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GUYTON - CAPITULO 76 - Hipofise hipotalamo

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P3 - Fisiologia
Capítulo 76 – Hormônios hipofisários e seu controle pelo hipotálamo
A HIPÓFISE E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO
Adenohipofise e neurohipofise
A hipófise também conhecida como glândula pituitária é uma glândula bem pequena localizada na silla turca, se divide em duas partes, o lóbulo anterior ou adenohipofise e o lóbulo posterior ou neurohipofise, no meio dessas partes esta a parte intermedia pouco desenvolvida nos humanos.
A adenohipofise secreta seis hormônios peptídicos importantes e outros de menor importância, já a neurohipofise sintetiza dois hormônios peptídicos importantes.
• O hormônio do crescimento estimula o crescimento de todo o corpo através de sua ação na formação de proteínas e na multiplicação e diferenciação celular. 
• A corticotropina controla a secreção de alguns hormônios corticais adrenais, que, por sua vez, afetam o metabolismo da glicose, proteínas e lipídios. 
• A tireotropina (hormônio estimulador da tireoide) controla a secreção de tiroxina e triiodotironina pela glândula tireoide; por sua vez, esses hormônios regulam quase todas as reações químicas intracelulares que ocorrem no corpo. 
• A prolactina estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite. 
• Dois hormônios gonadotrópicos diferentes, hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante, controlam o crescimento dos ovários e testículos, bem como suas atividades hormonais e reprodutivas. Os dois hormônios secretados pela neuro-hipófise desempenham outras funções. 
• O hormônio antidiurético (também chamado vasopressina) controla a excreção de água na urina, ajudando assim a regular a concentração de água nos fluidos corporais. 
• A ocitocina contribui para a secreção de leite das glândulas mamárias para os mamilos durante a lactação; possivelmente, também intervém no parto, no final da gestação.
Tipos celulares da Adenohipofise.
•Para cada hormônio principal formado na adenohipofise, existe um tipo celular específico:
· Células Somatótropas (30-40%): hormônio do crescimento humano (GH)
· Células corticótropas (20%): corticotropina (ACTH)
· Células Tirótropas: tirotropina (TSH)
· Células gonadótropas: hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo estimulante (FSH)
· Células Lactótropas: Prolactina (PRL).
•As células Somatótropas e lactotropas são conhecidas como acidófilas, devido a sua coloração. Tumores hipofisário que secretam grandes quantidades de GH são conhecidos como tumores acidófilos.
Síntese dos hormônios neurohipofisarias
Os corpos das células que secretam hormônios neuro-hipofisários não são encontrados na própria neuro-hipófise
•Neurônios Magnocelulares: São neurônios grandes, localizados nos núcleos supraopticos e paraventriculares do hipotálamo, responsáveis em secretar os hormônios da Neurohipofise. Após a secreção dos hormônios, esses vão para a Neurohipofise.
O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISARIA
A secreção da neuro-hipófise é controlada por sinais nervosos que se originam no hipotálamo e terminam na neuro-hipófise. Em contraste, a secreção da adenohipofise é controlada por hormônios chamados hormônios hipotalâmicos (ou fatores) de liberação e inibição; eles são sintetizados no próprio hipotálamo e passam para a adenohipófise através de minúsculos vasos sanguíneos chamados vasos portais hipotálamo-hipófise. Esses hormônios liberadores e inibidores atuam nas células glandulares da adenohipófise e governam sua secreção. 
Sistema porta hipotalâmico hipofisário da adenohipofise
A adenohipófise é uma glândula altamente vascularizada que possui grandes seios capilares entre as células glandulares. Quase todo o sangue que entra nesses seios passa primeiro por outro leito capilar do hipotálamo inferior. Em seguida, o sangue flui através de pequenos vasos portais hipotálamo-hipófise e acessa os seios adeno-hipofisários. A porção mais baixa do hipotálamo, chamada eminência medial, anexada na parte inferior ao pedúnculo da hipófise. As artérias pequenas penetram na Eminência mediana e outros vasos de pequeno calibre retornam à sua superfície, onde se unem para formar o sistema portal hipotálamo-hipófise. Esses vasos descem ao longo da haste hipofisária e suprem os seios adeno-hipofisários.
· Os hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos se secretam na eminência média.
O hipotálamo tem diversas neuronas especiais que sintetizam e secretam os hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos encarregados de controlar a secreção dos hormônios adehipofisarios. Essas neuronas se originam em diversas partes e enviam suas fibras nervosas a eminência média e ao tuber cinereum, uma prolongação do tecido hipotalâmico no tallo hipofisário.
As terminações das fibras são diferentes do sistema nervoso central, porque elas não transmitem sinais de uma neurona a outra, mas secreta os hormônios liberadores e inibidores até os líquidos tissulares.
· Os hormônios liberadores e inibidores hipotalâmicos controlam a secreção da adenohipófise.
· Tiroliberina ou hormônio liberador de tireotropina (TRH), que induz a liberação de tireotropina. 
· Corticoliberina ou hormônio liberador de corticotropina (CRH), que produz a liberação de corticotropina. 
· Somatoliberina ou hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH), que produz a liberação do hormônio do crescimento e hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), também chamado somatostatina, que inibe a liberação do hormônio do crescimento.
· Gonadoliberina ou hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que produz a liberação de dois hormônios gonadotrópicos: hormônios luteinizantes (LH) e estimulador de folículos (FSH). 
· Hormônio Inibidor da Prolactina (PIH), que inibe a secreção de prolactina.
FUNÇÕES FISIOLOGICAS DO HORMONIO DO CRESCIMENTO
 Os outros hormônios adenohipofisarios exercem seus efeitos mediante a estimulação das glândulas efetoras, já o hormônio do crescimento não atua através de nenhuma glândula efetora especifica, só que exerce um efeito direto sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo
O hormônio do crescimento estimula o crescimento de muitos tecidos corporais
Também chamado de hormônio somatotrópico ou somatotropina. Exerce seu efeito sobre todos os tecidos do organismo; diferente dos outros hormônios, que tem seu estímulo realizado pelas células alvo, o GH não age por meio da glândula alvo. Favorece o aumento de tamanho das células e estimula a mitoses.
· Efeitos metabólicos do GH:
· Aumento da síntese proteica;
· Aumento de transporte de aminoácidos através das membranas celulares;
· Aumento da tradução RNA para novas sínteses proteicas;
· Aumento da transcrição nuclear de DNA para formar RNA;
· Redução do catabolismo de proteínas e aminoácidos.
· Aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo para uso de energia;
· Aumenta a liberação de ácidos graxos dos tecidos adiposos. (Energia maior que carboidratos)
· Intensifica a conversão de ácidos graxos em Acetil –CoA;
· Efeito Cetogênico: Excesso de GH mobiliza graxas de maneira elevada no fígado, formando Cetose.
· Reduz a utilização de Glicose pelo organismo.
· Induz uma resistência à insulina;
· Diminui a captação de glicose;
· Aumenta a produção hepática de glicose;
· Aumenta a secreção de insulina.
· Diabetógenos: Secreção excessiva de GH provoca alterações similares a diabetes II.
· Resumindo: Aumenta a quantidade de proteína, utiliza os depósitos de lipídios e conserva os carboidratos.
· OBS: GH necessita de carboidratos e insulina para exercer suas funções.
· Crescimento de Cartilagem e ossos: É o efeito mais obvio do GH.
· Somatomedinas: Pequenas proteínas formadas pelo fígado devido a ação do GH que exercem efeito estimulador do crescimento ósseo.
· Fatores de crescimento pseudoinsulinico (IGF): Efeito semelhante a insulina.
· Somatomedinas C ou IGF-1: É a somatomedina mais importante. Sua concentração no plasma está estritamente relacionada com a velocidade de secreção de GH.
· Regulação da secreção de GH
· Depois da adolescência, a secreção diminui lentamente até alcançar os 25%.
· Fatores que estimulam a secreçãode GH: Diminuição de glicose no sangue, diminuição de ácidos graxos livres no sangue, aumento dos aminoácidos, privação ou jejum, deficiências de proteínas, traumatismos, estresse, excitação, exercícios, hormônios.
· Fatores que inibem a secreção de GH: Aumento de glicose sérica, aumento de ácidos graxos livres no sangue, envelhecimento, obesidade, hormônio inibidor de GH, Somatomedinas.
Hipotálamo, GHRH e somatomedina
· GHRH - Hormônio liberador de GH: Responsável pela maior parte do controle da secreção do GH. 
· É secretado pelo núcleo ventromedial, uma área sensível a concentração de glicose. Área responsável pela saciedade nos estados hiperglicêmicos e a fome nos estados hipoglicêmicos.
· Somatomedina: Hormônio inibidor da liberação de somatomedina: Secretado em outras áreas adjacentes ao hipotálamo.
A NEUROHIPOFISE E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTALAMO
A neuro-hipófise, também conhecida como hipófise posterior ou lobo posterior da hipófise, é composta principalmente de células do tipo glial, chamadas pituicitos. Essas células não secretam hormônios, mas são meramente estruturas de suporte para muitas fibras nervosas terminais e terminações nervosas das vias dos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo. Essas vias acessam a neuro-hipófise através do pedúnculo pituitário. As terminações nervosas são nódulos bulbosos providos de numerosos grânulos secretores. Essas terminações repousam na superfície dos capilares, aos quais dois hormônios neuro-hipofisários secretam: 1) hormônio antidiurético (ADH), também chamado vasopressina; e 2) ocitocina
O ADH é formado principalmente no núcleo supraóptico, enquanto a ocitocina é formada principalmente no paraventricular. Cada um desses núcleos pode sintetizar, além do hormônio correspondente, até um sexto do outro. Quando os impulsos nervosos são transmitidos ao longo das fibras dos núcleos supraóptico ou paraventricular, os grânulos secretores das terminações nervosas liberam imediatamente o hormônio, através de um processo de secreção usual conhecido como exocitose, e o hormônio penetra nos capilares adjacentes. A neurofisina e o hormônio do crescimento são secretados ao mesmo tempo, mas, como sua ligação é relaxada, o hormônio se separa muito rapidamente. Depois de deixar as terminações nervosas, a neurofisina não tem função conhecida.
Funções fisiológicas do hormônio antidiurético
Em resumo, se não houver ADH, os túbulos e os ductos coletores serão praticamente impermeáveis ​​à água, o que impedirá sua reabsorção e induzirá uma extrema perda de líquido na urina, que será muito diluída. Pelo contrário, na presença de ADH, a permeabilidade dos dutos e túbulos coletores é bastante aumentada, de modo que quase toda a água é reabsorvida à medida que o líquido tubular passa por esses dutos, fazendo com que o corpo economize água e produza urina muito concentrada.
Regulação da produção de hormônio antidiurético
· O aumento da osmolalidade do líquido extracelular estimula a secreção de ADH.
Dentro ou perto do hipotálamo, existem receptores hormonais modificados chamados osmoreceptores. Quando o fluido extracelular se torna excessivamente concentrado, ele deixa a célula osmorreceptora por osmose, o tamanho da célula diminui e sinais nervosos adequados são acionados no hipotálamo para secretar mais ADH. Por outro lado, quando o fluido extracelular é excessivamente diluído, a água se move por osmose na direção oposta, para dentro das células e amortece o sinal para secreção de ADH.
· Um volume sanguíneo e uma pressão arterial baixos estimula a secreção de ADH: efeitos vasoconstritores da ADH.
Quando os níveis sanguíneos de ADH caem, a conservação da água renal aumenta, enquanto estão altos, exercem um efeito poderoso e contraem todas as arteríolas do corpo, com o consequente aumento da pressão arterial. Por esse motivo, o ADH também é chamado de vasopressina.
Funções fisiológicas da oxitocina
· A oxitocina produz a contração do útero gestante
Como o próprio nome indica, o hormônio ocitocina estimula fortemente a contração do útero na gravidez, especialmente no final da gravidez. Consequentemente, muitos obstetras acreditam que esse hormônio é responsável, pelo menos em parte, pela indução do parto. Essa opinião é corroborada pelos seguintes fatos: 1) quando a hipófise da mulher grávida é seccionada, a duração do período de dilatação aumenta bastante, indicando um possível efeito da ocitocina durante o trabalho de parto; 2) a concentração plasmática de ocitocina aumenta durante o trabalho de parto, especialmente na fase tardia, e 3) a estimulação do colo do útero da gestante desencadeia sinais nervosos para passar para o hipotálamo e aumentar a secreção de ocitocina.
· A oxitocina estimula a expulsão de leite pelas mamas
A ocitocina também desempenha um papel essencial na lactação; mais detalhes são conhecidos sobre essa função do que os relacionados ao nascimento. Durante a lactação, induz a expressão do leite dos alvéolos aos ductos mamários, para que a criança possa expressá-lo por sucção. O mecanismo é o seguinte: a estimulação por sucção no mamilo da mama desencadeia a transmissão de sinais através dos nervos sensoriais para os neurônios secretores de ocitocina dos núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo, fazendo com que a neurohipófise libere o hormônio. A ocitocina viaja através do sangue para os seios, onde induz a contração das células mioepiteliais que circundam e formam uma estrutura ao redor dos alvéolos das glândulas mamárias. Menos de 1 minuto após o início da sucção, o leite começa a fluir. Esse mecanismo é chamado de jato de leite ou ejeção de leite.

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