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2 NBR ISO 10005:1997 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fornece diretrizes para auxiliar os fornece- dores na preparação, análise crítica, aprovação e revisão de planos da qualidade. Ela pode ser utilizada em duas situações: a) como guia para uma organização fornecedora no atendimento aos requisitos das NBR ISO 9001, NBR ISO 9002 ou NBR ISO 9003, relativos à prepara- ção de um plano da qualidade; ou b) como guia para uma organização fornecedora, na preparação de um plano da qualidade, quando esta não possui um sistema da qualidade. Em ambas as situações, o plano da qualidade é suple- mentar à documentação genérica do sistema da quali- dade do fornecedor, e não convém duplicá-la. Para maior conveniência, em situações do tipo b), esta Norma inclui aspectos que são cobertos pelos requisitos genéricos da NBR ISO 9001, NBR ISO 9002 e NBR ISO 9003. Os planos da qualidade fornecem um mecanismo para vincular as exigências específicas de um produto, empre- endimento ou contrato aos procedimentos genéricos existentes no sistema da qualidade. Eles não exigem o desenvolvimento de um conjunto abrangente de procedi- mentos ou instruções além ou acima daquelas já exis- tentes, embora alguns procedimentos documentados adi- cionais possam ser necessários. 1.2 Esta Norma aplica-se onde um plano da qualidade for utilizado para um determinado produto, empreendi- mento ou contrato. Um plano da qualidade pode ser apli- cado a qualquer uma das categorias genéricas de produto (materiais e equipamentos, informações, materiais pro- cessados e serviços) ou qualquer setor econômico/indus- trial. Um plano da qualidade pode ser usado para monitorar e avaliar a consistência aos requisitos para qualidade, mas estas diretrizes não se destinam a serem utilizadas como uma lista de verificação de conformidade com requisitos. Um plano da qualidade pode também ser utilizado quan- do não existir um sistema da qualidade documentado, caso em que pode ser necessário desenvolver alguns procedimentos, a fim de dar suporte ao plano da quali- dade. NOTA 1 O anexo B contém uma bibliografia de Normas que fornecem informações que podem ser úteis àqueles envolvidos na preparação e análise crítica de planos da qualidade. 2 Referência normativa A norma a seguir contém disposições que, ao serem cita- das neste texto, constituem prescrições para esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita à revisão, reco- menda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a infor- mação das normas em vigor em um dado momento. NBR ISO 8402:1994, Gestão da qualidade e garantia da qualidade - Terminologia 3 Definições Para os propósitos desta Norma, as definições fornecidas na NBR ISO 8402, juntamente com as definições a seguir, são aplicáveis. Os termos que são repetidos aqui para maior clareza, mas que já foram definidos em outras Nor- mas, são identificados através da colocação do número da norma após a definição do termo. 3.1 contrato: Requisitos acordados entre um fornecedor e um cliente e transmitidos por quaisquer meios. [NBR ISO 9001] 3.2 empreendimento: Processo único, consistindo em um conjunto de atividades controladas e coordenadas, com datas de início e término, executadas para atingir um objetivo, conforme requisitos específicos, incluindo as limitações de tempo, custo e recursos. NOTAS 2 Um empreendimento individual pode formar parte da estrutura de um empreendimento mais amplo. 3 Em alguns tipos de empreendimentos, os objetivos são refinados e as características do empreendimento, definidas progressiva- mente, conforme o seu andamento. 4 O resultado de um empreendimento pode ser uma ou várias unidades de um produto. 3.3 ensaio de tipo: Ensaio ou série de ensaios direciona- dos à aprovação de um projeto, conduzidos com o obje- tivo de determinar se ele é capaz de atender os requisitos da especificação do produto. 3.4 ensaio testemunhado: Ensaio de um produto na pre- sença de representante do cliente ou de terceira parte. 3.5 procedimento: Forma especificada de executar uma atividade. NOTAS 5 Em muitos casos, os procedimentos são documentados (por exemplo: procedimentos do sistema da qualidade). 6 Quando um procedimento está documentado, utiliza-se fre- qüentemente o termo “procedimento escrito” ou “procedimento documentado”. 7 Um procedimento escrito ou documentado inclui, normalmente: os objetivos e o escopo de uma atividade; o que deve ser feito e por quem; quando, onde e como deve ser feito; que materiais, equipamentos e documentos devem ser usados; e como a ati- vidade deve ser controlada e registrada. [NBR ISO 8402] 3.6 produto: Resultado de atividades ou processos. NOTAS 8 O termo produto pode incluir serviço, materiais e equipamentos, materiais processados, informações, ou uma combinação destes. 9 Um produto pode ser tangível (como, por exemplo: montagens ou materiais processados) ou intangível (por exemplo: conhe- cimento ou conceitos) ou uma combinação dos dois. NBR ISO 10005:1997 3 10 Um produto pode ser intencional (por exemplo: oferta aos clientes) ou não intencional (por exemplo: um poluente ou efeitos indesejáveis). [NBR ISO 8402] 3.7 plano da qualidade: Documento que estabelece as práticas, os recursos e a seqüência de atividades relati- vas à qualidade de um determinado produto, empreendi- mento ou contrato. NOTAS 11 Um plano da qualidade faz geralmente referência às partes do manual da qualidade aplicáveis ao caso específico. 12 Dependendo do escopo do plano, um qualificativo pode ser usado, como, por exemplo, “plano da garantia da qualidade”, “plano de gestão da qualidade”. [NBR ISO 8402] 3.8 sistema da qualidade: Estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos necessários para implementar a gestão da qualidade. NOTAS 13 O sistema da qualidade deve ter a abrangência necessária para atender os objetivos da qualidade. 14 O sistema da qualidade de uma organização é concebido essencialmente para satisfazer as necessidades gerenciais internas da organização. Ele é mais amplo que os requisitos de um cliente específico, que avalia apenas a parte do sistema da qualidade que lhe concerne. 15 Para fins de avaliação da qualidade contratual ou mandatória, pode ser exigida a demonstração da implementação de elemen- tos identificados do sistema da qualidade. [NBR ISO 8402] 4 Preparação, análise crítica, aprovação e revisão do plano da qualidade 4.1 Preparação Ao preparar um plano da qualidade, convém que as ati- vidades da qualidade aplicáveis à situação sejam defini- das e documentadas. Grande parte da documentação genérica necessária po- de estar contida no manual da qualidade e procedimen- tos documentados do fornecedor. Esta documentação pode necessitar ser selecionada, adaptada e/ou suple- mentada. O plano da qualidade mostra como os procedi- mentos genéricos documentados do fornecedor estão relacionados com, e aplicados a quaisquer outros proce- dimentos adicionais necessários, peculiares ao produto, empreendimento ou contrato, a fim de se atingirem os objetivos da qualidade especificados. Convém que o plano da qualidade indique, diretamente ou através de referência a procedimentos documentados apropriados ou outros documentos, como as atividades requeridas devem ser conduzidas. Convém que o formato e o nível de detalhe no plano se- jam consistentes com quaisquer requisitos acordados com o cliente, com o método de operação do fornecedor e com a complexidade das atividades a serem exe- cutadas. Convém que o plano seja o mais conciso pos- sível e consistente em atender as provisões desta Norma (exemplos simplificados de apresentações alternativas de planos da qualidade estão contidos no anexo A). O plano daqualidade pode ser um documento único quando o fornecedor não possuir um sistema da qualida- de documentado. Um plano da qualidade também pode ser incluído como parte integrante de outro documento ou documentos (por exemplo: plano do empreendimento ou do produto), dependendo de condições tais como re- quisitos do cliente ou práticas de negócio de um determi- nado fornecedor. Pode ser necessário desenvolver-se um plano que consiste em um número de partes, cada uma representando um plano para uma etapa distinta, como, por exemplo, para o projeto, aquisição, produção ou inspeção e ensaios, ou para atividades particulares, tais como o plano de dependabilidade. NOTA 16 Quando um plano da qualidade estiver sendo redigido, as seguintes convenções podem ser utilizadas: - “deve” para expressar uma convenção que é obrigatória entre duas ou mais partes; - “será” para expressar uma declaração de propósito ou intenção de uma das partes; - “convém que” para expressar uma recomendação entre outras possibilidades; - “pode” para indicar um curso de ação permissível dentro dos limites do plano da qualidade. 4.2 Análise crítica e aprovação Convém que o plano da qualidade seja analisado critica- mente quanto à sua adequação e aprovado formalmente por um grupo autorizado que inclua representantes de todas as partes interessadas da organização fornece- dora. Em situações contratuais, um plano da qualidade pode ser submetido ao cliente pelo fornecedor, para análise crítica e aprovação, tanto como parte do processo de lici- tação pré-contratual, quanto após a realização do con- trato. Se o plano for apresentado como parte do processo de licitação e um contrato for em seguida adjudicado, convém que o plano seja analisado criticamente e, onde apropria- do, revisado para refletir quaisquer mudanças nos requi- sitos que possam ter ocorrido como resultado das nego- ciações pré-contratuais. Quando um plano da qualidade for exigido por um con- trato, convém que ele seja submetido ao cliente antes do início das atividades requeridas. Onde o contrato for reali- zado em etapas, é indicado que o fornecedor submeta ao cliente o plano da qualidade para cada etapa, antes do início das mesmas. Onde acordado em contrato, convém que os procedi- mentos referenciados no plano sejam colocados à dispo- sição do cliente. 4 NBR ISO 10005:1997 4.3 Revisão Quando apropriado, convém que o fornecedor revise o plano, para refletir as modificações que tenham sido feitas no produto, empreendimento ou contrato; modificações em relação à maneira como o produto é produzido ou o serviço é fornecido, ou modificações nas práticas de ga- rantia da qualidade. Convém que modificações no plano da qualidade sejam analisadas criticamente quanto ao impacto e adequação, pelo mesmo grupo autorizado que conduziu a análise crítica no plano original da qualidade. Em relação aos requisitos específicos de um contrato, convém que as modificações propostas no plano sejam submetidas ao cliente para análise crítica e aprovação antes de serem implementadas. 5 Conteúdo do plano da qualidade a) Estrutura Convém que o conteúdo do plano da qualidade seja baseado nesta Norma e no sistema da qualidade documentado do fornecedor. Não é essencial que o plano da qualidade siga a estrutura e a numeração de qualquer norma da série NBR ISO 9000, sendo que a correspondência de parágrafos nesta Norma destina-se somente a facilitar seu uso e entendi- mento. Convém que os elementos descritos nas subseções a seguir sejam abordados, onde forem pertinentes aos requisitos do produto, empreendimento ou con- trato. b) Objetivo do plano da qualidade Convém que o objetivo do plano da qualidade seja definido e inclua, porém não esteja limitado: - ao produto ou empreendimento ao qual ele será aplicado; - ao objetivo do contrato ao qual ele será aplicado; - aos objetivos da qualidade do produto, empreendi- mento e/ou contrato (convém que estes objetivos se- jam expressos, sempre que possível, em termos men- suráveis); - às exclusões específicas; - às condições de sua validade. 5.1 Responsabilidades da administração Convém que o plano identifique as pessoas, dentro da organização do fornecedor, que são responsáveis por: a) assegurar que as atividades requeridas pelo sis- tema da qualidade ou contrato específico são plane- jadas, implementadas e controladas e seu progresso monitorado; b) comunicar a todos os departamentos, subfornece- dores e clientes afetados os requisitos peculiares ao produto, empreendimento ou contrato específico e resolver os problemas que sejam levantados nas in- terfaces entre tais grupos; c) analisar criticamente os resultados das auditorias conduzidas; d) autorizar pedidos para isenção de elementos do sistema da qualidade; e) controlar ações corretivas (ver 5.14). 5.2 Plano da qualidade e sistema da qualidade Boa parte da documentação necessária ao plano da qua- lidade normalmente existirá como parte da documentação do sistema da qualidade. O plano da qualidade necessita apenas fazer referência a esta documentação e mostrar como ela deve ser aplicada à situação específica em questão. Onde um elemento de tal documentação ainda não existir, mas for requerido, convém que o plano da qualidade o identifique e também identifique quando, co- mo e por quem ele será elaborado e aprovado. 5.3 Análise crítica de contrato Convém que o plano indique quando, como e por quem os requisitos especificados para o produto, empreendi- mento ou contrato devem ser analisados criticamente. Convém que o plano também indique como os resultados desta análise crítica devem ser registrados e como requi- sitos conflitantes ou ambíguos devem ser resolvidos. 5.4 Controle de projeto Convém que o plano indique: a) quando, como e por quem deve ser conduzido, controlado e documentado o processo de projeto; b) as providências para análise crítica, verificação e validação da conformidade dos dados de saída de projeto em relação aos requisitos de entrada de pro- jeto; c) onde aplicável, a extensão em que o cliente deve ser envolvido nas atividades de projeto, como, por exemplo, participação nas análises críticas do projeto e na verificação do projeto. Convém que o plano faça referência, de modo apropria- do, aos códigos, normas, especificações e requisitos re- gulamentares aplicáveis. 5.5 Controle de documentos e dados Convém que o plano indique: a) os documentos e dados aplicáveis ao produto, empreendimento ou contrato; b) como tais documentos e dados serão identificados; NBR ISO 10005:1997 5 c) como e com quem pode ser obtido o acesso a tais documentos e dados; d) como e por quem tais documentos e dados são analisados criticamente e aprovados. 5.6 Aquisição Convém que o plano indique: a) quaisquer produtos importantes que devem ser adquiridos, de quem, bem como os requisitos de ga- rantia da qualidade pertinentes; b) os métodos a serem utilizados para avaliar, sele- cionar e controlar os subcontratados; c) requisitos para, e referências aos, planos da quali- dade dos subcontratados, onde apropriado; d) os métodos a serem utilizados para satisfazer aos requisitos regulamentares aplicáveis aos produtos adquiridos. 5.7 Controle de produto fornecido pelo cliente Convém que o plano indique: a) como os produtos fornecidos pelo cliente (tais co- mo materiais, ferramentas, equipamentos de ensaios, informações, dados ou serviços) são identificados e controlados; b) os métodos a serem utilizados para verificar se os produtos fornecidos pelo cliente atendem aos requi- sitos especificados; c) os métodos a serem utilizados para tratamento dos produtos não-conformes. 5.8 Identificação e rastreabilidade do produto Onde a rastreabilidade for um requisito, é recomendado que o plano defina seu objetivo e extensão, incluindoco- mo os produtos afetados devem ser identificados. Con- vém que métodos de identificação também sejam con- siderados quando a rastreabilidade não for um requisito. Convém que o plano indique: a) como os requisitos de rastreabilidade, contratuais e regulamentares são identificados e incorporados aos documentos de trabalho; b) quais registros relacionados a tais requisitos de rastreabilidade serão gerados e como eles serão controlados e distribuídos. 5.9 Controle de processo Convém que o plano indique como os processos de pro- dução, instalação e serviços associados serão controla- dos, a fim de assegurar que os requisitos especificados são atendidos. Onde apropriado, convém que o plano inclua, ou faça re- ferência, mas não se limite: a) aos procedimentos documentados relevantes; b) às etapas do processo; c) aos métodos a serem utilizados para monitorar e controlar características de processos e produtos; d) aos critérios de aprovação para acabamentos; e) ao uso de processos qualificados, equipamentos e pessoal associados; f) às ferramentas, técnicas e métodos a serem utili- zados para atender aos requisitos especificados. Onde a instalação for um requisito, convém que o plano indique como o produto será instalado e quais caracte- rísticas devem ser verificadas neste momento. 5.10 Inspeção e ensaios Convém que o plano indique: a) quaisquer planos de inspeção e ensaios pertinen- tes (os itens abaixo podem ser todos parte de um plano de inspeção e ensaios); b) como o fornecedor irá verificar a conformidade de produtos de subcontratados aos requisitos especi- ficados; c) onde está localizado cada ponto de inspeção e ensaio na seqüência do processo; d) quais características devem ser inspecionadas e ensaiadas em cada ponto; os procedimentos e crité- rios de aprovação a serem utilizados; e quaisquer ferramentas especiais, técnicas ou qualificações de pessoal requeridas; e) onde o cliente estabeleceu pontos a serem teste- munhados ou pontos de verificação de caracterís- ticas selecionadas de um produto ou seus processos de produção e instalação; f) onde as inspeções ou ensaios são requeridos a serem testemunhados ou executados por autorida- des legais; g) onde, quando e como o fornecedor pretende, ou é requerido pelo cliente ou autoridades legais, utilizar terceiras partes para executar: 1) ensaios de tipo; 2) ensaios a serem testemunhados (incluindo en- saios de aprovação no local); 3) verificação do produto; 4) validação do produto; 5) certificação de material, produto, processo ou pessoal. 6 NBR ISO 10005:1997 5.11 Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios Convém que o plano indique o sistema de controle a ser utilizado para equipamentos de inspeção, medição e en- saios, especificamente dedicado à utilização no produto, empreendimento ou contrato, incluindo: a) identificação de tais equipamentos; b) método de calibração; c) método para indicação e registro da situação de calibração; d) quais registros do uso destes equipamentos de- vem ser mantidos de forma que a validade de resul- tados anteriores possa ser determinada, quando tais equipamentos forem encontrados fora de calibração. 5.12 Situação de inspeção e ensaios Convém que o plano indique quaisquer requisitos e méto- dos específicos para a identificação da situação de inspe- ção e ensaios de produtos, documentos e dados. 5.13 Controle de produto não-conforme Convém que o plano indique como os produtos não-con- formes são identificados e controlados, a fim de prevenir sua utilização indevida até a disposição adequada. Os planos da qualidade podem necessitar de definição de limitações específicas, tais como o grau e o tipo de re- trabalho permitidos. Convém que o plano enfoque como e em quais circuns- tâncias o fornecedor solicitaria uma concessão para um produto que não atenda aos requisitos especificados. Em se fazendo isso, convém que o plano indique: a) quem teria a responsabilidade de requerer tais concessões; b) como tal requisição seria feita; c) quais informações devem ser fornecidas e de que forma; d) quem foi identificado como tendo a responsabili- dade e autoridade para aceitar ou rejeitar tais conces- sões. 5.14 Ação corretiva e ação preventiva Convém que o plano indique as ações corretivas e pre- ventivas e atividades de acompanhamento específicas para o produto, empreendimento ou contrato, a fim de evitar a ocorrência ou repetição de não-conformidades. Convém que sejam identificados os responsáveis pelo início e aprovação de ações corretivas e preventivas. 5.15 Manuseio, armazenamento, embalagem, preservação e entrega Convém que o plano indique: a) como os requisitos específicos para manuseio, armazenamento, embalagem, preservação e entrega devem ser atendidos; b) como o produto será entregue no local especifi- cado, de modo a assegurar que suas características requeridas não sejam degradadas. 5.16 Controle de registros da qualidade Convém que o plano indique como os registros especí- ficos do produto, empreendimento ou contrato devem ser controlados, incluindo: a) quais registros devem ser mantidos, por quanto tempo, onde e por quem; b) quais são os requisitos legais ou regulamentares, e como devem ser atendidos; c) qual forma será adotada para os registros (tais co- mo, papel impresso ou meios eletrônicos); d) como os requisitos de legibilidade, armazenamen- to, recuperação, disposição e confidencialidade se- rão definidos e atendidos; e) quais métodos serão utilizados para assegurar que os registros estejam disponíveis quando reque- rido; f) quais registros devem ser fornecidos ao cliente, quando e através de quais meios; g) em qual idioma os registros serão fornecidos. 5.17 Auditorias da qualidade Convém que o plano indique a natureza e a extensão das auditorias da qualidade a serem realizadas e como seus resultados devem ser utilizados para corrigir e preve- nir a repetição de não-conformidades que afetem o pro- duto, empreendimento ou contrato. Tais auditorias podem incluir: a) auditorias internas conduzidas pelo fornecedor; b) auditorias do cliente no fornecedor; c) auditorias do fornecedor/cliente nos subcontra- tados; d) auditorias de terceira parte ou de autoridades le- gais, no fornecedor e subcontratados, incluindo aque- las realizadas com propósito de certificação do siste- ma da qualidade. 5.18 Treinamento Convém que o plano enfoque qualquer treinamento espe- cífico requerido para o pessoal que executa um processo incluído no plano, e como tal treinamento deve ser realiza- do e registrado. Convém que inclua: a) treinamento de novos funcionários; b) treinamento de funcionários em métodos de ope- ração novos ou revisados. NBR ISO 10005:1997 7 5.19 Serviços associados Onde serviços associados forem um requisito especifi- cado, convém que o plano indique como o fornecedor pretende garantir a conformidade em relação aos requi- sitos aplicáveis aos serviços associados, tais como: a) requisitos legais e regulamentares; b) práticas e códigos da indústria; c) acordos sobre o nível de serviços; d) treinamento de pessoal do cliente; e) disponibilidade de suporte técnico inicial e con- tínuo, durante o período de tempo acordado. 5.20 Técnicas estatísticas Onde técnicas estatísticas específicas são requeridas, convém que elas sejam indicadas no plano da qualidade. /ANEXOS 8 NBR ISO 10005:1997 Anexo A (informativo) Exemplos simplificados de formatos para a apresentação de planos da qualidade Este anexo fornece exemplos de algumas das maneiras nas quais um plano da qualidade pode ser apresentado (ver figuras A.1 a A.4 e tabela A.1). Não convém que os exemplos mostrados sejam tomados como completos no que se refere ao conteúdo do plano da qualidade definido na seção5 desta Norma. Os planos da qualidade reais podem ser mais complexos. Normal- mente, espera-se que todos os elementos sejam cober- tos, a menos que, devido a alguma circunstância excepcio- nal, eles não se apliquem ao caso em análise. A apresentação dos planos da qualidade pode ser feita em qualquer formato considerado adequado ao atendi- mento dos requisitos acordados. Embora os exemplos mostrados estejam sob o formato de fluxograma, outros formatos mais adequados a situações específicas podem ser utilizados. Em determinadas situações, uma apresen- tação em forma de texto pode ser mais apropriada do que em forma diagramática. Da mesma forma, um flu- xograma pode ser complementado com textos. NBR ISO 10005:1997 9 NOTA - Convém que o plano da qualidade de serviço também contenha descrições e/ou referências escritas a procedimentos ou outros documentos para as atividades não descritas do fluxograma, tais como: - controle de documentos; - rastreabilidade do produto; - envolvimento com terceiros; - não-conformidades; - auditorias da qualidade; - registros da qualidade; - responsabilidades da administração. Figura A.1 - Exemplo de um modelo de plano da qualidade para um serviço de manutenção 10 NBR ISO 10005:1997 NBR ISO 10005:1997 11 Figura A.2 - Exemplo de um formato para um plano de qualidade para produtos manufaturados 12 NBR ISO 10005:1997 Co nt ro le d e pr oc es so In sp eç ão Ca ra ct er ís tic as d a D ia gr am a de Es tá gi o do N úm er o da qu al id ad e a se re m N úm er o da Pa rte flu xo d e pr oc es so in st ru çã o de co n tro la da s (co nd içõ es in st ru çã o pa ra M ét od o de Fu nç ão In st ru çã o de N úm er o do pr oc es so 1) tra ba lh o de p ro ce ss o a se re m co n tro le d e co n tro le re sp on sá ve l ve rif ic aç ão Pa râ m et ro s pr oc ed im en to ve rif ic ad as pr oc es so IP C- 22 Es ta çã o de IV -2 9 tra ba lh o Pa rte A Pr ea qu ec im en to IT -1 23 Te m pe ra tu ra Fo lh a de c on tro le A R ef . N º 1 Co nf or m aç ão IT -3 21 Te m pe ra tu ra , pr es sã o Fo lh a de c on tro le B R ef . N º 2 Co rte Co m pr im en to C M ed ir co m pr im en to G rá fic o de D co n tro le R ef . N º 1 R en di m en to Co m pr im en to IT -6 1) Sí m bo lo s: Fa br ic aç ão In sp eç ão e e ns ai os Ar m az en am en to Fi gu ra A .3 - E xe m pl o de u m fo rm at o de u m p la no d a q ua lid ad e p ar a m at er ia is p ro ce ss ad os NBR ISO 10005:1997 13 Figura A.4 - Exemplo simplificado do ciclo de vida de um software 14 NBR ISO 10005:1997 Tabela A.1 - Plano da qualidade para software - Referência de atividades (ver figura A.4) Designado Autoridade Ref. Descrição de atividades Procedimento Comentários para de aprovação 1 Análise crítica de contrato QM 5.2 Contrato M&P 1091 AMM 2 Análise crítica de planos PMM 5.4 GT 3 Análise crítica dos requisitos QM 5.3 Doc. Produção RS 001 SME 4 Projeto PMM 5.6 Doc. Produção DS 001 UT 5 Análise crítica de projeto QM 5.6 Utilizar análise crítica por expert SME 6 Implementação do software SDM 5.6 Utilizar C++ 7 Análise crítica dos códigos QM 5.7 Utilizar inspeção Fagan 8 Teste das unidades SDM 5.7 9 Integração do sistema SDM 5.7 10 Teste do sistema QM 5.7 Utilizar dados do cliente 11 Eliminação de QM 5.7 não-conformidades 12 Teste de aceitação do QM 5.8 Apenas acompanhamento do usuário cliente 13 Transferência técnica PMM 5.9 /ANEXO B NBR ISO 10005:1997 15 Anexo B (informativo) Bibliografia [1] NBR ISO 9000-1:1994, Normas de gestão da quali- dade e garantia da qualidade - Parte 1: Diretrizes para seleção e uso. [2] NBR ISO 9000-2:1994, Normas de gestão da qua- lidade e garantia da qualidade - Parte 2: Diretrizes gerais para a aplicação das NBR ISO 9001, NBR ISO 9002 e NBR ISO 9003. [3] NBR ISO 9000-3:1993, Normas de gestão da quali- dade e garantia da qualidade - Parte 3: Diretrizes para a aplicação da NBR ISO 9001, para o desenvol- vimento, fornecimento e manutenção de software. [4] NBR ISO 9000-4:1993, Normas de gestão da qua- lidade e garantia da qualidade - Parte 4: Guia para gestão do programa de dependabilidade. [5] NBR ISO 9001:1994, Sistemas da qualidade - Mo- delo para garantia da qualidade em projeto, desen- volvimento, produção, instalação e serviços associa- dos. [6] NBR ISO 9002:1994, Sistemas da qualidade - Mo- delo para garantia da qualidade em produção, insta- lação e serviços associados. [7] NBR ISO 9003:1994, Sistemas da qualidade - Mo- delo para garantia da qualidade em inspeção e en- saios finais. [8] NBR ISO 9004-1:1994, Gestão da qualidade e ele- mentos do sistema da qualidade - Parte 1: Diretrizes. [9] NBR ISO 9004-2:1993, Gestão da qualidade e ele- mentos do sistema da qualidade - Parte 2: Diretrizes para serviços. [10] NBR ISO 9004-3:1994, Gestão da qualidade e elementos do sistema da qualidade - Parte 3: Dire- trizes para materiais processados. [11] NBR ISO 10007:1996, Gestão da qualidade - Diretri- zes para gestão da configuração. [12] NBR ISO 10011-1:1993, Diretrizes para auditoria de sistemas da qualidade - Parte 1: Auditoria [13] NBR ISO 10011-2:1993, Diretrizes para auditoria de sistemas da qualidade - Parte 2: Critérios para qualificação de auditores de sistema da qualidade [14] NBR ISO 10011-3:1993, Diretrizes para auditoria de sistemas da qualidade - Parte 3: Gestão de pro- gramas de auditoria. [15] NBR ISO 10012-1:1993, Requisitos de garantia da qualidade para equipamentos de medição - Par- te 1: Sistema de comprovação metrológica para equipamentos de medição. [16] NBR ISO 10013:1995, Diretrizes para o desenvolvi- mento de manuais de qualidade. [17] IEC 300-21), Dependability programme management - Part 2: Dependability programme elements and tasks. 1) A ser publicada.
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