Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia Introdrução ao SNA • O SNA, também denominado visceral, vegetativo ou involuntário, conduz todos os impulsos do sistema nervoso central (SNC) e apresenta ação integradora sobre a homeostase corporal, regulando a atividade de estruturas fisiológicas que não estão sob controle voluntário como o sistema musculoesquelético. Assim, a respiração, a circulação, a digestão, a temperatura corporal, o metabolismo, a sudorese e as secreções de determinadas glândulas endócrinas são reguladas em parte ou totalmente pelo SNA. Organização • Autônomo = vegetativo • Constituído de centros de controle localizados dentro do SNC - O hipotálamo é o principal núcleo de integração desse sistema. o Bulbo também é um desses centros • As fibras eferentes autonômicas têm sua origem no corpo celular de neurônios localizados dentro do SNC, são denominadas fibras pré-ganglionares e geralmente são mielinizadas. Essas fibras fazem sinapse em um gânglio autônomo, que se localiza externamente ao sistema nervoso central e contém as terminações nervosas das fibras prég-anglionares e os corpos celulares de fibras pós-ganglionares, geralmente não mielinizadas, sendo estas responsáveis pela inervação da estrutura efetora • SNA é dividido em dois sistemas: simpático ou adrenérgico e parassimpático ou colinérgico. o Adrenérgico: neurônio que libera norepinefrina o Colinérgico: acetilcolina o sistema nervoso entérico: terceira divisão do sistema, embora seja intimamente interconectado aos sistemas simpático e parassimpático. ▪ formado por neurônios, cujos corpos celulares se localizam nos plexos intramurais na parede intestinal, e inclui elementos neuronais, como os neurônios sensoriais locais, que não pertencem ao sistema nervoso autônomo. Sistema nervoso simpático • Os neurônios pré-ganglionares simpáticos têm seus corpos celulares localizados no corno lateral da substância cinzenta dos segmentos torácico e lombar da medula, e as fibras deixam a medula nos nervos espinais toracolombares na altura da primeira vértebra torácica até a terceira vértebra lombar (T1 até L3). • Os axônios dessas células atingem as raízes nervosas anteriores e fazem sinapse com neurônios situados nos gânglios simpáticos fora do eixo cerebroespinal. Locais: paravertebral, prévertebral e terminal • A medula adrenal difere dos gânglios simpáticos porque a principal catecolamina liberada por ela no homem, e em várias outras espécies, é a epinefrina. Sistema nervoso parassimpático • compreende os neurônios pré-ganglionares que se originam em três áreas do SNC e suas conexões pós-ganglionares. • origem central são o mesencéfalo, o bulbo e a porção sacral da medula espinal. • As fibras préganglionares de origem cranial estão contidas nos nervos cranianos oculomotor (III), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X) e espinal (XI). Esse contém fibras pré- ganglionares que vão inervar coração, brônquios, pulmões, esôfago, estômago, intestino delgado, parte inicial do cólon, fígado e pâncreas. • a sinapse ganglionar ocorre muito próxima ou mesmo no interior do órgão alvo, liberando acetilcolina Resposta de órgãos efetores aos impulsos autonômicos • Em alguns locais (p. ex., no músculo liso visceral do intestino e bexiga e no coração) o simpático e o parassimpático produzem efeitos opostos. Em órgãos como as glândulas salivares, os efeitos de simpático e parassimpático são complementares; as glândulas sudoríparas possuem apenas a inervação simpática, enquanto o músculo ciliar do olho apresenta apenas inervação parassimpática (constritora). Nos órgãos sexuais masculinos, os efeitos são complementares e estão integrados para promover a função sexual. • A ativação do sistema simpático, após situações de estresse, raiva ou medo, torna-se elevada e prepara o organismo para um estado de pronta ativação, característica de respostas tipo “luta ou fuga”. • sistema simpático da adrenal também pode ser ativado. Os batimentos cardíacos são acelerados, a pressão sanguínea é aumentada como resultado do redirecionamento do fluxo sanguíneo, contrário à pele e à região esplâncnica, a glicose sanguínea é elevada, bronquíolos e pupilas se dilatam, além da piloereção. → epinefrina o sistema nervoso parassimpático, devido a sua organização menos difusa, produz descargas discretas e localizadas e, está associado a manutenção da energia e função orgânica durante períodos de atividade mínima. Assim, a ativação do fluxo parassimpático produz uma redução nos batimentos cardíacos e pressão sanguínea, ativação de movimentos peristálticos e esvaziamento da bexiga urinária e do reto. Transmissão de impulsos do sistema nervoso autônomo • A transmissão da informação dos neurônios préganglionares a neurônios pósganglionares ou de 2ós-ganglionares aos órgãos efetores envolve a transmissão química de impulsos nervosos. • A liberação do neurotransmissor, tanto da norepinefrina do sistema nervoso simpático quanto da acetilcolina do sistema nervoso autônomo parassimpático, ocorre por um processo denominado exocitose, que é cálciodependente. • O neurotransmissor se difunde através da fenda sináptica e pode interagir com receptores no corpo celular do neurônio pósganglionar (receptores póssinápticos). Tanto no sistema simpático quanto parassimpático, o neurotransmissor liberado pelos neurônios pré- ganglionares é a acetilcolina (Ach). • A ativação dos receptores póssinápticos leva a um aumento na permeabilidade iônica que resulta na geração de potenciais de ação que são propagados pelo axônio do neurônio pós- ganglionar até o órgãoalvo. O neurotransmissor liberado pelos terminais simpáticos pós- ganglionares é a norepinefrina (NE) e pelos parassimpáticos pósganglionares é a Ach. Fármacos que atuam no sistema nervoso autônomo • Simpático prepara o corpo para a luta e fuga o Dilatação de pupila, Inibe salivação, relaxa brônquios, acelera os batimentos cardíacos, Inibe a atividade do estômago e pâncreas, Estimula a liberação de glicose pelo fígado, estimula a produção de adrenalina e noradrenalina, relaxa a bexiga, promove a ejaculação. • Parassimpático é o contrário, faz funções vegetativas / de repouso o Contrai pupila, estimula a salivação, redução dos batimentos cardíacos, contrai brônquios, estimula atividade do estômago e do pâncreas, estimula a vesícula biliar, contrai a bexiga, promove ereção. • SINAPSE COLINÉRGICA o Necessidade de entrada de glicose, independente de insulina. o Glicose se transforma em piruvato, esse evento ocorre nas mitocôndrias (respiração celular) o Para esse processo precisamos da Acetil-Coenzima A (Acetil-CoA) + Colina, formando a acetilcolina (Ach) o Essa acetilcolina é colocada em vesículas, se tornando um neurotransmissor o Acetilcolina (Ach) = Acetil-CoA + Colina + Piruvato (que vem da glicose) o Quando a Ach não se liga aos receptores a Acetilcolinesterase (AchE) degrada ela formando acetato e colina. o Receptores M2: Regulação da própria célula. Avisa a célula que já tem neurotransmissor o suficiente o Então parte da Ach se liga aos receptores, uma parte é degradada e outra parte se liga ao M2 (bloqueia liberação de acetilcolina), fazendo uma auto regulação na célula. o Potencial de ação -> Influxo de Na+ e Ca2+ -> Vesicular de ACh é liberada o Receptores nicotínicos: ▪ Tipo 1 (N1): Músculos ▪ N3) Tecidos glandulares, que liberam secreção o Receptores muscarínicos ▪ M1 : SNC e Estômago ▪ M2 Neurônio e cardíaco ▪ M3, Estômago, intestino, musculatura lisa do sistema reprodutivo e vascularização • FÁRMACOS COLINÉRGICOS (Estimulam o sistema simpático) o Ação direta (Aumentam biossíntese do neurotransmissor ACh) - mimetizam os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos, atuando diretamente em receptores da Ach o ▪ Ésteres de colina (entram na biossíntese como se fossem a colina) • Betanecol,carbacol, metacolina ▪ Alcalóides naturais • Pilocarpina, muscarina, arecolina o Ação indireta (Impede a degradação da ACh) - mimetizam as ações da Ach pela inibição da enzima colinesterase. ▪ Anticolinesterásicos • Neostigmina, fisostigmina • FÁRMACOS ANTICOLINÉRGICOS drogas antagonistas ou bloqueadores de receptores colinérgicos muscarínicos o Alcalóides naturais ▪ Atropina, escopolamina o Sintéticos ▪ Aminas terciárias • Pirenzepina, telenzepina ▪ Aminas quaternárias • Ipratrópio, tiotrópio • Glicopirrolato • Fármacos que alteram a forma que o neurotransmissor é colocado em vesículas (1) o Vesamicol: ▪ Bloqueia a captação da ACh nas vesículas, ou seja, se o neurotransmissor não estiver dentro da vesícula ele não pode sofrer exocitose ▪ Uso clínico: Estudos em casos de Alzheimer • Fármacos que impedem a liberação de ACh (2) o Toxina botulínica: ▪ Bloqueio irreversível da liberação de ACh. Como é irreversível, vai perdurar enquanto a célula estiver viável, depois que a célula morre é necessário fazer uma nova aplicação ▪ Uso clínico: Tratamento de lesões neuromusculares; Incontinência urinária (administração intravesical); Controle de sialorréia (excesso de salivação). • Fármacos que impedem a ligação do neurotransmissor ao receptor (3) o Atracúrio; Pancurônio; Vecurônio; Tubocurarina; Suxametônio/Succinilcolina; Hexametônio ▪ Antagonista competitivo dos receptores nicotínico (N) ▪ Uso clínico: Relaxamento muscular o Atropina; Escopolamina ▪ Antagonistas competitivos dos receptores muscarínicos (M) ▪ Usos clínicos (Medicação pré-anestésica - MPA): Redução de secreções/motilidade TGI; Reversão ou prevenção de bradicardia o Pirenzepina; Glicopirrolato ▪ Antagonistas competitivos dos receptores muscarínicos (M) ▪ Uso clínico: Úlceras péptica; Redução de secreções gástricas o Ipratrópio ▪ Antagonista competitivo muscarínico (M) ▪ Uso clínica: Asma; Doença pulmonar obstrutiva crônica o Pilocarpina ▪ Agonista muscarínico (M) ▪ Uso clínico (colírio): Glaucoma; Xerostomia (olho seco) o Betanecol ▪ Agonista muscarínico (M) ▪ Uso clínico: Hipotonia de bexiga; Íleo paralítico • Fármacos que alteram a metabolização da ACh o Neostigmina ▪ Bloqueio da quebra de neurotransmissor pela enzima AChE ▪ Uso clínico: Miastenia grave, Íleo paralítico • Fármacos que impedem a recaptação de colina o Hemicolínio ▪ Bloqueia a recaptação da colina, impedindo que a colina seja reaproveitada na síntese de mais neurotransmissores. A longo prazo a síntese de ACh é diminuída • Simpático prepara o corpo pra luta e fuga ○ Dilatação de pupila, Inibe salivação, relaxa brônquios, acelera os batimentos cardíacos, Inibe a atividade do estômago e pâncreas, Estimula a liberação de glicose pelo fígado, Os receptores nicotínicos pertencem à família de receptores acoplados a canais iônicos. São canais iônicos controlados por ligantes pelo mecanismo de portões, e sua ativação causa rápido aumento na permeabilidade celular ao Na + e K + , despolarização e excitação. estimula a produção de adrenalina e noradrenalina, relaxa a bexiga, promove a ejaculação. • SINAPSE CATECOLAMINÉRGICA (veja foto no celular) ○ Precisa da entrada de tirosina para síntese do neurotransmissor ○ A tirosina hidroxilase transforma a tirosina em DOPA ○ A DOPA descarboxilase transforma a DOPA em dopamina ○ Tirosina -> Tirosina hidroxilase -> DOPA -> DOPA descarboxilase -> Dopamina (neurotransmissor) ○ A dopamina é transformada em norepinefrina (outro neurotransmissor) por meio da enzima dopamina beta-hidroxilase ○ Dopamina -> Dopamina beta-hidroxilase -> Norepinefrina ○ A norepinefrina pode se ligar aos receptores alfa e beta; Podem ir para a corrente sanguínea; Pode ser metabolizada por duas enzimas: MAO - Monoamino oxidase e COMT: Catecol o-metiltransferase; Se ligar ao receptor alfa-2 e fazer auto regulação celular; se difundir para a célula pré ou pós-sináptica. ○ Receptores: (PROCURE DIREITINHO ESSES RECEPTORES AQUI) ▪ Alfa-1: Musculatura lisa, Trato urogenital e vascular ▪ Alfa-2: SNC e vascular ▪ Beta-1: Coração, trato urogenital, glândulas ▪ Beta-2: Musculatura lisa, Respiratório ▪ Todos os beta (1, 2 e 3) e alfa 1: Adipócitos ▪ Estômago e TGI: Beta 1 e 2 e Alfa 1 e 2 • NO CELULAR TEM UMA FOTO DE UM ESQUEMA ENORME, PASSAR A LIMPO NO CANVA E BOTAR AQUI • Agonista adrenérgicos ○ Ação direta: atuam diretamente nos receptores adrenérgicos. ▪ Seletivos ▪ Não seletivos ○ Ação mista ○ Ação indireta: atuam principalmente na liberação de NE e que também secundariamente podem apresentar ações em receptores adrenérgicos ou inibirem a recaptação de NE. ▪ Agentes de liberação ▪ Inibidor de captação ▪ Inibidores de MAO ▪ Inibidores da COMT • Antagonistas dos receptores adrenérgicos ○ Antagonistas dos receptores alfa ▪ Não seletivo ▪ Seletivo alfa1 ▪ Seletivo alfa 2 ○ Antagonistas • Fármacos que interferem no início da síntese de neurotransmissores (São análogas) ○ Metiltirosina ▪ Bloqueio da síntese de Norepinefrina (NE) (Análogas das enzimas tirosina hidroxilase e DOPA descarboxilase) ○ Carbidopa, Metildopa ▪ Síntese de um falso neurotransmissor • Fármacos que impedem a captação da NE ○ Reserpina ▪ Bloqueia a captação da norepinefrina para dentro da vesícula • Fármacos que facilitam a liberação de neurotransmissores ○ Anfetaminas ▪ Facilitam a liberação de norepinefrina, deixando o paciente alerta/acordado ▪ Exemplo: Rebite • Fármacos que bloqueiam o receptor ○ Seletivos ou não seletivos ○ Bloqueio específico de receptores alfa e beta ○ Fentolamina ▪ Específico alfa ▪ Pode causar vasodilatação ○ Propranolol ▪ Específico beta ▪ No caso do coração causa relaxamento e no caso dos pulmões causa bradipneia ○ Prazosina ▪ Específico alfa1 ▪ Atua em TGI, musculatura ○ Ioimbina ▪ Específico alfa 2 ▪ Paciente fica alerta, reverte substâncias agonistas alfa 2 ○ Atenolol ▪ Específico beta 1 ▪ Diminui pressão, batimentos cardíacos etc ○ Betaxolol ▪ Específico beta 2 ▪ Bradipneia • Bloqueio da captação e recaptação da Norepinefrina (NE) ○ Aumenta o tempo de estímulo ○ Cocaína ▪ Bloqueia a recaptação da NE ▪ Com o tempo o corpo começa a internalizar receptores, o que faz ser necessárias doses maiores (Overdose) ▪ Dificulta o influxo de íon sódio (Na+) ▪ A partir dela foram feitas a maioria dos anestésicos locais • Fármacos que alteram o metabolismo da NE ○ Bloqueio da quebra do neurotransmissores (NE) ○ Inibidores da MAO ▪ Selegilina ○ Inibidores da COMT ▪ Entacapona • Agonistas alfa 2 adrenérgicos ○ Feedback negativo, diminuindo a quantidade de neurotransmissor ○ Modulação pré-sináptica ○ Xilazina; Clonidina; Romifidina; Detomidina; Medetomidina; Dexmedetomidina. ○ Cetamina + Xilazina = Não anestesia, o animal continua consciente e sentindo dor, mas não consegue responder Anticonvulsivantes O que é convulsão? Potenciais de excitação a uma determinada porção do sistema nervoso, como córtex frontal (perca de conscientcia), occipital (perda de visão) Convulsão é uma alteração comportamental transitória causada por disparos rítmicos, sincronizados e desordenados de populações de neurônios cerebrais. o epilepsia indica recorrência dessas crises. Cluster: paciente que teve nas ultimas 24 horas teve no mínimo 2 crises mas que voltou às características normais. Status epileticus: mais de 2 crises em 24 horas e não recupera a consciência entre as crises epilépticas. Paciente epiléptico é o animal que precisa ser acompanhado que ao não ser medicado tem crises recorrentes, ou mesmo com tratamento ainda tem crises eventuais. Tipos de convulsão: Convulsões generalizadas brandas; Convulsões generalizadas graves; Convulsões parciais; Convulsões focais com generalização secundária.Causas: idiopática Tratamento: fenobarbital (inicio) Terapia anticonvulsivante • Padrão e frequencia das crises • Informação ao proprietário - tratamento ininterrupto; - posologia/ variação individual - observação durante as crises - frequencia e numero/ período - duração - epilepsia idiopática ou adquirida • Afecções progressivas • Terapias adjuvantes - cirurgia/quimioterapia - controle metabólico: glicemia, encefalopatias hepática/renal • Associação de fármacos • Controle das funções hepática e renal, medula óssea Considerações gerais • GABA • Glicina • NMDA (N-metil-D-Aspartato) • Glutamato Fármacos • Fenobarbital; • Brometo de potássio: Canais de cloro • Primidona • Imepitoína • Levetiracetam • Benzodiazepínicos (Parenteral) → utilizado em cluster ou status epileticus GABA Fenobarbitral – farmacocinética • O fenobarbital limita a disseminação da atividade da crise e também eleva o limiar para a mesma, primariamente por meio do aumento da concentração de GABA • administração oral ou parenteral • Fenobarbital; • Brometo de potássio • Primidona • Imepitoína • Levetiracetam São fármacos de manutenção ➔ 2 – 3 semanas p obtenção de [séricas] ➔ 20 – 30 min após administração IV ➔ dose de ataque • Metabolização hepática – saber como está o fígado • Excreção renal conjugado com glicuronídio • Efeitos colaterais ➔ Sedação/ hiperatividade paradoxal; ➔ Poliuria/ polidipsia/ polifagia; ➔ Alterações hepáticas e medulares ➔ Evitar associações - primidona Primidona – farmacocinética • pro-farmaco • Biotransformação: formando dois metabólitos ativos – fenobarbital e feniletilmalonamida (FEMA). ➔ Acido feniletilmalonico ➔ Fenobarbital • Administração oral • Biotransformação e excreção • alta de hepatotoxicidade. • oral Brometo de potássio – farmacocinética • Administração oral • Sem ligações às PP • Excreção renal; • Associações com fenobarbital • Efeitos colaterais ➔ Sedação ➔ Distúrbios do TGI ➢ Sabor amargo ➢ Hipertonicidade Imepitoína – farmacocinética • Menor dano hepático x fenobarbital • Administração oral; • Baixa ligação às PP • Excreção fecal • Efeitos colaterais: polifagia, poliuria e polidipsia. Levetiracetam – farmacocinética • Administração oral, IV e intraretal; • Sem metabolismo hepático • Excreção renal • Efeitos colaterais: letargia Benzodiazepinicos • Os benzodiazepínicos aumentam a inibição sináptica mediada pelo GABA. O receptor para benzodiazepínico é uma parte integrante do receptor GABAa • Midazolam, Diazepam e clonazepam • Administração oral, IV (bolus “pega a veia e vai”) e intraretal • Via intravenosa é o ideal em situações de crise o Após administração por via intravenosa, o diazepam penetra rapidamente no sistema nervoso central (SNC); o Na espécie humana usa-se, em crianças, a administração retal com soluções injetáveis para o controle emergencial das crises; esta opção é também razoável para o uso em cães, assim como a via nasal. • Intranasal (dispersão) • Efeitos colaterais: ➢ Sedação ➢ Hepatotoxicidade Outros fármacos • Carbamazepina (estabilizador) • Ácido valproico (GABA) • Novos anticonvulsivantes no mercado ➔ Oxcarbazepina ➔ Flunarizina ➔ Progabide ➔ Gabapentina ➔ Vigabatrina ➔ Lamotrigina ➔ Fenobarbital – 60% a 80% ➔ Monitoramento clinico e laboratorial ➔ Persistência/ efeitos colaterais ➢ Substituição de fármacos ➢ Associações ➢ Ajuste de dose • 6 meses – remoção gradativa ➢ Reincidência – dose inicial Farmacos que atuam no sistema cardiovascular e renal • Qualquer afecção no sistema vascular vão gerar repercuções p/o rim ➢ Defcit de de DC o primeiro afetado é o rim Introdução • Hemodinâmica o Pré carga: como o coração consegue se relaxar o suficiente para garantir um bom enchimento das câmaras. Quanto mais as fibras cardíacas se estendem (pre-carga) maior é a contração durante a sístole (pós- carga). Ou seja, quanto melhor é o enchimento na diástole, melhor sera a ejeção para o corpo. o Pos carga: toda e qualquer resistência que o coração pode encontrar ao se contrair (sístole) o Inotropismo: relativo a força da contração; inotropismo positivo (coração forte); inotropismo negativo (coração fraco); o Cronotropismo: relativo ao numero de batimentos em determinado tempo Cronotropismo positivo: coração elevando o numero de batimentos por min – taquicardia Cronotropismo negativo: o contrario – bradicardia o Lusiotropismo: relativo a compacencia vascular ou complacência das fibras musculares Lusiotropica positiva: aumenta essa complacência pois deixaa o musculo mais relaxado aumentando o lumen – vasodilatação Lusiotropica negativa: o contrário – vasoconstrição Efeito farmacológico • Farmacologia do sistema cardiovascular o Insuficiencia cardíaca congestiva – ICC – contração do miocárdio o Disritmias ou arritmias – frequência e ritmo Eletrofisiologia do coração • Potencial de ação na célula cardíaca o Fase 0: despolarização rápida – influxo de ions sódio para dentro da célula muscular cardíaca o Fase 1 repolarização parcial – efluxo de uma parte dos ions para fora da célula com o intuito de diminuir o potencial positivo da membrana para permitir a entrada de outro ions o Fase 2: platô – entrada de cálcio e saída de sodio o Fase 3: repolarização – restante de sódio que tinha dentro da célula sai e potassio entra o Fase 4: potencial de marca-passo – estabilização para uma nova despolarização • Potencial de ação na célula muscular cardíaca o Onda p: passagem de potencial elétrico no nodo sinoatrial o QRS: despolarização ventricular o Onda T: repolariação ventricular Disritmias cardíacas • Classificação o Local e origem Supraventricular: relativo a átrios e nodos – alteração na onda P Influencia no grau de força que o coração precisa fazer para ejetar sangue (sístole bem feita), bem como com a sua diástole – capacidade de ralaxar, acomodar volume sanguíneo e posteriormente contrair-se e fazer uma ejeçaõ adequada Essa pré-carga e pós carga influenciam diretamente na qualidade e no esforço que o corção tem que fazer para manter o debito cardíaco. Debito cardíaco: quantidade de sangue que o coração consegue ejetar a partir da aorta em uma fração de tempo. Insuficiente cardíaco: paciente que não consegue manter o DC mínimo para garantir a perfusão dos órgãos Quanto maior a capacidade de fazer diástole, maior é a complacência desses vasos → maior vai ser a contratibilidade e, consequentemente, menor pós carga → aumento do debito cardíaco. Ventricular: relativo aos ventrículos – alteração no complexo qrs o Frequencia Taquicardia: numero de eventos aumentados em uma fração de tempo Bradicardia: numero de eventos reduzidos em uma fração de tempo Insuficiencia cardíaca • Debito cardíaco o Fatores intrínsecos Contração do miocárdio o Fatores extrínsecos Contratibilidade dos vasos ✓ Lei de Frank-starling ✓ Pré-carga ✓ Pós carga Insuficiencia coronariana • Necessidade metabólica x fluco coronariano • Fatores regulatórios do fluxo ao miocárdio o Fatores físicos Sístole Diástole o Contração vascular por metabólitos PO2 Vasodilatadores o Controle neural e humoral Simpático: simpático preponderante aumenta a taxa de disparo – taquicardia Parassimpático: parassimpático diminue a taxa de disparos dos nodos – bradicardia Fármacos • Fármacos que agem diretamente no coração • Em outras regiões – diuréticos o Farmacos que mexem no grau de contração e relaxamento dos vasos • Antitrombóticos Resumos • Cardiotônicos – pacientes insuficientes cardíacos o Inotrópicos positivos Anticolinergicos Simpatomiméticos Inibição da fosfodiesterase • Antiarrítmicos o Classe Ia, Ib e Ic o Classe II o Classe III o Classe IV • Outras regiões o Anti-hipertensivos Simpaticolíticos ou b-bloqueadores ✓ Seletivos e não seletivos Inibidores do SRAA Musculo cardíaco tem fluxo coronariano quando esta em sístole ✓ Inibidores do ECA ✓ Bloq recepto de angiontensina ✓ Antag da aldosterona o Vasodilatadores ✓ Estritos ou c/ prop. Adicionais o Diuréticos • Antitrombóticos o Anticoagulantes o Antiplaquetários Farmacos que agem na função cardíaca – para insuficientes cardiacos Cardiotonicos • Inotropicoos positivos o Glicosidios (digitálicos): Digitoxina Digoxina Farmacodinâmica ✓ Inibição da Na/K ATPase ✓ Aumento de sódio dentro das células ✓ Aumento da Ca2+ intracelular – mais cálcio discponivel para a contração ✓ Aumento da atividade parassimpática no NSA, NAV e átrios – taxa de disparo melhor dando tempo do coração encher e contrair com eficiência. Baixo índice terapêutico:maior risco Faz deposito em tecido adiposo – risco p/ pacientes obesos o Inodilatadores: substancia que da força e melhoram a pregarga e poscarga pois são vasodilatadores o Anticolinergicos ✓ Atropina: antimuscarinico – alcaloide ✓ Glicopirrolato: antimuscarinico sintético – derivado quaternário ✓ Farmacodinâmica - Bloqueiam ação da acetilcolina – receptores muscarínicos - Bloqueio dos efeitos vagais nos receptores M2 (SNA) - Bloqueio do parassimpático – aumento da taxa de contração e força de contração pelo evidenciamento do simpatico Simpatomiméticos ✓ Farmacodinamica: agonistas receptores alfa e B- adrenérgicos - Dopamina (receptores B1) - Dobutamina (receptores B1) - Adrenalina (receptores alfa e B) - Isoprenalina ou isoproterenol (receptores B) ✓ Agonista de receptor B-adrenergico -Terbutalina, salbutamol, metaproterenol, ritodrina, clembuterol, pirbuterol e outros - Relativamente especifico B2 – pequena ação em receptores B1 - Broncodilatadores Inibidores da fosfodiesterase: ao inibir a fosfodiesterase 3 (PDE3) aumenta-se a quantidade de AMP cíclico intracelular (sinalizador) que ativa a proteína cinase A que aumenta a quantidade de cálcio dentro da célula – que aumenta a contratibilidade e aumenta a vasodilatação. ✓ Pimobendan ou pimobendana ✓ Milrinona ✓ Sildenafil Antiarritmicos • Classe Ia • Classe Ib • Classe I c • Classe II→ antagonistas adrenérgicos (substancia que vai bloquear o simpático deixando o parassimpático mais preponderante possibilitando que o nodo despolariza mais calmamente e consequentemente aumentando a chance de ter um ritmo adequado. • Classe III → Bloqueiam canais de potássio (fase 3) • Classe IV → bloqueiam os canais de Ca2+ ▪ Antiarritmicos classe I Farmacodinamica: reduzem o influxo de íons Na+ Anestésicos locais Estabilizam a membrana miocárdica Reduz a taxa de despolarização máxima Classe Ia: Quidina e Procainamida Classe Ib: lidocaína, Mexiletina e Fenitoína (baixo índice terapêutico) Classe Ic: Flecainida, Encainida e Lorcainida ▪ Antiarritmicos classe II Farmacodinâmica: bloqueiam receptores B-adrenérgicos Atividade antiadrenérgica – parassimpático preponderante → taxas de disparos mais controladas. Diminuem a velocidade de condução (fase 4) Substancias: Propanolol, Metoprolol, Atenolol, Esmolol, Caverdilol VO ou via parenteral ▪ Antiarrítmicos classe III Farmacodinamica: bloqueiam os canais de potássio (fase 3) Prolongam o potencial de ação Aumentam o período refratário Substancias: sotalol, amiodarona (aumenta o espaço entre uma despolarização e outra) e bretílio ▪ Antiarritmicos Classe IV Bloqueiam os canais lentos de Ca2+ Deprimem o potencial de ação Prolongam a condução nos nodos SA e AV Substancias: Verapamil, diltiazem e anlodipino Farmacos que agem em outras regiões do sistema cardiovascular Anti-hipertensivos • Simpatolíticos ou B-bloqueadores o Seletivos: atenolol, metoprolol e esmolol o Não seletivos: Propranolol e carvedilo Bloqueiam canais de Na+ o Diminuem o efeito da estimulação adrenérgica sobre o cardiomicito o Inotrópicos e cronotrópicos negativos o Lusiotropicos positivos – dão complacência aos vasos • Inibidores do SRAA o Inibidores da ECA: não tem conversão nem de angiotensina 1 nem de 2 que são vasoconstritoras – se não tem vasoconstrição não tem hipertensão o Bloqueadores do receptor angiotensina: se uma substancia ocupa de forma competitiva o receptor não há a liberação de aldosterona – sem liberação de aldosterona não há reabsorção de sódio e nem de agua não aumentando a volemia – que não aumenta a pressão; o Antagonista da aldosterona: aldosterona não se liga e assim não reabsorve sódio, não reabsorve agua e não aumenta a volemia – não aumentando a pressão Inibidores do SRAA Inibidores da ECA o Substancias Captopril Lisinorpil Enalapril Ramipril Benazepril ▪ Farmacodinamica: inibem a enzima conversora de angiotensina (ECA) Bloqueadores do receptor de angiotensina o Substancias: Ibesartana e Losartana (mais prescritos na med humana) ▪ Farmacodinâmica: bloqueiam os receptores de angiotensina Antagonistas da aldosterona o Substancias: espirolactona (reduz a pressão arterial do paciente e atua como diurético pois não há a reabsorção de sódio fazendo com que o túbulo aumente a reabsorção de potássio), triatereno e amilorida o Diuréticos poupador de potássio ▪ Farmacodinâmica: liga-se ao mesmo sítio da aldosterona no túbulo renal Vasodilatadores • Estritos: nitratos e vasodilatadores puros • Vasodilatadores com propriedades adicionais Inbidores da ECA Inodilatadores ✓ Anticolinérgico ✓ Simpatomiméticos ✓ Inibidores da fosfodiesterase Estritos – nitratos • Substancias o Nitroglicerina – ação direta venosa o Nitroprussiato de sódio – ação direta arteriolar e venosa o Dinitrato de isossorbida – ação direta arteriolar ▪ Farmacodinâmica: fornecem oxido nítrico (NO) (susbatancia vasodilatadora) aos vasos. Profarmaco: entra inativo e precisa ser metabolizado para depois estar na conformação ativa – nesse processo ele ja esta sendo distribuído o que dá a terapia a possibilidade de aumentar o intervalo entre doses. Medicamento Estritos – vasodilatadores puros • Substancias – farmacodinâmica o Hidralazina – aumento de prostaciclina (prostaglandina) no sistema arteriolar – vasodilatação o Anlondipino – bloqueia canais de cálcio (antiarrítmicos classe IV) o Prazosina – bloqueador alfa1-adrenergico (abundante nos vasos) – as células da musculatura lisa não vão contrair fazendo um efeito vasodilatador o Sildenafil – inibidor de fosfodiesterase V Diuréticos • Osmóticos o Substancias Manitol Glicose Ureia o Farmacodinâmica: alta osmolaridade no fluido tubular, diminui a reabsorção de agua o Via IV o Usos Não deve ser utilizado em pacientes com IC Insuficiencia renal oligurica Glaucoma agudo Edema cerebral • Inibidores da anidrase carbônica o Substancias Acetazolamida Diclofenamida o Farmacodinâmica: inibem a reabsorção de HCO3- e Na+ o Usos: não deve ser utilizado em pacientes com IC Glaucoma • Metilxantinas o Substancias Aminofilina Teofilina Teotrombina: chocolate Cafeína o Farmacodinâmica: Inibem a reabsorção de Na+ Aumentam o fluxo sanguíneo renal • Alça o Substancias Furosemida Torasemida Bumetanida Acido etacrínico o Farmacodinamica: inibem a reabsorção de Na+ e Cl- no segmento ascendente Túbulo não consegue concentrar a urina o Usos Edema pulmonar associado a ICC Ascite – hepatopatias Insuficiência renal oligurica Hipercalcemia – excreção de Ca2+, Mg2+ e K+ • Tiazídicos ou tiazidas: atuam no túbulo contorcido distal o Substancias Hidroclorotiazida Clorotiazida Triclormetiazida o Farmacodinâmica: bloqueiam a reabsorção de Na+ o Usos Edemas associados a ICC Hipertensão Edema de úbere pós parto – Bovinos Hipercalciúria – cálculos de oxalato de cálcio (maiso absorção de Ca2+) • Poupadores de potássio – agem no túbulo contorcido distal e nos túbulos coletores o Substancias Espironolactona Triatereno Amilorida o Farmacodinamica Bloqueiam a excreção de K+ o Antagonista da aldosterona o Bloqueiam a reabsorção de Na+ sem fazer a excreção de potássio compensatória; o Usos Hiperadosteronismo ICC Síndrome nefrotica Antitrombóticos • Substancias – farmacodinâmica o Heparina – inibição de fatores da coagulação o Varfarina – interferência na conversão da vitamina K e de alguns fatores da coagulação (II, VII, IX e X) • Impedem a formação e desenvolvimento do coágulo • Usos o Tromboembolismo agudo Antiplaquetários – impedem que aconteça a hemostasia primaria que tem como caracteriastica agregação plaquetária. • Substancias – farmacodinâmica o Aspirina – inibição irreversível da COX (menor valor de tromboxano) o Tienopiridina – inibição da agregação plaquetária 1 e 2 (receptor ADP) Clopidogrel o Impedem a adesão e agregação plaquetária ao endotélio o Usos: prebvenção de infartos e acidentes vasculares Uso majoritário na via parenteral
Compartilhar