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Eutanásia em animais de laboratório

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1 
 
Eutanásia 
Bioterismo 
 
 
• Final de um protocolo para coleta dos dados 
• Mutilações por brigas 
• Animais doentes 
• Defeitos físicos 
• Excesso de animais – também há a 
possibilidade de doação ao invés de eutanasiar 
• Alívio de dor e desconforto irreversíveis 
• Final da vida reprodutiva 
• Animais idosos 
• Animais fora do padrão genético e/ou sanitário 
 
 
• Outros animais da mesma espécie não devem 
estar presentes 
• Realizar indução da consciência 
• Vocalização e liberação de feromônios causam 
ansiedade e apreensão em outros animais 
É necessário ter conhecimento das respostas 
fisiológicas e comportamentais para avaliação de dor e 
estresse: 
• Vocalização 
• Agitação 
• Ação defensiva 
• Reação de luta e fuga 
• Paralisação 
• Tremores musculares 
• Dilatação pupilar 
• Salivação 
• Reflexo urinário e de defecação 
• Frequência respiratória e cardíaca 
• Transpiração 
• Taquicardia 
• 
 
• Morte sem sinais de pânico, dor, estresse, 
ansiedade ou angústia 
• Procedimento rápido e de fácil aplicação 
• Tempo mínimo para perda da consciência 
• Fidedigno, reprodutível e irreversível 
• Procedimento seguro para os envolvidos 
 
• Efeitos emocionais mínimos aos manejadores 
• Efeitos psicológicos e fisiológicos indesejáveis 
mínimos 
• Compatibilidade com o propósito do estudo 
• Impacto ambiental mínimo de contaminação 
• Localização afastada e separada de biotérios e 
salas de alojamento de animais 
• Limitações impostas pela espécie (por 
exemplo: deslocamento cervical pode ser 
realizado em camundongos, mas não para 
ratos) 
• Ao concluir o procedimento, certificar-se da 
morte do animal avaliando a ausência dos 
parâmetros vitais e ausência de reflexo 
corneal. 
 
Métodos recomendáveis para todos os grupos 
taxonômicos, de acordo com o CONCEA: 
• Barbitúricos 
• Outros anestésicos gerais IV (exemplo: 
propofol) 
• Outros anestésicos gerais injetáveis (exemplo: 
metomidato) 
 
Métodos Inaceitáveis para qualquer grupo 
taxonômico, de acordo com o CONCEA: 
• Éter 
• Monóxido de carbono 
 
Métodos Recomendáveis para roedores: 
• Barbitúricos IV ou IP 
• Anestésicos gerais IV (exemplo propofol) 
• Anestésicos inalatórios (e. g. isofluorano) 
• Sobredosagem da associação de anestésicos 
dissociativos (e.g. cetamina) e agonistas de 
alfa-2 adrenérgicos (e.g. Xilazina) IV, IM ou IP 
• Após a perda do reflexo corneal, os métodos 
acima podem ser complementados por cloreto 
de potássio associado ou não a bloqueador 
neuromuscular, ambos por via IV 
 
Métodos Inaceitáveis para Roedores: 
• Clorofórmio 
• Nitrogênio 
• Argônio 
2 
 
Métodos Recomendáveis para coelhos: 
• Barbitúricos intravenoso ou intraperitoneal 
(em casos excepcionais quando da 
impossibilidade de administração 
• intravenosa) 
• Anestésicos gerais intravenosos (e. g. propofol) 
• Anestésicos inalatórios, seguido, se necessário, 
de outros métodos para assegurar a morte 
• Após a perda do reflexo corneal, os métodos 
acima podem ser complementados por cloreto 
de potássio associado ou não a bloqueador 
neuromuscular, ambos por via intravenosa 
• Exsanguinação por punção cardíaca após 
anestesia geral 
 
Métodos Inaceitáveis para Coelhos: 
• Atordoamento e deslocamento certival (>1kg) 
• Nitrogênio 
• Argônio 
• Dióxido de carbono 
 
 
 
Devem causar perda da consciência imediata. 
É utilizado quando outros métodos invalidam a 
informação desejada. Por exemplo: exposição a 
clorofórmio aumenta a concentração de 
corticosterona e catecolaminas. 
 
• Deslocamento cervical: Aceito sob restrição 
em camundongos, ratos (<200g), coelhos 
(<1kg) previamente anestesiados. Na prática, 
não é feito em ratos. 
Consiste no rompimento da medula espinal. 
Segura-se a cauda do animal com uma das 
mãos e com outra apoia-se uma pinça de 
dissecção transversalmente sobre a região 
cervical (pescoço); após, pressiona-se 
firmemente a pinça para baixo e para a frente, 
empurrando a cabeça do animal, tracionando 
a cauda em sentido oposto para trás. Ao 
realizar o deslocamento, é palpável o 
espaçamento de 2mm a 4mm entre o côndilo 
occipital e a primeira vértebra cervical. 
Importante lembrar que durante alguns 
segundos é possível notar reflexos musculares, 
mas a insensibilização e morte são imediatas. 
 
• Traumatismo craniano: não é mais realizado 
atualmente, mas ainda está presente na 
literatura. Realizado em ratos, coelhos e 
cobaias. Se dá a partir de golpe na base do 
crânio suficientemente forte para deprimir o 
sistema nervoso central. 
 
• Decapitação: Aceito sob restrição em roedores 
e coelhos (<1kg). 
Feito através da guilhotina ou tesoura. Efeito 
similar à administração de barbitúrico IV. 
 
• Atordoamento elétrico (eletrocussão): peixes 
e répteis. Corrente de 110 volts é suficiente, 
sendo aplicados dois choques. 
 
• Hipotermia: congelamento instantâneo. 
Realizado em neonatos de ratos. 
 
Técnicas permitidas em circunstâncias extraordinárias: 
• Exanguinação: sangria feita sob anestesia. 
Realizada a partir de punção cardíaca ou 
grandes vasos. Utilizado para obtenção de soro 
hiperimune. 
• Descompressão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
• Mais estéticos 
• Agentes farmacológicos inalantes e não 
inalantes 
 
 
- Administração IV 
 
• Hidrato de Cloral + Cetamina 
- Ambos são anestésicos dissociativos: por isso, são 
mantidos os reflexos oculares. Hidrato de Cloral é 
inaceitável como método único (segundo CONCEA). 
 
• Pentobarbital: melhor método para eutanásia 
200 – 250mg/kg IP 
- Congestão e alargamento do baço com moderada 
hiperemia pulmonar são observados. 
 
• Éter 
- Inaceitável segundo a Sociedade de Animais de 
Experimentação, CRMV e CONCEA. 
- Irritação das mucosas 
- Salivação excessiva 
- Aumento da secreção brônquica 
- Provoca parada respiratória 
 
• Clorofórmio: 
- Em roedores é inaceitável 
- Tóxico para o fígado, rins e gônadas masculinas 
- Hepatotóxico e cancerígeno para o ser humano 
 
• Halotano e Metoxiflurano 
- Alto custo 
- Necessidade de equipamento adequado 
- Recomendável para camundongo, hamster, rato e 
cobaia 
 
 
• Nitrogênio: 
- Para roedores é inaceitável 
- Oxigênio deve ser substituído por N2 para 1,5% 
- Recuperam-se facilmente 
 
• Cianeto: não pode ser usado em laboratório 
- Extremamente tóxico 
- Requer autorização da Polícia Federal 
• Monóxido de Carbono: 
- Inaceitável 
- Requer autorização da Polícia Federal 
- Concentração de 2% causa morte produzida por 
mudança irreversível na hemoglobina 
- Vocalização frequente 
 
• Dióxido de Carbono 
- Aceito sob restrição em pequenos roedores 
- Inaceitável em cães 
- Realizado a partir do preenchimento da câmara de 
CO2. Precisa ser transparente 
- Baixo custo 
- Mistura de 30% de O2 reduz o desconforto 
decorrente da hipóxia 
- CO2 inalado em concentração de 40% possui 
propriedade letal rápida 
- Segundo o CONCEA, é um método controverso. 
Porém, é aceito para roedores e aves (resolução 
normativa nº 37, de 15 de fevereiro de 2018) 
 
 
 
 
De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
COMANA (resolução de 5 de agosto de 1993), o 
descarte de carcaças está inserido em Resíduos 
Sólidos, Grupo A: resíduos que apresentam risco 
potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido a 
presença de agentes biológicos. 
• Armazenamento em saco plástico resistente 
de cor branca 
• Etiquetadas 
• Manutenção em câmara fria por no máximo 
24h 
• Destino: aterro sanitário, autoclavagem ou 
incineração. A empresa contratada pelo 
biotério fica responsável por isso, além do nível 
de biossegurança em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Molinaro, E. M., Majerowicz, J., Couto, S. E. R., Borges, C. C. 
A., & Moreira, W. C. (2009). Animais de laboratório. EPSJV. 
 
ANDRADE, Antenor; PINTO, Sergio Correia; OLIVEIRA, 
Rosilene Santos de. Animais de laboratório: criação e 
experimentação. Editora Fiocruz, 2006.

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