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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA Contribuição para a Padronização Química de Espécies do Gênero Plectranthus: Derivatização e Validação de Métodos Analíticos para a Quantificação de Marcadores Químicos LEANDRO BEZERRA DE LIMA Tese Submetida à Coordenação do Curso de Pós Graduação em Química como Requisito Parcial para a Obtenção do Título de Doutor. Orientador: Profa. Dra. Maria Goretti de Vasconcelos Silva FORTALEZA –CE 2013 Dedico Aos meus pais, Raimundo Bezerra de Lima e Francisca J. P. Bezerra AGRADECIMENTOS À professora Dra. Maria Goretti, pela valiosa orientação, confiança depositada, pela liberdade dada para o desenvolvimento deste trabalho, pelo conhecimento compartilhado e pela amizade, o que foi de grande importância para meu crescimento pessoal e profissional. Aos professores Dr. Marcos Carlos e Dr. Maria Conceição por todos os ensinamentos, atenção, colaboração e pelo espaço que me foi cedido e que tornaram possível a conclusão dos meus experimentos. Aos professores Dr. Alberto J. Cavalheiro e Dra. Eveline S. B. Cavalcanti por participarem da banca examinadora e por contribuírem com a conclusão deste trabalho. Ao professor Dr. Daniel Esdras pela atenção e auxílio na obtenção dos espectros de ressonância magnética nuclear das minhas amostras. À professora Dra. Maria Teresa por toda atenção e colaboração. A todos os amigos do Laboratório de Produtos Naturais e do Laboratório de Biotecnologia e Síntese Orgânica em especial ao Edângelo, Tiago Augusto, Tiago Correia, Thiago Fonseca, Ricardo Marques, Ricardo Araújo, Emanuela, Reinaldo, Carol, Daniely, Natália, Tasso Gabriel, Bárbara, Caroline, Juliana, Elayne, Daniel Marcos, Francisco Sales, Amélia, Rogério e Roberto, por terem me ajudado e incentivado ao longo da minha vida acadêmica na UFC. Aos meus pais, Raimundo e Francisca, aos meus irmãos, Douglas e Danilo, por todo o amor, suporte, compreensão, dedicação e atenção, por estarem sempre do meu lado em todos os momentos, principalmente nos mais adversos. À Fernanda, por todo apoio, compreensão, incentivo e amor, tornando os momentos mais difíceis apenas em pequenos obstáculos. Ao Fernando, Regina e Samuel, pelo apoio, confiança e amizade, desde o meu ingresso na graduação até a conclusão do meu doutorado. A CAPES e FUNCAP, pelo apoio financeiro. A Deus, pois sem ELE nada seria possível. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae ............... 12 Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae nos últimos 40 anos (numeração referente à Tabela 1) ................................................. 23 Tabela 3 - Deslocamento químico de RMN 13C (δ) (125 MHz, CDCl3) para PGD-1, com padrão de hidrogenação obtido por comparação com DEPT-135° ............................... 35 Tabela 4 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de PGD-1 com valores da literatura (Albuquerque, 2007) para a substância barbatusina. ..................................... 36 Tabela 5 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de PGD-2 com valores da literatura (Albuquerque, 2004). ................................................................................... 40 Tabela 6 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de DB-1 com valores da literatura (Albuquerque, 2004). ................................................................................... 42 Tabela 7 - Deslocamento químico de RMN 13C (δ) (125 MHz, CDCl3) para OXB, com padrão de hidrogenação obtido por comparação com DEPT-135°. .............................. 45 Tabela 8 - Comparação dos dados de RMN 1H e de 13C de OXB com valores da literatura (Albuquerque et al, 2007) para a substância barbatusina. .............................. 46 Tabela 9 - Recuperação do analito em função da concentração. ................................... 65 Tabela 10 - Coeficientes de variação em função da concentração do analito. ............... 66 Tabela 11 – Condições de eluição estabelecidas para cada marcador químico............. 68 Tabela 12 - Concentrações dos analitos injetados em triplicadas e as áreas correspondentes para cada curva analítica. .................................................................. 75 Tabela 13 - Resultados da regressão linear para as duas curvas analíticas. ................... 75 Tabela 14 - Teores dos marcadores químicos nos extratos etanoicos das folhas de P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. amboinicus. ....................................................... 76 Tabela 15 - Percentuais de recuperação de BARB e DEBARB em P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P amboinicus. .......................................................................... 77 Tabela 16 – Determinação da precisão intradia............................................................ 78 Tabela 17 - Terminação da precisão interdias para três níveis de concentração de BARB e DEBARB. ................................................................................................................ 79 Tabela 18 - Limite de detecção dos marcadores químicos obtido pelos parâmetros da curva analítica. ............................................................................................................ 80 Tabela 19 - Limite de detecção obtida pela injeção em decaplicata. ............................. 80 Tabela 20 - Limite de quantificação dos marcadores químicos obtido pelos parâmetros da curva analítica. ....................................................................................................... 81 Tabela 21 - Limite de quantificação obtida pela injeção em decaplicata. ..................... 81 Tabela 22 - Inibição do crescimento celular (IC%) das amostras em três linhagens tumorais testadas na dose única de 25µM. ................................................................... 83 Tabela 23 - IC50 para a barbatusina, 3-β-hidroxi-3-deoxobarbatusina e OXB. .............. 84 Tabela 24 - Número de larvas mortas para as espécies de Plectranthus. ...................... 85 Tabela 25 - Valores de concentração letal para a mortalidade de 50 e 99% das larvas do mosquito Aedes aegypti para as espécies de Plectranthus. ........................................... 86 Tabela 26 - Fracionamento de PGE por partição líquido-líquido. ................................ 90 Tabela 27 - Fracionamento de PGEPD em coluna de sílica gel .................................... 90 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Representação estrutural dos compostos isolados e identificados de Plectranthus barbatus e Plectranthus forskohlii ............................................................ 2 Figura 2 - Representação estrutural de compostos com atividade gastroprotetora .......... 3 Figura 3 - Representação estrutural dos constituintes químicos do óleo essencial de Plectranthus grandis ...................................................................................................... 4 Figura 4 - Registro fotográfico de espécies do gênero Plecthanthus: P grandis (a), P. barbatus (b), P. ornatus (c) e P amboinicus (d) (Fonte: MGVSilva) .............................. 7 Figura 5 - Representação estrutural dos esqueletos abietanos ...................................... 23 Figura 6 - Espécies de Labiatae produtoras de diterpenos abietanos............................. 33 Figura 7 - Espectro de massas de alta resolução de PGD-1 .......................................... 35 Figura 8 – Representação estrutural do diterpeno barbatusina ...................................... 36 Figura 9 - Espectro de RMN 1H de PGD-1 ..................................................................37 Figura 10 - Espectro de RMN 13C de PGD-1 ............................................................... 37 Figura 11 - Espectro de RMN 13C DEPT-135º de PGD-1 ............................................ 38 Figura 12 - Espectro na região do infravermelho de PGD-1 ......................................... 38 Figura 13 - Representação estrutural do diterpeno 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina ...... 39 Figura 14 - Espectro de massas de alta resolução de PGD-2 ........................................ 39 Figura 15 - Espectro de RMN 1H de PGD-2 ................................................................ 40 Figura 16 - Espectro de RMN 13C de PGD-2 ............................................................... 41 Figura 17 - Representação estrutural do diterpeno 3-hidroxi-3-deoxobarbatusina ........ 42 Figura 18 - Espectro de RMN 1H de DB-1 .................................................................. 43 Figura 19 - Espectro de RMN 13C de DB-1 ................................................................. 43 Figura 20 - Espectro de RMN 13C DEPT de DB-1 ....................................................... 44 Figura 21 - Espectro de massas de alta resolução de OXB ........................................... 45 Figura 22 - Representação estrutural de OXB .............................................................. 46 Figura 23 - Espectro de RMN 1H de OXB ................................................................... 48 Figura 24 - Espectro de RMN 13C BB de OXB ............................................................ 48 Figura 25 - Espectro de RMN 13C DEPT-135° ............................................................ 49 Figura 26 - Espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C HSQC de OXB ........................................................................................................................... 49 Figura 27 - Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C HSQC de OXB. .......................................................................................................... 50 Figura 28 - Expansão 2 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C HSQC de OXB. .......................................................................................................... 50 Figura 29 - Espectro bidimensional de correlação homonuclear 1H x 1H COSY de OXB ................................................................................................................................... 51 Figura 30 - Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação homonuclear 1H x 1H COSY de OXB. .......................................................................................................... 52 Figura 31 - Espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB ......................................................................................... 53 Figura 32 – Expansão 1 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 54 Figura 33 - Expansão 2 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 55 Figura 34 - Expansão 3 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 56 Figura 35 - Expansão 4 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 57 Figura 36 - Expansão 5 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB ............................................................................. 58 Figura 37 - Expansão 6 do espectro bidimensional de correlação heteronuclear 1H x 13C à longa distancia (HMBC) de OXB. ............................................................................ 59 Figura 38 - Espectro de RMN 1H de PDB ................................................................... 60 Figura 39 - Espectro de RMN 1H da Barbatusina (PGD-1) .......................................... 61 Figura 40 - Cromatograma de BARB na concentração de 25 ppm ............................... 72 Figura 41 - Cromatograma de BARB na concentração de 50 ppm ............................... 72 Figura 42 - Cromatograma de BARB na concentração de 100 ppm ............................. 72 Figura 43 - Cromatograma de BARB na concentração de 250 ppm ............................. 73 Figura 44 - Cromatograma de BARB na concentração de 500 ppm ............................. 73 Figura 45 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 25 ppm .......................... 73 Figura 46 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 50 ppm .......................... 74 Figura 47 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 100 ppm ........................ 74 Figura 48 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 250 ppm ........................ 74 Figura 49 - Cromatograma de DEBARB na concentração de 500 ppm ........................ 74 Figura 50 – Registro fotográfico dos cristais obtidos da fração diclorometano de PGEPD ....................................................................................................................... 91 Figura 51 – Registro fotográfico dos cristais de PGD-1 ............................................... 92 LISTA DE ESQUEMAS Esquema 1 - Esquema biossintético via mevalonato de terpenoides (SIMÕES, 2001).. 10 Esquema 2 - Semi-rota biossintética para formação do esqueleto abieta-7,13-dieno (MACMILLAN, 1999). .............................................................................................. 11 Esquema 3 - Reação de redução da barbatusina. .......................................................... 94 Esquema 4 - Reação de hidrólise ácida da Barbatusina ............................................... 94 Esquema 5 - Reação de hidrólise alcalina, em metanol, da Barbatusina ....................... 94 Esquema 6 - Reação de hidrólise ácida, em metanol, da Barbatusina ........................... 95 Esquema 7 - Reação de metilação da Barbatusina com base fraca ............................... 95 Esquema 8 - Reação de metilação da Barbatusina com base forte ................................ 96 Esquema 9 - Reação de metilação da Barbatusina com éter coroa................................ 96 Esquema 10 - Reação de benzilação da Barbatusina .................................................... 97 Esquema 11 - Reação de produção da oxima ............................................................... 97 LISTA DE FLUXOGRAMAS Fluxograma 1 - Obtenção e fracionamento do extrato etanoico das folhas de P. grandis (PGE) ......................................................................................................................... 92 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução dos relatos científicos para diterpenos abietanos de Labiatae ...... 11 Gráfico 3 - Curva analítica de BARB .......................................................................... 76 Gráfico 2 - Curva analítica de DEBARB ..................................................................... 76 Gráfico 4 - Concentração x percentual de mortalidade das larvas de Aedes aegypti. .... 85 LISTA DE ABREVIATURAS BARB Barbatusina BB - Broudband CCD - Cromatografia em Camada Delgada CDCl 3 - Clorofórmio CLAE-DAD Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada a Detector de Arranjo de Diodos COSY - CorrelationSpectroscopy DB-1 Substância derivada da barbatusina DEBARB 3β-hidróxi-3-deoxobarbatusina DEPT - Distortionless Enhancement by Polarization Transfer DPE Desvio Padrão Relativo HMBC - Heteronuclear Multiple Bond Connectivity HPM/FJAM - Horto de Plantas Medicinais Francisco José Abreu Matos. HSQC - Heteronuclear Single Quantum Correlated J - Constante de Acoplamento LD Limite de Detecção LPN - Laboratório de Produtos Naturais LQ Limite de Quantificação OXB Substância derivada da barbatusina P.F. - Ponto de Fusão PGD-1 Substância obtida da fração diclorometano de P. grandis PGD-2 Substância obtida da fração diclorometano de P. grandis PGEPA Fração acetato de etila da partição do extrato etanoico de P. grandis PGEPB Fração n-butanol da partição do extrato etanoico de P.grandis PGEPD Fração diclorometano da partição do extrato etanoico de P. grandis PGEPH Fração hexano da partição do extrato etanoico de P. grandis RMN- 13 C - Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 RMN- 1 H - Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio RSD Relative Standard Deviation UFC - Universidade Federal do Ceará δ - Deslocamento Químico RESUMO Plectranthus grandis (Cramer) R. H. Willense é uma planta medicinal conhecida popularmente no Ceará como boldo-grande, utilizada pela população em substituição a P. barbatus (boldo), que apresenta atividade gastroprotetora já comprovada para a planta, atividade esta, atribuída a diterpenos que foram isolados desta planta, validando cientificamente seu uso popular. Este trabalho descreve alguns procedimentos analíticos visando contribuir para a padronização química de quatro espécies de Plectranthus. Os diterpenos barbatusina e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina foram isolados através de técnicas cromatográficas, sendo possível desenvolver um método de extração seletiva para a barbatusina, o que possibilitou obter quantidade significativa desta substância. Foram realizadas reações de derivatização, obtendo-se a 3-hidroxi-3-deoxobarbatusina, que possui atividade gastroprotetora, in vivo, já reportada na literatura, e a oxima da barbatusina, inédita na literatura, com atividade citotóxica mais potente do que sua precursora. As elucidações estruturais foram realizadas através de espectroscopia na região do infravermelho (IV), RMN 1H, RMN 13C, DEPT-135º, COSY, HMBC e HSQC em comparação com dados da literatura. Utilizando a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD) desenvolveu- se métodos para a quantificação de barbatusina e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina, em que foram encontrados parâmetros adequados de linearidade (r2 > 0,99), para as duas substâncias analisadas. O método foi validado e apresentou linearidade (r2 = 0,9931 para a barbatusina e r2 = 0,9966 para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina), seletividade, precisão intra-dia (DPR (desvio padrão relativo) < 2,8% para a barbatusina e DPR < 3,5% para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina), exatidão (recuperação entre 81,7% e 115,1%). Os métodos então desenvolvidos foram aplicados aos extratos etanoicos das folhas de P grandis, P. barbatus, P. amboinicus, P. ornatus. Foi também avaliada a reatividade biocatalítica da barbatusina frente a enzimas e fungos, e observou-se não ocorrer nenhuma modificação estrutural na molécula. O potencial larvicida e citotóxico das quatro espécies de Plectranthus foram avaliados, bem como dos compostos puros, apresentando promissora atividade citotóxica para três linhagens de células tumorais. ABSTRACT Plectranthus grandis (Cramer) Willense is a medicinal plant popularly known in Ceará as boldo-grande, used by population in substitution of P. barbatus (boldo). It shows gastroprotective activity and this activity is attributed to diterpenes have been isolated from this plant, scientifically validating its popular use. This work describes the analytical procedures used and obtained results, aiming to contribute for chemical standardization of four Plectranthus species. Barbatusin and 3β-hydroxy-3- deoxobarbatusin diterpenes were isolated by chromatographic techniques, being possible to develop selective extraction method of barbatusin, which enabled to obtain significant amount of this substance. Derivatization reactions were performed, getting 3- hydroxy-3-deoxobarbatusin, having gastroprotective activity, in vivo, already reported in the literature, and oxyimine product of barbatusin, unpublished in the literature, with cytotoxic activity more potent than its precursor. Structural elucidation were performed by infra-red spectroscopy, NMR 1H and NMR 13C, compared with literature data. Using HPLC-DAD, methods were developed for quantification of barbatusin and 3β-hydroxy- 3-deoxobarbatusin, in wich suitable parameters have been found of linearty (r2 > 0,99), for both analytes. The method was validated and presented linearity (r2 = 0.9931 for barbatusin and r2 = 0.9966 for 3β-hydroxy-3-deoxobarbatusin), selectivity, within-day precision (RSD < 2.8% for barbatusin and RSD < 3.5% for 3β-hydroxy-3- deoxobarbatusin), accuracy (recovery between 81,7% a 115,1%). The methods so developed, was applied to the leaves extracts of P. grandis, P. barbatus, P. amboinicus and P. ornatus. It was also evaluated the reactivity for biocatalysis of barbatusina in enzymes and fungi, and it was not observed any structural modification in the molecule.The larvicidal and cytotoxic potentials of the four Plectranthus species were evaluated, as well as the pure compounds, showing promising cytotoxic activity for three strains of tumor cells. Sumário CAPíTULO 1............................................................................................................................ 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1 CAPÍTULO 2: .......................................................................................................................... 6 CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS ........................................................................................... 6 2.1 - A Família Lamiaceae. .................................................................................................. 6 2.2 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus grandis. ................................................ 8 2.3 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus barbatus. .............................................. 8 2.4 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus amboinicus. .......................................... 8 2.5 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus ornatus. ................................................ 9 CAPÍTULO 3 ......................................................................................................................... 10 DITERPENOS ABIETANOS DE LABIATAE NOS ÚLTIMOS 40 ANOS (revisão bibliográfica) .......................................................................................................................... 10 CAPÍTULO 4 ......................................................................................................................... 34 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 34 4.1- Determinação Estrutural ........................................................................................... 34 4.1.1--Obtenção e Determinação Estrutural de PGD-1 ..................................................... 34 4.1.2 - Obtenção e Determinação Estrutural de PGD-2..................................................... 38 4.1.3–Produtos de derivatização da Barbatusina ............................................................... 41 4.1.3.1 – Obtenção e Determinação Estrutural de DB-1 ................................................... 414.1.3.2 – Obtenção e Determinação Estrutural de OXB-1 ................................................. 44 4.1.3.2 – Produtos de hidrólise, metilação e benzilação da barbatusina ............................. 60 4.1.3.3 – Avaliação do produto de Degradação da Barbatusina em Meio Alcalino (PDB). 60 4.2 – Reatividade biocatalítica da barbatusina................................................................. 61 4.2.1-Triagem com Enzimas ............................................................................................ 61 4.2.2-Triagem com Fungos .............................................................................................. 61 CAPÍTULO 5 ......................................................................................................................... 62 DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA COM DETECTOR DE ARRANJO DE DIODOS PARA DETERMINAÇÃO DOS MARCADORES QUÍMICOS, BARBATUSINA (BARB) E 3-Β-HIDROXI-3-DEOXOBARBATUSINA (DEBARB) EM QUATRO ESPÉCIES DO GÊNERO PLECTRANTHUS ......................................................... 62 5.1 - Validação e Parâmetros de Validação ...................................................................... 62 5.2 - Parâmetros de Validação .......................................................................................... 63 5.2.1 - Linearidade .......................................................................................................... 63 5.2.2 - Exatidão ............................................................................................................... 63 5.2.3 - Precisão ................................................................................................................ 65 5.2.4 - Limite de Detecção ............................................................................................... 66 5.2.5 - Limite de Quantificação ....................................................................................... 67 5.3- Análise Quantitativa por CLAE-DAD para os marcadores (BARB) e (DEBARB) em quatro espécies do gênero Plectranthus: P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. amboinicus. ........................................................................................................................ 67 5.3.1- Desenvolvimento do método .................................................................................. 67 Condições cromatográficas utilizadas .............................................................................. 67 Preparação das amostras .................................................................................................. 68 Preparação das soluções padrões ..................................................................................... 68 Estimativa das Faixas de Concentração de Trabalho ........................................................ 69 Construção das Curvas Analíticas .................................................................................... 69 5.3.2- Validação do método ............................................................................................. 69 Seletividade .................................................................................................................... 69 Linearidade ..................................................................................................................... 70 Limite de Detecção (LD) ................................................................................................. 70 Limite de Quantificação (LQ) .......................................................................................... 70 Exatidão .......................................................................................................................... 71 Precisão .......................................................................................................................... 71 5.4 - RESULTADOS .......................................................................................................... 71 5.4.1-Desenvolvimento do método ................................................................................... 71 Obtenção das Curvas Analíticas ...................................................................................... 71 5.4.2- Validação do método ............................................................................................. 76 Exatidão .......................................................................................................................... 76 Precisão .......................................................................................................................... 78 Precisão intradia............................................................................................................. 78 Precisão interdias ........................................................................................................... 79 Limite de Detecção (LD) ................................................................................................. 80 Limite de quantificação (LQ)........................................................................................... 81 CAPÍTULO 6 ......................................................................................................................... 83 ATIVIDADES BIOLÓGICAS DOS EXTRATOS DE Plectranthus E BARBATUSINA ........ 83 6.1.-Avaliação da Citotoxicidade In Vitro ......................................................................... 83 6.2-Potencial larvicida dos extratos de Plectranthus frente a Aedes aegypti.......................... 85 CAPíTULO 7.......................................................................................................................... 87 PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................................... 87 7.1 – Métodos Cromatográficos ........................................................................................ 87 7.2 – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN 1H) e Carbono (RMN13C). 88 7.3 – Ponto de Fusão.......................................................................................................... 89 7.4 – Coleta das Plantas Estudadas. .................................................................................. 89 7.5 - Isolamento dos Constituintes Químicos de Plectranthus grandis. ............................ 89 7.5.1 - Obtenção do Extrato Etanoico das Folhas de Plectranthus grandis. ....................... 89 7.5.2-Fracionamento do Extrato Etanoico (PGE) ............................................................. 90 7.5.3-Isolamento de PGD-1. ............................................................................................ 91 7.5.4 - Isolamento de PGD-2 ........................................................................................... 93 7.6 - Derivatização da Barbatusina ................................................................................... 93 7.6.1 - Obtenção de 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina (DB-1) ............................................. 93 7.6.2 – Obtenção do produto de hidrólise ......................................................................... 94 7.6.3 – Obtenção do produto de metilação ...................................................................... 95 7.6.4 – Obtenção do produto de benzilação ...................................................................... 97 7.6.5- Reação de Formação da oxima (OXB) ................................................................... 97 7.6.6 – Avaliação da Decomposição da Barbatusina em Meio Alcalino ............................ 97 7.6.7.- Reatividade da Barbatusina em Reações Biocatalisadas e de Biotransformações ....... 98 I - Triagem com enzimas .................................................................................................98 II - Triagem com fungos .................................................................................................. 98 7.7 - Atividades Biológicas ................................................................................................ 98 7.7.1 - Avaliação da Citotoxicidade in vitro da Barbatusina ............................................. 98 7.7.2 - Avaliação do Potencial Larvicida (utilizando as larvas de Aedes aegypti) .............. 99 CAPITULO 8 ....................................................................................................................... 100 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 100 CAPÍTULO 9 ....................................................................................................................... 102 CONSTANTES FÍSICAS E DADOS ESPECTROMÉTRICOS DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS OBTIDOS DE Plectranthus grandis .............................................................. 102 PGD-1 .............................................................................................................................. 102 PGD-2 .............................................................................................................................. 103 DB-1 ................................................................................................................................. 104 OXB ................................................................................................................................. 105 CAPÍTULO 10 ..................................................................................................................... 106 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 106 1 1 - INTRODUÇÃO CAPíTULO 1 INTRODUÇÃO O gênero Plectranthus (sin. Coleus) pertencente à família Labiatae (sin. Lamiaceae) engloba cerca de 300 espécies, das quais muitas são usadas como ornamentais e ou medicinais, ocorrendo de forma nativa na África, Ásia e Austrália (Ascensão et al, 1998). Espécies do gênero Plectranthus apresentam capacidade biossintética para produzir metabólitos secundários em diversidade, destacando-se entre estes, os diterpenos, inclusive alguns com propriedades biológicas comprovadas (Marques et al, 2006; Buznego e Perez-Saad, 1999; Abdel-mogib et al, 2002; Hagiwara et al, 2003). São constituintes identificados em P. barbatus (falso boldo), Ciclobutatusina (Zelnik et al, 1977), 6β-hidroxicarnosol (Kelecom, 1983), barbatusol (Kelecom, 1983), plectrina (Kubo, 1984), cariocal (Kelecom, 1985), coleon E, coleon F, plectrinona A e plectrinona B (Ruedi, 1986), e apresentam importância farmacológica. Por sua vez, o estudo do óleo essencial da parte aérea e raízes da espécie P. barbatus apresentou β- cariofileno, α-pineno, β-felandreno, β-(z)-ocimeno, manool e abietatrieno (Kerntopf, 2002; Albuquerque, 2006). Dentre as várias espécies de Plectranthus de interesse químico-biológico podemos citar também Plectranthus forskohlii, cuja análise cromatográfica forneceu um diterpeno labdano de alta importância farmacológica, que foi denominada forskolina (7β-acetoxi-8,13-epoxi-1α, 6β,9α-triidroxi-labd-14-en-11-ona), que apresenta atividade anti-hipertensiva, anti-glaucoma, antiinflamatória, inibidor da agregação plaquetária, bronco dilatador e ativador da adenilase ciclase (SHAH, 1980). Assim, só em 2001 foram encontradas mais de 1500 citações no Chemical Abstracts (HAGIWARA, 2003) sobre forskolina, que é disponível comercialmente na concentração de 10% a U$ 49,00 (60 cápsulas), para uso humano sem comprovação, como auxiliar na queima de gorduras e aumento da testosterona. A Figura 1 (página 2) apresenta as estruturas com propriedades biológicas citadas para P. barbatus e P. forskohlii. 2 1 - INTRODUÇÃO Figura 1 - Representação estrutural dos compostos isolados e identificados de Plectranthus barbatus e Plectranthus forskohlii CH2 β-Cariofileno OAc OAc O OH O HO H OH H Ciclobutatusina O HO OH OH O 6β-Hidroxi-carnosol OHHO Barbatusol CHO O O OH OH Cariocal O O OAc OH OH Plectrina O H O OH OAc Coleon E O H O OAc Coleon F O O HO OH OH OH Plectrinona A O O HO OH OH Plectrinona B α-Pineno β-Felandreno β-(z)-Ocimeno HO H Manool Abietatrieno O O OH OH H OH O O Forskolina 3 1 - INTRODUÇÃO Plectranthus grandis (Cramer) Willense é uma planta aromática morfologicamente semelhante à P. barbatus (malva santa), diferindo basicamente no tamanho do porte arbustivo e das partes aéreas sendo popularmente conhecida como boldo grande. Entre os fatores divergentes marcantes das duas espécies, está o fato de que P. grandis florescer até duas vezes ao ano em regiões não serranas e apresentar amargor de caules e folhas enquanto P. barbatus apresenta amargor apenas nas folhas e floresce apenas uma única vez por ano (MATOS, 2000). A semelhança entre as duas espécies é suficiente para que, algumas pesquisas encontradas na literatura sobre P. barbatus, especialmente aquelas baseadas em estudos etnofarmacológicos, possam ter sido realizadas com P. grandis, por engano de identificação botânica (MATOS, 2000). A população utiliza P. grandis em substituição a P. barbatus, planta que apresenta atividade hipossecretora gástrica já comprovada (LAPA et al, 1991) e estudos anteriores demonstraram propriedade gastroprotetora de vários diterpenos isolados da planta (SCHMEDA-HIRSCHMANN et al, 2002; MELO et al, 2003; RODRÍGUEZ et al, 2006), validando desta forma o uso popular desta planta, no combate às doenças relacionadas ao aparelho digestivo. O óleo essencial de Plectranthus grandis é rico em β-cariofileno, e relatos recentes comprovam a atividade antioxidante do óleo (ALBUQUERQUE et al, 2006). A busca realizada utilizando a ferramenta de busca Scifinder, em março de 2013, apresenta apenas dez artigos publicados sobre a espécie Plectranthus grandis, dos quais somente quatro versam sobre sua constituição química. Albuquerque e col. (2010) relatam o efeito protetor contra lesões gástricas induzidas pela ingestão de etanol em ratos, com a administração oral de 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina (5 e 10 mg/kg) e barbatusina (5 e 10 mg/kg) (figura 2). Para as respectivas doses empregadas, a redução da lesão foi de 53, 58 e 96% para a 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina e 32 e 76% para barbatusina. Figura 2 - Representação estrutural de compostos com atividade gastroprotetora OAc OAc OHO O O H OAc OAc OHHO O O H Barbatusina 3β-Hidroxi-3-deoxobarbatusina 4 1 - INTRODUÇÃO A composição volátil, responsável pela atividade antioxidante dos óleos essenciais das folhas de P. grandis cultivada no Ceará, apresenta majoritariamente trans-β-cariofileno (31,3-40,2%), germacreno-D (12,5-24,5%) e eugenol (15,4%) (figura 3). O ensaio do DPPH que mede a capacidade sequestrante de radicais livres do substrato realizado com o óleo essencial das folhas desta planta, apresentou um índice de varredura de DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazil) de 83,28% (ALBUQUERQUE, 2006). Figura 3 - Representação estrutural dos constituintes químicos do óleo essencial de Plectranthus grandis As investigações em busca de biocompostos oriundos de plantas herbáceas, tais como as espécies de Plectranthus, apresentam a vantagem da disponibilidade do material vegetal, sem impacto das floras nativas, pois muitas se propagam facilmente permitindo cultivos, inclusive para fins comerciais. A variabilidade qualitativa e quantitativa dos constituintes bioativos pode influenciar a ação terapêutica apresentada pela planta, sendo necessário umconhecimento mais completo possível, dos parâmetros que envolvem e promovem esta quimiodiversidade. Para Plectranthus grandis, os dados encontrados na pesquisa bibliográfica, até então, são insuficientes para promover o uso racional desta planta e validar seu uso medicinal popular de modo que esta espécie foi selecionada para o desenvolvimento deste trabalho. A presença relatada de diterpenos de esqueleto abietanos em P. grandis, que são conhecidos por sua diversidade de atividades farmacológicas, notadamente barbatusina, justifica a continuação de estudo da espécie, com o desenvolvimento de extração seletiva de barbatusina, desenvolvimento e validação de métodos analíticos para a quantificação dos marcadores químicos barbatusina e 3β-hidroxi-3- deoxobarbatusina visando contribuir para a padronização química de espécies do gênero Plectranthus. CH2 O HO Trans-β-Cariofileno Germacreno-D Eugenol 5 1 - INTRODUÇÃO Foram utilizadas no desenvolvimento deste trabalho, técnicas cromatográficas como cromatografia em coluna aberta, cromatografia em camada delgada, CLAE (cromatografia líquida de alta eficiência), além de técnicas de determinação estrutural como ressonância magnética nuclear (RMN 1H), carbono (RMN 13C) e 1H x 1H COSY, HMBC, HMQC e espectroscopia de infravermelho. A apresentação escrita deste trabalho segue as normas do Programa de Pós- Graduação em Química da Universidade Federal do Ceará e os capítulos são divididos em: 1 - Introdução; 2- Considerações botânicas; 3 - Diterpenos abietanos de Labiatae nos últimos 40 anos (revisão bibliográfica); 4- Resultados e discussão; 5- Desenvolvimento e validação de métodos analíticos por CLAE-DAD para determinação dos marcadores químicos barbatusina (BARB) e 3β-hidroxi-3-deoxobarbatusina (DEBARB) em quatro espécies do gênero Plectranthus; 6 -Atividades biológicas dos extratos de Plectranthus e barbatusina; 7- Parte experimental; 8-Conclusão; 9 - Constantes físicas e dados espectrométricos dos constituintes químicos obtidos de Plectranthus grandis e 10- Referências. 6 2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS CAPÍTULO 2: CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 2.1 - A Família Lamiaceae. A família Lamiaceae possui quase 4000 espécies contidas em aproximadamente 220 gêneros, entre eles estão Salvia, Ocimum, Mentha e Plectranthus, com uma rica diversidade de usos etnobotânicos, ampla diversidade morfológica e uma distribuição quase cosmopolita. As espécies desta família evitam, em geral, florestas tropicais e os trópicos, e igualmente as regiões frias. Preferem os habitat livres, abertos, declives secos e pedregosos, matas da Córsega, ilhas mediterrâneas e cumes de montanhas ensolaradas. Nestes locais habitam as espécies mais características e mais nobres, enquanto variantes menos nobres são encontradas nas áreas mais úmidas dos prados à beira dos regatos e na sombra das florestas. As folhas das plantas são odoríferas, opostas duas a duas, mas a planta não se detém na fase vegetativa foliar, pois tendem a produzir flores o mais rápido possível. Flores são abundantes, têm formas marcantes, caracteres específicos e variados, próprio da família. Os frutos são pequenos do tipo aquênio, separando-se caracteristicamente em quatro frutículos parciais (núculas), onde cada um é uma pequena noz. Os tricomas glandulares multicelulares são responsáveis pela presença e o teor do óleo essencial, presentes principalmente nas folhas e nos cálices das flores. (LUKHOBA et al, 2006; HEDGE, 1992) Plectranthus é um dos gêneros que compõem a família , e possui aproximadamente 300 espécies distribuídas na África tropical, apesar de as espécies da família Lamiaceae evitarem as regiões tropicais, Ásia e Austrália (LUKHOBA et al, 2006). O táxon Plectranthus inclui plantas ricas em diterpenos, que são substâncias responsáveis por variadas e importantes propriedades medicinais tais como antiviral, antifúngica, anti- hipertensiva, antioxidante, citotóxica entre outras. No Brasil, várias destas espécies foram introduzidas pelos colonizadores europeus a partir da África, provavelmente seguindo a rota do tráfego de escravos. Algumas espécies do gênero Plectranthus são de difícil identificação por causa da ausência de claros critérios morfológicos para discriminar não somente espécies dentro do gênero, mas também entre gêneros intimamente relacionados. Entre as espécies de 7 ocorrência mais comum no Brasil são P. grandis, P. barbatus, P. ornatus e P. amboinicus (Figura 4) Figura 4 - Registro fotográfico de espécies do gênero Plecthanthus: P grandis (a), P. barbatus (b), P. ornatus (c) e P amboinicus (d) (Fonte: MGVSilva) a) b) d) c) 8 2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS 2.2 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus grandis. A espécie Plectranthus grandis é popularmente conhecida no Brasil como boldo- grande, boldão, boldo-da-folha-grande, falsa malva-santa e boldo mexicano, sendo designado na literatura por Plectranthus grandis (Cramer) Willense. Conforme dados da literatura (CRAMER, 1977), Plectranthus grandis é um arbusto com até 3 m de altura com folhas maiores do que 4,7 cm, racemo com 56 cm de comprimento, caule subquadrangular espesso e com pelos; inflorescência racemosa, com racemo simples erétil, 26 - 56 cm, pedúnculo rígido, portando flores com corola maior do que 2,0 cm de comprimento de coloração azul. Esta espécie é capaz de florescer no Nordeste nas regiões serranas, litorâneas ou sertão central, no que diferem das outras espécies que necessitam de clima mais ameno ou temperado como ocorre em regiões serranas com clima úmido. 2.3 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus barbatus. Popularmente conhecida no Brasil pelas denominações de malva-santa, boldo- nacional, boldo-falso ou sete-dores. Na literatura cientifica seu nome botânico é Plectranthus barbatus Andr., tendo sido referida anteriormente pela designação de Coleus barbatus. Plectranthus barbatus é uma grande e ereta erva ou subarbusto flexível, atingindo até 1,75 m de altura, ramos densamente tormentosos, de folhas aromáticas pecioladas, limbo semissuculento, oval e largamente elíptico, densamente tormentoso, face inferior com glândulas, ápice obtuso e arredondado, base acuneada, margem regularmente crenado-denteada, pecíolo 10 - 20 mm de comprimento, bráctea oval acuminada, caduca, corola azul claro, 17 - 20 mm de comprimento no fruto tubo geniculado mais ou menos no meio e expandindo-se na base por 3 mm. Não floresce no Nordeste a não ser em regiões serranas com clima mais ameno (KERNTOPF, 1998). 2.4 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus amboinicus. A planta é popularmente conhecida no Brasil pelas designações de malvariço, malva do reino e hortelã da folha grande. Na literatura cientifica é referida pelo nome botânico de Plectranthus amboinicus (Lour) Spreng.. P. amboinicus é uma erva perene, tortuosa, piloso-tormentosa e suculenta que pode atingir 50 cm de altura com folhas oval-deltoides, crenadas de ápice agudo e quebradiço 9 2 - CONSIDERAÇÕES BOTÂNICAS ao ser dobrado. As folhas são muito aromáticas e carnudas e se dispõem em pares opostos, duas a duas. No Nordeste não produz flores, a não ser em regiões serranas que apresentem climas mais amenos. É uma erva nativa da Índia, sendo encontrada em toda América tropical, desde as Antilhas até o sul do Brasil, onde são cultivadas em pequenos canteiros e jardins para fins medicinais e muitas vezes para como condimento em culinária. Apresenta ação antibacteriana e expectorante e são facilmente multiplicadas por estaquia. P. amboinicus difere basicamente de Plectranthus barbatus Andr. por possuir folhas duras e quebradiças e sem sabor amargo. (MATOS, 1994) 2.5 - Considerações Botânicas sobre Plectranthus ornatus. No Brasil esta espécie é popularmente conhecida pelos nomes populares boldo- gambá,boldo-pequeno ou boldo-miúdo e novalgina e cientificamente é designado como Plectranthus ornatus Codd.. As vezes é confundida com Plectranthus neochilus Schld espécie muito semelhante morfologicamente. Plectranthus ornatus, originário do oeste da Índia, porém encontra-se amplamente distribuída em todo mundo. Apresenta folhas pequenas, aromática, suculentas e deltoides que a diferencia das outras três, porém bastante semelhante com as folhas de P. neochilus. O caule por sua vez é fino herbáceo, no qual se observa a presença de raízes adventícias. Cresce amplamente na forma de pequenas ervas esparramada em canteiros, tornando-se bastante perenes nos habitat naturais. Sua flor se expõe na coloração azul em forma de espigão com um intenso odor, porém sua florescência somente ocorre em regiões de clima serrano (ALBUQUERQUE, 2004). 10 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO CAPÍTULO 3 DITERPENOS ABIETANOS DE LABIATAE NOS ÚLTIMOS 40 ANOS (revisão bibliográfica) Os diterpenos são metabólitos secundários formados via mevalonato, em que o mevalonato é formado da condensação de uma unidade da acetoacetil- CoA com uma molécula da acetil-CoA. Após a condensação aldólica, ocorre uma hidrólise originando a 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA, que é reduzida a mevalonato numa reação irreversível. O mevalonato é então convertido em isopentenil-pirofosfato (IPP), ou isopreno ativo, a unidade básica na formação dos terpenos e esteroides. A polimerização do mevalonato origina moléculas de cadeias crescentes de cinco em cinco átomos de carbono. A molécula de isopentenil-pirofosfato e seu isômero dimetilalil-pirofosfato (DMAPP) formam trans-geranil-pirofosfato (GPP), a partir do qual se formam os demais terpenos (Esquema 1). Novas ligações cabeça-cauda entre o trans-geranil-pirofosfato e o isopentenil-pirofosfato resultarão em sesquiterpeno (C15) e diterpenos (C20). (Simões, 2001). Esquema 1 - Esquema biossintético via mevalonato de terpenoides (SIMÕES, 2001) S C o A O O S C o A O C o A -S H O O O S C o A O O O H 3 - h i d r ó x i -3 -m e t i l -g l u t a r il C o A O H O H O P P m e v a l o n a t o g e ra n i l p i ro f o s fa t o ( G P P ) M O N O T E R P E N O S ( C 1 0 ) O P P f a r n e s i l p i ro f o s f a t o ( F P P ) S E S Q U I T E R P E N O S ( C 1 5 ) O P P g e r a n i l g e ra n i l - p ir o fo s fa t o (G G P P ) D IT E R P E N O S (C 2 0 ) E S T E R Ó I D E S ( C 2 7 ) T R I T E R P E N O S ( C 3 0 ) 11 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO A partir do pirofosfato de geranil-geranila, a enzima abietadieno sintase catalisa a formação de abieta-7,13-dieno (Esquema 2) por uma série de etapas de ciclização, iniciada por uma ciclização próton-induzida e concluída pela saída do difosfato (MACMILLAN, 1999). Esquema 2 - Semi-rota biossintética para formação do esqueleto abieta-7,13-dieno (MACMILLAN, 1999). A presença dos diterpenos abietanos é frequentemente detectada em espécies da família Labiatae. A pesquisa bibliográfica realizada nos últimos quarenta anos (1972 a 2013) com as palavras-chave “abietane” e “Labiatae” indicou 110 e 175 registros, utilizando o software de busca SciFinder® e www.scopus.com, respectivamente. Todas as referências foram relatadas na forma de artigos publicados em jornais e revistas, e nenhuma patente foi encontrada. Observou-se uma modesta evolução no número de publicações (Gráfico 1), com um incremento no ano de 2010, mas com resultados bem expressivos com relação ao teor das publicações que relatam diversas atividades biológicas para as substâncias relatadas. Gráfico 1 - Evolução dos relatos científicos para diterpenos abietanos de Labiatae 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1 9 7 2 1 9 7 7 1 9 8 7 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 12 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO A Tabela 1 contém os dados encontrados na pesquisa bibliográfica. Eles foram dispostos por ordem alfabética da espécie, seguido pelo nome dos compostos encontrados para cada planta, o órgão vegetal utilizado no estudo, a atividade farmacológica relatada e a referência bibliográfica. Tabela 1 - Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae Planta Compostos isolados Fonte Atividade Referência Ajuga decumbens Ajudecumina A (1) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Ajudecumina B (2) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Ajudecumina C (3) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Ajudecumina D (4) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Ajuforrestina A (5) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Ajuforrestina B (6) Partes aéreas Citotóxica WANG et al, 2012 Coleus xanthanthus 11-16-Diacetoxi-coleon U (9) Partes aéreas - MEI et al, 2002 11-Acetoxi-coleon U (10) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 16-O-acetil coleon C (7) Partes aéreas - MEI et al, 2002 8a,9a-Epoxicoleon U- quinona (8) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 Coleon U (11) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Oxo-coleon U (12) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 Xantatusina E (13) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 Xantatusina F (14) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Xantatusina G (15) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Xantatusina H (16) Partes aéreas Citotóxica MEI et al, 2002 Xantatusina I (17) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Xantatusina J (18) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Xantatusina K (19) Partes aéreas - MEI et al, 2002 Dracocephalum komarovi Dracocephalona A (20) Planta inteira Tripanomicida UCHIYAMA et al, 2003 Fuerstia africana Ferruginol (21) Partes aéreas Antimalárica e Citotóxica KOCH et al, 2006 Hyptis carvalhoi 7α-Etoxi-rosmanol (22) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 7α-Metoxi-rosmanol (23) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 Galdosol (24) Partes aéreas - LIMA et al, 2012 Hyptis martiusii 7α-Acetoxi-12-hidroxi- 11,14-dioxoabieta-8,12- dieno (25) Raízes Genotóxica CAVALCANTI et al, 2008 7β-Hidroxi-11,14- dioxoabieta-8, 13-dieno (26) Raízes Genotóxica CAVALCANTI et al, 2008 Hyptis suaveolens Deidro-abietinol (27) Partes aéreas Antimalárica ZIEGLER et al, 2002 Hyssopus cuspidatus 19,20-Epoxi-12,19- dimetoxi-11,14,diidroxi-7- oxo-8,11,13-abietatrieno (28) Planta inteira - FURUKAWA et al, 2011 19,20-Epoxi-12,metoxi- 11,14,19-triidroxi-7-oxo- 8,11,13-abietatrieno (29) Planta inteira Citotóxica FURUKAWA et al, 2011 19,20-epoxi-12-metoxi- 11,14,19-triidroxi-7-oxo- 8,11,13-abietatrieno (30) Planta inteira Antialérgica FURUKAWA et al, 2011 13 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Hyssopus cuspidatus 19,20-Epoxi- 11, 14- diidroxi-12, 20-dimetoxi- 7-oxo-8, 11, 13- abietatrieno (31) Planta inteira Antialérgica FURUKAWA et al, 2011 19,20-Epoxi- 11, 14- diidroxi-12-metoxi-7-20- dioxo-8, 11, 13- abietatrieno (32) Planta inteira Citotóxica FURUKAWA et al, 2011 Isodon inflexus 3α,6β-Diidroxi-7,17- dioxo-ent-abieta-15(16)- eno (34) Partes aéreas Antiinflamatória LEE et al, 2008 Isodon lophanthoides var. graciliflorus 15-hidroxi-1- oxosalvibretol (35) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 15-hidroxi-20-Desoxi- carnosol (36) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 15-O-Metilgraciliflorina F (37) Partes aéreas - ZHOU et al, 2013 16-Acetoxil-sugiol (38) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 3α-Hinokiol (39) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 3β-Hidroxi-sempervirol (40) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 6,12,15-Triidroxi- 5,8,11,13-abietatetraen-7- ona (41) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 Abieta-8,11,13-trieno- 14,19-diol (42) Partes aéreas Citotóxica ZHOU et al, 2013 Graciliflorina E (43) Partes aéreas CitotóxicaZHOU et al, 2013 Graciliflorina F(44) Partes aéreas - ZHOU et al, 2013 Isodon lophanthoids var. micranthus 16-acetoxi-7-α-hidroxi- royleanona (33) Não informado - ZHOU et al, 2013 16- Acetoxi-7 α-metoxi- royleanona (45) Não informado - ZHOU et al, 2013 Hiptol (46) Não informado - ZHOU et al, 2013 Micranthina C (47) Não informado - ZHOU et al, 2013 Isodon rubescens Hebeiabinina A (48) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 Hebeiabinina B (49) Folhas - HUANG et al, 2007 Hebeiabinina C (50) Folhas - HUANG et al, 2007 Hebeiabinina D (51) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 Hebeiabinina E (52) Folhas Citotóxica HUANG et al, 2007 Rubescensina I (53) Folhas - HUANG et al, 2007 Rubescensina J (54) Folhas - HUANG et al, 2007 Rubescensina P (55) Folhas - HUANG et al, 2007 Isodon xerophilus Xeropilusins R (56) Folhas - Xeropilusins S (57) Folhas - NIU, 2004 Leucas cephalotes Leucastrina C (58) Planta inteira - MYIAICHI, 2006 Lycopus europaeus Euroabienol (59) Frutos Antibacteriana, antifúngica RADULOVIC, 2010 Meriandra benghalensis Cryptotanshinona (60) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 17-Hidroxi- cryptotanshinona (61) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 14 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Peltodon longipes 12-Hidroxi-11- metoxiabieta-8,11,13- trien-7-ona (62) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 7α-Acetoxi-royleanona (63) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 7α-Etoxi-royleanona (64) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 7α-Hidroxi-royleanona (65) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 7-Oxo-royleanona (66) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Cryptojaponol (67) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Deoxi- neocriptotanshinona (69) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Iguestol (70) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Inuroileanol (71) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Ortosifonol (72) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Royleanona (73) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Sugiol (74) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Perovskia abrotanoides 7-Epi-7-O-metilrosmanol (75) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 7-O-Metil-rosmanol (76) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Ácido 11-O-acetil- carnósico (77) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Ácido 12-O-metil- carnosico (78) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Ácido carnósico (79) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Carnosol (80) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Isorosmanol (81) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Rosmanol (82) Partes aéreas Citotóxica AOYAGI et al, 2006 Perovskia scrophularifolia Ácido 12-O-metil- carnosico (78) Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 Carnosol (80) Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 Epirosmanol (83) Partes aéreas - Rosmanol (82) Partes aéreas - TAKEDA et al, 2007 Plectranthus aff. puberulentus Coleon A (84) Folhas Inseticida, bactericida WELLSOW et al, 2006 Coleon B (85) Folhas Inseticida, bactericida WELLSOW et al, 2006 Plectranthus barbatus Coleon O (68) Folhas ALASBAHI et al, 2010 (+)-Allil-roileanona (86) Folhas ALASBAHI et al, 2010 11-Hidroxi-sugiol (87) Raízes ALASBAHI et al, 2010 14-Deoxi-coleon U (88) Raízes ALASBAHI et al, 2010 20-Desoxi-carnosol (185) Ramos ALASBAHI et al, 2010 3β-Hidroxi-3- deoxibarbatusina (89) Folhas ALASBAHI et al, 2010 6,7-Secoabietano I (90) Ramos ALASBAHI et al, 2010 6,7-Secoabietano II (91) Ramos ALASBAHI et al, 2010 6β-Hidroxi-carnosol (92) Ramos ALASBAHI et al, 2010 15 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Plectranthus barbatus 7β-Acetil-12-deacetoxi- ciclobutatusina (93) Folhas - ALASBAHI et al, 2010; ALBUQUERQUE, 2007 Abietatrieno (94) Raízes - ALASBAHI et al, 2010 Barbatusina (95) Folhas Citotóxica ALASBAHI et al, 2010; ALBUQUERQUE, 2007 Barbatusol (96) Ramos Anti-hipertensiva ALASBAHI et al, 2010 Cariocal (97) Ramos - ALASBAHI et al, 2010 Ciclobutatusina (98) Folhas - ALASBAHI et al, 2010; ALBUQUERQUE, 2007 Coleon C (99) Planta inteira Citotóxica ALASBAHI et al, 2010 Coleon E (100) Folhas Antiacetilcolines- terásica FALÉ et al, 2011 Coleon F (101) Folhas - ALASBAHI et al, 2010 Coleon S (102) Folhas - ALASBAHI et al, 2010 Coleon T (103) Folhas - ALASBAHI et al, 2010 Ferruginol (21) Hastes - ALASBAHI et al, 2010 Plectrina (104) Folhas Antialimentar para insetos ALASBAHI et al, 2010 Plectrinon a (105) Folhas Gastroprotetora ALASBAHI et al, 2010 Plectrinona B(106) Folhas - ALASBAHI et al, 2010 Plectrinone A Folhas Gastroprotetora SCHULTZ et al, 2007 Sugiol (74) Planta inteira - ALASBAHI et al, 2010 Plectranthus bishopianus 6,7-Deidro-royleanona (107) Partes aéreas - SYAMASUNDAR et al, 2012 6β,7α-Diidroxi- royleanona (108) Partes aéreas - SYAMASUNDAR et al, 2012 6β-Didroxi-7α-metoxi- royleanona (109) Partes aéreas - SYAMASUNDAR et al, 2012 Plectranthus elegans 11-hidroxi-12-oxo- 7,9(11),13-abietatrieno (110) Partes aéreas Antibacteriana DELLAR et al, 1996 7,11-diidroxi-12-metoxi- 8,11,13-abietatrieno (111) Partes aéreas Antibacteriana DELLAR et al, 1996 Plectranthus grandidentatus 14-O-Acetil-coleon U (112) Partes aéreas - RIJO et al, 2007 Plectranthus ornatus Sugiol (74) Partes aéreas - RIJO et al, 2011 Plectranthus porcatus (13S,15S)-6b,7ª,12ª,19- tetraidroxi-13b,16-ciclo-8- abieteno-11,14-diona (113) Partes aéreas Antibacteriana SIMÕES et al, 2010 16 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Plectranthus puberulentus Coleon A lactona (114) Folhas Inseticida, bactericida WELLSOW et al, 2006 Oxo-coleon U (12) Folhas Inseticida, bactericida WELLSOW et al, 2006 Coleon U (11) Folhas Inseticida, bactericida, fungicida WELLSOW et al, 2006 Rosmarinus officinalis 7-O-Metil-rosmanol (76) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Ácido 12-O-metil- carnosico (78) Folhas Antioxidante DEL BAÑO et al, 2003 Ácido carnósico (79) Planta inteira Antioxidante, Citotóxica Hipolipemiante Antiinflamatória MUNNÉ-BOSCH et al, 2003; HUANG, et al 2005; POECKEL et al, 2008; IBARRA et al, 2011, MASUDA et al, 2002 Ácido dioxo-carnósico (115) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Carnosico 8-lactona (116) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Carnosol (80) Folhas Citotóxica; Antioxidante, Antiinflamatória HUANG et al, 2005; DEL BAÑO et al, 2003; POECKEL et al, 2008; Rosmanol (82) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Seco-hinokiol (117) Folhas - CANTRELL et al, 2005 Salvia aegyptiaca 6-Metilcriptotanshinona (121) Planta inteira - YOUSUF et al, 2002 Salvia africana- lutea Ácido carnósico (79) Partes aéreas Antimicobacterian o, Citotóxica HUSSEIN et al, 2007 Carnosol (80) Partes aéreas - HUSSEIN et al, 2007 Rosmadial (122) Partes aéreas - HUSSEIN et al, 2007 Salvia anastomosans 6-Epidemetil-esquirolina D (123) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Arucadiol (124) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Cariocal (97) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Deacetilnemorona (125) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Deacetoxi-nemorona (126) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Royleanona (73) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Salvia barrelieri 7a-Acetoxi-royleanone- 12-metil eter (127) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 7-epi-Salviviridinol (128) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 7-O-Acetil-horminona (129) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 7-Oxoroyleanona-12-metil eter (130) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 Barreliol (131) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 17 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológicode Labiatae – cont. Salvia barrelieri Cryptojaponol (67) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 Demetil-inuroileanol (132) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Ferruginol (21) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Horminona (133) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 Iguestol (70) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Inuroyleanol (134) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 Royleanona (73) Raízes Antioxidante KABOUCHE et al, 2007 Royleanona-12-metil eter (135) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Taxodiona (136) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Viridona (137) Raízes Antioxidante KOLAK et al, 2009 Salvia castanea Castanol A (138) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Castanol B (139) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Castanol C (140) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Castanolideo (141) Planta inteira - PAN et al, 2012 Cryptotanshinona (60) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Danshenspirocetallactona (142) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Diidro-tanshinona I (118) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 epi-Castanolideo (143) Planta inteira - PAN et al, 2012 epi- Danshenspirocetallactona (144) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Ferruginol (21) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Metil-enetanshinquinona (145) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Metileno diidrotanshinquinona (146) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Metil-tanshinoato (147) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Neo-tanshinlactona (148) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Przewalskina (149) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Salvicanol (150) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Tanshinona I (151) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Tanshinone IIA (152) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Tanshinone IIB (153) Planta inteira Citotóxica PAN et al, 2012 Salvia chionantha 7-O-Acetil-horminona (154) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 Horminona (133) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 Salvia deserta 7-O-Acetil-horminona (154) Raízes - TEZUKA et al, 1998 Deidro-royleanona (156) Raízes - TEZUKA et al, 1998 Ferruginol (21) Raízes - TEZUKA et al, 1998 Horminona (133) Raízes - TEZUKA et al, 1998 Metil-horminona (157) Raízes - TEZUKA, 1998 Royleanona (73) Raízes - TEZUKA, 1998 Taxodiona (136) Raízes - TEZUKA, 1998 Salvia digitaloides Salviatalin A (158) Raízes Antiinflamatória WU et al, 2010 Salvitrijudin A (159) Raízes Antiinflamatória WU et al, 2010 18 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Salvia dorrii 7α-Metoxi-rosmanol (23) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 7β-Metoxi-rosmanol (160) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 Salvidorol (161) Partes aéreas - AHMED et al, 2006 Salvia eriophora 12-Hidroxisapriparaquinona (162) Raízes - ULUBELEN et al, 2002 3,12- Diidroxisapriparaquinona- 1-eno (163) Raízes - ULUBELEN et al, 2002 4,12- Diidroxisapriparaquinona (164) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 2002 4,14- Diidroxisapriortoquinona (165) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 2002 6,7-Deidro-royleanona (107) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 2002 Aethiopinona (166) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 2002 Ferruginol (21) Raízes Cardioprotetora ULUBELEN et al, 2002 Salvilimbinol (167) Raízes - ULUBELEN et al, 2002 Salvipisona (168) Raízes - ULUBELEN et al, 2002 Salvia hydrangea 6,7-Deidro-royleanona (107) Raízes - SAIRAFIANPOUR et al, 2003 7α-Acetoxi-royleanona (63) Raízes - SAIRAFIANPOUR et al, 2003 7,8-Dimetil-2-(1-metiletil) fenantren-3-ol (169) Raízes - SAIRAFIANPOUR et al, 2003 9,10-Diidro-7,8-dimetil-2- (1-metiletil) fenantren-3- ol (170) Raízes - SAIRAFIANPOUR et al, 2003 Salvia hypargeia 14-Deoxi-coleon U (88) Raízes Citotóxica TOPCU et al, 2008 Ácido salvicanarico (171) Raízes - TOPCU et al, 2008 Dideidro-7- hidroxitaxodona (172) Raízes - TOPCU et al, 2008 Salvia kronenburgii 7-O-Acetil-horminona (154) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 Horminona (133) Partes aéreas - OZTEKIN et al, 2010 Salvia milthiorriza Cryptotanshinona (60) Raízes, Rizoma Hipolipemiante, Citotóxica, Antiosteoporose, Antialérgica, Antidiabética, Hepatoprotetora, Antiamnésica, Citotóxica, JANG et al, 2012; TRINH et al, 2010; JUNG et al, 2009; MANOLESCU et al, 2009; PARK et al, 2007; KIM et al, 2007;LEE et al, 2005 Ferruginol (21) Raízes - LEE et al, 2005 Tanshinona IIA (152) Raízes Citotóxica, Antialérgica, Cardioprotetora, Neuroprotetora, Antioxidante, Hepatoprotetora FRONZA et al, 2011; TRINH et al, 2010; ZHU et al, 2010; WANG et al, 2005; LEE et al, 2005; CHOI, 2004; LAM, 2003 Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. 19 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Salvia milthiorriza Isocriptotanshinona (119) Raízes Inibidor de PTP1B (Antidiabética tipo 2) HAN et al, 2005 Isotanshinona (120) Raízes Inibidor de PTP1B (Antidiabética tipo 2) HAN et al, 2005 1,2-Diidro-tanshinona (173) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 15, 16- Diidrotanshinona I (174) Raízes Antidiabética, Antiamnésica, Antialérgica, Antiosteoporose, Antioxidante, Vasorrelaxante, Hipolipemiante, Citotóxica JANG et al, 2012;TRINH et al, 2010; JUNG et al, 2009; LAM et al, 2008; KIM et al, 2007; LEE et al, 2005, CHOI et al, 2004 1-Oxo-miltirona (175) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Cripto-tanshinona (176) Raízes Citotóxica, Cardioprotetoraa, Antioxidante FRONZA et al, 2011; WANG et al, 2005; CHOI et al, 2004 Danshenspirocetallactona (177) Raízes Hipolipemiante, Citotóxica JANG et al, 2012 Diidro-isotanshinona I (118) Raízes Inibidor de PTP1B (Antidiabética tipo 2), Citotóxica MANOLESCU et al, 2009; HAN et al, 2005 Miltiodiol (178) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Miltirona (179) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Sibiriquinona A (180) Raízes Citotóxica MANOLESCU et al, 2009 Sibiriquinona B (181) Raízes Citotóxica MANOLESCU et al, 2009 Tanshinona I (151) Raízes Hipolipemiante, Citotóxica, Antialérgica, Cardioprotetora, Antidiabética, Antiosteoporose, Antioxidante, Hepatoprotetora; Antiamnésica JANG et al, 2012; FRONZA et al, 2011; TRINH et al, 2010; PARK et al, JUNG et al, 2009; KIM et al, 2007; WANG et al, 2005; LEE et al, 2005; CHOI et al, 2004 TanshinonaVI (182) Raízes Cardioprotetora ARINO et al, 2008 Salvia montbretii 14-Deoxi-coleon U (88) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Salvia nipponica var. formosana Taxodiona (136) Raízes e folhas Anticolinesterá- sica CHAN et al, 2011 Salvia officinalis 7-O-Metil-rosmanol (76) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Ácido 12-O-metil- carnosico (78) Hastes e folhas Antidiabética CHRISTENSEN et al, 2010 Ácido 12-O-metil- carnosico-epirosmanol ester (183) Hastes e folhas - CHRISTENSEN et al, 2010 20 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Ácido carnósico (79) Planta inteira Antioxidante, Hipolipemiante CHRISTENSEN et al, 2010; NINOMIYA et al, 2004; MUNNÉ- BOSCH et al, 2003 Ácido dioxo-carnósico (115) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Carnosico8-lactona (116) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 Rosmanol (82) Planta inteira Antioxidante MASUDA et al, 2002 11,12,20-Triidroxi-abieta- 8,11,13-trieno (184) Hastes e folhas - CHRISTENSEN et al, 2010 20-Desoxi-carnosol (185) Hastes e folhas - CHRISTENSEN et al, 2010 20-HidroxiFerruginol (186) Hastes e folhas - CHRISTENSEN et al, 2010 Carnosol (80) Hastes e folhas - CHRISTENSEN et al, 2010 Salvia phlomoides 14-Deoxi-coleon U (88) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Cryptojaponol (67) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Royleanona (73)Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Sugiol (74) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Taxodiona (136) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Taxodona (187) Não informado - RODRÍGUEZ, 2003 Salvia prionitis Bisprioterona A (188) Raízes - XU et al, 2006 Bisprioterona B (189 Raízes - XU et l, 2006 Bisprioterona C (190) Raízes - XU et al, 2006 Prionoid A (191 Raízes - CHANG et al, 2005 Prionoid B (192) Raízes - CHANG et al, 2005 Prionoid C (193) Raízes - CHANG et al, 2005 Prionoid D (194) Raízes Citotóxica CHANG et al, 2005 Prionoid E (195) Raízes Citotóxica CHANG et al, 2005 Prionoid F (196) Raízes - CHANG et al, 2005 Salvia sahendica Ferruginol (21) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Sahandinona (197) Raízes Citotóxica FRONZA et al, 2011 Salvia sclarea 1-Oxoaethiopinona (198) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 Aethiopinona (199) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 Ferruginol (21) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 Salvipisona (168) Raízes Antibiótica KUZMA et al, 2007 Salvia semiatrata 20-Nor-inuroyleanol (200) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Horminona (133) Raízes - ESQUIVEL et al, 2005 Salvifolanona (201) Raízes Citotóxica ESQUIVEL et al, 2005 Salvia silicia 12-Deoxi-royleanona (202) Raízes Leishmanicida TAN et al, 2002 Ferruginol (21) Raízes Leishmanicida TAN et al, 2002 21 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Salvia silicia Cryptanol (204) Raízes - TAN et al, 2002 7-Hidroxi-12-metoxi-20-nor- abieta-1,5(10),7,9,12- pentaen-6,14-diona (203) Raízes - TAN et al, 2002 Inuroyleanol (134) Raízes - TAN et al, 2002 Salvia yunnanensis Salviamine A (205) Raízes - LIN et al, 2006 Salviamine B (206) Raízes - LIN et al, 2006 Salviamine C (207) Raízes - LIN et al, 2006 Salviamine D (208) Raízes - LIN et al, 2006 Sideritis canariensis Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et al, 2010 Sideritis discolor Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et al, 2010 Sideritis lotsyi Deidro-abietano (209) - - GIANNONIet al, 2010 Sideritis massoniana Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et al, 2010 Sideritis soluta Deidro-abietano (209) - - GIANNONI et al, 2010 Teucrium fruticans Teuvincenona E (210) Raízes - RODRÍGUEZ, 2002;CUADRA DO et al, 1992 Teuvincenona F (211) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona G (212) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teucrium lanigerum Teuvincenona A (213) Raizes - RODRÍGUEZ et al, 2009 Teucrium lanigerum Teuvincenona B (214) Raízes - RODRÍGUEZ et al, 2009 Teuvincenona C (215) Raízes - RODRÍGUEZ et al, 2009 Teuvincenona D (216) Raízes - RODRÍGUEZ et al, 2009 Teuvincenona J (217) Raízes - RODRÍGUEZ et al, 2009 Teucrium polium 12,16-Epoxi-6,11,14,15- tetraidroxi-17(15→16)-abeo- 3a,18-ciclo-5,8,11,13- abietatetraen-7-ona (218) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 12,16-Epoxi-6,11,14,15- tetraidroxi-17(15→16)-abeo- 5,8,11,13-abietatetraen-7-ona (219) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 12,16-Epoxi-6,11,14,17- tetraidroxi-17(15→16)-abeo- 3a,18-ciclo-5,8,11,13,15- abietapentaen-7-ona (220) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 12,16-epoxi-6,11,14,17- tetraidroxi-17(15→16)-abeo- 5,8,11,13,15-abietapentaen- 7-ona (221) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 12,16-epoxi-6,11,14- triidroxi-17(15→16)-abeo- 3a,18-ciclo-5,8,11,13,15- abietapentaen-7-ona (222) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 22 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 1 – Diterpenos abietanos - perfil químico-farmacológico de Labiatae – cont. Teucrium polium 12,16-Epoxi-6,11,14- triidroxi-17(15→16)-abeo- 5,8,11,13,15-abietapentaen- 7-ona (223) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Deidro-hidroxi-teuvincenona A (224) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Diidro-hidroxi-teuvincenona J (225) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Teuvincenona A (213) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Teuvincenona B (214) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Teuvincenona C (215) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Teuvincenona D (216) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Villosin C (226) Raízes Antioxidante FIORENTINO et al, 2010 Teuvincenona A 11,14-diona (227) Raízes - RODRÍGUEZ, 2002 Teuvincenona D (216) Raízes - RODRÍGUEZ, 2002 Teucrium polium subsp. expansum Ferruginol (21) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona A (213) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona B (214) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona H (228) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona I (229) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teucrium polium subsp. uincentinum Di-deidroxi-dioxo- teuvincenona A (230) Derivado - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona A (213) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Teuvincenona B (214) Raízes - CUADRADO et al, 1992 Os diterpenos abietanos apresentam muitas variações no número de oxigenações e oxidações dos anéis e também originam outros cinco esqueletos, considerados abietanos modificados, que se encontram na Figura 5. Nesta pesquisa foram detectadas 230 substâncias estruturalmente diferentes, isoladas de 63 espécies de Labiatae, e a representação estrutural destas, se encontra na Tabela 2. A maioria, cerca de 50% possui esqueleto abietano, 16,9% abeo-abietano e 13,9% norabietano. Também foram encontrados diterpenos classificados como seco-abietanos (9,1%), abeo–norabietanos (3,9%) e seco-norabietanos (3,5%). Alguns dímeros foram localizados e apresentam diferentes esqueletos estruturais, dependendo do monômero presente. 23 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Figura 5 - Representação estrutural dos esqueletos abietanos Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae nos últimos 40 anos (numeração referente à Tabela 1) O O O OH HO (1) O OHC O OH HO (2) O O OH HO HO (3) OMe O OH HO (4) O OH HO O (5) O OH HO O (6) OH OH OH HO O OAc (7) OH O OH O O O (8) O OH OH OH AcO OAc (9) O OH OH OH AcO (10) OH OH OH HO O (11) OH O OH O O (12) 24 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae nos últimos 40 anos – cont. O O OH O COOH (13) O OH OH OH AcO AcO OH (14) O OH OH OH AcO AcO O (15) O OH O OH O OAc (16) O OH O OAc O AcO (17) O O OAc O AcO OH (18) O O OAc O OH (19) OMe HO OH O H O (20) H OH H (21) (22) HO OH H OH H O O OMe (23) H O O O HO OH (24) H O O O HO OH (24) O O OAc H (25) O O OH H (26) CH2OH H (27) HO OH OCH3 O O H3CO (28) HO OH OCH3 O O HO (29) HO OCH3 O OH O HO (30) HO OCH3 O OH O H3CO (31) HO OH OCH3 O O O (32) O O H OH OH CH2OAc (33) HO H OH O H H CHO (34) O HO O OH (35) 25 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 2 - Representação estrutural dos diterpenos abietanos identificados em Labiatae nos últimos 40 anos – cont. HO OH OH O H (36) O OH OMe OH O O (37) H O OH O O (38) HO H (39) H OH (40) OH O OH OH (41') H HO OH (42) O OH OCH3 OH (43) O OH OH OH O O (44) O O H OMe OH CH2OAc (45) O OH HO O H (46) O H OH HO H O O (47) CHO CHO OH H OH O H (48) H OH OH OH H HO HO (49) OHC H H HO O (50) H H HO OH OH OH O H OH OH OH O H O OH (51) H H HO O H OH OH OH O H O OH O (52) HO HO H H OH OH (53) HO HO H H O (54) HO HO H H OH OH (55) CHO OH O H O O (56) CHO OH O H O O CH2OH (57) COOH H H OH OH (58) HO OH C H OH OAc O H3CO OAc (59) 26 3 – LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Tabela 2 - Representação estrutural
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