Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 1 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO PARA O CURSO PREPARATÓRIO DE 
INGRESSO AO ENSINO SUPERIOR, NA FACULDADE DE 
MEDICINA – PARTE BIOLÓGICA 
 
 
 
RETIFICADO E RATIFICADO POR 
 
_____________________________________ 
Lic. Alestride Vintém 
 
 
 
FORMADOR 
_____________________________________ 
Dr. Tomás Cavela 
 
 
 
FORMANDO 
__________________________________________ 
 
 
“Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida!” 
 
 
LUBANGO, JULHO DE 2021 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 2 
 
CAPÍTULO I 
ORIGEM DA VIDA NA TERRA E BIOLOGIA COMO CIÊNCIA 
1. Introdução 
Antes de tudo vale relembrar que a Biologia é uma ciência experimental especializada 
no estudo dos seres vivos. Neste sentido é uma disciplina complexa e completa que 
necessita da colaboração das outras ciências, dentre as quais: Matemática, Física e 
Química. O avanço de qualquer uma destas ciências puras traduz-se num 
desenvolvimento da Biologia. 
Deste modo, estudar qualquer tema requer lê-lo duas ou mais vezes entendendo os 
conceitos que se explicam, portanto, não é fácil rescindir da nossa memória conceitos 
erróneos que podemos trazer do passado. Convém, por isso, que o estudante, quando 
tiver acabado de estudar e achar que já assinalou todo o conteúdo, faça, com o fascículo 
fechado um pequeno resumo e se certifique de que não houve erros nem omissões 
importantes. Por último desejo: “Que estudar Biologia não seja um dever, mas sim 
um prazer…” 
2. ORIGEM DA VIDA NA TERRA 
A teoria mais aceite na actualidade propõe que a vida surgiu no mar, de forma 
espontânea, há pouco mais de 3500 milhões de anos. Antes de aparecerem as primeiras 
células teve de se formar a matéria orgânica a partir da inorgânica e isso foi 
possível, como demonstraram Oparin e Miller, graças à grande quantidade de energia 
existente naquele momento e a ausência de oxigénio atmosférico. A combinação ao 
acaso de diversas biomoléculas orgânicas e inorgânicas, nessa espécie de sopa 
primitiva, deu origem à primeira célula viva, provavelmente semelhante a uma bactéria. 
2.1. Teoria de Abiogénese ou de Geração Espontânea 
Esta teoria admite que os seres vivos poderiam surgir por outros mecanismos além da 
reprodução, isto é, a vida teria surgido espontaneamente a partir da matéria inerte. Por 
exemplo: cobras, rãs e crocodilos poderiam formar-se espontaneamente da lama de 
lagos e rios. A Geração espontânea foi aceite entre outros filósofos como Aristóteles, 
Descartes, Isaac Newton e não só… 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 3 
 
2.2. Teoria de Biogénese 
Admite que a vida só pode surgir a partir de outras formas de vida. Desta forma a teoria 
de geração espontânea perdeu credibilidade, onde destacaram-se os experimentos do 
pesquisador francês Louis Pasteur (1822-1895), experimentos que de Francisco Redi e a 
publicação da teoria evolucionista do naturalista inglês Charles Darwin. 
2.3. Teoria Panspermia Cósmica ou Cosmozóica 
Esta teoria defende a ideia de que a vida sempre existiu no Universo e que teria 
aparecido na terra por meteoros ou impulsionada por pressão de radiação emitida por 
partículas luminosas. Essas formas de vida, em 1908 Arhenius denominou de 
Cosmozoários. Tem pouca aceitação entre os cientistas. 
2.4. Hipótese Autotrófica 
Essa hipótese afirma que na terra primitiva não havia alimento disponível e assim os 
primeiros seres vivos seriam autotróficos, ou seja, precisavam produzir o seu próprio 
alimento a partir de compostos inorgânicos do ambiente, tal como fazem actualmente as 
bactérias, algas e os vegetais que produzem açúcares e outros compostos a partir da luz 
do Sol, gás carbónico e água. Também não é bem aceite na comunidade científica. 
2.5. Hipótese Heterotrófica 
É a hipótese mais aceita actualmente e afirma que os primeiros seres vivos seriam 
bastante simples e teriam evoluído a partir de substâncias químicas simples que se 
organizaram lentamente até formar inicialmente alimentos orgânicos. Posteriormente, 
outras organizações químicas formaram os primeiros seres vivos, também simples. 
A maioria dos cientistas, concordam que as primeiras formas de vida tenham surgido na 
terra há mais de (3) três bilhões de anos e tenham passado por um processo de evolução, 
diferenciando-se em todos os seres vivos conhecidos actualmente. 
2.6. Teoria de Oparion-Heldane 
O bioquímico russo Aleksander Ivanovich Oparion e o inglês J. B. S. Heldane, em 
meados da década de 20, aprofundaram de forma independente uma teoria que sustenta 
o surgimento da vida na terra, denominada teoria da evolução química ou molecular. 
Esse modelo baseia-se numa evolução química pré-biológica, ocorrida na terra 
primitiva. O modelo integra vários pressupostos dentre eles tem-se: 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 4 
 
 A atmosfera da terra primitiva era essencialmente constituída por Hidrogénio 
(H), Metano (CH4) amoníaco (NH3) e vapor de água (H2O). 
 Acção de energias provenientes de diferentes fontes, como a energia solar 
vindo das radiações ultravioletas, calor proveniente da intensa actividade 
vulcânica da crosta terrestre e das descargas eléctricas que vindas das grandes 
tempestades, reagiam entre si e originaram os primeiros compostos orgânicos 
que eram moleculares muitos simples. 
 Os compostos formados na atmosfera primitiva foram transferidos para os 
oceanos, onde se acumularam constituindo aquilo que chamamos de sopa 
nutritiva. 
 Um processo de evolução química conduziu a formação de moléculas 
orgânicas mais complexas a partir de moléculas mais simples. 
Essas moléculas orgânicas ter-se-iam agregado, constituindo unidades individualizadas 
do meio, por meio de membranas rudimentares (Coacervados) 
A partir dos agregados pré-celulares em condições ambientas apropriados, poderiam 
surgir os primeiros seres vivos, os quais se alimentavam da sopa nutritiva. 
3. VIDA: Definição do conceito 
Em 1959, N. Horowitz, afirmou que a vida “caracteriza-se pela auto- reprodução, com 
mutabilidade e troca de matéria, e energia com o meio ambiente”. Em 1986 o biólogo 
evolucionista inglês John Maynard Smith, considerou que “entidades com propriedades 
de multiplicação, variação e hereditariedade são vivas, e entidades que não apresentam 
uma ou mais dessas características não o são”. 
Assim, os seres vivos são sistemas químicos altamente organizados, que se mantém à 
custa de gasto de energia e que podem se multiplicar. As principais definições de vida 
consideram que uma das características intrínsecas à vida é sua capacidade de 
reproduzir-se, evoluir e adaptando-se aos ambientes. 
4. Características dos seres vivos 
4.1. A composição química típica: os elementos são carbono (C), Hidrogénio, 
(H), Oxigénio (O), Nitrogénio (N), e em menor proporção, o fósforo (P), e 
o enxofre (S). Esses elementos unem-se para formar as moléculas, onde se 
destacam as proteínas, glícidos, lípidos e ácidos nucleicos (ADN e ARN). 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 5 
 
4.2. Organização celular: moléculas se organizam de forma a constituir 
estruturas denominadas células. Os vírus são os únicos seres destituídos de 
células, isto é, acelulares. 
4.3. Reprodução e crescimento 
Os organismos unicelulares crescem, por aumento dotamanho da sua única célula. Os 
organismos multicelulares crescem principalmente pelo aumento do número de células 
no corpo. As crescem até atingir determinado tamanho, podendo ou não se dividir em 
duas células filhas semelhantes a célula mãe ou original. 
No caso dos seres unicelulares, a divisão da célula em duas corresponde ao próprio 
processo de reprodução. Nos organismos multicelulares, a vida de um novo ser, 
começa a partir de uma única célula que se multiplica, ou a partir de um grupo de 
células que se desprende de corpo de um individuo preexistente. 
4.4. Hereditariedade 
É outra característica essencial da vida, intimamente ligada a reprodução. Um ser vivo 
ao se reproduzir transmite aos seus descendentes, um conjunto de instruções em código, 
escrita no material genético, a partir das quais o novo ser desenvolvera sua organização 
típica. 
4.5. Variabilidade genética, selecção natural e adaptação 
O material genético varia ligeiramente entre os membros de uma mesma espécie, o que 
chamado de variabilidade genética. 
Para Darwin e Alfred, a selecção natural é o mecanismo pelo qual as espécies de 
seres vivos ajustam-se ao ambiente, isto é, adaptam-se. Adaptação, significa a 
capacidade de determinada espécie desenvolver, ao longo de milhares de anos, 
características que permitem melhor ajustamento ao ambiente. Graças a adaptação, os 
seres vivos têm modificado ao longo da existência na terra e novas espécies têm surgido 
a partir de espécies ancestrais, a esse processo chamamos de evolução biológica. 
4.6. Metabolismo 
Conjunto de reacções químicas que ocorrem no interior dos organismos vivos, tendo por 
finalidade o armazenamento e aproveitamento de energia. Divide-se em Anabolismo, 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 6 
 
síntese de novas substâncias a partir de substâncias mais simples. Catabolismo, 
degradação de substâncias complexas em outras mais simples. 
4.7. Irritabilidade: é a reacção do organismo aos estímulos (propriedade da 
célula nervosa). 
4.8. Regeneração: capacidade que certos seres vivos têm de recompor partes 
perdidas de órgãos, por crescimento e processo de diferenciação. 
5. A BIOLOGIA COMO CIÊNCIA 
O termo biologia deriva do grego, (Bio-vida e Logia-descrição ou estudo). A biologia 
tem uma grande importância visto que, estuda os seres vivos permitindo deste modo, 
compreender a diversidade biológica dos seres vivos, bem como os diferentes meios que 
habitam, as diferenças anatómicas, fisiológicas e morfológicas que eles apresentam. 
O desenvolvimento das ciências veio acrescentar muitos conhecimentos em diversas 
áreas da biologia, que veio especializar-se em várias ciências autónomas, tais como: 
 Citologia: estuda a célula nos seus diversos aspectos morfofisiológicos; 
 Histologia: estuda os tecidos orgânicos, sua estrutura microscópica, seu 
desenvolvimento e suas funções; 
 Embriologia: estuda a formação e o desenvolvimento dos órgãos; 
 Fisiologia: estuda o funcionamento dos órgãos e sistemas orgânicos; 
 Anatomia: estuda a morfologia e estrutura de diversos órgãos; 
 Ecologia: estuda a relação do homem com o meio ambiente; 
 Genética: estuda a transmissão dos caracteres hereditários de geração a geração; 
 Bioquímica: estuda os processos metabólicos que se desenvolvem no interior 
das células; 
5.1. A BIOLOGIA COMO CIÊNCIA: ASPECTOS HISTÓRICOS 
No final do século XVI inventa-se o microscópio a partir dai abrem-se as portas do 
maravilhoso mundo do invisível. 
Em 1665 Roberto Hook, observa a estrutura da célula celular e a ele se deve o termo 
“célula”. 
Em 1735 Karl Von Linné, estabeleceu um sistema de classificação dos seres vivos, em 
que consistia numa designação binominal, em que cada espécie tinha dois nomes 
latinizados (o primeiro correspondente ao género e o 2ndo a espécie). 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 7 
 
Em 1839, surgi a teoria celular um dos grandes alicerces da biologia moderna, proposta 
por Mathias Jakob Schleiden e Theodor Schwann, defendiam que todos os 
organismos estão formados por células, e que todas as células derivam de outras 
precedentes. 
Em 1960, Louis Pasteur deu o contributo inesquecível na microbiologia com a 
hipótese de geração espontânea. 
Em 1859, Charles Darwin, publica a sua obra a origem das espécies, na qual 
fundamenta a teoria de evolução. 
Em 1865, Gregório Mendel, postula as leis da hereditariedade, proporcionando o 
princípio dos estudos da genética. 
Em 1924 teoria de Oparíon sobre a origem das espécies. 
Em 1953, Watson e Crick, propõem um modelo de estrutura do ADN. 
6. NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA 
Entendemos por níveis de organização da matéria viva, os estados sucessivos originados 
pela agregação e cooperação das formas da matéria. Assim temos: 
Primeiro: Nível subatómico: é o mais inferior que se conhece na actualidade, 
constituído pelas partículas elementares do átomo: electrões, protões e neutrões. 
Segundo: Nível atómico: constituído por todos os elementos química que se encontra 
na tabela periódica, distribuídos em grupos e período. 
Terceiro: Nível molecular: produz-se pela agregação ou união dos átomos, exemplo ao 
combinar-se Hidrogénio e Oxigénio forma-se água. 
A evolução das moléculas ramifica-se em duas vias diferentes: 
 Uma que conduz a formação das distintas substâncias inorgânicas. 
 Outra que leva directamente a formação de células. 
Nota: Tudo que vimos até aqui é o grande nível pré-celular, constituído pela união dos 
níveis subatómico, atómico e molecular. Para alguns cientistas os vírus constituem uma 
fronteira (entre os níveis pé-celulares e celulares). 
Quarto: Nível celular: formado por grandes agregados moleculares que uniram-se num 
dado momento dando lugar a origem de células; constituindo assim a matéria viva 
organizada com a complexidade precisamente necessária para realizar todos os 
processos que permitem o metabolismo e a auto-reprodução. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 8 
 
Quinto: tecidos: As células ao dividirem-se podem não separar-se e assim formar um 
agregado estabelecendo cooperação entre elas. Assim surgiram os tecidos formados por 
um conjunto de células especializados em determinadas funções. Ex: tecido nervoso, 
tecido muscular, tecido conjuntivo, etc. 
Sexto: Órgãos: É um agregado de tecidos que cooperam numa determinada função, isto 
é, unidade anatómica e funcional presente nos seres multicelulares complexos. Ex: 
pâncreas, o fígado, pulmões, coração, etc. 
Sétimo: Sistema de órgãos: conjunto de órgãos integrados funcionalmente. Ex: sistema 
nervoso, digestivo, respiratório, etc. 
Nota: os tecidos, órgãos, e sistemas de órgãos são níveis secundários ou subníveis de 
organismo, porque não têm vida própria como organismo. 
 Oitavo: Organismo pluricelular: é um conjunto de sistemas. O processo que conduz 
das células aos organismos com sistemas é a evolução biológica. 
Nono: Espécie: conjunto de indivíduos semelhantes, capazes de reproduzir 
descendentes férteis. 
Décimo: População biológica: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que 
habitam numa determinada região geográfica. A sociedade é um tipo de população. Ex: 
as populações humanas dos diversos países. 
Decimo primeiro: Comunidade, Biota ou Biocenose: é o conjunto de distintas 
espécies numa determinada localidade, interagindo directamente ou indirectamente 
entre si. Ex: a comunidade da qual faz parte a população de babuínos inclui entre outros, 
as populações de plantas e de outros animais que coabitam com estes macacos. 
 Décimo segundo: Biosfera (mundobiológico ou mundo vivente): conjunto de todas 
comunidades da terra, é o mais alto de todos os níveis verticais. 
Em resumo: Átomos → moléculas → células→ tecidos → órgãos → sistemas de 
órgãos → organismos → população → comunidade → ecossistema → biosfera. 
MICROSCOPIA 
Para estudar a estrutura das células, tecidos e órgãos que constituem os componentes do 
corpo humano e organismo pluricelulares, o homem desenvolveu diversos métodos e 
técnicas. É importante antes de estudar a estrutura e a composição das células e tecidos 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 9 
 
conhecer alguns métodos, técnicas e instrumentos, que homem dispõe para chegar a 
estes conhecimentos. 
Microscópio Óptico 
Na segunda metade do século XVII, o microscopista amador Antony Van 
Leeuwenhoek, nascido em Delft, Holanda consegui pela primeira vez observar e 
descrever microrganismos que designou por animálculos. A partir das suas 
observações, utilizando o microscópio rudimentar, ele desenhou e descreveu bactérias, 
protozoários, leveduras e outros microrganismos. 
O microscópio óptico é um instrumento usado para ampliar e regular, com uma série de 
lentes multicoloridas e ultravioleta, capazes de enxergar através da luz estruturas 
pequenas e grandes, impossíveis de visualizar a olho nu, por isso também conhecido 
como microscópio de luz (utilizando luz ou "fótons"). 
O factor mais significativo para a obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de 
resolução, que corresponde à distância mínima que é necessário existir entre dois 
pontos para que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o microscópio óptico essa 
distância é de 0,2 µm devido ao comprimento de onda das radiações visíveis. Com 
efeito, a propriedade da ampliação só tem interesse prático se for acompanhada de um 
aumento do poder de resolução. 
Ou ainda: A capacidade de um sistema óptico distinguir por separado (resolver), dois 
pontos muito próximo chama-se poder de resolução. 
COMPOSIÇÃO MECÂNICA DE UM MICROSCÓPIO ÓPTICO 
Parte Imagem Descrição 
Pé ou base 
 
Peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras 
partes constituintes do microscópio. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_resolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_resolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_de_resolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Talpazat.jpg
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 10 
 
Coluna ou 
Braço 
 
Fixo à base, serve de suporte aos outros elementos. 
Mesa ou 
Platina 
 
Onde se fixa a lâmina a ser observada, possui uma janela 
por onde passam os raios luminosos e também parafusos 
dentados que permitem deslocar a preparação. 
 
Tubo ou 
canhão 
 
Cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se 
na extremidade superior a ocular e na inferior o revólver 
com objectivas. 
Revólver ou 
Óptico 
 
Disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta duas a 
quatro objectivas de diferentes ampliações: por rotação é 
possível trocar rápida e comodamente de objectiva. 
 
COMPOSIÇÃO ÓPTICA DE UM MICROSCÓPIO ÓPTICO 
Parte Imagem Descrição 
Condensador 
 
Conjunto de duas ou mais lentes convergentes que 
orientam e espalham regularmente a luz emitida pela 
fonte luminosa sobre o campo de visão do 
microscópio. 
Diafragma 
É constituído por palhetas que podem ser 
aproximadas ou afastadas do centro através de 
uma alavanca ou parafuso, permitindo regular a 
intensidade da luz que incide no campo de visão do 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tubustarto.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Asztal.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MikTub.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Revolver02.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alavanca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kondenzor.jpg
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 11 
 
Microscópio óptico: 1-Ocular; 2-Revólver; 3-Objectiva; 4-Parafuso macrométrico; 5-
Parafuso micrométrico; 6-Platina; 7-Espelho; 8-Condensador 
TIPOS DE MICROSCÓPICO ÓPTICO 
 A microscopia de luz combina métodos tradicionais de formação de imagem com 
princípios de aumento de resolução, permitindo a observação de detalhes de até 200 
nanómetros. Os microscópios ópticos são, geralmente, utilizados em laboratórios de 
análises e dividem-se: 
 
microscópio. 
LentesObjectivas 
 
Permitem ampliar a imagem do objecto 10x, 40x, 
50x, 90x ou 100x. Existem: 
 As objectivas de 10x, 40x e 50x são 
designadas objectivas secas pois entre a preparação e 
a objectiva existe somente ar. 
 As objectivas de imersão, uma vez 
que, para as utilizar, é necessário colocar uma gota de 
óleo de imersão entre elas e a preparação, o qual, por 
ter um índice de refracção semelhante ao do vidro, 
evita o desvio do feixe luminoso para fora da 
objectiva. 
Oculares 
 
Sistema de lentes que permitem ampliar a imagem 
real fornecida pela objectiva, formando uma imagem 
virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos 
olhos do observador. As oculares mais utilizadas são 
as de ampliação 10x, mas nos microscópios 
binoculares também existem oculares de 12,5, 8x e 
6x. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Objectiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imers%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Darkfiled_objective.jpg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Zeissok.JPG
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 12 
 
1. Microscópio ultravioleta 
Neste tipo, utiliza-se a radiação ultravioleta, que tem um comprimento de onda para a 
luz visível, melhorando o limite de resolução. 
2. Microscópio de fluorescência 
A observação dos espécimes é feita através da fixação de substâncias fluorescentes 
(fluoro e cromos), que, ao receberem luz, podem ser observados através do brilho 
gerado. 
 
3. Microscópio de contraste de fase 
Transforma diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas, permitindo a 
observação dos espécimes através do contraste gerado. 
 
Características M. Óptico M. Electrónico 
Poder de resolução 0,2µm 0,001µm 
Poder de ampliação 1000x 100. 000x 
Feixes que atravessam o 
objecto 
Feixe de luz Feixe de electrões 
Formação da imagem Depende da absorção de 
luz pelo objecto 
atravessado 
Depende de desvio sofrido 
por electrões ao 
atravessarem o objecto 
Lentes Lentes ópticas Magnéticas 
Vantagens Observação de material 
vivo (fresco) e morto 
Observação de material 
morto. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 13 
 
4. Microscópio de polarização 
Constituído por dois prismas – um polarizador e outro analisador – este tipo de 
microscópio é utilizado na observação de materiais birrefringentes (estruturas 
anisotrópicas, com índices diferentes de refracção como os ossos, músculos, fibras, 
cabelos, etc.). 
 TIPOS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA 
Os microscópios electrónicos utilizam, em vez da luz, um feixe de electrões, para 
iluminar a amostra, combinado a lentes electrostáticas e electromagnéticas. Sua 
capacidade de ampliação é superior a dos microscópios de luz, atingindo um nível de 
resolução de 0,001 nanómetros. Os tipos principais são: 
1. Microscópio Electrónico de Varredura (MEV) 
Capazes de produzir imagens em alta resolução, estes microscópios ampliam em até 100 
mil vezes objecto e permitem obter imagens tridimensionais, sendo bastante utilizados 
para a observação da estrutura superficialda amostra. 
2. Microscópio Electrónico de Transmissão (MET) 
Este tipo permite examinar detalhes ínfimos, ampliando o objecto em até um milhão de 
vezes. Seu funcionamento consiste na emissão de um feixe de electrões que interage 
com a amostra enquanto a atravessa, formando uma imagem aumentada. Para a 
observação neste tipo de microscópio é necessário que o material seja cortado em 
camadas bem finas. 
Ao contrário da microscopia óptica, este tipo não utiliza lentes de vidro, mas sim 
ponteiras de vidro com alta sensibilidade à superfície da amostra, permitindo a 
formação de uma imagem com informações tridimensionais. Além da grande 
resolução, os microscópios que utilizam essa tecnologia podem medir características 
como dureza e elasticidade do material. 
ALGUMAS COMPARAÇÕES 
V- A TEORIA CELULAR DE SCHLEIDEN E SCHAWANN 
A teoria celular é dos conhecimentos fundamentais da biologia. Ela foi idealizada por 
Matias Jakob Scheiden (botânico alemão) e Theodor Schawann( naturalista alemão), 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 14 
 
nos finais da década de 1830, depois de inúmeros estudos microscópicos realizados 
depois a descoberta da célula, por Robert Hook. 
A teoria celular é uma das mais importantes generalizações da história da biologia. Ela 
admite que apesar das diferenças quanto a forma e a função, todos os seres vivos têm 
em comum o facto de serem constituídos por células. 
As três premissas fundamentais da TC são: 
I. Todos os seres vivos são formados por células e por estruturas que elas 
produzem, as células são, portanto, as unidades morfológicas dos seres vivos. 
II. As actividades essências que caracterizam a vida ocorrem no interior da célula, 
estas são portanto as unidades funcionais ou fisiológicas dos seres vivos. 
III. Novas células formam-se apenas pela reprodução das células preexistentes, por 
meio de um processo denominada divisão celular. 
Nota: os vírus são a excepção à teoria celular pois não possuem células. Apesar de 
precisar estar dentre de uma célula viva para se reproduzir, (isto conformou ainda mais 
que os processos essências à vida ocorre numa célula), por isso são chamados de 
acelulares ou apenas estruturas biológicas. 
Dois cientistas pelas suas pesquisas obtiveram resultados que vieram a enriquecer a 
teoria celular. 
Dutrochet, concluiu que a célula é a unidade de constituição de todos organismos 
vivos. 
Rudolf Verchow, postulou que a célula não só é a unidade estrutural dos seres vivos, 
mais também é a unidade fisiológica. Acrescentou ainda, o seguinte princípio: toda a 
célula tem origem noutra célula preexistente. 
TEORIA DE DARWIN 
Charles Darwin (1809-1882) naturalista inglês, no seu livro origens das espécies, 
publicou a teoria da selecção natural, na qual concluiu que “todos os organismos que 
nascem nem sempre apresentam condições de sobrevivência. Apenas sobrevivem os que 
tem maiores condições de adaptarem-se às condições ambientais e eles reproduzem-se 
deixando descendentes férteis. 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 15 
 
UNIDADE II – CITOLOGIA 
1. Introdução 
Citologia é a parte da biologia que estuda as células tendo em conta sua estrutura, 
funções e sua importância na complexidade dos seres vivos. 
As células representam a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos. Por 
outras palavras, cada célula possui uma organização molecular que lhe permite 
desempenhar as funções que caracterizam a vida: crescer, reproduzir-se e adaptar-se ao 
meio exterior. 
As células vivas classificam-se em procariotas e eucariotas. 
I.As células procariotas são células muito simples sem organelos e com o material 
genético (DNA) localizado em uma região específica do citoplasma, mas não protegido 
por um envoltório, ou seja, sem uma membrana nuclear (carioteca). Como por 
exemplo, as bactérias e as algas cianofíceas, também conhecidas como algas azuis. 
II.As células eucariotas são células mais complexas com o citoplasma rico em organelos 
e com o material genético (DNA) protegido pela membrana nuclear. Ex.: a célula 
animal, vegetal, fungos e protozoários. 
 CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS 
I.Podem ser organismos unicelulares ao formar parte dos organismos pluricelulares; 
II.Podem ser eucariotas e procariotas; 
III.As células eucariotas estão constituídas por um núcleo e citoplasma, membrana 
citoplasmática; 
IV.Tem diversos organitos citoplasmática e inclusões; 
V.O núcleo celular é o grande armazém do material genético. 
1. CÉLULA PROCARIOTA 
As células procariotas (como por exemplo as bactérias) são, geralmente, de pequenas 
dimensões, apresentam uma grande diversidade morfológica e uma organização celular 
bastante simples. Na natureza são encontradas na terra, no pó, em diferentes tipos de 
águas (doce, salgadas e termais), nos alimentos e em associações com todos tipos de 
organismos. Esta capacidade de reprodução esta relacionada com: 
I.O seu pequeno tamanho; 
II.A sua rapidez de reprodução e formas de reprodução 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 16 
 
III.A sua capacidade de adaptação em condições ambientais desfavoráveis formando 
esporos resistentes que lhes possibilitam a sobrevivência; 
MORFOLOGIA DAS BACTERIAS 
A maior parte das células bacterianas são unicelulares e apresentam formas bastante 
simples que são: 
a) A forma mais simples é a esférica que designam-se por cocos. Os cocos podem 
associar-se: 
 Aos pares (diplococos) 
 Em cadeias (estreptococos) 
 Em grupos irregulares (estafilococos). 
b) A forma mais vulgar é a cilíndrica ou em bastonete designada por bacilos. Os 
bacilos reunidos dois a dois (diplobacilos) e reunidos em cadeias 
(estreptobacilos). 
 Em forma espiralada (espirilos) 
 De vírgula (vibriões); 
ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA 
 
As bactérias são microrganismos estruturalmente muito simples e medem de 1 a 10µm. 
Tem como componentes estruturais: 
 Cápsula bacteriana: é a camada gelatinosa com fronteira definida, formada por 
uma serie de polímeros orgânicos, e está no exterior da parede celular. 
 Parede celular ou bacteriana: é o envoltório rígido e mecanicamente resistente 
que determina a forma da bactéria, e a protege conta agressões físicas 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 17 
 
ambientais. Ela também condiciona a coloração de Gram: Gram positivo ( 
Bacillus megateruim, Estreptococos pneumoniae ou estafilococos aureus) e 
Gram negativo (Escherichia coli, Salmonella, Pseudomonas. 
 Membrana Plasmática: encontra-se sob a parede celular; está delimitando o 
citoplasma onde há milhares de ribossomas responsáveis pela produção de 
proteína; 
 Nucleóide: é o cromossoma bacteriano constituído por uma molécula circular da 
ADN, este circula directamente no citoplasma. A célula bacteriana pode conter 
também pequenas quantidades adicionais de ADN, chamada de Plasmídeo, que 
geralmente contem genes para destruir moléculas de antibióticos que poderiam 
matar a bactéria. 
 Flagelo Bacteriano: são longos filamentos proteicos ligados a parede e a 
membrana bacteriana que facilitam o movimento das bactérias. 
2. CÉLULA EUCARIOTA 
As células eucariotas são maiores e mais complexas; o seu genoma é maior e possui 
mecanismo muito mais elaborado de regulação da expressão genética. O DNA das 
células eucarióticas encontra-se confinado num compartimento próprio, delimitando por 
membranas e especializado em funções especificas. Dois destes organelos, as 
mitocôndrias(especializada na produção de energia), e os cloroplastos (especializado 
na fotossíntese), são, muito provavelmente, descendentes de organismos procarióticos 
ancestrais. Outras características das células eucarióticas são a presença, no citoplasma, 
de redes filamentosas (citoesqueleto que serve tanto para o apoio estrutural como 
desempenham funções de trilhos e motores responsável pelos movimentos celulares. 
CÉLULA EUCARIOTA EM ORGANISMOS PLURICELULARES 
A observação de uma célula eucariota ao microscópio óptico mostra duas regiões bem 
diferentes (citoplasma e o núcleo). Já no microscópio electrónico observa-se a três 
componentes que são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. 
Membrana citoplasmática: é uma membrana extremamente fina que só podemos 
observar ao microscópio electrónico e tem como função o intercâmbio de iões e 
moléculas entre a célula e o meio extra celular. 
Estrutura da Membrana citoplasmática 
http://es.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli
http://es.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli
http://es.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 18 
 
A Membrana citoplasmática é constituída basicamente por duas camadas moleculares 
de fosfolípidos formando a chamada Bicapa lipídica, com moléculas de proteínas 
incrustadas. As proteínas da capa lipídica distribuem-se mais ou menos espaçadamente 
na dupla camada de fosfolípidos; algumas se encontram em posição superficial na 
Bicapa lipídica (proteínas superficiais) enquanto outras atravessam de lado a lado 
(proteínas integrais). Em 1972, Singer e Nicholson, propuseram o modelo de mosaico 
fluido. 
O modelo de mosaico fluido, esboça uma matriz lipídica aquosa e proteínas que se 
dispõem de duas formas: na periferia em toda a espessura da membrana, os lípidos e as 
proteínas estão dispostos numa forma parecida a mosaicos permitindo certos 
movimentos de rotação e de lateralização (sobre o seu eixo). 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA MEMBRANA PLASMÁTICA 
1. Têm uma estrutura trilaminar, isto é duas zonas escuras e uma clara; 
2. Esta composta por proteínas, lípidos e carbohidratos, 
3. Funciona como barreira protectora; 
4. É selectivamente permeável e apresenta diferentes mecanismos de transporte; 
5. Apresenta especializações de membrana. 
PROPRIEDADES OU ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA 
 A membrana plasmática, separa o conteúdo celular do meio circundante, mantendo a 
estabilidade do meio ambiente interno da célula. Algumas substâncias atravessam a 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 19 
 
membrana com facilidade enquanto outras, têm sua passagem dificultada ou impedida. 
Entre elas temos: 
1. Permeabilidade selectiva ou semipermeabilidade: capacidade de seleccionar 
o que entra e sai da célula; através dos processos de transporte passivo, 
transporte activo. 
2. Transporte passivo: é o processo através do qual certas substâncias podem 
atravessar a membrana espontaneamente, sem que a célula gaste energia. Neste 
transporte temos: a difusão simples, difusão facilitada e a osmose. 
2.1.A difusão simples é uma forma de transporte em que as substancias entram e 
saem da célula espontaneamente. 
2.2.Difusão facilitada ou mediada: é o transporte de partículas pela membrana, 
facilitado por proteínas transportadoras (permeases) e segue a regra básica da 
difusão, isto é, difundem-se do sítio de maior concentração para o de menor 
concentração. 
2.3.Osmose é um processo físico que ocorre entre duas soluções separadas por uma 
membrana permeável, em que a água atravessa a membrana para o lado que 
contem maior números de solutos, para igualar a sua quantidade nos dois lados 
da membrana. 
3. Transporte activo: é um transporte feito com gasto de energia, neste transporte 
temos a realçar a bomba de Sódio e Potássio (Na/K) 
4. Endocitose (do Grego endo=dentro e Kytos=célula) é a capacidade que a 
membrana possui em capturar partículas por meio de invaginações e engloba-las 
em bolsas que passam para o interior do citoplasma. Existem dois tipos básicos 
de endocitose: fagocitose e pinocitose. 
4.1.Fagocitose: ingestão de partículas sólidas; 
4.2.Pinocitose: ingestão de partículas líquidas; 
1.1.Exocitose (do Grego exo=fora e Kytos=célula): é a capacidade da célula em 
eliminar substâncias armazenadas em bolsas citoplasmáticas membranosas. 
CITOPLASMA 
Citoplasma (do grego: Plasma=líquido, Kytos=célula) é o protoplasma que rodeia o 
núcleo e esta limitado perifericamente pela membrana plasmática, e apresenta uma 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 20 
 
massa semifluida, um pouco mais refringente que a água, aparentemente homogénea, 
designada Hialoplasma. 
Funções: nela ocorre processos de síntese e degradação. Se produz, se armazena e se 
liberta energia. 
Possui as seguintes Características como: A irritabilidade, condutividade, absorção, 
respiração, crescimento, secreção e excreção. 
Quanto a composição química: temos a água, proteínas, lípidos, carbohidratos e 
electrólitos. 
COMPONENTES DO CITOPLASMA 
CITOPLASMA
Membranosos.
Nao membranosos.
Organitos
Inclusoes
Pigmentos.
Cristales.
Alimentos 
almacenados.
Matriz citoplasmática
Citoesqueleto
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 21 
 
 
ORGANITOS MEMBRANOSOS 
Organitos membranosos 
 Retículo endoplasmático liso 
 Retículo endoplasmático rugoso. 
 Aparato de Golgi. 
 Mitocôndrias. 
 Lisossomas. 
 Peroxissomas. 
 Organitos não membranosos 
 Ribosomas. 
 Centriolos. 
Citoesqueleto: 
 Microtúbulos 
 Microfilamentos 
 Filamentos intermédios 
ORGANITOS MEMBRANOSOS 
Aparelho ou complexo de Golgi: é um organito membranoso em forma de sacos e 
vesículas que intervêm no mecanismo de secreção celular e na formação de lisossomas 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 22 
 
primários. O complexo de Golgi recebe proteínas proveniente do reticulo 
endoplasmático rugoso (RER) e forma desta maneira glicoproteínas. 
Reticulo endoplasmático rugoso (RER: é uma vasta rede de bolsas e túbulos 
membranosos, é chamado de rugoso por apresentar ribossomas aderido a sua superfície, 
tem a função de produzir proteínas pelos seus ribossomas da superfície. o RER se 
encontra em contacto com a envoltura nuclear e é responsável pela sua função depois 
que termina a mitose. 
Reticulo endoplasmático Liso (REL): é uma vasta rede membranosa de bolsas e 
túbulos, é chamado de liso por não possuir ribossomas não aderidos a sua superfície. É 
responsável pela síntese de lípidos (esteróides, ácidos gordos, fosfolípidos, etc.). É 
abundante nas células do fígado. 
Mitocôndrias: organitos citoplasmáticos responsáveis pela produção de energia, 
através do processo de respiração celular que ocorre no interior da célula, é o único 
organito citoplasmático composto por duas membranas (externa e interna), pela sua 
função produtora de energia encontra-se em grande número no fígado e nos músculos. 
Lisossomas: organito citoplasmático membranoso que participa na digestão celular e na 
defesa, já que possui no seu interior enzimas líticas. Os Lisossomas podem ser 
primários (Lisossomas recém formados pelos complexos de Golgi e sem actividade 
digestiva ainda) e secundários. Estes quando se unem com os produtos da Endocitose 
são chamados de vacúolos digestivos (Lisossomas secundários). 
Peroxissomas: organitomembranoso que participa na degradação do peróxido de 
hidrogénio, por meio da sua enzima conhecida como catalasa. 
ORGANITOS NÃO MEMBRANOSO 
Centríolos: organitos citoplasmático não membranoso de estrutura cilíndrica e oca, 
constituído por 9 conjuntos de microtúbulos mantidos juntos por proteínas adesivas e se 
encontram orientados perpendicularmente um ao outro. Localizam-se nas proximidades 
do núcleo tem a função de participar no processo de divisão celular. 
Cílios e Flagelos: são estruturas filamentosas móveis que se projectam da superfície 
celular, como pelos microscópicos. Os flagelos são geralmente longos e poucos 
numerosos enquanto os cílios são curtos e em grande número na célula. Ambas 
estruturas participam no movimento da célula. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 23 
 
a) Ribossomas: organitos que intervêm na síntese de proteínas. Podem se encontrar 
livre no citoplasma ou associado a membranas do RER. 
CITOESQUELETO 
É uma complexa estrutura intracelular constituída por finíssimos túbulos e filamentos 
proteicos como exemplo: microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermédios. 
O citoesqueleto define a forma da célula; possibilita o movimento de substâncias no 
interior da célula e permite diversos tipos de movimentos de uma célula. 
NÚCLEO 
O núcleo é delimitado do citoplasma por um sistema de membrana denominado por 
envoltório nuclear (membrana nuclear). No núcleo encontra-se o património genético 
da célula, sob forma de moléculas de ADN. Numa célula humana existem cerca de 6 
milhões de pares de bases de ADN, medindo aproximadamente 2 metros de 
comprimento. De facto, o ADN é “empacotado” com a ajuda de um conjunto de 
proteínas denominada histonas. O ADN e as histonas formam a cromatina, que se 
espalha pelo interior do núcleo. O núcleo tem como função controlar todas as 
actividades da célula. 
Componentes do núcleo 
Ao observar o núcleo ao microscópio electrónico verifica-se a existência de 4 partes 
distintas 
1. Envoltório nuclear (membrana nuclear): esta formada por uma membrana 
interna e outra externa, essa estrutura delimita o núcleo do citoplasma e intervém 
no intercâmbio de substância entre o núcleo e o citoplasma. 
2. Nucléolo: são massas densas e arredondadas que ocupam a parte central do 
núcleo e se relaciona com a síntese de ribossomas; 
3. Matriz nuclear: é o meio nuclear líquido onde se encontram dispersas varias 
substâncias e enzimas. 
4. Cromatina: é o conjunto de cromossomas presente no núcleo das células que 
não estão em divisão (células em interfase). Ao observar a cromatina de uma 
célula ao microscópio electrónico, verifica-se a existência de duas regiões: 
5. Heterocromatina: quando os cromossomas que se encontram no núcleo estão 
mais densos e tem um aspecto mais escuro. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 24 
 
6. Eucromatina: quando os cromossomas que se encontram no núcleo estão 
menos densos e tem um aspecto mais claro. 
Cromossomas: são estruturas filamentosas constituídas por uma longa cadeia de ADN 
e proteínas chamadas histonas. O número e a forma dos cromossomas são constantes 
em todos os indivíduos de uma mesma espécie. A espécie humana possui 23 pares de 
cromossomas (46 cromossomas no núcleo), em todas a células, com excepção dos 
gâmetas. 
Cariotipo Humano: é o conjunto de características morfológicas dos cromossomas de 
uma célula. 
 O cariotipo normal de uma mulher é: 22 pares de cromossomas autossómicos e um 
par de cromossomas sexuais X (22AA+XX ou 46XX); 
O cariotipo de um homem normal: é 22 pares de cromossomas autossómicos, e um 
cromossoma X e outro Y, chamados cromossomas sexuais (22 AA + XY, ou 46XY). 
CICLO CELULAR 
Uma das propriedades fisiológicas da célula e que define os seres vivos, é a capacidade 
que estes têm de reproduzir-se. A formação de novas células é o resultado final de uma 
serie de processos que começam a partir de una célula recém-formada e termina na 
reprodução desta célula, é dizer, sujeitam estes processos em um ciclo celular. 
O período que se inicia com o surgimento de uma célula a partir da divisão de outra 
preexistente, e termina quando ela se divide em células filhas é chamado ciclo celular. 
O ciclo celular é dividido em duas etapas: interfase e divisão celular. 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 25 
 
 Interfase: é o período de crescimento e maduração celular ou seja, é o período em que 
a célula não se encontra em divisão. Esta apresenta as seguintes etapas: G1, S, G2. 
Divisão Celular: processo pelo qual a partir de uma célula mãe obtém-se células filhas. 
Conhecem-se dois tipos de divisão celular: Mitose e Meiose. 
MITOSE 
É o processo pelo qual, uma célula mãe (células eucariotas, células somáticas, células 
comuns do corpo) dá origem a duas células filhas com a mesma informação genética, ou 
seja, célula mãe 2n (46 cromossomas), célula filha 2n (46 cromossomas). Essas duas 
células filhas são chamadas de diplóides (2n). 
Características da mitose: 
 A mitose ocorre sempre logo após a duplicação do material genético ou seja, 
logo após a duplicação do ADN. 
 Ocorrem duas divisões do núcleo (cariocinese) e do citoplasma (citocinese) 
 Tem a duração de 30 a 60minutos aproximadamente; 
 Ocorrem em todas a células do organismo; 
FASES DA MITOSE 
Apresenta 4 fases ou etapas: 
1-Profase: é a etapa mais longa da mitose com as seguintes características: 
a) Os cromossomas tornam-se grossos e curtos. 
b) Migração dos centríolos aos pólos e forma-se o fuso acromático; 
2-Metafase: o termo metáfase refere-se ao facto de os cromossomas alinharem-se no 
meio da célula. Possui as seguintes características: 
a) Se caracteriza fundamentalmente pela formação da placa metafásica ou placa 
equatorial. 
b) Os pares dos centríolos já estão aos pólos. 
3-Anafase: é a fase da mitose em que os cromossomas separam as suas cromatídeos e 
estas migram para os pólos opostos. 
4-Telofase: caracteriza-se pela descondensação dos cromossomas e a reorganização de 
uma nova membrana nuclear ou carioteca. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 26 
 
 
 Importância da Mitose 
 Permite o crescimento dos organismos pluricelulares 
 Permite a reprodução dos seres unicelulares. Ex: ameba e paramécia. 
 Possibilita a propagação do material genético de geração a geração, garantindo a 
perpetuação da espécie. 
MEIOSE 
Processo de divisão celular em que o número de cromossomas é reduzido a metade nas 
células filhas, isto é, em 4 células filhas e são chamadas de Haplóides, e representam-se 
por n. Este processo compreende duas divisões nucleares sucessivas Meiose I e Meiose 
II. 
Na Meiose I e Meiose II, ocorrem 4 fases, semelhante aos da mitose, isto é, meiose I é 
dividida em Prófase I (onde ocorre o crossing-over), Metáfase I, Anáfase I e 
Telofase I. A Meiose II é dividida em Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase 
II. 
 Fases da profase I: leptóteno, zigóteno, paquiteno, diploteno e diacinese. 
Características da meiose 
 Ocorre somente nas células somáticas, isto é, nos gâmetas; 
 O número de cromossomas é reduzido a metade. 
Importância da meiose 
 Possibilita a conservação do número de cromossomas da espécie; 
 Permite a perpetuação do material genético de pais para filhos. 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 27 
 
Nota:a meiose e a fecundação são processos complementares, porque durante a meiose, 
se formam células com a metade da informação genética (gâmetas 23 cromossomas ou 
n), e este número é completado durante a fecundação com a formação do zigoto (passa 
para 46 cromossomas ou 2n). 
QUADRO COMPARATIVO ENTRE A MEIOSE E MITOSE 
Meiose Mitose 
Ocorre em células germinais. Duas divisões Ocorre em células somáticas. Divisão única 
Um ciclo de replicação do ADN é seguido por 
duas divisões (meiose I e II), resultam 4 células 
germinativas Haplóides geneticamente 
diferentes. 
Um ciclo de replicação do ADN é seguido por 
uma divisão que resultam duas células 
somáticas diplóides geneticamente idênticas. 
O número de cromossomas dos produtos 
meióticos é a metade da célula mãe 
O número de cromossomas das células filhas é 
idêntico ao da mãe. 
A célula que sofre meiose é sempre diplóide. A célula que sofre mitose pode ser diplóide ou 
haplóide. 
Há crossing-over ou sobrecruzamento entre 
cromossomas homólogos. 
Normalmente o crossing-over somático é 
raríssimo. 
A prófase I é mais longa A prófase é mais curta 
 
CÉLULA VEGETAL 
Vários processos ocorrentes na célula vegetal são semelhantes aos que ocorrem na 
célula animal. Porem, algumas características são peculiar a célula vegetal, 
principalmente referente a parede celular, a qual envolve o protoplasto (conteúdo 
celular). 
As estruturas características da célula vegetal são: parede celular, vacúolos e plastos. 
Evidentemente estão presente nas células vegetais muitas organelas também 
encontradas nas células animais, como mitocôndrias, dictiossomas (pilhas de 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 28 
 
membranas lisas que constitui o aparelho golgiense), núcleo, microtúbulos, ribossomas, 
etc. 
 Parede celular: é a estrutura mais externa da célula vegetal e a delimita do meio 
externo. Confere forma, tamanho e protecção a célula vegetal (quimicamente a parede 
esta constituída por celulose, lípidos e proteínas). 
Vacúolos: é um sistema membranoso intracelular bastante desenvolvido. Tem a função 
de armazenamento de substancia e é o organito responsável pela digestão celular. 
Plastos: são organitos formados por duas membranas e contem ADN e ribossomas. São 
divididos em três grandes grupos: 
Cloroplastos: contem clorofila e estão associados a fase luminosa da fotossíntese, 
sendo mais bem diferenciada nas folhas; 
Cromoplasto: portam pigmentos carotenóides (geralmente amarelos, alaranjados ou 
avermelhados); são encontrados em estruturas coloridas como pétalas, frutos e algumas 
raízes. Surgem a partir dos cloroplastos. 
Leucoplasto: sem pigmento podem armazenar muitas substâncias 
ASPECTOS COMPARATIVOS ENTRE CÉLULA ANIMAL E VEGETAL 
Apesar de em todas as células eucarióticas existir uma estrutura básica semelhante, há 
algumas diferenças entre a célula animal e a célula vegetal. 
Características Célula animal Célula vegetal 
Parede celular Ausente Presente 
Plastos Ausente Presente 
Vacuolos Pequenos e muitos Grandes e poucos 
centriolos Presente Ausentes 
BIOELEMENTOS E BIOMOLÉCULAS 
Os seres vivos contem cerca de 20 elementos químicos diferentes de um total de mais 
de 100 conhecidos: são os bioelementos. Estes combinam-se entre si, formando 
biomoléculas (moléculas da vida) que são de dois tipos: simples e pobres em energia, 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 29 
 
chamadas biomoléculas ou substâncias inorgânicas (agua e sais minerais), e 
complexas e ricas em energia, denominadas biomoléculas ou substâncias orgânicas 
(glícidos, lípidos, proteínas e ácidos nucleicos). 
Classificação dos bioelementos 
Primários (96%) Secundários Oligoelementos 
Carbono (C) Cálcio (Ca) Ferro (Fe) 
Oxigénio (O) Sódio (Na) Iodo (I) 
Hidrogénio (H) Potássio (K) Cobre (Cu) 
Nitrogénio (O) Magnésio (Mg) Zinco (Zn) 
Fósforo (P) Cloro (Cl) etc. 
Enxofre (S) 
 
BIOMOLÉCULAS INORGÂNICAS 
Chamam-se inorgânicas porque também estão presentes nos seres inanimados. Assim 
temos: 
1. Agua: é a biomolécula mais abundante em todos os seres vivos. 
Função: Actua como dissolvente do resto das biomoléculas e permite o seu 
transporte. 
2. Os sais minerais: são substâncias inorgânicas formadas por iões. 
Função: Dissolvidos, regulam o pH, a pressão osmótica e o metabolismo (impulso 
nervoso, contracção muscular). Ex: Sódio (Na+) e o potássio (K+). 
BIOMOLÉCULAS ORGÂNICAS 
São exclusivas dos seres vivos e são muito complexas e ricas em energia. Quando um 
ser vivo morre, as suas biomoléculas orgânicas oxidam-se rapidamente e transformam-
se em inorgânicos. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 30 
 
Glícidos 
Contêm C, H e O; a sua fórmula geral é Cn H2n On. Também se lhes chamado de 
Hidratos de Carbono. Nos seres vivos encontram-se em forma de: 
Moléculas isoladas ou monossacáridos (glicose, frutose, ribose, desoxirribose). 
Dissacáridos: glícidos formados pela união de dois monossacáridos; exemplo: 
Sacarose: frutose + glicose 
Lactose: galactose + glicose 
Maltose: glicose + glicose 
Polissacáridos: são formados por centenas ou mesmo milhares de monossacáridos. 
Exemplo: Amido, Glicogénio, Celulose e Quitina. 
Função dos glícidos 
 Energética: a glicose é o combustível mais utilizado pelos seres vivos. 
 Reserva: o amido nas plantas (os alimentos ricos em amidos são: o trigo, o 
milho, a batata, a mandioca, etc.) e glicogénio nos animais. 
 Estrutural: a celulose nos vegetais, a quitina nos artrópodes. Também fazem 
parte dos ácidos nucleicos (ribose e desoxirribose). 
Lípidos 
Contem C, H, O, por vezes P; são compostos mais ricos em H, e em energia. São 
insolúveis na água e mais complexos e variados do que os glícidos. Os principais 
lípidos são: glicerídeos, as ceras, fosfolípidos, esteróides, e carotenóides. 
Funções dos lípidos: 
 Energética e de reserva: são as que produzem mais energia por unidade de 
peso (glicerídeos, ceras); 
 Estrutural e protectora: fazem parte das membranas celulares (fosfolípidos) e 
os carotenos que actuam como isoladores térmicos (camada de gordura por 
debaixo da pele) e eléctricos (protegem os neurónios). 
 Reguladora: temos as hormonas esteróides, vitaminas lipossolúveis (A, D, E, 
K). 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 31 
 
PROTEÍNAS 
São constituídas por, C, H; O, N e por vezes S. São macromoléculas (polímeros) 
formadas por moléculas mais simples chamadas aminoácidos. Sendo assim uma 
proteína pode ser definida como sequência ou cadeia de aminoácidos. 
Classificação das proteínas 
De acordo a sua complexidade as proteínas podem ser, de estrutura primária, 
secundaria, terciária e quaternária. De acordo com a forma elas podem ser: 
globulares e fibrosas. 
De acordo com a função podem ser: proteínas de reserva, de defesa (anticorpos), de 
transporte (hemoglobina), hormonais e estrutural. 
Enzimas: são proteínas com funções especiais que actuam como catalisadores 
biológicos, isto é, intervêm nas reacções químicas do organismo acelerando-as. 
Características das enzimas: 
As enzimas caracterizam-se pela sua alta especificidade. Esta pode ser de duas 
maneiras: 
 Especificidade de acção: tem sempre a mesma acção. 
 Especificidade de substrato: actuam sempre sobre o mesmo substrato, e isto se 
explica pelo facto delas se encaixarem perfeitamente aos seus substratos, como a 
chave se encaixa na sua fechadura. 
Os ácidos nucleicos 
São constituídos por C, H, O, N e P. representamuma percentagem muito baixa, mais a 
sua importância é extraordinária. Há dois tipos de ácidos nucleicos: 
 ADN, ou ácido desoxirribonucleico 
 ARN ou ácido ribonucleico 
Componentes dos ácidos nucleicos 
Os ácidos nucleicos estão formados por três unidades distintas que são: 
1. Grupo Pentoses: ribose (pressente no ARN), ou desoxirribose (presente no 
ADN). 
2. Grupo fosfato 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 32 
 
3. Bases Nitrogenadas: 
 ADN: Adenina (A), Citosina (C), Guanina (G) e Timina (T). 
 ARN: Adenina (A), Citosina (C), Guanina (G) e Uracilo (U). 
A junção de uma molécula do grupo pentoses (ribose ou desoxirribose), um grupo 
fosfato e uma base nitrogenada constitui um Nucleótido 
Função dos ácidos nucleicos: 
1. ADN, (de cadeia dupla de Nucleótidos enrolada uma sobre a outra, em forma 
helicoidal): forma os cromossomas e é o portador da informação genética de 
geração a geração. 
2. ARN (de cadeia simples de Nucleótido enrolada sobre si mesma): colaboram 
com o ADN, transferindo a informação do núcleo às ribossomas do citoplasma, 
para que esta se torne efectiva (síntese de proteínas). Existem três tipos de ARN: 
ARNm (mensageiro), ARNt (transporte) e ARNr (ribossómico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 33 
 
UNIDADE III- BIOENERGÉTICA 
Introdução 
Praticamente toda a energia presente nas moléculas dos seres vivos, provém, 
primariamente da energia solar. É por meio da fotossíntese que as plantas e algas 
captam a energia luminosa e a utilizam para produzir substâncias orgânicas, as quais 
retêm em suas moléculas a energia captada originariamente da luz solar. 
Existem essencialmente três processos que pelos quais as células obtêm energia para as 
suas funções vitais: Respiração celular, Fermentação e Fotossíntese (exclusivamente 
para as células vegetais). 
O mecanismo básico da respiração celular e fermentação, consistem em retirar a energia 
contida nas moléculas de alimentos e armazenar na célula em forma de ATP (trifosfato 
de adenosina) também conhecida como combustível universal da vida. Enquanto a 
fotossíntese produz moléculas orgânicas a partir de substâncias inorgânicas em 
presença de luz solar. 
Do ponto de vista da fisiologia o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigénio 
e dióxido de carbono com o meio ambiente é chamado de ventilação, respiração ocorre 
apenas na célula, operação executada pela mitocôndria. 
Respiração celular: é o processo pelo qual os seres vivos produzem ATP (armazém de 
energia), através da oxidação (por meio do oxigénio) de moléculas orgânicas. Nesse 
processo as moléculas oxidadas ou degradadas são principalmente glicose (glícidos) e 
ácidos gordos (lípidos), e se obtém como resultado final CO2 (dióxido de carbono ou 
gás carbónico), H2O (água), e energia em forma de ATP. Quimicamente podemos 
representar da seguinte forma a respiração: 
C6H12O6 + 6O2→ 6CO2 + 6H2O + 32ATP 
A respiração celular pode ser de duas formas em dependência da presença ou não 
de oxigénio: 
1-Repiração aeróbia: é aquela que ocorre em presença de oxigénio, dela obtém-se o 
ácido pirúvico e no final do processo o balanço energético de 32ATP. 
2- Respiração anaeróbia: é aquela que ocorre na ausência de oxigénio e obtém-se o 
ácido láctico ou etanol. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 34 
 
No processo de respiração celular ocorrem quatro etapas: 
1. Glicólise: processo pelo qual a glicose é degradada em ácido pirúvico (em 
presença de oxigénio) ou ácido láctico (sem oxigénio). 
2. Ciclo de Krebs: é a etapa de respiração celular em que se obtém cofactores 
reduzidos (NADH, FADH, e GTP) e CO2 a partir de oito reacções cíclicas 
conservativas. 
3. Cadeia de transportadores de electrões: processo de transferência de electrões 
dos cofactores reduzido (NADH e FADH) até ao oxigénio e assim forma-se moléculas 
de água. 
4. Fosforilação Oxidativa: nesta etapa dá-se a síntese da maior parte de ATP 
gerado na respiração celular. 
FERMENTAÇÃO 
É o processo de obtenção de energia mediante a degradação de substâncias orgânicas do 
alimento. Este processo é caracterizado por ocorrer na ausência de oxigénio. 
A fermentação é utilizada por muitos fungos e bactérias que vivem em ambientes 
pobres em oxigénio. Alem disso, as nossas células podem utilizar a fermentação se 
faltar oxigénio. 
Na fermentação uma molécula de glicose é degradada em duas moléculas de ácido 
pirúvico, liberando energia em forma de ATP. Deste modo diz-se que é um processo 
semelhante a Glicólise. 
TIPOS DE FERMENTAÇÃO 
Existem vários tipos de fermentação dentre os quais vamos destacar os seguintes: 
1. Fermentação láctica: nela o ácido pirúvico transforma-se em ácido láctico. Este 
tipo de fermentação ocorre por exemplo em bactérias que fermentam o leite e iogurtes, 
sabor azedo destes alimentos deve-se exactamente a presença do ácido láctico. 
2. Fermentação alcoólica: o ácido pirúvico transforma-se em álcool etílico 
(etanol), e CO2. Este tipo de fermentação é realizado por fungos, uma levedura 
conhecida popularmente como fermento-de-pão ou levedo de cerveja. Esse produto é 
usado no fabrico de bebidas alcoólicas e na produção de pão. 
3. Fermentação acética: obtém-se ácido acético a partir do ácido pirúvico 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 35 
 
FOTOSSÍNTESE 
É o processo pelo qual os seres autotróficos, produzem substâncias orgânicas (glícidos) 
a partir de substâncias inorgânicas (CO2 e H2O), e com energia fornecida pela luz solar. 
A fotossíntese é realizada pelas plantas, algas e algumas bactérias. E para tal participam 
os seguintes compostos: reagentes, CO2 e H2O e se obtém como produtos: compostos 
glicídicos e oxigénio (O2). Quase todo o oxigénio existente na atmosfera actual da terra 
é resultante da fotossíntese. 
A fotossíntese dá-se em duas etapas básicas: 
1. Etapa luminosa ou química: é a etapa mais curta da fotossíntese e dá-se em 
presença de luz, nela ocorrem dois eventos fundamentais, fotólise da água e 
fotofosforilação. 
2. Etapa de escuro ou etapa puramente química: ocorre na ausência de luz, e é a 
etapa mais longa da fotossíntese, nela ocorre a formação de compostos orgânicos 
(glucídicos) a partir de CO2. 
Características da fotossíntese 
 Ocorre somente nos seres autotróficos, isto é, plantas, algas, e algumas bactérias; 
 Ocorre nos cloroplastos com a participação do pigmento de clorofila. 
 Possui duas etapas; 
Importância 
 É através da fotossíntese que se obtém o oxigénio, este que é indispensável para 
os seres vivos; 
 Possibilita a obtenção de substâncias orgânicas (como por exemplo a glicose) 
necessária para os seres heterotróficos. 
 Purificação do ar, pois retira o gás carbónico liberado na nossa respiração ou na 
queima da combustível, como gasolina, e no final libera oxigénio para a atmosfera. 
Equação geral da fotossíntese: 
 Luz 
12H2O + 6CO2--------------------------- C2H12O6 +6O6 + 6H2O 
 Clorofila 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 36 
 
Agua + dióxido de carbono→ glicose + oxigénio + água. 
UNIDADE IV- HISTOLOGIA 
Introdução 
Histologia, estudo microscópico dos tecidos de animais e plantas. O progresso da 
histologia foi lento até o século XIX, durante o qual o microscópio começou a adquirir 
forma parecida à actual. Em 1907,o biólogo norte-americano Ross Granville Harrison 
descobriu que os tecidos vivos podiam ser cultivados, isto é, crescer fora de seu órgão 
original. O estudo dos tecidos foi facilitado pela invenção do microscópio electrónico, 
no começo do século XX. 
Tecido, agrupamento de células, com uma estrutura determinada, que realiza uma 
função especializada, vital para o organismo. Pode-se distinguir quatro tipos básicos de 
tecidos. 
Tecido epitelial: inclui a pele e as membranas que cobrem as superfícies internas do 
corpo. A principal função do epitélio é proteger das lesões e infecções. 
Tecido conjuntivo: sustenta e mantém as distintas partes do corpo. Compreende o 
tecido conjuntivo elástico e fibroso, o tecido adiposo, a cartilagem e o osso. 
Tecido muscular: estes tecidos se contraem e se relaxam. Compreende os músculos 
estriados, lisos e músculos cardíacos. 
Tecido nervoso: este complexo grupo de células transfere informação de uma parte do 
corpo a outra; deste modo, coordena o funcionamento de um organismo e regula seu 
comportamento. 
Tecidos básicos são aqueles que apresentam semelhança em estrutura, origem e função. 
Os elementos básicos de um tecido são: célula, matriz extracelular e tecido tissular. 
TECIDO EPITELIAL 
Características: 
 Forte coesão entre as células que o constituem; 
 Apresentam células justapostas; 
 Escassa substancia intracelular; 
 Derivam das três folhas germinativas (ectoderme, mesoderme, endoderme); 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 37 
 
 Suas células descansam sobre uma membrana basal. 
Função: 
De acordo com a estrutura e função que desempenham no organismo, os tecidos 
epiteliais podem classificar-se: 
 Epitélios de revestimento: as células são justapostas. São simples (quando 
apresentam uma única camada ou estrato de células). Estratificados (quando 
apresentam duas ou mais camadas de células superpostas). Encontra-se epitélio 
de revestimento na pele, cavidades internas como, tubo digestivo, vias 
respiratórias e vasos sanguíneos. 
 Epitélio glandular: elaboram produtos de secreção. Atendendo ao local onde o 
produto de secreção é lançado, as glândulas classificam-se: 
1. Glândulas endócrinas: os seus produtos de secreção designam-se por hormonas 
ou hormônios e são lançados nos vasos sanguíneos. Por exemplo, tiróide, hipófises etc. 
2. Glândulas exócrinas: seus produtos de secreção são lançados para o exterior 
através de canais excretores. Ex: glândulas salivares, sudoríparas, sublinguais. 
3. Glândulas anfícrinas ou mistas: tem duplo comportamento. São exócrinas e 
endócrinas. Ex: pâncreas. 
TECIDO CONJUNTIVO 
Características: 
 Forma a continuidade com outros tecidos, isto é, estabelece a conexão com 
outros tecidos; 
 Derivam da mesoderme; 
 Se caracterizam fundamentalmente pela sua constituição em: células, fibras e 
abundante matriz extracelular. 
Os outros tecidos conjuntivos dividem-se: 
 Tecido cartilaginoso 
 Tecido ósseo 
 Tecido sanguíneo 
 Tecido adiposo 
 Tecido linfático 
 Tecido conjuntivo propriamente dito. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 38 
 
Funções: 
 Armazenamento (tecido adiposo) 
 Sustentação ou mecânica (tecido ósseo) 
 Transporte (Hemácias) 
 Defesa (glóbulos brancos) 
 Preenchimento 
 Reparação 
O tecido ósseo, cartilaginoso, sanguíneo, e Hemolinfopoético, são chamados de 
tecidos conjuntivos especiais. 
 O tecido sanguíneo é um tecido com características especiais, composto por um 
conjunto de células suspensas no plasma, ou seja, neste caso a matriz é líquida. 
TECIDO MUSCULAR 
Formado por células especializadas em contractilidade, devido a presença de 
miofilamentos de atina e miosina. 
Características: 
 Esta composta por células longas chamadas de fibras musculares; 
 Suas células são especializadas na contractilidade e elasticidade; 
 Derivam do mesoderme. 
 Permitem movimentos corporais no seu todo, movimentos peristálticos (tubo 
digestivo) batimento cardíacos e postura. 
Atendendo as características morfológicas e funcionais, podem distinguir-se três tipos 
de tecidos: 
 Tecido muscular liso: presente nos vasos sanguíneos, útero e grande parte do 
tubo digestivo; 
 Tecido muscular estriado esquelético: responsável pelos movimentos 
voluntários como dos olhos, língua e movimentos do esqueleto. 
 Tecido muscular estriado cardíaco: presente nas paredes do coração. 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 39 
 
UNIDADE V- OS VÍRUS 
Introdução 
Os vírus representam um grupo especial das formas acelulares da vida, que possuem seu 
próprio genoma sendo capazes de reproduzir-se nas células de toda a classe de 
organismo. São parasitas obrigatórios intracelulares do ser humano, animais insectos, 
vegetais fungos e bactérias. Carecem de sistema de síntese de proteínas, fermentativo e 
energético. 
A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. 
Actualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, 
metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária. 
O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam os seres eucariontes 
(organismos cujas células têm carioteca ou envoltura nuclear), enquanto o 
termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam os seres 
procariontes (as bactérias). 
A classificação dos vírus geralmente se baseia nas propriedades seguintes: 
1. O tipo de ácido nucleico 
2. O número de filamentos de ácido nucleico; 
3. Particularidades da estrutura do vírus; 
4. O mecanismo de reprodução do vírus. 
Estrutura de um vírus: 
o Proteínas: que formam o envoltório do vírus chamado capsídio, também 
conhecido como envelope proteico ou cápsula proteica; o capsídio pode estar envolvido 
por uma membrana lipoprotéico, conhecida como Envelope viral. 
o Ácidos nucleicos: ADN ou ARN. 
 Doenças 
Vírus com ADN 
Vírus com ARN 
Herpes simples 
Gripe A e B 
Citomegalovirus 
Sarampo 
 
Tumores da mama 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 40 
 
 
Vírus da leucemia 
 
Febre-amarela 
 
Encefalite japonesa 
 
Vírus da rubéola e raiva 
REPRODUÇÃO VIRAL 
Os vírus por si só não são capazes de reproduzirem-se, por isso necessitam de uma 
célula hospedeira. Pelo facto de só se reproduzirem no interior de células vivas, elas são 
consideradas parasitas intracelulares obrigatórios. A reprodução e multiplicação de um 
vírus na célula hospedeira são chamadas de infecção viral. 
A reprodução de um vírus envolve dois aspectos básicos: 
I.Multiplicação do material genética viral. 
II.Síntese das proteínas do capsídio 
Ciclo reprodutivo viral 
o Ciclo Lítico: o ácido nucleico viral comanda a 
sínteses de várias outras moléculas que, ao se juntarem e organizarem-se definem a 
formação de novos vírus; os novos vírus promovem a ruptura (LISE) da membrana 
bacteriana e liberam-se podendo infectar novas células. 
o Ciclo lisogénico o ADN viral adere ao ADN 
bacteriano e não interfere no metabolismo da célula hospedeira. Quando a bactéria se 
reproduz, a ADN do vírus é transmitido às bactérias filhas, sem que haja lise celular. 
Nota: 
1. Os vírus formados por ADN, Chamam-se adenovírus. 
2. Os vírus formados por ARN, chamam-se retrovírus. 
DOENÇAS MAIS FREQUENTES CAUSADAS POR VÍRUS 
1.Poliomielite (paralisia infantil) 
2.Dengue 
3.Hepatite (A,B e C) 
4.Meningite 
5.Herpes 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
CursoPreparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 41 
 
6.Pneumonia 
7.Gripe Suína 
8.Encefalite 
9.Febre-amarela 
10.Gripe (A e B) 
11.Sarampo 
12.SIDA 
13.Raiva 
14.Rubéola 
SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) 
É uma doença causa por vírus VIH (Vírus de imunodeficiência Humana). O vírus actua 
sobre o nosso sistema de defesa atacando os linfócitos T ou células CD4. Deste modo 
diminui a capacidade de defesa do organismo. Desta maneira abrem-se as portas para as 
doenças oportunistas. 
Formas de transição do VIH-SIDA 
1.Por relações sensuais desprotegidas 
2.Por transfusão se sangue infectado 
3.Por uso de objectos cortantes contaminados (agulhas, lâminas seringas etc.) 
4.De mães infectadas para filhos, o vírus pode ser transmitido durante a gravides, ou parto 
ou também ainda através da amamentação. 
Métodos de prevenção do VIH-SIDA 
Não se pega SIDA convivendo socialmente com um seropositivo. Aperto de mão, 
abraçar ou compartilhar o uso de utensílios domésticos não traz nenhum risco de 
contágio. 
Fora do organismo, o VIH pode sobreviver por algumas horas, mas não consegue 
perfurar a pele da pessoa. A transmissão do vírus ocorre geralmente por meio de sangue, 
esperma e secreções vaginais contaminadas. Por isso, algumas medidas de prevenção 
contra a SIDA consiste em: 
1.Praticar o sexo seguro, isso é, usar preservativo nas relações sexuais ocasionais 
2.Abstinência sexual 
3.Fidelidade 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 42 
 
4.Usar sempre sangue devidamente testado, ao fazer transfusões 
5.Fazer sempre o acompanhamento de teste do HIV durante a gravidez 
6.Não partilhar agulhas, seringas e outros objectos cortantes (lâminas, instrumentos para 
fazer tatuagem e piercings) 
7.Também é preciso ter atenção a utilização de objectos, uma vez que, se estiverem em 
contacto com o sémen, fluido vaginais e sangue infectados, podem transmitir o vírus. 
Sintomas 
A fase aguda da infecção com o VIH ocorre de uma semana a um mês após o momento 
do contágio. Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos da gripe como: 
1.Febre 
2.Suor nocturno 
3.Dor de cabeça 
4.Dor de estômago 
5.Dor nos músculos e nas articulações 
6.Fadiga, dificuldades em engolir 
7.Gânglios linfáticos inchados 
8.Perca de peso. 
Todos recuperam desta fase em resposta á reacção do sistema imunológico, os sintomas 
desaparecem observa-se um decréscimo da carga viral. Os seropositivos vivem depois 
da fase aguda, um período em que não apresentam sintomas, embora o vírus esteja a 
multiplicar-se no seu organismo o que pode prolongar-se por diversos anos. 
Na fase sintomática da infecção (mais ainda sem critérios da SIDA), o doente começa a 
ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema 
imunológico. O doente pode referir cansaço não habitual, perca de peso, suores 
nocturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamação e outros 
sintomas. 
A fase seguinte da evolução da doença designa-se por sida e caracteriza-se por uma 
imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas 
(infecções tumores). 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 43 
 
Comportamentos de risco 
Toxicodependente que se injectam e partilham agulhas, seringas e outras matérias usado 
na preparação da droga para injecção. Pessoa que não pratica sexo seguro, isso é, que 
não usam preservativos e têm mais do que um parceiro sexual. 
Profissionais de saúde-acidentes com contacto de objectos cortantes contaminados 
(agulhas) ou com sangue e outros líquidos orgânicos contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 44 
 
UNIDADE VI- ÓRGÃOS DOS SENTIDOS 
Introdução 
Os órgãos dos sentidos estão amplamente distribuídos em todo organismo. A capacidade 
de perceber as ocorrências do ambiente externo, depende de células especializadas, 
denominadas células sensórias e elas encontram-se nos chamados órgãos dos sentidos. 
O ser humano possui cinco (5) órgãos de sentidos: Visão, Audição, Gosto, Olfacto e o 
Tacto. 
Características comuns dos receptores especiais 
1. Células sensoriais 
2. Células de sustentação 
3. Células basais 
4. Material na superfície 
1- GOSTO 
GUSTATIVOS CORPÚSCULOS 
1. Se encontram na mucosa bucal principalmente nas papilas fungiformes e 
circunvaladas; 
2. São quimioceptores; 
3. Presenta um orifício na superfície, que é poro gustativo; 
4. Apresenta quatro tipos celulares: sustentaculares tipos I e II, as sensoriais (tipo III) e 
as basais. 
5. Os estímulos químicos recebidos pelas células sensoriais são transmitidos a fibras 
nervosas mediante neurotransmissores. 
2- OUVIDO 
É um órgão parasensorial, localizado em ambos lados da cabeça e que realiza funções tais 
como, a audição e o controle do equilíbrio; também actua como caixa-de-ressonância 
para a fonação. Está dividido em três partes; 
1. Ouvido externo: que está constituído pelo pavilhão da orelha e o conduto auditivo 
externo. Tem a função de projectar as ondas sonoras contra a membrana timpânica. 
 
2. Ouvido médio: Inclui o tímpano, a cavidade timpânica e a cadeia de ossinhos, e 
comunica com a nasofaringe mediante a trompa de Eustáquio. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 45 
 
 
3. Ouvido interno. O ouvido interno se localiza na parte petrosa do osso temporal e está 
formado pelo labirinto ósseo e membranoso. O labirinto ósseo é um osso compacto que 
constitui uma espécie de molde, que está cheio de um líquido chamado perilinfa. 
3 - OLHO 
O olho é uma esfera de 2.5 cm. de diâmetro, que se situa nas depressões ósseas orbitais e 
que contem tecido adiposo, músculos extra-oculares e fibras nervosas . 
Desde o ponto de vista estrutural, há sido comparado com uma câmara fotográfica, e sua 
função principal e a foto recepção, na qual se efectua mediante uma estrutura especial que 
reviste a metade posterior do globo ocular, denominada retina. 
Para seu estudo, o olho e seus anexos podem dividir-se em: 
1. Tecidos protectores (párpados, conjuntiva e córnea). A estes se acrescem as glândulas 
lagrimais e sebáceas; o tecido adiposo orbital serve como amortiguador. 
2. Tecidos que dão forma e rigidez ao olho. A coberta córnea-esclerótica, a qual junto a 
pressão intra-ocular mantêm o tamanho e a forma ocular relativamente constante. 
3. Tecidos nutricionais e excludentes da luz. Esta capa se encontra por dentro da 
esclerótica, se denomina úvea e consta da coróides, corpo ciliar e a íris. A úvea está 
fortemente pigmentada e vascularizada. 
4. Tecidos fotorreceptores (Cones e Bastões) e neurais. Se localizam na retina, que reviste 
a parte interna do ouvido e está conectada ao cérebro por médio do nervo óptico. 
5. Tecidos ópticos ou refráctes. Estão constituídos pela superfície anterior lisa da córnea, 
cristalino e os meios claros; humores aquosos e vítreos. 
Anexos oculares 
Glândula lagrimal. Está formado por um sistema de condutos e unidades secretoras serosas 
similares a las glândulas salivares. 
4. OLFATO 
1. E um epitélio simples cilíndrico; 
2. Apresenta células basais, células de sustem e células olfactórias (neurónios 
bipolares) 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697Página 46 
 
3. As células olfactórias são neurónios bipolares que apresentam uma dilatação na 
superfície, dali partem os cílios olfactórios, não móveis; 
4. As células basais são pequenas e em forma cónicas ou redondeadas, estão situadas 
junto a membrana basal e dão origem a outros tipos celulares. 
OBS: Trabalho Independente 
TACTO: conceito, características e função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 47 
 
UNIDADE VII- ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
Introdução 
Anatomia, ramo das ciências naturais relativo à organização estrutural dos seres vivos. 
É um estudo científico muito antigo, cujas origens remontam à pré-história. Durante 
séculos, os conhecimentos anatómicos basearam-se na morfologia descritiva, isto é, na 
observação de plantas e animais dissecados. A invenção do microscópio no século 
XVII deu lugar ao desenvolvimento da anatomia microscópica, que se dividiu em 
histologia e citologia. 
A anatomia microscópica fez grandes progressos durante os séculos XIX e XX, graças a 
microscópios com maior poder de resolução. A descoberta dos raios X pelo físico 
alemão Wilhelm Roentgen, possibilitou que os anatomistas estudassem os tecidos e os 
sistemas dos órgãos nos animais vivos. 
Fisiologia, estudo dos processos físicos e químicos que ocorrem nos organismos vivos 
durante a realização de suas funções vitais. Estuda as actividades tão básicas como a 
reprodução, o crescimento, o metabolismo, a respiração, a excitação e a 
contracção, enquanto ocorrem dentro das estruturas das células, dos tecidos, dos órgãos 
e dos sistemas orgânicos do corpo. 
A fisiologia é muito relacionada à anatomia. Entre os progressos mais importantes 
alcançados no século XX na área da fisiologia, encontram-se a descoberta dos 
harmónios e dos grupos sanguíneos; o desenvolvimento do electrocardiógrafo e do 
electroencefalógrafo, para registar a actividade do coração e do cérebro; a descoberta 
da cura da anemia perniciosa; e um conhecimento mais aprofundado do metabolismo, 
do papel das enzimas e do sistema imunológico. 
1-SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR 
Este sistema está formado por ossos, músculos e articulações. 
 Músculos: são órgãos formados por tecidos e pode ser de três tipos: Cardíaco, 
Liso e estriado esquelético. Os músculos são responsáveis pela metade da 
massa corporal e são órgãos responsáveis pelos movimentos. 
 Articulação: é o local onde os ossos fazem contacto. No crânio por exemplo as 
articulações são fixas; no braço e antebraço (Membros Superiores), na coluna 
vertebral, nos membros inferiores as articulações são móveis. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 48 
 
 Ossos: é qualquer parte do esqueleto dos vertebrados. Uma pessoa adulta tem 
206 ossos, responsáveis por cerca de 14% da massa corporal. O maior osso do 
corpo humano é o fémur (osso da coxa), em quanto os ossos menores são os do 
ouvido médio (Bigorna, martelo e estribo). O conjunto de todos ossos, 
cartilagens, tendões e ligamentos que participam na sustentação do corpo, é 
denominado esqueleto. 
Funções: 
 Protege os órgãos internos (pulmões coração e cérebro); 
 Participa na movimentação do corpo; 
 Participa na formação das células do sangue e reservam cálcio. 
PARTES DO ESQUELETO 
Didácticamente o esqueleto é dividido em: esqueleto axial e esqueleto apendicular. 
a. O esqueleto axial (do latim áxis = eixo) é formado pelos ossos que estão no 
eixo do corpo. São eles: ossos do crânio (28 ossos); ossos da coluna vertebral (26 
ossos); costelas (24 ossos), esterno (1 osso) e hióide (1 osso). No esqueleto axial 
totalizamos 80 ossos. Em resumo está constituído por ossos da cabeça, coluna vertebral 
incluindo a cabeça. 
b. Esqueleto apendicular (constituído por ossos dos braços e das pernas). A 
divisão mais vulgar do esqueleto humano, diz que o mesmo está constituído por cabeça, 
tronco e membros. 
Cabeça: os seus ossos podem dividir-se em ossos do crânio ou neurocrânio e ossos 
da cara ou viscerocrânio. 
O Crânio (neurocrânio): está formada pelos seguintes ossos, 
1) Frontal 
2) Esfenóide 
3) Parietal (par) 
4) Temporal (par) 
5) Occipital 
6) Etmóides. 
Os ossos da face ou viscerocrânio: está composto por, 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 49 
 
1) Malar ou zigomático 
2) Nasal 
3) Orbital 
4) Maxilar 
5) Mandibula 
1.Tronco: forma o eixo corporal, onde se articulam a cabeça e os membros. Ele esta 
constituído por: 
 Coluna vertebral 
 Costelas 
 Esterno; 
A coluna vertebral, compõem-se de 33 vértebras, e de acordo a sua localização as 
vértebras podem ser: cervicais, lombares, sacras e coccígeas. As costelas são no total 
12, elas podem ser costelas verdadeiras, falsas e flutuantes. As costelas formam a caixa 
torácica, que protege o coração e os pulmões. 
Membros: são estruturas do esqueleto dotado de movimentos abeis. Os membros 
podem ser superiores e inferiores. 
Membros superiores 
Os membros superiores estão composto por: 
 Braços: composto por apenas um osso o úmero 
 Antebraço: composto pelos seguintes ossos: o rádio e ulna (cúbito) 
 Mão: encontramos os ossos do carpo, metacarpo e dos dedos. 
Membros inferiores 
Estão composto de: 
 Coxa: composto por um único osso que é o fémur (o maior do corpo humano) 
 Perna: onde encontramos os ossos; tíbia e a fíbula (perónio). Na articulação 
entre a coxa e a perna, encontramos um osso denominado patela ou rotula. 
 Pé: onde encontramos os ossos do tarso, metatarso dos dedos. 
Nota: os membros articulam-se com o tronco através da cintura; sendo assim, no 
organismo humano temos as seguintes: 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 50 
 
Cintura escapular: local de articulação entre os membros superiores e o tronco. Nela 
encontramos os seguintes ossos: 
 Clavícula 
 Escapula 
Cintura pélvica, bacia ou quadris: local de articulação entre os membros inferiores e 
o tronco. Onde encontramos os seguintes ossos: 
o Ilíaco: é um osso par (formado por esquio, ílio e a púbis) 
o Sacro: com o qual se articula o ilíaco. 
Músculos que compõem o corpo humano 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 51 
 
 
2. SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Todas as nossas células respiram, isto é, realizam respiração celular. Nesse processo que 
ocorre no interior das mitocôndrias, substâncias orgânicas reagem com o oxigénio 
liberando energia utilizada pela célula em seus processos vitais. 
A troca de gases entre o sangue e o ar que ocorre nos pulmões recebe o nome de 
respiração pulmonar ou hematose pulmonar, por tanto, o termo respiração é empregado 
em dois níveis: celular e pulmonar. 
Componentes do sistema respiratório 
O sistema respiratório compõe-se: 
1-Vias respiratórias: são estruturas responsáveis pelo transporte do ar, aos pulmões no 
organismo humano. Estas estruturas são anatomicamente separadas em: 
o Fossas nasais (nasofaringe) ou cavidade nasal 
o Faringe 
o Laringe 
o Traqueia 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 52 
 
o Brônquios 
o Bronquíolos 
2- Um par de pulmões 
 
2.2 Processo de respiração 
Este processo consiste em dois processos momentos: 
o Inspiração: entrada de ar para os pulmões; 
o Expiração: saída dear dos pulmões para o exterior; 
Função do aparelho respiratório: o mesmo tem a função de garantir as trocas gasosas 
com meio ambiente. O processo de troca gasosa nos pulmões (CO2 por O2, ocorre a 
nível dos alvéolos pulmonares) e é conhecido como hematose pulmonar. 
Pulmões: são dois órgãos esponjosos com aproximadamente 25cm de altura, 
localizados na caixa torácica. Nos pulmões encontramos os brônquios, bronquíolos e 
alvéolos pulmonares. 
3 - SISTEMA CARDIOVASCULAR 
O Aparelho cardiovascular ou ainda chamado de Circulatório é um conjunto de 
estruturas entre o qual se destaca o coração mas que apresenta também um sistema de 
condutos que conduzem sangue e a linfa, e que tem como função abastecer de O2 e 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 53 
 
nutrientes a todo o organismo e eliminar certas substâncias indesejáveis e CO2, claro 
estas funções as realizam em coordenação com outros aparelhos como o respiratório, 
renal e o digestivo. 
 
O sistema cardiovascular compõe-se de um coração e uma vasta rede de vasos 
sanguíneos pelo qual circula o sangue. 
Sangue: é uma forma especializada de tecido conjuntivo, composto por um fluido 
amarelo chamado plasma, na qual se encontram em suspensão os elementos formes ou 
figurados (eritrócitos, leucócitos e plaquetas). 
O sangue circula através de um sistema de vasos sanguíneos. No adulto saudável, o 
volume de sangue é de 5000ml (mililitros) ou 5L (litros) e constitui aproximadamente 
8% do peso corporal. 
Funções do sangue 
o Transporte de nutrientes absorvidos no intestino delgado até as células do 
sangue. 
o Transporte de oxigénio dos pulmões até as células, e de dióxido de carbono aos 
pulmões. 
o Transporte de hormonas, metabolitos etc. 
o Regulação térmica 
o Equilíbrio acido-base 
o Equilíbrio osmótico. 
Elementos constituintes do sangue 
1-Plasma: o plasma constitui o líquido do sangue e compreende 55% do volume do 
sangue. Este composto por 90% de água, 7% de proteínas (fibrinogénio, albumina e 
globulinas) e uns 3% de sais inorgânicos. No plasma encontram-se as substâncias 
nutritivas provenientes do sistema digestivo, as substâncias de excreção produzidas 
pelos tecidos e as hormonas. 
2- Elementos formes ou elementos figurados: formados por células; descrevem-se as 
seguintes: 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 54 
 
Glóbulos Vermelho, eritrócitos ou hemácias: células redondas anucleados (sem 
núcleo) e contem hemoglobina, pigmento responsável pelo transporte de gases 
respiratórios (oxigénio e dióxido de carbono). 
Glóbulos brancos ou leucócitos: são células nucleados de vários tipos responsável 
defesa imunitária. Podem ser de dois tipos: 
1-Granulosos: basófilos, eosinófilos ou acidófilos e neutrófilos 
2-Agranulosos: linfócitos e monócitos 
o Plaquetas ou trombócitos: são fragmentos citoplasmáticos anucleados que 
participam na coagulação do sangue. 
Anatomia do coração 
O coração humano, de tamanho comparável a de um punho, localizado na caixa torácica 
e está constituída por um miocárdio (tecido muscular estriado cardíaco) e apresenta 
quatro (4) cavidades internas: dois átrios e dois ventrículos. O processo de 
relaxamento do coração é denominado Diástole, enquanto o processo de contracção 
denomina-se Sístole 
Circulação sanguínea (ou dupla circulação humana) 
As contracções do coração, possibilitam o movimento do sangue em torno do nosso 
corpo. O movimento do sangue através de vasos sanguíneos (veias, artérias, arteríolas e 
capilares) em torno de nosso corpo, recebe o nome de circulação sanguínea. Existem 
dois tipos de circulação sanguínea, que podem ser: 
1. Circulação pulmonar ou pequena circulação 
É a encarregada pela oxigenação do sangre, tem o seu inicio no ventrículo direito por 
intermédio do tronco pulmonar que leva sangre não oxigenado, este sangre é 
oxigenado nos pulmões e mediante as veias pulmonares chega ao átrio esquerdo 
donde termina esta circulação. Em síntese é uma circulação coração-pulmão-coração. 
Neste caso, percorre as artérias e capilares pulmonares, onde se realiza a hematose 
pulmonar, que é o processo de trocas gasosas, que eliminam o gás carbónico do sangue 
e tornando-o rico em oxigénio. 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 55 
 
2. Circulação Sistémica ou grande circulação 
É designada dada a parte da circulação na qual o sangue do ventrículo esquerdo vai 
para todo o organismo, pela artéria aorta e do organismo até o átrio direito, pela via 
cava. 
 Inicia-se no ventrículo esquerdo e termina na aurícula direita do coração. O sangue 
arterial é bombeado pela contracção do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. Esta 
divide-se para os órgãos principais do nosso corpo (com excepção dos pulmões), onde o 
sangue realiza trocas de substâncias com os tecidos, necessários na manutenção da 
homeostasia e também onde o oxigénio é necessário e consumido. O sangue venoso 
pobre em oxigénio (nesta etapa da circulação, já que o mesmo não acontece na pequena 
circulação) volta ao coração pelas veias cavas, introduzindo-se na aurícula direita. Da 
aurícula direita o sangue passa para o ventrículo direito através do orifício 
atrioventricular, onde existe a válvula tricúspide. 
GRUPOS SANGUÍNEOS 
Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 – 1943) verificou que, 
quando amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as hemácias se 
juntavam, formando coágulos. Landsteiner concluiu que determinadas pessoas têm 
sangues incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a existência de 
diversos tipos sanguíneos, nos diferentes indivíduos da população. 
Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o 
seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, 
formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a 
circulação do sangue. 
Aglutinogênios e aglutininas 
No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são 
caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, 
os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias, as aglutininas, no 
plasma sanguíneo. 
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina, anti-A e anti-B. 
Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas hemácias e aglutinina anti-B no 
plasma; as do grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 56 
 
pessoas do grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no 
plasma; e pessoas do grupo O não tem aglutinogênios na hemácias, mas possuem as 
duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma. 
Tipos possíveis de transfusão 
As aglutinações que caracterizam as incompatibilidades sanguíneas do sistema 
acontecem quando uma pessoa possuidora de determinada aglutinina recebe sangue com 
o aglutinogênio correspondente. 
Indivíduos do grupo A não podem doar sangue para 
indivíduos do grupo B, porque as hemácias A, ao 
entrarem na corrente sanguínea do receptor B, são 
imediatamente aglutinadas pelo anti-A nele presente. 
A recíproca é verdadeira: indivíduos do grupo B não 
podem doar sangue para indivíduos do grupo A. 
Tampouco indivíduos A, B ou AB podem doar sangue 
para indivíduos O, uma vez que estes têm aglutininas 
anti-A e anti-B, que aglutinam as hemácias portadoras 
de aglutinogênios A e B ou deambos. 
Assim, o aspecto realmente importante da transfusão é 
o tipo de aglutinogênio da hemácia do doador e o tipo 
de aglutinina do plasma do receptor. 
Indivíduos do tipo O podem doar sangue paraqualquer 
pessoa, porque não possuem aglutinogênios A e B em 
suas hemácias. 
 Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber 
qualquer tipo de sangue, porque não possuem 
aglutininas no plasma. Por isso, indivíduos do grupo 
O são chamadas de doadores universais, enquanto os 
do tipo AB são receptores universais. 
 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 57 
 
Veja agora o quadro resumo das: 
Possibilidades de Doação 
Doador Receptor 
O-, universal A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+, O- 
O+ A+, B+, AB+, O+ 
A- A+, A-, AB+, AB- 
A+ A+, AB+ 
B- B+, B-, AB+, AB- 
B+ B+, AB+ 
AB- AB+, AB- 
AB+ AB+ 
Possibilidades de Recepção 
Doador Recepção 
Qualquer grupo AB+, universal 
A-, B-, AB-, O- AB- 
A-, O- A- 
A+, A-, O+, O- A+ 
B-, O- B- 
B+, B-, O+, O- B+ 
O- O- 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 58 
 
O+, O- O+ 
4 - SISTEMA DIGESTIVO 
Nutrição: é o conjunto de processos que abrange a ingestão do alimento, sua digestão e 
absorção de substância úteis pelas células do corpo. A espécie humana tem uma 
nutrição omnívora, pois sua alimentação é variada, constituindo-se tanto de produtos de 
origem animal como de origem vegetal. Os tipos de alimentos que ingerimos constituem 
a dieta, que precisa conter carbohidratos, lípidos, proteínas sais minerais, vitaminas e 
água. Essas substâncias, chamadas genericamente de nutrientes, constituem as fontes de 
energia e de matéria-prima para as nossas células. 
O sistema digestivo humano, é responsável em obter dos alimentos ingeridos nutrientes 
necessários para o metabolismo celular. É composto por um conjunto de órgãos que tem 
por função a realização da digestão. 
 O tubo digestivo tem cerca de 9 metros de comprimento e esta composto por: 
1-Boca 
2-Faringe 
3-Esofago 
4-Estômago 
5- Intestino delgado 
6- Intestino grosso 
7-Recto e ânus 
Órgãos anexos 
-Glândulas salivar 
-Fígado (maior glândula do corpo humano) 
-Pâncreas 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 59 
 
 
 
1. A boca constituída por dentes que trituram o alimento, a língua, as glândulas 
salivar. Na boca ocorre a chamada digestão mecânica realizada pelos dentes e língua 
fundamentalmente. 
2. A faringe segue depois da boca e situa-se na região da garganta. 
3. Esófago vem a seguir a laringe. 
4. Estômago bolsa musculosa localizada no lado esquerdo do abdómen, comunica-
se com a cárdia e com o intestino delgado por meio do piloro. 
5. O intestino delgado, tubo de aproximadamente 6 metros de comprimento, 
dividido em três regiões: duodeno, jejum e íleo. 
6. No duodeno o suco pancreático neutraliza acidez do quimo e faz a digestão de 
proteínas, carbohidratos e de gorduras; a secreção biliar age atacando o quimo e a 
transforma em quilo. 
7. No jejum começa a absorção dos nutrientes. 
8. O íleo é o último segmento do intestino delgado que faz a continuidade do 
jejum. 
9. Intestino grosso, dividido em quatro partes: seco, apêndice cólon (ascendente, 
transverso e sigmóideo) e o recto. É o local de absorção da água, tanto a ingerida 
quanto a das secreções digestivas. 
10. Recto: é a parte final do tubo digestivo e determina-se no canal anal. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 60 
 
11. Ânus: controla a saída das fezes localizado na extremidade do intestino grosso. 
Digestão: é um conjunto de processos pelos quais os componentes dos alimentos são 
transformados em substâncias assimiláveis pelas células. Distingue-se dois tipos de 
digestão: 
1-Digestao mecânica: realizada pelos dentes, língua, e pelas contracções da 
musculatura lisa da parede do tubo digestivo. 
2-Digestao química: realizada por enzimas segregadas por glândulas presentes no 
revestimento interno do tubo digestivo e por glândulas anexas. 
A digestão começa pela boca, onde o alimento é triturado, insalivado formando o bolo 
alimentar que é deglutido, até o estômago. No estômago o alimento é submetido a acção 
de enzimas e pode permanecer quatro horas ou mais transformando-se em uma massa 
acida e passa para o intestino delgado, ali a digestão é predominante a nível da porção 
do duodeno, depois do alimento ser transformado por acção de enzimas transforma-se 
em um líquido (o quilo). No intestino delgado também ocorre a absorção dos nutrientes; 
a seguir o quilo vai para o intestino grosso onde ocorre a absorção de água e sais 
minerais formando-se as fezes que são eliminadas pelo ânus. 
5 - GENITO – URINARIO 
A reprodução humana envolve a união de um ovócito de uma mulher e um 
espermatozóide de um homem. Cada célula traz a metade da informação genética para a 
união, de tal maneira que a nova célula, um zigoto, recebe a informação Genética 
necessária para direccionar o desenvolvimento de um novo ser humano. O sistema 
reprodutor em ambos os sexos, é designado para garantir a união bem-sucedida do 
espermatozóide e do ovócito, um processo denominado fertilização. Os gâmetas são 
produzidos nas gónadas: as gónadas masculinas (testículos produzem espermatozóides e 
hormonas como a testosterona) as gónadas femininas (ovários produzem óvulo e 
hormonas como a progesterona e estrógenos). A síntese destas hormonas nas gónadas é 
feita por meio da estimulação de hormonas hipofisiárias (FSH e LH). 
a) Sistema reprodutor Masculino 
O sistema reprodutor masculino, está composto pelos testículos, um sistema de condutos 
excretores, as glândulas anexas e o penes. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 61 
 
 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino está constituído por genitais internos: que compreendem 
dois ovários, útero, vagina e os genitais externos: constituídos por um conjunto de 
estruturas denominadas Monte de Vénus, lábios maiores, lábios menores, o hímen, 
clítoris, acompanhando a estas estruturas alguns tipos de glândulas y orifícios procedentes 
da vagina e da uretra. 
As glândulas mamárias e a placenta se estudam dentro do sistema, pela sua importância e 
relação com a reprodução. 
A fusão dos gâmetas masculinos e femininos denomina-se fecundação. Desta resulta uma 
célula única: o ovo ou zigoto. A fecundação ocorre no terço inicial das tubas uterinas (na 
ampola). Durante o desenvolvimiento do embrião, podemos destacar dois periodos: 
 Período embrionário: desde a fecundação até a oitava semana 
 Período fetal: desde a nona semana até ao nascimento. 
 
 
 
 
 
 
Orgãos genitas internos 
Glándulas sexuales: 
o Testículos 
Conductos genitales: 
o Conducto epididimario 
o Conducto deferente 
o Conducto ejaculador 
Glándulas anexas: 
o Vesícula seminal 
o Próstata 
o Glándulas bulbouretraes 
Orgãos genitas externos Bolsas escrotales 
Pene 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 62 
 
Aparato urinario 
Conjunto de órgãos que têm como função a elaboração e excreção da urina assim como 
a eliminação dos produtos resultante do metabolismo e outras substancia que existem 
em excesso. 
COMPONENTES 
 
1.Rins: Órganos que elaboran la orina. Situam-se na Cavidade abdominalem ambos lados 
da coluna vertebral entre a XI vértebraToraxica e II vértebra Lumbar. É um órgão 
Retroperitoneal. 
2.Vias urinárias: Órgãos destinados a acumulação e eliminação da urina; e estão composto 
por: 
• Pélvis renal 
• Uréter 
• Bexiga 
• Uretra 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 63 
 
6-SISTEMA ENDÓCRINO 
É o sistema formado pelo conjunto de todas as glândulas endócrinas do organismo. 
Como resultado do metabolismo que transcorre, acção do sistema nervoso, no 
organismo se forma compostos químicos que tendo uma elevada actividade fisiológica 
regulam o curso normal das funções orgânicas e participam em seu crescimento e 
desenvolvimento, desempenhando a regulação química do mesmo. 
A regulação nos animais é feita fundamentalmente de duas formas: 
 Regulação nervosa 
 Regulação hormonal ou também chamada regulação química. 
A regulação nervosa é feita por meio de impulsos nervosos e é controlada pelo sistema 
nervoso. 
A regulação hormonal é feita por hormonas e controlada pelo sistema endócrino. As 
hormonas são produzidas pelas glândulas endócrinas, em seguida são lançadas pela 
corrente sanguínea. 
Importância das hormonas 
As hormonas desempenham um grande papel para o funcionamento do organismo, visto 
que regulam os processos de crescimento, reprodução, nutrição ou alimentação, 
proporcionando um funcionamento harmónico ao organismo. 
Principais glândulas endócrinas do nosso organismo 
1. Hipófises ou glândula pituitária: é chamada de glândula mãe porque regula o 
funcionamento de outras glândulas. Segrega as seguintes hormonas: 
o Hormônio de crescimento (GH) 
o Hormônio estimulante da tiróide (TSH) 
o Hormônio folículo estimulante (FSH) 
o Hormônio luteinisante (LH) 
o Hormônio adrenocorticotropico (ACTH) 
o Prolatina (PRL) 
o Oxitocina 
o Hormônio antidiurético (ADH) 
2. Tiróide produz: 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 64 
 
o Triiodotironina (T3) 
o Tiroxina (T4) 
o Calcitonina 
3. Paratiróide produz: 
o Paratohormona (PTH) 
4. Supra-renal produz: 
o Adrenalina (hepinefrina) 
o Noradrenalina (norehepinefrina) 
o Cortisol 
5. Pâncreas produz: 
o Insulina (segregado nas células beta dos islotes pancreáticos) 
o Glucagon (segregado nas células alfa dos islotes pancreáticos) 
o Somatostatina 
6. Testículos produzem: 
o Testosterona 
7. Ovários produzem: 
Estrógeno 
Progesterona 
7 - SISTEMA NERVOSO 
O organismo não funciona independentemente, trabalha de formar integrada para a 
realização dos processos vitais. Nos vertebrados há dois sistemas responsáveis pela 
regulação, que são o sistema nervoso e o endócrino. Ambos actuam enviando 
mensagens de um local para o ao outro do corpo, embora usem diferentes mecanismos 
de transmissão de informação. O sistema nervoso humano, compõem-se de um conjunto 
de órgãos que coordenam todas actividades e funções do nosso organismo. Para o seu 
estudo é costume dividir o sistema nervoso em: 
SN Central: Constituído pelo encéfalo e a medula espinal. 
Função: participa no processamento e integração da informação. 
SN Periférico: Formado por nervos e gânglios linfáticos. 
Função: Condução de informação em forma de impulso nervosos, desde as partes 
periféricas até ao SNC e vice-versa. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 65 
 
Encéfalo: localiza-se na caixa craniana, e está composto pelos seguintes órgãos: 
cerebelo, tálamo, Hipotálamo, Ponte e bulbo raquidiano. 
Nervos: São estruturas formadas por feixes de fibras nervosas com função de conduzir 
impulsos nervosos. De acordo com a função, os nervos podem ser: 
Nervos Sensitivos ou aferentes; conduzem informação desde a periferia até ao SNC. 
Nervos motores ou eferentes: conduzem informação desde o SNC até os órgãos 
periféricos. 
Nervos mistos: Conduzem a informação nos dois sentidos. 
De acordo a sua origem, os nervos podem ser: 
Craniano: que tem origem no encéfalo. Exemplo na espécie humana e outros 
mamíferos, possuem 12 pares de nervos cranianos. 
Espinais: têm sua função na medula espinal. 
O sistema nervoso está composto por tecidos nervosos. As células que constituem este 
tecido recebem o nome de neurónios. É um tipo de célula altamente especializada em 
receber, conduzir e transmitir mensagens (impulsos nervosos) a outras células 
Estrutura de uma célula nervosa (neurónio) 
Uma célula nervosa típica tem três partes principais: 
Dendrites: capta a informação nervosa de uma célula para o corpo celular 
Corpo celular: formado por núcleo e citoplasma 
Axónio (também chamado de cilindro eixo ou fibra nervosa): transmite os impulsos 
nervosos da célula nervosa a outra. 
A união entre duas células nervosas recebe o nome de sinapse, através dela dá-se a 
transmissão de impulso nervoso de uma célula a outra. 
A parte do sistema nervoso que controla todas as funções involuntárias e viscerais 
(como por exemplo o batimento cardíaco, pressão arterial, e diminuição da abertura 
pupilar) denomina-se SN autónomo ou vegetativo e este por sua vez subdivide-se em 
simpático e parassimpático. 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 66 
 
UNIDADE VIII – GENÉTICA 
Introdução 
Os primeiros estudos acerca da informação genética foram realizados por Gregor 
Mendel, em 1865, mas o conhecimento da pedra angular da herança genética, só foi 
possível apenas no século XX, com a descoberta do ADN, por Watson e Crick. Todos 
os seres viventes possuem no interior de suas células informações genéticas; esta 
informação está codificada por sequência infinitamente variável das bases nitrogenadas 
na molécula de ADN y organizada em unidades funcionais clamadas genes. É 
necessário, antes de abordar este tema, revisar alguns conceitos que permitiram a sua 
melhor compreensão. Eles são: 
1. ADN (ácido desoxirribonucleico): (de cadeia dupla de Nucleótidos enrolada uma 
sobre a outra, em forma helicoidal): forma os cromossomas e é o portador da 
informação genética de geração a geração. 
2. Cromossomas: são estruturas filamentosas constituídas por uma longa cadeia de 
ADN e proteínas chamadas histonas. 
3. Diplóide: número de cromossomas na maioria das células somáticas y que é o 
doble do número de cromossomas dos gâmetas. No homem o número diplóide (2n) de 
cromossomas é 46. 
4. Haplóide: número cromossómico de um gâmeta normal, com um só membro de 
cada par de cromossomas. No homem n = 23. 
5. Genoma: conjunto de todos os genes existentes em uma série haplóide de 
cromossomas. 
6. Gene: porção de una molécula de ADN que codifica a sequência de aminoácidos 
para a sínteses de una determinada cadeia polipeptídica de una molécula proteica. 
7. Alelos: formas alternativas de um gene que se encontram no mesmo locus de 
cromossomas homólogos, se segregam durante a meiose e o filho só recebe uno de cada 
par de alelos de ambos progenitores. 
 Heterozigoto: individuo que têm dois alelos diferentes em um determinado 
locus de um par de cromossomas homólogos. 
 Homozigoto: individuo que possui um par de alelos idênticos em um 
determinado locus de um par de cromossomas homólogos. 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 67 
 
8. Portador: individuo heterozigoto para um gene normal y para outro anormal 
que não se expressa fenotipicamente, em que pode ser detectado por médio de provas de 
laboratório adequadas. 
Fenótipo 
Refere-seas características observáveis de um ser vivo, compreendes as características 
anatómicas, fisiológicas e até comportamentais que se observam no indivíduo. O 
fenótipo corresponde, pois, ao modo como monótipo se expressa e impacto das 
condições do meio ambiente. Exemplo. A cor das folhas de uma planta, cor dos pelos 
do coelho ou tipo sanguíneo de uma pessoa, “uma pessoa tem pai com olhos azuis e 
mãe com olhos pretos. O genótipo dessa pessoa, vai conter genes de olhos azuis e preto, 
mas ela terá os olhos pretos. O fenótipo dela será de olhos pretos. Essa pessoa pode ter 
filhos ou netos, e um dos netos por exemplo ter olhos azuis, pós ele carrega o gene de 
olhos azuis” 
Genótipo 
É o termo designado a constituição genética do indivíduo. Cada organismo possui uma 
constituição genética própria e da qual depende as sua características. 
SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
Uma característica essencial do ADN é a sua capacidade de duplicação, isto é, de 
originar duas moléculas idênticas, cada uma delas com a mesma sequência de bases 
nitrogenadas presentes na molécula original que é conhecido como replicação ou 
duplicação do ADN. 
Mecanismo de síntese de Proteínas 
A única função da molécula de ADN é de conservar a informação genética. Mas com 
isso não é suficiente para a formação de um organismo que necessita estruturas que 
realizem as funções que lhes são inerentes. As moléculas encarregadas em realizar essas 
funções são as proteínas. Que consta de duas fases: 
1. Transcrição: a informação do ADN é copiada em uma molécula de ARNm. 
2. Tradução: em que a molécula de ARNm dirige a síntese de proteínas. 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 68 
 
Transcrição 
A síntese de ARN a partir de ADN é realizada pela enzima ARN Polimerase II. Este 
processo ocorre no núcleo, e se forma o ARNm, que em seguida abandona o núcleo, 
transportando a mensagem ainda em forma de código para os ribossomas, onde a 
mensagem é descodificada, ou seja, traduzida para a linguagem proteica. 
Tradução 
A tradução tem lugar no citoplasma a nível dos ribossomas, e consiste na 
transformação da mensagem contida no ARNm em sequência de aminoácidos que 
constituem a cadeia polipeptídica das proteínas, por tanto dá-se assim a síntese de 
proteínas. 
Tipos de ARN que intervêm na síntese de Proteínas 
1. ARN ribossómico (ARNr): participa junto com certas proteínas na estrutura 
dos ribossomas. 
2. ARN transportador (ARNt): é responsável pelo transporte até às ribossomas, 
moléculas de aminoácidos que constituíram as proteínas. 
3. ARN mensageiro (ARNm): contem a informação do ADN sobre a ordem em 
que devem ser unidos aos aminoácidos para constituírem as proteínas. Essa mensagem 
se encontra codificada na sequência de bases nitrogenadas. 
PADRÕES DE HERANÇA 
1-Herança Recessiva 
É aquela condicionada por um alelo que se comporta como alelo recessivo em relação 
ao outro, e que para expressar o seu carácter terá de estar representados nos dois 
cromossomas homólogos (terá que ser homozigótico). Exemplo: anemia falciforme, 
albinismo e fenilcetonuria. 
2- Herança Dominante 
Observa-se quando o alelo alterado (mutante), apresenta um padrão dominante em 
relação a versão original do gene. Ex: Síndrome de Marfan e doença de Huntington. 
3- Co-dominância 
E o fenómeno em que os dois alelos diferentes de uma gene se expressam 
fenotipicamente num individuo heterozigótico. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 69 
 
LEIS DE MENDEL 
Mendel enviou os resultados das suas experienciam a sociedade de história natural, em 
1865, tendo sido publicado no jornal da sociedade no ano seguinte. Ninguém valorizou 
o que acabava de ser apresentado, nem mesmo Darwin. E morreu em 1884 
completamente ignorado por uma comunidade científica que só despertou mas tarde, 
isto e, no século XX. 
As leis de Mendel organizadas por John Duff, foram as seguintes 
1ª Lei - lei da segregação ou lei da pureza das gâmetas ou ainda uniformidade dos 
híbridos: Todos os híbridos da geração F1 (primeira geração), são semelhantes entre si, 
apresentando o mesmo fenótipo. 
2ª Lei - lei da disjunção ou separação dos caracteres ou lei da segregação independente. 
TIPOS DE HERENÇA MENDELIANA EM HUMANOS 
1. Herança Autossómica Dominante 
1. As pessoas afectadas têm um de seus progenitores afectados com excepção dos casos 
de uma nova mutação. 
2. Cada indivíduo afectado, tem uma probabilidade de 50 % de transmitir o alelo 
mutado a sua descendência. 
3. As pessoas afectadas têm igual probabilidade de ter Filhos e Filhas afectados. 
4. As pessoas não afectadas, não transmitem o carácter a seus filhos. 
Ex: A: gene mutado e a: gene não mutado ou saudável. 
2. Herança Autossómica Recessiva 
 1. Os pais das pessoas afectadas são fenotipicamente saudáveis. 
 2. Os pais dos indivíduos afectados têm um 25% de probabilidade de terem filhos 
afectados pela mesma enfermidade. 
 3. Os rapazes e as raparigas têm mesma probabilidade de estar afectados. 
 4. A consanguinidade é um factor importante. Se observa com frequência em 
matrimónios entre consanguíneos. 
Ex: A: gene não mutado e a: gene mutado. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 70 
 
3. Herança Ligada ao X Dominante 
1. As pessoas afectadas, têm um de seus progenitores afectados. 
2. A mulher afectada (heterozigótica), transmite a enfermidade em 50% de sua 
descendência (seja rapazes ou raparigas). 
3. O homem afectado, nunca terá filhos afectados, entre tanto, todas suas filhas estarão 
afectadas. 
 Ex: XH: gene mutado e Xh: gene não mutado. 
4. Herança ligada X recessiva 
1. Um homem afectado, transmite o alelo recessivo mutado a todas suas filhas, que 
serão portadoras (heterozigóticas). 
2. As mulheres portadoras têm 50% de probabilidade de ter filhos afectados e 50% de 
probabilidade de ter filhas portadoras (heterozigóticas). 
3. Um homem afectado nunca transmite a enfermidade ou carácter a seus filhos rapazes. 
 Ex: XH: alelo não mutado Xh: alelo mutado. 
 Mulher: XHXH 
 Homem: XhY 
5. Herança ligada ao cromossoma Y 
Os genes localizados no resto do cromossoma Y, segregam somente através dos rapazes 
que apresentam a mutação, quer dizer, um varão afectado transmite o transtorno ligado 
ao Y a todos seus filhos varões e não a suas filhas. 
Ex: Homem: XHYh. 
 Observe que: 
1. XH alelo não mutado 
2. Xh: alelo mutado. 
 
 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 71 
 
UNIDADE IX – ECOLOGIA 
Introdução 
Ecologia é o estudo das interacções dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. 
Palavra ecologia tem origem grega, de “oikos” que significa casa e “logos” estudo. 
Logo por extensão seria o estudo da casa, ou estudo do lugar onde se vive. Foi o 
cientista alemão Ernest Haeckel, em 1869, que pela primeira vez usou o termo ecologia 
para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, 
além da distribuição e abundância dos seres vivos no planeta. 
CONCEITOS BÁSICOS DE ECOLOGIA 
1. Espécie: conjunto de individuo semelhantes que se reproduzem naturalmente, 
originando descendentes férteis. 
2. População: conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem numa 
determinada área e um determinado período. Ex: população de ratos em beiro. 
3. Comunidade ou biocinese: conjunto de populações de diversas espécies que 
habitam numa mesma região num determinado período de tempo.Ex: seres de uma 
floresta, de um rio ou de um lago. 
4. Ecossistema ou sistema ecologia: conjunto formado pelo Biótopo + Comunidade 
que se relacionam com o meio. Ex: uma floresta, o fundo do mar, ou um aquário. 
5. Biótipo: local onde natureza onde vive a comunidade, o meio físico (ar, agua, 
solo). 
6. Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas. Toda área habitada por vida na terra. 
7. Ecótono: região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. 
Podemos encontrar grandes números de espécies. 
TIPOS DE RELAÇÕES ECOLÓGICAS 
As interacções dos diversos organismos que constituem uma comunidade biológica são 
genericamente denominadas relações ecológicas. As relações entre os seres podem ser: 
1. Intraspecifica: entre organismo de mesma espécie. 
2. Interespecifica: entre organismo de espécies diferentes. 
Relações harmónicas: benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de apenas um, sem 
prejudicar o outro. (++) (+0) 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 72 
 
1. Colónias: associações harmónicas entre indivíduos da mesma espécie 
anatomicamente ligados, que em geral perderam sua capacidade de viver isoladamente. 
A separação de um indivíduo colónia determina a morte. 
2. Sociedades: associações de indivíduos da mesma espécie, organizados de é um 
modo cooperativo e não ligados anatomicamente. 
3. Mutualismo (simbiose): associação entre indivíduos diferentes na qual ambos se 
beneficiam. Eles morreriam se fossem separados. 
4. Protocooperação (mutualismo facultativo): associação entre indivíduos de 
espécies diferentes entre ambos se beneficiam, mas cuja coexistência não é obrigatória. 
5. Comensalismo: associação entre indivíduos diferentes na qual um deles 
aproveita os restos alimentares do outro sem prejudica-lo. 
6. Inquilinismo: associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um 
deles procura abrigo ou suporte no corpo do outro, sem prejudicar. 
Relações desarmónicas: Prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. 
(+-) 
1. Canibalismo: interacção desarmónica onde um individuo mata e devora o outro 
da mesma espécie. Ex: Viúva negra, a fêmea mata e devora o macho depois do acto 
sexual. 
2. Parasitismo: associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um 
diferentes na qual um vive a custa do outro, prejudicando-o. Eles podem ou não 
determinar a morte do hospedeiro. Ex: fungos, vírus, bactérias e vermes etc. 
3. Predatismo: interacção desarmónica na qual um individuo (predador) Ataca, 
mata e devora o outro (presa) de espécie diferente. 
4. Competição: é uma relação entre indivíduos da mesma espécie, que concorrem 
pelos mesmos factores do ambiente, que existem em quantidade limitada. Ex: machos 
da mesma espécie precisam competir entre si, pelas fêmeas da mesma espécie, 
fenómeno chamado “selecção natural”. 
CADEIA E TEIAS ALIMENTAR 
De acordo com as necessidades alimentares, os seres vivos classificam-se em dois 
grandes grupos nomeadamente: seres autotróficos e os seres heterotróficos. 
Os seres autotróficos são aqueles capazes de produzir nutrientes orgânicos, utilizando a 
energia proveniente de uma fonte não orgânica (em geral a luz solar), ou gás carbónico 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 73 
 
(CO2) e água (H2O). Os seres heterotróficos sintetizam compostos específicos 
utilizando nutrientes elaborados pelos seres autotróficos. 
1. Cadeia alimentar: uma serie linear de organismo pela qual fluía a energia 
originalmente capitada pelos seres autotróficos. 
 Produtores: organismos autotróficos capazes de sintetizar seu próprio alimento 
(matéria orgânica) que é feita através de energia luminosa ou energia química. Ex: 
vegetais e algumas bactérias. 
 Consumidores primários: os que se alimentam dos produtores. Ex: herbívoros. 
 Consumidores secundários: alimentam-se dos herbívoros. EX: Carnívoros. 
 Consumidores terciários: alimentem-se dos carnívoros anteriores. Ex: 
carnívoros. 
 Decompositores (saprófitas): seres heterotróficos que vão alimentar-se da 
matéria orgânica morta. São responsáveis pela reciclagem da matéria e agem 
transformando a matéria em inorgânica. 
2. Teia ou rede alimentar: é o conjunto de relações e diversidade na alimentação 
dos diversos organismos num ecossistema, ou seja é a transferência de energia alimentar 
que existe no ambiente natural; não é unidireccional entre os consumidores. Por 
exemplo: uma teia de um ecossistema firme, é constituída pelas plantas consideradas de 
produtoras, os gafanhotos podem ser consumidos por rãs, estas serem consumidas por 
aves, os fungos e as bactérias constituem os decompositores. 
PIRÂMIDES ECOLÓGICA 
Pirâmides: representação gráfica quantitativa ou qualitativa das interacções entre os 
seres vivos nos ecossistemas. Estas pirâmides expressam a energia, a massa e o número 
dos seres vivos. 
 Pirâmides de número: indica a quantidade de indivíduos presentes a cada nível 
trófico. 
 Pirâmides de biomassa: é outro processo de representar a pirâmides ecológica, 
com mais interesse do que a pirâmide de números, dado indicar a quantidade de matéria 
viva existente em cada nível trófico. 
 Pirâmides de energia: constituem o modo de representação mais correcto, 
embora nem sempre seja utilizada por ser difícil obter os dados para as construir. 
 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
Actualizado Por: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 74 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS 
A biosfera é o espaço físico onde é possível a vida. Esta constituída por uma grande 
diversidade de ecossistemas que podem ser classificados em: ecossistema terrestre, 
também designado por biomas e ecossistema aquático. 
Ecossistema terrestre 
Em geral os ecossistemas terrestres são caracterizados por apresentarem diversidade em 
seres vivos, factores abióticos e as interacções que se estabelecem entre eles. 
Os principais biomas do mundo são: tundra, floresta de coníferas, floresta temperada 
decídua, floresta tropical, savana, pradaria e deserto. 
Tundra, este tipo de bioma situa-se nas regiões próximas do polo Árctico, no norte de 
Canada, na Europa e Asia. Esse tipo de floresta caracteriza-se por apresentar a neve que 
cobre o solo durante quase todo o ano, excepto nos três (3) meses de verão, quando a 
temperatura chega no máximo a 10ºC. 
 Taiga ou floresta de coníferas situa-se principalmente no hemisfério norte, ao sul da 
tundra árctica, onde o clima é frio no inverno. 
 Floresta temperada decídua é característica de certas regiões da Europa e da América 
do Norte, onde o clima é temperado, as quatros (4) estações do ano são bem 
delimitadas, predominando nestas florestas plantas como: carvalhos e as faias, arvores 
que perdem as folhas no fim de Outubro e as readquirem na primavera, sendo chamadas 
de plantas decíduas. E a sua fauna é rica em Javalis, veados, raposas e não só. 
Florestas tropicais caracterizam-se pela vegetação exuberante e com árvores de grande 
porte, cujas folhas não caem periodicamente, como acontece nas árvores das florestas 
temperadas. Localizam-se no Norte da América do Sul (Bacia do Amazona), na 
América Central, Africa, Austrália e Asia. 
Savana: caracteriza-se por apresentar arbustos e árvores de pequeno porte, além de 
gramíneas. Este tipo de bioma é encontrado na Africa, Asia, Austrália e nas Américas. 
Pradaria ou campo: é caracterizado por uma vegetação constituída 
predominantemente por gramíneas. Encontra-se em regiões com período marcado de 
seca, como certas áreas da América. 
Material de Apoio: Disciplina de Biologia 
 
Curso Preparatório de Medicina/Orientador: Dr. Tomás Cavela 
ActualizadoPor: Lic. Alestride Vintém/926 446 697 Página 75 
 
Deserto: é caracterizado pela ausência de vegetação, ou rara vegetação e grandes 
espaços cobertos de areia. Os maiores desertos do mundo situam-se na Africa (deserto 
do Saara) e na Asia (deserto do Gobi). 
Ecossistemas aquáticos 
Os organismos que habitam nos ecossistemas marinhos podem classificar-se em três 
grandes grupos: plâncton, nécton e bentos. 
1. Plâncton: são constituídos por seres flutuantes que não conseguem superar as 
forças das correntes, sendo carregadas por elas. Dividem-se em Fitoplâncton como as 
algas microscópicas (diatomáceas e dinoflagelados), e Zooplâncton (foraminíferos, 
crustáceos celenterados, larvas de moluscos, equinodermos, anelídeos e peixes). 
2. Nécton: organismos que se deslocam activamente na água, sem ficar a mercê 
das correntes. Ex: peixes, baleias, golfinhos etc. 
3. Bentos: organismo que vivem no fundo do mar. Ex: camarões, caranguejos e 
lagostas.

Mais conteúdos dessa disciplina