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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL I
Profa. Dra. Adaiane Spinelli
PORTO VELHO, 2020.
APRESENTAÇÃO
Esta apostila visa à orientação dos alunos que cursam a disciplina de Química
Geral Experimental 1.
Nesta disciplina serão executadas experiências que permitirão ao acadêmico
estudar os princípios e as técnicas básicas necessárias para o trabalho em um
laboratório de química geral; relacionando os experimentos com os aspectos teóricos
de cada assunto.
1. NORMAS DE SEGURANÇA
Em qualquer curso experimental é extremamente importante a familiaridade com
os fundamentos de segurança. Em geral, um acidente ocorre quando menos se espera,
mas se forem adotadas as regras básicas de segurança pode-se diminuir a um mínimo
os riscos de acidente. Embora não seja possível enumerar aqui todas as causas
possíveis de acidente num laboratório, existem certos cuidados que devem ser
observados.
1.2. RISCOS MAIS COMUNS
 Uso de substâncias TÓXICAS, CORROSIVAS, INFLAMÁVEIS, EXPLOSIVAS,
VOLÁTEIS, ETC...
Manuseio de material de vidro;
Trabalho a temperaturas elevadas;
Trabalho a pressões diferentes da atmosférica;
 Uso de fogo;
Uso de eletricidade.
1.3. ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS E PRIMEIROS SOCORROS
A) QUEIMADURAS TÉRMICAS: 
Causadas por calor seco (chama e objetos aquecidos)
Tratamento :
A1) queimaduras leves - pomada picrato de butesina, paraqueimol, furacim
solução, etc.
A2) queimaduras graves - elas devem ser cobertas com gaze esterilizada umedecida
com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 1%, ou soro fisiológico, encaminhar logo
à assistência médica.
B) QUEIMADURAS QUÍMICAS:
Causadas por ácidos, álcalis, fenol, etc.
Tratamento :
B1) Por ácidos: lavar imediatamente o local com água em abundância. Em seguida,
lavar com solução de bicarbonato de sódio a 1% e, novamente com água.
B2) Por álcalis: lavar a região atingida imediatamente com água. Tratar com solução de
ácido acético a 1% e, novamente com água. 
B3) Por fenol: lavar com álcool absoluto e, depois com sabão e água.
ATENÇÃO: Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões - Não fure as bolhas
existentes. Não toque com as mãos a área atingida. Procure um médico com brevidade.
C) QUEIMADURAS NOS OLHOS:
Lavar os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico,
durante vários minutos, e em seguida aplicar gazes esterilizada embebida com soro
fisiológico, mantendo a compressa, até consulta a um médico.
D) ENVENENAMENTO POR VIA ORAL: 
A droga não chegou a ser engolida. Deve-se cuspir imediatamente e lavar a boca
com muita água. Levar o acidentado para respirar ar puro.
A droga chegou a ser engolida. Deve-se chamar um médico imediatamente. Dar
por via oral um antídoto, de acordo com a natureza do veneno.
E) INTOXICAÇÃO POR VIA RESPIRATÓRIA
Retirar o acidentado para um ambiente arejado, deixando-o descansar. Dar água
fresca. Se recomendado, dar o antídoto adequado.
1.4. NORMAS DE SEGURANÇA
A) Siga rigorosamente as instruções específicas do professor;
B) NÃO FUMAR, NÃO COMER E NÃO BEBER no laboratório;
C) Não pipetar produto algum com a boca;
D) Nunca trabalhar sozinho no laboratório;
E) Ao aquecer qualquer substância deve-se virar a extremidade aberta do frasco para
onde NÃO houver pessoas;
F) Evitar o contato de qualquer substância com a pele;
G) Sempre que for diluir um ácido, adicione-o lentamente, SOBRE a água com
agitação. NUNCA o contrário.
H) Ler toda técnica, não começar a executá-la se houver dúvidas;
I) Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI):
 Avental
 Protetores faciais
 Óculos
 Máscaras para gases, etc...
 Luvas
2. COMPOSTOS TÓXICOS
Um grande número de compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos. Manipule-
os com respeito, evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos que eram
manipulados pelos químicos, sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde e não
há dúvidas de que a lista de produtos tóxicos deva aumentar.
A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em
laboratórios:
2.1. COMPOSTOS ALTAMENTE TÓXICOS
São aqueles que podem provocar, rapidamente, sérios distúrbios ou morte.
Compostos de mercúrio Ácido oxálico e seus sais
Compostos arsênicos Cianetos inorgânicos
Monóxido de carbono Cloro
Flúor Pentóxido de vanádio
Selênio e seus compostos
2.2. LÍQUIDOS TÓXICOS E IRRITANTES AOS OLHOS E SISTEMA RESPIRATÓRIO
Sulfato de dietila Ácido fluorobórico
Bromometano Alquil e arilnitrilas
Dissulfeto de carbono Benzeno
Sulfato de metila Brometo e cloreto de benzila
Bromo Cloreto de acetila
Acroleína Cloridrina etilênica
2.3. COMPOSTOS POTENCIALMENTE NOCIVOS POR EXPOSIÇÃO PROLONGADA
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromoetano, bromofórmio, tetracloreto de carbono,
diclorometano, 1,2-dibromoetano, 1,2-dicloroetano, iodometano.
b) Aminas alifáticas e aromáticas: Anilinas substituídas ou não, dimetilamina,
trietilamina, diisopropilamina.
c) Fenóis e compostos aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não, cresóis,
catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno, nitrofenóis, naftóis.
2.4- SUBSTÂNCIAS CARCINOGÊNICAS
Muitos compostos orgânicos causam tumores cancerosos no homem. Deve-se
ter todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer, evitando-
se a todo custo a inalação de vapores e a contaminação da pele. Devem ser
manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os
grupos de compostos comuns em laboratório se incluem:
a) Aminas aromáticas e seus derivados: Anilinas N-substituídas ou não, naftilaminas,
benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados.
b) Compostos N-nitroso: Nitrosoaminas (R'-N(NO)-R) e nitrosamidas.
c) Agentes alquilantes: Diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila,
propiolactona, óxido de etileno.
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: Benzopireno, dibenzoantraceno, etc.
e) Compostos que contém enxofre: Tioacetamida, tiouréia.
f) Benzeno: Um composto carcinogênico, cuja concentração mínima tolerável é inferior
aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de benzeno‚ é
porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo
como solvente e sempre que possível substitua-o por outro solvente semelhante e
menos tóxico (por exemplo, tolueno).
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença de
pulmão, a asbestose, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente mata. Em
estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões.
2.6. AQUECIMENTO NO LABORATÓRIO
Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se
sempre levar em conta o perigo de incêndio.
Para temperaturas inferiores a 100°C use preferencialmente banho-maria ou
banho a vapor.
Para temperaturas superiores a 100°C use banhos de óleo. Parafina aquecida
funciona bem para temperaturas de até 220°C; glicerina pode ser aquecida até 150°C
sem desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os
melhores, mas são também os mais caros.
Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de
aquecimento. O aquecimento é rápido, mas o controle da temperatura não é tão
eficiente como no uso de banhos de aquecimento. Mantas de aquecimento não são
recomendadas para a destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis, como éter de
petróleo e éter etílico.
Para temperaturas altas (>200°C) pode-se empregar um banho de areia. Neste
caso o aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento.
Chapas de aquecimento podem ser empregadas para solventes menos voláteis
e inflamáveis. Nunca aqueça solventes voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2,
etc.). Ao aquecer solventescomo etanol ou metanol em chapas, use um sistema
munido de condensador.
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto só é recomendado para
líquidos não inflamáveis (por exemplo, água).
3. Equipamentos Básicos de Laboratório
A seguir estão ilustrados alguns equipamentos básicos de uso em laboratório.
Vidrarias
EXPERIMENTOS
EXPERIÊNCIA Nº01
Apresentação de vidrarias e equipamentos de laboratório
Esta aula de laboratório visa fornecer ao aluno um primeiro contato com as
técnicas básicas e os principais equipamentos e vidrarias de um laboratório de Química.
O professor vai apresentar ao aluno as principais vidrarias e equipamentos de
um laboratório de química e indicar o seu uso. Ao final da aula o aluno receberá um
exercício relacionado à aula para responder e entregar ao professor. 
EXPERIÊNCIA Nº02
Observação, investigação e descrição científica: 
1. Introdução:
A observação é o primeiro passo para as investigações e é a partir dela que o
cientista buscará respostas a perguntas como “porque tal fenômeno ocorre?” ou “que
relação este fenômeno tem com aquele?”. Para estas perguntas, o estudioso da ciência
deverá formular possíveis respostas, as chamadas hipóteses. Estas últimas deverão
estar baseadas em diversas informações já conhecidas e, para tal, uma boa pesquisa é
imprescindível.
Estas suposições devem ser testáveis e, a partir delas, são feitas deduções, que
preveem o que pode acontecer se a hipótese estiver correta. Assim, testes
experimentais e/ou novas observações são feitas para testar as hipóteses e averiguar
se as deduções podem ser confirmadas ou descartadas.
Uma vez que uma hipótese é aceita, esta é divulgada, auxiliando em trabalhos
posteriores de outros cientistas. Geralmente, essa divulgação se dá por meio de
publicações, apresentações em eventos, como congressos e, inclusive, comunicações
pessoais.
Uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, por muito tempo
irrefutável, pode-se tornar uma teoria - conjunto de leis, conceitos e modelos - que
busca explicar diversos fenômenos. Entretanto, mesmo uma teoria bem consolidada,
como a Teoria da Evolução ou a Teoria da Gravitação Universal são passíveis de
mudanças, na medida em que novas teorias e observações são realizadas, de modo
que haja possibilidades de novas descobertas.
Toda ciência é construída com bases em observações e resultados
experimentais. A atividade científica começa com a observação e descrição dos fatos
observados. 
2. Objetivo:
Esta aula prática tem como objetivo que o aluno aprenda a observar, registrar e
descrever um fenômeno do cotidiano.
4. Procedimento Experimental
1) Enumere os tubos de ensaio de 1 a 7;
2) Coloque água da torneira no tubo 1, óleo no tubo 2, a mistura de água e sal no tubo
3, o sabonete líquido no tubo 4, água destilada no tubo 5, solução de sulfato de cobrem
no tubo 6. Todos esses líquidos devem atingir cerca de ¼ do volume de cada tubo de
ensaio. O sétimo tubo deve ficar vazio.
3) Corte o barbante que está em sua bancada em 6 pedaços de cerca de 20 cm e
prenda-os a cada um dos pregos;
4) Mergulhe cada prego em um líquido nos tubos de ensaio, deixando o barbante para
fora de modo que seja possível puxar os pregos com os barbantes para tirá-los dos
tubos;
5) Anote o aspecto dos pregos, dos líquidos e das soluções inicialmente;
6) Deixe 30 minutos em repouso. Depois de passado esse tempo, observe novamente o
aspecto dos líquidos e soluções e dos pregos.
Questionário para o relatório:
Qual é a semi-equação de oxidação do ferro e o seu número de oxidação (Nox)?
Qual é a equação global do processo de oxidação (enferrujamento) de um prego?
Qual foi a ordem decrescente do meio mais agressivo para o meio menos agressivo
para o prego? Por quê?
EXPERIÊNCIA Nº03
Operação de medidas e notação científica
1. Introdução
A natureza intrínseca da observação científica traz consigo o fato de que em toda
medida que realizamos temos uma incerteza, pois é praticamente impossível
determinarmos o valor verdadeiro em uma só medida. Portanto, ao efetuarmos uma
medida, devemos fazê-la com maior grau de precisão possível e anotá-la de maneira
que reflita as limitações de instrumento. Por isso, em todo trabalho experimental,
devemos anotar os dados obtidos corretamente usando a notação científica.
Diante disto alguns conceitos importantes são necessários, como os descritos a
seguir:
1) Exatidão e precisão:
Exatidão: A exatidão de uma grandeza que foi medida é a correspondência entre o
valor medido (x) e o valor da grandeza (μ). Denota a proximidade de uma medida do
seu valor verdadeiro.
Uma balança está exata quando fornece o valor correto do objeto medido. 
Exemplo: você coloca sobre a plataforma da balança um “peso-padrão” de 20kg que
está certificado pelo Inmetro, Ipem ou Laboratório de Massa da Toledo do Brasil. Se a
balança indicar os mesmos 20 kg, ela possui exatidão. Se você colocar estes mesmos
20 kg várias vezes e a balança indicar sempre os 20kg ou algo muito próximo deste
valor ela está exata e precisa.
Precisão: 
Uma balança está precisa quando repete o resultado das medições de um
mesmo objeto. Não importa se o resultado está correto. O que vale é fornecer valores
iguais. Então, a precisão está ligada ao conceito de repetibilidade, ou seja, se a balança
repete o resultado, ele está precisa.
Exemplo: se você pesa 70 kg e, ao se pesar, obtém três leituras do seu peso (73
kg, 73 kg, 73 kg). Pode-se afirmar que a balança está precisa. O seu peso está errado,
mas o valor lido nas três vezes estavam iguais. 
2) Algarismos significativos e notação exponencial
O número de algarismos significativos expressa a precisão de uma medida. Se
dissermos que uma mesa mede 120 cm, isto indica que a medimos até próximo ao
centímetro, enquanto 102,4cm indica uma medida até o décimo de centímetro. No
primeiro caso temos três algarismos significativos e no último caso temos quatro.
O número zero é um algarismo significativo exceto quando está situado à
esquerda do primeiro algarismo diferente de zero. Assim, no número 7,0026, os dois
zeros são significativos enquanto que no número 0,0094 os zeros não são algarismos
significativos, são apenas determinantes de ordem de grandeza.
Ao se realizar uma medida, deve-se observar a sensibilidade do instrumento. Por
exemplo, se a massa de um corpo de dois gramas é medida com uma balança que
fornece uma precisão de +ou- 0,1g, deve-se representá-la por 2,0g. Neste caso, o zero
é significativo, pois é o resultado de uma medida. Entretanto, se fosse necessário
expressar esta mesma massa em miligramas (mg) ou em microgramas (μg),
poderíamos cometer um erro ao escrevermos, respectivamente, 2000 mg ou 2000000
μg. Em ambos os casos apenas o primeiro zero, após o dígito 2, é significativo, uma vez
que o instrumento em que foi realizada a medida confere apenas dois algarismos
significativos à medida. Nestes casos, deve-se expressar o resultado utilizando-se
potência de dez. Pelo exemplo acima citado, a notação adequada a ser adotada seria
2,0 x 103 mg ou 2,0 x 106 μg. A notação por potência de dez é também chamada de
notação científica.
Exemplos de algarismos significativos e notação exponencial:
3) Operações matemáticas envolvendo algarismos significativos:
a) Adição ou Subtração: o resultado deve ser arredondado no sentindo de conter o
mesmo número de algarismos significativos, POSTERIORES À VÍRGULA, de acordo
com o fator com menor número de algarismos significativos após a mesma. 
Exemplos:
3,86 + 29,3 + 0,918 = 34, 078 → notação correta = 34,1
29,3456 – 19,11 = 10,2356 → notação correta = 10,24
b) Multiplicação ou Divisão: o resultado de ser arredondado no sentido de conter o
mesmo número de algarismos significativos que o fator de menor número de algarismos
significativos.
 Exemplos:
3,356x 3,3 = 11,0748 → notação correta = 11
4,256 ÷ 3,11 = 1,3684 → notação correta = 1,37
4) Medidas de Volume
Para medidas aproximadas de volume, usam-se provetas ou pipetas graduadas
enquanto para medidas precisas, usam-se buretas, pipetas volumétricas e balões
volumétricos.
A medida do volume é feita comparando-se o nível do mesmo com a graduação
marcada na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve ser
feita na parte inferior do menisco e devemos posicionar o nível dos nossos olhos
perpendicularmente à escala onde se encontra o menisco correspondente ao líquido a
ser medido (veja Figura 1). Este procedimento evita o erro de paralaxe.
Figura 1: Leitura do menisco em uma proveta.
2. Objetivo:
Aprender a realizar medidas de massa e volume e expressar corretamente os
resultados obtidos.
3. Procedimento Experimental
Cada aluno deve medir volumes de água destilada nas vidrarias listadas na
tabela 1, mede a massa na balança e anota o valor em volume na mesma tabela.
Considerando que a densidade da água é igual a 1, ou seja, 1 g.mL -1, assim g e mL são
equivalentes e considerando que nesta avaliação de massa feita em balança semi-
analítica a medida da balança é mais precisa, assim poderemos avaliar a precisão das
vidrarias. Em seguida com os valores das três medidas, faz-se a média e calcula-se o
erro em relação a média para ver quais vidrarias possuem maior ou menor precisão.
Tabela 1. Valor de repetições de leituras e médias das leituras de volumes de água
destilada avaliada pela massa de água. O erro deve ser em relação ao volume
desejado.
Equipamento Medida 1
(ml)
Medida 2
(ml)
Medida 3
(ml)
Média Erro
Erlenmeyer
Becker
Pipetas graduada
Pipetas volumétrica
Bureta
Proveta
EXPERIÊNCIA N° 04
Propriedades da matéria: determinação da densidade.
1. Introdução:
A densidade absoluta de uma substância ou um corpo é a razão da massa desta
substância ou corpo pelo volume que o mesmo ocupa, numa determinada pressão
atmosférica e temperatura, Logo a densidade é expressa pela expressão matemática
descrita a seguir:
Densidade (d) = Massa do corpo (m) / Volume do corpo (V). 
Para sólidos o resultado da densidade é expressa na unidade de g.cm -3, e para
líquidos em g.L-1.
A densidade de um material varia muito, principalmente dependendo da
composição atômica e do estado físico que se encontra. Por exemplo, o ferro é mais
denso do que a água e esta é mais densa do que a parafina e a última mais densa do
que o ar atmosférico e, assim, temos na natureza diferentes matérias com diferentes
purezas e com diferentes densidades.
2. Objetivo:
Aprender o conceito de densidade e como determinar a mesma para diferentes
tipos de materiais.
3. Revisão Bibliográfica
A densidade absoluta é uma propriedade específica, ou seja, cada substância
pura possui uma densidade própria que a define e a diferencia de outras substâncias. A
densidade relativa de uma substância é uma relação do valor de sua densidade com o
valor da densidade de uma substância padrão, geralmente usa-se a água como padrão.
O valor da densidade da água a 4ºC é 1,0 g.cm-3.
A densidade depende das massas dos átomos, ou moléculas, individuais e do
volume efetivo que ocupam nos diferentes estados de agregação. Quando uma certa
quantidade fixa de materia se expande, verifica-se uma diminuição na sua massa
volumétrica. Essa contração leva ao aumento da sua densidade. 
As densidades dos líquidos puros, ou em soluções, podem ser determinas pelas
medidas das suas massas que ocupam volumes conhecidos. Os aparelhos mais
comuns utilizados em medidas de densidade são: picnômetro, balança de densidade e
densimetro.
Na obtenção da densidade de sólidos e líquidos muitas vezes não dispomos de
meios para determinar corretamente o seu volume. Pelo princípio de Arquimedes, todo
corpo, parcial ou totalmente submerso em um líquido, fica sujeito a uma força de
empuxo E do líquido, de direção vertical, de baixo para cima, e com intensidade igual
ao peso do líquido deslocado. Com base neste princípio é possível determinar a
equação da densidade do sólido em função da sua massa e da massa do líquido
deslocado. 
3. Procedimento Experimental
A) Medida da densidade de líquidos:
 Nesta etapa vamos realizar a medida da densidade de diferentes misturas de
água destilada com sal de cozinha (NaCl) nas concentrações de: 0, 100, 200 e 400 g.L -
1 de NaCl.
Para cada solução deve-se pesar inicialmente a proveta de 25mL e
posteriormente adicionar 25 ml da solução na proveta e pesar novamente. O valor da
densidade de cada solução será determinado com o uso da expressão matemática da
densidade. 
B) Medida da densidade de sólidos:
Para sólidos insolúveis, não porosos: 
Mede-se o volume do corpo mergulhando-se em água destilada, em um
instrumento graduado com volume conhecido (vi) e depois mede-se o volume final (vf).
O volume do sólido, considerando que a água destilada tem densidade de 1 g.mL -1,
será a diferença do volume final com o volume inicial.
Medir a densidade de: prego; vela de cera, barra de chumbo, rolha de
cortiça.
Para sólidos com forma definida:
O volume pode ser medido com o uso de uma régua para medir as unidades
de volume e pesando o sólido para saber o valor da massa. Medir a densidade de:
cubo; triângulo e cilindro de madeira.
OBSERVAÇÃO: No relatório comparar os resultados das observações com os
dados de densidade encontrados na literatura.
Quadro 1: Densidades aproximadas de algumas substâncias.
Substância d/(g cm-3) Substância d/(g cm-3) Substância d/(g cm-3)
Álcool 0,79 Ouro 19,3 Porcelana 2,4
Alumínio 2,7 Ferro 7,9 Prata 10,5
Latão 8,4 Mercúrio 13,6 Aço Inoxidável 7,9
Cobre 8,9 Níquel 8,9 Água 1,0
Vidro 2,6 Platina 21,4 Estanho 7,26
Valor da densidade da rolha de cortiça: 0,24 Kg./dm3
Tópicos para estudo
 Densidade de sólidos e líquidos
 Determinação do Volume de cubo, triângulo e cilindro
EXPERIÊNCIA N° 05
 Temperatura de fusão de uma substância 
1. Introdução
O processo de mudança de estado físico, do sólido para o líquido (fusão) está
associado às alterações nas ligações químicas intermoleculares. A temperatura de
fusão, também denominada ponto de fusão, de uma determinada substância pura é
bem definida, porém é importante informar que a temperatura de fusão não é um
parâmetro suficiente para caracterizar uma substância. Podem existir dois compostos
diferentes, por exemplo, p-tert-butil fenol (C10H14O) e fenantreno (C14H10), com o mesmo
valor da temperatura de fusão (1010C). Assim, outras análises devem ser realizadas
para a caracterização de uma substância pura. Geralmente a temperatura de fusão está
relacionada com a pureza da substância sólida e uma variação de ± 0,50C na
temperatura de fusão em relação ao valor aceito na literatura, indica que se trata de
uma substância “pura”.
Nesta aula de laboratório será observado o processo de fusão de uma
substância e com base nos dados fornecidos pela literatura o alunos poderá observar a
pureza da substância observada.
2. Objetivos
 Identificar compostos e determinar suas purezas usando pontos de fusão. 
Determinar pontos de fusões usando o método gráfico da curva de resfriamento.
3. Revisão Bibliográfica
Entre as propriedades físicas de uma substância, pode-se destacar a dureza, a
cor, o estado da matéria, a densidade e a temperatura de fusão (ponto de fusão), por
exemplo.
A temperatura de fusão, também denominada de ponto de fusão, é uma
propriedade física que designa a temperatura na qual uma substância passa do estado
sólido ao estado líquido. Nesta temperatura a substância sólida está em equilíbrio com
a substância que dela se obtém por fusão. Para substâncias puras, quando se atinge o
ponto de fusão, a temperatura da substância deixa de aumentar até que toda a amostra
sob aquecimentotiver sofrido a mudança de estado (Figura 1A). A presença de
impurezas, além de diminuírem o ponto de fusão, faz com que a temperatura varie
durante a fusão (Figura 1B).
A temperatura de fusão está relacionada com a pureza da substância sólida e
uma variação de ± 0,50 ºC na temperatura de fusão em relação ao valor aceito na
literatura indica que se trata de uma substância “pura”. A adição de impurezas aumenta
o intervalo de ponto de fusão e reduz a temperatura na qual se inicia a fusão, logo,
quanto mais estreito for o intervalo de ponto de fusão, mais puro será o material.
 O ponto de fusão é usado como critério para avaliar o grau de pureza de um
composto, ou ajudar na sua identificação através de comparações com tabelas de
pontos de fusão. 
 Na determinação do ponto de fusão duas temperaturas são anotadas: (i) aquela
na qual a primeira gota de líquido é formada entre os cristais, chamado de ponto de
degelo; (ii) e o ponto no qual toda a massa de cristais se torna um líquido, que é o ponto
de fusão. Assim sendo, o intervalo de fusão é a diferença entre a temperatura em que
se observa o início da desagregação dos cristais e a temperatura em que a amostra se
torna completamente líquida.
Para a determinação correta da temperatura de fusão, deve-se estar atento às
transformações apresentadas pela amostra durante o aquecimento, conforme
mostradas na Figura 2.
Figura 2: Ilustração das transformações ocorridas no intervalo de fusão.
4. Procedimento Experimental
 A partir da técnica de determinação do ponto de fusão, obtém-se curvas de
aquecimento e resfriamento de um composto. Tanto o aquecimento como o
resfriamento devem ser lentos. Melhores resultados são obtidos com o resfriamento,
isto porque o controle sobre o calor fornecido é geralmente mais difícil, resultando num
aquecimento muito rápido. Os valores das temperaturas são obtidos em pequenos
intervalos de tempo e colocados num gráfico: temperatura versus tempo, como
mostram as Figuras 1A e 1B. 
Em uma técnica de determinação do ponto de fusão, utilizada em trabalhos de
rotina, uma quantidade bem pequena de amostra é colocada em um tubo capilar preso
a um termômetro imerso em um líquido. O tubo é aquecido e observam-se as
temperaturas de fusão inicial e final.
Curva de aquecimento 
Coloque uma chapa de aquecimento sobre a base de um suporte universal, de
modo que fique firme. Sobre a chapa de aquecimento coloque um béquer de 600 mL
com a água. Dentro do béquer, coloque o tubo de ensaio com naftaleno e o termômetro,
fixado com uma garra ao suporte universal de modo a ficar submerso totalmente na
água e sem encostar no fundo do béquer; conforme ilustrado na Figura 3.
Ligue a chapa de aquecimento e inicie o aquecimento lentamente. Quando a
temperatura do sistema atingir 60 ºC, comece a anotar os valores de temperatura a
cada 0,5 minutos na folha de dados, até atingir 90 ºC. A partir do momento que o
termômetro ficar solto, use-o para agitar levemente a massa em fusão. Quando a
temperatura atingir 90 ºC desligue a chapa de aquecimento.
 Lembre-se de anotar a temperatura em que aparece a primeira gota de líquido e
desaparece o último cristal.
Tópicos para estudo
 Temperatura de fusão

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