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PLANO SETORIAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS CURITIBA Planejamento Urbano III Docente: Mayara Albano Discente: Alana Santos e Fabiana Moraes A redução na geração de resíduos, a prática de hábitos de consumo sustentável, o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos, a responsabilidade compartilhada, a logística reversa e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado) são temas trabalhados na política pública do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba. Resíduos Sólidos - destinação, manejo, etc Do que trata esse Plano Setorial? Foi elaborado em 2010 o primeiro Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Durante sua elaboração, o Plano foi apresentado à Consulta Pública, com a finalidade de receber comentários e sugestões e submetido à discussão em Audiência Pública, oportunizando a participação da sociedade no planejamento das ações, de forma que, a própria elaboração já se constituiu em um instrumento de gestão compartilhada. O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 10 (dez) anos, com sua primeira revisão em 2013, em razão da necessidade de compatibilização com o Plano Plurianual, e as demais de 04 em 04 anos. CRIAÇÃO: Lei Federal nº 11.445/2007, da Política Nacional de Saneamento Básico: trata dos quatro componentes do saneamento básico - esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem de águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; Lei Federal nº 12.305/2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos: discutida por mais de 20 anos, introduziu instrumentos importantes para o enfrentamento das principais questões ambientais, sociais e econômicos associadas ao manejo dos resíduos sólidos. Atende as leis: LEGISLAÇÃO: https://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-de-residuos-solidos/6 A cidade de Curitiba Mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência, eficácia das ações programadas e controle social Apresentação Breve Histórico do manejo de resíduos em Curitiba Diagnóstico Objetivos, Metas, Programas, Projetos e Ações Referências Estruturação do Plano Ações de Emergência e Contingência capital do Paraná 327 anos (317 anos quando o plano foi criado) cidade pólo de 26 que formam a Região Metropolitana de Curitiba 432,17 km² de área localizada na cabeceira da bacia do Rio Iguaçu 1.851.215 habitantes em 2009 (IBGE) - ***1.948.626 habitantes (IBGE - Estimativa 2020) topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas Curitiba Aspectos gerais da cidade Histórico de manejo de resíduos 6.970 habitantes - produção diária de resíduos: 200g/hab. 1854 Presidente da província do Paraná João José Pedrosa - expor em relatório que as ruas eram muito sujas, sem as mínimas condições de higiene - baixo grau de eficiência dos serviços de limpeza pública. 1881 Após os feriados e sábados, habitatantes eliminavam os montes de resíduos formados na área urbana. dependia da iniciativa da própria população - solucionar problemas relacionados à limpeza pública, tais como: acondicionamento, coleta, transporte e destinação final. Histórico de manejo de resíduos A recepção final dos resíduos ocorria em um terreno vago, ocupado atualmente pelo Círculo Militar do Paraná, no centro da cidade. Segunda metade do séc. XIX Mudanças no Código de Posturas Municipais trouxeram importantes informações sobre os serviços públicos urbanos: proibição do despejo de lixo em vias públicas e superficialmente é tocada a questão do transporte e destinação final 1895 Curitiba passou de uma população de 24.533 habitantes, em 1880 para 49.755 habitantes, em 1900 A expansão da área urbana, o aumento da produção de detritos e o crescimento demográfico foram fatores influentes na limpeza pública da cidade. A migração estrangeira favoreceu o aumento da população no Estado, principalmente a partir de 1860 e consequentemente, favoreceu o aumento da produção de resíduos. Anuário estatístico do Brasil de 1988 Histórico de manejo de resíduos Em uma sessão da Câmara Municipal, há referência sobre a concorrência pública para implantação de Empresa Sanitária e Serviços de Remoção do lixo e limpeza da cidade. 1900 As ruas e praças eram varridas e capinadas manualmente, o lixo doméstico era recolhido, inclusive com a utilização de “um moderno caminhão apropriado, mas à falta de outra solução mais econômica, todo o lixo coletado continua a ser transportado para terrenos particulares, distantes das áreas habitadas”. Anos 30 Já não era possível dispor os resíduos com as mesmas facilidades, fosse dentro ou nas imediações da cidade. No entanto, até o ano de 1931, os resíduos sólidos de Curitiba tinham um de seus principais locais de destinação os fundos de quintais. Fim do séc. XIX Histórico de manejo de resíduos Os resíduos sólidos passam a ser encaminhados à uma área destinada para esta finalidade na Lamenha Pequena, situada entre os municípios de Curitiba e Almirante Tamandaré. A partir de 1964 implantado o aterro sanitário de Curitiba; foi implantado o programa “Compra do Lixo” viabilizando a limpeza das comunidades carentes, onde não havia acesso aos veículos coletores de lixo; A população passou a trocar o lixo produzido por produtos hortifrutigranjeiros, eliminando assim, o acúmulo de lixo a céu aberto. 1989 Um intenso processo de urbanização Década de 70 Histórico de manejo de resíduos Educação Ambiental passa a ser promovida na Rede Municipal de Ensino. Implantado o Programa Câmbio Verde, troca de materiais recicláveis por produtos hortifruti em pontos de troca. 1991 O Programa de Coleta de Lixo Tóxico (pilhas, lâmpadas, toner de impressão, baterias, tintas, solventes, embalagens de inseticidas, medicamentos vencidos, óleos de origem animal e vegetal). 1998 Implantado o Projeto “Olho D’Água” que está possibilitando a participação das crianças das escolas da Rede Pública Municipal a acompanhar e perceber a situação dos rios de Curitiba. As crianças não só avaliam a qualidade da água como também participam de diversas ações que contribuem para a conservação e recuperação dos rios, tornando-se assim, um parceiro da Prefeitura na proteção de água. 1997 Histórico de manejo de resíduos Foi criado o Consórcio Intermunicipal para o Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos – CONRESOL., que é composto por 20 (vinte) municípios. A finalidade do Consórcio Intermunicipal é o tratamento e destinação final dos resíduos sólidos dos municípios que o integram. 2001 Foi implantado o Programa Reciclagem Inclusão Total – ECOCIDADÃO, através do qual se promove a inclusão social dos catadores que realizam a coleta de recicláveis, através do apoio e fortalecimento de suas organizações. 2007 A Prefeitura de Curitiba publicou o Decreto Municipal nº 1.068, que instituiu o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. 2004 A gestão integrada dos resíduos sólidos no Município de Curitiba apresentada neste Plano está estruturada de maneira a atender aos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Política Nacional de Saneamento e do Estatuto das Cidades. Diagnósticos: Geração de resíduos: Coletado em média 2.560 toneladas de resíduos por dia. Per capita estimado: 1,383 kg/hab/dia considerando a população de 1.851.215 habitantes (IBGE/2009) Diagnósticos: Não se encontra contemplado no cálculo desta taxa o quantitativo de resíduos cuja responsabilidade é do gerador, Tais como: resíduos de serviços de saúde, resíduos de características domiciliares oriundos de grandes geradores e entulhos (resíduos de construção civil). Diagnósticos: Os dados mostram que todas as vertentes de coleta estão em constante crescimento, devendo o Plano de Gerenciamento, acompanhar este crescimento e incluir estratégias de redução. A composição gravimétrica da coleta de lixo tóxico domiciliar apresenta uma fragilidade na coleta de óleo, pois a produção nãoé proporcional a coleta. Diagnósticos: Através do mapa é possível notar a organização da coleta conforme as necessidades específicas de cada região. Como exemplo, as áreas centrais que possuem maior produção de resíduos sólidos e maior dificuldade de coleta nos horários comerciais, possuem coletas diárias e noturnas. Diagnósticos: Coleta em Pontos de Troca – Programa Câmbio Verde O Programa se constitui em ações que envolvem dimensões educativas voltadas para a preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável e de combate à fome e à pobreza. 4 quilos de material reciclável = 1 quilograma de hortifrútis. 2 litros de óleo acondicionado em garrafa pet = 1 kg de alimento. Estações de Sustentabilidade A estação é um local preparado para entrega voluntária de resíduos recicláveis por moradores da região, que prevê a implantação, nos próximos anos, de pelo menos uma estação em cada bairros. Diagnósticos: O Plano também inclui no diagnóstico o porcentual de satisfação da população em relação a coleta de lixo e limpeza pública. Porém também é relevante um diagnostico limpeza em áreas afastadas da fiscalização dos moradores urbanos e rurais, onde há maior acúmulo de resíduos clandestinos. Diagnósticos: Desmatamento e queimadas; Contaminação da água de mares, rios e lagos; Emissão de gases poluentes; Descarte incorreto de lixo; Contaminação do solo; Contaminação do ar; Multas devido a infrações das leis ambientais. Passivos ambientais: O passivo ambiental é considerado como toda agressão que se praticou/pratica contra o meio ambiente e consiste em um valor de investimento para reabilitar/recuperar a natureza, podendo ser através de multas ou indenizações contra o praticante ou a empresa que causou o dano ambiental. Alguns exemplos dos passivos ambientais de uma empresa são: Todos esses exemplos são danos os quais as empresas (ou responsável) devem se responsabilizar e tomar atitudes para reverter ou compensar o que foi degradado. Diagnósticos: Passivos ambientais: O Município de Curitiba possui três áreas de passivo ambiental relacionadas aos resíduos, denominadas de Vala Séptica, Lamenha Pequena e área de disposição de resíduos da CIC. Vala Séptica Lamenha Pequena Resíduos da CIC Passivos ambientais: Diagnósticos: Objetivos e Propostas Não há a inclusão de comércios, serviços e industrias nos objetivos e propostas, sento estes, grandes geradores de resíduos sólidos, principalmente recicláveis. Educação e divulgação. Logística de transporte. Fiscalização. Capacitação dos catadores. Serviço de Coleta Domiciliar Coleta Seletiva e Valorização de Recicláveis Coleta de Resíduos Vegetais Serviços de Limpeza Tratamento e Destinação Final de Resíduos Não há uma proposta em relação a resíduos vegetais, de educação ambiental para separação adequada e utilização desses resíduos em compostagem, por exemplo. Não há uma proposta de implantação de mais lixeiras no espaço urbano, para a manutenção dos serviços de limpeza. Não há uma proposta para serviços de limpeza de corpos hídricos. Fiscalização das unidades de destinação e tratamento. Controle Ambiental Resíduos de Construção e DemoliçãoÁreas de Passivos Ambientais Monitoramento das águas. Fiscalização dos Planos e Gerenciamento. Fiscalização do cumprimento das leis. Utilização de resíduos. Logística ReversaEducação Ambiental Não há propostas para conscientização de doação e reaproveitamento de resíduos têxteis. Parcerias para educação. Compostagem domiciliar. Fiscalização do cumprimento das leis Qual o papel do arquiteto na formulação de um plano setorial? O arquiteto deve compreender a dinâmica social, econômica, ambiental, entre outros aspectos urbanos específicos de um local. O arquiteto deve compreender as leis e instrumentos disponíveis para o planejamento urbano. O arquiteto deve saber solucionar os problemas específicos de cada região com as leis e instrumentos disponíveis e eficazes para cada situação.
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