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FORRAGEIRAS P2

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1 
 
FORRAGEIRAS – PROVA 2 
MELHORAMENTO DE PASTAGENS NATIVAS DO RS 
1. Suplementação 
2. Banco de proteínas 
3. Limpeza de campo 
4. Fertilização 
5. Sobressemeadura 
Alternativas para o aumento da produção do CN: 
 Manejo do campo nativo: ajuste de carga animal/lotação, oferta de forragem (controle da desfolha), 
diferimento; 
 Implantação de pastagens cultivadas (na área do campo nativo ou parte dela); 
 Conservação das pastagens: feno e silagem; 
 Melhoramento do campo nativo. 
Melhoramento da pastagem nativa: 
Práticas que resultem em aumento de produtividade e produção sem danos ao ambiente rural. 
Práticas de manejo podem ser consideradas práticas de melhoramento e vice-versa. 
 Baixo custo (ao alcance dos produtores em geral): ajuste de carga, diferimento, roçada, sobressemeadura de 
espécies de estação fria/quente, suplementação, banco de proteína, adubação. 
 Mais sofisticadas e mais onerosas: introdução de espécies cultivadas com máquinas apropriadas e até 
mesmo aviação agrícola; construir silos (silagem). 
1. Suplementação estratégica dos animais 
Nutrientes suplementares para obter níveis aceitáveis de desempenho animal. A suplementação não deve substituir 
a ingestão da forragem e não deve fornecer nutrientes além das exigências dos animais. 
o Suplementação proteica: suplementos ricos em proteínas; aumenta o consumo e digestibilidade de 
forragem de baixa qualidade. Ex: farelo de soja. 
o Suplementação energética: suplementos com altos níveis de energia. Ex: grãos, milho, fontes de fibra 
rapidamente digestíveis. 
o Suplementação mineral: sal. Geralmente, suplementação mineral é feita o ano inteiro, pois as plantas não 
conseguem suprir os animais completamente. 
Fornecimento de minerais ao gado 
Formulações minerais calculadas visando o suprimento diário das exigências minerais; misturas únicas e completas. 
Ex: cochos de sal (o sal estimula a ingestão de forragem e de água, juntamente com farelo de soja, por exemplo). É 
importante que os cochos sejam cobertos, para evitar a chuva. O piso do cocho deve ser aterrado e compactado, 
para evitar a formação de atoleiros. Não manter o sal sempre no mesmo cocho, alternar. 
Não esquecer o aspecto econômico, os preços desses suplementos podem inviabilizar seu uso no sistema de 
produção. 
 
 
 
2 
 
Alimentos tradicionais e alternativos para suplementação de gado leiteiro. 
Alimentos tradicionais Alimentos alternativos 
Energético: milho Raiz (amido), massa e raspa de mandioca (folha de 
mandioca tem alta proteína), casca de maracujá, farelo 
de trigo. 
Proteico: farelo de soja Tortas de coco e babaçu, resíduo úmido de cervejaria. 
 
 O aipim cozinha melhor no inverno, quando tem mais amido de reserva (raiz). É duro na primavera. 
É possível aproveitar recursos alimentares regionais – subprodutos agroindustriais. 
Subprodutos agroindustriais 
 Baixo custo, fácil aquisição e transporte; 
 Limitações: desconhecimento de sua composição química e valor nutritivo; 
 Falta organização do setor produtivo para instalação de pequenas agroindústrias. 
Resumo: suplementação quando necessário ou de acordo com pastagens/animais; suplementação proteica: farelo 
de soja; suplementação energética: milho; suplementação mineral: sal. Os subprodutos agroindustriais são de baixo 
custo, porém a composição química e o valor nutritivo são desconhecidos. 
2. Bancos de proteína: são pastejos periódicos em áreas reservadas de leguminosas; pode estar associado ao campo 
nativo ou a pastagens cultivadas (monocultivos). 
Pastejar no primeiro período da manhã, no posto 
1, no meio da manhã ou a tarde colocar no banco 
de proteínas (1 hora por dia). 
 Uma pequena porcentagem de 
leguminosas na dieta dos animais, nos 
períodos críticos do ano. 
 Mantém bons níveis de atividade ruminal 
e aumenta a ingestão de gramíneas 
fibrosas, além de aumentar a qualidade 
da dieta. 
 Acesso diário ao banco de proteína, por 
cera de 1 a 2 horas por dia. 
 Em caso de vaca leiteira, pode aumentar a produção de leite de 20% a 30%. 
 
 
 Possibilidade para manter o ganho dos novilhos no 
inverno: associar o uso de sal proteinado 
(composta mineral) ou o pastejo por tempo 
limitado (1h por dia) – banco de proteína, em 
pastagem com predominância de leguminosas 
(p.ex. trevo branco e vermelho). 
 
 
3 
 
 
3. Limpeza do campo: tem como objetivo a remoção das spp indesejáveis, material morto, spp forrageiras menos 
consumidas. 
Métodos utilizados: 
 Manual: limpeza através de cortes na vegetação; 
 Mecânica: roçadeira; 
 Animal: pastejo pesado; 
 Queima: uso do fogo; prática polêmica e controversa; 
 Herbicidas: controle das indesejáveis, mas cuidar o tipo de herbicida. 
 
 
 
 Espécies nativas consideradas indesejáveis nas pastagens naturais do RS: carqueja, chirca, alecrim do campo, 
mio-mio, maria-mole, caraguatá. Ocupam espaço, competem por água, luz e nutrientes. 
 Outras espécies indesejáveis pelos produtores: capim caninha e a macega estaladeira. 
Remoção por roçadas: observar a época – quando as spp estão sem suas reservas orgânicas (depois da floração, na 
formação da semente). Ex: chirca, é roçada no final do verão, inicio do outono. 
Queimadas (fogo): eliminação de spp indesejáveis, porém o campo não é seletivo. 
 O uso indiscriminado pode levar a uma sucessão indesejável: aumento do mio-mio e caraguatá, porém 
diminui carqueja. 
 Pasto seco diminui a massa seca, menor oferta de forragem, maior erosão do solo, solo descoberto fica 
exposto e predispõe há espécies invasoras. 
 Promove a eliminação de material morto que é matéria orgânica. 
 Quebra a dormência do pega-pega, aumentando após as queimadas. 
 No inverno ou início da primavera (queimada) diminuem a contribuição das gramíneas C3 (inverno) que 
estão florescendo e sementando nesta época; aumentam as plantas C4 (verão). 
 Fogo tende a favorecer gramíneas cespitosas (touceiras) ao invés de rizomatosas ou estoloníferas. 
4. Correção da fertilidade do solo e adubação 
 Adubação e correção da acidez em pastagens cultivadas (aveia, azevém, trevos, milheto, sorgo) é 
inquestionável. 
 Correção da acidez, diminuição da toxidez de alumínio, correção das deficiências dos minerais do solo 
(adubação). 
 Alumínio mais disponível em solos ácidos, as plantas absorvem menos. Quando tem alumínio não deixa o 
fósforo ser absorvido. 
 Práticas associadas: diferimento de campo nativo adubado, suplementação, sobressemeadura. 
 PRNT: índice de qualidade do calcário; < 62 é ruim! 
 Espécies nativas tem um grande potencial e aumentam quando adubadas. 
 
 
Spp indesejáveis: manual, mecânica, fogo e herbicidas. 
Spp forrageiras menos consumidas: manual, mecânica, fogo, herbicidas e pastejo pesado. 
 
4 
 
 
5. Sobressemeadura de espécies 
Introdução de espécies sobre o campo nativo – CONSORCIAÇÃO 
 
 
 
Utilização mais eficiente de nutrientes, luz e água por: 
 Épocas de crescimento diferentes 
 Hábitos de crescimento diferentes 
 Diferentes profundidades de raiz 
Cuidados essenciais: obrigatória a melhoria das condições químico-físicas do solos (colagem, adubação, drenagem); 
espécies exóticas de inverno normalmente tem altas exigências em fertilidade do solo, sobretudo as leguminosas e o 
seu rizóbio associado. 
 Geralmente sobressemeadura se faz no inverno. 
 Utiliza-se calcário bem fino, se coloca na linha junto com o que se esta semeando. 
Introdução de espécies no CN 
Condições e cuidados: o CN não deve ser eliminado! 
Adubação (na época da semeadura), calcário (aplicado 4 a 5 meses antes da introdução das espécies de estação fria; 
caso seja uma calcário fino não é necessário esperar esse tempo), semeadura (spp temperadas: meados do outono; 
spp tropicais: meados da primavera). 
Métodos de introdução de espécies: 
o Plantio direto: sobressemeadura sem preparo do solo. 
o Introdução com cultivo mínimo: preparo superficial com grade, sópara baixar o pasto. 
Gramíneas indicadas para introdução: festuca (perene de estação fria); anuais: mais precoce (aveia), azevém. 
Leguminosas (em geral, temperadas): trevos, cornichão. 
Vantagens da introdução de leguminosas: 
 Aumento na qualidade 
 Fixação de N simbiótico 
Desvantagens da introdução de leguminosas: 
 Toleram menos o pastejo 
 Menos persistentes e mais suscetíveis a doenças 
 Timpanismo 
 Trevo vermelho > T.vesiculoso > T. branco > Ervilhaca > Cornichão 
 Mais Exigentes Menos Exigentes 
- Aumenta disponibilidade de forragem. 
- Aumenta qualidade da forragem ofertada. 
- Modificação na composição botânica, mas nunca elimina o CN! 
 
Ampliação do período de pastejo! 
 
5 
 
FATORES ESSENCIAIS PARA O SUCESSO DA SOBRESSEMEADRUA DE ESPÉCIES 
o Bom contato da semente com o solo; 
o Solo descompactado; 
o Inoculação e peletização de leguminosas 
o Algumas sementes necessitam de escarificação (são duras, não absorvem água) 
o Solo com boa umidade 
o Competição com as spp nativas 
o Respeitar a época da semeadura de cada espécie 
PRINCIPAIS ESPÉCIES FORRAGEIRAS CULTIVADAS TEMPERADAS 
Espécies nativas do RS de ciclo estival e gramíneas; maioria das plantas do CN são C4 (de verão), e durante o inverno 
parar de produzir (diminuem crescimento). Para evitar perdas: pastagem cultivada (em áreas específicas) ou 
sobressemeadura. 
De julho à setembro há ↓ fotoperíodo, ↓ crescimento e ↓ metabolismo, no inverno não colocam folham, portanto 
há menos pasto disponível no CN, variando de região para região. Em temperaturas de 25ºC plantas C3 produzem 
mais, por mais que ela produza menos biomassa. 
Razões para uso de forrageiras de clima temperado: 
 ↑ valor nutritivo; extensão período de pastejo 
 Fácil implantação e consorciação, pois as C4 param de crescer 
 Amplitude de materiais (eretas ↓ pastejo, prostradas ↑ pastejo) 
Zonas climáticas para culturas de forrageiras temperadas 
 Preferenciais (regiões mais frias) 
 Toleradas 
 Marginais (litorânea, alto Uruguai – tem maior amplitude, continentalidade) 
Pastagens cultivadas de inverno 
o Gramíneas: aveia preta, aveia branca, azevém e centeio. 
o Gramíneas perenes: festuca, cevadilha, falaris e dactylis. 
o Leguminosas anuais de inverno: trevo Vesiculoso (perene), branco, vermelho, cornichão e alfafa. 
 
Semente pequena, ↓ kg/ha (boa viabilidade) 
Semente grande ↑ kg/há 
 
GRAMÍNEAS PERENES DE INVERNO 
Festuca: gramínea temperada mais importante do mundo! É cespitosa, tem suas folhas brilhosas e nervuras 
proeminentes, alta qualidade. Suas raízes são fasciculadas e fibrosas. Adaptada a solos férteis, úmidos, porém bem 
drenados e tem resistência à seca. Semeadura de março à maio. Apresentam um crescimento lento (planta para o 
próximo ano, logo pastejo leve). É uma opção de forragem para o outono, principalmente no RS, época que mais 
falta pasto. Problema: baixa resistência a ↑ temperaturas e festucose (fungo endofílico que aumenta o crescimento 
das plantas, intoxicando os animais), por isso é importante escolher festucas com fungo sem toxicidade. 
Dactylis glomerata (capim dos pomares): alta qualidade, excelente para época de vazio forrageiro (outono), tolera 
seca, frio e sombreamento. Tem rápido crescimento, semeadura de março a maio. No segundo ano que ela vem 
mais, tem semente. Problema: doenças fúngica. 
 
6 
 
GRAMÍNEAS ANUAIS DE INVERNO 
Aveia branca e preta: alta produção de forragem, ampla faixa de adaptação de temperaturas, semeadura de março 
a maio. Não apresentam ressemeadura natural (as sementes germinam e morrem no verão, pois não tem dormência 
como o trevo e o azevém). Tem duplo propósito: pastejo e grão. 
 Aveia preta (Avena strigosa): arista serve para enterrar semente quando tem vento; semente menor. É 
suscetível a ferrugem (doença), porém é precoce, produzindo antes que o azevém quando em consórcio. 
 Aveia branca (Avena sativa): tem duplo propósito; URS e Flete (aveia branca melhorada com genes de 
resistência à ferrugem). 
A aveia é mais precoce quando plantada cedo (responde ao calor que ainda tem), porém se plantar no inverno (não 
recomendado) ela floresce junto com o azevém. 
Azevém anual (Lolium multiflorum): ressemeadura natural (frio quebra dormência sementes), consorciação com 
aveia e trevo, ILP (quando começa a cair às folhas da soja, semeia-se o azevém). É mais tardio que a aveia. Demora 
mais para o primeiro pastejo; tolerante ao pisoteio e produz mesmo na primavera. Pastejo ideal para o azevém de 
10-15 cm, com 20 cm já há senescência (pode-se fazer feno ou deixar como cobertura). 
É importante utilizar ureia/nitrogênio no azevém. Até pode-se utilizar do solo de ILP, mas necessariamente precisa 
de ureia. O ganho médio diário de animal em pastagem de azevém + nitrogênio é em torno de 1 kg (pastagem com 
melhor potencial). 
Azevém BRS Ponteio: para se utilizar mais cedo, tem rápido crescimento inicial e ciclo longo (ruim para lavouras) e 
não tem ressemeaduras, porém é bom para pastejo dos animais. 
Centeio (Secale cereale L.): espécie rústica, solos pobres, arenosos e secos; resiste à baixas temperaturas. 
Triticale: cereal criado pelo homem, trigo + centeio; tem rápido crescimento, produz bastante grão, porém não é 
utilizado para pães, por exemplo. 
Capim lanudo (Holcus lanatus): pouco utilizado. 
FLORESCIMENTO COMPLETO: ↑ QUANTIDADE DE BIOMASSA 
PRÉ-FLORESCIMENTO: ↑ QUALIDADE 
 
LEGUMINOSAS TEMPERADAS 
 Fazem fixação de nitrogênio no sistema pastoril e transferência por reciclagem de matéria orgânica. 
 Maior período produtivo e qualidade de pastagens (↑ proteína). 
 Problema: falta de persistência, pois são preferidas pelos animais. 
 Algumas spp precisam de adubação de fósforo. 
 Competitividade em consórcios. 
 Alta incidência de doenças e pragas. 
 Algumas têm toxinas para proteção, devido alto pastejo. 
 
 
 
 
7 
 
LEGUMINOSAS ANUAIS 
Trevo Vesiculoso (Trifolium vesiculosum): não causa timpanismo (tanino), sobressemeadura CN (melhoramento), 
ILP, cespitoso (ereto), liso, roxado e folha em “V”, produz muita semente. BRS Piquete. 
Aliviar carga na primavera para sementar (sementes peletizadas ou com inoculante), tem ressemeadura natural. 
Sementes duras (fazer escarificação), resiste a geadas e faz fixação de nitrogênio atmosférico (rizobium na raiz). 
Trevo encarnado (Trifolium incarnatum): tem rápido crescimento, ILP, ressemeadura natural, boa produção de 
sementes. Folha em formato de coração. 
Serradelas (Ornithopus sativus): solos úmidos, poderia ser utilizada com lavoura de arroz, porém não tem 
variabilidade. Alta fixação de N. 
Ervilhaca (Vicia spp): alta qualidade, produz muita biomassa, fixa N no solo. É decumbente, corta-se e coloca-se no 
cocho. Semeadura de março a maio. 
LEGUMINOSAS PERENES 
Cornichão (Lotus corniculatus): ressemeadura natural, não causa timpanismo; tem crescimento lento (aliar campo 
no verão, pastejo leve). Bom para época de vazio forrageiro. 5 folhas (3 folíolos + 2 estípulas). Él rincon (tem pelos, é 
anual, outra espécie). 
Trevo Vesiculoso (Trifolium pratense): ereto, perene/bianual; problemas: seca no verão e doenças; tem 
ressemeadura natural (diferimento) e hábito anual. 
Trevo Branco (Trifolium repens): espécie leguminosa mais importante do mundo. É uma estolonífera, persistente. 
Tem baixa resistência a seca e alta qualidade. Pode dominar a pastagem e causa timpanismo. Portanto, diminui-se a 
frequência do pastejo e alivia o campo para evitar timpanismo. Não tolera sombreamento, tem ressemeadura 
natural, consórcio (azevém, cornichão), regiões frias semeia-se cedo, colocar nas baixadas (gosta de água). 
Corte alto, azevém sombreia o trevo; corte baixo domina o trevo branco. 
PERSISTÊNCIA DAS LEGUMINOSAS 
 Colocam reservas 
 Formas clones 
 Ressemeadura natural 
 Dormência 
FORRAGEIRAS CULTIVADAS TROPICAIS 
 Otimizar seu uso nas zonas preferenciais. No RS, colocar as quetêm um certo grau de tolerância ao frio. Tem 
seu melhor crescimento em temperaturas em torno de 35°. As plantas C4 não saturam por luz, tendo adubo, calor e 
água elas tem um ótimo crescimento. Ex: capim elefante, milheto e cana. Tem alta produção de biomassa com 
manejo adequado e fertilidade do solo. Podem produzir 150 kg MS por hectare por dia no verão (600 toneladas) é o 
equivalente a 20 carretas de pasto. (gráfico) 
 Níveis elevados de produção 
 Feno, silagem e/ou diferimento 
 
 
 
8 
 
Gramíneas tropicais utilizadas no Brasil 
o Perenes: panicum, capim elefante, Brachiaria, Cynodon 
o Anuais: sorgo e milheto 
Leguminosas tropicais 
o Perenes: pega-pega, soja perene, alfafa, amendoim forrageiro 
o Anuais: crotalária, feijão miúdo 
Brachiaria spp – capim braquiária: é a gramínea forrageira mais cultivada no Brasil. São 174 milhões de hectares de 
pastagens cultivadas. 100 milhões de ha somente na região do Cerrado. Tem capacidade de crescer mesmo com o 
solo pobre em nutrientes. Com as Brachiarias aumentou o número de cabeças por ha, 1 a 1,5 cab/ha. 
 Tolerâncias a solos de média e baixa fertilidade 
 Na região sul: pastos no verão 
 Temperatura abaixo de 25 graus, crescimento diminui 
 Resíduo: 20-30 cm 
B. decumbens cv Basilisk: a mais conhecida e cultivada em todas as regiões tropicais do mundo, cultivar perene, 
subereta, folhas rígidas e esparsamente pilosa. Suscetibilidade a cigarrinha das pastagens. 
B. brizantha cv. Marandu – braquiarão: maior volume de sementes forrageiras comercializadas no país; tem alta 
capacidade de produção; 40 milhões de ha nos cerrados. Resistente a cigarrinha das pastagens. 
B. brizantha cv Xaraés: alternativa para evitar monocultivo da Marandu. Adaptado a solos mal drenados, suscetível a 
fungos e mediamente tolerante à cigarrinha das pastagens. 
B. brizantha cv Piatã: qualidade superior e alta produção na época da seca. 
B. brizantha cv BRS Paiaguás: maior acúmulo de forragem e alto valor nutritivo na seca. 
B. humidicola: é a espécie mais rústica, tolerante a cigarrinha das pastagens, porém tem baixa produtividade e baixo 
valor nutritivo. 
Capim Mulato: B.ruziziensis x B. brizantha cv Marandu (primeiro híbrido de braquiária lançado no Brasil): tem ampla 
adaptação, tolerância ao frio, geadas e queimadas (Só se for na Colômbia!), resiste a cigarrinhas e a maioria das 
espécies de lagartas; longos períodos de seca e não é recomendada para solos encharcados e longos períodos de 
inundação. 
Cynodon (capim bermuda, tifton) tem tipos rizomatosos e tipos não rizomatosos. Grande variabilidade genética e 
adaptação edafoclimática. 
 Multiplicação por mudas (mão de obra, tempo) 
 Espécies e cultivares (geralmente híbridos) estéreis: propagação vegetativa 
 Uso em pastejo (cortes frequentes) 
 Pode-se fazer feno 
 Altura de resíduo 20 cm 
 Alto potencial de produção de leite 
 Consórcios com leguminosas (melhora qualidade da dieta) 
Cultivares Tifton – 85; Jiggs (modinha) – mais tolerante a frio (dizem, mas não se vê muita diferença do 85; o tifton 
85 tem maior proporção de folhas). A propagação é por muda. Tem alta produção, muito utilizado para pastejo de 
gado de leite. 
 
9 
 
Paspalum: são nativos do RS. Tem semente, são de verão. Tem estruturas de reserva, podendo ser multiplicado por 
muda. Alta variabilidade genética. Perene, rizomas cobrindo o solo densamente; de verão. 
 Grama forquilha (P. notatum) – nativa do RS 
 Planta apomítica (clones da mãe) 
 Para de crescer no inverno, devido fotoperíodo; guarda reserva. 
 Sementes disponíveis no mercado 
 Pastejo direto (tolera pisoteio) 
 Não é tolerante ao fogo 
 Tolerante à seca até certo ponto (raízes profundas) 
 Consórcio, sobressemeadura 
 Capim Ramirez (P. guenoarum) – região do Planalto (diminui devido plantação de soja), não para de crescer 
quando o fotoperíodo diminui, quando falta boia ele tá verde! 
Panicum (P. maximum – capim colonião): alta produção e qualidade; a mais produtiva forrageira tropical propagada 
por sementes. Muito exigente em fertilidade do solo; preferência por solos de boa umidade, não tolera seca. Perene 
de verão. Altura de resíduo de 30 a 40 cm. 
o Colonião 
o Tanzânia (maior tolerância à seca) 
o Massai (tolerante ao alumínio) 
o Mombaça (exigente em fosforo e nitrogênio; resistente à cigarrinha) 
o Aruana 
o Aries (tolera um pouco mais o frio) 
Pennisetum purpureum (capim elefante): exigente em fertilidade, propagação vegetativa (mudas), porte alto (mais 
propenso a erros de manejo, usados em corte – silagem e capineira); gado de leite – alta produção (não para as mais 
exigentes, mas aquelas que produziam 4 e passaram a produzir 8, para holandesa não)! Utilizado para pastejo direto 
– uso de cortes baixos, alta qualidade nutricional e alta produção. É perene de verão. No inverno, corta-se rente ao 
chão e espera-se o rebrote. 
o Napier 
o Cameroon 
o Anão 
Milheto (Pennisetum glaucum): é anual, de alta qualidade e exigente em fertilidade de solo. Tem hábito cespitoso, 
preferindo solos arenosos (áreas secas). Tolera períodos secos. No RS: plantio estratégico: meados do verão 
(dezembro) para produzir no outono (vazio forrageiro). A semente do milheto não germina em solo frio. Tolera alta 
carga animal. 
Sorgo (Sorghum spp): é anual, utilizado em áreas de várzeas (áreas úmidas, molhadas), de fácil cultivo, crescimento 
rápido. Semeadura: setembro – janeiro. 
o Sorghum sudanense (aveia de verão ou capim sudão) 
o Variedades híbridas (sorgo x capim sudão) 
# Cuidado especial: quando jovem, produz cianeto, podendo intoxicar os animais. Portanto, se deixa crescer um 
pouco mais quando jovem, até 80 cm. 
Capim Sudão BRS Estribo: pastagem de verão em qualquer região, alta produção de MS, ideal para locais de várzea. 
Capim Pangola (Digitaria decumbens): teve sua febre há 50 anos atrás. 
 
10 
 
Setaria (rabo de raposa): é perene, cespitosa. Opção para o outono, suporta umidade. Tem que fazer diferimento, 
pois não tolera frequência de pastejo. 
LEGUMINOSAS TROPICAIS 
Arachis pintoi (amendoim forrageiro): é adaptado ao RS, perene de verão de alta qualidade. Tem alto valor nutritivo. 
Não causa timpanismo. Se múltipla normalmente por mudas, pois sementes são caras. Tolera pastejo. 
o Cv. Alqueire: seleção de plantas tolerantes ao frio e geada no RS. 
Medicago (Alfafa) 
M. Sativa (violeta) tem baixa dormência no invernal, logo continua crescendo. É perene de verão. Extremamente 
exigente. Espécie fixadora de nitrogênio de N (400kg N/ha/ano). É a rainha das forrageiras! Tem alta produção, 
elevado teor de proteína, alta digestibilidade. É capaz de produzir o ano todo. Não tolera sombra. É muito sensível 
ao alumínio. Pode causar timpanismo. É muito utilizada para feno. Pode ser utilizada para pastejo direto, desde que 
controlado. 
# Se planta final de verão (abril/maio) outono – cresce durante o inverno. Tem uma semente pequena e não tolera 
ser semeada em alta profundidade, quanto mais raso, melhor. 
Não se coloca alfafa em uma área onde já se tinha alfafa = ALELOPATIA (substâncias alelopáticas no solo que não 
permitem que uma nova alfafa seja cultiva). Planta-se soja, por exemplo, e duas safras depois pode-se introduzir a 
alfafa novamente. 
Corta-se a alfafa para pastejo ou feno pouco antes do florescimento, é quando tem a máxima qualidade. Se não 
floresce se corta quando se vê que esta rebrotando do solo. 
M. Falcata (amarela) quando esfria, não cresce, se protege e guarda reserva. 
RESISTÊNCIA AO PASTEJO 
Habilidade relativa das plantas sobreviverem e crescerem em sistemas de pastejo. 
 Escape: mecanismos que fazem com que as plantas evitem de ser pastejadas. Grande custo energético 
(espinhos e substâncias tóxicas) 
 Tolerância: habilidade de sobreviverem e se desenvolverem sob pastejo. Basicamente relacionados à 
fisiologia, morfologia e para promover o crescimento devido à remoção de tecidos de pastejo.Estratégias de escape (Mecanismos constitutivos) 
1. Mecânicos: espinhos, folhas enrijecidas (lignina) – limita consumo da planta. 
2. Compostos químicos: fatores antinutricionais; podem inferir no valor nutritivo efetivo do alimento, ingestão 
de massa seca (MS) do alimento, reduzindo seu valor alimentar, que equivale ao potencial para gerar 
desempenho. 
Para o animal aprender a pastejar, deve ficar no mínimo 2 meses do lado da vaca. 
Taninos (leguminosas): produzem compostos tóxicos; porém existem taninos benéficos, como no caso do trevo 
vesiculoso. 
Lignina: inibidora da digestibilidade da parede celular das forrageiras; considerada indigestível. Acumula em plantas 
com crescimento ereto, florescência alta (polinização). 
 
 
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Estratégias de tolerância (Morfologia e fisiologia das plantas) 
 Alterações em forma são adaptações das plantas forrageiras ao processo de desfolhação; hábito de 
crescimento, porte; numero e localização de meristemas e propagação vegetativa. 
Plantas mais tolerantes ao pastejo são aquelas de maior flexibilidade (plasticidade fenotípica) plantas que se 
adaptam bem a intensidade corte, tem alta plasticidade fenotípica. 
 Número e localização de meristemas (pontos de crescimento): quanto mais protegidas, maior será a sua 
tolerância; se aumenta o número de gemas, aumenta a tolerância. Ex: diferenças de tolerância em spp 
rizomatosas/estoloníferas x cespitosas. 
 Número e viabilidade de sementes: o pastejo pode afetar a produção de sementes ao afetar a 
disponibilidade de recursos para a reprodução, alteração no microambiente para a germinação das 
sementes e estabelecimento de plântulas e pela remoção de flores e sementes. A semente deve ser viável. 
A capacidade de manter sementes viáveis e ressemeadura natural aumenta a tolerância. 
Mecanismos fisiológicos: reservas orgânicas. 
Processos compensatórios (planta pastejada): 
 Aloca recursos para a respiração até restituir a área foliar 
 Aumenta a atividade fotossintética desde que haja área residual 
TOLERÂNCIA AO PASTEJO 
 Coroa profunda 
 Gemas profundas do corte ou pastejo 
 Gemação abundante e não sincronizada 
 Manutenção de área foliar sob pastejo 
 Carboidratos de reserva 
 Dormência de sementes 
As plantas escapam (produção de substâncias tóxicas ou espinhos) ou toleram (não há gasto de energia, tem que 
ter capacidade de colocar estruturas de reservas próximas ao chão). 
Ajuste de carga animal em função da disponibilidade de pasto é a variável chave na dinâmica da vegetação. 
MÉTODOS DE PASTEJO 
 Pastejo contínuo (lotação continua) 
 Pastejo rotativo ou rotacionado (lotação rotacionada) 
NÃO EXISTE MELHOR, TEM QUE SABER MANEJAR! 
O que importa é QUANTO o animal come e não como ele come. Pastagens de boa qualidade, independente do 
tipo de pastejo. 
Quando bem manejados não há muita diferença entre os pastejos. Os ganhos são similares. 
Pastejo contínuo: o rebanho tem acesso a toda a área da pastagens durante toda a estação de crescimento. A 
lotação é baseada no quanto se quer ofertar (OF) e os animais não deixam a área da pastagem. Maior ganho 
individual (GMD) porque o animal seleciona, baixa lotação para proporcionar a melhor OF. Menor 
desempenho/unidade de área. Há menor investimento em infraestrutura, menor requerimento de MDO para 
 
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manejo. O tempo de descanso é zero (intervalo entre pastejo). Tem cercas, diferimento, porém não é em alta 
frequência. 
É necessário ter atenção à condição da pastagem: IAF, altura (resíduo), massa de forragem, e reposição de 
nutrientes (adubação). 
Pode conciliar com diferimento, uso de suplementação; feno, silagem (períodos críticos); o campo nativo pode ser 
sobressemeado com spp cultivadas. 
Diferimento e campo nativo: pratica imprescindível de manejo de CN. Fazer antes do período crítico, para quando 
neste ter-se disponibilidade de forragens. Maior porcentagem de leguminosas juntos, plantas com crescimento 
maior (mais raiz), toleram inverno melhor. MAIOR TOLEÂNCIA DAS PLANTAS AO ESTRESSE. 
 Primavera (florescimento e sementação de espécies hibernais e acúmulo de forragem para eventuais secas 
no verão) 
 Verão-outono (florescimento e sementação de espécies de verão, e acumulo de forragem para fim do 
outono, inicio do inverno, época de vazio forrageiro) 
Pastejo rotativo: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da pastagem a cada momento, havendo momentos de 
pastejo e de descanso para casa uma das subdivisões. Os animais são movidos de forma rotacional de potreiro para 
potreiro. Tamanho piquete, massa de forragem e quantidade de animais determina o pastejo rotativo. O ganho/ha é 
maior! O animal no pastejo rotativo da mais de uma bocada, diferentemente do continuo que o animal pode 
selecionar, logo ele da apenas uma bocada. Coloca-se em ambientes melhores o pastejo rotativo. 
O animal tem que pastejar no índice de área foliar ótimo, e sair da área quando as plantas tiverem um índice de área 
foliar residual. Não se raspa o campo! 
Na subdivisão de invernadas, deve ser considerado: tipo de vegetação e produção forrageira para calcular OF! 
Períodos: entrada, saída e descanso (não deve ser tempo fixo) 
PD (período de descanso): animais não estão na pastagem; é determinado pela altura da entrada (variável entre 
espécies). 
PO (período de ocupação): animas estão na pastagem. Não se pode determinar o tempo, observa-se a altura do 
pasto. Geralmente troca-se o piquete quando forragem já estiver m 50% do seu tamanho, aproximadamente. 
Ciclo de pastejo: período de tempo entre o início de um período de pastejo e o início do próximo período de pastejo 
no mesmo potreiro. 
Vantagens: rendimento (produtividade) de produto animal por área com maior taxa de lotação; distribuição de 
excrementos uniforme e diminuição de “perdas” de forragem. 
Desvantagens: alto investimento (cercas e bebedouros), compactação do solo (depende do ajuste de carga animal), 
alta concentração de animais (problemas sanitários: verminose). 
Quanto maior o numero de piquetes, maior o tempo de descanso e menor o período de ocupação. 
Tipos de pastejo rotativo: convencional, em faixa, alternado, “creep grazing” (melhor qualidade para animais com 
maior exigência nutricional), alternado, diferido, com desponde e raspador (2 ou mais espécies de animais) etc. 
RS: campos nativos mal manejos, pastejo continuo e extensivo; pastejo excessivo. 
 
 
 
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Lotação continua x lotação rotativa 
 
Aumento da taxa de lotação até o limite da capacidade de suporte do pasto: diminuição dos ganhos individuais. 
Seja qual for o sistema utilizado, o importante é considerar a importância da manutenção de área foliar e reservas 
para recuperação das plantas. 
CONSERVAÇÃO DAS PASTAGENS 
Principal problema do RS: período de escassez forrageira (metabolismo diminuído das plantas), consequência direta 
da falta de alimentos, o que pode levar a elevada taxa de mortalidade e perda de peso dos animais. Campos de cima 
da serra sofrem muito com o inverno do estado. 
Alternativa: conservar o excesso de forragem produzida no verão e fornecê-la aos animais no período de escassez. 
Funções da conservação das forragens: 
 Suprimento mais uniforme de nutrientes ao longo do ano 
 Armazenar excesso de produção 
 Estender o período de suprimento da forragem/área 
Fenação: o feno é obtido pela desidratação da forragem (<25% H20); se faz no verão. É fácil de ser elaborado, o 
problema é a secagem no campo devido às condições climáticas. Pode ser um processo mecanizado (vantajoso) ou 
manual. Utiliza o excesso e renova a pastagem quando se tem pasto sobrando, o que não é a realidade do RS. É 
possível fazer feno de qualquer espécie. 
Etapas da fenação: cortar, secar, enleiar, enfardar (diminui volume, facilita o armazenamento e não há mais perda 
de folhas) e armazenar. É preciso de 3 dias sem chuva! Não se deixar material muito tempo no campo, pois pode 
fermentar. Primeira etapa da fenaçãoé rápida, têm-se perda de água pelos estômatos, depois ela tem que perder 
água pela cutícula, etapas se tornam mais lentas. 
O ponto para enfardar é quando o capim está ligeiramente rígido, hastes começam a ficar quebradiças. Se todo 
capim quebrar, passou do ponto, pode-se dar uma hidratada, mas é difícil acontecer. Máquina que enfarda rolos de 
feno tem um alto rendimento, mas não recolhe tão bem. E na hora da armazenagem ocupam mais espaço que fenos 
quadrados, por exemplo. 
Em condições adequadas de ventilação e proteção contra o sol e a chuva, o feno em fardo poderá ser armazenado 
por 1 ou 2 anos com perdas pequenas. Pode ser armazenado em galpões e até mesmo no campo, desde que livre de 
chuvas e sem acesso dos animais. 
 
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Características de um bom feno: palatabilidade, grande quantidade folhas, pouco caule, sem mofo nem materiais 
estranhos e com bom consumo voluntário. 
Gramíneas: ↓qualidade↑produção de MS por área 
Leguminosas: ↑qualidade (proteínas) ↓CHO estruturais 
Faz-se feno antes do florescimento ou logo no início, alto acúmulo de energia. Pode-se ir pela altura de corte (altura 
de corte para entrada no pastejo) e quantidade de colmo. Alfafa da corte no verão, mais ou menos a cada 30 dias e 
no inverno a cada 40 dias, quando bem adubada. 
Perdas na fenação: cortes na altura errada, queda de folhas pelo próprio equipamento utilizado, lixiviação, 
fermentação aeróbica, excesso de temperatura e umidade (armazenamento). 
Espécies recomendadas 
 Resistentes a cortes frequentes 
 Alta produção de biomassa 
 Desidratação rápida após o corte (tifton: talos finos e pequenos) 
Feno de gramíneas + leguminosas há diferenças morfológicas e fisiológicas que impedem desidratação uniforme. 
Silagem: produto de uma fermentação anaeróbica controlada de forragens verdes – alimento volumoso. Ensilagem 
é o ato de fazer (cortar, compactar e proteger). Conservação da forragem reduzindo o pH pela fermentação dos 
açúcares solúveis da planta. Não pode entrar água nem ar. Na seca, substitui o pasto, no confinamento é usada junto 
com os grãos e farelos para a engorda dos animais. Milho: todas as folhas verdes até a base da planta, ideal para 
fazer silagem. Corta-se o mais próximo do solo possível para fazer silagem. 
A silagem tem menor interferência do clima quando comparada a fenação, além disso, tem menores perdas no 
campo devido a maior eficiência do equipamento e é mais digestível por ser fermentada. Como desvantagens: 
necessita de maiores volumes para armazenar (água) e há perda excessiva quando for mal armazenada (ar, furo na 
lona, roedores). 
Muita silagem pode causar erosão, compactação e empobrecimento do solo devido à retirada da cobertura. 
Corta o pasto, pica em pedaços de 2 cm (picado demais, o animal não rumina, pedaços grandes mais difícil de 
compactar), prensa (trator, cavalo) quanto menos respiração aeróbica, melhor e no fim cobre para fermentação 
anaeróbica. 
Inicialmente tem-se uma fase de respiração aeróbica até terminar o oxigênio, após começa a fase de fermentação 
anaeróbica, onde se quer a fermentação láctica. 
Silos: influenciam na proteção da forragem, na qualidade do produto final e nas perdas durante o armazenamento. 
Retirar camadas de 15-20cm por dia do silo para a camada de dentro não entrar em contato com o ar. Existem silos 
horizontais e verticais. Densidade da silagem 600 kg m³. 
A qualidade da silagem é influenciada pelo estágio de desenvolvimento da planta, umidade (ambiente para 
Clostridium), CHO solúveis (aceleram fermentação, principal substrato das bactérias do ácido láctico) e tamanho do 
corte. 
Silagem de boa qualidade: cor clara, verde-amarelada, cheiro agradável e levemente ácido e de textura firme e 
macia. Culturas para ensilar, de preferencia com elevado teor de açúcares solúveis, alta biomassa, energia e valor 
nutritivo. Ex: milho que produz 35-50 ton de MV/ha (tem baixa PB). Sorgo de grão para fazer silagem, produz em 
torno de 50 ton de MV/ha. 
 
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O que é melhor fazer? Depende das condições climáticas, equipamentos disponíveis, manutenção e produção 
animal. 
Comparativo de perdas: feno x silagem 
Etapas FENO SILAGEM 
Campo/Colheite 15 5 
Armazenamento 2 10 
Distribuição 5 5 
Total 22 20 
 
Pré-secado: alimentos volumosos, conservados com umidade entre 40 e 60% sob fermentação e crescimento 
bacteriano limitado. Inicia com processo de fenação e termina com processo de silagem. Pode-se utilizar espécies de 
climas temperados e tropicais. Pode ser feito no inverno! 
Infiltração de ar no interior dos rolos é resultado da vedação ineficiente, promovendo o crescimento de fungos e 
leveduras, levando ao  de temperatura e deterioração do alimento. 
INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA (ILP) 
Produção integrada, buscando efetividade, rentabilidade e sustentabilidade. Diversificação de renda e maior 
viabilidade. Alternativa econômica! 
 Plantio direto 
 Boas práticas de manejo 
 Utilização de pastagem em intensidades de pastejo moderadas 
 Especialização 
 Tecnologia de insumos 
 Diversificação de culturas para evitar pragas, bactérias. 
Ecologicamente é bom ter os animais em cima da área, adubação com fezes e urina. O excesso de carga animal pode 
vir a compactar o solo, manejo de 10-20 cm, pode prejudicar soja (lenda do boi cascudo). Com o aumento da 
intensidade de pastejo também pode ocorrer aumento de plantas indesejáveis na pastagem de inverno. 
Na 1ª semana de novembro, retira-se os animais e faz-se o plantio direto na palhada (soja). 
Limitações: mais de uma cultura (combinações), aumentando a complexidade do sistema, aceitação devido tradição, 
maior mobilização de recursos (cercas, animais) e aumenta da demanda de planejamento. 
No Cerrado o enfoque da integração está na rotação de culturas, recuperação dos solos e de pastagens degradadas. 
Já no sul do Brasil o enfoque tem sido também na rotação e diversificação, mas principalmente como alternativa de 
renda e utilização da terra nos períodos inter-lavouras de verão. 
Vantagens: reserva de valor, melhoria fluxo de caixa, melhoria da produção de grãos, melhor uso de máquinas e mão 
de obra e aumento da matéria orgânica do solo; aproveitamento de resíduos agrícolas para alimentação animal 
(palha, resteva, casca), manutenção do solo coberto por períodos mais longos (cultivando tanto no inverno como no 
verão), diminuição de incidência de pragas e doenças nas culturas subsequentes e geração de receitas.

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