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Fisiologia Endócrina - Lista de questões 1. Hormônios: o que te excita ou estimula? a. Definição e caracterização. Os hormônios são substâncias produzidas por glândulas endócrinas que auxiliam na regulação do metabolismo, balanço hídrico e comportamento e no processo de crescimento do corpo através da corrente sanguínea, atuando como mensageiros químicos que regulam as funções de seus respectivos órgãos alvo do corpo. Eles podem ser inibitórios, impedindo a continuação da função que o órgão alvo exerce, ou estimulatórios, incentivando que ela ocorra. Além disso, são produzidos por glândulas endócrinas presentes no hipotálamo, hipófise, testículos, ovários, entre outros. b. Principais funções. Os hormônios desempenham diversas funções como a regulação da atividade de glândulas e órgãos, regulando assim, diferentes funções do organismo, como o controle metabólico, homeostase, processo reprodutivo e até mesmo o comportamento humano. c. Classificação dos Hormônios: Síntese, Armazenamento, Transporte e Mecanismo de Ação. Os hormônios proteínas e polipeptídios são produzidos no RE (retículo endoplasmático) rugoso das células endócrinas na forma de um pré-pró-hormônio que se transforma em pró-hormônio no RE. Após isso, são transferidos para as vesículas secretoras do complexo de Golgi, transformando-os em hormônios inativos, sendo armazenados nessa vesícula até que o aumento da concentração de cálcio promova a exocitose, fazendo com que estes hormônios sejam liberados na corrente sanguínea. Os hormônios esteróides estão presentes na tireoide e na medula adrenal e são produzidos nas células glandulares por ação enzimática. Na tireoide, os hormônios se ligam à proteína tireoglobulina para serem armazenados e sendo liberados apenas com a quebra das ligações de amina dessa proteína, sendo então secretadas no sangue onde se ligam a tiroxina para desempenhar sua função nos tecidos alvos. Já os hormônios da medula adrenal são armazenados em vesículas até serem secretadas por exocitose. O transporte hormonal no sangue é efetuado de acordo com a sua solubilidade. Os hormônios hidrossolúveis se dissolvem na corrente sanguínea e são transportados até seus órgãos alvos, ligando-se aos receptores das células-alvos e iniciando uma cadeia de respostas ao estímulo. Já os hormônios esteróides e da tireoide são transportados por proteínas carreadoras, porém se tornam inativos quando ligados à elas devido ao tamanho, tornando-se ativos apenas quando ocorre o desacoplamento. Quando o hormônio encontra a célula alvo, ele necessita ser reconhecido por um receptor específico responsável para desencadear uma série de reações químicas. A resposta depende do tipo de receptor presente na célula, podendo desencadear um estímulo/resposta inibitória ou de estímulo. d. Principais tipos de receptores hormonais. Os receptores têm como função reconhecer os hormônios que se ligam às células, permitindo o início de sua ação na célula-alvo. Os receptores podem ser de membrana ou intracelulares. Além disso, esses receptores podem estar associados a canais iônicos, enzimas e à proteína G. e. Controle da liberação hormonal. Os mecanismos de controle da liberação hormonal acontecem pelos mecanismos de retroalimentação ou de respostas, podendo ocorrer de um hormônio sobre outro hormônio ou de um hormônio sobre outro órgão. O estímulo que pode ser recebido tanto por uma célula endócrina quanto por um neurônio provoca uma liberação de hormônios que podem ter sua concentração alterada a depender do feedback que essas células recebem. Há dois tipos de mecanismo de retroalimentação: o positivo e o negativo. O mecanismo de retroalimentação positiva ocorre quando há o aumento da concentração de um hormônio, provocando o aumento da concentração de outro hormônio Já o mecanismo de retroalimentação negativa ocorre quando o aumento da concentração de um hormônio leva a diminuição da concentração de um outro hormônio. 2. Eixo Hipotálamo-Hipófise: a Hipófise e sua relação com o Hipotálamo. a. Anatomia Fisiológica do Hipotálamo: localização e funções hipotalâmicas. O hipotálamo é um região do encéfalo que está localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise (no interior central dos dois hemisférios cerebrais). O hipotálamo tem como funções: controlar o sistema nervoso autônomo dos seres humanos; atua no controle da temperatura corporal; no controle e regulação dos processos da sede e fome; no controle das emoções e comportamentos; no processo de contração muscular (cardíaco e liso); Atua na regulação de secreção de diversas glândulas que produzem hormônios; age no controle de vários hormônios pela hipófise; age nos processos relacionados ao desejo sexual e regula os estados de consciência e ritmos circadianos. b. Anatomia Fisiológica da Hipófise: localização, divisão e funções hipofisárias. A hipófise é também chamada de pituitária, é uma glândula pequena situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. A hipófise é dividida em duas partes: hipófise anterior, conhecida como adeno-hipófise, e a hipófise posterior, também conhecida como neuro-hipófise. Entre essas duas porções há uma pequena parte, chamada de parte intermédia, que é pouco desenvolvida em humanos, mas é muito maior e mais funcional em alguns animais inferiores. A hipófise anterior é responsável pela secreção de hormônios importantes sendo estes: o hormônio do crescimento, que promove o crescimento de todo o organismo; o adrenocorticotropina (corticotropina) controla a secreção de alguns dos hormônios adrenocorticais que afetam o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras; o hormônio estimulante (tireotropina) que controla a secreção de tiroxina e da tri-iodotironina pela glândula tireoide, e esses hormônios controlam a velocidade da maioria das reações químicas intracelulares no organismo; a prolactina que promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção do leite e o hormônio folículo-estimulante e o luteinizante, que controlam o crescimento dos ovários e dos testículos, bem como suas atividades hormonais e reprodutivas. Já a hipófise posterior é responsável pela secreção do hormônio antidiurético que controla a excreção da água na urina e a ocitocina que auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias. c. Hormônios Hipofisários e Hipotalâmicos: interações e regulações. Quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos, vindos do hipotálamo. A secreção efetuada pela região posterior da hipófise é controlada por sinais neurais que têm origem no hipotálamo e terminam na região hipofisária posterior. Por outro lado, a secreção da região anterior da hipófise é controlada por hormônios, chamados de hormônios liberadores e hormônios (ou fatores) hipotalâmicos inibidores, secretados pelo próprio hipotálamo e que são levados para os vasos sanguíneos chamados de vasos porta hipotalâmico-hipofisários. Na hipófise anterior, esses hormônios liberadores e inibidores agem sobre as células glandulares, de modo a controlar sua secreção. O hipotálamo atua também como um centro coletor e receptor de informações externas e relativas ao bem-estar interno do organismo, e grande parte dessa informação é utilizada para controlar as secreções dos vários hormônios hipofisários. Para a maioria dos hormônios da hipófise anterior, os hormônios liberadores são importantes, exceto no caso da prolactina, em que um hormônio inibidor hipotalâmico exerce o maior controle. Os principais hormônios hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos são que atuam no controle da hipófise: o hormônio liberador de tireotropina (TRH), que provoca a liberação do hormônio estimulante da tireoide; o hormônio liberador de corticotropina (CRH), que provoca a liberação do hormônio adrenocorticotrópico; o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), que provoca a liberação do hormônio do crescimentoe do hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), também chamado de somatostatina, que inibe a liberação do hormônio do crescimento; o hormônio liberador da gonadotropina (GnRH), que leva à liberação de dois hormônios gonadotrópi- cos, o hormônio luteinizante e o hormônio folículoestimulante e o hormônio inibidor da prolactina (PIH), que leva à inibição da secreção da prolactina. d. Sistema porta hipotálamo-hipófise. O hipotálamo é responsável por controlar as secreções hipofisárias por meio de secreções hormonais e sinais nervosos. A secreção da hipófise anterior é controlada por hormônios hipotalâmicos liberadores e inibidores, que são hormônios secretados no hipotálamo e enviados para a hipófise anterior através de vasos sanguíneos chamados vasos portais hipotalâmicos-hipofisários. Esses vasos passam pela porção inferior do hipotálamo que é chamada de eminência mediana e é onde os hormônios hipotalâmicos são liberados. Ao contrário da hipófise anterior, que sintetiza e secreta seus hormônios, a hipófise posterior não sintetiza, ela apenas secreta os hormônios que são sintetizados no hipotálamo. Fibras nervosas e tratos que nervosos que se originam no hipotálamo, nos núcleos supraóticos e paraventricular se ligam à hipófise posterior pelo pendúnculo hipofisário. Os hormônios são sintetizados nos corpos celulares dos núcleos supraóticos e paraventriculares do hipotálamo, sendo transportados em associação com algumas proteínas por esses feixes nervosos até chegarem nas terminações nervosas da hipófise posterior. e. Mecanismos de controle (retroalimentação) da liberação hormonal do eixo. Ao longo do dia, ocorre uma variação dos níveis hormonais presentes no organismo, essa variação é determinada pela integração de vários mecanismos de controle, sendo estes o controle neural, hormonal e por nutrientes e íons. Esses mecanismo de regulação da síntese e secreção hormonal podem ser classificados em retroalimentação positiva e negativa. Na retroalimentação positiva ocorre a intensificação do estímulo pelo hormônio a partir da resposta gerada, aumentando cada vez mais a liberação hormonal. Já na negativa, ocorre a inibição do estímulo inicial da secreção do hormônio a partir da resposta gerada, diminuindo a sua própria liberação, podendo ser uma resposta biológica ou de eixo. O mecanismo de retroalimentação negativa de resposta biológica são determinados pelo próprio efeito biológico do hormônio, como no caso da insulina que é liberada em resposta ao aumento da glicose no organismo e ao agir nas células-alvo, induz a captação dessa glicose, reduzindo, consequentemente, os níveis de glicemia e cessando o estímulo principal e inicial da secreção da insulina. Já o mecanismo de retroalimentação de eixo não depende da resposta biológica hormonal, mas da própria concentração do hormônio, por exemplo, a secreção de testosterona que é regulado pela secreção hipotalâmica do hormônio liberador de gonadotrofina, que aumenta a secreção do hormônio luteinizante LH da adenohipófise. O LH estimula a síntese e secreção da testosterona nos testículos e, igualmente nos níveis séricos de testosterona, por sua vez, inibe a secreção de GNRH e de LH, regulando a concentração sérica de testosterona. 3. Hormônio do Crescimento (GH): a. Caracterização e funções e efeitos fisiológicos; O hormônio do crescimento, também chamado de hormônio somatotrópico ou somatotropina, é a molécula pequena de proteína, contendo 191 aminoácidos em cadeia única, com peso molecular de 22.005. Ele provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo, que são capazes de crescer. Promove não só o aumento de tamanho das células do número de mitoses, promovendo sua multiplicação e diferenciação específica de alguns tipos celulares, tais como as células de crescimento ósseo e células musculares iniciais. Além disso, o GH causa o aumento da síntese de proteínas, na maioria das células do corpo; aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos, como fonte de energia; e redução da utilização da glicose pelo organismo. Assim, de fato, o hormônio do crescimento aumenta a quantidade de proteína do corpo, utiliza as reservas de gorduras e conserva os carboidratos. b. Efeitos fisiológicos “adversos” (colaterais). Devido a sua capacidade em mobilizar gorduras e o seu efeito anabólico protéico, o GH em excesso pode causar uma grande mobilização de gorduras, causando a cetose (acúmulo de gordura no plasma) e a esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado). Além disso, sua quantidade em excesso reduz a captação de glicose, aumentando a glicólise hepática e, consequentemente, causando uma maior síntese de insulina devido a maior quantidade de glicose no sangue, tendo então efeitos diabetogênicos. 4. Hormônios Metabólicos da Tireóide: a. Caracterização, síntese e secreção dos Hormônios Tireoideanos; Os hormônios tireoideanos são hormônios com efeito a longo prazo (similares aos glicocorticóides). Não são essenciais à vida, porém são essenciais para o desenvolvimento e crescimento normais das crianças, além de desempenharem um importante papel na regulação da temperatura corporal e do humor, afetam a qualidade de vida das pessoas. Os hormônios tireoideanos são sintetizados e secretados pela glândula tireoide, localizada abaixo da laringe e ocupando as regiões laterais e anterior da traquéia, sendo uma das maiores glândulas endócrinas dos seres humanos. Essa glândula secreta dois hormônios principais, a tiroxina e a tri-iodotironina, usualmente chamados de T4 e T , respectivamente. Além disso, a tireóide secreta a calcitonina, hormônio importante para o metabolismo do cálcio e é a é controlada, principalmente, pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), secretado pela hipófise anterior. A síntese e a secreção dos hormônios tireoideanos ocorrem a partir de células foliculares que sintetizam enzimas e a proteína tireoglobulina, liberando-as para a coloide. No cotransporte de sódio e iodo, o iodo é levado para dentro das células, lá o transportador pendrina o leva também para o colóide, onde acabam por adicionar iodo à tirosina para que ocorra a síntese da T3 e T4. A tireoglobulina é capturada de volta para dentro das células por vesículas, após isso enzimas intracelulares separam a T3 e T4 da proteína tireoglobulina, assim a T3 e T4 ficam livre para entrarem na circulação sanguínea. b. Efeitos Fisiológicos dos Hormônios Tireoideanos; Os hormônios tireoideanos possuem alguns efeitos fisiológicos gerais e específicos. Em geral, estes hormônios causam o aumento da atividade metabólica dos tecidos corporais, gerando o aumento da produção de energia, aumento da velocidade de crescimento das crianças e o aumento da atividade mental. Além disso, tais hormônios causam também o aumento da biogênese mitocondrial, elevando o número e tamanho das mitocôndrias e, consequentemente, a síntese de ATP. Os hormônios tireoidianos também aumentam o transporte ativo de íons através das membranas celulares. Em relação aos efeitos fisiológicos específicos, os hormônios tireoideanos efeitos no crescimento e maturação do cérebro na vida fetal e pós-natal inicial, além do crescimento ósseo corporal; geram o aumento metabolismo carboidratos e lipídeos, a diminuição da síntese de colesterol e triglicerídeos plasmáticos e a elevação da taxa metabólica basal; eles também causam efeitos no sistema cardiovascular, gerando o aumento do fluxo sanguíneo, do débito cardíaco e da frequência e força cardíaca, e, além disso colaboram para uma maior velocidade da cognição e pensamento e maiores níveis de irritabilidade quando em excesso. c. Regulação da secreção. Para manter níveis normais de atividade metabólica no organismo, quantidade precisa de hormônio tireoidiano deve ser secretada a cada momento, para atingir esse objetivo, mecanismos específicos de feedback operam por meio do hipotálamoe da hipófise anterior, para controlar a secreção tireoidiana. O TSH (hormônio secretado pela hipófise anterior) causa o aumento da secreção tireoidiana ao gerar o aumento da proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos, aumento da atividade da bomba de iodeto que aumenta a “captação de iodeto” pelas células glandulares, aumento da iodização da tirosina, formando os hormônios tireoidianos, aumento do tamanho e atividade secretória das células tireoidianas e o aumento do número de células tireoidianas. 5. Pâncreas Endócrino: Insulina, Glucagon e Diabetes Mellitus. a. Anatomia Fisiológica do Pâncreas; O pâncreas é um órgão relativamente pequeno que pesa no adulto cerca de 100 gramas e mede cerca de 15 cm. Situa-se em condições normais na porção superior do abdômen, abaixo do estômago e é interligado por um canal ao duodeno; é dividido em partes denominadas: cabeça, corpo e cauda. Este órgão é classificado como uma glândula anfícrina, por possuir uma porção exócrina e outra endócrina, que fazem parte do sistema digestório humano. A porção do pâncreas que exerce função exócrina é responsável pela síntese do suco pancreático, que contém enzimas que atuam na digestão de carboidratos (amilase pancreático), lípidos (lípase pancreática) e proteínas (proteases: quimiotripsina e carboxipeptidase). A porção do pâncreas que desempenha uma função hormonal ou endócrina é formada pelas Ilhotas de Langerhans, que se constituem por dois tipos de células: as betas, responsáveis pela produção de insulina, e as células alfa, que produzem o glucagon. Ambos os hormônios são responsáveis pela manutenção de níveis ideais de glicose no sangue, ambos com efeitos contrários, diminuindo e aumentando respectivamente os valores da glicose no sangue. b. Insulina: efeitos fisiológicos, mecanismos de estímulo e regulação da secreção; A insulina é um hormônio associado à abundância de energia, pois quando há uma grande abundância de alimentos muito energéticos na dieta, em especial quantidades excessivas de carboidratos, a secreção aumenta. Ela também facilita o transporte da glicose através da membrana celular: sinalização para síntese e inserção de GLUT-4. Além disso, ela faz parte do processo de armazenamento do excesso de energia. No caso de excesso de carboidratos, a insulina faz com que sejam armazenados sob a forma de glicogênio, principalmente no fígado e nos músculos. Também promove a captação, o armazenamento e a utilização da glicose hepática, promovendo a conversão do excesso de glicose em ácidos graxos e inibe a gliconeogênese no fígado. A insulina também faz parte do processo de síntese e armazenamento de proteínas, que possui efeito direto no desenvolvimento e crescimento de crianças. A insulina é produzida quando há uma grande quantidade de glicose na corrente sanguínea. Tal alta taxa de glicose estimula a produção da insulina nas células beta, presentes no pâncreas, sendo então direcionada ao fígado, onde a glicose é absorvida e armazenada na forma de glicogênio. Para que o mecanismo de regulação da secreção da insulina aconteça, ocorre o aumento da glicose plasmática causando a ativação da síntese dessa glicose pela síntese pela célula β-pancreática. Isso gera a liberação da insulina no plasma e ações no fígado que absorve a glicose e a armazena em forma de glicogênio, também ocorrem ações no músculo esquelético. Ocorre então a diminuição da glicose plasmática e a inibição da síntese na célula β-pancreática. c. Glucagon: efeitos fisiológicos, mecanismos de estímulo e regulação da secreção. O hormônio Glucagon tem como função promover uma elevação nos níveis de glicose no sangue e a gliconeogênese hepática. Um aumento acima do normal dos níveis de glicose no sangue causa uma retroalimentação negativa, levando a uma inibição da circulação desse hormônio na corrente sanguínea. Entretanto, quando se ingere muita proteína, os níveis de aminoácidos no sangue sobem, o que acarreta em um aumento da secreção desse hormônio. Tal fenômeno também ocorre quando a pessoa realiza um exercício muito pesado, aumentando a concentração de glucagon no sangue. 6. Fisiologia dos Hormônios Femininos: a. Ciclo ovariano mensal: função dos hormônios gonadotrópicos; Tanto o FSH quanto o LH estimulam suas células-alvo ovarianas ao se combinar com receptores muito específicos de FSH e LH, nas membranas das células-alvo ovarianas. Os receptores ativados, por sua vez, aumentam a secreção das células e, em geral, também o crescimento e a proliferação das células. Quase todos esses efeitos estimuladores resultam da ativação do sistema do segundo mensageiro do monofosfato cíclico de adenosina, no citoplasma celular, levando à formação da proteinocinase e múltiplas fosforilações de enzimas-chave que estimulam a síntese dos hormônios sexuais produzidos nos ovários (estrogênio e progesterona). b. Funções dos Hormônios Ovarianos: estradiol e progesterona; O estrogênio tem como função aumentar o tamanho da genitália externa feminina (grandes e pequenos lábios, vagina) e causar o aparecimento de pelos pubianos; também é responsável por aumentar o tamanho útero, ovários e trompas de falópio. No endométrio, ele é responsável pela proliferação do estroma endometrial e desenvolvimento de glândulas endometriais. Nas trompas de falópio, causa o aumento do número de células epiteliais e tecidos glandulares de revestimento. Nas mamas é responsável pelo desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, pelo crescimento de um vasto sistema de dutos e pela formação de depósito de gorduras. No esqueleto, causa inibição da atividade osteoclástica, gerando o desenvolvimento ósseo. Em questões metabólicas gera o aumento da proteína corporal total, na TMB e no aumento do depósito de gorduras nos tecidos subcutâneos. Já a progesterona, em sua função no útero, causa alterações no endométrio uterino e o aumento da atividade secretória, além da preparação do útero para implantação do óvulo fertilizado e a diminuição da frequência e intensidade das contrações uterinas. Nas mamas, a progesterona atua no desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos mamários, no aumento das células alveolares e desenvolvimento da atividade secretória e causa inchaço nas mamas devido ao desenvolvimento secretório dos lóbulos e alvéolos e ao aumento do líquido no tecido subcutâneo. c. Regulação do Ritmo mensal feminino. A cada 28 dias mais ou menos, hormônios gonadotróficos da hipófise anterior fazem com que cerca de oito a 12 novos folículos comecem a crescer nos ovários. Um desses folículos finalmente “amadurece” e ovula no 14 dia do ciclo. Durante o crescimento dos folículos é secretado, principalmente, estrogênio. Depois da ovulação, as células secretoras dos folículos residuais se desenvolvem em corpo lúteo que secreta grande quantidade dos principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona. Depois de outras 2 semanas, o corpo lúteo degenera, quando então os hormônios ovarianos estrogênio e progesterona diminuem bastante, surgindo a menstruação. Um novo ciclo ovariano, então, segue. 7. Ritmos Biológicos - Fisiologia do Sono: a. Ondas do sono Ondas alfa: ondas que estão presentes quando se está acordado, porém em um estado relaxado; Ondas beta: ondas que estão presentes quando se está acordado e em estado de alerta além de aparecerem durante o sono REM também conhecido como fase 5; Ondas teta: ondas presente nas fases 2 e 3 do sono Ondas deltas: ondas de sono lentas presentes na fase 4 do sono. As ondas de sono lentas estão presentes nas fases de 1 a 4 do sono caracterizada pela ausência de movimentos oculares rápidos (NREM) enquanto as ondas rápidas estão presentes no sono REM, ou seja, na fase 5 do sono. b. Teorias básicas do sono Há algumas teorias básicas que explicam o sono e seu processo. Uma delas é que uma parte do cérebro nunca dorme e é responsável por inibir a função de outras áreas, o que leva a esse estado de inconsciência entendido por sono. Outra delasé que várias áreas do cérebro podem ser estimuladas e ocasionarem o sono, porém a região dos núcleos da rafe parece possuir uma maior importância, sendo neste local que ocorre a produção de serotonina, substância que tem um papel importante nesse processo de adormecer. A última teoria diz respeito a essa transição entre sono e vigília em que quando os centros de sono não estão ativados ocorre uma ativação do córtex cerebral por conta da ativação dos núcleos reticulares o que acarreta em um feedback positivo para aumentar mais ainda a ativação desses núcleos. Quando esses neurônios se cansam pelo passar do dia, esse feedback diminui o que leva a uma desativação do córtex cerebral e, por consequência, há o retorno ao sono. c. Efeitos fisiológicos do sono Os efeitos fisiológicos do sono são muitos e não foram inteiramente descobertos, porém o sono saudável está associado a uma manutenção de peso saudável; a redução do estresse; a melhora da aprendizagem, do humor, da sociabilidade, do funcionamento cognitivo e da memória; a diminuição o risco de desenvolver doenças como diabetes e problemas cardiovasculares e a menor incidência de resfriados, pois a privação do sono leva a um processo inflamatório, afetando também o sistema imunológico. d. Papel da melatonina A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal naturalmente, tendo sua produção influenciada pelo grau de claridade do ambiente, ou seja, em ambientes claros, ocorre a inibição da produção desse hormônio, enquanto em ambientes escuros ocorre a estimulação para se produza a substância. Ela é a reguladora do ciclo circadiano, sendo que sua produção leva ao sono, além de ser um hormônio com ação antioxidante, fortalecendo o sistema imunológico. Referências GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. PORTAL EDUCAÇÃO. Anatomia e fisiologia do pâncreas. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/anatomia-e-fisiologia- do-pancreas/34817. Acesso em: 28 jun. 2021. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/anatomia-e-fisiologia-do-pancreas/34817 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/anatomia-e-fisiologia-do-pancreas/34817
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