Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bioterismo Vias de administração Coleta de amostras biológicas Imobilização incorreta do animal gera diestresse (incapacidade de superar uma experiência estressante levando a uma ruptura do bem-estar individual). As alterações fisiológicas podem envolver: • Liberação de cortisol • Aumento da pressão arterial • Hiperglicemia • Hiperventilação • Aumento do ácido lático • Canibalismo de neonatos • Aumento da contratilidade do músculo esquelético, causando catabolismo de creatinina • Agente • Espécie a ser utilizada • Proporção entre volume e local • Estresse • Pessoa qualificada Cuidados Substâncias irritantes: • Irritação ou ulcerações de pele, membros, mucosas e muscular • Destruição local dos tecidos • pH ideal: próximo ao neutro • ordem de grau de tolerância de pH: oral>IV>IM>SC Solubilidade: • Precipitação de partículas representa via IM mais dolorosa • Verificar a estabilidade da substância Biocompatibilidade: • lembrar de potenciais lesões teciduais • uso de técnicas in vitro para teste são interessantes Substâncias viscosas: • Geram mal-estar • Difícil administração • Agulhas mais calibrosas – cuidado com o dano tecidual Esterilidade: substâncias contaminadas podem gerar infecções causando automutilação e óbito Temperatura da substância: ideal que sejam administradas em temperatura corporal. Oral: • Inserção de substâncias na dieta ou na água Gavagem (intra-gástrica): cânula com uma esfera na extremidade cuidadosamente introduzida na boca, passando pelo esôfago até o estômago. Vantagem: dose exata da substância Desvantagem: administração inadequada pode gerar óbito Atenção: distensão máxima do estômago de roedores é no período escuro. Ou seja, no ciclo claro administrar pequenos volumes Volume máximo que pode ser feita de gavagem: Substância pastosa: 1mL de substância/100g Solução aquosa: 2mL de substância/100g Para ratos: tubo de 8cm Para camundongos: tubo de 4cm Endovenosa: soluções não irritantes de pH neutro Vantagem: • Pico da concentração plasmática em poucos minutos • Pode ser realizado sem anestesia (operador com prática de contenção) • Útil para fármacos com meia vida curta • Tempo de 20 segundos para misturar com o volume de sangue circulante • Nunca aplicar substância diluída em veículo oleoso. Causa embolismo e óbito • Existe um equipamento de contenção para roedores • Camundongos e ratos: veias da cauda • Hamster: veia peniana • Cobaia e coelho: veia marginal (pavilhão auricular) Intraperitoneal: Para roedores, é o melhor método. Desvantagem: substâncias irritantes podem causar peritonite; formação de fibrose por aderência Absorção: via sistema porta-hepático. Isso altera a dose de administração Intramuscular: vantagem de liberar a droga na corrente sanguínea aos poucos Intranasal: Não é muito utilizada; • Costuma ser feita sob anestesia superficial; • Administração de volumes pequenos – 0,02 mL Intradérmica: não é recomendada. • Animal deve estar anestesiado e com a área tricotomizada (o que é um problema, pois a regulação térmica de roedores é mais sensível) • Camada superficial da epiderme – volume 0,05mL por local Intracraniana: ainda menos utilizada; geralmente é feita para estudos de virologia • Animal anestesiado • Metade da distância entre o olho e a orelha • Volume de 0,03 mL Coleta de Amostras Método não invasivo: gaiolas metabólicas, que separa os dejetos. Animal recém transportado: leucócitos e linfócitos diminuídos Mais velhos (1 ano e meio, 2 anos): leucócitos e linfócitos diminuídos Fêmeas: eritrócitos diminuídos Fase clara: leucócitos aumentados Coração de ratos: Amostra sanguínea dessa região possui eritrócitos, leucócitos e hematócrito diminuídos. O animal não sobrevive a esse tipo de coleta; são em casos de eutanásia. Além disso, as diferentes linhagens têm seus próprios valores de referência. Método de contenção e anestesia também alteram os parâmetros. Volume de sangue do animal: 6 – 8% do peso em gramas • Para volumes representando 1% do peso em gramas, não há necessidade de reposição de fluidos • A reposição natural do organismo é de, em média, 1mL/kg/dia • Retirada de 1% do peso = 2 semanas para a próxima coleta • Caso esteja sendo realizada fluidoterapia junto a coleta = pode-se coletar 2% Fluidoterapia: • Solução salina, lactato ou solução de ringer • 40 – 80 ml/kg a cada 24h Exemplo: Rato de 200g: 5mL por SC ou IP (intraperitôneo) Camundongos de 20g: 1 – 2 mL SC ou IP Roedores: Sem anestesia Com anestesia Veia podal dorsal Sinus retro orbital Veia mandibular Veia jugular Veia safena Veia da cauda Veia maxilar Punção cardíaca (óbito) Veia podal dorsal: no pé. Ao puncionar a veia, se coleta com um capilar. Veia mandibular: camundongos adultos; é feito um pique com lâmina de bisturi. Coleta-se a gota. Rápido e fácil. Veia safena: é feito o garrote. Não é a de preferência. Sinus retro orbital: • Animal anestesiado e com anestésico oftálmico • Fácil de ser feito, mas precisa de um operador bem treinado • Risco de cegar o animal • Quantidade de sangue é por capilar • Repetir coleta após 10 dias se necessário; antes disso, não. • Segundo a organização NC3R, é um procedimento terminal. Porém, outros laboratórios, é realizado sem Veia jugular: • Deve ser feita uma hiperextensão da cabeça do animal • Passar álcool na região a ser coletado o sangue Veia da cauda: • Possível contaminação com pele/pelos • Cauda deve ser aquecida para haver vasodilatação (lâmpada ou água quente a mais ou menos 35ºC) • Muito usados para dosar a glicose • Para pequenos volumes (como um capilar) pode ser feita a amputação da cauda (1mm em camundongos e 2mm em ratos). Punção cardíaca • Anestesia profunda seguida de teste de sensibilidade a estímulos dolorosos • Inserção da agulha após o término da cartilagem xifoide • Agulha com ângulo de 45º com leve inclinação para a esquerda • Deve ser eutanasiado no final (pois estudos demonstram que o preenchimento do volume cardíaco à quantidade anterior é muito doloroso) Veia auricular: • Dilatação do vaso com luz infravermelha • Assepsia com álcool 70% • Volumes: Coletas: 3 – 5 mL Eutanásia: 15 – 30mL Para minimizar os danos no tecido, cessar as tentativas na terceira vez Hamster: Veia cefálica Coelhos: veia marginal da orelha Cobaia Canulação: 0,1 – 0,5 mL. Pode se coletar 6 amostras em 2h e 20 amostras em 24h. por isso, dependendo do propósito, vale a pena deixar o animal já canulado. ➢ Veia femoral ➢ Veia carótida ➢ Jugular Veia safena • Realizar anestesia para animais agitados • Não realizar depilação com gilete em cobaias para não retirar as camadas superficiais da pele • Coleta por capilar Punção cardíaca • Anestesia profunda • Procedimento terminal • 1 – 25 mL (dependendo do animal) Veia társica Evitada devido a hemorragia tecidual Feita em animais em estação Máximo de 3 amostra 0,1-0,3mL de cada membro a cada 24h Hamster Veia safena: • Contenção manual • Máximo de 4 amostras a cada 24h. caso haja necessidade de mais, deve ser canulado Punção cardíaca: máximo de 5mL. Procedimento terminal Sino retro orbital: • Procedimento terminal • Anestesia geral • Mistura de sangue venoso com arterial • Uso de capilar • Os animais ficam em observação em gaiolas individuais; • Operador deve estar preparado para tratar efeitos indesejáveis • Avaliação dos sintomas de dor • Em caso de óbito, realizar a necrópsia
Compartilhar