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Design Estrategico para redes de projeto

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X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq 
Centro Universitário Ritter dos Reis 
X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação 
SEPesq – 20 a 24 de outubro de 2014 
 
 
Design Estratégico para redes de projeto. 
Anerose Perini 
Esp. em Moda; Me. em Design Estratégico. 
Centro Universitário Ritter dos Reis - UniRitter 
anerose_perini@uniritter.edu.br 
 
 
Resumo: O presente artigo busca compreender a lógica das redes apresentada por Castells e 
Capra e sua aplicabilidade em uma organização que trabalha em rede, o portal de pesquisa de 
moda on-line UseFashion. Por ser uma rede de atuação com mais de cem collhunters, que 
trabalham em rede distribuídos nos cinco continentes, disponibiliza para seus assinantes, 
informações de moda e mercado para gerar pesquisas adaptadas ao mercado brasileiro. Por se 
tratar de uma pesquisa exploratória de âmbito qualitativo, tem como objetivo propor a discussão 
da sociedade em rede, o desenvolvimento de pesquisa colaborativa, e a proposta de informações 
de moda pertinentes para o mercado fashion. Com isso, objetiva-se nesse estudo, a partir da 
organização e do entendimento da sociedade, propor um modelo de representação gráfica do 
portal UseFashion. Desde sua proposta de pesquisa por colaboração, suas estratégias de 
disseminação de conhecimento em rede, e seu nível de informação teórico relevante para o 
design de moda. Para isso, propõe-se gerar premissas para possíveis pesquisas em redes de 
projeto, e assim, fomentar a troca de informação para pesquisas de design e outras áreas. 
Palavras Chave: Lógica das redes; UseFashion; Design Estratégico; Design de Moda. 
 
 
1. Introdução 
O presente artigo é baseado no portal de pesquisa de moda UseFashion, com isso, 
estipulou-se que o melhor método é a pesquisa exploratória qualitativa, que tem como 
princípio compreender a visão geral, aproximada, de determinado “problema”, para formular 
premissas de hipóteses que possam ser validadas em pesquisas futuras. Para isso, nesse 
artigo busca-se compreender como a teoria das redes, se aplica no portal UseFashion e 
como se dá sua atuação em rede, por meio da pesquisa documental e de revisão 
bibliográfica. 
 Por ser um tipo de pesquisa pouco efetuada na área de conhecimento do Design 
Estratégico, será abordado a temática de redes de projeto para melhor entendimento do 
portal de moda, e como esse interage com a sociedade em rede, com seus colaboradores, 
e seus clientes finais os designers de moda. Ao seguir as etapas de desenvolvimento da 
pesquisa documental, com a devida revisão bibliográfica, a primeira parte do estudo visa 
compreender a lógica das rede de Castells (1999), Capra (2005) e a teoria da complexidade 
proposta por Morin (2011). Além disso, será discutida a sociedade em rede e a colaboração 
aberta, para o desenvolvimento de projetos no ponto de vista de Verganti (2012). 
 
 
1.1 A lógica das redes 
 
 
X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq 
Centro Universitário Ritter dos Reis 
 
 
A lógica das redes, para Castells (1999), é proposta por estabelecer uma conexão 
entre o desenvolvimento histórico influenciado pelo desenvolvimento capitalista, e as 
necessidades de comunicação nos tempos de guerra. Consequentemente, isso induziu a 
aparição dos sistemas de tecnologia da informação e das trocas de informação mais 
aceleradas. Modificaram-se os cenários mundiais e os contextos sociais, econômicos, 
políticos e culturais que, em decorrência da revisão destes sistemas, o curso do sistema 
capitalista se transforma e interage de forma diferente em mercados financeiros globais. 
Estes sistemas são influenciados pelo desenvolvimento de tendências de mercado, que de 
forma desigual, atuam entre segmentos e territórios dinâmicos das sociedades sob a 
perspectiva da nova lógica de redes. 
Verganti (2012) afirma que para entender as mudanças que ocorrem na sociedade, 
cultura e tecnologia a empresa/organização necessita ter uma visão mais abrangente de 
mercado, para assim, impor estratégias para agir. A rede de conexões faz parte dessa 
visão, estimulada por processos mais abertos de troca de informação, compartilhamento de 
ideias e opiniões. O sistema de redes aberto é proposto por Capra (2005) como redes vivas 
que criam ou recriam a si mesmas continuamente, mesmo substituindo ou transformando 
seus componentes, essas redes sofrem mudanças estruturais contínuas e ao mesmo tempo 
conseguem preservar os padrões de organização. Essa dinâmica pode ser representada 
por uma teia de informações que compõe a estrutura da rede. 
Para Castells (1999) a teoria de redes pode ser compreendida de acordo com as 
transformações contextuais influenciadas pelos cursos do sistema da informação e nas 
tendências do mercado em desenvolvimento, em que; 
 
[...] um novo sistema de comunicação que fala cada vez mais uma língua universal 
digital tanto está promovendo a interação global da produção e distribuição de 
palavras, sons e imagens da cultura como personalizando-os ao gosto das 
identidades e humores dos indivíduos. As redes interativas de computadores estão 
crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, 
moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela. (CASTELLS, 1999, p. 
40) 
 
Capra (2005), aponta que “dispomos de uma linguagem eficaz para descrever e 
analisar os sistemas complexos” e que existe uma linguagem universal dentro dos sistemas 
de rede para facilitar a comunicação humana. Esta comunicação se dá na história da 
humanidade por meio de gestos e mímicas, que posteriormente transformou-se em 
linguagem universal de símbolos a serem compreendidos por diversas culturas distintas 
(CAPRA, 2005, p.10). 
A padronizando a língua universal digitalizada, promove assim, os canais de redes 
interativas em um ciclo de realimentação cumulativa entre a inovação e seu uso, em um 
sistema que se difunde com grande velocidade e ao mesmo tempo de forma irregular. No 
sistema de redes de inovação locais/globais, acontece uma dinâmica não linear na forma de 
sistemas vivos, que pode se relacionar por uma ou mais cadeias de intermediários, em um 
conjunto abrangente de conexões (CASTELLS, 1999). 
A comunicação por meio de internet, tem a capacidade de transformação e 
reconfiguração do meio, e consegue transformar-se em um sistema complexo flexível com 
 
 
X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq 
Centro Universitário Ritter dos Reis 
 
alto nível de informação. As configurações da rede se estabelecem por meio de autopoiese, 
em que ela se retroalimenta, como proposto por Castells (1999), a lógica das redes é um 
conjunto de relações que utiliza das novas tecnologias da informação para seu 
desenvolvimento. A rede consegue se adequar as interações complexas e aos modelos 
imprevisíveis que surgem por o seu uso, de forma flexível e não-estruturada. Com isso, a 
rede, acaba por ser uma “força motriz da inovação na atividade humana” (CASTELLS, 1999, 
p. 108). 
O sistema complexo para Capra (2005) é descrito como uma complexa teia de 
interligações dinâmicas e elos de “feedback loops” que regulam e interagem, direta e 
indiretamente através de atividades que independem deles, mas dependem de outros 
organismos. Estas estruturas complexas são capazes de se reproduzir a si mesmas. Já 
para Morin (2011) a complexidade é como um tecido, um complexo conjunto “de 
constituintes heterogêneas inseparavelmente associadas: ela se coloca no paradoxo do uno 
e do múltiplo” (MORIN, 2011, p. 13). 
A lógica das redes complexas atualmente se dá nas organizações por seu alto nível 
de tecnologias de informação, na apropriação das tecnologias, do número de conexões, de 
trocas de informação para gerar boas vantagens competitivas. Para melhor compreensão 
deste sistema de redes, a organização UseFashion, como portal de moda interativo para 
pesquisa de tendências e mercado, é necessário abarcar como se estrutura a sociedade em 
rede e as trocas de informação. 
 
1.2 A sociedadeem rede 
 
Por ser um processo acelerado de troca de informações pela rede a empresa tem 
como grande aliado a tecnologia. Isso, na lógica de redes compreende-se como o processo 
que a modernização tecnológica é capaz de mudar o destino das economias, do poder e do 
bem-estar social na evolução histórica e na transformação social. Castells (1999) afirma que 
a sociedade começa sua formação em redes a partir da personalização itinerante, 
conhecida como a internet. Salvo que a tecnologia não determina o que é a sociedade mas 
a evolução tecnológica consegue modificar como a sociedade se comunica, pois “[...] a 
tecnologia é a sociedade, e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas 
ferramentas tecnológicas” (CASTELLS, 1999, p. 43) 
Desta mesma forma Capra (2005) compõe o pensamento de Castells (1999) quando 
afirma que a evolução da tecnologia está ligada ao aspecto essencial da natureza humana, 
e se tornam inseparáveis na evolução da linguagem e da consciência do homem. Nas 
sociedades modernas as ideias, valores, crenças e formas diversas de conhecimento, são 
gerados sistemas sociais que constituem de significados próprios da organização em rede. 
Estes padrões de rede corporificam-se na tecnologia, pois esta força tende a disseminar os 
significados comuns gerados pelas comunicações sociais. 
A comunicação mediada pela tecnologia gera uma gama enorme de comunidades 
virtuais, compreendidas por Castells (1999) como a nova identidade do ser em rede, no seu 
processo de reconhecimento de ator social que constrói um significado com base em 
determinado atributo ou gama de atributos sociais. A formação de redes ou de sistema de 
informação subverte o conceito ocidental tradicional do sujeito separado e independente, 
este ser depende da rede para existir; 
 
 
X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq 
Centro Universitário Ritter dos Reis 
 
Quando a Rede desliga do Ser, o Ser, individual ou coletivo, constrói seu significado 
sem a referência instrumental global: o processo de desconexão torna-se reciproca 
após a recuso, pelos excluídos, da logica unilateral de dominação estrutural e 
exclusão social (CASTELLS, 1999, p.60) 
Esta interação com o meio por sistema tem sua própria lógica embutida, 
caracterizada pela capacidade de transformar todas as informações de um sistema comum 
de informação, processando-os em velocidade e capacidade cada vez maiores, e com custo 
cada vez mais reduzido em uma rede de distribuição potencial. Este sistema se difunde com 
grande velocidade por todo o mundo, mesmo que de forma irregular. Neste processo de 
transformação tecnológica, Castells (1999) classifica como ponto principal a aplicação 
desses conhecimentos e informações para capacitar dispositivos de comunicação de 
informação, em um ciclo de realimentação cumulativa entre a inovação e seu uso. 
A sociedade em rede interage e transforma estes processos ao dar suportes 
materiais de fluxos de informação através da economia, política, cultura e simbolismos. 
Capra (2005) adverte que a prática das tecnologias da informação surgiram das redes 
sociais que tomaram conta do universo de comunicação; 
 
Para que uma organização seja viva, porém, a existência de redes sociais não é 
suficiente; é preciso que sejam redes de um tipo especial. As redes vivas [...] são 
autogeradoras. Cada comunicação gera pensamentos e um significado, os quais dão 
origem a novas comunicações. Dessa maneira, a rede inteira gera a si mesma, 
produzindo um contexto comum de significados, um corpo comum de conhecimentos, 
regras de conduta, um limite e uma identidade coletiva para os seus membros 
(CAPRA, 2005, p. 119) 
Nesse tempo virtual em que a sociedade se divide em atemporalidade e 
simultaneidade por conta das redes, pode-se compreender que o fluxo de informações e 
pertinência das mesmas foge da lógica de hierarquização. As informações se transformam 
de forma simultânea, e em rede, podem ser rapidamente adquiridas por diversos usuários 
que estejam conectados à internet. Esta dinâmica mais flexível de comunicação da 
sociedade em rede pode alcançar um maior grau de informações pertinentes e trocas de 
conhecimentos entre portal UseFashion, collhunters, colaboradores internos da matriz, e 
sociedade. Isso, pode auxiliar na modificação de processos de pesquisa e inovação de 
produtos e serviços, a partir das informações disponibilizadas em rede. 
 
2 A organização em rede 
 
Para compreender o portal UseFashion e como a organização trabalha em rede é 
necessário conhecer como ela se constitui. A empresa fundada no ano de 2000, na cidade 
de São Leopoldo é conhecida por ser o primeiro portal brasileiro de pesquisa e tendência de 
moda. Em seus 14 anos de atuação, é constituída por uma equipe local, que trabalha no 
núcleo da empresa, e mais de cem collhunters espalhados pelos cinco continentes. 
Os collhunters1 são profissionais que tem como ideologia perceber e antecipar 
megatendências de mercado, e confirmar tendências que se consolidam na sociedade e na 
 
1 Segundo o portal da Revista Exame, “O que é essa profissão? Coll Hunter?”, link para acesso: 
 
 
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Centro Universitário Ritter dos Reis 
 
cultura em que estão inseridos. As informações captadas por esses “caçadores de 
tendências”, que traduzem as características dos novos comportamentos, que por sua vez, 
são importantes para o mercado de moda. Seus conhecimentos e percepções são 
passadas para empresas de tendências, que conseguem traduzir em material on-line, 
elementos importantes para o desenvolvimento de coleção de seus consumidores finais, os 
designers e as empresas de moda. 
Estas relações de trabalho em rede, ajudaram a UseFashion a se consolidar, pois 
como é afirmado por Capra (2005), as características da organização como estruturas 
organizativas tem regras de comportamento que facilitam a tomada de decisão e 
corporificam as relações, para o melhor desenvolvimento da organização. Esta rede social, 
que se desenvolve a partir da empresa e dos collhunters, se adequa aos processos de 
comunicação e geram um corpo comum de significados, como uma rede de conhecimentos. 
Com isso, pode-se perceber que de acordo com os apontamentos de Castells (1999) 
sobre o paradigma da informação em rede, a organização consegue evoluir para a abertura 
de um sistema a partir de acessos múltiplos, em que a materialidade de valores, visão e 
organização em rede são relevantes para o desenvolvimento de seus colaboradores, 
clientes, e da tecnologia da informação envolvida no processo de trocas de conhecimento. 
Verganti (2012) afirma que uma organização que todos olham na mesma direção aumenta a 
capacidade de desenvolver produtos/serviços com a mesma particularidade da matriz, como 
uma linguagem única para a comunicação. Uma rede que é compostas por muitos autores 
de várias áreas de atuação, como os collhunters, tem maior facilidade para se desdobrar e 
proliferar seus conhecimentos. A UseFashion é um dos exemplos, pois possui 
colaboradores (collhunters) especialistas em várias áreas do design. 
Suas especialidades são: a cobertura dos principais desfiles de moda, as análises de 
conteúdo com principais formas, tecidos, cores e peças-chave de cada estação, além de 
buscar informações detalhadas das principais feiras de design ao redor do mundo. Por estar 
distribuída em cinco continentes, e principalmente nos grandes centros do design de moda 
como Nova Iorque, Milão, Roma, Barcelona, Paris, Amsterdã, Londres, São Paulo, Hong 
Kong, Sidney, entre outros. Dentro destes grandes centros a organização consegue captar 
as informações relevantes para cada segmento de clientes que atende. 
O modelo de estrutura da organização, seguindo a proposta de acordo com a base 
documental, se dá da seguinte forma, segundo a figura 1: 
 
Figura 1: Modelo de estrutura proposta para a organização 
Fonte: desenvolvido pela autora.Com isso, pode-se compreender que a partir da necessidade de informação são 
contratados serviços de collhunters espalhados em locais estratégicos, para melhor 
percepção e desenvolvimento das pesquisas de moda, para assim gerar as informações do 
portal on-line, que ficam à disposição dos clientes. Esses, passam a consultar o banco de 
UseFashion (Matriz) ! Collhunters (34 cidades espalhadas em cinco continentes) 
! Web Site (portal on-line) ! Clientes finais (designers e empresas) ! Desenvolvimento 
de produtos e serviços de design de moda. 
 
 
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dados e as pesquisas mais relevantes para os setores que atendem de mercado e geram 
por fim, produtos e serviços de moda especializados, seguindo tendências mundiais de 
mercado. 
 
3 As operações da organização em rede e o design estratégico 
 
 Como proposto por Zurlo (2010) o design estratégico é um sistema aberto que inclui 
diversos pontos de vista, modelos de interpretações articuladas por várias perspectivas 
disciplinares. Esse, abrange a sua dimensão, dependendo das circunstâncias da operação 
e dos objetivos da ação, em um processo dialógico entre múltiplos atores. Nesta lógica do 
design estratégico de interação em um sistema mais aberto de pesquisa de moda, a 
UseFashion, tem como proposta auxiliar o desenvolvimento de coleções de moda com 
informações pertinentes sobre o mercado atual mundial para melhor atender à seus 
clientes. 
Dentro destes espaços dos fluxos da organização e da sociedade em rede estão os 
sistemas estruturados para alcançar os objetivos específicos, como propostos em sua 
missão: 
Sua missão é analisar em profundidade mercados locais e globais, apresentando 
interpretações direcionadas aos variados profissionais que fazem da moda e do 
design o seu negócio, incentivando seus clientes no processo criativo e na tomada de 
decisões estratégicas (Fonte: UseFashion)2 
 
Essa capacidade estrutural do portal de moda, facilita a comunicação de forma fluida 
entre todos os envolvidos, e a coerência do compartilhamento através dos interesses e 
objetivos da rede, que são essenciais para se efetuar a entrega do projeto conciso e de 
acordo com as necessidades de mercado. Pois segundo Castells (1999) a organização que 
articula em redes que tem um objetivo específico, que pode sofrer modificações de acordo 
com a necessidade do mercado e da rede em que está inserido, pode reestruturar suas 
informações e remodelar infinitamente sua estrutura e seus meios para busca de 
informações novas, sem perder os objetivos propostos na missão da empresa. 
 
4 Conclusões 
Ao utilizar da lente do design estratégico e da lógica de redes, pode-se perceber que 
uma das estratégias para o melhor desenvolvimento da organização é agir em rede. Ao 
utilizar todo o conhecimento passado pelos colaboradores, collhunters, a empresa se 
adequa aos processos de comunicação em rede e gera um corpo comum de significados 
em uma linguagem única compreendida por todos os envolvidos, como uma rede de 
conhecimentos. Constituídos nesta rede de colaboração e troca de informação por diversos 
atores de variados níveis de conhecimento da área do design, com ideias e opiniões 
diversas, as informações se transformam de forma simultânea e podem ser rapidamente 
entendidas por todos os envolvidos. 
 
2 http://www.usefashion.com/journal/anuncie_apresentacao.html, acesso em 15/09/2014. 
 
 
X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduação - SEPesq 
Centro Universitário Ritter dos Reis 
 
Portanto a lógica de redes de Castells (1999) dentro da UseFashion pode ser 
potencializada pela dinâmica de comunicação da sociedade em rede, que poderá viabilizar 
as informações para o desenvolvimento de produtos e serviços de design de moda, e 
transformar as coleções em fontes de inspiração múltiplas. Com isso, entende-se que o 
portal UseFashion consegue atender as demandas de mercado para o desenvolvimentos de 
produtos e serviços de moda, podendo, a partir de propostas de pesquisas futuras ampliar 
seu leque de possibilidades de informação atingindo a outras áreas de conhecimento que 
vão além do design. 
 
Referências 
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
CAPRA, F. 5. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 
2005 
GIL, A.C.; Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. – 6. Ed. – São 
Paulo: Atlas, 2008. 
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2011. 
VERGANTI, R. Design Driven Innovation. Mean. Boston: Harvard Business Press, 2012. 
ZURLO, Francesco. Design estratégico. Working paper (25 páginas, 50540 caracteres), 
2010. 
Site: http://www.usefashion.com/Empresa/Empresa.aspx, acesso em 15/09/2014.

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