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11 - DIREITO PÚBLICO

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1 
 
 
DIREITO PÚBLICO 
1 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
A ORIGEM DO DIREIRO PÚBLICO ....................................................................... 3 
DIREITO CONSTITUCIONAL................................................................................. 6 
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................. 9 
DIREITO TRIBUTÁRIO ........................................................................................ 11 
DIREITO FINANCEIRO ........................................................................................ 12 
DIREITO PENAL .................................................................................................. 15 
A DIFERENÇA DO DIREITO PÚBLICO PARA O PRIVADO ............................... 16 
PRINCÍPIOS E REGRAS DO DIREITO PÚBLICO ............................................... 17 
FONTES DO DIREITO ......................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 20 
 
 
2 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável 
e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e 
ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país 
na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O Direito Público é o conjunto de normas de natureza pública, com forte atuação do 
Estado, de caráter social e organizacional da sociedade. São alguns ramos do Direito 
Público o Direito Constitucional, Administrativo, Tributário, Financeiro e Penal. 
O direito público está formado por normas que possuem um grande foco social e 
organizacional. Nesse ramo do direito existe uma relação vertical entre o Estado e o 
indivíduo, ou seja, há uma hierarquia na qual o Estado é superior ao indivíduo porque 
representa os interesses da coletividade contra interesses individuais. Nesse caso, o 
Estado possui esse status superior porque está velando pelos direitos de todos, já 
que representa os interesses do povo, e os interesses coletivos sempre pesam mais 
que os individuais. 
As leis dentro do direito público são imperativas, ou seja, não existe opção de escolha: 
todos estamos sujeitados a elas. Queira ou não, precisamos respeitá-las e, se não o 
fazemos, sofremos consequências. Não dá pra dizer “não concordo com o que direito 
penal diz, então ele não aplica a mim”, porque dessa maneira todos poderíamos 
cometer crimes impunemente. Se todos escolhêssemos quais direitos públicos seguir 
ou não, a vida em sociedade se tornaria um caos. Por isso são normas obrigatórias 
que todos devemos seguir já que a lei não poderia ser personalizada de acordo com 
a vontade de cada um. 
 
 
A ORIGEM DO DIREIRO PÚBLICO 
 
 
A origem da dicotomia Direito Público e Direito Privado está no Direito Romano, onde 
sua base é um trecho de Ulpiano (Digesto) que afirma: “O direito público diz respeito 
ao estado da coisa romana, à polis ou civitas, o privado à utilidade dos particulares”. 
Não há como falar da origem do Direito Público sem citar o Direito Privado. 
4 
 
 
Baseado nas ideias de Hannah Arendt, Tércio Sampaio Ferraz Jr. vincula a 
explicação da origem da dicotomia Direito Público e Privado à estrutura 
socioeconômica da civilização romana, que conhecia dois campos de poder, sendo 
eles a esfera pública e privada. Tércio Sampaio afirma que a esfera pública abrangia 
o âmbito das necessidades, envolvendo o exercício do homem voltado para sua 
sobrevivência, sendo este, o labor, exercido no próprio lar. Pareado a essa atividade, 
o homem dado como livre, isto é, o cidadão, exercia a chamada ação, que consistia 
na reunião de homens para a discussão de temas relevantes, troca de vivências e 
adoção de pensamentos comuns. Tal atividade era praticada na cidade (polis), da 
qual se origina a expressão animal político. 
Partindo dessa ideia, a passagem do Digesto, ao fazer um paralelo de ambas às 
esferas de interesse, tenha denominado como privadas as relações que eram 
estabelecidas no âmbito doméstico, isto é, família, sucessões e propriedades, sendo 
essas situações compreendidas no terreno da pessoa natural. Portanto, o Direito 
Privado regulamenta o papel da pessoa nas suas relações travadas em seu âmbito 
de poder. 
 
 
A distinção nítida vista no sistema romano entre a esfera pública e privada e o domínio 
particular não se verifica na Idade Média. As invasões bárbaras propiciaram uma nova 
condição política, cuja consequência mais relevante se dará na estrutura de 
produção. Isso se torna mais evidente na propriedade imobiliária, que dá lugar a um 
sistema com embasamento na ideia das concessões. A adoção de tal sistema, isto é, 
da superposição de propriedades, não permitia a diferenciação segura entre o público 
e o particular. Esse fato é agravado pela incapacidade do rei de defender o reino de 
invasores, obrigando as várias classes sociais a defender-se por meios próprios. 
A dicotomia Direito Público e Direito Privado ressurge durante a Revolução Francesa. 
A classe burguesa, oponível ao absolutismo, retoma o modelo romano ao estremar a 
esfera pública e a privada. Nesse período, há o predomínio da liberdade de iniciativa, 
o princípio da igualdade formal de todos os homens e a ideia da não interferência 
estatal em negócios particulares. O fato de retroceder a condição anterior causava 
receio, o que gerou um sistema em que o poder público não intervinha, a não ser em 
hipóteses restritas. Esse fato marca o ápice da ideologia liberalista. 
5 
 
 
No Código de Napoleão (1804) havia disciplinados contratos, família e propriedade, 
que constituem o objeto de incidência do Direito Privado, sustentado no binômio 
igualdade/liberdade, que afirma que todos os homens nascem livres e iguais e que, 
portanto, cada um pode buscar o que achar que é melhor para si. Os sistemas 
romano-germânicos retiraram ensinamentos do modelo napoleônico, como é o caso 
dos Estados da Europa continental e das nações latino-americanas. Tais sistemas 
buscavam garantir amplo âmbito de ação ao particular e, ao mesmo tempo, limitar a 
ingerência do Estado. No Estado brasileiro, o Direito Privado, dos séculos XIX e XX, 
compreendeu a família, a propriedade, os contratos e a empresa, disciplinas com 
características individualistas e sem qualquer comprometimento social. 
 
6 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
No âmbito do Direito Público, define-se Direito Constitucional como normas internas 
e estruturais fundamentais de cada Estado. São normas que estruturam a sociedade, 
ditam modelos econômicos, políticos e sociais, garantem direitos fundamentais de 
cada indivíduo e são moldes para a criação de novas leis. 
Quanto ao aspecto material o Direito Constitucional é o principal elemento de 
materialidade do ordenamento jurídico quando se tratade proteção e reconhecimento 
de direitos. O caráter material de uma Constituição é o núcleo de vinculação real com 
os movimentos políticos da sociedade e com os próprios cidadãos. Vinculado com as 
declarações de direitos, existem as normas que organizam os poderes do Estado. 
São normas que regulam as linhas básicas das instituições políticas fundamentais do 
Estado, assim como a distribuição do Poder entre elas. 
Genericamente, conceitua-se o Direito Constitucional como o ramo do Direito Público 
interno que analisa e interpreta as normas constitucionais que estão compreendidas 
no ápice da pirâmide normativa de uma ordem jurídica, consideradas Leis Supremas 
de um Estado soberano, e que têm por escopo regulamentar e delimitar o poder 
estatal, além de garantir os direitos considerados fundamentais. O Direito 
Constitucional é destacado por ser fundamental e tem por objeto a constituição 
política do Estado. 
O que ensejou a formulação da Constituição foi a teoria do constitucionalismo, surgida 
a partir das teorias iluministas e do pensamento que também deu base à Revolução 
Francesa. O primeiro documento formal que esboçou o que seria posteriormente 
chamado de Constituição foi a Magna Carta, do Príncipe João Sem-Terra, por 
pressão dos barões da Inglaterra medieval, documento que gerou questionamento 
por conta de que os únicos beneficiários com tal direito eram os barões ingleses. 
Entretanto, com os adventos das Revoluções Liberais surgiu o ideário constitucional, 
com o objetivo de evitar abusos dos soberanos em relação aos súditos, documento 
este onde se pudesse fixar a estrutura do Estado e a conseqüente limitação dos 
poderes do Estado em relação ao povo. 
7 
 
 
Mais tarde, especialmente com a teoria elaborada por Hans Kelsen, grande jurista da 
Escola Austríaca da primeira metade do Século XX, chamada de Teoria Pura do 
Direito, a Constituição foi considerada, não como apenas uma lei limitadora e 
organizativa, mas como a própria fonte de eficácia de todas as leis de um Estado. 
Entretanto tal teoria apesar de primordial para a formação de um pensamento mais 
aprofundado acerca desta norma, não obteve todo o alcance possível do poder e da 
função constitucional. 
Posteriormente a real função da Constituição foi expressa por outros pensadores 
como Konrad Hesse, Robert Alexy e Ronald Dworkin. Este pergaminho considerado 
como norma superior, além de garantir a existência e limites do Estado deve prever 
os direitos fundamentais inerentes a cada pessoa, e estabelecer os modos de garantir 
a eficácia dos mesmos, de modo que o Estado promova a suas funções precípuas. 
Kelsen explica que as normas jurídicas são elaboradas por um ato especial. Elas são 
postas, ou seja, são elementos de uma ordem positiva, a qual se origina de uma 
norma fundamental, que serve de ponto de partida de um processo, o de criação do 
Direito Positivo. Essa norma é dotada de um poder sui generis perante as demais. 
Ainda de acordo com Kelsen, a ordem jurídica diferencia-se das demais ordens 
sociais por ser emanada diretamente do Estado e pelo seu caráter coativo. Ou seja, 
impõe-se – mesmo contra a vontade da pessoa a quem atinge – por meio do exercício 
decisivo da força física (monopolizada pelo Estado): 
(...) esse ato coativo tem o caráter de uma sanção e a conduta humana contra a qual 
ele é dirigido tem o caráter de uma conduta proibida, antijurídica, de um ato ilícito ou 
delito – quer dizer, é o contrário daquela conduta que deve ser considerada como 
prescrita ou conforme ao Direito, conduta através da qual será evitada a sanção. 
O grande jurista Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que, 
(...) Além disto, é a representação popular, o Legislativo, que deve, impessoalmente, 
definir na Lei e na conformidade da Constituição os interesses públicos e os meios e 
modos de persegui-los, cabendo ao Executivo, cumprindo ditas leis, dar-lhes a 
concreção necessária. 
A norma fundamental não é posta pelo costume ou por um ato de um órgão estatal. 
É uma norma pressuposta, no sentido de que é constituinte, ou seja, inova 
8 
 
 
originariamente, e, por isso, tem uma autoridade acima das demais. É outorgada pelo 
Poder Constituinte, que repousa no povo. Para José Afonso da Silva, "Poder 
Constituinte é o poder que cabe ao povo de dar-se uma Constituição. É a mais alta 
expressão do poder político, porque é aquela energia capaz de organizar política e 
juridicamente a Nação". 
Deduz-se do exposto que, o Poder Público visando a realização do bem comum deve 
pautar sua conduta de acordo com os princípios da Constituição. O Direito, em sua 
concepção pura, diz o que é válido e inválido diante de si, a partir de um sistema de 
normas que está orientado pela norma fundamental, a Constituição. 
A Constituição da República do Brasil de 1988, resultado de uma longa história 
constitucional brasileira, teve a influência das Constituições escritas e rígidas dos 
Estados Unidos da América em 1787 e da França em 1791. Apresenta normas 
referentes à formação dos poderes públicos, à distribuição de competências, à 
individualização dos órgãos competentes para editarem normas jurídicas, legislativas 
e administrativas, direitos e garantias fundamentais, entre outras, e é então definida 
como a lei fundamental do Estado. 
Segue ilustrado abaixo um mapa mental do direito constitucional 
 
( Fonte: https://tatudomapeado.com/category/direito-constitucional-gratis/ ) 
 
9 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que regula a atividade do Estado, 
com todos os serviços públicos dispostos para a sociedade, que tem como finalidade 
o bem social comum. Seu enfoque está na prestação do serviço público, o modelo e 
o limite de atuação e ainda ordena o relacionamento entre a esfera pública e privada, 
além da relação dos indivíduos com a administração pública. 
Primeiramente, cabe recapitular entre os vários conceitos existes nas doutrinas, o 
mais adequado ao tema do trabalho. Refere-se à definição do grande jurista, Hely 
Lopes Meirelles, que conceitua o Direito Administrativo como “o conjunto harmônico 
de princípios jurídicos que tratam da administração pública, regendo seus os órgãos, 
seus agentes e suas atividades públicas, tendendo a realizar concreta, direta, e 
indiretamente os fins desejados pelo Estado”. 
O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja principal característica 
se refere ao fato de haver uma desigualdade jurídica, pois de um lado, encontramos 
a administração pública que defende os interesses da coletividade e de outro, o 
particular. Se ocupa também da função governamental, CF, Art. 84, II. 
O Direito Administrativo resultou, sem dúvida, do crescente intervencionismo do 
Estado na esfera individual. Nos casos de conflito a administração pública se coloca 
na condição de superioridade de interesses com o particular. Como ramo autônomo, 
teve seu nascimento nos fins do século XVIII, com forte influência do Direito francês 
tido por inovador no trato das matérias correlatas à Administração Pública, tais como 
a organização interna de seus órgãos e funcionamento respectivo de pessoal 
(administrados e servidores), de modo a satisfazer as finalidades que lhe são 
constitucionalmente atribuídas. Tem relação com o Direito Constitucional e com o 
Direito Financeiro e Tributário, de vez que a arrecadação de tributos, a realização da 
receita e a efetivação de despesas públicas são atividades rigorosamente 
administrativas. 
A denominada função administrativa do Estado submete-se a um especial regime 
jurídico. Trata-se do denominado regime de direito público ou regime jurídico-
10 
 
 
administrativo. Sua característica essencial reside, de um lado, na admissibilidade da 
idéia de que a execução da lei por agentes públicos exige o deferimento de 
necessárias prerrogativas de autoridade que façam com que o interessepúblico 
juridicamente predomine sobre o interesse privado e em nome da coletividade. 
Recebem o dever-poder de realizá-los. Consiste, na verdade, no regime jurídico 
decorrente da conjugação de dois princípios básicos: o princípio da supremacia dos 
interesses públicos e o da indisponibilidade dos interesses públicos. 
Tomando o conceito de Administração Pública em seu sentido orgânico, isto é, no 
sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinados ao exercício da totalidade da 
ação executiva do Estado, a nossa Constituição Federal positivou os princípios gerais 
norteadores da totalidade de suas funções, considerando todos os entes que integram 
a Federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
Os princípios inerentes à Administração Pública são aqueles expostos no art. 37, 
caput, de nossa vigente Constituição. Diz o artigo: 
Art. 37 Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
Alguns, diga-se de, pronto, foram positivados de forma expressa. Outros, de forma 
implícita ou tácita. Constituem mutuamente e não se excluem e jamais serão 
eliminados do ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática, 
fornecendo as diretrizes situadas no ápice do sistema a serem seguidas por todos os 
aplicadores do direito. 
Trata-se, portanto, de princípios incidentes não apenas sobre os órgãos que integram 
a estrutura central do Estado, incluindo-se aqui os pertencentes aos três Poderes 
(Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário), mas também de preceitos 
genéricos igualmente dirigidos aos entes que em nosso país integram a denominada 
Administração Indireta, ou seja, autarquias, as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e as fundações governamentais ou estatais. 
11 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
( Fonte: https://www.aurum.com.br/blog/direito-tributario/ ) 
 
O Direito Tributário está relacionado aos meios de arrecadação que o Estado adota, 
isto é, os tributos (impostos, taxas e contribuições). 
Não importa a concepção que se venha adotar em relação ao Estado. O fato é que 
ele sempre desenvolve atividade financeira, atuando com maior ou menor 
intensidade, ora explorando o próprio patrimônio visando o lucro, ora intervindo no 
setor privado da economia, ou na defesa da coletividade. Diz-se que o Estado exercita 
apenas atividade financeira, como tal entendido “o conjunto de atos que o Estado 
pratica na obtenção, na gestão e na aplicação dos recursos financeiros de que 
necessita para atingir os seus fins. 
Na economia capitalista o Estado tem como instrumento de sobrevivência a 
tributação. Sem os tributos, este ente não poderia realizar os seus fins sociais. 
Valendo-se do exercício de sua soberania, o Estado exige dos indivíduos que lhe 
forneçam os recursos de que necessita: institui os tributos. 
No Brasil o poder tributário é compartilhado entre a União, os Estados-membros, o 
Distrito Federal e os Municípios. Ao poder tributário juridicamente delimitado e 
12 
 
 
dividido, dá-se o nome de competência tributária, que envolve atribuição outorgada 
pelo Direito e pertence ao escopo das normas. 
É a nossa Carta Magna que atribui as competências para tributar. Somente às 
pessoas de Direito Público, dotadas do poder legislativo, pode ser atribuída a 
competência tributária, visto que deve ser exercida mediante a edição de lei. Já a 
capacidade tributária, ou seja, entendida como a capacidade para ser sujeito ativo da 
relação de tributação, pode ser atribuída pela Constituição, ou por uma lei, a ente 
estatal não necessariamente dotado de poder legislativo mediante o exercício de atos 
administrativos. Os artigos 153 a 156 da Constituição Federal dispõem sobre a 
atribuição de competência tributária. 
Do produto da arrecadação do tributo instituído e cobrado é realizada a distribuição 
de receitas, sendo reservada à União a maior parcela da competência tributária. 
Desta distribuição tratam os artigos 157 a 162 do pergaminho constitucional. Assim, 
diz-se que o Direito Tributário é o ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado 
pelo conjunto de proposições jurídico-normativas, que correspondam, direta ou 
indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos. É “ a disciplina 
jurídica dos tributos, com o que se abrange todo o conjunto de princípios e normas 
reguladores da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza 
tributária” 
 
 
DIREITO FINANCEIRO 
 
 
O Direito Financeiro é a aplicação, administração e gerenciamento dos recursos 
públicos advindos dos tributos para empregá-los na sociedade. 
O direito financeiro tem por objeto uma parcela da atividade financeira do Estado, no 
caso o orçamento público, compreendendo, pois, sua composição por meio das 
respectivas receitas e despesas, bem assim o competente controle interno e externo. 
De outra parte, é de mister assinalar que, a exemplo de qualquer ramo do direito, o 
financeiro pode ser visto sob o prisma da ciência do direito e sob o ângulo do direito 
13 
 
 
positivo. De conseguinte, à ciência do direito financeiro compete estudar as normas 
disciplinadoras do orçamento público e do seu controle, ao passo que ao direito 
positivo cumpre normatizar o orçamento público e o seu controle, tanto interno quanto 
externo. 
Como se vê, a ciência do direito estuda o seu objeto, enquanto o direito positivo 
estabelece normas reguladoras e disciplinadoras de um dado objeto. Em obséquio à 
brevidade, é lídimo afirmar que a ciência do direito estuda o direito positivo, ao tempo 
que o direito positivo disciplina o seu objeto. Enfim, a ciência estuda e o direito 
positivo normatiza. 
Em breve digressão, cumpre advertir que, não raro, obras consagradas e autores de 
prol incorrem numa censurável imprecisão terminológica na medida em que utilizam 
o verbo estudar ao definirem um dado plano do direito positivo, o qual, ao contrário 
de estudar, é formado por um plexo de normas reguladoras de um determinado 
objeto. 
Por outro lado, segundo as lições de Miguel Reale, o Direito Financeiro se situa no 
perímetro do Direito Público, uma vez que o seu conteúdo tem por finalidade imediata 
o interesse geral e a sua forma de regulação é de subordinação na medida em que 
se caracteriza por regime de autoridade.7 
Impende dizer, também, que os múltiplos campos do direito positivo são compostos 
por normas e princípios. Aquelas traduzem simples comandos que versam sobre 
conceitos, ordens, proibições, permissões e penalidades, já estes abrigam diretrizes 
que informam e presidem cada ramo do direito, a exemplo dos princípios 
constitucionais genéricos que definem a forma de Estado e a forma de governo, bem 
assim os postulados que proclamam os direitos e garantias, dentre outros. 
Ante os comentos ora enunciados, pode-se dizer que o Direito Financeiro é o ramo 
do direito público formado pelo plexo de normas e princípios que, direta e 
indiretamente, disciplinam o orçamento público e o seu respectivo controle interno e 
externo. 
Entrementes, é de mister obtemperar que abalizados doutrinadores comunicam um 
sentido mais amplo ao Direito Financeiro, a exemplo de Ricardo Lobo Torres, para 
quem “Direito Financeiro é o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade 
14 
 
 
financeira. Incumbe-lhe disciplinar a constituição e a gestão da Fazenda Pública, 
estabelecendo as regras e procedimentos para a obtenção da receita pública e a 
realização dos gastos necessários para consecução dos objetivos do Estado”. Nas 
dobras de sua concepção apresenta uma divisão do Direito Financeiro que 
compreende a Receita Pública composta pelo Direito Tributário, Direito Patrimonial 
Público e Direito do Crédito Público, enquanto, por outro lado, alude à DespesaPública desdobrada no Direito da Dívida Pública e no Direito das Prestações 
Financeiras e, por fim, o Direito Orçamentário.8 
Como se pode notar, apesar da diferença pormenorizada do objeto contido na 
classificação de Ricardo Lobo Torres, há um ponto comum com a posição suscitada 
nesta obra na dimensão em que o Direito Orçamentário ou o Orçamento culmina por 
hospedar quaisquer tópicos relacionados com a matéria. Daí, a rigor, não haver 
divergência, mas a simples adoção de um critério pormenorizado para efeito de 
identificar o Direito Financeiro. 
 
15 
 
 
DIREITO PENAL 
 
 
O Direito Penal disciplina condutas humanas que podem pôr em risco a coexistência 
dos indivíduos na sociedade, baseada na proteção dos princípios que devem ser 
respeitados para o convívio social harmônico (vida, liberdade, intimidade, propriedade 
etc.). Tal Direito descreve determinadas condutas sociais considerados crimes (mais 
graves) e contravenções (menos graves), sendo o Estado responsável pelo direito de 
punir tais atos mediante os critérios preestabelecidos, objetivando desestimular os 
indivíduos a descumprirem as normas e de readaptar o indivíduo ao convívio social. 
Também conhecido como Direito Criminal, o Direito Penal é o ramo responsável por 
atribuir penas aos delitos de acordo com as normas originadas no Poder Legislativo. 
Tais penas permitem preservar a sociedade ao mesmo tempo que proporcionam o 
seu desenvolvimento. 
O Direito Penal vem sendo objeto de inúmeros questionamentos acerca de sua 
eficácia perante os problemas atuais de nossa sociedade, havendo, inclusive, os 
abolicionistas que defendem sua erradicação. Nesse sentido, realizar-se-á análise 
acerca da primordial função do Direito Penal, juntamente com seu principal 
instrumento de coação, qual seja, a pena, demonstrando as características e as 
limitações do modelo criminal retributivo, que predomina em nosso ordenamento 
jurídico atualmente, para depois se analisar os ideais da Justiça Restaurativa. 
16 
 
 
A DIFERENÇA DO DIREITO PÚBLICO PARA O PRIVADO 
 
 
Atualmente, na Era Moderna, houve uma releitura. Enquanto na esfera pública há a 
participação do Estado, uma relação de supremacia, isto é, domínio estatal, na esfera 
privada, o Estado é ausente, sendo a relação apenas entre iguais. Por um lado, o 
Direito resguarda os valores que interessam à comunidade, por outro, ampara os 
interesses dos particulares. Miguel Reale afirma que há dois fatores que distinguem 
o Direito Público do Direito Privado. O primeiro leva em consideração o conteúdo da 
norma, enquanto o segundo dá enfoque ao aspecto formal da relação jurídica. Quanto 
ao aspecto formal, no Direito Privado a relação é de coordenação, já no Direito 
Público a relação é de subordinação. 
O Direito Público é um ramo muito pouco estudado nas Faculdades de Direito 
brasileiras, onde a maior atenção é dada ao Direito Privado, sobretudo ao Direito Civil. 
Já o disse, certa ocasião, um Ministro do Supremo Tribunal Federal, que Direito é o 
Direito Civil; o resto é o resto. Essa exagerada posição civilista logicamente tem suas 
conseqüências. 
Em verdade, tudo se passa como se a existência do Estado fosse natural, como se 
ele sempre tivesse existido. A regra de direito é mostrada como uma regra de conduta 
humana que será feita observar por uma coação, se necessário. Não se questiona o 
porquê de uma norma assumir determinada forma, exigir determinada conduta ou 
proibir certas condutas. 
Não há uma real discussão sobre a origem da regra jurídica num órgão do próprio 
Estado, muito menos sobre a possibilidade de a norma beneficiar determinados 
grupos em detrimento de outros, ou que a norma poderia ser outra e não aquela 
concretamente assumida. A lei é apresentada como reflexo da “vontade geral” e 
poucos autores mostram que ela é fruto da vontade do Estado. Como “vontade geral” 
é fácil demonstrar a necessidade da obediência às suas normas, porque isto é para 
o “bem comum” de todos. 
 
17 
 
 
PRINCÍPIOS E REGRAS DO DIREITO PÚBLICO 
 
 
Aos institutos jurídicos reúnem-se as regras de Direito. Estes, agrupam-se de acordo 
com a sua natureza, formando o conteúdo de cada ramo do Direito. Nesta sistemática, 
aparece o Direito Público como uma divisão do Direito objetivo. Esta divisão utilizada 
pelos juristas é importante por ser útil e necessária, não só sob o prisma da ciência 
do Direito orientando a prática acadêmica, mas também aqui evidenciada do ponto 
de vista didático para dar a forma e a ordem desejadas na abordagem deste artigo. 
Cabe definir o Direito Público como o setor do ordenamento jurídico que regula o 
exercício do Poder do Estado, orientado para a obtenção de interesses comuns. As 
normas de Direito Público, são, assim, as que regulam a atividade dos poderes do 
Estado e a relação destes poderes entre si e com os cidadãos. 
Deste modo, o Direito Público apresenta uma perspectiva objetiva de normas que 
regem as relações em que o sujeito é o Estado tutelando os interesses coletivos e 
visando o fim social, quer perante os seus membros, quer perante aos outros Estados, 
destacando o princípio da supremacia do interesse público em face do interesse 
individual. 
As normas jurídicas, portanto, num Estado contemporâneo têm a função primordial 
de reger a relação do Estado, como pessoa e com as demais pessoas. Ou seja, que 
o Estado seja capaz de realizar a justiça social, seja na formulação do Direito positivo 
(no processo legislativo), na sua aplicação (no âmbito administrativo) ou na solução 
de conflitos (no processo judicial), realizando a dialética dos interesses públicos e dos 
interesses individuais. Legislar é editar o direito positivo; administrar é aplicar a lei de 
ofício e julgar é aplicar a lei contenciosamente. 
A partir do exposto, podemos dizer que o Estado é regido por normas de Direito 
Público que lhe limitam a atuação só podendo fazer o que estiver autorizado por lei. 
A instituição estatal, que possui uma base de preceitos jurídicos e sociais a serem 
seguidos, evidencia-se como “casa forte” das leis que devem regimentar e 
regulamentar a vida em sociedade. 
18 
 
 
O Direito Público corporificador da sociedade estatal instala-se em documento 
denominado Constituição. Nela se encontram os preceitos normativos identificadores 
do Estado. 
O Estado existe a partir da Constituição. Didaticamente, o Direito Público abre-se em 
ramos. No caso do contexto abordado importa dar ênfase à subdivisão classificada 
em Direito Constitucional, Administrativo e Tributário, os quais serão capitulados 
daqui por diante. 
FONTES DO DIREITO 
 
 
Fonte é sinônimo de origem, causa, princípio, procedência. O Direito, como qualquer 
outra área das ciências sociais aplicadas, possui fontes próprias. Isso quer dizer que 
as normas jurídicas proveem de fontes específicas que por sua fez coincidem com os 
fatos próprios da realidade humana que produzem as normas jurídicas. 
Existem dois tipos principais de fontes do Direito: 
 Fontes formais: aquelas que conferem ao Direito a sua obrigatoriedade. 
Quando se fala em um direito positivo, imposto, de obediência necessária, sua 
origem perpassa quase que invariavelmente pelas suas fontes formais. São 
exemplos de fontes formais: 
 A lei: a expressão lei aqui deve ser entendida em sentido estrito. 
Compreende-se como fonte formal do Direito o conjunto de normas que 
provém de um processo legislativo juridicamente reconhecido e 
socialmente legitimado. 
 Os costumes jurídicos: os atos humanos de relevância para o Direito, à 
medida que vão se repetindo na história, criam entre os homens o dever 
de observá-los. Entretanto, não é toda e qualquer prática reiterada que 
cria um costume jurídico, somente aquelas que coincidem com os 
valores sociais e jurídicos de um determinado grupo. 
 A jurisprudência: a expressão jurisprudência é proveniente do Direito 
romano que, já àquelaépoca, compreendia que o Direito se constrói 
19 
 
 
também a partir do raciocínio prudente das autoridades julgadoras de 
um povo. Hoje não é diferente. Os juristas do nosso tempo também se 
utilizam das decisões já tomadas pelo Poder Judiciário para 
fundamentar suas teses em ações judiciais novas. 
 A doutrina: esse é o nome que se dá ao conjunto bibliográfico de 
raciocínios jurídicos. Quando uma pessoa se torna experiente no campo 
do Direito, ou seja, um jurista apto a ensinar aos outros a ciência do 
Direito, diz-se dele um doutrinador. Os entendimentos entabulados pela 
doutrina também são, por isso, fonte formal do Direito. 
 
 Fontes materiais: aquelas cujo conteúdo se confunde historicamente com as 
normas jurídicas. A sua essência é jurídica, independentemente da forma 
como se apresenta à sociedade. As fontes materiais emergem da realidade 
social e dos valores. São exemplos de fontes materiais do Direito: 
 A história: a análise e interpretação dos fatos históricos, do 
comportamento de uma dada sociedade ao longo das eras 
relativamente a determinado assunto, serve para constituir o Direito do 
dia de hoje. 
 Os valores religiosos: a compreensão humana da sua relação com os 
fenômenos relacionados à sua espiritualidade. Serve também para 
influenciar a tomada de decisões na hora de construir uma norma 
jurídica. 
 A moral: os valores morais, a ética e a delimitação do homem sobre a 
aceitabilidade ou não das suas atitudes e dos seus pensamentos 
também influenciam no conteúdo de uma norma jurídica, na sua 
matéria. Por isso a moral também pode ser compreendida como fonte 
material do Direito. 
Perceba que as fontes do Direito são, na verdade, a sua origem. E essa percepção é 
extremamente importante, pois caso uma lei seja considerada injusta, poderá ter a 
sua aplicação negada pelo Poder Judiciário – caso este entenda ter sido agredida 
alguma fonte do Direito. Isso significa dizer que para a correta interpretação do Direito 
é preciso levar em consideração o conteúdo das suas fontes, tanto as formais como 
os materiais. 
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REFERÊNCIAS 
 
 
https://areadny.jusbrasil.com.br/artigos/599864886/resumo-sobre-direito-publico-e-
direito-privado 
https://www.politize.com.br/direito-publico-e-direito-privado/ 
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/401391/1/PNAP%20-
%20Bacharelado%20-%20Modulo%203%20-
%20Direito%20Publico%20e%20Privado%20-%203ed%20-%20WEB.pdf 
http://www.inmetro.gov.br/producaointelectual/obras_intelectuais/264_obraIntelectua
l.pdf 
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/307/edicao-1/normas-gerais-de-direito-
financeiro 
https://jus.com.br/tudo/direito-penal 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/o-direito-penal-finalidades-e-
sancoes/ 
https://alexismadrigal.jusbrasil.com.br/artigos/471342324/direito-publico-e-direito-
privado-suas-principais-diferencas

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