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CHEQUE - 07/06 · Espécie de título de crédito. · Regulamentado pela Lei Uniforme e Lei do Cheque nº7. 357/85. · Lei 9.311/96 – CPMF (um endosso). · Lei 9.069/95 – R$ 100,00 (cheque nominal). · Ordem de pagamento à vista e incondicional. · 3 situações jurídicas: sacador é o emitente do título (subscritor); · Sacado é o banco ou instituição financeira assemelhada; · Beneficiário ou tomador é o credor (terceiro ou o próprio sacador) · Título padronizado: obedece a formas e diretrizes da Resolução nº. 885/83 do BC - O banco central que vem regulamentando as questões relacionadas ao cheque. · Vantagem: substituição da moeda pelo papel representativo e pagamento à distância. CARACTERÍSTICAS · Provisão de fundos pelo emitente junto ao sacado; · Não comporta a figura do aceite; · O sacador guarda relação precedente com o sacado; · O sacado não possui obrigação cambial, porém responde pelo pagamento de cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do endossante ou beneficiário. REQUISITOS · Denominação “cheque”; · A ordem incondicional de pagar quantia determinada; · O nome do banco ou instituição financeira que deve pagar; · A indicação do lugar do pagamento; · A indicação da data e do lugar de emissão; · A assinatura de emitente, ou de seu mandatário com poderes especiais. TIPOLOGIA DE CHEQUE Cruzado – colocação de dois traços paralelos e transversais no anverso do título, identificando o beneficiário Geral – em branco ou ao portador (pago pelo sacado a um banco ou a cliente do próprio sacado, mediante crédito em conta). Especial – em preto ou nominativo (indicação específica do nome de determinado banco). Para ser creditado em conta – inscrição transversal no anverso do cheque, proibindo que seja pago em dinheiro (crédito em conta, compensação ou transferência). Cheque escritural. Bancário ou administrativo – emitido pelo próprio sacado contra si mesmo (caixas, agências, filiais). Emitido pelo próprio banco para fins próprios. Viagem ou traveller’s checks - tipo de cheque administrativo, que o correntista compra de seu banco com um valor fixo impresso. É aposta a assinatura no recebimento do talonário e no ato de emissão e é útil para os viajantes. Especial ou garantido – crédito especial, ele possui um limite para usar, ainda que haja provisão de fundos (dinheiro) em sua conta. Visado – o sacado, poderá lançar e assinar, no verso do cheque nominal e ainda não endossado, visto, certificação ou outra declaração, datada por quantia igual, atestando a provisão de fundos e debitando na conta do emitente e reservando em benefício do portador legítimo, durante o prazo de apresentação. É um bloqueio junto à conta do sacador. Se o sacado descumpre a obrigação legal, será obrigado a pagar e depois terá direito de regresso contra o sacador. O banco fica obrigado a bloquear o valor descrito no cheque na conta do sacador, não fazendo isso, o credor poderá entrar com uma ação contra o banco exigindo o dinheiro e só depois o banco poderá executar o sacador. Desnaturado – semelhante a uma nota promissória ou título de garantia, não sendo pagamento à vista. É nulo. Na prática é aceito. Incompleto ou em branco – falta algum dos requisitos. Se não for requisito essencial, poderá ser preenchido a posteriori. Irregular – sem provisão de fundos (não há dinheiro na conta do sacador). Pós-datado/Pré-datado. CIRCULAÇÃO DE CHEQUE I – a pessoa nomeada, com ou sem a cláusula expressa “à ordem”; Pode ser endossado. II – a pessoa nomeada, com a cláusula “não a ordem”, ou outra equivalente; Cessão civil de crédito. III – ao portador Tradição ENDOSSO Pode ser feito ao próprio sacador ou a um terceiro, que poderá novamente endossar. · Lei 9.311/96 – CPMF, só é permitido um endosso no cheque. · É nulo o endosso parcial e condicionado. · O sacado não pode endossar o cheque (porque não tem relação cambial com ele). · O endosso ao sacado vale como quitação, salvo no caso de o sacado possuir vários estabelecimentos e este for feito em favor de estabelecimento diverso contra qual o cheque foi emitido. · Endosso no verso ou anverso. Poderá ser em branco ou em preto. Sendo em branco, deverá necessariamente ser no verso e se torna ao portador. · O portador de um cheque com endosso em branco poderá: · Completá-lo com seu nome ou de terceiro; · Endossar novamente em branco ou em preto; · Transferir o cheque a terceiro, sem completar o endosso ou sem endossar (tradição). · Se o endossante proibir novo endosso (não endossável), não garantirá o cheque endossantes e endossatários a ele posteriores. · Endosso póstumo (cessão civil). · Endosso sem data, presume-se feito antes do protesto ou de declaração equivalente, ou de findo o prazo de apresentação. · Não se admite endosso-caução. AVAL · Admite-se aval parcial. · Poderá ser avalista terceiro estranho ao título ou um de seus signatários, exceto o sacado (Banco). · Lançado no anverso, ou no verso “por aval” com a assinatura. · Aval em branco (emitente do cheque) ou em preto. APRESENTAÇÃO DO CHEQUE PARA PAGAMENTO · Deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia de emissão: · 30 dias, quando emitido no lugar do pagamento e 60 dias, quando emitido em outro lugar do país, ou no exterior. · A apresentação fora do prazo legal, ocasiona por parte do tomador, a perda do direito de regresso contra os coobrigados (E e A). E contra o emitente, se havia fundos nesse prazo e deixaram de existir por circunstâncias alheias à vontade deste, art. 47, § 3º. · Embora decorrido o prazo de apresentação, o sacado continua obrigado a pagar o cheque, enquanto não estiver prescrito (prazo de 6 meses). · A apresentação do cheque pode ser comprovada por três formas: · Por declaração do sacado, da falta de pagamento, datada e escrito sobre o cheque; · Por declaração expressa da câmara de compensação; · Pelo protesto. AÇÃO CAMBIAL · O portador poderá promover execução do cheque: · Contra o emitente e seu avalista; · Contra os endossantes e seus avalistas. · Súmula 600 do STF – “cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária”. ACATAMENTO DA ORDEM · Efetuará o pagamento, entregando ao legítimo portador do cheque a importância nele determinada e providenciando seu débito da mesma na conta do sacador. · Deve-se debitar o valor na conta corrente de imediato ou no prazo legal. · Pagamento parcial efetuado pelo sacado (quitação no cheque e em documento à parte). Por uma lei não pode. · Ordem de apresentação (independe da numeração e das datas). PAGAMENTO · Será feito, à medida que for apresentado e que haja saldo; · Recusa de um cheque de valor maior, não havendo fundo; · Se dois ou mais cheques forem apresentados, simultaneamente, sem que os fundos bastem para o pagamento de todos, terão preferência os de emissão mais antiga e, se da mesma data, os de número inferior; · Se o cheque é falso ou está falsificado, ou se está alterado, o sacado responderá pelo pagamento; · Se o cheque é apresentado com rasgaduras, partido, com borrões, emendas e dizeres é lícito pedir explicações ao apresentante e consulta ao emitente. REVOGAÇÃO, SUSTAÇÃO E CANCELAMENTO · São atos que, retiram o cheque de seu trâmite normal em virtude da ocorrência de eventos específicos que prejudiquem o seu pagamento. · A solicitação deve ser por identificação do interessado, mediante assinatura em documento escrito, senha eletrônica ou dispositivo passível de ser utilizado como prova para fins legais. · De caráter provisório, aceito por meio telefônico ou eletrônico, pelo prazo máximo de dois dias úteis, caso não confirmada, deverá ser considerada inexistente, pelo sacado. · Cadastro Nacional de Ocorrências. · Devem produzir efeitos legais sem prazo predeterminado. · A Resolução nº 2.747/00 do Bacen admite em algumas situações que os cheques devolvidos podem ter curso normal depois de reapresentados: · Levantamento da sustação ou da contraordem; · Não confirmação da solicitação provisória da sustação ou de contraordem;· Não confirmação da solicitação provisória de cancelamento, desde que comprovada a autenticidade da assinatura do emitente. DUPLICATA MERCANTIL Só pode ser utilizado por empresários, por sociedade mercantil. Emitida pelo credor, diferentemente das demais, que são emitidas pelo devedor principal. · Título de Crédito causal, que tem origem de uma compra e venda mercantil ou de uma prestação de serviços, antecedida por uma fatura comercial (nota fiscal); · Pela lei 5474/68, nas vendas mercantis a prazo, é obrigatória a emissão, pelo vendedor, de uma fatura contendo a relação das mercadorias vendidas, com sua natureza, quantidade e valor. Aqui será causal a relação, pois deve-se colocar o motivo da emissão da duplicata. Por venda mercantil a prazo entende-se aquela cujo pagamento é parcelado em período não inferior a 30 dias, ou cujo preço deva ser pago, integralmente, em 30 dias ou mais. Figuras intervenientes: · Sacador: aquele que emite o título, o empresário, o credor da duplicata; · Aceitante: sacado/devedor; Requisitos Essenciais: · Denominação DUPLICATA; data de sua emissão e nº de ordem; · número de fatura da qual fora extraída; · data do vencimento ou declaração de ser à vista; · nome e domicílio do credor e do devedor; · importância a ser paga; · local do pagamento e declaração da concordância do devedor assinada (aceite); cláusula à ordem; · assinatura do emitente. ACEITE · A duplicata deve ser apresentada pelo vendedor ao comprador no prazo de 30 dias de sua emissão. · Recebendo a duplicata, o comprador pode: a) assinar o título e devolvê-lo ao vendedor no prazo de 10 dias do recebimento; b) devolver o título ao vendedor acompanhado de declaração, por escrito, das razões que motivaram sua recusa em aceitá-lo; c) não devolver o título; Entende-se que houve um aceite presumido, pois não houve devolução do produto ou a da duplicata. d) devolver o título ao vendedor sem assinatura. A recusa do aceite se dá por: a) avaria ou não-recebimento de mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por conta e risco do comprador; b) vícios na qualidade ou quantidade das mercadorias; c) divergência nos prazos e nos preços ajustados. · Título de modelo vinculado; · Título de aceite obrigatório - sua falta, sem justo motivo, e não paga, levará ao protesto da cambial acompanhada do recibo de mercadorias ou da prestação de serviços; PROTESTO · A duplicata pode ser protestada por falta de aceite, de devolução ou de pagamento. · Se o comprador não restitui o título ao vendedor, o protesto poderá ser feito por indicação (sem o título), ou poderá ser emitida uma TRIPLICATA (segunda via da duplicata). · O protesto deve ser efetuado na praça de pagamento no prazo de 30 dias a contar de seu vencimento. A inobservância desse prazo importa na perda, por parte do credor, do direito de crédito contra os endossantes e seus avalistas. Contra o devedor principal do título e seu avalista, não é necessário o protesto. EXECUÇÃO · Duplicata aceita: apresentá-la junto com a nota fiscal assim como, o recibo de entrega das mercadorias; · Duplicata não aceita: apresentar a duplicata, a nota fiscal, o comprovante de entrega e o instrumento de protesto; PRESCRIÇÃO · contra o sacado e seus avalistas: será de 3 anos do vencimento; · contra os endossantes e seus avalistas: será de 1 ano do protesto; DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS · A duplicata de prestação de serviços pode ser emitida por pessoa física ou jurídica que realize essa atividade econômica. · Distingue-se da duplicata mercantil por: a) a causa que autoriza a sua emissão não é a compra e venda mercantil, mas a prestação de serviços; b) o protesto por indicações depende da apresentação, pelo credor, de documento comprobatório da existência de vínculo contratual e da efetiva prestação de serviços. · Aplicam-se quanto aos demais aspectos desse título, as normas pertinentes à duplicata mercantil. DUPLICATA FRIA OU SIMULADA - art. 172 do CP; Proibido, sendo crime. DUPLICATA VIRTUAL · O título escritural é aquele que não tem cártula usual e sim a cártula eletrônica; nasce e atua por via de computador, por e-mail, por internet, não possui assinatura usual e sim assinatura digital;
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