Buscar

TCC nota 9

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 
ANTONIA DUCILENE SOARES DE OLIVEIRA /0524406 
 
 
INCLUSÃO 
POLITICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS SALES, CE 
2022 
 
 
2 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
ANTONIA DUCILENE SOARES DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
INCLUSÃO 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Licenciatura em Pedagogia pela Universidade 
Paulista – Polo de Campos Sales/CE 
Orientação: Professora Ana Cristina Alves Balbino 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS SALES, CE 
2022 
 
3 
 
 
Soare de Oliveira, Antonia Ducilene. 
....Inclusão : Politicas públicas para a educação inclusiva / Antonia 
Ducilene Soare de Oliveira. - 2022. 
....36 f. 
 
....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de Pedagogia da Universidade Paulista, Campos sales,ce, 
2022. 
 
....Orientadora: Prof.ª Ana Cristina Alves Balbino. 
 
....1. Inclusão. 2. necessidades educacionais. 3. Escola. 4. 
Professores. 5. Familia. I. Balbino, Ana Cristina Alves (orientadora). 
II. Título. 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
AGRADECINENTOS 
 
Agradecimento primeiro a Deus que é o autor e consumador da minha vida. 
Principalmente por colocar em minha vida pessoas tão especiais. À minha querida 
mãe, Maria do Socorro Soares que ajudou na minha educação e me ensinou os 
princípios e valores da vida, proporcionando-me todas as condições para que eu 
chegasse a esse momento tão importante. As minhas filhas: Emilly de Oliveira 
Figueredo e Késia Evellyn de Oliveira Figueredo, e também meu esposo, não menos 
importante, Mailton José Figueredo. 
Aos professores, tutores e colegas que tive a oportunidade de conhecê-los ao longo 
do curso, com os quais aprendi a ter esperança de que o mundo pode ser melhor do 
que é hoje. A todos que, de alguma forma, contribuíram para o meu êxito 
profissional. 
Agradeço a Universidade Paulista, principalmente nosso polo de apoio, aonde todos 
não mediram esforços para que eu chegasse ate aqui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica e teve como 
temática discutir o desafio da inclusão no ambiente escolar, tendo como objetivo 
geral, retratar o histórico da proposta da escola inclusiva, discutindo sobre a 
reorganização da educação especial e refletindo sobre a importância de uma 
formação docente que contribua para o desenvolvimento de uma educação que 
respeite a diversidade, abordar a trajetória histórica da educação das pessoas com 
necessidades educacionais especiais, desde os atendimentos segregativa até os 
processos inclusivos, apresentando alguns conceitos necessários à compreensão do 
que é educação especial e sobre como são identificados quadros que constituem 
sujeitos atendidos pela educação especial e politicas públicas para educação 
inclusiva. 
Palavras-Chave: inclusão; necessidades educacionais especiais; escola; 
professores e família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 ABSTRACT 
 
 The present work was carried out through a bibliographical research and its 
theme was to discuss the challenge of inclusion in the school environment, with the 
general objective of portraying the history of the proposal of the inclusive school, 
discussing the reorganization of special education and reflecting on the importance of 
a teacher training that contributes to the development of an education that respects 
diversity, addressing the historical trajectory of the education of people with special 
educational needs, from segregative care to inclusive processes, presenting some 
concepts necessary to understand what special education is and on how frameworks 
that constitute subjects served by special education and public policies for inclusive 
education are identified. 
Keywords: inclusion; special educational needs; school; teachers; family. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÂO………………………………………………………………………................. 07 
CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................10 
1.1Histórias da educação inclusiva e seu processo de ensino- aprendizagem.........10 
1.2 As leis que amparam a inclusão................................................................................11 
1.3 Docências frente à inclusão.......................................................................................14 
CAPÍTULO II – MÈTODOS................................................................................................18 
CAPÍTULIO III –.................................................................................................................20 
2.1 Inclusões e suas práticas............................................................................................20 
2.2 A inclusão e seu processo de avaliação..................................................................23 
2.3 A importância da família no processo de ensino inclusivo....................................26 
CONSIDERAÇOES FINAIS................................................................................................31 
Referência......................................................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem a finalidade de apresentar a importância da inclusão 
na educação infantil. O tema desse trabalho foi escolhido, pois è comum falar de 
inclusão, mas pouco se sabe a sua importância, tendo em vista que a educação 
inclusiva significa uma diversidade de alunos com diferentes origens, habilidades e 
necessidades, aprendendo lado a lado, na mesma sala de aula. Valorização das 
diferenças, respeitando as faixas etárias, de modo a criar um ambiente educacional 
que priorize o respeito, aceitação e a solidariedade entre os educandos. 
Dessa forma, estudantes com ou sem deficiências podem interagir entre si, 
participar das aulas e cada um contribuir de forma única para o enriquecimento do 
aprendizado de todos. Nessa perspectiva estudar a educação inclusiva é 
indispensável, pois presenciamos avanços significativos no que se diz a respeito à 
diversidade humana e garantia dos direitos, nos quais devem ser respeitados e 
assegurados na lei a cada indivíduo independente da classe social, etnia, cor ou 
religião. 
O objetivo geral é mostrar e buscar atender e integrar em um ambiente 
comum, os alunos com necessidades educativas especiais de modo que participem 
acolhidos por uma turma em um sistema regular de ensino, e deste modo incentivar 
não apenas a aprendizagem, mas especialmente o desenvolvimento humano de 
todos. Sendo assim, entende-se que as escolas têm devem se adequar a realidade 
do aluno, afim de promover uma participação efetiva no processo de ensino-
aprendizagem, permitindo a construção do conhecimento de forma igualitária, 
atendendo as necessidades e respeitando as limitações de cada um. 
Sabemos que cada criança possui ritmos de aprendizagem diferente, no qual 
devem ser respeitados e orientados por profissionais capazes de enxergar a 
necessidade como algo normal e não como indiferença, pois é preciso mostrar ao 
aluno que mesmo com as suas dificuldades é possível aprender. 
A questão problema é que promover a inclusão é um grande desafio em 
nossa sociedade, pois vivemos em uma época que o respeito as diferenças têm 
surgido como uma reivindicação por uma sociedade mais justa e igualitária para9 
 
 
todos. Quando abordamos educação inclusiva de crianças com necessidades 
especiais, percebe-se que o grande número de alunos com essas necessidades 
vem crescendo cada vez mais, e com isso o preconceito, a falta de informação e 
conhecimento de leis que amparam essas crianças, ajudam a deixar um número 
bastante significativo de crianças fora da escola. 
Deste modo para complementar este estudo será aplicada alguns estudos 
documental, bibliográficas dos autores (MANTOAN 2015) (FREIRE 2008) (SASSAKI, 
1997; 1998) (FIGUEIRA, 2004) ente outros. 
O primeiro capítulo será a fundamentação teórica. Neste momento inicial será 
abordado um breve resumo sobre a história da educação inclusiva e seu processo 
de ensina aprendizagem, bem como as leis que amparam a inclusão dos alunos 
com necessidades especiais no ensino regular, como também a postura e o papel 
do docente frente ao aluno com necessidades especiais, Sabe-se que a LDBEN 
9394/96 contempla a todos, o direito do acesso à escola regular, porém sabe-se 
também que há vários desafios tanto para os alunos como para os profissionais que 
atuam na área da educação inclusiva. 
(...) a inclusão – tem como proposta a modificação 
da sociedade para torná-la capaz de acolher todas as 
pessoas. No plano educacional, as escolas comuns e 
especiais precisam ser reestruturadas para atender a 
todo tipo de diversidade: pessoas com deficiências 
físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas e com qualquer 
grau de severidade dessas deficiências, pessoas sem 
deficiências e pessoas com outras características atípicas 
(SASSAKI, 1998.p.9). 
Para realmente preparar uma instituição de ensino para a educação inclusiva, 
é necessário contar com a elaboração de um planejamento e projeto pedagógico 
específico e com a promoção de diversas mudanças, tanto estruturais como na 
capacitação de profissionais. 
Assim, é possível ter um direcionamento mais assertivo para que a escola ou 
instituição de ensino em questão consiga promover uma educação realmente 
inclusiva, promovendo a equidade de oportunidade e a diversidade. 
 
10 
 
 
É muito comum na rotina escolar, a falsa ideia de amplo aproveitamento do 
ensino nas escolas, onde todos os educandos conseguem, de forma homogênea, 
receber e se apropriar dos conhecimentos repassados. Com efeito, tal circunstância 
não se consolida perante a realidade convivida nas instituições educacionais. Na 
prática habitual, os professores se deparam com salas de aula superlotadas, por 
vezes em ambientes e condições adversas, lecionando para alunos dos mais 
diversos perfis, cada um segundo suas necessidades e realidades. Nesse contexto, 
torna-se uma importante ferramenta a adoção de novas práticas pedagógicas, 
visando mudanças e atualizações de conceitos, de modo a proporcionar um espaço 
de maior interação e acesso ao conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
1.1 Histórias da educação inclusiva e seu processo de ensino- aprendizagem 
Nos séculos XVII e XVIII no Brasil, as pessoas com deficiência física, 
intelectual ou motora eram ignoradas, rejeitadas pela sociedade e família, e na 
maioria das vezes abandonadas ou direcionadas a locais que acolhiam os mesmos. 
Segundo pontua as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação 
Básica (2001, p. 19): desse modo os portadores de necessidades especiais eram 
privados do convívio familiar e social, sendo internados em manicômios ou cuidado 
por pessoas que faziam caridade, eram vistos como um ser sem direitos, excluídos 
do mundo, longe da inclusão e da vida social. 
Entretanto, por muitas décadas, os alunos com necessidades educacionais 
especiais, em todas as cidades, estados, e países, frequentavam as Escolas 
Especiais, como o único meio de participarem de uma instituição educativa, pois a 
concepção era de que “a melhor maneira de ensino para estes alunos era em 
Escolas Especiais que dessem a eles um atendimento separado” (BUENO, 
1993.p.43) 
Ao longo dos anos a educação inclusiva dentro do ensino regular ganhou 
espaço no Brasil, tendo em vista nos ambientes escolares grande diversidade de 
gêneros e pessoas, cada uma com suas características próprias que devemos 
acolher aceitar e respeitar as diferenças. Contudo, deve ser feito, desde a 
implantação da declaração de Salamanca (1994) baseada em princípios de políticas 
educacionais para a educação especial. 
No século XX, surgi o paradigma da integração, este vem para defender o 
direito da criança com deficiência a ser inserida na sociedade e principalmente na 
rede regular de ensino, porém a mesma com esforço próprio teria que adaptar-se ao 
ambiente, enquanto que as escolas e os sistemas mantinham-se inalterados, não 
tinham o compromisso em adaptarem-se as necessidades destes alunos (MINETTO, 
2010 p.46). 
A integração é um processo que tem que ser 
assumido por toda a escola: o professor de turma regular 
 
12 
 
 
deve receber apoio da educação especial para fazer este 
trabalho e os alunos devem ser atendidos, paralelamente, 
nas salas de recursos ou por professores itinerantes. 
NOGUEIRA (2009, p.88) 
Atualmente, todos os envolvidos no processo educativo o segmento de 
profissionais, pais e as próprias pessoas com necessidades educativas especiais 
denominam como “inclusão” o novo paradigma, no sentido de incluir todos os 
indivíduos socialmente, inclusive no contexto educacional. Segundo Sassaki, (1997). 
1.2 As leis que amparam a inclusão 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 9394/96) foi a 
primeira lei a apresentar um capítulo exclusivo sobre a Educação Especial, onde 
reafirma a importância da inclusão das crianças, adolescentes e adultos com 
necessidades educacionais especiais no ensino regular. Essa contempla no seu 
artigo 58 do capítulo V, o direito à educação dessas crianças na escola regular. Diz 
a lei: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de 
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superlotação (BRASIL, 1996, p.34) 
Segundo Mantoan, 1997A inclusão é realizada através de um conjunto de 
atitudes, estratégias e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em 
sociedade, provocada pela diferença de classe social, educação, idade, 
preconceitos raciais ou necessidades educacionais especiais. A inclusão causa uma 
mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente alunos 
que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, 
pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa. Diante 
dos fatos mencionados Para preparar uma instituição de ensino para a educação 
inclusiva, é necessário contar com a elaboração de um planejamento e projeto 
pedagógico específico e com a promoção de diversas mudanças, tanto estruturais 
como na capacitação de profissionais. 
 
13 
 
 
Assim, é possível ter um direcionamento mais assertivo para que a escola ou 
instituição de ensino em questão consiga promover uma educação realmente 
inclusiva, promovendo a equidade de oportunidade e a diversidade. 
Na concepção inclusiva e na lei, esse atendimento especializado deve estar 
disponível em todos os níveis de ensino, de preferência na rede regular, desde a 
educação infantil até a universidade. A escola comum é o ambiente mais adequado 
para se garantir o relacionamento dos alunos com ou sem deficiência e de mesma 
idade cronológica, a quebra de qualquer ação discriminatória e todo tipo de 
interação que possa beneficiar o desenvolvimento cognitivo, social, motor, afetivo 
dos alunos, em geral. Na interpretação evolutiva de nossas normas educacionais, 
há, portanto, que se entender e ultrapassar as controvérsias entre a nova Lei de 
Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional (LDB de 1996) e a Constituição Federal de 
1988. 
A Constituição admite que o atendimento educacional especializado também 
pode ser oferecido fora da rede regular de ensino, em qualquer instituição, já que 
seria apenas um complemento, e não um substitutivo, do ensino ministrado na rede 
regular para todos os alunos. Mas na LDB (art. 58 e seguintes), consta que a 
substituição do ensino regular pelo ensino especial é possível. 
Para complementar segue abaixo algumas leis, resultados da pesquisa que 
podem ser vistos abaixo, o qual indica elementos de alguns principais documentos 
legais que ordenam e regulam os procedimentos da Educação Inclusiva no Brasil 
dos anos 1990 até á contemporaneidade. 
1994 – Declaração de Salamanca: Define políticas, princípios e práticas da 
Educação Especial e influi nas Políticas Públicas da Educação. 
1994 – Portaria MEC nº 1.793– Recomenda a inclusão de conteúdos 
relativos aos aspectos– Ético–Políticos–Educacionais da Normalização e Integração 
da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais. 
1996 – LDB: A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 
nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devam assegurar 
aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender as 
 
14 
 
 
suas necessidades. Essa lei atribui às redes de ensino o dever de disponibilizar 
todos os recursos necessários para o atendimento igualitário entre os estudantes 
com necessidades educacionais especiais e os demais estudante 1 
999 – Decreto nº 3.298 – Dispõem sobre a Política Nacional para a 
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. A Educação Especial é definida 
como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino. 
 2001 – Resolução CNE/CEB - Determina no artigo 2º que: “Os sistemas de 
ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o 
atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, 
assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para 
todos. 
Plano Nacional de Educação – Lei nº 10.172: Destaca que o grande avanço 
que a década deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que 
garanta o atendimento à diversidade humana. 
2005 – Programa de Acessibilidade no Ensino Superior (Programa Incluir) 
 
2007 – PDE - Decreto nº 6.094 - Para a implementação do PDE é publicado 
o decreto nº 6.094/2007, que estabelece nas diretrizes do compromisso todos pela 
Educação, a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o atendimento 
às necessidades educacionais especiais dos alunos, fortalecendo seu ingresso nas 
escolas públicas. 
 2011 - Decreto n° 7.611 -Dispõe sobre o Atendimento Educacional 
Especializado (AEE), além de outras providências. 
 2015 – Lei n.o 146 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência 
 (LBI) 2016 – Lei n.o 409 – Dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas 
com deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das instituições 
federais de ensino. Seguimos até o atual momento tendo ganhado nessa área, não 
 
15 
 
 
sem lutas, mas sempre avançando para que mais pessoa com deficiências físicas e 
intelectuais tenha direitos iguais para aprender. 
 1.3 Docência frente à inclusão 
Na Apresentação de sua obra, Maria Teresa Eglér Mantoan comenta sua 
trajetória como professora, que se iniciou quando ela tinha dezessete anos e passou 
por todas as fases da educação, chegando ao Ensino Superior e à coordenação de 
um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Desse 
modo, Mantoan é capaz de afirmar que o desejo por transformar a escola é fruto do 
seu encantamento pela própria educação e pela força de ressignificar o universo 
escolar com ações solidárias e plurais. Ela ainda questiona as mudanças que 
ocorreram na educação desde que o primeiro exemplar do seu livro foi lançando, em 
2005. Assim, ela possibilita que o leitor trace as próprias conclusões ao notar que as 
mudanças no meio educacional são lentas e reticentes ao comparar com as 
mudanças provocadas em 2005 e em 2015. Ela encerra seu texto de apresentação 
postulando que as mudanças precisam ser um compromisso coletivo; caso contrário, 
o maior prejudicado acaba sendo o maior interessado: o próprio aluno. As escolhas 
não podem tolher a liberdade dos alunos e o seu desejo de se encantar com a 
escola que frequentam. 
As instituições de ensino superior formam educadores com conhecimentos 
vastos, mas algumas ainda falham quando os acadêmicos se encontram diante 
deste tema: inclusão. Devido ao pouco contato ou nenhum com as escolas 
especiais. Acadêmicos com insuficiência de fundamentação teórica e prática se 
perdem diante da realidade “especial” e não vivenciam a realidade inclusiva 
colocando em dúvida seu futuro profissional quando se deparam diante da questão 
abordada na prática. 
“O tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso primeiro 
mudar radicalmente o mundo é o tempo que perdemos para começar a inventar e a 
viver a alegria. Paulo Freire (1993, p. 10)” 
Os desafios da inserção desses alunos vêm acompanhados de 
questionamentos na maioria das vezes permeados de estigmas e medo para não 
 
16 
 
 
dizer de frustações e preconceito. Com essas dificuldades, muito dos profissionais 
envolvidos acabam-se esquecendo do seu papel e reforçando o preconceito, 
dificultando assim a aceitação dos discentes com necessidades diferenciadas. 
Nessa perspectiva, muitos professores trazem questionamentos acerca da falta de 
preparação de ambos para receber esse público. Alguns questionamentos são 
elencados por esses profissionais a respeito da inclusão como por exemplo: "não sei 
por onde começar", "vai prejudicar os outros alunos", "preciso de assessoramento 
em sala de aula. 
Vale salientar que a solução para esta problemática da vida profissional de um 
educador, se faz fundamentalmente através da formação que obtêm durante sua 
graduação, pois è através, além do teórico, do contato real e concreto, dos estágios 
supervisionados e direcionados pedagogicamente, que capacitara o acadêmico para 
enfrentar estes dilemas na sua vida como educador. 
Em cada um dos momentos do processo de ensino o professor está 
educando quando: estimula o desejo e o gosto pelo estudo, mostra a importância 
dos conhecimentos para a vida e para o trabalho, exige atenção e força de vontade 
para realizar as tarefas; cria situações estimulantes de pensar, analisar, relaciona 
aspectos da realidade estudada nas matérias, preocupa-se com a solidez dos 
conhecimentos e com o desenvolvimento do pensamento independente; propõe 
exercícios de consolidação do aprendizado e da aplicação dos conhecimentos. A 
realização consciente e competente das tarefas de ensino e aprendizagem torna-se, 
assim, fonte de convicções, princípios de ação, que vão regular as ações práticas 
dos alunos frente a situações postas pela realidade. (LIBANEO, 1994, p. 99) 
Diante dos fatos mencionados, a inclusão seria vista como um fato normal, já 
familiar ao professor, quando recebesse um aluno portador de alguma deficiência, 
que necessitasse de uma aprendizagem diferenciada dos demais educandos. A 
obrigatoriedade de um plano de ação que visasse a uma disciplina específica nas 
graduações sobre educação especial, conduziria e fortaleceria o futuro dos 
profissionais da educação para trabalhar de forma consistente e segura quando 
surgisse a insegurança e as dificuldades no decorrer da sua prática profissional e 
pedagógica. 
 
17 
 
 
Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a 
minha passagem pelo mundo não é predeterminada, 
preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado 
mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade 
não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a 
História em que me faço com os outros e de cuja feitura 
tomou parte é um tempo de possibilidades e não dedeterminismo. Daí que insista tanto na problematização 
do futuro e recuse sua inexorabilidade (FREIRE, 2002, p. 
58). 
O ponto de partida para se ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino 
para cada aluno ou grupo de alunos, é entender que a diferenciação é feita pelo 
próprio aluno, ao aprender, e não pelo professor, ao ensinar! Essa inversão é 
fundamental para que se possa ensinar a turma toda, naturalmente, sem 
sobrecarregar inutilmente o professor (para produzir atividades e acompanhar 
grupos diferentes de alunos) e alguns alunos (para que consigam se “igualar” aos 
colegas de turma). Buscar essa igualdade como produto final da aprendizagem é 
fazer educação compensatória, em que se acredita na superioridade de alguns, 
inclusive a do professor, e na inferioridade de outros, que são menos dotados, 
menos informados e esclarecidos, desde o início do processo de aprendizagem 
curricular. O mito de que o professor é o que tem a chave do saber para melhor 
explicar e dosar os conhecimentos que o aluno vai/deve aprender precisa cair. O 
ensino que emancipa e não aquele que submete os alunos intelectualmente. 
Paulo Freire (2001a) refere-se às condições de exclusão, a que são 
submetidas às classes populares, os oprimidos, denominando de “situações-limite”, 
ou seja, obstáculos ou barreiras que precisam ser vencidos, mas se encontram 
vinculados à vida pessoal e social do indivíduo. Segundo ele, o enfrentamento 
dessas situações é percebido de formas diferentes pelos envolvidos nesse 
processo: ou eles as percebem como um obstáculo que não podem ou não querem 
transpor, ou ainda como algo que sabem que existe e que precisa ser rompido e 
então se empenham na sua superação. 
 
18 
 
 
A inclusão impõe uma série de desafios àqueles profissionais que têm alunos 
com deficiência em suas salas de aula. Por isso a escola é obrigada a repensar a 
sua organização, revendo concepções e práticas, a fim de atender as 47 demandas 
de um público cada vez mais heterogêneo: cultural, social, econômica, cognitiva e 
linguisticamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
CAPÍTULO II – MÈTODOS 
A metodologia aplicada neste trabalho foi baseada em uma pesquisa 
bibliográfica através de muitas pesquisas em livros, revistas pedagógicas, sites da 
internet e vários outros. Ou seja, esta pesquisa foi elaborada de forma qualitativa, 
usando esse método não há qualquer preocupação em enumerar ou medir 
unidades, nem utilizar dados estatísticos como centro de processo de analise de um 
problema , sendo assim facilita a analise de versátil, a descrever a dificuldade de 
hipóteses, compreender classificar processos dinâmicos vivenciados por grupos 
sociais . afirma (OLIVEIRA 1999P.116 E 117). 
Segundo Macedo (1994, p. 13), a pesquisa bibliográfica: “Trata-se do primeiro 
passo em qualquer tipo de pesquisa científica, com o fim de revisar a literatura 
existente e não redundar o tema de estudo ou experimentação”. “Desta forma para 
Lakatos e Marconi (2003, p. 183) A pesquisa bibliográfica não é mera repetição do 
que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob 
novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. 
A pesquisa bibliográfica foi muito importante desde o início da pesquisa, pois 
foi através dela que comecei agir para conhecer o assunto a ser pesquisado, dessa 
forma, a pesquisa bibliográfica foi bastante valiosa no levantamento de informações 
relevantes que contribuíram no desenvolvimento da pesquisa, na elaboração do 
tema e na revisão bibliográfica. Deste modo para a realização desta pesquisa 
bibliográfica foram utilizados s seguintes procedimentos. 
• Escolha bibliográfica referentes a temática em meios físicos e na internet, 
interdisciplinares capazes e suficientes para ser construído um referencial 
teórico coerente sobre o teme em estudo. 
• Leitura do material selecionado 
• Analise do material selecionado 
• Exposição dos resultados obtidos através de um texto escrito. 
Para complementar, Meadows (1999) chama-nos a atenção, para o forte 
caráter aglutinador da busca do conhecimento. Afirma que o homem sempre foi 
movido pela intensa curiosidade e isso se traduz na incessante busca pelo 
 
20 
 
 
conhecimento, perfazendo dessa construção um processo social realizado a partir 
do trabalho e do esforço coletivo. Já Maia e Caregnato (2008) colocam em relevo a 
capacidade de inovação inerente a essa busca, fazendo-nos perceber que a 
construção multidimensional do conhecimento eleva a ciência em seu caráter 
evolutivo e mutável e faz da pesquisa o seu instrumento básico. Com isso, as 
diferentes ciências formulam conceitos, teorias e desenvolvem produtos e processos 
que são rapidamente incorporados por organizações sociais e por todas as relações 
que se preocupam com a disseminação do conhecimento. 
Obter um sistema educacional inclusivo, na 
definição ampla deste conceito, é imprescindível que se 
parta do princípio de que todas as crianças podem e 
devem aprender que se respeitem todas as diferenças 
existentes entre os alunos e que a metodologia 
pedagógica atenda às necessidades de todos os 
discentes (FREIRE, 2012, p. 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
CAPÍTULIO III – Inclusão e suas práticas 
A Lei Brasileira de Inclusão – LBI, também conhecida como (Estatuto da 
pessoa com deficiência) é um conjunto de normas destinadas a assegurar e a 
promover, em igualdade de condições, o exercício dos direitos e liberdades 
fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e a 
cidadania. A Lei foi editada em 06 de julho de 2015, mas entrou em vigor (passou a 
ter validade) no dia 03 de janeiro de 2016, após cumprir um período de vacância 
(período destinado à assimilação do conteúdo da nova lei) de 180 dias, passando a 
beneficiar mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, 
de acordo com os dados do (IBGE). 
O cenário da expansão de políticas públicas, que ocorreu nas últimas 
décadas, pressionou por um conjunto de novos arranjos nas instituições educativas 
tendo em vista a inclusão de pessoas com deficiência. As políticas públicas são de 
extrema importância para gerar oportunidades de mudança e observamos a 
complexidade na delimitação e efetivação de ações para atender. 
A diversidade socialmente existente, e que as transformações que suscitam 
ultrapassam o âmbito dos seus destinatários explícitos. Hoje, a inclusão social e 
educacional é tema de muitas discussões na sociedade e ainda estamos 
caminhando para sua implantação adequada. 
Para incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do 
entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às necessidades de 
seus membros. Buscar estratégias que se traduzam em melhores condições de vida 
para população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na 
construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros das 
comunidades escolares, é uma maneira de enfrentar essa situação e um bom 
caminho para um trabalho em busca da democracia e da cidadania. O 
desenvolvimento por meio da educação, reabilitação, qualificação profissional etc. 
Das pessoas com necessidades especiais deve ocorrer dentro do processo de 
inclusão e não como um pré-requisito para estas pessoas poderem fazer parte da 
sociedade. 
 
22 
 
 
Para uma inclusão ideal, é necessário que todos sejam aceitos e respeitados, 
que haja acessibilidade em ruas, locais de lazer e transporte, e, além disso, que 
tenham o direito de inclusão, preferencialmente, na rede regular de ensino. Estar 
incluso na escola não significa simplesmente estar matriculado e frequentando as 
aulas, mas que sejam superadas as dificuldades que ainda hoje existem de recursos 
humanos, arquitetônicos, pedagógicos e físicos. 
A inclusão abrange conceitos comorespeito mútuo, compreensão e apoio, 
não é uma tendência, um processo ou um conjunto de procedimentos educacionais 
passageiros a serem implementados, ao contrário, a inclusão é um valor social que, 
considerado desejável, torna-se um desafio no sentido de determinar modos de 
conduzir nosso processo educacional para promovê-la. No entanto, a inclusão 
educacional não depende somente das adaptações das escolas, é necessário 
preparar os professores para que eles saibam receber os alunos com qualquer tipo 
de dificuldade, preparar os pais para que eles possam participar do processo 
educacional no dia-a-dia do filho. Sendo assim, a lei ampara todas as pessoas que 
possuam algum tipo de necessidades educacionais especiais (NEE) como: 
• Condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas; 
• Portadoras de déficits e bem dotadas; 
• Trabalhadoras ou que vivam em condição de rua; 
• Populações distantes ou nômades; 
• Minorias linguísticas, étnicas ou culturais; 
• Grupos desfavorecidos ou marginalizados. 
 
“Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar 
com, é interagir com o outro”. (Maria Teresa Mantoan) 
 
Dessa forma; segue abaixo alguns tipos de inclusão: 
 
 
23 
 
 
• Inclusão de deficientes 
O termo deficiente inclui uma série de grupos. Dentre eles, por exemplo, os 
cadeirantes que se organizam há muitos anos reivindicando acessibilidade para se 
locomover em segurança. Além disso, existem preconceitos e estereótipos em 
relação a essas pessoas que precisam ser quebrados. 
• Inclusão de surdos 
As pessoas surdas formam uma comunidade cultural com um idioma próprio – no 
Brasil, é a libras. Apesar da riqueza de sua cultura e sua autonomia, os surdos são 
alvos de preconceito e também enfrentam a falta de acessibilidade. Nesse sentido, 
os intérpretes de libras são importantes e o idioma deveria ser ensinado em todo o 
Brasil. 
• Inclusão de pessoas trans 
Dentro da comunidade LGBT+, as pessoas trans constituem um dos grupos mais 
vulneráveis. Principalmente, as mulheres trans e negras são vítimas de uma alta 
taxa de homicídio. Assim, é importante pensar em políticas que propiciem trabalho, 
moradia e oportunidades educacionais para a população transgênero. 
• Inclusão da população negra 
Após quase 400 anos de escravidão, não houve praticamente nenhuma política 
pública de assistência às pessoas negras anteriormente escravizadas no Brasil. 
Enquanto isso, outros grupos étnicos e raciais receberam ajuda e privilégios para 
seu estabelecimento. Portanto, pensar a inclusão da população negra é também 
refletir sobre medidas de reparação. 
• Inclusão de indígenas 
 
24 
 
 
Os povos indígenas são outro grupo que historicamente é excluído das riquezas 
sociais. Logo, além de ser importante a luta por autonomia das pessoas indígenas, 
são também relevantes as políticas que facilitam a sua mobilidade dentro da 
sociedade. 
Segundo Freire (1996), o processo ensino-aprendizagem é constituído por 
formas compartilhadas de construção de conhecimentos de ambos os lados, na 
relação educadora e aluno. “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende 
ensina ao aprender. Quem ensina, ensina alguma coisa a alguém” (FREIRE, 1996, 
p. 23). Nesse sentido, o professor precisa se colocar aberto a aprender com seus 
alunos, possibilitando ao educando se sentir parte de todo o processo. O professor 
necessita promover e possibilitar em sua prática docente posturas, saberes e 
fazeres inclusivos. 
Vale salientar que, è possível pensar a exclusão social como o lado oposto da 
inclusão – ou seja, é aquilo que mantém as desigualdades no interior de uma 
sociedade. Por exemplo, se uma mulher trans deseja trabalhar em um mercado e 
ela não é contratada por preconceito, ela está sendo excluída socialmente. 
Portanto, ao falar desse assunto, é necessário lembrar que, a depender do 
grupo, trata-se de uma questão de sobrevivência. Nesse sentido, a inclusão social 
não é um auxílio e nem uma ajuda, na verdade, ela significa o direito do indivíduo 
participar ativamente da sociedade. 
É válido ressaltar a relevância de cada componente do conjunto educacional 
como agente ativo na construção de um conhecimento compartilhado – corpo 
docente e técnico, gestores e colaboradores, atuando de forma conjunta com os 
alunos e a comunidade na qual a escola está inserida, adotando posturas para 
eliminar paradigmas tradicionais e desrespeitosos, que impossibilitem a interação 
entre todos os envolvidos no processo educacional. Desse modo, o conhecimento 
compartilhado no ambiente escolar agrega eficácia à prática docente e intensifica a 
apropriação do conhecimento dos alunos. Conforme Comenius (2012), qualquer 
escola que deseje seguir uma Educação Inclusiva terá de desenvolver. 
 
25 
 
 
2.1 A inclusão e seu processo de avaliação. 
É fundamental avaliar cada situação especificamente, é de extrema 
importância conhecer bem cada aluno para garantir uma avaliação de fato inclusiva. 
Todos devem estar envolvidos diretamente no processo, o aluno, pais, equipe 
pedagógica, sem esquecer a potencial relevância da participação do (a) profissional 
especialista que atende o aluno (caso haja atendimento terapêutico). 
Não existe receita para incluir, muitas são as tentativas de se criar uma receita 
básica de como incluir na escola pessoas que sejam consideradas diferentes, todos 
querem saber qual é o maior empecilho para que a educação seja inclusiva. De 
nada adianta dizer que uma boa formação de professores seria o suficiente, a 
infraestrutura física das escolas ajuda muito, mas também não resolve nada de 
forma isolada. 
 A avaliação é um processo complexo capaz de mexer com a autoestima das 
pessoas, influenciando e alterando a percepção de sua autoimagem, o que 
repercute decisivamente no decurso da aprendizagem, aumentando a 
responsabilidade e a necessidade de um trabalho afetivo, ampliando as chances de 
êxito na esfera educativa. 
 Suprimir o caráter classificatório de notas e de provas e substituí-lo por uma 
visão diagnostica da avaliação escolar é indispensável quando se ensina a turma 
toda. Para ser coerente com essa novidade, o professor priorizará a avaliação do 
desenvolvimento das competências dos alunos diante de situações-problema em 
detrimento da memorização de informações e da reprodução de conhecimentos sem 
compreensão, cujo objetivo é apenas tirar boas notas e ser promovido. O tempo de 
construção de uma competência varia de aluno para aluno e sua evolução é 
percebida por meio da mobilização e da aplicação do que o aluno aprendeu ou já 
sabia para chegar às soluções pretendidas. A avaliação é também um instrumento 
de aperfeiçoamento e de depuração do ensino e quando a tornarmos mais 
adequada e eficiente, diminuiremos substancialmente o número de alunos excluídos 
das escolas. 
 
26 
 
 
As escolas inclusivas devem reconhecer e 
satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, 
adaptando-se aos vários estilos e ritmos de 
aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de 
educação para todos através de currículos adequados, 
de uma boa organização escolar, de estratégias 
pedagógicas, de utilização de recursos e de uma 
cooperação com as respectivas comunidades (UNESCO, 
1994, p. 21). 
Entende-se que para um aluno, com necessidades específicas, ler e 
interpretar um enunciado podem ser um desafio muito maior do que para a maioria. 
No fim das contas, a interpretação pode não ser o objetivo final da avaliação, a não 
ser, é claro, que seja uma avaliação de interpretação de textos. Diante dos fatos 
mencionados segue abaixe algumas dicas para avaliação inclusiva. 
 
Avaliando um aluno com deficiência visual 
Se o aluno for cego, será diminuída a quantidade de informação que deve ser 
processada para se obter uma resposta em partes. Talvez uma pergunta grande 
tenha que ser dividida em três perguntas menores.Junto a isso, deve-se oferecer ao 
aluno a possibilidade de um ledor estar ao seu lado, lendo sempre o enunciado da 
questão quando necessário, mas se o aluno não sabe braille e a prova é de leitura 
em braille? Se for um teste de braille, tudo bem, caso contrário, pode ser até de 
língua portuguesa que a presença de um ledor seria indicada. 
Avaliando um aluno com deficiência intelectual 
Se o aluno possuir algum déficit cognitivo, incluir seria diminuir o nível de 
abstração. Isso significa utilizar ilustrações ao invés de texto simplesmente. Ou 
ainda utilizar objetos concretos. Se o caso for que o aluno identifique qual das 
formas geométricas é um quadrado, ao invés de apenas desenhar na folha, pode-se 
oferecer os objetos concretos que foram utilizados durante as aulas, onde o aluno 
associou o objeto do quadrado com a palavra “quadrado”. Assim, diminuímos o 
 
27 
 
 
obstáculo da interpretação e da abstração e focamos apenas no conteúdo que 
queremos avaliar. 
Avaliando um aluno surdo 
Com alunos surdos que se comunicam através de libras , fica muito evidente 
que, caso não seja uma prova de língua portuguesa, é mais do que direito do aluno 
ter um intérprete de libras para auxiliá-lo em todas as questões. A mesma dica de 
diminuir o tamanho das perguntas grandes serve aqui. Sempre quando se tiver uma 
mudança de meio de comunicação, diminuir uma mensagem grande em mensagens 
menores é inteligente. Isso serve para libras, braille e comunicação alternativa. 
2.2 A importância da família no processo de ensino inclusivo 
A inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino regular 
depende, em grande parte, da participação da família no processo educativo, esta 
tem um papel de suma importância no desenvolvimento e aprendizagem da criança 
especial. 
A família constitui o principal e o primeiro contexto de desenvolvimento do ser 
humano, na qual um membro está interligado ao outro. O nascimento de alguém 
com uma deficiência gera impactos sobre a estrutura familiar, uma vez que nem 
sempre se está preparado para enfrentar tal situação. 
Segundo Kelman, “A família é o primeiro e provavelmente o principal grupo 
social em que convivemos, pois é nela que o indivíduo aprende a conquistar a 
individualidade e independência” (2010, p. 38). Sendo assim, a família é o primeiro 
grupo social no qual os seres humanos desenvolvem a interação e a percepção de 
si mesmos e dos outros de forma complexa. É no seio familiar que as primeiras 
aflições, conquistas, medos e metas pessoais aparecem; é onde ocorre o 
desenvolvimento das primeiras habilidades, os primeiros ensinamentos por meio da 
educação familiar na qual o filho aprende a respeitar os outros, a conviver com 
preceitos que foram criados e reformulados no transcorrer da formação da 
sociedade. Desse modo, podemos dizer que ela proporciona a construção dos laços 
 
28 
 
 
afetivos e a satisfação das necessidades no desenvolvimento dos filhos. Também 
cumpre um papel decisivo na socialização e educação. 
Para Haerter (2003), a relação afetiva pais-criança é extremamente 
necessária e importante para o desenvolvimento de uma criança, pois é a partir dela 
que o mundo começará a ter significado. 
Sendo a família o primeiro e o principal grupo social em que o ser humano 
vive, é nela que se aprende a construir a individualidade e a independência. Pode-se 
dizer que a presença da família é muito importante para o desenvolvimento dos 
sujeitos, com deficiência ou não. Caso a família que receba uma criança com 
deficiência não seja capaz de oferecer a ela um ambiente amoroso e estável, o 
desenvolvimento da criança pode tornar-se mais difícil. É importante que a família 
possa aceitá-la e buscar ajuda para seu melhor desenvolvimento. Um ambiente 
positivo e estimulador podem ser determinantes na constituição das primeiras 
relações da criança com o mundo. (Segundo Bowlby) 
A experiência familiar daqueles que se tornarão 
pessoas relativamente estáveis e autoconfiantes é 
caracterizada não apenas pelo apoio infalível dos pais, 
quando a eles se recorre, mas ainda por um estímulo 
gradual e constante à crescente autonomia, notando-se 
ainda que os pais transmitam modelos funcionais de si 
próprios, da criança e de outros (BOWLBY, 1997, p. 113). 
Percebe-se que o acolhimento das famílias é de suma importância para o 
desenvolvimento da autonomia e independência da criança com deficiência, pois é 
dentro do ambiente familiar que se inicia o exercício de sua dignidade como pessoa. 
Os pais possuem um papel extremamente importante na vida da criança. 
De acordo com Szymanski (2001) a ação educativa da escola e da família 
apresenta nuances distintas quanto aos objetivos, conteúdos, métodos e questões 
interligadas à afetividade, bem como em relação às interações e aos contextos 
diversificados. 
 
29 
 
 
A organização familiar no processo de inclusão é indispensável no contexto 
escolar. Neste sentido concordo com Sassaki (1998) ao afirmar que envolvimento da 
família nas práticas inclusivas da escola ocorre quando existe entre a escola e a 
família, um sistema de comunicação; os pais participam nas reuniões da equipe 
escolar para planejar, adaptar o currículo e compartilhar sucessos; as famílias são 
reconhecidas pela escola como parceiros plenos junto à equipe escolar. 
A união entre família e escola, possibilita o desenvolvimento de ações em 
parceria, construindo coletivamente uma relação de diálogo mútuo, para que 
possam junta enfrentar os desafios que a sociedade atual impõe a todos. Se unidas 
pelo mesmo motivo em prol do desenvolvimento integral do aluno em todos os 
aspectos (cognitivo, afetivo, social, psicomotor), do conhecimento das diferenças 
individuais, respeito às diversidades, considerando-o como um ser ativo com 
capacidade de se desenvolver plenamente, e no seu ritmo, seja no ambiente escolar 
seja no familiar, ambas as instituições estarão contribuindo para o desenvolvimento 
de uma comunidade menos excludente e segregacionista. 
Não há dúvidas, assim, de que o contexto social e familiar em que esse 
educando está inserido é determinante para o seu desenvolvimento e desempenho 
no espaço escolar, sendo que se a organização familiar não for satisfatória para a 
construção cultural, emocional e cognitiva dessas crianças, isso também se refletirá 
no aspecto escolar. 
Nesse sentido, é preciso enfatizar a influência que a formação familiar 
desencadeia no sujeito desde os seus primeiros contatos com a esfera escolar e ao 
longo de sua vida social, razão pela qual o educador também precisa reconhecer a 
realidade do discente, a fim de que o espaço seja visto como acolhedor pelo o 
mesmo, motivando-o. Lazzaratti e Freitas (2016, p.06). 
Alguns pais ainda não se conscientizaram da importância do apoio deles junto 
à instituição escolar de seus filhos, como também escolas que não incentivam essa 
parceria dos familiares na instituição. Parolin (2003) nos lembra que os objetivos da 
escola e famílias são os mesmos, preparar a criança para o mundo. Esse autor 
enfatiza a importância da participação da família no processo educativo. 
 
30 
 
 
É importante ter em mente que apesar de que os institutos familiar e escolar 
se complementarem, em cada um desses espaços a criança assumirá diferentes 
posições, sendo que no primeiro seguirá questões mais ligadas a sentimentos, 
questões culturais e costumeiras, enquanto no segundo as relações são mais 
complexas, sendo que nesses dois casos há ações educativas. Assim sendo, para 
que possa haver uma aproximação entre família e escola, é imprescindível que o 
espaço escolar faça um investimento para fortalecer o seu relacionamento com os 
genitores ou responsáveis e os docentes, adotando, assim, mecanismos para que 
acompanhem as ações pedagógicas, atuando no planejamento e implementações. 
Conforme destacam Lazzaretti e Freitas (2016, p.06): 
 Vale destacarque o excesso de cobrança em relação ao desempenho da 
criança deficiente, também pode gerar obstáculos no seu desenvolvimento. Há pais 
que criam fantasias, e na ânsia de ver seu filho progredir, causam crises de 
ansiedade capazes de desencadear problemas e dificuldades em lidar com 
frustrações. 
 Tendo em vista que a família dos alunos com deficiência muitas vezes não 
estabelecem limites necessários para a promoção da aprendizagem. Essa 
permissividade dos pais dificulta uma maior cobrança a alguns alunos da educação 
especial, não lhes sendo exigido um maior esforço reflexivo. A superproteção pode-
se manifestar de diversas maneiras e uma delas é impedir o crescimento do outro. 
Os pais ao superproteger podem impedir mesmo sem saber o desenvolvimento 
intelectual e a autonomia do seu filho. É preciso que haja favorecimento da família 
estabelecendo limites e cobranças para um mínimo de cumprimento das tarefas 
escolares. É dever de toda comunidade escolar promover uma educação de 
qualidade à pessoa com deficiência. 
.A escola precisa demonstrar interesses e apresentar atitudes livres de 
preconceitos para com os alunos e suas famílias. Ela precisa ainda agir como 
moderadora das ansiedades das famílias, com o objetivo de contribuir nas 
resoluções de problemas apresentados pelos alunos. 
 
31 
 
 
 A sociedade brasileira ainda engatinha no que se refere à inclusão. Devido à 
falta de informação e ao preconceito, todos os indivíduos passam por dificuldades. O 
deficiente sente-se excluído porque o tratam como incapaz. Os pais, por sua vez, 
infantilizam ou superprotegem os filhos. E o professor que recebe um aluno com 
esse histórico teme fracassar na tentativa de integrá-lo à sociedade, principalmente 
se não tiver orientação sistematizada. (CAVALCANTE, 2004, p.32) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
CONSIDERAÇOES FINAIS 
Ao longo deste trabalho, buscou-se apresentar a importância da educação 
inclusiva dentro da educação infantil, e com base nas pesquisas feitas constatou –
se a importância de aprofundar a discursão desse tema, uma vez que o mesmo 
tem sido pouco abordado no contexto escolar. 
 Apesar do longo caminho ainda a ser percorrido, a Inclusão focaliza 
atualmente a diversidade e a liberdade de ações, principalmente daqueles que 
somente agora estão tendo a oportunidade de pelo menos mostrar ao mundo suas 
potencialidades, construindo com autonomia a sua própria trajetória de vida. Nesse 
sentido as pessoas com necessidades educacionais especiais encontram no 
processo de Inclusão o direito não só de frequentar a escola regular e estar em sala 
de aula comum, mas de interagir e produzir conhecimentos. 
Por sua vez, segundo Pedrinelli (1994), é importante que toda a ação 
educativa possibilite, não somente o reconhecimento das potencialidades do aluno, 
como também sua Inclusão na sociedade. Deste modo , quando se trata de 
educação inclusiva é importante que o professor conheça o seu aluno, saiba qual 
tipo de necessidade educacional de aprendizagem possui, idade em que a mesma 
se manifestou se é transitória ou permanente e principalmente que conheça os 
diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais, 
neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo-emocional. 
Por tanto, a pesquisa buscou-se refletir sobre a promoção da Inclusão diante 
da diversidade, buscando atender às especificidades de cada necessidade 
educacional especial apresentada por cada aluno - o que tentou se exemplificar 
utilizando reflexões sobre a surdez -, destacando ainda a necessidade de formação 
continuada dos educadores e da preparação das instituições escolares para 
efetivação da Inclusão. 
 Por tanto, espera-se com pesquisa, acrescentar informações aos 
profissionais da educação, propondo reflexões que redimensionem ações pautadas 
 
33 
 
 
no conhecimento e valorização da diversidade diante da necessidade prioritária de 
se promover a Inclusão Educacional e Social. 
Diante da necessidade de incluir na diversidade, cabe às instituições 
educativas bem como aos educadores, reivindicarem o que as legislações já 
garantem, buscando nesse sentido, recursos concretos para atender a cada pessoa 
com necessidade educacional especial que chega às suas salas de aula. Efetivar 
práticas educativas é nesse sentido um compromisso de todos sabendo-se que tais 
práticas repercutem na própria sociedade. 
Sendo assim, a concepção de autismo sofreu várias alterações, e é fato que 
cada concepção traz consigo uma filosofia de intervenção. A educação, sem dúvida, 
representa um importante serviço para os sujeitos com autismo, e é necessário 
verificar quais são as suas principais necessidades e as de seus familiares para 
melhor planejar os trabalhos pedagógicos, além de garantir a formação adequada de 
professores que atuarão com alunos portadores de necessidades educacionais 
especiais. 
Por fim, para que os autistas fossem de fato incluídos, seria necessária a 
reformulação de políticas públicas que garantissem a oferta de práticas 
pedagógicas, incluindo a formação adequada e continuada dos professores e a 
efetiva participação das famílias no processo educacional de seus filhos. É 
necessário ainda que se faça uma aliança com a saúde para que os sujeitos com 
autismo possam gozar dos atendimentos médicos de que necessitam e que possam 
chegar ao sistema educacional o quanto antes, para receber a intervenção precoce, 
favorecedora do desenvolvimento global das crianças com necessidades 
educacionais especiais, Inerentes à condição humana, as diferenças sempre 
existirão entre as crianças, ainda que venha a haver cura para o autismo. Por isso, é 
necessário que a educação organize oportunidades de reflexões sobre o convívio 
com a diversidade. 
Acreditamos que, quando houver uma evolução na percepção sobre o direito 
à diferença, as discussões sobre inclusão também evoluirão para debates sobre a 
identidade, e não sobre igualdade sob a força da lei. Concluindo, para que crianças 
 
34 
 
 
com autismo possam ser realmente incluídas, é necessário que ocorram profundas 
modificações no sistema educacional brasileiro, tanto no âmbito legal quanto no 
pedagógico. 
Os pais precisam estar presentes na educação de seus filhos e em especial o 
pai da criança com deficiência mental precisa apoiar as diversas possibilidades de 
crescimento intelectual de seu filho mesmo que isso demande um esforço maior da 
criança. É preciso respeitar os tempos, porém ao introduzir no cotidiano novas 
tarefas e rotinas é possível que aja o crescimento da criança com deficiência mental 
sem abalar seu emocional. 
A inteligência é algo próprio do indivíduo que e modificado quando o mesmo 
tem acesso a novas informações. A deficiência mental é observada que associada a 
sua limitação intelectual é possível observar outras características que permitem 
identificar como insegurança, dependência afetiva e dificuldade em adaptação na 
mudança de rotina. 
 
“Um mundo como o de hoje, no qual a técnica ocupa uma posição-chave, produz 
pessoas tecnológicas, afinadas com a técnica. Isso tem sua dose de racionalidade: 
dificilmente se deixam enganar em seu estreito campo, o que pode ter 
consequências em uma esfera mais ampla. Por outro lado, na relação atual com a 
técnica, há algo excessivo, irracional, patógeno. Esse algo está relacionado com o 
véu tecnológico. As pessoas tendem a tomar a técnica pela coisa mesma, a 
considerá-la um fim em si, uma força com vida própria, esquecendo, porém, que ela 
é o prolongamento do braço humano”. Adorno (1995 [original de 1966], p. 118): 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Referências 
 BRASIL/MEC/SEESP. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas 
educacionais: orientações gerais e marcos legais / Organização: Ricardo Lovatto 
Blattes . – 2. ed . – Brasília: MEC, SEESP, 2006. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusãoescolar – O que é? Por quê? Como fazer? 
São Paulo: Summus, 2015. 
Publicado em 24 de novembro de 2020 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 20 de 
dezembro de 1996. Brasília : Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 
2002. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 
25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
AMARO, Deigles Giacomelli. Educação Inclusiva, Aprendizagem e Cotidiano 
Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. (Coleção psicologia e 
educação/dirigida por Lino de Macedo). 
CHAHINI, Thelma Helena Costa. O percurso da inclusão de pessoas com deficiência 
na educação superior. Curitiba: Appris, 2016. 
MENEGHETTI, Ana Paula; [et al]. O processo de inclusão por meio do lazer. Revista 
da Sobama – Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada, Marília, v. 14, n. 
2, p. 9-14, Jul./Dez. 2013. 
 
36 
 
 
VYGOTSKY, L. S. Obras completas. Tomo V: Fundamentos de Defectologia. 
Havana: Editorial Pueblo Y Educación, 1989. 
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para 
a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001. 
 Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. PolíticaNacional de 
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Documento elaborado 
pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 
2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007). Brasília: MEC, 
2007. 
COSTA, D. A. F. Superando limites: a contribuição de Vygotsky para a educação 
especial. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 23, n. 72, 2006. Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextepid=S010384862006000300
00> 
MAZZOTTA, M. J. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 5. ed. 
São Paulo: Cortez, 2005. 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n.º 9394/96. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2017. 
ANDREOZZI, M.L. Educação inclusiva: fracasso escolar da educação na 
modernidade. Educação e Subjetividade, Faculdade de Educação da PUCSP, Ano 
1, n.02, p.43- 75, 2006. 
KARAGIANNIS, A; STAINBACK, W; STAINBACK, S. Fundamentos do Ensino 
Inclusivo.In: STAINBACK, W; STAINBACK, S (org) Inclusão um guia para 
educadores. Porto Alegre, Artmed editora, 1999. 
NAUJORKS, Maria I.STRESS E INCLUSÃO: indicadores de stress em professores 
frente à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextepid=S01038486200600030000
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextepid=S01038486200600030000
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	O termo deficiente inclui uma série de grupos. Dentre eles, por exemplo, os cadeirantes que se organizam há muitos anos reivindicando acessibilidade para se locomover em segurança. Além disso, existem preconceitos e estereótipos em relação a essas pes...
	 Inclusão de surdos
	 Inclusão de pessoas trans
	 Inclusão da população negra
	Após quase 400 anos de escravidão, não houve praticamente nenhuma política pública de assistência às pessoas negras anteriormente escravizadas no Brasil. Enquanto isso, outros grupos étnicos e raciais receberam ajuda e privilégios para seu estabelecim...
	 Inclusão de indígenas
	As escolas inclusivas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos através de currículos adequados, de uma boa ...
	Entende-se que para um aluno, com necessidades específicas, ler e interpretar um enunciado podem ser um desafio muito maior do que para a maioria. No fim das contas, a interpretação pode não ser o objetivo final da avaliação, a não ser, é claro, que s...
	Avaliando um aluno com deficiência visual
	Avaliando um aluno com deficiência intelectual
	Avaliando um aluno surdo
	NAUJORKS, Maria I.STRESS E INCLUSÃO: indicadores de stress em professores frente à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais.

Outros materiais