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Esporotricose: Causas, Sintomas e Tratamento

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1 Zoonoses 
Esporotricose 
Introdução 
 A esporotricose humana é uma micose 
subcutânea que surge quando o fungo do 
gênero Sporothrix entra no organismo, 
por meio de uma ferida na pele. 
 A doença pode afetar tanto humanos 
quanto animais. 
 A infecção ocorre, principalmente, pelo 
contato do fungo com a pele ou mucosa, 
por meio de trauma decorrente de 
acidentes com espinhos, palha ou lascas 
de madeira; contato com vegetais em 
decomposição; arranhadura ou 
mordedura de animais doentes, sendo o 
gato o mais comum. 
Principais formas clínicas da doença 
 Esporotricose cutânea: caracteriza-se por 
uma ou múltiplas lesões, localizadas 
principalmente nas mãos e braços. 
 
 Esporotricose linfocutânea: é a forma 
clínica mais frequente; são formados 
pequenos nódulos, localizados na camada 
da pele mais profunda, seguindo o trajeto 
do sistema linfático da região corporal 
afetada. A localização preferencial é nos 
membros. 
 Esporotricose extracutânea: quando a 
doença se espalha para outros locais do 
corpo, como ossos, mucosas, entre 
outros, sem comprometimento da pele. 
 Esporotricose disseminada: acontece 
quando a doença se dissemina para 
outros locais do organismo, com 
comprometimento de vários órgãos e/ou 
sistemas (pulmão, ossos, fígado). 
Causas 
 A esporotricose é causada por fungos do 
gênero Sporothrix. 
 Estes fungos podem apresentar duas 
formas no seu ciclo de vida: micelial (de 
filamentos) e levedura (parasitária). 
 Na forma micelial, o fungo está presente 
na natureza, no solo rico em material 
orgânico, nos espinhos de arbustos, em 
árvores e vegetação em decomposição. 
 A forma de levedura é a que pode 
parasitar o homem e animais. 
Transmissão 
 Os indivíduos geralmente adquirem a 
infecção pela implantação do fungo na 
pele ou mucosa por meio de um trauma 
decorrente de acidentes com espinhos, 
palha ou lascas de madeira; contato com 
vegetais em decomposição; ou 
arranhadura ou mordedura de animais 
doentes, sendo o gato o agente 
transmissor mais comum. 
Sintomas 
 Os sintomas da esporotricose aparecem 
após a contaminação do fungo na pele. 
 O desenvolvimento da lesão inicial é 
bem similar a uma picada de inseto, 
podendo evoluir para cura espontânea. 
 Em casos mais graves, por exemplo, 
quando o fungo afeta os pulmões, podem 
surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e 
febre. 
 Na forma pulmonar, os sintomas se 
assemelham aos da tuberculose. Mas o 
fungo também pode afetar os ossos e 
articulações, manifestando-se como 
 
 
 
2 Zoonoses 
inchaço e dor aos movimentos, bastante 
semelhantes ao de uma artrite infecciosa. 
 As formas clínicas da doença vão 
depender de fatores como o estado 
imunológico do indivíduo e a 
profundidade da lesão. 
 O período de incubação é variável, de 
uma semana a um mês, podendo chegar a 
seis meses após a inoculação, ou seja, a 
entrada do fungo no organismo humano. 
Diagnóstico 
 A esporotricose pode ser diagnosticada 
por meio de uma correlação entre dados 
clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. 
 A confirmação diagnóstica laboratorial é 
feita por meio do isolamento do fungo 
obtido de material de biópsia ou aspirado 
de lesões. 
 Nos casos mais graves, outras amostras, 
tais como escarro, sangue, líquido 
sinovial e líquor podem ser analisadas, de 
acordo com os órgãos afetados. 
 Técnicas sorológicas são ferramentas 
diagnósticas que auxiliam no resultado 
rápido tanto nos indivíduos que 
apresentam formas clínicas cutâneas 
quanto atípicas, inclusive manifestações 
sistêmicas de esporotricose. 
 O resultado negativo em amostras 
suspeitas não afasta o diagnóstico. 
Tratamento 
 O tratamento deve ser realizado após a 
avaliação clínica, com orientação e 
acompanhamento médico. 
 A duração do tratamento pode variar de 
três a seis meses, ou mesmo um ano, até a 
cura do indivíduo. 
 Os antifúngicos utilizados para o 
tratamento da esporotricose humana são 
o itraconazol, o iodeto de potássio, a 
terbinafina e o complexo lipídico de 
anfotericina B, para as formas graves e 
disseminadas. 
 O Sistema Único de Saúde, por meio da 
Secretaria de Vigilância em Saúde, 
oferece gratuitamente o itraconazol e o 
complexo lipídico de anfotericina B para 
o tratamento da esporotricose humana. 
Prevenção 
 A principal medida de prevenção e 
controle a ser tomada é evitar a exposição 
direta ao fungo. 
 É importante usar luvas e roupas de 
mangas longas em atividades que 
envolvam o manuseio de material 
proveniente do solo e plantas, bem como 
o uso de calçados em trabalhos rurais. 
 Os indivíduos com lesões suspeitas de 
esporotricose devem procurar 
atendimento médico, preferencialmente 
um dermatologista ou infectologista, para 
investigação, diagnóstico e tratamento. 
 Toda e qualquer manipulação de animais 
doentes pelos seus donos e veterinários 
deve ser feita com o uso de equipamentos 
de proteção individual (EPI). 
 Além disso, animais com suspeita da 
doença não devem ser abandonados, 
assim como o animal morto não deve ser 
jogado no lixo ou enterrado em terrenos 
baldios, pois isso manterá a 
contaminação do solo. 
 Recomenda-se a incineração do corpo do 
animal, de maneira a minimizar a 
contaminação do meio ambiente e, 
assim, interromper o ciclo da doença. 
 
 
 
3 Zoonoses 
Orientações para os profissionais de 
saúde 
 Diante da evidência da transmissão 
zoonótica da esporotricose, os 
profissionais de saúde mais expostos ao 
risco de infecção pelo fungo são os 
médicos veterinários, técnicos e 
estudantes de veterinária, assim como 
profissionais de outras especialidades 
médicas (dermatologia, oftalmologia etc.). 
 Também estão sujeitos ao risco de 
infecção os donos de gatos, os tratadores 
e os profissionais de laboratório que 
manipulam culturas de Sporothrix spp., 
bem como os indivíduos que ofertam 
serviços e comodidades aos animais 
domésticos, além de jardineiros, 
madeireiros e sapateiros. 
 Os equipamentos de proteção individual 
(EPI) indispensáveis aos profissionais de 
saúde são aventais de mangas longas, 
luvas, touca, máscara e óculos de 
proteção, principalmente para realização 
de procedimentos que envolvam riscos de 
respingos. 
 Para os demais profissionais, há a 
recomendação do uso de luvas grossas. 
 O risco de acidentes é atenuado quando 
os profissionais fazem a contenção do 
fungo de modo correto, tanto física como 
quimicamente. 
 Recomenda-se a higienização das mãos 
antes e depois do contato com o animal 
com solução antisséptica degermante 
(PVP-iodo ou clorexidina) para prevenção 
de infecção cruzada. 
 Se ocorrer acidente de trabalho com 
sangue e outros fluidos orgânicos 
potencialmente contaminados, lavar o 
local imediatamente com água e sabão e, 
logo após, procurar assistência médica. 
 
 Recomenda-se, ainda, a lavagem exaustiva 
com água e sabão em caso de lesões 
provocadas por instrumentos perfurantes 
ou cortantes (ex.: agulhas, lâminas de 
bisturi, vidrarias etc.). 
 Nos casos de ocorrência de respingos na 
face envolvendo as mucosas ocular, oral e 
nasal, está recomendada a lavagem 
exaustiva do local com água ou solução 
fisiológica. 
 Os locais e equipamentos de assistência 
ao animal devem ser limpos, 
desinfetados ou esterilizados, de acordo 
com a classificação do artigo, após o uso e 
entre o atendimento com animais. Ex: 
após consulta. 
 Quanto ao ambiente, devem-se seguir os 
procedimentos de rotina para adequada 
limpeza e descontaminação das 
superfícies ambientais. 
Quais orientações para os donos de 
animais 
 Todo animal doente com suspeita de 
esporotricose precisa ser isolado das 
pessoas e de outros animais. 
 As manifestações clínicas mais 
observadas no gato são feridas localizadas 
na face, especialmente no focinho, 
orelhas e patas, embora possam estar 
localizadas em qualquer parte do corpo 
do animal 
 Também pode haver áreas de alopecia 
(sem pelo) - orelha, cabeça e focinho 
primeiros lugares que começam a cairpelos 
 O uso de luvas é recomendado no 
manuseio do animal. 
 Este deverá ser levado ao veterinário para 
a confirmação do diagnóstico e 
tratamento. 
 
 
 
4 Zoonoses 
 Uma vez confirmada a doença, o animal 
deverá ser separado do convívio das 
pessoas da residência, principalmente de 
crianças, e recolhido em um local seguro. 
 Seus utensílios, brinquedos e outros 
objetos precisam ser lavados com água e 
sabão e desinfetados diariamente (tudo 
que o animal teve contato). 
 Em caso de morte do animal, este não 
deverá ser enterrado ou jogado no lixo, e 
sim encaminhado ao veterinário para 
incineração o mais rápido possível. 
 Os locais onde o animal habitava 
precisam ser descontaminados, 
preferencialmente com hipoclorito de 
sódio.

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