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2013-tese-lblima

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA 
 
 
 
 
Contribuição para a Padronização Química de Espécies do 
Gênero Plectranthus: Derivatização e Validação de Métodos 
Analíticos para a Quantificação de Marcadores Químicos 
 
 
 
 
 
LEANDRO BEZERRA DE LIMA 
 
 
 
 
 Tese Submetida à Coordenação do Curso de Pós Graduação em Química como Requisito 
Parcial para a Obtenção do Título de Doutor. 
 
 
 
 
 
Orientador: Profa. Dra. Maria Goretti de Vasconcelos Silva 
 
 
 
FORTALEZA –CE 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico 
Aos meus pais, 
Raimundo Bezerra de Lima e 
Francisca J. P. Bezerra 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
À professora Dra. Maria Goretti, pela valiosa orientação, confiança depositada, 
pela liberdade dada para o desenvolvimento deste trabalho, pelo conhecimento 
compartilhado e pela amizade, o que foi de grande importância para meu crescimento 
pessoal e profissional. 
Aos professores Dr. Marcos Carlos e Dr. Maria Conceição por todos os 
ensinamentos, atenção, colaboração e pelo espaço que me foi cedido e que tornaram 
possível a conclusão dos meus experimentos. 
Aos professores Dr. Alberto J. Cavalheiro e Dra. Eveline S. B. Cavalcanti por 
participarem da banca examinadora e por contribuírem com a conclusão deste trabalho. 
Ao professor Dr. Daniel Esdras pela atenção e auxílio na obtenção dos espectros 
de ressonância magnética nuclear das minhas amostras. 
À professora Dra. Maria Teresa por toda atenção e colaboração. 
A todos os amigos do Laboratório de Produtos Naturais e do Laboratório de 
Biotecnologia e Síntese Orgânica em especial ao Edângelo, Tiago Augusto, Tiago 
Correia, Thiago Fonseca, Ricardo Marques, Ricardo Araújo, Emanuela, Reinaldo, 
Carol, Daniely, Natália, Tasso Gabriel, Bárbara, Caroline, Juliana, Elayne, Daniel 
Marcos, Francisco Sales, Amélia, Rogério e Roberto, por terem me ajudado e 
incentivado ao longo da minha vida acadêmica na UFC. 
Aos meus pais, Raimundo e Francisca, aos meus irmãos, Douglas e Danilo, por 
todo o amor, suporte, compreensão, dedicação e atenção, por estarem sempre do meu 
lado em todos os momentos, principalmente nos mais adversos. 
À Fernanda, por todo apoio, compreensão, incentivo e amor, tornando os 
momentos mais difíceis apenas em pequenos obstáculos. 
Ao Fernando, Regina e Samuel, pelo apoio, confiança e amizade, desde o meu 
ingresso na graduação até a conclusão do meu doutorado. 
A CAPES e FUNCAP, pelo apoio financeiro. 
A Deus, pois sem ELE nada seria possível. 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae ............... 12 
Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae 
nos últimos 40 anos (numeração referente à Tabela 1) ................................................. 23 
Tabela 3 - Deslocamento químico de RMN 13C (δ) (125 MHz, CDCl3) para PGD-1, com 
padrão de hidrogenação obtido por comparação com DEPT-135° ............................... 35 
Tabela 4 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de PGD-1 com valores da 
literatura (Albuquerque, 2007) para a substância barbatusina. ..................................... 36 
Tabela 5 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de PGD-2 com valores da 
literatura (Albuquerque, 2004). ................................................................................... 40 
Tabela 6 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de DB-1 com valores da 
literatura (Albuquerque, 2004). ................................................................................... 42 
Tabela 7 - Deslocamento químico de RMN 13C (δ) (125 MHz, CDCl3) para OXB, com 
padrão de hidrogenação obtido por comparação com DEPT-135°. .............................. 45 
Tabela 8 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de OXB com valores da 
literatura (Albuquerque et al, 2007) para a substância barbatusina. .............................. 46 
Tabela 9 - Recuperação do analito em função da concentração. ................................... 65 
Tabela 10 - Coeficientes de variação em função da concentração do analito. ............... 66 
Tabela 11 – Condições de eluição estabelecidas para cada marcador químico............. 68 
Tabela 12 - Concentrações dos analitos injetados em triplicadas e as áreas 
correspondentes para cada curva analítica. .................................................................. 75 
Tabela 13 - Resultados da regressão linear para as duas curvas analíticas. ................... 75 
Tabela 14 - Teores dos marcadores químicos nos extratos etanoicos das folhas de P. 
grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. amboinicus. ....................................................... 76 
Tabela 15 - Percentuais de recuperação de BARB e DEBARB em P. grandis, P. 
barbatus, P. ornatus e P amboinicus. .......................................................................... 77 
Tabela 16 – Determinação da precisão intradia............................................................ 78 
Tabela 17 - Terminação da precisão interdias para três níveis de concentração de BARB 
e DEBARB. ................................................................................................................ 79 
Tabela 18 - Limite de detecção dos marcadores químicos obtido pelos parâmetros da 
curva analítica. ............................................................................................................ 80 
Tabela 19 - Limite de detecção obtida pela injeção em decaplicata. ............................. 80 
Tabela 20 - Limite de quantificação dos marcadores químicos obtido pelos parâmetros 
da curva analítica. ....................................................................................................... 81 
Tabela 21 - Limite de quantificação obtida pela injeção em decaplicata. ..................... 81 
Tabela 22 - Inibição do crescimento celular (IC%) das amostras em três linhagens 
tumorais testadas na dose única de 25µM. ................................................................... 83 
Tabela 23 - IC50 para a barbatusina, 3-β-hidroxi-3-deoxobarbatusina e OXB. .............. 84 
Tabela 24 - Número de larvas mortas para as espécies de Plectranthus. ...................... 85 
Tabela 25 - Valores de concentração letal para a mortalidade de 50 e 99% das larvas do 
mosquito Aedes aegypti para as espécies de Plectranthus. ........................................... 86 
Tabela 26 - Fracionamento de PGE por partição líquido-líquido. ................................ 90 
Tabela 27 - Fracionamento de PGEPD em coluna de sílica gel .................................... 90 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Representação estrutural dos compostos isolados e identificados de 
Plectranthus barbatus e Plectranthus forskohlii ............................................................ 2 
Figura 2 - Representação estrutural de compostos com atividade gastroprotetora .......... 3 
Figura 3 - Representação estrutural dos constituintes químicos do óleo essencial de 
Plectranthus grandis ...................................................................................................... 4 
Figura 4 - Registro fotográfico de espécies do gênero Plecthanthus: P grandis (a), P. 
barbatus (b), P. ornatus (c) e P amboinicus (d) (Fonte: MGVSilva) .............................. 7 
Figura 5 - Representação estrutural dos esqueletos abietanos ...................................... 23 
Figura 6 - Espécies de Labiatae produtoras de diterpenos abietanos............................. 33 
Figura 7 - Espectro de massas de alta resolução de PGD-1 .......................................... 35 
Figura 8 – Representação estrutural do diterpeno barbatusina ...................................... 36 
Figura 9 - Espectro de RMN 1H de PGD-1 ..................................................................37 
Figura 10 - Espectro de RMN 13C de PGD-1 ............................................................... 37 
Figura 11 - Espectro de RMN 13C DEPT-135º de PGD-1 ............................................ 38 
Figura 12 - Espectro na região do infravermelho de PGD-1 ......................................... 38 
Figura 13 - Representação estrutural do diterpeno 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina ...... 39 
Figura 14 - Espectro de massas de alta resolução de PGD-2 ........................................ 39 
Figura 15 - Espectro de RMN 1H de PGD-2 ................................................................ 40 
Figura 16 - Espectro de RMN 13C de PGD-2 ............................................................... 41 
Figura 17 - Representação estrutural do diterpeno 3-hidroxi-3-deoxobarbatusina ........ 42 
Figura 18 - Espectro de RMN 1H de DB-1 .................................................................. 43 
Figura 19 - Espectro de RMN 13C de DB-1 ................................................................. 43 
Figura 20 - Espectro de RMN 13C DEPT de DB-1 ....................................................... 44 
Figura 21 - Espectro de massas de alta resolução de OXB ........................................... 45 
Figura 22 - Representação estrutural de OXB .............................................................. 46 
Figura 23 - Espectro de RMN 1H de OXB ................................................................... 48 
Figura 24 - Espectro de RMN 13C BB de OXB ............................................................ 48 
Figura 25 - Espectro de RMN 13C DEPT-135° ............................................................ 49 
Figura 26 - Espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C HSQC de 
OXB ........................................................................................................................... 49 
Figura 27 - Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
HSQC de OXB. .......................................................................................................... 50 
Figura 28 - Expansão 2 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
HSQC de OXB. .......................................................................................................... 50 
Figura 29 - Espectro bidimensional de correlação homonuclear 1H x 1H COSY de OXB
 ................................................................................................................................... 51 
Figura 30 - Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação homonuclear 1H x 1H 
COSY de OXB. .......................................................................................................... 52 
Figura 31 - Espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa 
distancia (HMBC) de OXB ......................................................................................... 53 
 
Figura 32 – Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 54 
Figura 33 - Expansão 2 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 55 
Figura 34 - Expansão 3 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 56 
Figura 35 - Expansão 4 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 57 
Figura 36 - Expansão 5 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB ............................................................................. 58 
Figura 37 - Expansão 6 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C 
à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 59 
Figura 38 - Espectro de RMN 1H de PDB ................................................................... 60 
Figura 39 - Espectro de RMN 1H da Barbatusina (PGD-1) .......................................... 61 
Figura 40 - Cromatograma de BARB na concentração de 25 ppm ............................... 72 
Figura 41 - Cromatograma de BARB na concentração de 50 ppm ............................... 72 
Figura 42 - Cromatograma de BARB na concentração de 100 ppm ............................. 72 
Figura 43 - Cromatograma de BARB na concentração de 250 ppm ............................. 73 
Figura 44 - Cromatograma de BARB na concentração de 500 ppm ............................. 73 
Figura 45 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 25 ppm .......................... 73 
Figura 46 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 50 ppm .......................... 74 
Figura 47 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 100 ppm ........................ 74 
Figura 48 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 250 ppm ........................ 74 
Figura 49 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 500 ppm ........................ 74 
Figura 50 – Registro fotográfico dos cristais obtidos da fração diclorometano de 
PGEPD ....................................................................................................................... 91 
Figura 51 – Registro fotográfico dos cristais de PGD-1 ............................................... 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ESQUEMAS 
Esquema 1 - Esquema biossintético via mevalonato de terpenoides (SIMÕES, 2001).. 10 
Esquema 2 - Semi-rota biossintética para formação do esqueleto abieta-7,13-dieno 
(MACMILLAN, 1999). .............................................................................................. 11 
Esquema 3 - Reação de redução da barbatusina. .......................................................... 94 
Esquema 4 - Reação de hidrólise ácida da Barbatusina ............................................... 94 
Esquema 5 - Reação de hidrólise alcalina, em metanol, da Barbatusina ....................... 94 
Esquema 6 - Reação de hidrólise ácida, em metanol, da Barbatusina ........................... 95 
Esquema 7 - Reação de metilação da Barbatusina com base fraca ............................... 95 
Esquema 8 - Reação de metilação da Barbatusina com base forte ................................ 96 
Esquema 9 - Reação de metilação da Barbatusina com éter coroa................................ 96 
Esquema 10 - Reação de benzilação da Barbatusina .................................................... 97 
Esquema 11 - Reação de produção da oxima ............................................................... 97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FLUXOGRAMAS 
Fluxograma 1 - Obtenção e fracionamento do extrato etanoico das folhas de P. grandis 
(PGE) ......................................................................................................................... 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 - Evolução dos relatos científicos para diterpenos abietanos de Labiatae ...... 11 
Gráfico 3 - Curva analítica de BARB .......................................................................... 76 
Gráfico 2 - Curva analítica de DEBARB ..................................................................... 76 
Gráfico 4 - Concentração x percentual de mortalidade das larvas de Aedes aegypti. .... 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
 
 BARB Barbatusina 
BB - Broudband 
CCD - Cromatografia em Camada Delgada 
CDCl
3
 - Clorofórmio 
 CLAE-DAD Cromatografia Líquida de Alta 
Eficiência Acoplada a Detector de 
Arranjo de Diodos 
COSY - CorrelationSpectroscopy 
DB-1 Substância derivada da barbatusina 
DEBARB 3β-hidróxi-3-deoxobarbatusina 
DEPT - Distortionless Enhancement by 
Polarization Transfer 
DPE Desvio Padrão Relativo 
HMBC - Heteronuclear Multiple Bond 
Connectivity 
HPM/FJAM - Horto de Plantas Medicinais 
Francisco José Abreu Matos. 
HSQC - Heteronuclear Single Quantum 
Correlated 
J - Constante de Acoplamento 
LD Limite de Detecção 
LPN - Laboratório de Produtos Naturais 
LQ Limite de Quantificação 
OXB Substância derivada da barbatusina 
P.F. - Ponto de Fusão 
PGD-1 Substância obtida da fração 
diclorometano de P. grandis 
PGD-2 Substância obtida da fração 
diclorometano de P. grandis 
PGEPA Fração acetato de etila da partição do 
extrato etanoico de P. grandis 
PGEPB Fração n-butanol da partição do 
extrato etanoico de P.grandis 
PGEPD Fração diclorometano da partição do 
extrato etanoico de P. grandis 
PGEPH Fração hexano da partição do extrato 
etanoico de P. grandis 
RMN-
13
C - Ressonância Magnética Nuclear de 
Carbono-13 
RMN-
1
H - Ressonância Magnética Nuclear de 
Hidrogênio 
RSD Relative Standard Deviation 
UFC - Universidade Federal do Ceará 
δ - Deslocamento Químico 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Plectranthus grandis (Cramer) R. H. Willense é uma planta medicinal conhecida 
popularmente no Ceará como boldo-grande, utilizada pela população em substituição a 
P. barbatus (boldo), que apresenta atividade gastroprotetora já comprovada para a 
planta, atividade esta, atribuída a diterpenos que foram isolados desta planta, validando 
cientificamente seu uso popular. Este trabalho descreve alguns procedimentos analíticos 
visando contribuir para a padronização química de quatro espécies de Plectranthus. Os 
diterpenos barbatusina e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina foram isolados através de 
técnicas cromatográficas, sendo possível desenvolver um método de extração seletiva 
para a barbatusina, o que possibilitou obter quantidade significativa desta substância. 
Foram realizadas reações de derivatização, obtendo-se a 3-hidroxi-3-deoxobarbatusina, 
que possui atividade gastroprotetora, in vivo, já reportada na literatura, e a oxima da 
barbatusina, inédita na literatura, com atividade citotóxica mais potente do que sua 
precursora. As elucidações estruturais foram realizadas através de espectroscopia na 
região do infravermelho (IV), RMN 1H, RMN 13C, DEPT-135º, COSY, HMBC e 
HSQC em comparação com dados da literatura. Utilizando a técnica de cromatografia 
líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD) desenvolveu-
se métodos para a quantificação de barbatusina e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina, em 
que foram encontrados parâmetros adequados de linearidade (r2 > 0,99), para as duas 
substâncias analisadas. O método foi validado e apresentou linearidade (r2 = 0,9931 
para a barbatusina e r2 = 0,9966 para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina), seletividade, 
precisão intra-dia (DPR (desvio padrão relativo) < 2,8% para a barbatusina e DPR < 
3,5% para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina), exatidão (recuperação entre 81,7% e 
115,1%). Os métodos então desenvolvidos foram aplicados aos extratos etanoicos das 
folhas de P grandis, P. barbatus, P. amboinicus, P. ornatus. Foi também avaliada a 
reatividade biocatalítica da barbatusina frente a enzimas e fungos, e observou-se não 
ocorrer nenhuma modificação estrutural na molécula. O potencial larvicida e citotóxico 
das quatro espécies de Plectranthus foram avaliados, bem como dos compostos puros, 
apresentando promissora atividade citotóxica para três linhagens de células tumorais. 
 
ABSTRACT 
Plectranthus grandis (Cramer) Willense is a medicinal plant popularly known in 
Ceará as boldo-grande, used by population in substitution of P. barbatus (boldo). It 
shows gastroprotective activity and this activity is attributed to diterpenes have been 
isolated from this plant, scientifically validating its popular use. This work describes the 
analytical procedures used and obtained results, aiming to contribute for chemical 
standardization of four Plectranthus species. Barbatusin and 3β-hydroxy-3-
deoxobarbatusin diterpenes were isolated by chromatographic techniques, being 
possible to develop selective extraction method of barbatusin, which enabled to obtain 
significant amount of this substance. Derivatization reactions were performed, getting 3-
hydroxy-3-deoxobarbatusin, having gastroprotective activity, in vivo, already reported 
in the literature, and oxyimine product of barbatusin, unpublished in the literature, with 
cytotoxic activity more potent than its precursor. Structural elucidation were performed 
by infra-red spectroscopy, NMR 1H and NMR 13C, compared with literature data. Using 
HPLC-DAD, methods were developed for quantification of barbatusin and 3β-hydroxy-
3-deoxobarbatusin, in wich suitable parameters have been found of linearty (r2 > 0,99), 
for both analytes. The method was validated and presented linearity (r2 = 0.9931 for 
barbatusin and r2 = 0.9966 for 3β-hydroxy-3-deoxobarbatusin), selectivity, within-day 
precision (RSD < 2.8% for barbatusin and RSD < 3.5% for 3β-hydroxy-3-
deoxobarbatusin), accuracy (recovery between 81,7% a 115,1%). The methods so 
developed, was applied to the leaves extracts of P. grandis, P. barbatus, P. amboinicus 
and P. ornatus. It was also evaluated the reactivity for biocatalysis of barbatusina in 
enzymes and fungi, and it was not observed any structural modification in the 
molecule.The larvicidal and cytotoxic potentials of the four Plectranthus species were 
evaluated, as well as the pure compounds, showing promising cytotoxic activity for 
three strains of tumor cells. 
 
 
 
 
 
Sumário 
CAPíTULO 1............................................................................................................................ 1 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1 
CAPÍTULO 2: .......................................................................................................................... 6 
CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS ........................................................................................... 6 
2.1 - A Família Lamiaceae. .................................................................................................. 6 
2.2 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus grandis. ................................................ 8 
2.3 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus barbatus. .............................................. 8 
2.4 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus amboinicus. .......................................... 8 
2.5 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus ornatus. ................................................ 9 
CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................... 10 
DITERPENOS ABIETANOS DE LABIATAE NOS ÚLTIMOS 40 ANOS (revisão 
bibliográfica) .......................................................................................................................... 10 
CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................... 34 
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 34 
4.1- Determinação Estrutural ........................................................................................... 34 
4.1.1--Obtenção e Determinação Estrutural de PGD-1 ..................................................... 34 
4.1.2 - Obtenção e Determinação Estrutural de PGD-2..................................................... 38 
4.1.3–Produtos de derivatização da Barbatusina ............................................................... 41 
4.1.3.1 – Obtenção e Determinação Estrutural de DB-1 ................................................... 414.1.3.2 – Obtenção e Determinação Estrutural de OXB-1 ................................................. 44 
4.1.3.2 – Produtos de hidrólise, metilação e benzilação da barbatusina ............................. 60 
4.1.3.3 – Avaliação do produto de Degradação da Barbatusina em Meio Alcalino (PDB). 60 
4.2 – Reatividade biocatalítica da barbatusina................................................................. 61 
4.2.1-Triagem com Enzimas ............................................................................................ 61 
4.2.2-Triagem com Fungos .............................................................................................. 61 
CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................... 62 
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS POR 
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTOR DE ARRANJO 
DE DIODOS PARA DETERMINAÇÃO DOS MARCADORES QUÍMICOS, 
BARBATUSINA (BARB) E 3-Β-HIDROXI-3-DEOXOBARBATUSINA (DEBARB) EM 
QUATRO ESPÉCIES DO GÊNERO PLECTRANTHUS ......................................................... 62 
5.1 - Validação e Parâmetros de Validação ...................................................................... 62 
5.2 - Parâmetros de Validação .......................................................................................... 63 
5.2.1 - Linearidade .......................................................................................................... 63 
5.2.2 - Exatidão ............................................................................................................... 63 
 
5.2.3 - Precisão ................................................................................................................ 65 
5.2.4 - Limite de Detecção ............................................................................................... 66 
5.2.5 - Limite de Quantificação ....................................................................................... 67 
5.3- Análise Quantitativa por CLAE-DAD para os marcadores (BARB) e (DEBARB) 
em quatro espécies do gênero Plectranthus: P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. 
amboinicus. ........................................................................................................................ 67 
5.3.1- Desenvolvimento do método .................................................................................. 67 
Condições cromatográficas utilizadas .............................................................................. 67 
Preparação das amostras .................................................................................................. 68 
Preparação das soluções padrões ..................................................................................... 68 
Estimativa das Faixas de Concentração de Trabalho ........................................................ 69 
Construção das Curvas Analíticas .................................................................................... 69 
5.3.2- Validação do método ............................................................................................. 69 
Seletividade .................................................................................................................... 69 
Linearidade ..................................................................................................................... 70 
Limite de Detecção (LD) ................................................................................................. 70 
Limite de Quantificação (LQ) .......................................................................................... 70 
Exatidão .......................................................................................................................... 71 
Precisão .......................................................................................................................... 71 
5.4 - RESULTADOS .......................................................................................................... 71 
5.4.1-Desenvolvimento do método ................................................................................... 71 
Obtenção das Curvas Analíticas ...................................................................................... 71 
5.4.2- Validação do método ............................................................................................. 76 
Exatidão .......................................................................................................................... 76 
Precisão .......................................................................................................................... 78 
Precisão intradia............................................................................................................. 78 
Precisão interdias ........................................................................................................... 79 
Limite de Detecção (LD) ................................................................................................. 80 
Limite de quantificação (LQ)........................................................................................... 81 
CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................... 83 
ATIVIDADES BIOLÓGICAS DOS EXTRATOS DE Plectranthus E BARBATUSINA ........ 83 
6.1.-Avaliação da Citotoxicidade In Vitro ......................................................................... 83 
6.2-Potencial larvicida dos extratos de Plectranthus frente a Aedes aegypti.......................... 85 
CAPíTULO 7.......................................................................................................................... 87 
PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................................... 87 
7.1 – Métodos Cromatográficos ........................................................................................ 87 
 
7.2 – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN
 
1H) e Carbono (RMN13C). 88 
7.3 – Ponto de Fusão.......................................................................................................... 89 
7.4 – Coleta das Plantas Estudadas. .................................................................................. 89 
7.5 - Isolamento dos Constituintes Químicos de Plectranthus grandis. ............................ 89 
7.5.1 - Obtenção do Extrato Etanoico das Folhas de Plectranthus grandis. ....................... 89 
7.5.2-Fracionamento do Extrato Etanoico (PGE) ............................................................. 90 
7.5.3-Isolamento de PGD-1. ............................................................................................ 91 
7.5.4 - Isolamento de PGD-2 ........................................................................................... 93 
7.6 - Derivatização da Barbatusina ................................................................................... 93 
7.6.1 - Obtenção de 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina (DB-1) ............................................. 93 
7.6.2 – Obtenção do produto de hidrólise ......................................................................... 94 
7.6.3 – Obtenção do produto de metilação ...................................................................... 95 
7.6.4 – Obtenção do produto de benzilação ...................................................................... 97 
7.6.5- Reação de Formação da oxima (OXB) ................................................................... 97 
7.6.6 – Avaliação da Decomposição da Barbatusina em Meio Alcalino ............................ 97 
7.6.7.- Reatividade da Barbatusina em Reações Biocatalisadas e de Biotransformações ....... 98 
I - Triagem com enzimas .................................................................................................98 
II - Triagem com fungos .................................................................................................. 98 
7.7 - Atividades Biológicas ................................................................................................ 98 
7.7.1 - Avaliação da Citotoxicidade in vitro da Barbatusina ............................................. 98 
7.7.2 - Avaliação do Potencial Larvicida (utilizando as larvas de Aedes aegypti) .............. 99 
CAPITULO 8 ....................................................................................................................... 100 
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 100 
CAPÍTULO 9 ....................................................................................................................... 102 
CONSTANTES FÍSICAS E DADOS ESPECTROMÉTRICOS DOS CONSTITUINTES 
QUÍMICOS OBTIDOS DE Plectranthus grandis .............................................................. 102 
PGD-1 .............................................................................................................................. 102 
PGD-2 .............................................................................................................................. 103 
DB-1 ................................................................................................................................. 104 
OXB ................................................................................................................................. 105 
CAPÍTULO 10 ..................................................................................................................... 106 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 106 
 
 
 
1 
1 - INTRODUÇÃO 
CAPíTULO 1 
INTRODUÇÃO 
 
O gênero Plectranthus (sin. Coleus) pertencente à família Labiatae (sin. 
Lamiaceae) engloba cerca de 300 espécies, das quais muitas são usadas como 
ornamentais e ou medicinais, ocorrendo de forma nativa na África, Ásia e Austrália 
(Ascensão et al, 1998). 
Espécies do gênero Plectranthus apresentam capacidade biossintética para 
produzir metabólitos secundários em diversidade, destacando-se entre estes, os 
diterpenos, inclusive alguns com propriedades biológicas comprovadas (Marques et al, 
2006; Buznego e Perez-Saad, 1999; Abdel-mogib et al, 2002; Hagiwara et al, 2003). 
São constituintes identificados em P. barbatus (falso boldo), Ciclobutatusina (Zelnik et 
al, 1977), 6β-hidroxicarnosol (Kelecom, 1983), barbatusol (Kelecom, 1983), plectrina 
(Kubo, 1984), cariocal (Kelecom, 1985), coleon E, coleon F, plectrinona A e 
plectrinona B (Ruedi, 1986), e apresentam importância farmacológica. Por sua vez, o 
estudo do óleo essencial da parte aérea e raízes da espécie P. barbatus apresentou β-
cariofileno, α-pineno, β-felandreno, β-(z)-ocimeno, manool e abietatrieno (Kerntopf, 
2002; Albuquerque, 2006). 
Dentre as várias espécies de Plectranthus de interesse químico-biológico 
podemos citar também Plectranthus forskohlii, cuja análise cromatográfica forneceu um 
diterpeno labdano de alta importância farmacológica, que foi denominada forskolina 
(7β-acetoxi-8,13-epoxi-1α, 6β,9α-triidroxi-labd-14-en-11-ona), que apresenta atividade 
anti-hipertensiva, anti-glaucoma, antiinflamatória, inibidor da agregação plaquetária, 
bronco dilatador e ativador da adenilase ciclase (SHAH, 1980). Assim, só em 2001 
foram encontradas mais de 1500 citações no Chemical Abstracts (HAGIWARA, 2003) 
sobre forskolina, que é disponível comercialmente na concentração de 10% a U$ 49,00 
(60 cápsulas), para uso humano sem comprovação, como auxiliar na queima de 
gorduras e aumento da testosterona. 
A Figura 1 (página 2) apresenta as estruturas com propriedades biológicas 
citadas para P. barbatus e P. forskohlii. 
 
2 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Representação estrutural dos compostos isolados e identificados de 
Plectranthus barbatus e Plectranthus forskohlii 
CH2
β-Cariofileno 
OAc
OAc
O OH
O
HO
H
OH
H
Ciclobutatusina 
O
HO
OH
OH
O
6β-Hidroxi-carnosol 
OHHO
Barbatusol 
CHO
O
O
OH
OH
Cariocal 
O
O
OAc
OH
OH
Plectrina 
O
H
O
OH
OAc
Coleon E 
O
H
O
OAc
Coleon F 
O
O
HO
OH
OH
OH
Plectrinona A 
O
O
HO
OH
OH
Plectrinona B α-Pineno β-Felandreno β-(z)-Ocimeno 
HO
H
Manool Abietatrieno 
O
O
OH
OH
H
OH
O
O
Forskolina 
3 
1 - INTRODUÇÃO 
 
Plectranthus grandis (Cramer) Willense é uma planta aromática 
morfologicamente semelhante à P. barbatus (malva santa), diferindo basicamente no 
tamanho do porte arbustivo e das partes aéreas sendo popularmente conhecida como 
boldo grande. Entre os fatores divergentes marcantes das duas espécies, está o fato de 
que P. grandis florescer até duas vezes ao ano em regiões não serranas e apresentar 
amargor de caules e folhas enquanto P. barbatus apresenta amargor apenas nas folhas e 
floresce apenas uma única vez por ano (MATOS, 2000). A semelhança entre as duas 
espécies é suficiente para que, algumas pesquisas encontradas na literatura sobre P. 
barbatus, especialmente aquelas baseadas em estudos etnofarmacológicos, possam ter 
sido realizadas com P. grandis, por engano de identificação botânica (MATOS, 2000). 
A população utiliza P. grandis em substituição a P. barbatus, planta que 
apresenta atividade hipossecretora gástrica já comprovada (LAPA et al, 1991) e estudos 
anteriores demonstraram propriedade gastroprotetora de vários diterpenos isolados da 
planta (SCHMEDA-HIRSCHMANN et al, 2002; MELO et al, 2003; RODRÍGUEZ et 
al, 2006), validando desta forma o uso popular desta planta, no combate às doenças 
relacionadas ao aparelho digestivo. O óleo essencial de Plectranthus grandis é rico em 
β-cariofileno, e relatos recentes comprovam a atividade antioxidante do óleo 
(ALBUQUERQUE et al, 2006). 
A busca realizada utilizando a ferramenta de busca Scifinder, em março de 
2013, apresenta apenas dez artigos publicados sobre a espécie Plectranthus grandis, dos 
quais somente quatro versam sobre sua constituição química. Albuquerque e col. (2010) 
relatam o efeito protetor contra lesões gástricas induzidas pela ingestão de etanol em 
ratos, com a administração oral de 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina (5 e 10 mg/kg) e 
barbatusina (5 e 10 mg/kg) (figura 2). Para as respectivas doses empregadas, a redução 
da lesão foi de 53, 58 e 96% para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina e 32 e 76% para 
barbatusina. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Representação estrutural de compostos com atividade gastroprotetora 
OAc
OAc
OHO
O
O
H
OAc
OAc
OHHO
O
O
H
Barbatusina 3β-Hidroxi-3-deoxobarbatusina 
4 
1 - INTRODUÇÃO 
 
A composição volátil, responsável pela atividade antioxidante dos óleos 
essenciais das folhas de P. grandis cultivada no Ceará, apresenta majoritariamente 
trans-β-cariofileno (31,3-40,2%), germacreno-D (12,5-24,5%) e eugenol (15,4%) 
(figura 3). O ensaio do DPPH que mede a capacidade sequestrante de radicais livres do 
substrato realizado com o óleo essencial das folhas desta planta, apresentou um índice 
de varredura de DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) de 83,28% (ALBUQUERQUE, 
2006). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 - Representação estrutural dos constituintes químicos do óleo essencial de 
Plectranthus grandis 
As investigações em busca de biocompostos oriundos de plantas herbáceas, 
tais como as espécies de Plectranthus, apresentam a vantagem da disponibilidade do 
material vegetal, sem impacto das floras nativas, pois muitas se propagam facilmente 
permitindo cultivos, inclusive para fins comerciais. A variabilidade qualitativa e 
quantitativa dos constituintes bioativos pode influenciar a ação terapêutica apresentada 
pela planta, sendo necessário umconhecimento mais completo possível, dos parâmetros 
que envolvem e promovem esta quimiodiversidade. 
 
Para Plectranthus grandis, os dados encontrados na pesquisa bibliográfica, 
até então, são insuficientes para promover o uso racional desta planta e validar seu uso 
medicinal popular de modo que esta espécie foi selecionada para o desenvolvimento 
deste trabalho. A presença relatada de diterpenos de esqueleto abietanos em P. grandis, 
que são conhecidos por sua diversidade de atividades farmacológicas, notadamente 
barbatusina, justifica a continuação de estudo da espécie, com o desenvolvimento de 
extração seletiva de barbatusina, desenvolvimento e validação de métodos analíticos 
para a quantificação dos marcadores químicos barbatusina e 3β-hidroxi-3-
deoxobarbatusina visando contribuir para a padronização química de espécies do gênero 
Plectranthus. 
CH2
O
HO
Trans-β-Cariofileno Germacreno-D Eugenol 
5 
1 - INTRODUÇÃO 
Foram utilizadas no desenvolvimento deste trabalho, técnicas cromatográficas 
como cromatografia em coluna aberta, cromatografia em camada delgada, CLAE 
(cromatografia líquida de alta eficiência), além de técnicas de determinação estrutural 
como ressonância magnética nuclear (RMN
 
1H), carbono (RMN
 
13C) e 1H x 1H COSY, 
HMBC, HMQC e espectroscopia de infravermelho. 
A apresentação escrita deste trabalho segue as normas do Programa de Pós-
Graduação em Química da Universidade Federal do Ceará e os capítulos são divididos 
em: 1 - Introdução; 2- Considerações botânicas; 3 - Diterpenos abietanos de Labiatae 
nos últimos 40 anos (revisão bibliográfica); 4- Resultados e discussão; 5- 
Desenvolvimento e validação de métodos analíticos por CLAE-DAD para determinação 
dos marcadores químicos barbatusina (BARB) e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina 
(DEBARB) em quatro espécies do gênero Plectranthus; 6 -Atividades biológicas dos 
extratos de Plectranthus e barbatusina; 7- Parte experimental; 8-Conclusão; 9 - 
Constantes físicas e dados espectrométricos dos constituintes químicos obtidos de 
Plectranthus grandis e 10- Referências. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 
CAPÍTULO 2: 
CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 
2.1 - A Família Lamiaceae. 
A família Lamiaceae possui quase 4000 espécies contidas em aproximadamente 
220 gêneros, entre eles estão Salvia, Ocimum, Mentha e Plectranthus, com uma rica 
diversidade de usos etnobotânicos, ampla diversidade morfológica e uma distribuição 
quase cosmopolita. 
As espécies desta família evitam, em geral, florestas tropicais e os trópicos, e 
igualmente as regiões frias. Preferem os habitat livres, abertos, declives secos e 
pedregosos, matas da Córsega, ilhas mediterrâneas e cumes de montanhas ensolaradas. 
Nestes locais habitam as espécies mais características e mais nobres, enquanto variantes 
menos nobres são encontradas nas áreas mais úmidas dos prados à beira dos regatos e 
na sombra das florestas. As folhas das plantas são odoríferas, opostas duas a duas, mas a 
planta não se detém na fase vegetativa foliar, pois tendem a produzir flores o mais 
rápido possível. Flores são abundantes, têm formas marcantes, caracteres específicos e 
variados, próprio da família. Os frutos são pequenos do tipo aquênio, separando-se 
caracteristicamente em quatro frutículos parciais (núculas), onde cada um é uma 
pequena noz. Os tricomas glandulares multicelulares são responsáveis pela presença e o 
teor do óleo essencial, presentes principalmente nas folhas e nos cálices das flores. 
(LUKHOBA et al, 2006; HEDGE, 1992) 
Plectranthus é um dos gêneros que compõem a família , e possui aproximadamente 
300 espécies distribuídas na África tropical, apesar de as espécies da família Lamiaceae 
evitarem as regiões tropicais, Ásia e Austrália (LUKHOBA et al, 2006). O táxon 
Plectranthus inclui plantas ricas em diterpenos, que são substâncias responsáveis por 
variadas e importantes propriedades medicinais tais como antiviral, antifúngica, anti-
hipertensiva, antioxidante, citotóxica entre outras. No Brasil, várias destas espécies 
foram introduzidas pelos colonizadores europeus a partir da África, provavelmente 
seguindo a rota do tráfego de escravos. 
Algumas espécies do gênero Plectranthus são de difícil identificação por causa da 
ausência de claros critérios morfológicos para discriminar não somente espécies dentro 
do gênero, mas também entre gêneros intimamente relacionados. Entre as espécies de 
7 
ocorrência mais comum no Brasil são P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. 
amboinicus (Figura 4) 
 
Figura 4 - Registro fotográfico de espécies do gênero Plecthanthus: P grandis (a), P. 
barbatus (b), P. ornatus (c) e P amboinicus (d) (Fonte: MGVSilva) 
 
 
 
 
a) b) 
d) c) 
8 
2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 
2.2 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus grandis. 
A espécie Plectranthus grandis é popularmente conhecida no Brasil como boldo-
grande, boldão, boldo-da-folha-grande, falsa malva-santa e boldo mexicano, sendo 
designado na literatura por Plectranthus grandis (Cramer) Willense. 
Conforme dados da literatura (CRAMER, 1977), Plectranthus grandis é um arbusto 
com até 3 m de altura com folhas maiores do que 4,7 cm, racemo com 56 cm de 
comprimento, caule subquadrangular espesso e com pelos; inflorescência racemosa, 
com racemo simples erétil, 26 - 56 cm, pedúnculo rígido, portando flores com corola 
maior do que 2,0 cm de comprimento de coloração azul. Esta espécie é capaz de 
florescer no Nordeste nas regiões serranas, litorâneas ou sertão central, no que diferem 
das outras espécies que necessitam de clima mais ameno ou temperado como ocorre em 
regiões serranas com clima úmido. 
 
2.3 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus barbatus. 
Popularmente conhecida no Brasil pelas denominações de malva-santa, boldo-
nacional, boldo-falso ou sete-dores. Na literatura cientifica seu nome botânico é 
Plectranthus barbatus Andr., tendo sido referida anteriormente pela designação de 
Coleus barbatus. 
Plectranthus barbatus é uma grande e ereta erva ou subarbusto flexível, atingindo 
até 1,75 m de altura, ramos densamente tormentosos, de folhas aromáticas pecioladas, 
limbo semissuculento, oval e largamente elíptico, densamente tormentoso, face inferior 
com glândulas, ápice obtuso e arredondado, base acuneada, margem regularmente 
crenado-denteada, pecíolo 10 - 20 mm de comprimento, bráctea oval acuminada, 
caduca, corola azul claro, 17 - 20 mm de comprimento no fruto tubo geniculado mais ou 
menos no meio e expandindo-se na base por 3 mm. Não floresce no Nordeste a não ser 
em regiões serranas com clima mais ameno (KERNTOPF, 1998). 
 
 
2.4 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus amboinicus. 
A planta é popularmente conhecida no Brasil pelas designações de malvariço, 
malva do reino e hortelã da folha grande. Na literatura cientifica é referida pelo nome 
botânico de Plectranthus amboinicus (Lour) Spreng.. 
P. amboinicus é uma erva perene, tortuosa, piloso-tormentosa e suculenta que pode 
atingir 50 cm de altura com folhas oval-deltoides, crenadas de ápice agudo e quebradiço 
9 
2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 
ao ser dobrado. As folhas são muito aromáticas e carnudas e se dispõem em pares 
opostos, duas a duas. No Nordeste não produz flores, a não ser em regiões serranas que 
apresentem climas mais amenos. É uma erva nativa da Índia, sendo encontrada em toda 
América tropical, desde as Antilhas até o sul do Brasil, onde são cultivadas em 
pequenos canteiros e jardins para fins medicinais e muitas vezes para como condimento 
em culinária. Apresenta ação antibacteriana e expectorante e são facilmente 
multiplicadas por estaquia. 
P. amboinicus difere basicamente de Plectranthus barbatus Andr. por possuir 
folhas duras e quebradiças e sem sabor amargo. (MATOS, 1994) 
 
2.5 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus ornatus. 
No Brasil esta espécie é popularmente conhecida pelos nomes populares boldo-
gambá,boldo-pequeno ou boldo-miúdo e novalgina e cientificamente é designado como 
Plectranthus ornatus Codd.. As vezes é confundida com Plectranthus neochilus Schld 
espécie muito semelhante morfologicamente. 
Plectranthus ornatus, originário do oeste da Índia, porém encontra-se amplamente 
distribuída em todo mundo. Apresenta folhas pequenas, aromática, suculentas e 
deltoides que a diferencia das outras três, porém bastante semelhante com as folhas de 
P. neochilus. O caule por sua vez é fino herbáceo, no qual se observa a presença de 
raízes adventícias. Cresce amplamente na forma de pequenas ervas esparramada em 
canteiros, tornando-se bastante perenes nos habitat naturais. Sua flor se expõe na 
coloração azul em forma de espigão com um intenso odor, porém sua florescência 
somente ocorre em regiões de clima serrano (ALBUQUERQUE, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
10 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
CAPÍTULO 3 
DITERPENOS ABIETANOS DE LABIATAE NOS ÚLTIMOS 40 ANOS (revisão 
bibliográfica) 
Os diterpenos são metabólitos secundários formados via mevalonato, em que o 
mevalonato é formado da condensação de uma unidade da acetoacetil- CoA com uma 
molécula da acetil-CoA. Após a condensação aldólica, ocorre uma hidrólise originando 
a 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA, que é reduzida a mevalonato numa reação irreversível. 
O mevalonato é então convertido em isopentenil-pirofosfato (IPP), ou isopreno ativo, a 
unidade básica na formação dos terpenos e esteroides. A polimerização do mevalonato 
origina moléculas de cadeias crescentes de cinco em cinco átomos de carbono. A 
molécula de isopentenil-pirofosfato e seu isômero dimetilalil-pirofosfato (DMAPP) 
formam trans-geranil-pirofosfato (GPP), a partir do qual se formam os demais terpenos 
(Esquema 1). Novas ligações cabeça-cauda entre o trans-geranil-pirofosfato e o 
isopentenil-pirofosfato resultarão em sesquiterpeno (C15) e diterpenos (C20). (Simões, 
2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema 1 - Esquema biossintético via mevalonato de terpenoides (SIMÕES, 2001) 
S
C o A
O O
S
C o A
O
C o A -S H
O O
O S C o A
O O
O H
3 - h i d r ó x i -3 -m e t i l -g l u t a r il C o A
O H
O H
O P P
m e v a l o n a t o
g e ra n i l p i ro f o s fa t o ( G P P )
M O N O T E R P E N O S ( C 1 0 )
O P P
f a r n e s i l p i ro f o s f a t o ( F P P )
S E S Q U I T E R P E N O S ( C 1 5 )
O P P
g e r a n i l g e ra n i l - p ir o fo s fa t o (G G P P )
D IT E R P E N O S (C 2 0 )
E S T E R Ó I D E S ( C 2 7 ) T R I T E R P E N O S ( C 3 0 )
11 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
A partir do pirofosfato de geranil-geranila, a enzima abietadieno sintase catalisa 
a formação de abieta-7,13-dieno (Esquema 2) por uma série de etapas de ciclização, 
iniciada por uma ciclização próton-induzida e concluída pela saída do difosfato 
(MACMILLAN, 1999). 
Esquema 2 - Semi-rota biossintética para formação do esqueleto abieta-7,13-dieno 
(MACMILLAN, 1999). 
A presença dos diterpenos abietanos é frequentemente detectada em espécies da 
família Labiatae. A pesquisa bibliográfica realizada nos últimos quarenta anos (1972 a 
2013) com as palavras-chave “abietane” e “Labiatae” indicou 110 e 175 registros, 
utilizando o software de busca SciFinder® e www.scopus.com, respectivamente. Todas 
as referências foram relatadas na forma de artigos publicados em jornais e revistas, e 
nenhuma patente foi encontrada. Observou-se uma modesta evolução no número de 
publicações (Gráfico 1), com um incremento no ano de 2010, mas com resultados bem 
expressivos com relação ao teor das publicações que relatam diversas atividades 
biológicas para as substâncias relatadas. 
Gráfico 1 - Evolução dos relatos científicos para diterpenos abietanos de Labiatae 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1
9
7
2
1
9
7
7
1
9
8
7
1
9
9
0
1
9
9
1
1
9
9
3
1
9
9
4
1
9
9
6
1
9
9
7
1
9
9
8
1
9
9
9
2
0
0
0
2
0
0
1
2
0
0
2
2
0
0
3
2
0
0
4
2
0
0
5
2
0
0
6
2
0
0
7
2
0
0
8
2
0
0
9
2
0
1
0
2
0
1
1
2
0
1
2
2
0
1
3
12 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
A Tabela 1 contém os dados encontrados na pesquisa bibliográfica. Eles foram 
dispostos por ordem alfabética da espécie, seguido pelo nome dos compostos encontrados 
para cada planta, o órgão vegetal utilizado no estudo, a atividade farmacológica relatada e 
a referência bibliográfica. 
Tabela 1 - Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae 
Planta Compostos isolados Fonte Atividade Referência 
Ajuga decumbens Ajudecumina A (1) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Ajudecumina B (2) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Ajudecumina C (3) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Ajudecumina D (4) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Ajuforrestina A (5) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Ajuforrestina B (6) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 
Coleus 
xanthanthus 
11-16-Diacetoxi-coleon U 
(9) 
Partes aéreas - MEI et al, 2002 
11-Acetoxi-coleon U (10) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 
16-O-acetil coleon C (7) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
8a,9a-Epoxicoleon U-
quinona (8) 
Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 
Coleon U (11) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Oxo-coleon U (12) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 
Xantatusina E (13) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 
Xantatusina F (14) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Xantatusina G (15) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Xantatusina H (16) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 
Xantatusina I (17) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Xantatusina J (18) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Xantatusina K (19) Partes aéreas - MEI et al, 2002 
Dracocephalum 
komarovi 
Dracocephalona A (20) Planta inteira Tripanomicida UCHIYAMA et al, 
2003 
Fuerstia africana Ferruginol (21) Partes aéreas Antimalárica e 
Citotóxica 
KOCH et al, 2006 
Hyptis carvalhoi 7α-Etoxi-rosmanol (22) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 
7α-Metoxi-rosmanol (23) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 
Galdosol (24) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 
Hyptis martiusii 7α-Acetoxi-12-hidroxi-
11,14-dioxoabieta-8,12-
dieno (25) 
Raízes Genotóxica CAVALCANTI et al, 
2008 
7β-Hidroxi-11,14-
dioxoabieta-8, 13-dieno 
(26) 
Raízes Genotóxica CAVALCANTI et al, 
2008 
Hyptis suaveolens Deidro-abietinol (27) Partes aéreas Antimalárica ZIEGLER et al, 2002 
Hyssopus 
cuspidatus 
19,20-Epoxi-12,19-
dimetoxi-11,14,diidroxi-7-
oxo-8,11,13-abietatrieno 
(28) 
Planta inteira - FURUKAWA et al, 
2011 
19,20-Epoxi-12,metoxi-
11,14,19-triidroxi-7-oxo-
8,11,13-abietatrieno (29) 
Planta inteira Citotóxica FURUKAWA et al, 
2011 
19,20-epoxi-12-metoxi-
11,14,19-triidroxi-7-oxo-
8,11,13-abietatrieno (30) 
Planta inteira Antialérgica FURUKAWA et al, 
2011 
13 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Hyssopus 
cuspidatus 
19,20-Epoxi- 11, 14-
diidroxi-12, 20-dimetoxi-
7-oxo-8, 11, 13-
abietatrieno (31) 
Planta inteira Antialérgica FURUKAWA et al, 
2011 
19,20-Epoxi- 11, 14-
diidroxi-12-metoxi-7-20-
dioxo-8, 11, 13-
abietatrieno (32) 
Planta inteira Citotóxica FURUKAWA et al, 
2011 
Isodon inflexus 3α,6β-Diidroxi-7,17-
dioxo-ent-abieta-15(16)-
eno (34) 
Partes aéreas Antiinflamatória LEE et al, 2008 
Isodon 
lophanthoides 
var. graciliflorus 
15-hidroxi-1-
oxosalvibretol (35) 
Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
15-hidroxi-20-Desoxi-
carnosol (36) 
Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
15-O-Metilgraciliflorina F 
(37) 
Partes aéreas - ZHOU et al, 2013 
16-Acetoxil-sugiol (38) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
3α-Hinokiol (39) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
3β-Hidroxi-sempervirol 
(40) 
Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
6,12,15-Triidroxi-
5,8,11,13-abietatetraen-7-
ona (41) 
Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
Abieta-8,11,13-trieno-
14,19-diol (42) 
Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 
Graciliflorina E (43) Partes aéreas CitotóxicaZHOU et al, 2013 
Graciliflorina F(44) Partes aéreas - ZHOU et al, 2013 
Isodon 
lophanthoids var. 
micranthus 
16-acetoxi-7-α-hidroxi-
royleanona (33) 
Não 
informado 
- ZHOU et al, 2013 
16- Acetoxi-7 α-metoxi-
royleanona (45) 
Não 
informado 
- ZHOU et al, 2013 
Hiptol (46) Não 
informado 
- ZHOU et al, 2013 
Micranthina C (47) Não 
informado 
- ZHOU et al, 2013 
Isodon rubescens Hebeiabinina A (48) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 
Hebeiabinina B (49) Folhas - HUANG et al, 2007 
Hebeiabinina C (50) Folhas - HUANG et al, 2007 
Hebeiabinina D (51) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 
Hebeiabinina E (52) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 
Rubescensina I (53) Folhas - HUANG et al, 2007 
Rubescensina J (54) Folhas - HUANG et al, 2007 
Rubescensina P (55) Folhas - HUANG et al, 2007 
Isodon xerophilus Xeropilusins R (56) Folhas - 
Xeropilusins S (57) Folhas - NIU, 2004 
Leucas cephalotes Leucastrina C (58) Planta inteira - MYIAICHI, 2006 
Lycopus 
europaeus 
Euroabienol (59) Frutos Antibacteriana, 
antifúngica 
RADULOVIC, 2010 
Meriandra 
benghalensis 
Cryptotanshinona (60) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
17-Hidroxi-
cryptotanshinona (61) 
Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
 
14 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Peltodon longipes 12-Hidroxi-11-
metoxiabieta-8,11,13-
trien-7-ona (62) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
7α-Acetoxi-royleanona 
(63) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
7α-Etoxi-royleanona (64) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
7α-Hidroxi-royleanona 
(65) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
7-Oxo-royleanona (66) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Cryptojaponol (67) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Deoxi-
neocriptotanshinona (69) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Iguestol (70) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Inuroileanol (71) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Ortosifonol (72) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Royleanona (73) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Sugiol (74) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Perovskia 
abrotanoides 
7-Epi-7-O-metilrosmanol 
(75) 
Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
7-O-Metil-rosmanol (76) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Ácido 11-O-acetil-
carnósico (77) 
Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Ácido 12-O-metil-
carnosico (78) 
Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Ácido carnósico (79) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Carnosol (80) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Isorosmanol (81) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Rosmanol (82) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 
Perovskia 
scrophularifolia 
Ácido 12-O-metil-
carnosico (78) 
Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 
Carnosol (80) Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 
Epirosmanol (83) Partes aéreas - 
Rosmanol (82) Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 
Plectranthus aff. 
puberulentus 
Coleon A (84) Folhas Inseticida, 
bactericida 
WELLSOW et al, 
2006 
Coleon B (85) Folhas Inseticida, 
bactericida 
WELLSOW et al, 
2006 
Plectranthus 
barbatus 
Coleon O (68) Folhas ALASBAHI et al, 
2010 
(+)-Allil-roileanona (86) Folhas ALASBAHI et al, 
2010 
11-Hidroxi-sugiol (87) Raízes ALASBAHI et al, 
2010 
14-Deoxi-coleon U (88) Raízes ALASBAHI et al, 
2010 
20-Desoxi-carnosol (185) Ramos ALASBAHI et al, 
2010 
3β-Hidroxi-3-
deoxibarbatusina (89) 
Folhas ALASBAHI et al, 
2010 
6,7-Secoabietano I (90) Ramos ALASBAHI et al, 
2010 
6,7-Secoabietano II (91) Ramos ALASBAHI et al, 
2010 
6β-Hidroxi-carnosol (92) Ramos ALASBAHI et al, 
2010 
 
15 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Plectranthus 
barbatus 
7β-Acetil-12-deacetoxi-
ciclobutatusina (93) 
Folhas - ALASBAHI et al, 
2010; 
ALBUQUERQUE, 
2007 
Abietatrieno (94) Raízes - ALASBAHI et al, 
2010 
Barbatusina (95) Folhas Citotóxica ALASBAHI et al, 
2010; 
ALBUQUERQUE, 
2007 
Barbatusol (96) Ramos Anti-hipertensiva ALASBAHI et al, 
2010 
Cariocal (97) Ramos - ALASBAHI et al, 
2010 
Ciclobutatusina (98) Folhas - ALASBAHI et al, 
2010; 
ALBUQUERQUE, 
2007 
Coleon C (99) Planta inteira Citotóxica ALASBAHI et al, 
2010 
Coleon E (100) Folhas Antiacetilcolines-
terásica 
FALÉ et al, 2011 
Coleon F (101) Folhas - ALASBAHI et al, 
2010 
Coleon S (102) Folhas - ALASBAHI et al, 
2010 
Coleon T (103) Folhas - ALASBAHI et al, 
2010 
Ferruginol (21) Hastes - ALASBAHI et al, 
2010 
Plectrina (104) Folhas Antialimentar 
para insetos 
ALASBAHI et al, 
2010 
Plectrinon a (105) Folhas Gastroprotetora ALASBAHI et al, 
2010 
Plectrinona B(106) Folhas - ALASBAHI et al, 
2010 
Plectrinone A Folhas Gastroprotetora SCHULTZ et al, 
2007 
Sugiol (74) Planta inteira - ALASBAHI et al, 
2010 
Plectranthus 
bishopianus 
6,7-Deidro-royleanona 
(107) 
Partes aéreas - SYAMASUNDAR 
et al, 2012 
6β,7α-Diidroxi-
royleanona (108) 
Partes aéreas - SYAMASUNDAR 
et al, 2012 
6β-Didroxi-7α-metoxi-
royleanona (109) 
Partes aéreas - SYAMASUNDAR 
et al, 2012 
Plectranthus 
elegans 
11-hidroxi-12-oxo-
7,9(11),13-abietatrieno 
(110) 
Partes aéreas Antibacteriana DELLAR et al, 
1996 
7,11-diidroxi-12-metoxi-
8,11,13-abietatrieno (111) 
Partes aéreas Antibacteriana DELLAR et al, 
1996 
Plectranthus 
grandidentatus 
14-O-Acetil-coleon U 
(112) 
Partes aéreas - RIJO et al, 2007 
Plectranthus 
ornatus 
Sugiol (74) Partes aéreas - RIJO et al, 2011 
Plectranthus 
porcatus 
(13S,15S)-6b,7ª,12ª,19-
tetraidroxi-13b,16-ciclo-8-
abieteno-11,14-diona 
(113) 
Partes aéreas Antibacteriana 
 
SIMÕES et al, 
2010 
 
16 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Plectranthus 
puberulentus 
Coleon A lactona (114) Folhas Inseticida, 
bactericida 
WELLSOW et al, 
2006 
Oxo-coleon U (12) Folhas Inseticida, 
bactericida 
WELLSOW et al, 
2006 
Coleon U (11) Folhas Inseticida, 
bactericida, 
fungicida 
WELLSOW et al, 
2006 
Rosmarinus 
officinalis 
7-O-Metil-rosmanol (76) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Ácido 12-O-metil-
carnosico (78) 
Folhas Antioxidante DEL BAÑO et al, 
2003 
Ácido carnósico (79) Planta inteira Antioxidante, 
Citotóxica 
Hipolipemiante 
Antiinflamatória 
MUNNÉ-BOSCH et 
al, 2003; HUANG, et 
al 2005; POECKEL 
et al, 2008; IBARRA 
et al, 2011, 
MASUDA et al, 2002 
Ácido dioxo-carnósico 
(115) 
Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Carnosico 8-lactona (116) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Carnosol (80) Folhas Citotóxica; 
Antioxidante, 
Antiinflamatória 
HUANG et al, 2005; 
DEL BAÑO et al, 
2003; POECKEL et 
al, 2008; 
Rosmanol (82) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Seco-hinokiol (117) Folhas - CANTRELL et al, 
2005 
Salvia aegyptiaca 6-Metilcriptotanshinona 
(121) 
Planta inteira - YOUSUF et al, 2002 
Salvia africana-
lutea 
Ácido carnósico (79) Partes aéreas Antimicobacterian
o, Citotóxica 
HUSSEIN et al, 2007 
Carnosol (80) Partes aéreas - HUSSEIN et al, 2007 
Rosmadial (122) Partes aéreas - HUSSEIN et al, 2007 
Salvia 
anastomosans 
6-Epidemetil-esquirolina 
D (123) 
Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Arucadiol (124) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Cariocal (97) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Deacetilnemorona (125) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Deacetoxi-nemorona 
(126) 
Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Royleanona (73) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Salvia barrelieri 7a-Acetoxi-royleanone-
12-metil eter (127) 
Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
7-epi-Salviviridinol (128) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
7-O-Acetil-horminona 
(129) 
Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
7-Oxoroyleanona-12-metil 
eter (130) 
Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
Barreliol (131) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
 
 
 
17 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológicode Labiatae – cont. 
Salvia barrelieri Cryptojaponol (67) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
Demetil-inuroileanol 
(132) 
Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Ferruginol (21) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Horminona (133) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
Iguestol (70) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Inuroyleanol (134) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
Royleanona (73) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 
2007 
Royleanona-12-metil eter 
(135) 
Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Taxodiona (136) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Viridona (137) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 
Salvia castanea Castanol A (138) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Castanol B (139) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Castanol C (140) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Castanolideo (141) Planta inteira - PAN et al, 2012 
Cryptotanshinona (60) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Danshenspirocetallactona 
(142) 
Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Diidro-tanshinona I (118) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
epi-Castanolideo (143) Planta inteira - PAN et al, 2012 
epi-
Danshenspirocetallactona 
(144) 
Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Ferruginol (21) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Metil-enetanshinquinona 
(145) 
Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Metileno 
diidrotanshinquinona 
(146) 
Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Metil-tanshinoato (147) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Neo-tanshinlactona (148) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Przewalskina (149) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Salvicanol (150) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Tanshinona I (151) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Tanshinone IIA (152) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Tanshinone IIB (153) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 
Salvia chionantha 7-O-Acetil-horminona 
(154) 
Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 
Horminona (133) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 
Salvia deserta 7-O-Acetil-horminona 
(154) 
Raízes - TEZUKA et al, 1998 
Deidro-royleanona (156) Raízes - TEZUKA et al, 1998 
Ferruginol (21) Raízes - TEZUKA et al, 1998 
Horminona (133) Raízes - TEZUKA et al, 1998 
Metil-horminona (157) Raízes - TEZUKA, 1998 
Royleanona (73) Raízes - TEZUKA, 1998 
Taxodiona (136) Raízes - TEZUKA, 1998 
Salvia 
digitaloides 
Salviatalin A (158) Raízes Antiinflamatória WU et al, 2010 
Salvitrijudin A (159) Raízes Antiinflamatória WU et al, 2010 
18 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Salvia dorrii 7α-Metoxi-rosmanol (23) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 
7β-Metoxi-rosmanol (160) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 
Salvidorol (161) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 
Salvia eriophora 12-Hidroxisapriparaquinona 
(162) 
Raízes - ULUBELEN et al, 
2002 
3,12-
Diidroxisapriparaquinona-
1-eno (163) 
Raízes - ULUBELEN et al, 
2002 
4,12-
Diidroxisapriparaquinona 
(164) 
Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 
2002 
4,14-
Diidroxisapriortoquinona 
(165) 
Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 
2002 
6,7-Deidro-royleanona 
(107) 
Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 
2002 
Aethiopinona (166) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 
2002 
Ferruginol (21) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 
2002 
Salvilimbinol (167) Raízes - ULUBELEN et al, 
2002 
Salvipisona (168) Raízes - ULUBELEN et al, 
2002 
Salvia hydrangea 6,7-Deidro-royleanona 
(107) 
Raízes - SAIRAFIANPOUR 
et al, 2003 
7α-Acetoxi-royleanona 
(63) 
Raízes - SAIRAFIANPOUR 
et al, 2003 
7,8-Dimetil-2-(1-metiletil) 
fenantren-3-ol (169) 
Raízes - SAIRAFIANPOUR 
et al, 2003 
9,10-Diidro-7,8-dimetil-2-
(1-metiletil) fenantren-3-
ol (170) 
Raízes - SAIRAFIANPOUR 
et al, 2003 
Salvia hypargeia 14-Deoxi-coleon U (88) Raízes Citotóxica TOPCU et al, 2008 
Ácido salvicanarico (171) Raízes - TOPCU et al, 2008 
Dideidro-7-
hidroxitaxodona (172) 
Raízes - TOPCU et al, 2008 
Salvia 
kronenburgii 
7-O-Acetil-horminona 
(154) 
Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 
Horminona (133) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 
Salvia 
milthiorriza 
Cryptotanshinona (60) Raízes, 
Rizoma 
Hipolipemiante, 
Citotóxica, 
Antiosteoporose, 
Antialérgica, 
Antidiabética, 
Hepatoprotetora, 
Antiamnésica, 
Citotóxica, 
JANG et al, 2012; 
TRINH et al, 2010; 
JUNG et al, 2009; 
MANOLESCU et al, 
2009; PARK et al, 
2007; KIM et al, 
2007;LEE et al, 2005 
Ferruginol (21) Raízes - LEE et al, 2005 
Tanshinona IIA (152) Raízes Citotóxica, 
Antialérgica, 
Cardioprotetora, 
Neuroprotetora, 
Antioxidante, 
Hepatoprotetora 
FRONZA et al, 2011; 
TRINH et al, 2010; 
ZHU et al, 2010; 
WANG et al, 2005; 
LEE et al, 2005; 
CHOI, 2004; LAM, 
2003 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
19 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Salvia 
milthiorriza 
Isocriptotanshinona (119) Raízes Inibidor de PTP1B 
(Antidiabética tipo 
2) 
HAN et al, 2005 
Isotanshinona (120) Raízes Inibidor de PTP1B 
(Antidiabética tipo 
2) 
HAN et al, 2005 
1,2-Diidro-tanshinona 
(173) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 
2011 
15, 16- Diidrotanshinona I 
(174) 
Raízes Antidiabética, 
Antiamnésica, 
Antialérgica, 
Antiosteoporose, 
Antioxidante, 
Vasorrelaxante, 
Hipolipemiante, 
Citotóxica 
JANG et al, 
2012;TRINH et 
al, 2010; JUNG 
et al, 2009; 
LAM et al, 
2008; KIM et al, 
2007; LEE et al, 
2005, CHOI et 
al, 2004 
1-Oxo-miltirona (175) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 
2011 
Cripto-tanshinona (176) Raízes Citotóxica, 
Cardioprotetoraa, 
Antioxidante 
FRONZA et al, 
2011; WANG et 
al, 2005; CHOI 
et al, 2004 
Danshenspirocetallactona 
(177) 
Raízes Hipolipemiante, 
Citotóxica 
JANG et al, 
2012 
Diidro-isotanshinona I 
(118) 
Raízes Inibidor de 
PTP1B 
(Antidiabética 
tipo 2), Citotóxica 
MANOLESCU 
et al, 2009; 
HAN et al, 2005 
Miltiodiol 
(178) 
Raízes Citotóxica FRONZA et al, 
2011 
Miltirona (179) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 
2011 
Sibiriquinona A (180) Raízes Citotóxica MANOLESCU 
et al, 2009 
Sibiriquinona B (181) Raízes Citotóxica MANOLESCU 
et al, 2009 
Tanshinona I (151) Raízes Hipolipemiante, 
Citotóxica, 
Antialérgica, 
Cardioprotetora, 
Antidiabética, 
Antiosteoporose, 
Antioxidante, 
Hepatoprotetora; 
Antiamnésica 
JANG et al, 
2012; FRONZA 
et al, 2011; 
TRINH et al, 
2010; PARK et 
al, JUNG et al, 
2009; KIM et al, 
2007; WANG et 
al, 2005; LEE et 
al, 2005; CHOI 
et al, 2004 
TanshinonaVI (182) Raízes Cardioprotetora ARINO et al, 
2008 
Salvia montbretii 14-Deoxi-coleon U (88) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 
2003 
Salvia nipponica 
var. formosana 
Taxodiona (136) Raízes e 
folhas 
Anticolinesterá-
sica 
CHAN et al, 
2011 
Salvia officinalis 7-O-Metil-rosmanol (76) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 
2002 
Ácido 12-O-metil-
carnosico (78) 
Hastes e 
folhas 
Antidiabética CHRISTENSEN 
et al, 2010 
Ácido 12-O-metil-
carnosico-epirosmanol 
ester (183) 
Hastes e 
folhas 
- CHRISTENSEN 
et al, 2010 
20 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
 Ácido carnósico (79) Planta inteira Antioxidante, 
Hipolipemiante 
CHRISTENSEN et 
al, 2010; 
NINOMIYA et al, 
2004; MUNNÉ-
BOSCH et al, 2003 
Ácido dioxo-carnósico 
(115) 
Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Carnosico8-lactona (116) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
Rosmanol (82) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 
11,12,20-Triidroxi-abieta-
8,11,13-trieno (184) 
Hastes e 
folhas 
- CHRISTENSEN et 
al, 2010 
20-Desoxi-carnosol (185) Hastes e 
folhas 
- CHRISTENSEN et 
al, 2010 
20-HidroxiFerruginol 
(186) 
Hastes e 
folhas 
- CHRISTENSEN et 
al, 2010 
Carnosol (80) Hastes e 
folhas 
- CHRISTENSEN et 
al, 2010 
Salvia phlomoides 14-Deoxi-coleon U (88) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Cryptojaponol (67) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Royleanona (73)Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Sugiol (74) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Taxodiona (136) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Taxodona (187) Não 
informado 
- RODRÍGUEZ, 2003 
Salvia prionitis Bisprioterona A (188) Raízes - XU et al, 2006 
Bisprioterona B (189 Raízes - XU et l, 2006 
Bisprioterona C (190) Raízes - XU et al, 2006 
Prionoid A (191 Raízes - CHANG et al, 2005 
Prionoid B (192) Raízes - CHANG et al, 2005 
Prionoid C (193) Raízes - CHANG et al, 2005 
Prionoid D (194) Raízes Citotóxica CHANG et al, 2005 
Prionoid E (195) Raízes Citotóxica CHANG et al, 2005 
Prionoid F (196) Raízes - CHANG et al, 2005 
Salvia sahendica Ferruginol (21) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Sahandinona (197) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 
Salvia sclarea 1-Oxoaethiopinona (198) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 
Aethiopinona (199) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 
Ferruginol (21) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 
Salvipisona (168) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 
Salvia semiatrata 20-Nor-inuroyleanol (200) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Horminona (133) Raízes - ESQUIVEL et al, 
2005 
Salvifolanona (201) Raízes Citotóxica ESQUIVEL et al, 
2005 
Salvia silicia 12-Deoxi-royleanona 
(202) 
Raízes Leishmanicida TAN et al, 2002 
Ferruginol (21) Raízes Leishmanicida TAN et al, 2002 
 
21 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Salvia silicia Cryptanol (204) Raízes - TAN et al, 2002 
7-Hidroxi-12-metoxi-20-nor-
abieta-1,5(10),7,9,12-
pentaen-6,14-diona (203) 
Raízes - TAN et al, 2002 
Inuroyleanol (134) Raízes - TAN et al, 2002 
Salvia 
yunnanensis 
Salviamine A (205) Raízes - LIN et al, 2006 
Salviamine B (206) Raízes - LIN et al, 2006 
Salviamine C (207) Raízes - LIN et al, 2006 
Salviamine D (208) Raízes - LIN et al, 2006 
Sideritis 
canariensis 
Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et 
al, 2010 
Sideritis discolor Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et 
al, 2010 
Sideritis lotsyi Deidro-abietano (209) - - GIANNONIet 
al, 2010 
Sideritis 
massoniana 
Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et 
al, 2010 
Sideritis soluta Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et 
al, 2010 
Teucrium 
fruticans 
Teuvincenona E (210) Raízes - RODRÍGUEZ, 
2002;CUADRA
DO et al, 1992 
Teuvincenona F (211) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona G (212) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teucrium 
lanigerum 
Teuvincenona A (213) Raizes - RODRÍGUEZ et 
al, 2009 
Teucrium 
lanigerum 
Teuvincenona B (214) Raízes - RODRÍGUEZ et 
al, 2009 
Teuvincenona C (215) Raízes - RODRÍGUEZ et 
al, 2009 
Teuvincenona D (216) Raízes - RODRÍGUEZ et 
al, 2009 
Teuvincenona J (217) Raízes - RODRÍGUEZ et 
al, 2009 
Teucrium polium 12,16-Epoxi-6,11,14,15-
tetraidroxi-17(15→16)-abeo-
3a,18-ciclo-5,8,11,13-
abietatetraen-7-ona (218) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
12,16-Epoxi-6,11,14,15-
tetraidroxi-17(15→16)-abeo-
5,8,11,13-abietatetraen-7-ona 
(219) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
12,16-Epoxi-6,11,14,17-
tetraidroxi-17(15→16)-abeo-
3a,18-ciclo-5,8,11,13,15-
abietapentaen-7-ona (220) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
12,16-epoxi-6,11,14,17-
tetraidroxi-17(15→16)-abeo-
5,8,11,13,15-abietapentaen-
7-ona (221) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
12,16-epoxi-6,11,14-
triidroxi-17(15→16)-abeo-
3a,18-ciclo-5,8,11,13,15-
abietapentaen-7-ona (222) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
 
22 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 
Teucrium polium 12,16-Epoxi-6,11,14-
triidroxi-17(15→16)-abeo-
5,8,11,13,15-abietapentaen-
7-ona (223) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Deidro-hidroxi-teuvincenona 
A (224) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Diidro-hidroxi-teuvincenona 
J (225) 
Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Teuvincenona A (213) Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Teuvincenona B (214) Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Teuvincenona C (215) Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Teuvincenona D (216) Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Villosin C (226) Raízes Antioxidante FIORENTINO 
et al, 2010 
Teuvincenona A 11,14-diona 
(227) 
Raízes - RODRÍGUEZ, 
2002 
Teuvincenona D (216) Raízes - RODRÍGUEZ, 
2002 
Teucrium polium 
subsp. expansum 
Ferruginol (21) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona A (213) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona B (214) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona H (228) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona I (229) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teucrium polium 
subsp. 
uincentinum 
Di-deidroxi-dioxo-
teuvincenona A (230) 
Derivado - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona A (213) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
Teuvincenona B (214) Raízes - CUADRADO et 
al, 1992 
 
Os diterpenos abietanos apresentam muitas variações no número de oxigenações 
e oxidações dos anéis e também originam outros cinco esqueletos, considerados 
abietanos modificados, que se encontram na Figura 5. Nesta pesquisa foram detectadas 
230 substâncias estruturalmente diferentes, isoladas de 63 espécies de Labiatae, e a 
representação estrutural destas, se encontra na Tabela 2. A maioria, cerca de 50% possui 
esqueleto abietano, 16,9% abeo-abietano e 13,9% norabietano. Também foram 
encontrados diterpenos classificados como seco-abietanos (9,1%), abeo–norabietanos 
(3,9%) e seco-norabietanos (3,5%). Alguns dímeros foram localizados e apresentam 
diferentes esqueletos estruturais, dependendo do monômero presente. 
 
23 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
 
 
 
Figura 5 - Representação estrutural dos esqueletos abietanos 
 
Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae 
nos últimos 40 anos (numeração referente à Tabela 1) 
O
O
O
OH
HO
 
(1) 
O
OHC O
OH
HO
 
(2) 
O
O
OH
HO
HO
 
(3) 
OMe
O
OH
HO
 
(4) 
O
OH
HO
O
 
(5) 
O
OH
HO
O
 
(6) OH
OH
OH
HO
O
OAc
 
(7) 
OH
O
OH
O
O
O
 
(8) 
O
OH
OH
OH
AcO
OAc
 
(9) 
O
OH
OH
OH
AcO
 
(10) 
OH
OH
OH
HO
O
 
(11) 
OH
O
OH
O
O
 
(12) 
24 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em 
Labiatae nos últimos 40 anos – cont. 
O
O
OH
O
COOH
 
(13) 
O
OH
OH
OH
AcO
AcO OH
 
(14) 
O
OH
OH
OH
AcO
AcO O
 
(15) 
O
OH
O
OH
O
OAc
(16) 
O
OH
O
OAc
O
AcO
 
(17) 
O
O
OAc
O
AcO
OH
 
(18) O
O
OAc
O
OH
 
(19) 
OMe
HO
OH
O
H
O
 
(20) 
H
OH
H
 
(21) 
 
(22) 
HO
OH
H
OH
H
O
O
OMe
 
(23) 
H
O
O
O
HO
OH
 
(24) 
H
O
O
O
HO
OH
 
(24) 
O
O
OAc
H 
(25) 
O
O
OH
H 
(26) 
CH2OH
H 
(27) 
HO
OH
OCH3
O
O
H3CO 
(28) 
HO
OH
OCH3
O
O
HO 
(29) 
HO
OCH3
O
OH
O
HO 
(30) 
HO
OCH3
O
OH
O
H3CO 
(31) 
HO
OH
OCH3
O
O
O 
(32) 
O
O
H
OH
OH CH2OAc
 
(33) 
HO
H
OH
O
H
H
CHO
 
(34) 
O
HO O
OH
 
(35) 
 
 
25 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae 
nos últimos 40 anos – cont. 
HO
OH
OH
O
H 
(36) 
O
OH
OMe
OH
O
O
 
(37) H O
OH
O
O
 
(38) 
HO
H 
(39) 
H
OH
 
(40) 
OH
O
OH
OH
 
(41') 
H
HO
OH
 
(42) 
O
OH
OCH3
OH 
(43) 
O
OH
OH
OH
O
O
 
(44) 
O
O
H
OMe
OH CH2OAc
 
(45) 
O
OH
HO
O
H 
(46) 
O
H
OH
HO
H
O
O
 
(47) 
CHO
CHO
OH
H
OH
O
H
 
(48) 
H
OH
OH
OH
H
HO
HO 
(49) 
OHC
H
H
HO
O
 
(50) 
H
H
HO
OH
OH
OH
O
H
OH
OH
OH
O
H
O
OH
 
(51) 
H
H
HO
O
H
OH
OH
OH
O
H
O
OH
O
 
(52) 
HO
HO
H
H
OH
OH
 
(53) 
HO
HO
H
H
O
 
(54) 
HO
HO
H
H
OH
OH
 
(55) 
CHO
OH
O
H
O
O
 
(56) 
CHO
OH
O
H
O
O
CH2OH
 
(57) 
COOH
H
H
OH
OH
 
(58) 
HO
OH
C
H
OH
OAc
O
H3CO
OAc
 
(59) 
26 
3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
Tabela 2 - Representação estrutural

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