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CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Aplicação: 2016 ������� ��� �� • Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA DISCURSIVA, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. • Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Será também desconsiderado o texto que não for escrito na folha de texto definitivo correspondente. • No caderno de textos definitivos, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. • Tanto na redação do texto dissertativo quanto no estudo de caso, ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 20,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado). ���������� �� Pedro, quarenta e seis anos de idade, foi encaminhado para a realização de exames admissionais quando de sua contratação para trabalhar na colheita manual de mangas em determinada fazenda. O exame médico indicou ausência de anomalias cardiovasculares, tabagismo, hipertensão leve e diabetes melito controladas, qualidade da visão e da audição compatíveis com a idade. O exame odontológico revelou sinais clínicos de doença periodontal severa, bolsas periodontais profundas nos dentes anteriores inferiores, sangramento à sondagem, cálculo supra e infragengival — o paciente relatou ter sido submetido a tratamento periodontal havia mais de três anos. Um mês após o início das colheitas, Pedro alegou ter sofrido acidente de trabalho. Conforme relatou, durante a atividade de colheita, após ele ter retirado algumas frutas, o galho de uma mangueira caiu, tendo atingido sua cavidade oral, o que provocou, na hora do impacto, a mobilidade dos seus dentes anteriores. Posteriormente, Pedro perdeu seus dentes incisivos anteriores inferiores. Tendo perdido os referidos elementos dentários, Pedro realizou reclamação trabalhista contra o empregador, requerendo danos morais e materiais, sob a alegação de que o acidente sofrido durante a colheita causou a perda de seus dentes. Em audiência de conciliação, o juiz responsável pelo caso deferiu os pedidos das partes e nomeou um profissional para atuar como perito e avaliar os possíveis danos sofridos por Pedro. Com base na situação hipotética apresentada, redija um texto dissertativo apontando 1 a área de conhecimento que o perito deve dominar para atender de forma satisfatória o pedido do magistrado; [valor: 3,00 pontos] 2 o papel do perito no caso e o objetivo da realização da perícia; [valor: 4,00 pontos] 3 as formas de se proceder à perícia; [valor: 3,00 pontos] 4 a importância da documentação odontológica ao exame admissional; [valor: 3,00 pontos] 5 a existência de concausa; [valor: 3,00 pontos] 6 uma possível conclusão do exame pericial. [valor: 3,00 pontos] CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Aplicação: 2016 RASCUNHO – ESTUDO DE CASO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Aplicação: 2016 ����������� � ���� Embora tenham relevante papel no processo de identificação humana, na identificação e na interpretação de vestígios correlatos, como marcas de mordida e impressões labiais, no exame e na avaliação de lesões corporais que atingem o sistema estomatognático, além de outras atribuições, os colaboradores permanentes de diversas instituições de perícia oficial não contam com a participação do perito odontológico, provavelmente implicando insuficiência de análise técnico-científica adequada e subestimação de evidências disponíveis. Uma abordagem multidisciplinar, que inclui o cirurgião-dentista na equipe pericial, representa benefícios à vítima e a seus familiares, contribuindo na investigação criminal, com possibilidade de identificação e de punição do infrator. V. Ribas-e-Silva; A. S. S. D. Terada e R. H. A. Silva. Revista Brasileira de Odontologia Legal. 2015:2(1):68-90 (com adaptações). Considerando que o fragmento de texto acima apresentado tem caráter unicamente motivador, elabore um texto dissertativo acerca do seguinte tema. IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO ESPECIALIZADO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NAS EQUIPES DE PERÍCIA OFICIAL Em seu texto, aborde os seguintes aspectos: 1 papel da odontologia na ciência forense; [valor: 7,00 pontos] 2 complexidade dos exames de identificação humana e das evidências criminais; [valor: 6,00 pontos] 3 importância do perito odontológico nas equipes de perícia oficial no Brasil. [valor: 6,00 pontos] CESPE | CEBRASPE – SDS/PE – Aplicação: 2016 RASCUNHO – TEXTO DISSERTATIVO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Cargo: – 3 – CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 14: PERITO CRIMINAL ÁREA 10: FÍSICA PROVA DISCURSIVA – ESTUDO DE CASO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Em linhas gerais, o candidato deve solucionar o caso e responder ao que se pede no comando, apresentando as seguintes informações. O princípio de Arquimedes decorre das Leis de Newton. O fluido circundante exerce uma pressão sobre o corpo nele imerso, e a força resultante exercida pelo fluido é a força de flutuação, ou empuxo. Essa mesma força era exercida sobre o fluido que ocupava o volume agora ocupado pelo corpo, o qual é denominado de fluido deslocado. O fluido que ocupava o volume estava em equilíbrio translacional e rotacional. Portanto, o fluido circundante deve exercer uma força de flutuação, igual em módulo, ao peso do fluido deslocado, e dirigida para cima através do centro de gravidade desse fluido. Considerando a massa do fluido deslocado como ρ f × Vf, o seu peso terá módulo ρf × g × Vf, que é o módulo E do empuxo sobre qualquer objeto imerso no fluido. Nessa relação, ρ f é a densidade e Vf é o volume do fluido deslocado. Matematicamente, o empuxo E = ρ f × g × Vf. Pode-se comparar a densidade do fluido deslocado com a densidade do corpo submerso. Considerando-se a densidade do corpo ρc e o volume do corpo submerso Vc, tem-se a relação: ρ f × g x Vf = ρc × g × Vc. Quando o corpo está totalmente submerso, o volume do fluido deslocado é igual ao volume total do corpo submerso. Quando a densidade do corpo, considerando-se o volume do corpo totalmente submerso, é maior que a densidade do fluido, o peso é maior que o empuxo e o corpo afunda; se a densidade do fluido coincidir com a do corpo, o peso será igual ao empuxo e o corpo estará em equilíbrio. É importante, portanto, verificar que parâmetros como densidade do corpo, densidade do fluido, peso do corpo, peso do fluido e volume de fluido deslocado são fundamentais para explicar a flutuabilidade de um corpo em um fluido qualquer. No caso em análise, há um barco que, em condições normais, sem excesso de passageiros, estaria flutuando. O peso do barco mais o peso dos passageiros exerce uma resultante de cima para baixo, que se equilibraria com o empuxo de baixo para cima exercido pela água sobre o barco. Quando o peso exercido sobre a água passar do limite, ou seja, for maior que o empuxo, obviamente o barco afundará. A primeira hipótese, no caso em apreço, foi realmente de excesso de lotação, já que o barco tinha capacidade para 40 passageiros e tinha 60. Com relação ao que foi relatado pelas testemunhas, considere-se que, além de a onda ter atingido o barco, o fato de as pessoas terem subido para a parte superior da embarcação gerou deslocamento do centro de gravidade do sistema, comprometendo as condições de flutuabilidade e fazendo tombar o barco. Na posição de equilíbrio, os centros de gravidade do objeto — no caso, o barco — e do fluidodeslocado (carena) devem estar alinhados em relação à vertical. Quando o centro de gravidade fica abaixo do centro de gravidade do fluido, o equilíbrio é estável: quando o corpo gira em um sentido, os centros de gravidade e de carena deixam de se alinhar e surge um torque que tende a restaurar esse alinhamento. Quando o centro de gravidade fica acima do centro de carena, o torque tende a afastar ainda mais o objeto da posição original e o equilíbrio é instável. O torque que corrige a posição, após um desvio, deve-se às ações combinadas do empuxo e da gravidade. No barco, busca-se distribuir as cargas de forma a mantê-lo equilibrado horizontalmente. Com isso, o centro de massa coincide com o centro geométrico, e o torque devido à ação da gravidade é sempre nulo. Uma hipótese que também não pode ser descartada são as condições do barco, como ausência ou não de fissuras no casco, o que faz que a água entre no barco e, com isso, o peso total (passageiros + barco + água) aumente. Esses são alguns dos pontos que devem ser considerados em uma análise de um naufrágio. CONCURSO PÚBLICO – SDS/PE CARGO 14: PERITO CRIMINAL – ÁREA 10: FÍSICA PROVA DISCURSIVA – TEXTO DISSERTATIVO Aplicação: 19/6/2016 PADRÃO DE RESPOSTA Colisão é um evento isolado: em cada uma das partículas que colidem, atuam forças relativamente grandes durante um intervalo de tempo relativamente pequeno. É possível estabelecer uma separação nítida entre o tempo antes da colisão e aquele depois da colisão. Quando, por exemplo, um taco golpeia uma bola de beisebol, pode-se determinar o início e o fim da colisão com precisão — o tempo de contato taco/bola é muito pequeno se comparado com o tempo durante o qual se observa a bola antes e após a colisão; quando uma sonda espacial se aproxima de um grande planeta, ela sofre deflexão e continua seu curso com uma velocidade maior — não existe uma força de contato, mas uma força de campo (nesse caso, a força gravitacional). O momento linear é sempre conservado em uma colisão, seja a colisão seja elástica ou não, porque as forças envolvidas são todas forças internas (Lei da Conservação do Momento Linear). Em uma colisão elástica, por definição, a energia cinética do sistema se conserva (Lei da Conservação da Energia Cinética). Na primeira situação, o veículo B (inicialmente em movimento) para repentinamente (v2f = 0), e o veículo A (inicialmente em repouso) arranca com a velocidade que o veículo B tinha inicialmente (v if = v2i). Em outras palavras, veículos de massas iguais simplesmente trocam de velocidades. Na segunda situação, o veículo B simplesmente mantém o sentido de seu movimento com velocidade praticamente inalterada pela colisão (v2f ≈ v2i). O veículo A arranca com velocidade aproximadamente igual ao dobro da velocidade do veículo B (v1f ≈ 2v2i).
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