda a mesma fonte, representa a predisposição dos empresários 
em assumir e compensar os impactos causados na sociedade oriundos de suas ideias ou 
empreendimentos. 
Essa discussão inicial sobre a diferença de termos tão similares tem sua importância 
bem explicada por Van Marrewijk (2003). Segundo Van Marrewijk, a sustentabilidade 
teria o foco sobre conflitos de interesse oriundos da produção, ou seja, teria relações 
com aspectos da gestão ambiental e de recursos, por exemplo. Já a Responsabilidade 
Social Corporativa (RSC), focaria nas relações entre pessoas e corporações. 
Em termos de conceito moderno da RSC, Carrol (1999), data o conceito moderno sobre 
o tema em 1953, através da publicação “Responsabilidade Social dos Homens de 
Negócios”, escrita por Howard R. Bowen. Esta publicação abordava as 
responsabilidades que os homens bem-sucedidos no ramo empresarial teriam de arcar 
perante a sociedade, como forma de retribuição ou compensação dos impactos gerados 
por suas corporações e ideias. Com isso, Bowen (apud CARROL, 1999) definiu o 
conceito de responsabilidade social basicamente como um dever dos homens de 
 23 
 
negócios adotarem diretrizes e ações desejáveis no âmbito dos objetivos e valores de 
nossa sociedade. 
A evolução do conceito moderno de RSC se deu, segundo Freeman (1984, apud 
GOMES, 2009), a partir da década de 70, ocasionada, principalmente, pelos diversos 
movimentos sociais que eclodiram naquela década, abordando desde questões 
ambientais, passando por direitos civis, chegando até movimentos anti-guerra. 
Segundo Costa (2007), a RSC, no conceito mais apropriado e específico para questões 
atuais do 3º milênio, tem que abordar o posicionamento das empresas sobre questões 
bem definidas, tais como direito das minorias, ética e filantropia corporativa. 
O ponto da filantropia corporativa, para alguns, não pode fazer parte do que viria a ser 
entendido como responsabilidade social corporativa. Como se sabe, na língua 
portuguesa, o termo filantropia significa "amor à humanidade", por isso, para alguns 
autores o termo tem muito mais em comum com a ideia de solidariedade do que de 
responsabilidade social. Atuando neste raciocínio, Wood (1991), dá ideia de que 
filantropia não está no âmbito da RSC, a não ser, para ela, em países em 
desenvolvimento, onde os ganhos empresariais, muitas vezes, são vistos com um caráter 
de ajuda ao desenvolvimento de comunidades desprovidas de recursos e bem-estar. 
Por fim, a abordagem da RSC no século XXI não poderia deixar de contemplar o 
estágio atual dessa questão sob o ponto de vista de estratégia de negócios. De acordo 
com Melo Neto e Froes (1999), “o conceito de responsabilidade social ganhou força 
como estratégia de negócios capaz de aumentar as vantagens competitivas para as 
empresas que as adota”. Dentre essas vantagens, destacam-se: ganho de imagem, 
melhor relacionamento com o governo, fidelidade dos clientes, marca e produtos mais 
conhecidos, maior disposição de fornecedores em realizar parcerias e maior apoio, 
motivação, lealdade e desempenho dos seus funcionários e parceiros. 
Para Botelho (2006), a visão da empresa não pode ser somente a maximização dos 
lucros. Para ele, as empresas não podem, nem devem abandonar sua verdadeira 
natureza, que é a de produção e gerar receitas que lhe permitam ter uma vida 
financeiramente saudável. Porém, devem buscar seguir essa natureza de forma 
sustentável e responsável. 
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, Alves (2001), concebe um novo tipo de 
empresa, a empresa cidadã, que consiste em gerar lucros de forma socialmente 
responsável, adicionando às suas obrigações, os deveres de deixar de fazer, tais 
 24 
 
como poluição ambiental, trabalho escravo, omitir informações nocivas dos seus 
produtos entre outros. 
 
 
 
2.4 Selo LEED – Leadership in Energy and Environmental Design 
 
Nos subitens anteriores deste trabalho, foram apresentados princípios que norteiam 
o tema sustentabilidade e responsabilidade social das empresas. Neste subitem, será 
abordada a questão do selo LEED. 
De acordo com a USGBC (2012), o selo LEED é um protocolo de avaliação e 
certificação de edificações conhecido internacionalmente e amplamente aceito. 
Basicamente, ele orienta e carimba o comprometimento da edificação com os 
princípios da sustentabilidade da construção civil. Criado pela própria USGBC, com 
o objetivo primordial de incentivar a adoção de métodos sustentáveis na área de 
construção de edificações ecologicamente corretas. O selo LEED se tornou o 
principal selo para edificações no Brasil. 
De acordo com a Green Building Council – Brasil (GBC, 2012), que representa o 
selo LEED no nosso país, o selo é considerado a principal certificação de construção 
sustentável das edificações brasileiras. No Brasil, existem oito tipos de selo LEED 
diferentes, que variam de acordo com o tipo de obra. As categorias de certificação 
do selo LEED podem ser observados no quadro 4: 
 
 
Quadro 4 – Categorias de Certificação LEED 
LEED NC: Novas Construções. 
LEED ND: Projetos de desenvolvimento de bairro. 
LEED CS: Projetos na envoltória e parte central do edifício. 
LEED RETAIL NC e CI: Para lojas de varejo. 
LEED HEALTHCARE: Unidades de saúde. 
LEED EB_OM: Manutenção de edificações já existentes. 
LEED SCHOOL: Projetos para escolas. 
LEED CI: Edifícios comerciais. 
Fonte: GBC-Brasil (2011). 
 
 25 
 
Segundo a GBC – Brasil (2011) sete quesitos são levados em conta na avaliação da obra 
para obtenção da certificação que podem ser observados no quadro 5. 
 
Quadro 5 – Quesitos de Avaliação LEED 
Uso racional da água. 
Eficiência energética. 
Redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos. 
Qualidadedos ambientes internos da edificação. 
Espaço sustentável. 
Inovação e tecnologia. 
Atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais da GBC. 
Fonte: GBC-Brasil (2011). 
 
Atualmente o Brasil ocupa a 4ª colocação mundial no ranking de países que possuem 
maior número de edificações em processo de certificação LEED, seja qual for a 
categoria. De acordo com a GBC – Brasil, até o final de 2011, havia cerca de 450 obras 
ou edificações já estabelecidas em processo de certificação no Brasil. Apesar de boa 
colocação no ranking, o Brasil ainda é superado por EUA, China e Emirados Árabes 
Unidos em obras em processo de certificação verde (USGBC, 2011). 
Embora a elaboração de um projeto sustentável não esteja necessariamente vinculada à 
certificação verde, a importância dessa busca cada vez mais acentuada da certificação 
ecologicamente correta para as construções civis brasileiras se traduz na busca 
obstinada, também, de minimizar impactos ambientais durante a execução das obras, 
bem como durante a operação das construções. A ideia principal da certificação é a 
busca por medidas construtivas mais antenadas aos padrões de sustentabilidade 
mundialmente aceitos, determinados através de critérios como: localização, inovação e 
processo do projeto, eficiência no uso da água e no tratamento de esgoto, redução no 
consumo de energia com o uso de fontes renováveis, o uso de materiais e recursos e a 
qualidade do ambiente interno (GUEDES, et al., 2010). 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
3. ESTÁDIO GOVERNADOR PLÁCIDO CASTELO E AS 
RECOMENDAÇÕES DA FIFA 
 
 3.1 Estádio Governador Plácido Castelo – Informações Gerais e Históricas 
 
O estádio Governador Plácido Castelo, popularmente conhecido como Castelão, foi 
inaugurado em 1973, durante a gestão do governador Plácido Aderaldo Castelo 
segundo a Secretaria de Esportes do estado do Ceará (SESPORTE, 2012). 
Ainda segundo o órgão, o estádio localizado em Fortaleza era, antes do início das 
obras de reforma visando a Copa do Mundo de 2014, o 4º maior do país em 
capacidade para expectadores presenciais, podendo abrigar até 60.326 pessoas, 
ficando atrás apenas dos estádios do Maracanã, Mineirão e Morumbi, localizados 
nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo respectivamente. 
Contudo, a capacidade do estádio ganhará um aumento após a conclusão das obras 
de reforma, passando a acomodar até 67.037 expectadores (SESPORTE, 2012). 
Segundo a SECOPA, o início das obras para a construção do estádio Castelão data 
do ano de 1968. Foi criada, para isso, a Federação de Assistência Desportiva do 
Estado do Ceará (FADEC), para gerenciar o trabalho de levantamento do estádio. A 
intenção do governador do estado no período, Plácido Castelo, era que o estádio 
fosse erguido no Bairro do Alagadiço, na zona oeste de Fortaleza. Contudo, custos 
elevados com as desapropriações tornaram a ideia inviável. Com isso, os 
executantes da construção do estádio passaram a analisar outras áreas na cidade de 
Fortaleza, mais especificamente nos bairros do Pici e Itaperi, localizados, também, 
na zona oeste da capital do estado. Finalmente, uma área de 25 hectares que 
pertencia à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza foi adquirida pelo governo do 
estado do Ceará (SECOPA, 2012). 
 
 
 
3.2 Recomendações da FIFA para os Estádios – Green Goal 
 
 De acordo com o “Manual de Recomendações para a Segurança e Conforto nos 
Estádios de Futebol” (FIFA, 2010), elaborado pela FIFA, além de todo o aparato 
tecnológico e cumprimento das suas normas e recomendações para a segurança e o 
 27 
 
conforto dos expectadores, o estádio tem de ser ambientalmente responsável. Essa 
iniciativa é viabilizada pelo Green Goal, uma ideia da FIFA que visa, dentre outros 
objetivos, reduzir o desperdício de água potável, impedir ou evitar a produção de lixo, 
criar sistemas mais eficientes de energia e ampliar o uso de transporte público para os 
eventos FIFA. 
Portanto, os edifícios ambientalmente sustentáveis, cada vez mais frequentes, se 
preocupam em acrescentar procedimentos ambientalmente responsáveis aos seus 
projetos, não somente durante sua construção, mas, principalmente, no decorrer de sua 
vida útil, estão se tornando cada vez mais uma importante contribuição para a 
construção do futuro comum. Com isso, os arquitetos e engenheiros responsáveis pelas 
obras na construção civil estão priorizando, cada vez mais, a criação de edifícios que 
protejam e melhorem, ou pelo menos não piorem as condições socioambientais da 
comunidade em geral (USGBC, 2011). 
Baseado no Manual de Recomendações (FIFA, 2010), a concepção do projeto do 
estádio ou da sua reforma para atender aos padrões da entidade terá que levar em 
consideração, portanto, a avaliação completa do seu ciclo de vida. Para a FIFA, esta 
recomendação é a mais importante de todas, pois resume, dentre todos os 
procedimentos relacionados à sustentabilidade da construção e funcionamento do 
estádio, o impacto para as gerações futuras. 
Como já mencionado, o objetivo principal do projeto Green Goal pode ser traduzido em 
três campos de atuação na questão da sustentabilidade nos estádios que serão as sedes 
dos jogos da Copa do Mundo de 2014. São eles: uso eficiente da água potável, 
eficiência energética e gestão estratégica dos resíduos. 
 
a) Uso Eficiente da Água Potável 
No projeto, deve se atentar ao fato de iniciativas que visem um uso responsável e 
sustentável da água potável para a irrigação dos gramados e área verdes do estádio e seu 
entorno. O programa sugere, principalmente, a adoção de um sistema que se utilize do 
recolhimento e acúmulo das águas pluviais visando atender a esta necessidade e também 
para ser usada para limpeza e descarga dos vasos sanitários (FIFA, 2010). 
 
 
 
 
 28 
 
b) Eficiência Energética 
De acordo com a FIFA (2010), a gestão estratégica e bem empregada da geração de 
energia e seu uso no estádio são fundamentais para a redução de custos. Não apenas a 
procedência da energia em termos de matriz deve ser observada, mas também a sua 
utilização eficiente e o impacto socioambiental que a matriz energética gera. Sendo 
assim, as estratégias de eficiência energética são partes importantes a serem 
incorporadas para esta gestão eficiente de resíduos. 
A eficiência energética, portanto, é um dos aspectos mais importantes que o projeto do 
estádio deve considerar, já que quanto menos energia um edifício usa, menos recursos 
serão necessários para produzi-la. Para isso, a FIFA (2010) recomenda a consideração 
da possibilidade de uso do potencial energético da estrutura do edifício ou terreno. A 
possibilidade de utilização de fontes de energia natural, renováveis, como o vento e o 
sol, também deve ser investigada, e isso resultaria em uma redução do gasto em 
recursos finitos e os usos associados de energia nos processos de produção e construção 
(FIFA, 2010). 
 
c) Gestão Estratégica dos Resíduos 
Um dos maiores custos na manutenção dos estádios, segunda a FIFA (2010), é o 
processo de retirada do lixo acumulado durante o uso dos estádios. A quantidade de lixo 
produzida pelos espectadores é considerável em todo evento em que se utiliza o local e 
isto é um problema difícil de ser administrado. Quanto a essa questão, o programa 
Green Goal sugere a reutilização dos diversos tipos de recipientes de bebidas, a 
reciclagem através da separação na coleta do lixo e a introdução de embalagens de 
produtos que empreguem material reciclado que possa novamente ser reutilizado, em 
um ciclo de reciclagem posterior. 
Portanto, a gestão estratégica de resíduos é fundamental para a redução de custos de 
manutenção, não apenas no uso dos materiais, mas também em seu descarte e no 
impacto ambiental que produzem. Estes resíduos, portanto, devem ser analisados a 
partir da matéria-prima utilizada para sua produção e não apenas a partir do momento 
do seu consumo e descarte(FIFA, 2010). 
 
Portanto, o programa Green Goal ilustra bem o que se espera em relação aos estádios 
que serão palco dos jogos do evento da FIFA. Sendo esta Copa do Mundo que será 
 29 
 
realizada em 2014 a primeira da história em que diretrizes de sustentabilidade deverão 
ser adotadas na construção e utilização dos estádios. 
Na seção seguinte, tem-se a análise das obras de reforma do estádio Governador Plácido 
Castelo em relação às orientações da FIFA no que tange à questão da sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
4. SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS OBRAS DE 
REFORMA DO CASTELÃO 
 
4.1 Certificação LEED e o Castelão 
 
A certificação LEED orienta e atesta o comprometimento de uma edificação com os 
princípios da sustentabilidade para a construção civil antes, durante e depois de suas 
obras (USGBC, 2011). 
Nas obras de reforma do estádio Castelão, em Fortaleza, visando a realização da Copa 
do Mundo de 2014, a categoria de certificação LEED que foi atribuída à obra foi a 
LEED NC, que justamente representa a categoria de grandes obras ou grandes projetos 
de renovação (OTEC, 2012). 
Para fundamentar essa etapa do estudo foram feitas duas visitas ao local da reforma, ou 
seja, no estádio Castelão. A 1ª visita, realizada em 12 de junho de 2012 visou uma 
análise mais geral de como a obtenção da certificação LEED vem sendo gerida pela 
empresa responsável pela obra. A 2ª visita, ocorrida no dia 13 de junho de 2012, teve 
um caráter mais específico, abrangendo todos os pontos observados para a obtenção da 
certificação. A última visita consistiu, portanto, em coletar informações acerca de cada 
uma das categorias avaliadas pela USGBC para que a certificação LEED fosse 
conferida ao estádio. Além disso, a 2ª visita questionou qual a certificação almejada 
pelos responsáveis pela obra e pela empresa gestora encarregada de implementar as 
diretrizes necessárias à certificação. 
Esta seção se desdobrará em mais dois subitens. O primeiro abordará as ações práticas 
desenvolvidas na obra em todos os critérios de avaliação da USGBC. No 2º momento se 
apresentará os créditos buscados e as metas para créditos adicionais para a obtenção da 
certificação, segundo dados fornecidos pela OTEC (Otimização Energética para a 
Construção), empresa de consultoria responsável por implementar a busca pelo selo 
LEED na obra de reforma do estádio Castelão. 
 
 
 
 
 
 31 
 
4.2 Diretrizes para a Obtenção do Selo LEED na Obra de Reforma do Castelão. 
 
Segundo a GBC - Brasil, os critérios a serem avaliados são os que podem ser vistos logo 
abaixo no quadro 6: 
 
 
Quadro 6 – Critérios de Avaliação 
Uso racional da água. 
Eficiência energética. 
Redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos. 
Qualidade dos ambientes internos da edificação. 
Espaço sustentável. 
Inovação e tecnologia. 
Atendimento a necessidades locais, definidas pelos próprios profissionais da GBC. 
 Fonte: GBC-Brasil (2011). 
 
 
Nas obras do estádio Castelão essas diretrizes serão colocadas em cinco categorias que 
serão e estão sendo o foco da obra de reforma do Castelão sob a ótica da USGBC. Essas 
categorias são segundo a Secretaria Especial da Copa (SECOPA) são: sítios 
sustentáveis, consumo eficiente de água, energia e atmosfera, matérias e recursos e a 
qualidade do ar interno. 
 
a) Sítios Sustentáveis 
Esta categoria consiste, basicamente, ações de prevenção de poluição gerada pela obra. 
Segundo a OTEC (2012), esta categoria abrange as diretrizes que cuidam do espaço 
sustentável no entorno e dentro da obra e do atendimento das necessidades locais. Suas 
ações práticas consistem no disposto no quadro 7: 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
Quadro 7 – Diretrizes – Sítios Sustentáveis 
Proteção das “bocas de lobo” (proteção de bueiros) para reter os detritos e não obstruir a 
tubulação da rede pluvial municipal. 
Bacias de decantação (caixa de coleta) retêm os efluentes da água da chuva por um período de 
tempo mais longo, permitindo a homogeneização da fase líquida e a remoção de alguns 
compostos por decantação. 
Localizado na saída da obra, o “lava-rodas” evita que os sedimentos presos nas rodas dos 
caminhões sujem as vias públicas. 
Tapumes (vedação de madeira) bem fixados no solo contribuem para manter os sedimentos 
dentro do perímetro da obra. 
Aspersão de água com carros pipa ajudam a diminuir a poeira em suspensão na obra, 
melhorando a qualidade do ar. 
Local de lava-bicas para os caminhões betoneiras a fim de evitar contaminação do solo pela água 
resultante da lavagem desses veículos. 
5% do total de vagas do empreendimento demarcadas como vagas preferenciais para prática da 
carona solidária que diminui emissão de poluentes, estimulando pessoas que fariam o mesmo 
trajeto separadamente a usar um único veículo. 
5% do total de vagas do empreendimento demarcadas como vagas preferenciais para veículos de 
baixa emissão de poluentes. 
Instalação de bicicletário para os funcionários do estádio e da Secretaria de Esportes para 
estimular o uso de transportes não poluentes. 
Especificações de coberturas e pisos claros para evitar o efeito ilha de calor, reduzindo o impacto 
no micro clima, melhorando o conforto humano e para a vida selvagem da vizinhança. 
 Fonte: OTEC (2012). 
 
b) Consumo Eficiente de Água 
Basicamente, o projeto de reforma no que diz respeito ao consumo responsável de 
recursos hídricos, é uma consequência de ações de prevenção da poluição. O grande 
objetivo desta diretriz é a preservação dos mananciais de água potável da cidade. As 
ações podem ser observadas no quadro 8: 
 
Quadro 8 – Diretrizes – Consumo de Água 
Uso de torneiras de fechamento automático, diminuindo a possibilidade de vazamentos e 
contribui para o uso racional da água potável no estádio. 
Instalação de um sistema de esgoto a vácuo no estádio ocasionando a diminuição do consumo de 
água e preservação dos mananciais, bem como redução do volume de esgoto gerado. 
Descargas de duplo acionamento (com a opção de descarga de 3l e 6l no mesmo componente) 
que gera também uma redução no consumo de água. 
 Fonte: OTEC (2012). 
 
c) Energia e Atmosfera 
Essa é uma categoria que vai englobar duas diretrizes impostas pela USGBC para a 
obtenção do selo LEED pela obra de reforma do estádio Castelão, que são eficiência 
energética e inovação tecnológica na obra. 
 33 
 
Esta categoria no projeto visa, através do desenvolvimento e da inovação tecnológica 
(OTEC, 2012), um aproveitamento mais consciente e eficiente do potencial energético 
necessário para a realização da obra de reforma. Suas ações práticas na referida obra são 
evidenciadas no quadro 9: 
 
Quadro 9 – Diretrizes – Energia 
Os sistemas de ar-condicionado projetados para o Estádio e Secretaria do Esporte tem que ser 
altamente eficientes e, ao demandar menos da nossa matriz energética, possibilita a preservação 
das reservas ecológicas. 
Iluminação feita com lâmpadas eficientes tanto no Estádio quanto na Secretaria de Esportes que 
além de menor consumo energético possuem maior vida útil. Portanto, quanto maior a 
durabilidade, menor é a necessidade de produtos de reposição ou de manutenção, menor será a 
quantidade de resíduos. 
Automação para desligamento programado de ar-condicionado e iluminação de áreas em que se 
esteja realmente havendo necessidade de uso. 
Todos os sistemas de instalações serão comissionados com o objetivo de determinar os padrões 
eficientes e garantir sua correta montagem e uso. 
 Fonte: OTEC (2012). 
 
 
d) Materiais e Recursos 
Esta categoria diz respeito à diretriz de reciclagem e reutilização de materiais 
empregados na obra. O foco aqui é uso de materiais que tenham equilíbrio entre 
potencial de reciclagem e ciclo de vida durável. As ações do projeto consistem, 
portanto, no que está disposto no quadro10: 
 
Quadro 10 – Diretrizes – Gestão de Materiais 
Todos os materiais permanentes em madeira do projeto possuem o selo 100% FSC. Esse é um 
selo internacional e aprovado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que garante a origem 
de florestas de manejo. 
Resíduos separados desde a sua geração em contêineres de coleta seletiva. Tudo que pode ser 
reutilizado ou reciclado ajuda a garantir a meta de não enviar para aterros sanitários ou 
industriais 75% dos resíduos gerados pela obra. 
Reciclagem do material da demolição de parte do estádio foi feito dentro da própria obra com 
uma recicladora de concreto. O material foi usado como sub-base do estacionamento. 
Tratamento da água proveniente da lavagem dos pincéis para diminuição da quantidade de 
resíduos tóxicos. 
 Fonte: OTEC (2012). 
 
 
 
 
 34 
 
e) Qualidade do Ar Interno 
Essa categoria no projeto de reforma do estádio abrange a diretriz que cuida da 
qualidade dos ambientes internos. Segundo a USGBC (2012), o foco dessa diretriz é o 
de se preocupar com as condições internas de trabalho do colaborador, conforme pode 
ser observado no quadro 11: 
 
Quadro 11 - Diretrizes – Qualidade do Ar Interno 
Proteção dos dutos durante a construção da obra para evitar o acúmulo de poeira que seria 
jogado no ambiente após seu acionamento. 
Uso de lixadeiras com aspirador para diminuir a quantidade de partículas suspensas na 
construção. 
Uso tintas, colas e pisos com baixos compostos orgânicos voláteis, garantindo a qualidade do ar 
nos ambientes tanto durante sua aplicação quanto ocupação. 
 Fonte: OTEC (2012). 
 
 
Essas cinco diretrizes listadas, portanto, orientam as construções civis que desejam 
obter alguma das certificações LEED. Segundo a OTEC, as obras de reforma do 
Castelão irão ter um foco maior nas categorias de sítios sustentáveis e energia e 
atmosfera. Essa definição de prioridade dentre as categorias observadas pela USGBC 
vem atrelada à compreensão da metodologia de avaliação da entidade para que a obra 
obtenha qualquer uma das certificações. 
Essa metodologia será abordada no próximo subitem, mostrando com mais 
especificidade onde a empresa responsável pela obtenção da certificação LEEED na 
obra de reforma do Castelão manterá o foco para a obtenção dos créditos necessários 
para que o estádio tenha a certificação da USGBC. 
 
 
4.4 Selo LEED – Estágio Atual e Metas 
 
Como já mencionado, a categoria de selo verde da USGBC que a obra de reforma do 
estádio Castelão está enquadrada é a LEED NC, destinada justamente para obras de 
grande impacto nas comunidades no âmbito socioambiental. 
Segundo a USGBC (2011), existem quatro tipos de selo LEED, enquadrando-se a obra 
de acordo com o número de créditos conquistados dentro dos parâmetros da USGBC em 
110 créditos possíveis, que podem ser observados no quadro 12: 
 35 
 
 
Quadro 12 – Certificações 
Selo LEED, conferido a empreendimentos que tiveram entre 40 e 50 pontos. 
Selo LEED Silver, para edificações com mais de 50 pontos e menos de 60. 
Selo LEED Gold, para empreendimentos com pontuação superior a 60 e inferior a 80. 
Selo LEED Platinum, para edificações que conquistaram mais de 80 pontos. 
 Fonte: USGBC (2011. 
 
Como já mencionado, a OTEC é a empresa de consultoria de sustentabilidade e 
eficiência energética responsável pela consultoria para a obtenção da certificação LEED 
no estádio Castelão. Dentre algumas realizações na área de certificação ambiental 
LEED realizadas pela empresa no Brasil, destacam-se as certificações no Centro de 
Cultura Max Feffer, em Pardinho, localizada no interior do estado de São Paulo e do 
Centro de Distribuição da empresa Procter & Gamble, em Itatiaia, no estado do Rio de 
Janeiro. 
Portanto, de acordo com OTEC (2012), a obra de reforma do estádio no Ceará visando a 
Copa do Mundo de 2014, buscará a certificação mais simples, ou seja, o selo LEED. Em 
termos dessas diretrizes, a OTEC busca os 40 créditos necessários à certificação, porém 
trabalha com uma “margem de segurança”, buscando 45 créditos. Neste subitem, 
apresentam-se os planos da OTEC quanto a esses créditos necessários, focando 
exclusivamente nas áreas em que a empresa responsável pela implementação destas 
práticas decidiu atuar para certificar o estádio, bem como suas metas, ou seja, os pontos 
em que haverá a possibilidade de melhorias para que o número de créditos almejados 
seja alcançado. 
Na tabela 1, tem-se o detalhamento do plano de ação da empresa responsável pela 
implementação das ações que visam a obtenção da certificação LEED nas obras de 
reforma do estádio Governador Plácido Castelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
Tabela 1 – Modernização do Estádio Castelão 
Categoria Créditos 
Sítios Sustentáveis 
Total 
de 
Pontos 
Atendidos Meta 
Escolha de Terreno 1 1 - 
Desenvolvimento da Conectividade com a Comunidade 5 5 - 
Transporte Alternativo - Transporte Público 6 6 - 
Transporte Alternativo – Bicicletas 1 - 1 
Transporte Alternativo - Veículos de Combustível Alternativo 3 0 3 
Transporte Alternativo - Capacidade de Estacionamento 2 1 1 
Efeito Ilha de Calor - Áreas Externas – Pisos 1 - 1 
Efeito Ilha de Calor - Áreas Externas – Coberturas 1 - 1 
Total 20 13 7 
 
Consumo Eficiente de Água 
Total 
de 
Pontos 
Atendidos Meta 
Tecnologias Inovadoras para o Controle de Efluentes 2 - 2 
Redução no Consumo de Água 2 a 4 - 4 
Total 6 - 6 
 
Energia & Atmosfera 
Total 
de 
Pontos 
Atendidos Meta 
Otimização do Desempenho Energético 2 - 2 
Medição e Verificação do Consumo de Energia 3 - 3 
Fontes de Energia Limpa 2 - 2 
Total 7 - 7 
 
Materiais & Recursos 
Total 
de 
Pontos 
Atendidos Meta 
Reutilização de Edifício - 55% a 95% 1 - 1 
Gerenciamento de Resíduos da Obra 2 - 2 
Madeira Certificada 1 - 1 
Total 4 - 4 
 
Qualidade Ambiental no Interior do Edifício 
Total 
de 
Pontos 
Atendidos Meta 
Ventilação Intensificada 1 - 1 
Qualidade do Ar em Ambientes Internos - Durante a Construção 1 - 1 
Materiais de Baixa Emissão 2 - 2 
Total 4 - 4 
Fonte: OTEC (2012). 
 37 
 
Portanto, o estudo mostra que com o sucesso esperado na implementação de todas as 
medidas descritas nas tabelas, o estádio Castelão receberá a certificação LEED. Dado 
que a conclusão da obra, segundo a SECOPA (2012), está prevista para dezembro de 
2012, o estádio estará com a certificação já para o evento teste da FIFA, a Copa das 
Confederações, que ocorrerá em junho de 2013. 
No atual momento, apenas a diretriz de sítios sustentáveis tem condições de receber 
créditos da USGBC. De acordo com a OTEC (2012), a expectativa é que todas as cinco 
categorias e as ações práticas escolhidas para a obtenção dos créditos, escolhidas em 
conjunto pela empresa de consultoria responsável pela certificação ambiental e pela 
empresa responsável pelas obras de reforma em geral, estejam dentro das orientações da 
USGBC até dezembro de 2012 (OTEC, 2012). 
Essa previsão está associada ao processo de certificação em si. Logo após a empresa 
consultora responsável pelo selo LEED atestar o comprometimento da obra com as 
ações listadas por ela mesma no trabalho de consultoria, a empresa responsável pelas 
obras em geral irá solicitar a avaliação da USGBC visando a obtenção da certificação 
LEED pela construção. Como esse processo dura aproximadamente de três a cinco 
meses, dependendo se ocorrer necessidade de uma reavaliação pela USGBC, o estádio 
Castelão receberia oficialmente o selo LEED entre os meses de fevereiro e abril de 
2013, portanto, em tempo hábil para o estádio ter o selo LEED para Copa das 
Confederações em julho de 2013, sendo este um evento teste da FIFA com o país sede 
da Copa do Mundo (OTEC, 2012). 
Vale lembrar que o que estes dados revelam são apenas as tarefas dentro dos padrões da 
USGBC para a certificação LEED que a obra buscará atender, para que se obtenha a 
certificação. Claro que para certificações superiores em excelênciana gestão ambiental 
e social das obras de construção civil no mundo inteiro da USGBC no padrão LEED, as 
exigências são maiores, bem como os critérios de avaliação são mais rigorosos. Por 
razões de escolha ou ausência de planejamento na gestão ambiental no início da 
confecção do projeto de reforma do estádio cearense, a escolha foi a da obtenção do selo 
LEED de graduação mais baixa. Porém, nada alheio a essas razões impediria que 
certificações mais graduadas da USGBC no padrão LEED fossem almejadas e 
conquistadas. 
 
 
 
 38 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Diante do exposto neste trabalho, percebe-se que a questão da sustentabilidade vem 
despertando a atenção crescente nas empresas. 
Essa preocupação com os impactos socioambientais relativos às atividades produtivas 
das empresas também é uma preocupação da FIFA com relação ao seu maior evento, a 
Copa do Mundo de futebol. Baseados nas orientações da FIFA, os projetos de 
construção ou reforma dos estádios das doze subsedes do evento têm que objetivar e 
conseguir a certificação ambiental LEED, fornecida pela USGBC, de modo a atestar 
que aquela construção é ambientalmente responsável segundo os parâmetros de 
avaliação internacionais da USGBC. 
O objetivo geral deste estudo era analisar a adequação das obras de reforma do estádio 
Governador Plácido Castelo em relação às orientações da FIFA no que tange à questão 
da sustentabilidade. Como objetivos específicos, identificar os itens de certificação 
LEED pretendidos nas obras de reforma do estádio Governador Plácido Castelo e 
verificar o estágio atual das diretrizes do selo LEED nessas obras. Como objetivo mais 
específico, este estudo se concentrou na identificação dos itens da certificação LEED, 
bem como a verificação do estágio atual das diretrizes do selo no Castelão. 
Sugere-se que a temática deste abordada neste estudo pode ser estendida para todas as 
subsedes da Copa do Mundo de 2014, avaliando com detalhes como cada projeto cuida 
da questão da sustentabilidade nas suas obras de construção e reforma dos estádios. 
Comparando-se as ações desenvolvidas em cada obra desses estádios em relação ao selo 
LEED, poder-se-ia traçar um paralelo entre todos os doze estádios. Além disso, baseado 
no fato de esta ser a primeira “Copa do Mundo Verde” organizada pela FIFA, se poderia 
também comparar como foi feita a gestão da certificação LEED. 
O estudo verificou que existe uma adequação das obras de reforma do referido estádio 
às exigências da FIFA em relação à sustentabilidade. Uma vez que tem buscado as 
metas mínimas de estabelecidas, especialmente no que tange à categoria de “sítios 
sustentáveis”. Essa categoria, no projeto de reforma do estádio, foi a que recebeu maior 
atenção e por parte dos gestores da obra de reforma, tendo a meta de atender 20 créditos 
dentre os 41 buscados. Até o momento já se atenderam 13 pontos desses 20 planejados 
nesta categoria, principalmente no que tange aos meios alternativos de transporte por 
 39 
 
parte dos funcionários engajados na obra, tendo o estacionamento do estádio uma 
capacidade maior quanto ao número de veículos alternativos e que usam combustível 
alternativo. Além disso, ainda nesta categoria, nas obras de reforma do estádio, todos os 
materiais permanentes em madeira do projeto possuem o selo 100% FSC. Esse é um 
selo internacional e aprovado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal que garante 
a origem de florestas de manejo. 
Baseado nisso, o trabalho mostrou de maneira bastante clara o lugar da sustentabilidade 
no novo estádio Governador Plácido Castelo. O panorama ideal seria que mais trabalhos 
de análise dessa questão tão importante também fossem empreendidos para os estádios 
das outras subsedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
 
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