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TELHADO VERDE E SUA COMPOSIÇÃO ARQUITETÔNICA

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ISABELLA ZERLOTTI DE GÓES MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TELHADO VERDE E SUA COMPOSIÇÃO 
ARQUITETÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2022 
 
 
 
 
ISABELLA ZERLOTTI DE GÓES MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TELHADO VERDE E SUA COMPOSIÇÃO 
ARQUITETÔNICA 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Estadual de Londrina - UEL, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Especialista 
em Projeto Arquitetônico: Composição e 
Tecnologia do Espaço Construído. 
Pós Graduação Lato Sensu 
Orientador: Prof. Dr Oigres Leici C. de Macedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Londrina 
2022 
 
 
 
 
O TELHADO VERDE E SUA COMPOSIÇÃO 
ARQUITETÔNICA 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Universidade 
Estadual de Londrina - UEL, como requisito 
parcial para a obtenção do título de 
Especialista em Projeto Arquitetônico: 
Composição e Tecnologia do Espaço 
Construído. 
Pós Graduação Lato Sensu 
Orientador: Prof. Dr Oigres Leici C. de Macedo 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
Prof. Orientador 
Universidade Estadual de Londrina - UEL 
Prof. Membro 2 
Universidade Estadual de Londrina - UEL 
Prof. Membro 3 
Universidade Estadual de Londrina - UEL 
 
 
 
Prof. Membro 4 
Universidade Estadual de Londrina - UEL 
 
 
 
 
Londrina, de de . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Expresso minha gratidão a todos que de alguma forma me apoiaram e me 
motivaram ao longo da realização deste trabalho. 
 
 
 
 
MONTEIRO, Isabella Zerlotti de Góes. Telhado verde e sua composição 
arquitetônica. 2022. 50 páginas. Monografia. Especialização em Projeto 
Arquitetônico: Composição e Tecnologia do Espaço Construído – Universidade 
Estadual de Londrina, Londrina, 2022. 
 
RESUMO 
 
 
Esta monografia tem o propósito de apresentar a tipologia dos telhados verdes, 
buscando compreender a importância desses espaços como a nova área de 
convivência nos centros urbanos. Para este fim, apresentamos um relato histórico de 
como esses telhados se reestruturaram com o passar dos anos a partir da 
reintrodução dos terraços-jardins pela arquitetura moderna. Os motivos que levaram 
a tais mudanças, passaram pela necessidade de empregar esta cobertura como 
solução sustentável nas edificações contemporâneas, dando a devida importância 
quanto a qualidade dessa estrutura para os âmbitos arquitetônicos, ambientais e 
socioeconômicos. Relatamos, também, como se deu o surgimento das coberturas 
verdes pelo mundo, qual o seu atual cenário no Brasil, o seu funcionamento técnico 
e as políticas públicas envolvidas na sua democratização no país. Por fim, será 
realizada a análise da Academia de Ciências da Califórnia, edificação com o emprego 
do telhado verde, considerando seus pontos principais e a sua conscientização em 
torno da temática apresentada. 
 
 
 
Palavras-chave: Projeto arquitetônico. Sustentabilidade. Telhado verde.
 
 
 
MONTEIRO, Isabella Zerlotti de Góes. Telhado verde e sua composição 
arquitetônica. 2022. 50 páginas. Monografia. Especialização em Projeto 
Arquitetônico: Composição e Tecnologia do Espaço Construído – Universidade 
Estadual de Londrina, Londrina, 2022. 
 
ABSTRACT 
 
 
This monograph aims to present the typology of green roofs, seeking to understand 
the importance of these spaces as the new living area in urban centers. To this end, 
we present a historical account of how these roofs have been restructured over the 
years from the reintroduction of terrace-gardens by modern architecture. The reasons 
that led to these changes include the need to use this roof as a sustainable solution 
in contemporary buildings, giving due importance to the quality of this structure for 
architectural, environmental and socioeconomic aspects. We also report, how green 
roofs emerged around the world, what is their current scenario in Brazil, their technical 
functioning, and the public policies involved in their democratization in the country. 
Finally, an analysis will be made of the California Academy of Sciences, a building 
that uses the green roof, considering its main points and its awareness around the 
presented theme. 
 
 
 
 
Key-words: Architectural project. Sustainability. Roof Garden.
7 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Exemplo de cobertura plana ............................................................. 16 
Figura 2 – Exemplo de cobertura inclinada ....................................................... 17 
Figura 3 – Possível Linha Cronológica das Coberturas Vegetadas .................. 17 
Figura 4 – Terraço-jardim da Villa Savoye, 1929 .............................................. 18 
Figura 5 – La Maison-Vague ............................................................................. 19 
Figura 6 – Hyundai High School ........................................................................ 19 
Figura 7 – Casa AA ........................................................................................... 20 
Figura 8 – Academia de Ciências da Califórnia ................................................. 20 
Figura 9 – Waldspirale Darmstadt ..................................................................... 20 
Figura 10 – Museu Atelier Audemars Piguet ..................................................... 20 
Figura 11 – Prédio do Ministério da Educação .................................................. 21 
Figura 12 – Terraço no Prédio do Banco Safra ................................................. 22 
Figura 13 – Diferenciação estética entre a cobertura verde e o telhado 
convencional na paisagem urbana em Porto Alegre, RS .................................. 25 
Figura 14 – Possível estrutura de composição do telhado verde ...................... 26 
Figura 15 – Esquematização dos tipos de telhado verde .................................. 28 
Figura 16 – Exemplo de telhado verde extensivo .............................................. 28 
Figura 17 – Exemplo de telhado verde intensivo ............................................... 29 
Figura 18 – Exemplo de telhado verde semi-intensivo ...................................... 29 
Figura 19 – Corte esquemático do sistema alveolar ......................................... 30 
Figura 20 – Corte esquemático do sistema alveolar grelhado .......................... 30 
Figura 21 – Corte esquemático do sistema laminar médio ............................... 31 
Figura 22 – Corte esquemático do sistema laminar alto ................................... 32 
Figura 23 – Corte esquemático do sistema modular ......................................... 32 
Figura 24 – Corte esquemático do sistema flat ................................................. 33 
Figura 25 – Imagem ilustrativa da telha hidropônica ......................................... 34 
Figuras 26 e 27 – Academia de Ciências da Califórnia, perspectiva aérea ...... 38 
Figura 28 – Academia de Ciências da Califórnia, planta baixa ......................... 39 
Figura 29 – Academia de Ciências da Califórnia, planta de cobertura .............. 39 
Figura 30 – Academia de Ciências da Califórnia, perspectiva frontal ............... 40 
8 
 
 
 
Figura 31 – Academia de Ciências da Califórnia, corte transversal .................. 40 
Figura 32 – Academia de Ciências da Califórnia, corte longitudinal ................. 40 
Figura 33 – Academia de Ciências da Califórnia, beiral com uso de células 
fotovoltaicas ...................................................................................................... 41 
Figura 34 – Academia de Ciências da Califórnia, estrutura do telhado verde ... 42 
Figura 35 e 36 – Academia de Ciências da Califórnia, recipiente feito com fibra 
de coco ............................................................................................................. 42 
Figura 37 – Academia de Ciências da Califórnia, terraço de contemplação ..... 43 
Figura 38 – Academia de Ciências da Califórnia,detalhe do caminho de 
circulação ......................................................................................................... 43 
Figura 39 – Academia de Ciências da Califórnia, foto interna das aberturas 
zenitais ............................................................................................................. 44 
Figura 40 – Academia de Ciências da Califórnia, foto externa das aberturas 
zenitais ............................................................................................................. 44 
Figuras 41 e 42 – Academia de Ciências da Califórnia, sistema de resfriamento 
passivo ............................................................................................................. 45 
Figura 43 – Academia de Ciências da Califórnia, corte esquemático transversal 
explicativo ......................................................................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Telhados verdes em diferentes latitudes e climas, a partir dos anos 
2000 .................................................................................................................. 19 
Tabela 2 – Legislação no Brasil ......................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
LEED - Leadership in Energy and Environmental Design 
IGRA – International Green Roof Association (Associação Internacional de 
Telhados Verdes) 
SP – Estado de São Paulo 
BA – Estado da Bahia 
RS – Estado do Rio Grande do Sul 
PE – Estado de Pernambuco 
PB – Estado da Paraíba 
IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano 
PEAD – Polietileno de Alta Densidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13 
1.1 Enquadramento Geral ................................................................................. 14 
1.2 Objetivos ..................................................................................................... 14 
 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................ 14 
 1.2.2 Objetivo Específico ....................................................................... 14 
1.3 Justificativa ................................................................................................. 14 
1.4 Metodologia e organização do trabalho ....................................................... 15 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 15 
2.1 Telhado verde ............................................................................................. 15 
2.2 Contextualização Histórica ......................................................................... 17 
2.2.1 Histórico da utilização dos telhados verdes no século XX ............. 17 
2.2.2 Utilização atual do telhado verde no mundo .................................. 19 
2.2.3 Telhados verdes no Brasil ............................................................. 20 
2.3 Benefícios e Vantagens .............................................................................. 23 
2.3.1 Qualidade do ar ............................................................................. 23 
2.3.2 Ilha de calor ................................................................................... 23 
2.3.3 Isolamento térmico e eficiência energética ................................... 24 
2.3.4 Escoamento de águas pluviais ..................................................... 24 
2.3.5 Isolamento acústico ...................................................................... 24 
2.3.6 Estética e valorização imobiliária ................................................... 25 
2.4 Potencial estrutura de composição do telhado verde .................................. 25 
2.4.1 Camada Impermeabilizante .......................................................... 26 
2.4.2 Manta anti-raíz .............................................................................. 27 
2.4.3 Camada drenante .......................................................................... 27 
2.4.4 Camada filtrante ............................................................................ 27 
2.4.5 Solo e Substrato ............................................................................ 27 
2.4.6 Vegetação ..................................................................................... 27 
2.5 Tipos de Telhado Verde .............................................................................. 27 
2.5.1 Extensivo ....................................................................................... 28 
2.5.2 Intensivo ........................................................................................ 29 
2.5.3 Semi-intensivo ............................................................................... 29 
12 
 
 
 
2.6 Sistemas de execução do telhado verde ..................................................... 30 
 2.6.1 Alveolar ......................................................................................... 30 
 2.6.2 Alveolar grelhado .......................................................................... 30 
 2.6.3 Laminar médio ............................................................................... 31 
 2.6.4 Laminar alto ................................................................................... 31 
 2.6.5 Modular ......................................................................................... 32 
 2.6.6 Flat ................................................................................................ 33 
 2.6.7 Telha Hidropônica ......................................................................... 33 
2.7 Manutenção ........................................................................................... ..... 34 
2.8 Legislação, normas e políticas públicas ...................................................... 35 
 
3 ESTUDO DE CASO ....................................................................................... 37 
3.1 Academia de Ciências da Califórnia ............................................................ 37 
 3.1.1 Informações gerais ........................................................................ 37 
 3.1.2 Análise técnica e de composição arquitetônica da cobertura ........ 40 
 
4 CONCLUSÃO ................................................................................................ 46 
 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Enquadramento Geral 
Nas últimas décadas, o sucessivo e desordenado avanço da urbanização 
tem trazido diversas consequências às cidades e um dos males causados é a 
falta de áreas verdes. A arborização transfigura-se como um indicativo de 
qualidade ambiental já que assume um papel de equilíbrio entre o espaço 
modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente (LIMA; AMORIM, 
2006). Essas preocupações resultam na investigação de inúmeras soluções 
sustentáveis para tornar o cotidiano e a vivência da população mais saudável. 
“Entende-se que a população urbana depende para o seu bem-
estar, não só de educação, cultura, equipamentos públicos, mas 
também de um ambiente com qualidade, e a vegetação quando 
presente, interfere positivamente na qualidade de vida dos habitantes 
da cidade.” (LIMA; AMORIM, 2006, pág.69). 
O setor da construção civil não fica de fora desta problemática e, com a 
ajuda da indústria e de pesquisas tecnológicas, passa a propor saídas que 
reduzam os diversos impactos negativos provocados pela falta de um 
planejamentourbano sustentável. Nesse sentido, nas últimas décadas, a 
implementação de telhados verdes nas edificações tem se tornado um recurso 
na tentativa de corrigir alguns desses problemas. 
Isto posto, é possível notar que a sua produção movimenta várias cadeias 
produtivas originando emprego e renda. Conforme Cordoni Savi (2012), ele 
“incorpora diferentes áreas de atuação, como paisagistas, arquitetos, 
instaladores e operários, e essa interdisciplinaridade é essencial para o bom 
desenvolvimento das técnicas construtivas, um grande ganho social e 
econômico” (CORDONI SAVI, 2012, pág. 18). Ainda, seguindo esta linha de 
raciocínio, admite-se a criação de um nicho de possibilidades de mão de obra 
especializada para este tipo de instalação. 
No âmbito projetual, o telhado verde aparece como proposta de um 
elemento de arquitetônico, substituindo o telhado tradicional. Todavia, em certos 
casos, não converte o terraço em um espaço útil. É preciso recuperar a dimensão 
arquitetônica em todos os seus aspectos. Nos casos em que for possível, é 
14 
 
 
 
importante que a cobertura verde tenha uma função, além da qualidade 
sustentável por ela apresentada. 
1.2 Objetivos 
Neste ítem serão expostos os objetivos gerais e específicos da presente 
monografia. 
 1.2.1 Objetivo geral 
O objetivo desta pesquisa é explorar a notoriedade quanto ao uso do 
telhado verde como referência de desenvolvimento do campo sustentável na 
construção civil e a importância dessas áreas como espaços de convivência na 
massa urbana. 
 1.2.2 Objetivo Específico 
Entender a presença do telhado verde nas edificações e expor um 
entendimento acerca das vantagens obtidas pelo emprego do sistema nas 
construções como alternativa de indicativos sustentáveis e preservação estética 
do centro urbano. Ademais, apresentar uma análise comparativa entre os 
diferentes tipos de execução dessa cobertura e divulgar construções 
significativas que empregam o método no Brasil e no mundo. 
1.3 Justificativa 
A discussão ao redor da temática sobre sustentabilidade nunca esteve tão 
evidente nos últimos anos e, por isso, é primordial manter discussões que 
auxiliem na difusão de modelos sustentáveis para a construção civil. O telhado 
verde incorpora este aspecto e deve visar a reintrodução dos espaços de 
convívio sustentável nas cidades. É necessário entender sua composição 
arquitetônica na introdução dessas coberturas em edificações, de modo que elas 
não atuem apenas como mero indicativo de qualidade ambiental, mas também 
como critérios de projeto arquitetônico que devem levar em consideração a 
integração e a harmonia entre o edifício e o ambiente, a arquitetura e a 
paisagem. 
 
 
15 
 
 
 
1.4 Metodologia e organização do trabalho 
Este estudo de caráter exploratório e explicativo, fundamenta-se em 
panoramas arquitetônicos, socioambientais e econômicos para uma revisão 
bibliográfica sobre o estado da arte do telhado verde. Após a escolha desta área 
de pesquisa, iniciou-se a coleta de dados técnicos e teóricos com a consulta a 
artigos e sites relacionados, a fim de validar sua importância científica e prática 
para melhoria dos problemas expressos. São identificados registros históricos, 
e, por fim, é apresentado o estudo de caso de um exemplar projetual dotado da 
utilização dessa cobertura verde em um grande centro urbano. 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Este capítulo busca relatar, primeiramente, as definições sobre o telhado 
verde e, em seguida, sua contextualização histórica a partir da segunda metade 
do século XX. Prontamente, serão relatados através da breve análise de dados 
literários e projetuais, a cultura do uso desta técnica arquitetônica no Brasil e no 
mundo. Ademais, serão explanados não somente alguns benefícios ambientais 
trazidos, como também sua possível composição estrutural, tipologia e os 
principais sistemas de execução existentes. Finalmente, haverá a explicação 
sobre seu processo de manutenção e, ainda, as políticas públicas e legislação 
vigente. 
2.1 Telhado verde 
O telhado verde é uma estratégia de construção que abrange a aplicação 
e uso de uma cobertura vegetal realizada com grama ou plantas, podendo ser 
instalado em lajes ou telhados de residências, fábricas, escritórios e tantas 
outras edificações. Para Vergara, Pippi e Barbosa (2009), os telhados verdes 
também podem ser identificados como lajes-jardim, tetos vivos, tetos verdes, 
terraços jardim, coberturas verdes e até como jardins suspensos. Ainda, de 
acordo com os autores, estes termos são empregados para se referirem ao 
sistema de cobertura de uma edificação com aplicação de solo e vegetação 
sobre uma camada impermeável. 
16 
 
 
 
A implantação do telhado verde pode ser realizada sobre diferentes tipos 
de materiais. Entre eles, destacam-se as lajes de concreto como o sistema 
construtivo mais utilizado para instalação do sistema. 
Como são observados nas figuras 1 e 2, a vegetação pode ainda estar 
inserida em coberturas planas ou inclinadas. A primeira modalidade deve 
receber uma atenção maior durante sua execução, pois está mais propensa a 
receber umidade e este excesso de água acumulada deve ser drenada através 
de uma manta. Já a segunda opção pode ser subdividida em inclinação 
moderada ou acentuada (MINKE, 2005). 
Vergara, Pippi e Barbosa, (2009 apud Minke, 2004), explicam a diferença 
entre as variações de inclinação. A primeira (entre 5% e 35% de inclinação) é 
considerada de simples execução e financeiramente mais acessível. Ela não 
carece de capa de drenagem, já que o próprio substrato armazena água e 
conduz o excedente. Para isso deve-se agregar materiais porosos que, “além de 
reduzir o peso do substrato, aumentam seu efeito de transmitância térmica e 
facilitam a respiração das raízes” (VERGARA, PIPPI e BARBOSA, 2009 apud 
MINKE, 2004). A inclinação acentuada (entre 36% e 84% de inclinação) 
equipara-se com os telhados de inclinação leve, porém precisam portar 
bloqueios que impossibilitem que o substrato deslize. 
Figura 1 – Exemplo de cobertura plana (Casa Plana - Lair Reis e Studio MK27) 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
17 
 
 
 
Figura 2 – Exemplo de cobertura inclinada (Studio MK27 e Maria Cristina Motta) 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
2.2 Contextualização Histórica 
 Neste capítulo, será abordado um breve histórico acerca da utilização de 
tetos verdes e, também, o seu reconhecimento pelo mundo e a introdução deste 
sistema no Brasil. 
 2.2.1 Histórico da utilização das coberturas vegetadas no século XX 
Constata-se que o telhado com vegetação aplicada é uma técnica 
considerada milenar. Dilly (2017), a partir da pesquisa elaborada por Chiarella e 
Ilari (2013), traça uma possível linha cronológica das coberturas vegetadas ao 
longo da história, classificando-as em períodos (figura 3). Com base nos dados 
levantados pelo autor, analisar-se-á, nesta monografia, o período que data o 
século XX, marcado pelo movimento moderno, até o momento atual. 
Figura 3 – Possível Linha Cronológica das Coberturas Vegetadas 
 
(Fonte: Modificado pela autora, a partir de DILLY, 2017) 
18 
 
 
 
A migração acelerada da população para as cidades e a consequente 
manifestação do novo hábito de vida urbana durante o século XX, determinaram 
o surgimento de novas alternativas arquitetônicas para as edificações. Dentre as 
novas características projetuais trazidas pelo Movimento Moderno, é importante 
destacar o uso do terraço-jardim como um espaço inovador. Dilly (2017), 
reafirma esse princípio, citando Castelnou (2003): 
“A abordagem sistemática de produção arquitetônica atingiu 
seu clímax na primeira metade do século XX. A partir deste ponto, 
instituíram-se correntes de recusa ao racionalismo arquitetônico. 
Surgia uma nova forma de compreensão da arquitetura, que defendia 
diferentes culturas que compõem o mundo contemporâneo, deixando 
de lado uma visão unilateral e abrangendo uma nova gama deteorias 
e experimentações.” (DILLY, 2017 apud. CASTELNOU, 2003, pág.32) 
Nessa perspectiva, observa-se que Le Corbusier ostenta em várias de 
suas obras, (figura 4) a substituição do telhado inclinado convencional por uma 
cobertura plana com área útil, reutilizando a laje final da construção. Aguiar 
(2015), complementa afirmando que, embora as razões técnicas continuem 
sendo as mesmas, a “utilização prática merece considerações compositivas e 
programáticas que correspondem às mudanças dos tempos e que abranjam as 
questões ambientais e as necessidades espaço-temporais contemporâneas” 
(AGUIAR, 2015, pág. 18). Levando-se em conta esta associação, a autora ainda 
verifica a possibilidade de uso do verde como elemento de arquitetura e classifica 
o telhado verde como uma das tipologias atuais do uso do terraço-jardim. 
Figura 4 – Terraço-jardim da Villa Savoye, 1929 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
19 
 
 
 
 À vista disso, um pouco mais tarde, entre as décadas de 1950 e 1970, as 
pesquisas científicas sobre a temática da cobertura verde, apareceram de forma 
pioneira na Alemanha. De acordo com Jesus (2008), o objetivo era que este 
sistema construtivo conservasse água e energia. Ademais, em decorrência do 
alto investimento do governo alemão no setor, houve o desenvolvimento 
aprofundado sobre as técnicas de sua construção e o surgimento de leis e 
subsídios no país. 
2.2.2 Utilização atual do telhado verde no mundo 
Em conformidade com Chinen (2019) apud. Saddi e Moura (2010), a partir 
dos anos 80 até os dias atuais, determinados países da Europa e da América do 
Norte, “implantaram políticas para incentivar e criar associações para fornecer 
suporte e divulgação dos conhecimentos sobre os benefícios dos telhados 
verdes” (CHINEN, 2019 apud. SADDI; MOURA, 2010, pág. 17). Mas foi somente 
em 1993, que foi criada uma das certificações ambientais mais conhecidas 
mundialmente. O LEED classifica as edificações com base em princípios 
sustentáveis e busca incentivar o reconhecimento dessa prática. O telhado verde 
aparece como um dos critérios que contribuem para a pontuação no sistema de 
certificação. 
A seguir, a tabela 1 sintetiza algumas obras de valor arquitetônico, 
reconhecidas em diferentes latitudes e climas, a partir dos anos 2000 em diante. 
As imagens selecionadas pela autora são identificadas e complementadas de 
informações básicas, onde constam além do nome da obra, a autoria projetual, 
a localização e o ano de construção. 
Tabela 1 – Telhados verdes em diferentes latitudes e climas, a partir dos anos 2000 
Figura 5 - La Maison-Vague 
 
(Fonte: Divisare, 2022) 
Autoria projetual: Studio Patrick Nadeau 
Figura 6 - Hyundai High School 
 
(Fonte: Divisare, 2022) 
Autoria projetual: Moon Hoon Architecture Studio Himma 
20 
 
 
 
Localização: Sillery, França 
Ano de construção: 2013 
Localização: Seul, Coréia do Sul 
Ano de construção: 2003 
Figura 7 - Casa AA 
 
(Fonte: Divisare, 2022) 
Autoria projetual: Ir Arquitectura 
Localização: Tortuguita, Argentina 
Ano de construção: 2009 
Figura 8 - Academia de Ciências da Califórnia 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
Autoria projetual: Renzo Piano 
Localização: Califórnia, EUA 
Ano de construção: 2008 
Figura 9 - Waldspirale Darmstadt 
 
(Fonte: Divisare, 2022) 
Autoria projetual: Friedensreich Hundertwasser 
Localização: Darmstadt, Alemanha 
Ano de construção: 2000 
Figura 10 - Museu Atelier Audemars Piguet 
 
(Fonte: Divisare, 2022) 
Autoria projetual: Big – Bjarke Ingels Group, Atelier 
Brückner, Cche Lausanne 
Localização: Le Brassus, Suíça 
Ano de construção: 2020 
(Fonte: Elaborada pela autora, 2022) 
2.2.3 Telhados verdes no Brasil 
Ao mesmo tempo em que é presumível ver que os telhados verdes 
recebem paulatinamente mais evidência nos empreendimentos em vários países 
do mundo, paralelamente, no Brasil, ainda existe uma marcha gradativa de 
desmistificação dessa tendência internacional. Com o propósito de repercutir a 
condução da natureza dentro do cenário urbano, verifica-se que sua introdução 
no país se deu na primeira metade do século XX, a partir dos ideais modernistas 
importados de países europeus. 
Averígua-se que o Palácio Gustavo Capanema, atual sede do Ministério 
da Educação (figura 11), na cidade do Rio de Janeiro, tenha sido o primeiro 
21 
 
 
 
registro de uso da cobertura plana com vegetação em uma edificação de grande 
relevância no Brasil. Construído em 1936, teve como consultor Le Corbusier, 
onde o próprio orienta a aplicação dos princípios modernos na obra. Lúcio Costa 
e Oscar Niemeyer, são alguns nomes que passaram pela equipe de execução e 
o projeto de paisagismo foi assinado por Roberto Burle Marx. 
Figura 11 – Prédio do Ministério da Educação 
 
 (Fonte: Hyperallergic, 2019) 
A chegada da arquitetura moderna ao país, sobretudo vinda de locais 
onde o clima é tipicamente mais brando, acabou por modificar a imagem física 
de alguns edifícios convencionais brasileiros. Essa transformação deixa de lado 
os extensos beirais e varandas característicos dos períodos colonial e 
neoclássico, que mantinham as temperaturas internas das edificações um pouco 
mais agradáveis. Mesmo assim, a cobertura vegetada mostra-se flexível e de 
acordo com Dilly (2017), acaba por se tornar um elemento atrativo no território 
brasileiro: 
“O telhado verde exerce um papel significativo no atual 
contexto das políticas de sustentabilidade e surge no Brasil como uma 
22 
 
 
 
opção atraente, que se ajusta às condições climáticas e morfológicas 
dos projetos, independente dos estilos e formas arquitetônicas 
praticadas.” (DILLY, 2017, pág. 39) 
À vista disso, durante o início da década de 70, percebe-se o 
aparecimento dos primeiros conceitos sustentáveis, sendo possível notar uma 
postura mais ecológica e econômica nas construções. O uso de materiais 
regionais torna-se imprescindível e o clima atua como fator influente na 
disseminação para o uso da cobertura vegetada no país. Para Chinen (2019): 
“As condições climáticas do Brasil, favorecem a 
implementação dos telhados verdes, independente dos tipos de 
plantas. Como algumas técnicas de implementação do telhado verde 
são de alto custo, é possível realizar algumas adaptações para que 
este se torne mais baixo. Também é possível realizar adaptações na 
aplicação dos substratos e da vegetação, para que possam suportar 
determinados climas de determinadas regiões.” (CHINEN, 2019, pág. 
10) 
Entre os anos de 1980 e 2000, com a intensificação das discussões 
climáticas, verifica-se o aparecimento de uma gama maior de construções 
sustentáveis no país e a cobertura verde passa a ser incorporada em um 
pequeno número de projetos nos principais centros urbanos brasileiros. Dentre 
eles, destaca-se o edifício do Banco Safra (figura 12). Sendo mais um jardim 
brasileiro projetado por Burle Marx, sua construção foi datada no ano de 1988 
na cidade de São Paulo. 
Figura 12 – Terraço no Prédio do Banco Safra 
 
 (Fonte: Archdaily, 2022) 
23 
 
 
 
2.3 Benefícios e Vantagens 
A cobertura verde oportuniza um conjunto de benefícios e vantagens para 
a edificação ao qual seja implantado e, consequentemente, para as áreas 
adjacentes. 
2.3.1 Qualidade do ar 
Entende-se que o superaquecimento de superfícies e edifícios durante o 
verão produzem ondas térmicas verticais, isto é, partículas de poeiras e sujeira 
encontradas no solo se movimentam e são transportadas e distribuídas pelo ar. 
Consequentemente, este processo contribui para a geração de graves 
problemas respiratórios na população. Contudo, a utilização de vegetação nas 
coberturas diminui a poluição existente e melhora a qualidade do ar das cidades. 
Para Alberto et al. (2013): 
“O ar próximo aos telhados verdes fica mais úmido e frio durante 
o verão. A cobertura vegetal atrai e absorve grandes volumes de poeira 
e poluição na superfície das folhas, ajudando a fazer um armais limpo 
e saudável.” (ALBERTO et al., 2013, pág.172). 
Neste sentido, comprova-se que a vegetação consegue absorver as 
substâncias tóxicas e, assim, liberar o gás oxigênio na atmosfera, resultando no 
bloqueio da passagem das impurezas. 
2.3.2 Ilha de calor 
Entende-se que a ilha de calor é um fenômeno climático distinguido pela 
existência de uma temperatura mais elevada na área urbana se comparado às 
temperaturas encontradas nas cidades vizinhas, tais como as zonas rurais. 
Jesus (2018) afirma que “é característica dos centros urbanos possuírem 
materiais de cores mais escuras facilitando a absorção de calor e não o reflexo 
[...].” (JESUS, 2018, pág. 18). Deste modo, os telhados verdes podem atuar na 
mitigação desse efeito já que a absorção do calor pode ser reduzida através da 
evapotranspiração das vegetações (BALDESSAR, 2012). 
 
 
24 
 
 
 
2.3.3 Isolamento térmico e eficiência energética 
A grande quantidade de camadas que são aplicadas na instalação da 
cobertura verde consegue garantir o conforto térmico da edificação. Isto 
acontece, de acordo com Veccia et al., (2006, apud Gouvea, 2008), devido a 
absorção de radiação pela vegetação ocorrida durante a fotossíntese e, também, 
pela absorção do gás carbônico liberado pelos automóveis. Como consequência, 
este sistema ajuda a reduzir o efeito estufa e melhora a eficiência energética dos 
edifícios, já que possibilita um menor uso de sistemas de ventilação que 
dependem de energia, como os ares-condicionados. 
2.3.4 Escoamento e filtragem de águas pluviais 
Nota-se, que o mau gerenciamento do escoamento de águas pluviais 
durante o processo de urbanização das cidades resultou em problemas de 
inundação, erosão e qualidade da água. De acordo com Júnior et al. (2018): 
“Este crescimento urbano traz consigo um aumento do nível de 
impermeabilização dos pavimentos, acarretando em dificuldades de 
infiltração de águas pluviais, aumentando a frequência e magnitude do 
pico das cheias devido elevação do nível d’água, através de alto 
escoamento superficial.” (JUNIOR et al., 2018, pág.443) 
Neste sentido, o telhado verde é uma excelente estrutura que contribui 
para a gestão da drenagem urbana, visto que, uma parte da água da chuva fica 
retida no solo e a outra é evaporada. O resultado é que menos água chega ao 
nível do solo, reduzindo o volume total da enxurrada. Ademais, em conformidade 
com Santos et al. (2017), ele atua como uma espécie de “filtro mecânico de 
partículas”, já que “alguns tipos especiais de substrato utilizados para cultivo de 
plantas em telhados e coberturas podem funcionar como reguladores de pH e 
como filtros de íons” (SANTOS et al., 2017, pág. 202). 
2.3.5 Isolamento acústico 
O isolamento acústico gerado pelo teto verde visa a atenuação da 
poluição sonora para os ambientes. Pesquisas feitas por Dunnet; Kinsbury 
(2008) afirmam que os responsáveis por essa absorção são as vegetações e os 
substratos usados nos sistemas verdes. Isto acontece, pois, o substrato 
propende a absorver o som nas frequências mais baixas e a folhagem das 
25 
 
 
 
plantas nas frequências mais altas, de maneira oposta as superfícies austeras 
que apenas devolvem essas ondas às áreas urbanas. Logo, percebe-se que 
estes tipos de coberturas são muito aceitos em edificações localizadas próximas 
a aeroportos, ferrovias e áreas industriais. 
2.3.6 Estética e valorização imobiliária 
Observando a figura 13, é possível reconhecer que as coberturas verdes 
são paisagisticamente muito mais agradáveis se comparados às edificações 
com telhados convencionais. A diversidade visual é promovida no ambiente 
urbano “uma vez que as coberturas verdes vivas (telhados e lajes-jardim) se 
contrapõem à massa construída da cidade” (VERGARA, PIPPI e BARBOSA, 
2009, pág. 964). 
Figura 13 – Diferenciação estética entre a cobertura verde e o telhado convencional na 
paisagem urbana em Porto Alegre, RS 
 
(Fonte: Ecotelhado, 2022) 
Percebe-se também que os jardins estão sendo cada vez mais 
valorizados nas cidades e tornam-se um diferencial para a edificação facilitando 
na venda e locação desses imóveis (SANTOS et al., 2017). Desta forma, 
entende-se que essas áreas de coberturas inutilizadas são transformadas em 
espaços de convívio. 
2.4 Potencial estrutura de composição do telhado verde 
A partir da bibliografia analisada, constatou-se a possível estrutura de 
composição desse tipo de cobertura. Conforme é observado na figura 14, ela 
26 
 
 
 
constitui-se, basicamente, de seis camadas, que são alocadas sobre a estrutura 
do telhado. Segundo ALBERTO et al. (2013), tal estrutura deverá ser 
previamente dimensionada para suportar o carreamento imposto pelas camadas 
seguintes. 
“Para a construção de um telhado verde, a laje deve ser 
preparada com impermeabilização e sistemas de drenagem para 
receber o telhado. Em casos de estruturas que já foram executadas 
sem o planejamento para receber o telhado, deverá ser feito um estudo 
para analisar a carga que pode ser colocada ou até mesmo fazer um 
reforço estrutural.” (ALBERTO et al., 2013, p. 171). 
O autor alerta ainda que, deve-se ter atenção quanto ao crescimento das 
raízes sendo este um fator relevante, onde deve-se ter o acompanhamento de 
um profissional especializado para designar as espécies compatíveis para cada 
situação. 
Figura 14 – Possível estrutura de composição do telhado verde 
 
(Fonte: Modificado pela autora, a partir de Ecotecnologias, 2022) 
2.4.1 Camada Impermeabilizante 
A primeira camada é composta por membranas asfálticas sobrepostas 
que impedem a passagem de água para a edificação, protegendo assim, a 
edificação contra infiltrações. De acordo com Silva (2011), ela pode ser feita de 
diversos materiais, mas na maioria das vezes, é composta por manta asfáltica. 
Esta manta vai filtrar a água fazendo com que partículas de areia e terra ou raízes 
não passem pela tubulação de queda da água de chuva. 
27 
 
 
 
2.4.2 Manta anti-raíz 
A segunda camada funciona como uma proteção física para a membrana 
de impermeabilização, contra o crescimento das raízes da vegetação. 
2.4.3 Camada drenante 
A terceira camada é composta por um sistema que conduz o excesso de 
água para as calhas. Pode ser constituída de argila expandida, brita ou seixos 
de diâmetros semelhantes. Sua espessura pode variar de 7 a 10 cm. 
2.4.4 Camada filtrante 
Também conhecida como manta geotêxtil, esta quarta camada separa as 
camadas de substrato e de vegetação da camada de drenagem. Basicamente 
sua função é evitar que partículas finas sejam carregadas para fora do substrato, 
evitando a sobreposição da terra e mantendo a eficiência da camada de 
drenagem. 
2.4.5 Solo e Substrato 
Esta camada é composta da terra e da vegetação que crescerá sobre ela, 
fornecendo água e os nutrientes necessários ao seu crescimento, em uma 
estrutura equilibrada e de baixo peso. O substrato orgânico que deve possuir 
boa drenagem, de preferência um solo não argiloso que apresente uma boa 
composição mineral de nutrientes para o sucesso das plantas. A espessura varia 
de acordo com o tamanho das plantas. 
2.4.6 Vegetação 
A sexta, e última camada, é composta pela cobertura vegetal, com 
aplicações de plantas selecionadas especificamente ao tipo de telhado 
escolhido. Para a sua escolha é necessário o conhecimento do clima local, o tipo 
de substrato a ser utilizado e o tipo de manutenção que será adotada 
posteriormente no telhado verde. 
2.5 Tipos de Telhado Verde 
 Para Silva (2011), após uma avaliação estrutural e ciente do objetivo a ser 
alcançado, deve-se escolher o tipo de cobertura verde a ser utilizada. De acordo 
28 
 
 
 
com o IGRA (2010), os telhados verdes se classificam em extensivo, intensivo 
ou semi-intensivo, como se observa na figura 15. 
Figura 15 – Esquematização dos tipos de telhado verde 
 
(Fonte: Modificado pela autora, a partir de American Hydrotec Inc., 2011) 
2.5.1Extensivo 
Os telhados verdes extensivos possuem baixa profundidade de substrato 
e por isso, segundo Neto (2018), não são recomendados para uso como área de 
lazer. São utilizadas plantas de pequeno porte e que necessitam de pouca 
manutenção devido ao seu lento e baixo crescimento. A altura da estrutura, 
somando a vegetação, varia entre 6 a 20 cm e o peso total fica entre 60kg/m² a 
150kg/m² (SILVA; SILVA, 2021 apud IGRA, 2010). 
Figura 16 – Exemplo de telhado verde extensivo 
 
(Fonte: Anthera Engenharia, 2020) 
29 
 
 
 
2.5.2 Intensivo 
Os telhados verdes intensivos são caracterizados por plantas de nível 
médio a grande, sua altura varia entre 15 a 40 cm com carga entre 180kg/m² a 
500kg/m². (SILVA; SILVA, 2021 apud IGRA, 2010) 
Figura 17 – Exemplo de telhado verde intensivo 
 
(Fonte: Ciclo vivo, 2022) 
2.5.3 Semi-intensivo 
O telhado verde semi-intensivo, possui vegetação de porte mediano, 
tendo com altura total da estrutura 12 a 25 cm. A carga varia de 120kg/m² a 
200kg/m². (SILVA; SILVA, 2021 apud IGRA, 2010) 
Figura 18 – Exemplo de telhado verde semi-intensivo 
 
(Fonte: Árvores de São Paulo, 2022) 
30 
 
 
 
2.6 Sistemas de execução do telhado verde 
 Foram levantados alguns dos principais sistemas de execução realizados 
por empresas especializadas nesse segmento. 
 2.6.1 Alveolar 
 O sistema alveolar, produzido pela empresa Ecotelhado, é indicado para 
uso em telhados com pouca ou nenhuma inclinação. Ele é um sistema leve e, 
por isso, recomenda-se que sejam instalados telhados de pouca circulação. 
Possui um módulo que se responsabiliza pela reserva de água para a vegetação. 
Figura 19 – Corte esquemático do sistema alveolar 
 
(Fonte: Ecotelhado, 2022) 
 2.6.2 Alveolar grelhado 
O sistema alveolar grelhado, produzido pela empresa Ecotelhado, 
diferencia-se do sistema citado anteriormente pela inclusão de uma grelha 
tridimensional de PEAD. Ela retém o substrato dentro de seus círculos e não 
permite que o mesmo escoe com a inclinação. 
Figura 20 – Corte esquemático do sistema alveolar grelhado 
 
(Fonte: Ecotelhado, 2022) 
31 
 
 
 
 2.6.3 Laminar médio 
O sistema de laminar médio, produzido pela empresa Ecotelhado, retém 
a água pluvial e trata o efluente da própria edificação através de um sistema 
hidropônico. Isso evita o desperdício de água potável para a irrigação. Com ele, 
também é possível utilizar placas fotovoltaicas para captação de energia solar. 
Este ainda contém seu piso elevado com o objetivo de criar, abaixo do mesmo, 
uma espécie de cisterna ou um espaço que auxilia no isolamento termoacústico 
da edificação. Além disso, possibilita a passagem de fiações elétricas e 
tubulações hidráulicas. 
Figura 21 – Corte esquemático do sistema laminar médio 
 
(Fonte: Ecotelhado, 2022) 
 2.6.4 Laminar alto 
O sistema de laminar alto, produzido pela empresa Ecotelhado, é o único 
da categoria que desempenha a função como cisterna, sendo independente da 
irrigação com água potável e funcionando como tratamento e polimento de águas 
residuais. Ademais, ao ser usado juntamente com um sistema biofílico é possível 
reutilizar as águas cinzas para fins não potáveis. Na sua instalação é indicado o 
uso de impermeabilização de PVC em sua instalação. 
 
 
 
 
32 
 
 
 
Figura 22 – Corte esquemático do sistema laminar alto 
 
(Fonte: Ecotelhado, 2022) 
2.6.5 Modular 
O sistema modular, produzido pelo Instituto Cidade Jardim, garante a 
desmontagem da cobertura verde após o desenvolvimento da vegetação, já que 
contém todas as camadas em uma peça única. É ideal para receber espécies de 
forrações ornamentais e hortaliças. Aconselha-se usar em telhados verdes 
extensivos, mas não impede a instalação em telhados intensivos, já ele que 
suporta o tráfego sobre a estrutura aparente das bandejas. 
Figura 23 – Corte esquemático do sistema modular 
 
(Fonte: Instituto Cidade Jardim, 2022) 
33 
 
 
 
2.6.6 Flat 
O sistema modular, produzido pelo Instituto Cidade Jardim, simula as 
condições de um jardim convencional sobre o solo. Nele é possível receber 
diferentes profundidades de camada de substrato, podendo ser usado para a 
criação de jardins com forrações, arbustos, palmeiras e árvores das mais 
diversas espécies. Logo ele permite o tráfego de pessoas e equipamentos 
utilitários. Possui duplo escoamento e um reservatório de lâmina d’água 
descontínua, conforme observado na figura 24. 
Figura 24 – Corte esquemático do sistema flat 
 
(Fonte: Instituto Cidade Jardim, 2022) 
2.6.7 Telha Hidropônica 
O sistema que utilizada telha hidropônica, patenteada pelo Instituto 
Cidade Jardim, promove a instalação de uma cobertura verde tal como uma telha 
convencional, substituindo as de barro e cimento. Ela é parafusada na estrutura 
metálica ou madeiramento e não necessita de impermeabilização. Pode também 
ser usada em paredes verdes e jardins verticais. 
 
 
34 
 
 
 
Figura 25 – Imagem ilustrativa da telha hidropônica 
 
(Fonte: Instituto Cidade Jardim, 2022) 
2.7 Manutenção 
Nota-se que o teto verde possui grande durabilidade, já que a vegetação 
dispõe de uma resistência indeterminada. Para Gouvea (2008), 
independentemente da base impermeável utilizada, lona, concreto, telha ou 
plástico, ao adicionar a vegetação, aumenta-se a durabilidade desta cobertura, 
tornando-a muito maior do que a das construções comuns que não se utilizam 
da naturação1. No entanto, para assegurar um longo período de funcionalidade 
e estética da cobertura verde, é importante providenciar algumas medidas de 
manutenção. 
Para Heneine (2008), existem três estágios de manutenção. O primeiro 
estágio corresponde ao primeiro ano após a instalação. Diversos aspectos e 
serviços estão envolvidos para a bem-sucedida “pega” das plantas após a 
instalação. É importante ter água suficiente durante as estações secas. 
Replantar é necessário se houver plantas faltando ou morrendo ou com ervas 
daninhas. Já o segundo se configura durante o desenvolvimento, até antes da 
total cobertura do telhado ser atingida. Essa manutenção é igual a da instalação, 
mas com menor intensidade. Por último, após o desenvolvimento das plantas e 
a cobertura vegetal ser totalmente assegurada, é crucial dar manutenção na 
cobertura uma ou duas vezes ao ano. Deve-se retirar ervas daninhas e aparar o 
perímetro da cobertura. A câmara de inspeção também precisa ser monitorada. 
 
1 “A técnica da naturação pode ser aplicada em quaisquer áreas construídas, ou seja, cobertas, 
fachadas e vias, resumindo-se em transformar um velho sistema de terraços ajardinados, típicos 
da arquitetura modernista amplamente difundida por Le Corbusier, em um sistema de 
revegetação do espaço construído com índices de controle e benefícios do meio ambiente.” 
(ROLA, 2008, pág. 73) 
35 
 
 
 
Para gramas e ervas, a vegetação de material orgânico tem que ser removida 
pelo menos uma vez por ano. Os telhados verdes intensivos requerem maior 
manutenção e serviço durante o ano, em relação aos extensivos. Para gramas 
e ervas, a vegetação de material orgânico tem que ser removida pelo menos 
uma vez por ano. Os telhados verdes intensivos requerem maior manutenção e 
serviço durante o ano, em relação aos extensivos. 
2.8 Legislação, normas e políticas públicas 
A partir do final da década de 1990, no Brasil, verifica-se a divulgação das 
primeiras leis de incentivo sobre o uso do telhado verde nas edificações e que 
este sistema beneficiaria o meio ambiente. No entanto, percebe-se que inúmeras 
adversidades se revelaram com relação ao custo/benefício e a consequente falta 
de fomento governamental para a introdução do mesmo. Para Jesus (2018), isso 
aconteceu devido à falta de conhecimento e a existência de muitos 
questionamentos acerca do tema em todo o mundo. Ainda de acordo com a 
autora, essas especulações começariam a ser sanadas décadas depois com oaumento gradativo dos estudos na área. Apesar disso, percebe-se ainda certa 
timidez no Brasil com relação às políticas públicas de incentivo à implantação 
em larga escala deste sistema no país. 
 Não obstante, no momento atual brasileiro, existem algumas leis que 
regulam a instalação de infraestruturas verdes. Na mesma proporção em que 
algumas promovem incentivos fiscais, certificações e selos de sustentabilidade 
para a sua instalação, outras trazem panoramas para a instalação obrigatória 
das estruturas em determinados locais. Foi elaborada uma tabela explicativa a 
partir de dados disponibilizados pela empresa Ecotelhado (2019), que mostra um 
pouco desse cenário com a legislação em vigor no país. 
Tabela 2 – Legislação no Brasil 
LEGISLAÇÃO NO BRASIL 
ALGUMAS NORMAS QUE PROMOVEM TECNOLOGIAS DE INFRAESTRUTURA VERDE COMO 
COMPENSAÇÃO AMBIENTAL EM CONSTRUÇÕES URBANAS 
LOCALIDADE LEI / DECRETO DESCRIÇÃO 
 
Porto Alegre/RS 
 
Lei Complementar 434/1999 
 
 
Podem ser utilizados telhados verdes e pavimentos 
permeáveis 
 
 
Estado de Santa Catarina 
 
 
Lei nº 14.243/2007 
 
Dispõe sobre a implementação de sistemas de naturação 
através da criação de telhados verdes em espaços urbanos 
de Santa Catarina. 
 
36 
 
 
 
 
 
São Paulo/SP 
 
Decreto 53.889/2013 
(substituída pelo Decreto 
55.994/2015) 
 
 
Podem ser utilizados telhados verdes e pavimentos 
permeáveis 
 
 
Itu/SP 
 
 
Lei Nº 1579/2013 
 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação do "telhado 
verde" nos locais que especifica 
 
 
Canoas/RS 
 
Lei 5840/2014 
 
Prevê a instalação do Telhado Verde sobre coberturas das 
edificações com o fim de compensar parcialmente a 
construção sobre Área Livre Obrigatória mínima necessária 
para o terreno 
 
 
Estado do Piauí 
 
 
Lei Nº 6888/2016 
 
 
Dispõe sobre a obrigatoriedade da adoção de práticas e 
métodos sustentáveis na construção civil e dá outras 
providências. No caso das coberturas, indica-se o uso de 
telhas ecologicamente apropriadas ou o uso de telhados 
verdes. 
 
ALGUMAS NORMAS QUE PROMOVEM TECNOLOGIAS DE INFRAESTRUTURA VERDE POR MEIO DE 
INCENTIVOS FISCAIS 
LOCALIDADE LEI / DECRETO DESCRIÇÃO 
 
Guarulhos/SP 
 
Lei 6793/2010 
 
Descontos do IPTU que vão de 3% a 5% por tecnologias 
que podem ser os telhados verdes e outros sistemas 
sustentáveis. 
 
 
Goiânia/GO 
 
Lei Complementar 235/2012 
 
 
Promove descontos de até 20% do IPTU a quem instalar 
telhados verdes, jardins verticais e outros sistemas 
sustentáveis. 
 
 
Santos/SP 
 
Lei Complementar 913/2015 
 
 
Dispõe sobre o incentivo à implantação do “Telhado Verde ” 
nos condomínios verticais do Município de Santos. 
 
 
Salvador/BA 
 
Decreto 25899/2015 
(substituída pelo Decreto 
29.100, de 2017) 
 
Cria certificação sustentável com direito a desconto do IPTU 
a quem instala tecnologias como telhados verdes, 
reaproveitamento da água da chuva, entre outros. 
 
ALGUMAS NORMAS QUE PROMOVEM TECNOLOGIAS DE INFRAESTRUTURA VERDE POR MEIO DE 
OBRIGATORIEDADE 
LOCALIDADE LEI / DECRETO DESCRIÇÃO 
 
João Pessoa/PB 
 
Lei 10.047/2013 
 
Obriga a instalação de telhados verdes, de acordo com 
seus critérios 
 
 
Guarulhos/SP 
 
Lei 7031/2012/2014 
 
Obriga a instalação de telhados verdes, de acordo com 
seus critérios 
 
 
Recife/PE 
 
Lei 18.112/2015 
 
Obriga a instalação de telhados verdes e reservatórios de 
água pluvial, de acordo com seus critérios 
 
ALGUMAS NORMAS QUE PROMOVEM TECNOLOGIAS DE INFRAESTRUTURA VERDE POR MEIO DE 
CERTIFICAÇÕES/SELOS DE SUSTENTABILIDADE 
LOCALIDADE LEI / DECRETO DESCRIÇÃO 
 
Rio de Janeiro/RJ 
 
Decreto 35.745/2012 
 
Edificações e projetos que incluírem tecnologias como 
telhados verdes, jardins verticais, etc., ganharão o selo 
“Qualiverde”, com a vantagem de preferência nos processos 
de licenciamento da obra 
 
 
Salvador/BA 
 
Decreto 25899/2015 
(substituída pelo Decreto 
29.100, de 2017) 
 
 
Cria certificação sustentável com direito a desconto do IPTU 
a quem instala tecnologias como telhados verdes, 
reaproveitamento da água da chuva, etc. (obs.: já 
mencionado entre as normas de incentivo fiscal) 
 
(Fonte: Elaborada pela autora, 2022) 
37 
 
 
 
Conforme se depreende da leitura da tabela retro, verifica-se que a 
primeira regulamentação dos telhados verdes ocorreu bem ao final do século 
passado, no município de Porto Alegre/RS. A partir dos anos 2000, 
principalmente nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, descenderam-se diversas 
legislações esparsas. Muito embora haja essa pluralidade de leis em vigor, não 
existe até os dias atuais um código amplo e geral que uniformize todos os 
aspectos legais da cobertura verde. 
De acordo com Souza et al. (2021), o Brasil não apresenta uma legislação 
federal que ordena a instalação de telhados verdes em edifícios. No entanto, 
averígua-se que tenham sido propostos dois projetos de lei, o de nº 1.703-A/2011 
e o de nº 1.794-A/2015. Ambos não foram estabelecidos pela Câmara dos 
Deputados. Igualmente, até o presente momento, não existem normas técnicas 
(NBR) específicas para a construção e execução de telhados verdes no Brasil. 
Desta forma, não é possível conceder uma diretriz pertinente aos profissionais, 
o amparo ao consumidor e a acessibilidade segura na manutenção dos telhados, 
evitando, assim, possíveis infortúnios. 
 
3 ESTUDO DE CASO 
3.1. Academia de Ciências da Califórnia 
 3.1.1 Informações gerais 
A Academia de Ciências da Califórnia foi fundada na cidade de São 
Francisco, nos EUA, em 1853. Com o passar dos séculos, tornou-se conhecida 
por ser um dos poucos institutos de ciências naturais onde a pesquisa científica 
e a experiência pública caminham juntas no mesmo lugar. Entre os anos de 2000 
e 2008, o escritório RPBW Architects, comandado pelo arquiteto Renzo Piano, 
em colaboração com a Stantec Architecture, foram responsáveis pela 
revitalização do local. De acordo com a RPBW Architects (2022), a ideia era 
projetar uma grande instituição cultural e científica para a cidade, já que esta 
possui uma forte vocação coletiva para a sustentabilidade. Dessa forma, buscou-
se encontrar uma “linguagem que expressasse de forma imediata essa visão 
compartilhada do presente”. (RPBW ARCHITECTS, 2022, s/p). 
38 
 
 
 
Figuras 26 e 27 – Academia de Ciências da Califórnia, perspectiva aérea 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
A área total do complexo chega a 37.000 m² e combina espaços 
expositivos, educacionais e de pesquisa através de um aquário, um museu de 
história natural e um planetário. O novo edifício manteve a mesma posição e 
orientação do original. Contudo, todas as funções foram dispostas de modo que 
se conectassem a um pátio central, sendo este espaço equivalente a um átrio de 
entrada e o ambiente principal das coleções, como pode ser observado nas 
figuras 28, 31 e 32. Ainda segundo o RPBW Architects (2022), “este ponto de 
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ligação é coberto por um dossel de vidro côncavo com uma estrutura reticular 
que lembra uma teia de aranha, aberta ao centro” (RPBW ARCHITECTS, 2022, 
s/p). Dessa maneira, observa-se que as variações formais desses elementos 
ficam evidenciadas na cobertura vegetada da obra, seguindo os seus 
componentes (figuras 29 e 30). 
Figura 28 – Academia de Ciências da Califórnia, planta baixa 
 
(Fonte: +ArchCultura, 2021) 
Figura 29 – Academia de Ciências da Califórnia, planta de cobertura 
 
(Fonte: +ArchCultura, 2021) 
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Figura 30 – Academia de Ciências da Califórnia, perspectiva frontal 
 
(Fonte: RPBW Architects, 2022) 
Figura 31 – Academia de Ciências da Califórnia, corte transversal 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
Figura 32 – Academia de Ciências da Califórnia, corte longitudinal 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
 3.1.2 Análise técnica e de composição arquitetônica da cobertura 
O telhado verde da Academia de Ciências da Califórnia é plano em seu 
perímetro e, como uma paisagem natural, torna-se cada vez mais ondulado àmedida que se afasta da borda para formar uma série de cúpulas de vários 
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tamanhos que se erguem ao longo da cobertura. Existem duas cúpulas principais 
que cobrem as exposições do planetário e da floresta tropical. Ademais, são 
salpicadas com um padrão de claraboias automatizadas para abrir e fechar, que 
a serventia principal será explicada adiante. Agrega-se, também, o beiral feito de 
estrutura metálica e finalizado com células fotovoltaicas (figura 33). Dessa 
maneira, Oliveira et al. (2020) entende que o partido arquitetônico do projeto fica 
explícito já que o edifício que se conecta ao local. 
Figura 33 – Academia de Ciências da Califórnia, beiral com uso de células fotovoltaicas 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
Conforme pode ser analisado a partir da figura 34, a estrutura do telhado, 
é formada por seis camadas. Depois da laje concretada, a primeira camada foi 
composta por uma membrana plástica térmica impermeabilizante. A segunda 
camada recebeu uma barreira contra raízes. Em seguida, existe uma camada 
responsável pela drenagem feita de um plástico leve, porém forte. A quarta 
possui uma folha de filtro que previne as impurezas vinda do solo para a cama 
de drenagem. A quinta é constituída de substrato com materiais orgânicos e 
inorgânicos. E, por fim, tem a última camada que comporta a vegetação. 
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Figura 34 – Academia de Ciências da Califórnia, estrutura do telhado verde 
 
(Fonte: Modificado pela autora, a partir de +ArchCultura, 2021) 
No que se diz respeito à vegetação, o teto é coberto com 
aproximadamente 1,7 milhão de plantas nativas, em geral rasteiras (gramas e 
forrações), selecionadas e plantadas em recipientes de fibra de coco 
biodegradáveis (figuras 35 e 36). Elas não precisam de manutenção ou água 
afora do necessário e, além disso, atraem espécies locais de insetos para ocupá-
lo. O telhado verde não é totalmente acessível aos visitantes, que só podem 
andar em um terraço (figura 37) ou através de um pequeno caminho pela 
vegetação (figura 38), evitando que as plantas sejam pisoteadas. De acordo com 
as características apresentadas, constata-se que este telhado é do tipo 
extensivo. 
Figura 35 e 36 – Academia de Ciências da Califórnia, recipiente de fibra de coco 
 
(Fonte: SWA Group, 2011) 
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Figura 37 – Academia de Ciências da Califórnia, terraço de contemplação 
 
(Fonte: Greenroofs.com, 2017) 
Figura 38 – Academia de Ciências da Califórnia, detalhe do caminho de circulação 
 
(Fonte: Greenroofs.com, 2017) 
 O objetivo principal do teto verde do edifício é fornecer uma camada de 
isolamento térmico superior para a construção. Por conseguinte, é possível 
reduzir a necessidade de climatização artificial nas áreas públicas do piso térreo 
e de outros ambientes ao longo da fachada. Isso ocorre, devido a umidade do 
solo alinhada ao fenômeno da inércia térmica. 
Ademais, em entrevista para a SpacesTV, o gerente de sustentabilidade 
da academia, Alan Pope discorre sobre a existência das duas cúpulas, também 
vegetadas, que funcionam como elementos fundamentais para o sistema de 
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resfriamento passivo da edificação. Elas possuem as mesmas dimensões e 
algumas aberturas zenitais (figuras 39 e 40). O superintendente ainda afirma que 
o ar frio proveniente da costa marítima varre o telhado verde e atravessa essas 
cúpulas, descendo para uma praça localizada embaixo da cobertura. 
Figura 39 – Academia de Ciências da Califórnia, foto interna das aberturas zenitais 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
Figura 40 – Academia de Ciências da Califórnia, foto externa das aberturas zenitais 
 
(Fonte: Archdaily, 2022) 
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Embora essa praça pareça estar fechada para os elementos externos, 
existe uma lacuna em seu perímetro, projetada propositalmente para ser um 
espaço ao ar livre. Desta forma, o ar frio submerge para o interior da praça 
(figuras 41, 42 e 43) e atravessa algumas janelas envidraçadas em sua base que 
podem ficar abertas ou não. Logo, esse ar fresco é sugado para os ambientes 
internos do edifício de maneira a fornecer o ar condicionado passivo e natural. 
Consequentemente, o ar quente que sobe é exalado pelas claraboias que irão 
abrir e fechar automaticamente. Com isso, temos esse efeito de resfriamento 
circulante, que ajuda a economizar nas partes energéticas e econômicas. 
Figuras 41 e 42 – Academia de Ciências da Califórnia, sistema de resfriamento passivo 
 
 
(Fonte: Modificado pela autora, a partir de SpacesTV, 2012) 
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Figura 43 – Academia de Ciências da Califórnia, corte esquemático transversal explicativo 
 
(Fonte: +ArchCultura, 2017) 
A escolha da implantação dessa cobertura verde juntamente com 
materiais, a reciclagem, o posicionamento dos espaços em relação à iluminação 
natural, ventilação natural, uso da água, aproveitamento das águas pluviais e 
produção de energia, foram as questões projetuais responsáveis por 
contemplarem o edifício com a Certificação LEED platina. 
 
4 CONCLUSÃO 
O verde agregado sobre áreas edificadas é um dos métodos prescritos 
por inúmeras nações objetivando a virtude ecossistêmica à esfera urbana. 
Coberturas vegetadas são usualmente reconhecidas ecologicamente, já que 
oportunizam uma vasta cadeia de prerrogativas ambientais. Todavia, a sua 
qualidade estética e seu campo visual por muitas vezes não estão acentuados e 
são debatidos superficialmente no que se diz respeito à interligação de uma obra 
ao seu entorno. 
O uso do verde como um componente arquitetônico, em contrapartida ao 
telhado convencional, acaba por não transfigurar o espaço em área útil e 
configura o edifício apenas no prisma sustentável. Neste sentido, depreende-se 
que os telhados verdes precisam ser entendidos como “terraços-jardim”, sendo 
acessíveis ao uso humano e aparecendo como proposta projetual. É necessário 
reconquistar a arquitetura em todas as suas vertentes e por isso, a cobertura 
carece de um programa bem desenvolvido e deve ser um elemento arquitetônico 
compositivo. 
47 
 
 
 
A metodologia e os critérios projetuais de um telhado verde devem ser 
herméticos e variar generosamente de acordo com cada partido arquitetônico, 
tecnologia e prática usual de constituintes pertinentes ao meio originário. Isto 
posto, analisa-se que a Academia de Ciências da Califórnia foi planejada em 
uma localidade que já possuía previamente a racionalidade para com o meio 
ambiente e, por isso, percebe-se que a composição projetual adotada no edifício 
mescla a temática da sustentabilidade juntamente com a estética arquitetônica 
da cobertura verde. Os aspectos incorporados no projeto tendem a resolver 
questões atuais de sustentabilidade ao mesmo tempo em que contemplam uma 
forma de uso produtiva do telhado. 
Mediante o estudo apresentado, é preciso se atentar às estratégias 
construtivas que são mais apropriadas, a exemplo do uso de coberturas planas 
e técnicas de execução garantidas, que permitam o tráfego mais seguro das 
pessoas. Para tanto, é importante ressaltar as práticas públicas de implantação 
dessas coberturas vegetadas, de maneira a incentivar sua propagação quanto 
solução construtiva e sustentável. Por fim, aceitar a visão mais ampla da relação 
entre os benefícios ambientais e estéticos do telhado verde propicia um rol de 
possibilidades de design criativo da composição arquitetônica que se entrevê no 
uso das coberturas convencionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
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