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Prova Pref. Ribeirão PiresSP - MOURA MELO - 2006 - para Psicopedagogo.pdf

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RP – 01/2006 – PSICOPEDAGOGO 
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PSICOPEDAGOGO 
1- Observe os contextos abaixo: 
�� Informo-lhe que as duplicatas estão aqui. 
��� O ministro entregou ao Presidente da Câmara seu pedido de 
habeas corpus. 
���� Este modelo econômico corrói a inflação. 
Assinale a alternativa cujos termos sublinhados acima estejam 
classificados gramaticalmente de forma correta, respectivamente: 
a) Objeto direto, objeto direto, complemento nominal, objeto 
direto, objeto direto. 
b) Objeto indireto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto 
adnominal, objeto direto. 
c) Objeto indireto, objeto direto, adjunto adnominal, adjunto 
adnominal, objeto indireto. 
d) Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto 
adnominal, objeto indireto. 
2- No contexto: “O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente 
retirava do bolso, abordou o maitrê do restaurante”. A oração 
destacada é: 
a) Oração subordinada substantiva apositiva. 
b) Oração subordinada adjetiva restritiva. 
c) Oração subordinada adjetiva explicativa. 
d) Oração subordinada substantiva objetiva direta. 
3- Classificam-se como substantivos as palavras destacadas abaixo, 
exceto em: 
a) Conheço bem esses políticos. 
b) Adeus, volto para os meus caminhos. 
c) O dever me chama. 
d) Todas essas coisas se apagarão em lembranças. 
4- Assinale a alternativa correta quanto à conjugação dos verbos 
grifados: 
a) Os torcedores desaviram-se durante o jogo. 
b) Se você os ver, diga-lhes que estou com saudades. 
c) Se o governo não conter os gastos, será muito difícil controlar 
os déficits. 
d) O governo interveio na medida. 
5- Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da 
frase: 
“Se eu .................... de tempo hábil, assim que...................o 
contrato, retificarei as cláusulas que não nos ......................” 
a) Dispuser, revermos, convierem. 
b) Dispuser, revirmos, convierem. 
c) Dispor, revirmos, convierem. 
d) Dispor, revermos, convirem. 
6- O antônimo da palavra “negação” é: 
a) Censura. 
b) Acusação. 
c) Aprovação. 
d) Argumentação. 
7- No dia primeiro de julho de 1994, o real entrou em vigor em 
substituição a qual moeda? 
a) Cruzeiro Real. 
b) Cruzado. 
c) Cruzeiro Novo. 
d) Cruzado Novo. 
8- Na Guerra do Paraguai, não compunha a Tríplice Aliança: 
a) Brasil. 
b) Argentina. 
c) Uruguai. 
d) Bolívia. 
9- A Europa pode ser dividida geograficamente de vários modos. Não 
é um deles: 
a) Europa Cisplatina. 
b) Europa Setentrional. 
c) Europa Meridional. 
d) Europa centro-ocidental. 
10- Formação aberta na qual predominam as coníferas, comum nas 
áreas mais elevadas do Sul: 
a) Mata dos Cocais. 
b) Mata dos Pinhais. 
c) Cerrado. 
d) Mata das Araucárias. 
11- Morreu um ex-jogador de futebol que foi ídolo do São Paulo. O 
meio-campista teve um desempenho brilhante defendendo a 
seleção na Copa de 1950. Passou para a história como o gigante do 
Maracanã. Disputou também o mundial de 1954 e após deixar os 
gramados tornou-se técnico. Trata-se de: 
a) José Carlos Bauer. 
b) Marinho Chagas. 
c) Milton Santos. 
d) José Carlos Pacce. 
12- Os Jogos Pan-Americanos serão disputados: 
a) Em São Paulo, em julho. 
b) Em São Paulo, em maio. 
c) No Rio de Janeiro, em julho. 
d) No Rio de Janeiro, em maio. 
13- Um trem percorreu a distância de 320 km com uma parada de 10 
minutos na metade do caminho. Se, na primeira metade, a 
velocidade média foi de 60 Km/h, e na segunda metade, foi de 40 
Km/h, então o tempo gasto pelo trem no percurso foi de: 
a) 260 min. 
b) 410 min. 
c) 380 min. 
d) 450 min. 
14- Um comerciante vendeu 
�
�
 das laranjas que possuía. Depois 
vendeu 
�
�
 das que restaram, tendo ficado com 40 laranjas. Logo, o 
número das laranjas que possuía era: 
a) 84. 
b) 72. 
c) 88. 
d) 57. 
15- O capital de R$ 2.400.000,00 está para seus juros assim como 4 
está para 3. Determine a taxa anual de juros, considerando que o 
capital esteve empregado durante 2 anos e 6 meses. 
a) 20 %. 
b) 40 %. 
c) 30 %. 
d) 60 %. 
16- Profecia auto-realizadora foi um termo criado nos anos sessenta do 
século passado e que pode ser definido como: 
a) A distância entre a afirmação dos anseios infantis e as reais 
realizações quando adulto. 
b) A diferença entre o que a criança é capaz de fazer só e o que 
ela é capaz de fazer com ajuda. 
c) A inter-relação entre a capacidade de expressão verbal e a 
capacidade de realização profissional. 
d) A relação estabelecida entre as expectativas do professor em 
relação ao aluno e seu desempenho escolar. 
17- Segundo Ana Quiroga e Paulo Freire, as principais conseqüências 
de reprovação na escola, para o aluno, são: 
a) Descontinuidade nas formas de pensamento lógico-linear. 
b) Esgarçamento do vínculo afetivo com pais e professores. 
c) Dano na auto-estima. 
d) Desenvolvimento do pensamento onipotente. 
18- A respeito do processo de desenvolvimento da criança, Vygotsky 
sustenta que ele: 
a) Depende da herança genética de cada criança. 
b) Vincula-se à história individual e social dos homens. 
c) Identifica-se com o processo de aquisição do aprendizado. 
d) Articula-se basicamente aos estágios de maturação. 
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19- Para Piaget, os pilares da construção do conhecimento infantil 
decorrem: 
a) Da interação da criança com os objetos do mundo físico. 
b) Da estimulação adequada proporcionada pela escola. 
c) Das interações sociais proporcionadas por outras crianças. 
d) De um dispositivo genético próprio de cada espécie.
20- Para Piaget, o nascimento da inteligência se dá quando a criança é 
capaz: 
a) Realizar uma ação repetidamente. 
b) Pensar, a partir do ponto de vista alheia. 
c) Mostrar intencionalidade em suas ações. 
d) Verbalizar os primeiros monólogos egocêntricos. 
21- Desenvolvimento e aprendizagem são processos que estão 
associados em diversas teorias psicológicas. Para Vygotsky a 
relação estabelecida entre aprendizagem e desenvolvimento 
implica: 
a) Na concepção de que aprendizado significa desenvolvimento, 
pois coincidem em todos os pontos. 
b) No pressuposto de que o aprendizado é um processo externo 
ao indivíduo e que utiliza os avanços do próprio 
desenvolvimento. 
c) Na premissa de que o aprendizado segue o caminho do 
desenvolvimento e se adianta ao mesmo, sendo portanto, uma 
pré-condição para que o aprendizado se realize. 
d) Na afirmação de que o aprendizado adequado desperta 
processos internos de desenvolvimento, pondo em movimento 
vários processos de desenvolvimento, que, de outra forma, 
não ocorreriam. 
22- Uma criança observa duas filas de moedas de igual comprimento e 
com o mesmo número de moedas em cada. O experimentador 
aumenta, na frente da criança, o espaço entre as moedas na fila de 
baixo, de forma a aumentar o comprimento dessa fila. Em seguida 
pergunta à criança em qual fila encontram-se mais moedas e ela 
responde que é na de baixo. Diante dessa resposta pode-se afirmar 
que, de acordo com a classificação de Piaget, a criança está no 
período: 
a) Lógico-formal. 
b) Pré-operatório. 
c) Operações concretas. 
d) Sensório-motor. 
23- Os conceitos piagetianos de assimilação e acomodação podem ser 
definidos respectivamente como: 
a) Ações exercidas sobre objetos para defini-los e compreendê-
los; pequenas mudanças realizadas em atividades pré-
existentes para que seja possível internalizar percepções. 
b) Operações mentais que desencadeiam conflitos cognitivos; 
possibilidade de ajustamento das operações mentais a partir 
do deslocamento de pensamento de idéias fixas. 
c) Ações baseadas em vivências próprias, que impossibilitam a 
compreensão do ponto de vista alheio; possibilidade de 
afastamento de si próprio para compreender o mundo através 
de outro ser humano. 
d) Operações mentais que permitem a noção de conservação e 
invariabilidade;operações mentais que são a base para a 
formação da linguagem e do pensamento. 
24- Vygotsky desenvolveu o conceito de zona de desenvolvimento 
proximal. Este conceito pode ser definido como: 
a) O nível de desenvolvimento ainda não amadurecido das 
crianças. 
b) A relação existente entre o desenvolvimento da linguagem e o 
do pensamento. 
c) O hiato existente entre o nível de desenvolvimento potencial e 
o nível de desenvolvimento real. 
d) O arcabouço das tentativas infantis para solucionar, com a 
ajuda de mediadores, diferentes problemas. 
25- Para Vygotsky a linguagem decorre principalmente: 
a) Do processo de aprendizagem, pois é o adulto que ensina a 
criança a falar. 
b) De processos inatos, já que é universal. 
c) Dos monólogos egocêntricos. 
d) Da interação comunicativa com o mundo. 
26- De acordo com as descobertas de Piaget, até aproximadamente os 
nove meses a criança supõe que os objetos que desaparecem de 
seu campo visual perderam o sentido de existência. Esta função 
cognitiva pressupõe a ausência: 
a) De atividades reflexas. 
b) De qualquer sinal lingüístico. 
c) Da noção de objeto permanente. 
d) Da formação dos primeiros hábitos. 
27- Pain (1992) define problemas de aprendizagem como: 
a) Aqueles que se superpõem ao baixo nível intelectual, não 
permitindo à pessoa aproveitar as suas possibilidades. 
b) Aqueles que impedem a normalidade no processo de 
aprendizagem por problemas cognitivos ou de personalidade. 
c) Aquelas perturbações que se produzem exclusivamente no 
marco da instituição escolar. 
d) Aquelas perturbações que se produzem exclusivamente em 
função de características de comportamento ou de 
personalidade dos alunos. 
28- Os fatores fundamentais, a serem levados em consideração no 
diagnóstico de um problema de aprendizagem, de acordo com Pain 
(1992), são: 
a) Fatores psicológicos, orgânicos, sociais e ambientais. 
b) Fatores orgânicos, ambientais, psicológicos e 
comportamentais. 
c) Fatores orgânicos, específicos, psicógenos e ambientais. 
d) Fatores específicos, orgânicos, físicos e sociais. 
29- Para compreender o significado, a causação e a modalidade da 
perturbação que motivou a busca de assistência nos casos de 
crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, Pain 
(1992) considera imprescindíveis os seguintes momentos do 
processo diagnóstico: 
a) História vital e escolar da criança e dos pais; hora do jogo; 
aplicação de provas projetivas e de inteligência; análise dos 
procedimentos de aprendizagem da criança em casa. 
b) Motivo da consulta; história vital; hora do jogo; aplicação de 
provas psicométricas, projetivas e específicas; análise do 
ambiente. 
c) Entrevista inicial com pais; entrevista inicial com a criança; hora 
do jogo; aplicação de provas psicométricas, projetivas e 
específicas; análise dos processos de aprendizagem em casa. 
d) Análise das condições de aprendizagem da criança em sua 
casa e na escola; aplicação de provas de inteligência e de 
personalidade; hora do jogo. 
30- Os jornais estão cheios de manchetes sobre estudantes fora de 
controle que causam destruição em muitas escolas. De acordo com 
Bentham (2006), professores, psicólogos e outros profissionais 
referem-se a esse comportamento conturbador como 
"comportamento desafiador" ou "dificuldades comportamentais 
emocionais." As possíveis causas para o problema podem ser 
agrupadas em categorias, porém, a autora constatou que as 
seguintes características estão por trás das escolas que obtiveram 
êxito no trato com esses alunos: 
a) Ensino associado ao estilo de aprendizagem; currículo 
apropriado e acessível ao aluno, corpo docente capaz de 
aprender com suas ações discutindo preocupações e 
partilhando idéias. 
b) Expectativas extremamente altas em relação aos alunos; corpo 
docente predominantemente autoritário e com dificuldade para 
aceitar falhas suas e de seus alunos. 
c) Ensino associado ao estilo de aprendizagem; corpo docente 
predominantemente autoritário e com dificuldade para aceitar 
falhas suas e de seus alunos. 
d) Expectativas extremamente altas em relação aos alunos; 
ensino associado ao estilo de aprendizagem; professores 
incapazes de auto-avaliar-se e de partilhar idéias.
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31- Grande parte das crianças encaminhadas para atendimento 
psicológico ou psicopedagógico pela escola apresenta dificuldades 
no seu processo de escolarização. O atendimento tradicional, além 
de demorado, foca os mecanismos intrapsíquicos e as relações 
familiares, excluindo processos e práticas escolares que participam 
da produção e manutenção das dificuldades apresentadas pela 
criança na escola. Os instrumentos privilegiados são o 
psicodiagnóstico, a ludoterapia e a orientação aos pais e/ou 
professores. Esses atendimentos parecem desconsiderar que: 
a) As famílias dessas crianças têm, em geral, pouca estruturação 
e muita promiscuidade, o que as leva a desenvolverem hábitos 
e habilidades inadequados ao enfrentamento das questões 
escolares. 
b) As dificuldades sócio-econômicas das famílias de classes 
pobres fazem com que não alimentem adequadamente seus 
filhos, o que provoca déficits intelectuais. 
c) As condições em que vivem essas crianças não sejam 
estimuladoras e motivadoras para o desenvolvimento do 
pensamento, apenas para a ação e a subordinação. 
d) As dificuldades enfrentadas pelas crianças na escola são 
fenômenos produzidos por uma rede de relações que inclui a 
escola, a família e a própria criança, em um contexto 
socioeconômico que engendra uma política educacional 
específica. 
Leia o texto abaixo e responda as questões 32 e 33.
Em notícia publicada no Jornal Valor Econômico, em 09/11/04, Jorge 
Werthein [doutor em educação pela Universidade de Stanford (EUA) e 
representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil] se questiona e questiona os 
leitores se Investir em educação é caro ou barato? Ele afirma em seu 
texto que: 
"Há pouco tempo, a Unesco lançou o livro 'Educação e 
Conhecimento', relatando a experiência de Coréia do Sul, Reino Unido, 
Malásia, Finlândia, Irlanda e Espanha. Em encontro internacional, em 
Brasília, representantes desses países relataram que a educação tem 
sido responsável por grande parte de seus avanços econômicos e 
sociais. 
Por que esses países avançaram tanto? Eles não gastam 
pouco, mas optaram por dar prioridade aos setores que os lançariam 
com vantagem na sociedade do conhecimento. Em geral, essa foi uma 
opção de Estado e não só de governo, pactuada pelo poder público e 
sociedade. Lá, os investimentos educacionais são altos e pagam-se a 
cada dia, sob a forma de desenvolvimento humano, competitividade 
internacional e cidadania. Ninguém se queixou de que a educação 
deveria ficar de lado, de que se colocou dinheiro num saco sem fundo. 
Ao contrário, ficou claro que esses países não se desenvolveriam se não 
houvesse um esforço substancial em favor da educação. 
A educação não é barata, mas rende grandes resultados. Por 
isso, não é cara. O preço para se manter milhões na ignorância, se fosse 
possível calculá-lo, seria consideravelmente maior do que o necessário 
para estruturar um sistema público de educação de qualidade para todos. 
E lá, quem propõe cortes na educação é democraticamente ouvido, mas 
raramente alcança resultados, devido à visão lúcida de sociedades que 
souberam compreender o quanto a educação é importante para seus 
países. 
O outro lado da moeda é a educação de modesta qualidade. 
Ela é barata no sentido de ter baixos custos, mas, como os seus frutos 
são mais escassos, torna-se extremamente cara. É o caso da tradicional 
controvérsia, no Brasil, e em outros países, entre cuidar primeiro da 
quantidade e, depois, da qualidade: expandir a matrícula e qualificar a 
escola depois. As duas faces são inseparáveis e o risco é adiarindefinidamente a qualidade, que, aliás, é uma tarefa complexa. Quando 
se oferece melhor educação, os alunos são melhor sucedidos e os 
custos já são compensados, com maior freqüência, pela regularização do 
fluxo discente. 
Além disso, quando a escola é de boa qualidade, quem mais 
lucra é a sociedade, na medida em que passa a dispor de cidadãos mais 
bem preparados, em condições de enfrentar os desafios do nosso tempo, 
com criatividade e inovação. Uma escola de qualidade, com currículos e 
professores à altura das novas exigências das mudanças e 
transformações que estão em curso, representa uma economia na 
medida em que exerce uma função preventiva em relação a vários 
problemas que afligem os governos - entre eles, aumento da violência, 
despesas crescentes com a saúde populacional e diversos gastos da 
área social que decorrem de um processo crônico de analfabetismo e 
subescolarização. Por isso é importante ampliar os investimentos, pois 
estes garantem diferentes tipos de retorno. 
O Brasil é um dos países que vinculam recursos para a 
educação, em acordo com o Convênio Internacional sobre Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas. Aqui essa 
vinculação começou com as Constituições de 1934 e 1946, e foi 
reintroduzida, em 1983, pelo senador João Calmon, proclamado patrono 
da educação pública nacional e ex-embaixador honorário da Unesco. É 
interessante lembrar que, no século 19, alguns países latino-americanos 
lançaram-se à concretização da escola primária universal [...] 
É preocupante que o Brasil apareça em lugares tão pouco 
confortáveis nas avaliações internacionais. Isso é mais uma evidência de 
que o barato sai caro. Aliás, sob esse aspecto, pode-se afirmar que o 
Brasil paga hoje um elevado preço por ter-se omitido ao longo de sua 
história, sobretudo após a Independência, época em que a maioria das 
nações européias e muitas do novo mundo, deram passos pioneiros na 
organização de sistemas públicos de educação..." 
 Assim como Jorge Werthein, pesquisas recentes nas áreas da 
psicologia e da educação (tais como as de Patto, Collares e Moysés, 
Prieto, Carvalho, entre outros) têm revelado problemas em nosso sistema 
educacional, principalmente quando se trata da educação de crianças 
das classes populares. 
32- Diante de dados como esses podemos considerar que a educação 
se torna cara, pois: 
a) Há pouco interesse por parte das crianças das camadas 
pobres da população em freqüentar a escola e seguir normas. 
b) A criança da periferia não se gosta de ir à escola, deixa-a 
rapidamente sem aprender nada, causando prejuízos aos 
cofres públicos. 
c) A deficiência nutricional das crianças das classes populares 
gera deficiências intelectuais e motoras sérias impedindo-as de 
acompanharem o desempenho de seus colegas. 
d) A seletividade da escola pública e sua condição de reprodutora 
das desigualdades sociais impede as crianças das classes 
populares de se apropriarem das ferramentas necessárias à 
transformação da sociedade. 
33- Dados como esses confirmam: 
a) A função socializadora e transformadora da educação, aliada 
às suas funções mantenedora e repressora. 
b) A importância de investimentos destinados apenas à ampliação 
de vagas nas escolas públicas de todos os níveis para a 
transformação das condições e avanços em nossa sociedade. 
c) A importância de investimentos destinados apenas à ampliação 
de vagas nas escolas públicas de nível fundamental para a 
transformação das condições e avanços em nossa sociedade. 
d) Que se deve investir menos em educação superior, pois a ela 
se devem os altos investimentos em educação sem retorno. 
34- A Constituição Federal de 1988 garante a educação como direito de 
todos. De acordo com Prieto (2005) isso implica em que se amplie o 
acesso, mas também que se assegurem condições de permanência 
a todos alunos, inclusive aqueles que apresentam necessidades 
educacionais especiais. Ela acredita, no entanto, que, se o 
investimento na qualidade de ensino não se tornar uma constante, 
essa ação pode resultar em recrudescimento da rejeição já existente 
por parte de alguns professores em relação à possibilidade deles 
estudarem junto aos outros alunos e que, nesse caso, os alunos 
com necessidades educacionais especiais podem ter acesso à 
escola ou nela permanecerem apenas como um uma ação de 
cumprimento a uma exigência legal. Essa conclusão da autora se 
deve ao fato de que: 
a) Para que a escola se torne um espaço de aprendizagem 
investimentos em obras e materiais adaptados e necessários a 
todas as idades e a todos os tipos crianças são necessários e 
suficientes para a sua transformação. 
b) A tarefa de identificar constantemente intervenções e ações a 
serem desencadeadas ou aprimoradas para que a escola se 
torne um espaço de aprendizagem para todos os alunos não 
exige investimentos em novos projetos e nem na modificação 
da proposta pedagógica. 
c) A proposta denominada inclusão escolar tem sido 
compreendida de forma enviesada e contaminada pela idéia 
inicial de que a garantia ao acesso à mesma escola que tem 
também expulsado alunos com o aval de diagnósticos 
psicológicos e psicopedagógicos é suficiente para mudanças 
nas condições atuais. 
d) A proposta denominada de inclusão escolar não envolve 
investimentos e aprimoramentos na forma de avaliar os alunos, 
nas relações que se estabelecem entre alunos e professores e 
em uma formação diferenciada de professor para que esse 
seja agente dessas ações. 
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35- Inclusão ou educação inclusiva não pode ser definida como: 
a) Uma abordagem diferente para identificar e resolver 
dificuldades que emergem na escola, é um processo que 
aumenta a participação de estudantes nas atividades e vida 
escolar e reduz sua exclusão da cultura, do currículo e das 
comunidades das escolas locais. 
b) Envolve a intervenção ou encaminhamento para avaliação 
psicológica de qualquer criança que em qualquer período de 
sua escolarização esteja enfrentando dificuldades para 
aprender ou fazer parte da comunidade escolar, sem a 
construção de respostas pedagógicas a essas dificuldades de 
aprendizagem. 
c) É um processo, o que quer dizer que nunca termina porque 
sempre haverá um aluno que encontrará barreira para 
aprender, implica na coleta contínua de informações valiosas 
para entender a performance dos alunos, a fim de se planejar 
e estabelecer metas. 
d) Envolve uma ênfase nos grupos de estudantes que podem 
estar com risco de marginalização, exclusão e baixa 
performance educacional por meio de monitoramento 
cuidadoso (estatísticas) pelas autoridades educacionais locais 
de alunos com risco de exclusão, assim como o apoio 
oferecido às escolas para assegurar que as mesmas estão 
lidando com as barreiras, a fim de prevenir que estes alunos 
não sejam excluídos. 
36- Uma criança de 9 anos de idade encontra-se na 2ª série do Ensino 
Fundamental e sua professora está extremamente preocupada pois, 
apesar desse tempo de escolarização, ele parece nada ter 
aprendido. Além de dificuldades de aprendizagem que fazem com 
que não consiga absorver o conteúdo proposto, a criança apresenta 
problemas em seu comportamento mostrando-se apática, 
indiferente e arredia, não se envolvendo com ninguém e não 
respondendo aos convites para participar das atividades realizadas 
na sala de aula ou fora dela. As tentativas de aproximação por parte 
da professora e de outros funcionários da escola também foram 
ineficazes, pois nem mesmo com eles a criança conversa ou 
manifesta qualquer sentimento. Atendendo ao chamado da 
professora sua mãe compareceu à escola e informou que é viúva e 
trabalha na limpeza de um escritório para manter a família, em 
função disso, tem pouco tempo para orientar e acompanhar as 
atividades do filho. Diante dessas infotrmações é possível supor 
que: 
a) As dificuldades de aprendizagemse devem exclusivamente a 
fatores emocionais, portanto a ludoterapia e a orientação à 
mãe é fundamental para que as supere. 
b) As dificuldades de aprendizagem se devem exclusivamente a 
fatores emocionais, portanto é imprescindível que ele seja 
encaminhado para sala que tenha atendimento especial. 
c) As dificuldades de aprendizagem se devem a múltiplios fatores 
que se interligam e, para sua superação, medidas 
multidisciplinares também são imprescindíveis. 
d) As dificuldades de aprendizagem devem ser entendidas como 
reflexo das dificuldades de seus professores anteriores, que 
não lhe deram a devida assistência. 
37- Um adolescente, com 16 anos de idade, é aluno da primeira série 
do ensino médio de uma escola pública estadual e vem 
apresentando problemas por indisciplina, desmotivação e 
dificuldades de aprendizagem. Seus professores atuais, 
preocupados com sua condição e com a progressão continuada 
proposta na rede pública, querem ajudá-lo para que ele não saia 
dessa série sem ter as condições necessárias para acompanhar os 
conteúdos posteriores. Com essa preocupação eles tentaram se 
aproximar e souberam que vive em péssimas condições físicas e 
sociais em função de problemas de saúde dos pais. Além disso, em 
decorrência dessa condição, eles têm, também, dificuldades 
econômicas e encontram-se praticamente impossibilitados de 
cuidarem de uma prole de seis filhos, da qual ele é o segundo. Em 
função dessa condição familiar ele vive pelas ruas a maior parte do 
tempo sem ter alguém que o oriente e que lhe dê os cuidados 
necessários. Tenta conseguir algum dinheiro para ajudar os pais, 
mas não sabe ainda como e, acompanhado de colegas de rua, vive 
a perambular, sem qualquer limite ou organização de rotinas e 
atividades. Em função desses dados você acredita que: 
a) Suas dificuldades de aprendizagem sejam provenientes de 
desnutrição e de suas condições físicas inadequadas. 
b) Se deve organizar e executar um trabalho pedagógico 
específico, pelo qual ele possa superar gradativamente as 
dificuldades que apresente, o que melhorára sua auto-estima e 
sua motivação. 
c) Suas dificuldades de aprendizagem e de comportamento se 
devem unicamente à carência afetiva e a distúrbios 
emocionais. 
d) Encaminhá-lo e à família a órgãos responsáveis por medidas 
sócio-educativas a fim de punir atitudes delinqüênciais que 
vem apresentando antes de ter agravada sua situação. 
38- Mário tem onze anos de idade e cursa pela segunda vez a 3.a série 
do ensino fundamental de uma escola pública da periferia. A 
professora com quem ele estudou no ano anterior informou à sua 
nova professora acerca das dificuldades de aprendizagem, 
especialmente em Matemática. Segundo ela, Mário é preguiçoso, 
senta-se no fundo da sala, não gosta de estudar e tampouco é 
estimulado pela família a prosseguir nos estudos. No horário 
contrário ao da escola, ele vende balas e frutas nos sinais de 
trânsito para ajudar no orçamento da família. Sua mãe foi chamada 
diversas vezes para ser informada acerca do baixo desempenho 
escolar do filho, mas nada alterou em sua condição. A nova 
professora conclui que as dificuldades de Mário se deve à sua 
condição sociocultural, à falta de estímulo familiar e ao seu 
desinteresse em aprender. Como psicopedagogo você deveria: 
a) Orientar a mãe, tendo em vista a pouca preocupação que ela 
manifesta em relação ao futuro escolar de seu filho. 
b) Montar plano de trabalho específico, a ser desenvolvido em 
conjunto com a sua professora atual, voltado ao 
desenvolvimento das habilidades matemáticas que estão em 
defasagem. 
c) Encaminhar Mário para atendimento médico e psicológico, a 
fim de que sejam investigadas as causas de suas dificuldades 
de aprendizagem e de comportamento. 
d) Elaborar trabalho com professores para resgatar auto-estima e 
participação de Mário em sala de aula, tendo em vista as 
noções de quantidade e de numero que utiliza em seu trabalho 
como vendedor. 
39- A desnutrição e as condições de saúde deficientes (Silva, 1979), a 
ausência de encorajamento por parte dos pais, um autoconceito 
pobre, sentimentos de culpa e vergonha, problemas familiares 
(Brooks, 1966) seriam responsáveis pelo fato de a criança da classe 
trabalhadora não conseguir aprender. Diante disso: 
a) O psicopedagogo precisará cuidar bem da avaliação dessas 
crianças e deverá orientar o professor dizendo-lhe quais são 
os problemas emocionais que enfrentam. 
b) A família deverá participar de programa de orientação e 
acompanhamento psicopedagógico para que adquira 
condições e habilidades necessárias para dar uma educação 
adequada a seus filhos. 
c) Deve-se analisar e discutir pesquisas como essas mostrando 
aos educadores que as condições citadas não são as 
responsáveis pelo não aprendizado. 
d) Todos os envolvidos no processo de aprendizagem deverão 
tomar ciência dos problemas que enfrentam essas crianças 
para prepararem uma educação especial para elas 
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40- A instituição escolar determina um padrão particularmente desigual 
de extensão e supressão de certos temas comuns na classe 
trabalhadora o que encoraja o aparecimento de resistências 
específicas à escola e da contracultura escolar: fumar, vestir-se de 
modo inadequado, namorar na sala, vandalismo e roubo. Com 
essas descobertas empíricas e as evidências teóricas que as 
sustentam, o psicopedagogo que se vê diante de queixas como 
essas deve: 
a) Trabalhar no sentido de mostrar e conscientizar essas pessoas 
sobre a inadequação de seus gostos e mostrar-lhe o que é 
bom para que se modifiquem. 
b) Afirmar que a própria escola deveria refletir sobre os problemas 
que nela acontecem entendendo-os como reflexo de outras 
ações. 
c) Contribuir para que a escola perceba as causas desses 
problemas e assumir que nada poderá fazer com eles.
d) Contribuir para que a escola entenda que se não atrair sua 
clientela com assuntos mais motivadores e não se atualizar ela 
deverá arcar com as conseqüências. 
41- Danilo tem 11 anos de idade, reside em uma instituição que ampara 
crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos e apresenta 
dificuldades escolares. Na avaliação realizada para investigar as 
causas de suas dificuldades pode-se verificar um bom potencial 
intelectual, com recursos que lhe possibilitariam uma boa análise, 
crítica e adequação à realidade que o cerca, mas associados a um 
desempenho fraco, abaixo do esperado para crianças de sua idade, 
com imaturidade intelectual, afetiva e psicomotora. Diante desses 
dados o psicopedagogo pode concluir que ele: 
a) Seja acompanhado em escola normal, deve-se dar-lhe 
oportunidade de mostrar suas habilidades e incentivá-lo a 
explorá-las para que depois desenvolva outras. 
b) Tem dificuldades em função de seu histórico de vida e escolar, 
por isso deve-se incentivá-lo a profissionalizar-se, pois se sabe 
que não aprenderá. 
c) Deve ter um acompanhamento especializado freqüentando, 
para isso, escola adequada à sua condição com professores 
capacitados para as deficiências que apresenta. 
d) Deve ser orientado a desistir de estudar e a buscar, em outras 
atividades profissionais, satisfação e possibilidade de garantir 
sua própria manutenção. 
42- Nos dias atuais, em função das grandes e rápidas transformações 
que enfrentamos em nosso cotidiano, considera-se mais importante 
a motivação para aprender, do aquilo que já se aprendeu. Diante 
disso pode-se pensar que a escola deve: 
a) Fazer com que os professores trabalhem para garantir que a 
escola proporcione muito prazer à criança, pois, desse modo, 
ela sempre gostará de aprender. 
b) Resgatar em seus colaboradores e seus alunos a possibilidade 
de tolerar a frustração para garantir-lhes a motivação em 
aprender. 
c) Colaborar no sentido de construir uma relação de prazer e de 
satisfação diante do objeto de conhecimento a fimde que essa 
se mantenha e permita-lhe aprender a aprender. 
d) Desenvolver na criança o gosto pela leitura e pelos livros para 
que ela queira sempre buscar novas leituras. 
43- Carraher (1989) mostra que “se analisarmos as estatísticas, vemos 
que essa realidade [fracasso e evasão escolar] nunca se acha 
distribuída proporcionalmente em toda a população, mas que se 
acumulam em determinados setores sociais que, por razões 
distintas, étnicas, econômicas ou geográficas, são desfavorecidas...” 
Para reforçar seus argumentos ela utiliza idéias de Bourdieu (1974, 
p. 37-38) que afirma que “para penalizar os desprivilegiados em 
favor dos mais privilegiados, a escola precisa apenas ignorar as 
desigualdades culturais entre as crianças de classes sociais 
diferentes ao determinar seus métodos e técnicas de ensino e seus 
critérios para os julgamentos acadêmicos. (...) a igualdade formal 
que governa a prática pedagógica é, de fato, uma capa para a 
justificativa de uma indiferença às verdadeiras desigualdades com 
relação a um corpo de conhecimento ensinado, ou melhor, exigido.” 
Baseando-nos nas colocações de Carraher podemos defender que 
a atuação do psicopedagogo deve ter em vista que: 
a) Dificuldades sócio-econômicas e dificuldades escolares 
freqüentemente estão associadas em função da baixa 
qualidade das escolas públicas, que atendem a maioria dessa 
população, e não a déficits reais. 
b) A escola que atende às crianças de classes sociais diferentes 
não é diferente e, portanto, aquelas que não aprendem devem 
ser avaliadas e tratadas em função das defasagens que 
apresentem. 
c) As exigências que as escolas fazem às crianças são 
excessivamente altas e geram mau desempenho, os 
professores devem, portanto, ser orientados a trabalharem 
com novas técnicas e métodos. 
d) Seu papel é apenas o de atender crianças que sejam 
encaminhadas por professores, devidamente treinados para o 
relato das dificuldades escolares que apresentem, sem se ater 
a outras características. 
44- Freller (2001) reproduz o que um aluno da sétima série lhe contou: 
“outro dia o professor entrou gritando, chamando a gente de animal, 
veio como ignorante, por causa de alguma coisa que ele tinha 
ouvido da nossa classe. Nem deixou a gente explicar, foi berrando. 
Só parou quando o ... chutou a cadeira longe, aí ele assustou. Mas 
o ... foi para a diretoria e não voltou mais para a escola.” A 
indisciplina e a violência vêm ganhando destaque e têm sido as 
principais queixas dos educadores quanto ao trabalho pedagógico. 
Segundo eles o ensino teria como um dos obstáculos centrais a 
conduta desordenada dos alunos. É correto afirmar que: 
a) São “sintomas” da rebeldia e da imposição natural do 
adolescente frente a qualquer autoridade a que venha a estar 
submetido. 
b) O que ocorre na escola tem articulação direta com as 
desordens familiares e, portanto, é um “sintoma” dessas 
desordens. 
c) São “sintomas” de desordens internas e profundas da criança 
para as quais o professor deve estar atento. 
d) São “sintomas” de múltiplas ordens, mas surgem no interior da 
relação educativa e como produto dela. 
45- Em relação aos conceitos de maturação e aprendizagem, assinale a 
alternativa que melhor os define: 
a) Desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e 
orgânicas que abrange padrões de comportamento resultantes 
da atuação de algum mecanismo interno; é o resultado da 
estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maduro, que se 
expressa, diante de uma situação problema, sob a forma de 
uma mudança de comportamento em função da experiência. 
b) Desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e 
orgânicas que abrange padrões de comportamento resultantes 
da atuação de algum mecanismo externo; se refere à aspectos 
funcionais e resulta de toda a estimulação ambiental recebida 
pelo indivíduo no decorrer da vida. 
c) Condiz com o desenvolvimento potencial do organismo e 
independe de treino ou estimulação ambiental; é o resultado 
de processo interno do indivíduo já maduro, que se expressa 
sob a forma de uma mudança de comportamento, decorrente 
de mudanças orgânicas. 
d) Desenvolvimento de estruturas afetivas, intelectuais e 
neurológicas a partir de padrões de comportamento resultantes 
da atuação de mecanismo internos; hábitos que formamos, os 
aspectos de nossa vida afetiva e a assimilação de valores 
culturais. 
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46- Mielnik (apud José & Coelho, 1999) afirma que para podermos 
conceituar o que é normal, devemos basear-nos no progresso da 
criança, em sua evolução e desenvolvimento, comparando-a com 
suas próprias habilidades e capacidades em épocas diversas. 
Mostra que o comportamento anormal ou patológico abrange 
especialmente o relacionamento difícil com o meio e as pessoas e 
pode ter origem na própria criança (fator genético) ou no ambiente 
(fator social). Para caracterizá-lo ele sugere que se considerem os 
seguintes fatores: 
a) Ambiente cultural; conduta e personalidade dos pais e irmãos, 
idade, fase do desenvolvimento segundo avaliação piagetiana, 
influência de pressões internas e externas, peso e altura, tipo 
de parto e condições da gestação. 
b) Idade, peso e altura, tipo de parto e condições de gestação, 
dados sobre o desenvolvimento psicomotor relevantes, fase do 
desenvolvimento segundo avaliação piagetiana, influência de 
pressões internas e externas. 
c) Idade, constituição física, período do desenvolvimento em que 
a criança se encontra, influência de pressões externas e 
internas, meios de adaptação a essas pressões, tendências 
internas e defesas psíquicas do ego infantil. 
d) Tensões e traumas da vida cotidiana aos quais a criança fica 
exposta, idade, fase do desenvolvimento segundo 
avaliação piagetiana, tipo de personalidade e influências de 
amigos que recebe, tipo de personalidade e influências 
escolares que recebe. 
47- Hartmann (apud José & Coelho, 1999, p.137) afirma que “há na 
infância uma quantidade de fatores que são, de certo modo, 
patogênicos, mas que não causam por si só, neuroses ou psicoses. 
Por outro lado, há também fenômenos neuróticos na infância que 
são suscetíveis de se corrigir, de se modificar durante o crescimento 
e o desenvolvimento. Devemos manter na mente que cada nova 
fase de maturação cria novas situações conflitivas potenciais e 
novos meios para enfrentar estes conflitos, mas trazendo também 
consigo, até certo ponto, a possibilidade de modificar conflitos 
anteriores.” Diante disso pode-se considerar correto afirmar que: 
a) O normal não é uma estrutura particular, mas se define por um 
certo equilíbrio de funcionamento. 
b) A doença constitui uma adaptação às exigências íntimas e às 
do mundo exterior, unida a uma capacidade de reversibilidade 
e a uma possibilidade de descentralização. 
c) A doença constitui uma adaptação às exigências intímas, mas 
não às do mundo exterior, em função da impossibilidade de 
reversibilidade e de descentração. 
d) Um sintoma ou um comportamento poderão ser considerados 
patológicos sem que sejam relacionados ao nível de evolução, 
à situação presente e ao sistema de motivações do indivíduo. 
48- A teoria da hierarquia das necessidades de Maslow (1970) sustenta 
que as pessoas são motivadas a satisfazer grupos distintos de 
necessidades que vão desde as básicas até as mais sofisticadas, 
como a de auto-realização. Seria correto pensar que dificuldades de 
aprendizagem: 
a) Se relacionam a um acúmulo de necessidades básicas não 
satisfeitas que impedem as pessoas de se motivarem para 
aprender. 
b) Devem-se a carências alimentares e afetivas que impulsionam 
as pessoas a satisfazê-las em detrimento da aprendizagem. 
c) São típicas de algumas pessoas que não buscam a satisfação 
de necessidades superiores, apenas as inferiores. 
d) Devem ser relacionadas a um ensino que não atende às 
necessidades deseus alunos. 
49- Um problema de aprendizagem pode ser considerado como um 
sintoma, pois, de acordo com Pain (1992), o não-aprender não 
configura um quadro permanente, mas ingressa numa constelação 
peculiar de comportamentos, nos quais se destaca como sinal de 
compensação. É imprescindível, portanto, que: 
a) A criança seja atendida por psicopedagogo preparado, que 
possa avaliar o que esse sintoma significa e em atendimento 
individual trabalhar para sua superação. 
b) Se avaliem as condições nas quais, esse sintoma se produziu 
e o que o mesmo significa a fim de que, em equipe, se trabalhe 
para sua superação. 
c) Se separe a criança de modo a poder lhe dar a atenção 
necessária, a fim de que se trabalhe para a superação desse 
sintoma. 
d) A criança seja atendida por psicopedagogo, que possa avaliar 
o que esse sintoma significa e a insira em um grupo no qual se 
possa trabalhar para a superação do problema. 
50- Problemas emocionais poderão causar dificuldades de 
aprendizagem ou, segundo outro grupo de teóricos, decorrem 
dessas mesmas dificuldades. Independentemente do fato de eles 
serem considerados causas ou conseqüências pode-se afirmar que: 
a) Quando há uma relação instável e superficial entre pais e 
criança, quando existe agressividade não canalizada e quando 
há maturidade psíquica, poderemos ter problemas de 
aprendizagem. 
b) Quando pais desenvolvem autonomia na criança, quando a 
criança aceita as regras e limites colocados pela escola e 
quando seu egocentrismo diminuiu, poderemos ter problemas 
de aprendizagem. 
c) Quando pais superprotegem seus filhos, quando há 
dificuldades para aceitar limites e quando há dificuldades para 
aceitar pressões sociais, poderemos ter problemas de 
aprendizagem. 
d) Quando a criança está motivada e já desenvolveu noções de 
quantidade e de conservação, quando está emocionalmente 
segura para separar-se da mãe, poderemos ter problemas de 
aprendizagem. 
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