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Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) Unidade Acadêmica de Física (UAF) Laboratório de Óptica, Eletricidade e Magnetismo Relatório 14 Campo Magnético em uma Espira Circular Aluno(a): André Medeiros Matrícula: 111111111 Turma: 1 Professor: Marcos Gama Nota: Janeiro de 2023 Campina Grande/PB INTRODUÇÃO Em um ímã, as linhas de indução saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por uma corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao de um ímã, e então se atribui a ela um polo norte, do qual as linhas saem, e um polo sul, no qual elas chegam. O campo magnético de uma espira circular, produzida em um ponto do eixo é obtido, aplicando-se a Lei de Biot-Savart: dB = oIdl/4r 3 xr A integral resulta em: B = MoR 2I / 2(R2 + x2 )3/2 Onde, M - n de voltas de espira; I - corrente através da espira; R - raio da espira; x - distância ao longo do eixo, até o centro da espira. Na prática é bastante difícil se medir um campo magnético estacionário. Para se verificar o campo dado pela fórmula acima é aconselhável servir-se de um artifício que facilita a medição. Este artifício consiste em fazer passar uma corrente alternada através da espira. Sendo a frequência muito baixa (60Hz), isto não afeta a distribuição espacial do campo. Daí aproveita-se o efeito de indução (Lei de Faraday) causado numa pequena bobina, colocada no ponto onde se quer medir o campo. Da Lei de Faraday, sabemos que haverá uma força eletromotriz induzida na bobina, dada por: E = - d/dt = - NSwBocoswt Onde, Bo = MoR 2Io / 2(R 2 + x2)3/2 Geralmente, voltímetro e amperímetros para correntes alternadas indicam os valores RMS (Root Mean Square) das voltagens e correntes. Desde que isso seja o caso em nossa experiência, podemos escrever: ERMS = NSwBRMS Ou seja, ERMS = NS.w.M.o.R 2.IRMS / 2.(R 2 + x2)3/2. OBJETIVOS Com o objetivo de pôr em prática os conceitos aprendidos em sala de aula, verificar da Lei de Biot-Savart no campo de uma espira circular, através do princípio de indução (Lei de Faraday), foram realizados alguns experimentos e análises no laboratório de forma a tudo ser comprovado como verdade. MATERIAL UTILIZADO Para a realização do experimento, foram utilizados: • Kit do laboratório; • Fonte de tensão alternada; • Multímetro digital; • Bobina de prova; • Cabos de ligação; • Amperímetro; • Galvanômetro. PROCEDIMENTOS E COLETA E ANÁLISE DE DADOS Dando início ao experimento, os valores dos parâmetros do solenoide [n (n de espiras por metro) = 22,8 espiras/m] e da bobina de indução [N (n de voltas) = 500, r (raio) = 0,74] foram anotados. Em seguida o primeiro circuito foi montado de acordo com a figura abaixo: Estabelecemos uma corrente de 2,0A no circuito da espira circular e medimos a tensão induzida (ԐRMS) na bobina de indução em função da distância x até o seu centro. Tomamos valores para x com intervalos de 1,0cm, variando de 0 até 15 cm. O processo foi repetimos mais duas vezes, o valor médio foi calculado e todos os dados obtidos foram anotados na Tabela I. TABELA I x(cm) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 E1(mV) 11,7 11,1 10,2 8,9 7,6 6,2 5,1 4,1 3,2 2,5 1,6 1,5 1,2 0,9 0,7 0,5 E2(mV) 11,6 10,9 9,7 8,4 7,0 5,6 4,8 3,6 3,0 2,4 1,8 1,4 1,2 0,9 0,8 0,6 E3(mV) 11,7 11,2 10,2 8,9 7,6 6,3 5,1 4,0 3,3 2,6 2,1 1,6 1,2 1,0 0,8 0,6 Em(mV) 11,6 11,1 10,0 8,7 7,4 6,0 5,0 3,9 3,2 2,5 1,8 1,5 1,2 0,9 0,7 0,5 Em seguida o segundo circuito foi montado de acordo com a figura abaixo: A corrente no circuito do solenoide foi variada a intervalos de 0,1A e a tensão induzida (ԐRMS) na bobina de indução foi medida a cada variação. O processo foi repetido mais duas vezes, o valor médio foi calculado e todos os dados obtidos foram anotados na Tabela II . TABELA II I (A) 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 E (mV) 8,4 19,2 29,7 39,6 49,5 59,0 68,6 78,0 88,1 97,4 A partir das tabelas I e II, foram construídos os gráficos, de ERMS em função de I(A) e de x(cm). Realizando os cálculos através da extrapolação dos pontos para obter NSEXP, tal que: NSEXP = tg α / (ω*µ0*n); E já tendo calculado NSTEÓRICO em sala de aula obtivemos os seguintes dados: Para a espira circular: NSTEO = 6,5x10 -2 m² NSEXP = 3,6x10 -2 m² Desvio δ = 45,2% Para o solenoide: NSTEO = 8,6x10 -2 m² NSEXP = 9,5x10 -2 m² Desvio δ = 9,3% Todos os cálculos provenientes dos gráficos estão em anexo. CONCLUSÕES A experiência transcorreu de forma satisfatória, apesar de que os erros percentuais foram consideravelmente altos, onde as principais fontes de erros possíveis são o campo a qual se desejava medir sofria influência de campos flutuantes e erros de observação corriqueiros. Foi possível observar o comportamento do campo magnético provocado pela corrente que passa pela espira e também que o desvio percentual calculado para um ponto no gráfico foi considerável devido às fontes de erro já citadas anteriormente. REFERÊNCIAS NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2023.
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