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1 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
SUMÁRIO 
_______________________________________________________________________________ 
 
AULA 1: Tipologias e Gêneros Textuais / Semântica: sentido e emprego dos vocábulos / Processos 
de formação de palavras 
 
AULA 2: Ortografia / Acentuação gráfica 
 
AULA 3: Emprego de tempos e modos dos verbos em português 
 
AULA 4: Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais 
 
AULA 5: Termos da oração 
 
AULA 6: Processos de coordenação e subordinação 
 
AULA 7: Pontuação 
 
AULA 8: Concordância nominal e verbal 
 
AULA 9: Transitividade e regência de nomes e verbos 
 
Aula 10: Emprego do sinal indicativo de crase 
 
AULA 11: Colocação pronominal / Coesão textual 
 
AULA 12: Reescritura de frases: substituição, deslocamento, paralelismo / Variação linguística: 
norma padrão 
 
____________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Prezado(a) concurseiro(a), 
 
É um prazer muito grande estar com você neste momento tão importante da sua vida. 
 O estudo da língua portuguesa para concursos públicos compreende, pelo menos, 
quatro áreas do conhecimento linguístico: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Além 
disso, é preciso conhecimento da forma de abordagem de cada banca, para uma prova na qual 
a língua portuguesa sempre tem um peso bastante significativo. 
 Peço-lhe, portanto, considerando o nobre objetivo que assumimos com nosso futuro 
pessoal e profissional, que esteja sempre atento às aulas, que tire sempre suas dúvidas com 
seu professor. Certamente, tudo isso irá auxiliá-lo(a) nesta caminhada árdua, porém 
compensatória, rumo à aprovação. Meu objetivo é que cheguemos ao final deste curso com 
conhecimento e domínio de conteúdo suficientes para a realização de uma prova com muita 
confiança e certeza de um resultado positivo. 
A princípio, a depender do tempo em que você não estuda para concursos, talvez sinta 
um pouco de dificuldade na assimilação do conteúdo, mas isso será mera questão de tempo e 
de adaptação ao novo ritmo que sua vida está tomando. Logo, muito breve mesmo, você estará 
apto(a) a obter êxito em qualquer tipo de situação na qual conhecimento em língua 
portuguesa será exigido. Assim, persistir é fundamental. 
 Bons estudos! E lembre-se: o vencedor é o derrotado que nunca desistiu. 
 Atenciosamente, 
Volney Ribeiro. 
 
................................................................................................................................................................. 
 
Prof. Volney Ribeiro 
 
➢Professor de língua portuguesa da rede particular de ensino desde o ano 2000. 
➢Trabalha com concursos públicos desde 2001. 
➢Foi diretor pedagógico e administrativo de uma escola particular em Fortaleza-CE, de 2008-
2010. 
➢Autor de livros didáticos (6º a 9º ano) e de apostilas para vestibulares e concursos públicos. 
➢Graduação: Letras: português-espanhol (licenciatura) e Teologia (bacharelado). 
➢ Pós-graduação: Especialização em Gestão Educacional. 
............................................................................................................................. ...................................................... 
@professorvolney 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
AULA 1: Tipologias e gêneros Textuais / Semântica: sentido e emprego dos vocábulos / Processos de 
formação de palavras 
 
TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS 
 
Principais Tipologias Textuais: 
I. Narração 
II. Descrição 
III. Dissertação 
 
1) Narração 
 O texto narrativo tem o objetivo principal de contar um fato ou de relatar fatos ocorridos ou 
imaginados. Além disso, num tempo e espaços determinados pelo narrador, a história pressupõe a 
finalidade de divertir ou de ensinar, embora assuma o fictício, tendo como ponto de partida o mundo 
real. Em qualquer narração, o mundo é artisticamente real. 
 
Leia o texto a seguir: 
Tragédia brasileira 
Misael, Funcionário da Fazenda, com sessenta e três anos de idade. Conheceu Maria Elvira na 
Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de 
miséria. 
 Misael tirou a Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou medico, dentista, 
manicura... Dava tudo quanto ela queria. 
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. 
 Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: 
mudou de casa. 
Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de 
casa. 
 Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom 
Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, 
Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na rua da Constituição, onde 
Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a policia foi encontrá-la caída 
em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. 
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio. 1973. pp. 146-7) 
 
* Elementos essenciais de uma narração: 
 
1. Narrador; 2. Personagens; 3. Espaço; 4. Tempo; 5. Enredo 
 
* Foco narrativo: 
 O foco narrativo compreende a posição do narrador em relação ao texto, que pode ser: 
1. Interna, com narrador protagonista ou secundário. 
2. Externa, com narrador observador ou onisciente, que não participa da história, apenas sabe e conta 
o que aconteceu com outros. 
 
 
 
 
 
4 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
2. DESCRIÇÃO 
 
O que é descrever? 
-> é caracterizar detalhadamente seres, objetos, acontecimentos, cenários, lugares, situações; 
 -> é construir imagens, utilizando linguagem verbal, daquilo que pode ser visto, sentido ou 
imaginado; 
 -> é fazer um “retrato verbal” do mundo físico, psicológico ou imaginário. 
 
Texto 1 
Aquele era um compartimento da casa que servia de escritório. Nele havia duas mesas de madeira, cor 
cinza, com duas gavetas cada uma, ambas do lado esquerdo do móvel Uma mesa era dez centímetros mais 
alta que a outra. Em cima de uma delas, havia um computador. Ele ficava no canto direito da mesa mais 
alta. Por trás dele, havia uma impressora e alguns livros. Do lado, papéis e material de escritório: 
perfurador, grampeador, cola, tesoura e canetas. Do lado das mesas encontrava-se um armário de duas 
portas. Dentro dele, havia muitos livros e revistas científicas. Em cima, uma coleção de pequenos 
dinossauros, de diversos formatos, tamanhos e cores. Alguns mapas e dois quadros estavam pendurados 
nas paredes brancas. No teto, havia apenas uma lâmpada fluorescente, ao lado de uma janela de vidro 
revestida de uma película escura. 
 
 
* Recursos para a produção do texto descritivo: 
 Algumas dicas são essenciais para quem descreve. Abaixo, há algumas características do 
gênero descritivo que auxiliarão você: 
 -> referência a aspectos sensitivos: visão, olfato, paladar, tato e audição; 
 -> presença de metáforas e de comparações; 
 -> emprego de substantivos, de adjetivos e de locuções adjetivas; 
 -> uso de verbos de ação ou de ligação; 
 -> emprego de advérbios e de locuções adverbiais; 
 -> presença de frases nominais; 
 -> uso de enumerações. 
 
Texto 2 
 Este foi meu primeiro brinquedo que ganhei na infância: uma lancha. Ela era branca, movida à 
pilha. Havia um pequeno motor atrás e duas hélices. Media aproximadamente vinte centímetros e 
pesava quase meio quilo. Na parte dianteira, encontravam-se dois faróis e um mastro, no qual havia a 
bandeira brasileira. Tinha um piloto que usava roupas pretas e um colete vermelho. Ele ficava na parte 
lateral do brinquedo, sempre com as mãos no volante. 
 
 
3. DISSERTAÇÃO 
 A dissertação é uma exposição,discussão ou interpretação de uma determinada ideia. 
Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, coerência, objetividade na 
exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
Análise de tema dissertativo 
 Há um conto de H. G. Wells, chamado “A terra dos cegos”, que narra o esforço de um homem 
com visão normal para persuadir uma população cega de que ele possui um sentido do qual ela é 
destituída; fracassa e, afinal, a população decide arrancar-lhe os olhos para curá-lo de sua ilusão. 
 Discuta a ideia central do conto de Wells, comparando-a com a do ditado popular “Em terra de 
cego quem tem um olho é rei”. Em sua opinião, essas ideias são antagônicas ou você vê um modo de 
conciliá-las? 
 
Homens de visão 
Através de uma metáfora, Wells trata de um velho problema humano: a inutilidade e, às vezes, 
o perigo de fazer pregações contra dogmas firmemente estabelecidos. O homem com visão normal 
bem poderia ser Galileu, tentando, em vão, persuadir os homens da Idade Média e a Igreja de que a 
Terra não era o centro do universo. 
 Essa afirmação, tão usada, no tempo em que o poder eclesiástico estava em seu auge, fez dele 
um anátema. Assim como a personagem de Wells teve os olhos arrancados, Galileu foi obrigado a 
renegar suas descobertas sobre o movimento dos astros e quase pagou com a vida por contrariar os 
cânones da igreja. 
 Por essa razão, a sabedoria popular resumiu esse dilema com o dito: “Pior cego é aquele que 
não quer ver”. Embora exata, a linguagem popular parece esquecer que o grande esforço, a razão de 
viver até, de quem se levantou acima das massas foi sempre fazê-las ver um pouco além de seus 
estreitos horizontes. Esse foi o mister de cientistas, como Einstein, estadistas, como Lênin, libertadores 
revolucionários, como os latino-americanos Bolívar, Martin, entre tantos outros. 
 Apesar das boas intenções desses homens de visão, por isso mesmo chamados de visionários, 
nem sempre as populações estão preparadas para ver. Pior para elas, que se tornam vítimas de 
manipuladores. Assim, a sabedoria popular soube descrever tal situação: “Em terra de cego, quem tem 
um olho é rei”. Por ironia, como o capitalismo dos dias atuais, esse dito pode ilustrar situações 
completamente opostas à descrita por Wells: se depender de um oportunista com um só olho, o 
coração, o cérebro e as vísceras de uma população cega inteira serão arrancados impiedosamente. 
 
Dissertação expositiva – é a simples apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, 
sem a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. 
 
Dissertação argumentativa – é a apresentação por alguém de um saber próprio ou de uma opinião, 
com a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensagem. 
 
CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA TIPOLOGIA DISSERTATIVA 
1. Trabalha com ideias, por isso é temático, e não figurativo; 
2. A função da linguagem predominante é a referencial (informação); 
3. Texto construído para tecer comentários gerais sobre um dado assunto. 
4. Apresenta uma construção ideológica gradativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
OBSERVAÇÃO 
 
Demais Tipologias Textuais 
 
1. Texto Preditivo – É o texto que tem como objetivo predizer, adivinhar, supor etc. 
Ex. previsão, profecia, horóscopo, carta etc. 
 
2. Texto Híbrido – É o texto que pode comportar em sua estrutura, ao mesmo tempo, outros gêneros 
e tipos textuais. 
Ex. crônica argumentativa (é uma dissertação, mas permite argumentação e breve narração dos fatos); 
verbete (é dissertativo, por ser uma definição, mas, por caracterizar algo, também descreve); carta 
argumentativa; crônica policial etc. 
 
3. Conversacional ou Dialogal – É o texto que se estrutura a partir de um diálogo e de interlocuções. 
Ex. entrevista, peça de teatro, roteiro cinematográfico, carta etc. 
 
4. Texto Injuntivo – É o texto que instrui, que orienta, que dita norma ou procedimento. Por isso, os 
verbos no imperativo, que ordenam ou sugerem, lhes são característicos. 
Possui dois tipos: instrucional e prescritivo. Também podem ser tomados como híbridos. 
 
a) Texto Injuntivo Instrucional: quando a orientação dada não é coercitiva, não é necessariamente 
uma ordem, mas uma sugestão ou um conselho. 
Ex: 
a) o conteúdo ou os recados de um livro de autoajuda; 
b) o manual de instruções de um aparelho eletroeletrônico; 
c) o código de conduta quanto à higiene; 
d) a receita de um bolo; 
e) a receita para passar no vestibular 
 
b) Texto Injuntivo Prescritivo: quando a orientação é uma imposição, uma ordem mesmo. Ex: 
a) a bula de um remédio ou a receita de um médico ao seu paciente; 
b) a Constituição Federal ou mesmo o Código Penal; 
c) os textos da Gramática Normativa da Língua Portuguesa; 
d) os manuais de guerrilha e os regulamentos militares; 
d) as cláusulas prescritivas de um contrato de locação ou serviço; 
e) as exigências de um edital, no caso de concursos públicos; 
f) o código de ética dos senadores e deputados. 
 
5. Poético – Texto subjetivo, metafórico, de sentido amplo. 
Ex. soneto, ode, elegia, cantiga, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
SEMÂNTICA 
 
Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de uma 
frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo, analisam-se, também, 
as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e 
espaço geográfico. 
 
Ex: Domingo, vou à praia. 
 “Não cobiçarás a mulher do próximo. ” 
 
 
 
 
1. SINÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. Ex:
triste = melancólico. 
resgatar = recuperar 
maciço = compacto 
ratificar = confirmar 
digno = decente, honesto 
reminiscências = lembranças 
insipiente = ignorante. 
 
Significação Contextual 
1. Passei na padaria e comprei um sonho. 
2. O meu sonho é ser uma estrela de cinema. 
3. Hoje tive um sonho muito estranho. 
 
2. ANTÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. Ex: 
 
bom x mau 
bem x mal 
condenar x absolver 
simplificar x complicar 
nascer x morrer 
sair x chegar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
3. POLISSEMIA 
 
É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Ex: 
 
Palavra Gato 
1.O rapaz é um tremendo gato. 
2. Meu gato não come essa ração. 
3. Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. 
 
Palavra Abater 
1. Abater a árvore = derrubar 
2. Abater a fera = matar 
3. Abater o inimigo = derrotar 
4. Abater-se com a derrota = sentir 
5. Abater a dívida = descontar 
 
 
 
Palavra Mão 
1. Ela tem uma mão para cozinhar que dá inveja! (Talento) 
2. Vamos! Coloque logo a mão na massa! (Produzir) 
3. As crianças estão com as mãos sujas. (Parte do corpo) 
4. Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. (Roubar) 
 
4. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
 As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figurado. 
 
Ex.: Janine tem um coração de gelo. (sentido figurado) 
 Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio) 
 
A) Denotação 
 É uso da palavra com seu sentido original, usual. 
Ex.: Quebrei o braço direito durante o futebol. 
 O prato cheio do garoto o engordava. 
 
B) Conotação 
 É o uso da palavra diferente do seu sentido original. Ex.: 
 Aquele funcionário era o braço direito do patrão. 
 O que você disse foi um prato cheio para uma discussão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
5. HIPERÔNIMOS e HIPÔNIMOS 
 
a) Hiperônimo: termo geral→ veículo. 
b) Hipônimo: termo específico→ carro. 
 
Hiperônimo ------------ Hipônimo 
Eletrodoméstico Liquidificador 
Cidade Fortaleza 
Talher Garfo 
Fruta AbacaxiAnimal Cachorro 
Cachorro Beagle 
 
6. HOMÔNIMOS 
 
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados 
diferentes. Veja alguns exemplos a seguir: 
✓ Acender: colocar fogo 
✓ Ascender: subir 
✓ Cela: pequeno quarto 
✓ Sela: arreio; forma do verbo selar. 
✓ Incipiente: iniciante 
✓ Insipiente: ignorante 
 
 
HÁ TRÊS TIPOS DE HOMÔNIMOS: 
 
a) Homógrafas heterofônicas 
 Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia. 
Ex.: colher (forma verbal) e colher (substantivo); jogo (forma verbal) e jogo (substantivo); gosto (subst.) 
e gosto (verbo) 
 
b) Homófonas heterográficas 
 Iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita. 
Ex.: ascender (subir) e acender (pôr fogo); cela (prisão) e sela (arreio/forma verbal). 
 
c) Homófonas homográficas 
 Iguais na pronúncia e na escrita. 
Ex.: cedo (forma verbal) e cedo (advérbio); manga (fruta) e manga (parte de um vestuário). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
8. PARÔNIMAS 
 É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito 
parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns parônimos a seguir: 
Absolver: perdoar, inocentar 
Absorver: aspirar, sorver 
Delatar: denunciar 
Dilatar: alargar 
Ratificar: confirmar 
Retificar: corrigir 
Tráfego: trânsito 
Tráfico: comércio ilegal 
 
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
1. DERIVAÇÃO 
A derivação contribui para a formação de uma nova palavra a partir do acréscimo de afixo(s): 
prefixos e sufixos. A derivação envolve seis processos: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, 
imprópria e regressiva. A seguir, veremos cada uma delas. 
 
a) DERIVAÇÃO PREFIXAL 
A derivação prefixal é resultante do acréscimo de um prefixo à palavra primitiva, cujo significado 
passa a ser alterado, adquirindo um novo significado. Exemplos: incapaz, repor, compor, subsolo, 
bisavó. 
 
b) DERIVAÇÃO SUFIXAL 
A derivação sufixal é resultante do acréscimo de um sufixo à palavra primitiva, a qual pode sofrer 
mudança de classe gramatical ou ter seu sentido alterado. Exemplos: realizar, papelaria, cabecear, 
gentalha, riacho, vozeirão, chuvisco, livraria, apendicite, certeza, catarinense. 
 
 
 
c) DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL 
Ocorre derivação prefixal e sufixal quando a palavra primitiva recebe, de forma não simultânea, 
ambos os afixos: prefixo e sufixo. Exemplos: Deslealdade, Infelizmente, Desligado 
 
d) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA 
 
Ocorre derivação parassintética quando a palavra primitiva é acrescida simultaneamente de 
prefixo e sufixo. Exemplos: Emudecer, Desalmado, Entristecer, Apadrinhar, Emudecer, Avermelhado, 
Descampado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
e) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA 
Ocorre derivação imprópria quando há mudança da classe gramatical da palavra. Quanto à 
forma, não há mudança na palavra. Vale deixar claro que a única alteração aqui está relacionada apenas 
ao sentido da palavra e à sua classe gramatical. Exemplos: 
Verbo no infinitivo→ Substantivo: o cantar, o falar, o caminhar 
Verbo no particípio→ Adjetivo: Eles eram muito calados. 
Advérbio →Substantivo: o amanhã, o ontem 
Substantivo comum →Substantivo próprio: Coelho, Lobo, Leão (nomes ou sobrenomes) 
Substantivo → Adjetivo: funcionário fantasma (fantasma passou a adjetivo) 
Adjetivo → Interjeição: Bravo! 
Verbo → Interjeição: Viva! 
Verbo →Conjunção alternativa: quer...quer, seja...seja 
 
f) DERIVAÇÃO REGRESSIVA 
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada por redução, e não por acréscimo 
de prefixo ou de sufixo. Nesse caso, a palavra derivada é um substantivo abstrato que denota ação ou 
resultado de ação. Como esse substantivo deriva de verbo, o substantivo é chamado de deverbal. 
Exemplos: 
Fugir → fuga 
Gargarejar → gargarejo 
Cantar → canto 
Mergulhar → mergulho 
Resgatar → resgate 
Pescar → pesca 
Tossir → tosse 
 
OBSERVAÇÃO 
Às vezes, é o verbo que deriva do substantivo. Por isso, fique atento(a) a isso! Exemplos: 
Martelo → martelar 
Telefone → telefonar 
Âncora → ancorar 
 
2. COMPOSIÇÃO 
Ocorre composição quando uma palavra é formada por mais de um radical, resultando em um 
apalavra composta. A composição pode ser por justaposição e por aglutinação. 
 
a) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO 
A nova palavra é formada por dois radicais sem que haja perda fonética de qualquer um deles. 
Na composição por justaposição, os radicais podem ser unidos ou não por hífen. Exemplos: Couve-flor, 
Girassol, Segunda-feira, Pontapé, Quartel-general. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
b) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO 
Na composição por aglutinação, radicais se unem, sem hífen, formando uma nova palavra em 
que há perda fonética de pelo menos um radical. Exemplos: Vinagre (vinho + acre), , Aguardente (água 
+ ardente), Planalto (plano + alto), Alvinegro (alvo + negro), Lobisomem (lobo + homem), Petróleo (pedra 
+ óleo). 
 
3. ABREVIAÇÃO 
Ocorre abreviação ou redução quando uma palavra é reduzida até o limite máximo de 
compreensão. Exemplos: Moto (motocicleta), Cine (cinema, cinematógrafo), Neura (neurose), Sampa 
(São Paulo), Analfa (Analfabeto), Foto (fotografia), Ex (ex-marido, ex-namorada...), Pornô (pornográfico), 
Pneu (pneumático). 
 
4. ABREVIATURA 
Quando há abreviatura, representa-se uma palavra por meio de uma ou de algumas letras. A abreviatura 
surge somente para a linguagem escrita; já a abreviação pode ser tanto escrita quanto falada. Exemplos: 
adj. (adjetivo), Av. (avenida), Cel. (coronel), Cia. (companhia), Pe. (padre), Sd. (soldado), Ten. (tenente), 
V. M. (Vossa Majestade). 
 
5. SIGLA 
 Siglonimizar significa transformar um nome em sigla, isto é, forma-se uma palavra a partir de 
suas iniciais. Exemplos: PM, PC, PF, PRF, ONU, IBGE, INSS, IPVA, IPTU, CNBB. 
 
OBSERVAÇÃO - O plural de siglas é feito apenas com o acréscimo de um “s” minúsculo, sem apóstrofo ( 
‘ ). Exemplos: ONGs, PMs, UPAs. 
 
 
 
 
6. ONOMATOPEIA 
A onomatopeia consiste na imitação de sons ou de ruídos de pessoas, de animais, de objetos, 
de máquinas ou de instrumentos. Exemplos: tic-tac, bum, atchim, buá...buá, hahaha, fiu...fiu, miau, 
vrum...vrum, toc-toc. 
 
7. HIBRIDISMO 
 Ocorre hibridismo quando uma palavra é formada a partir de elementos de outros idiomas. 
Exemplos: televisão (grego + latim → tele + visão), automóvel (grego + latim → auto + móvel), sociologia 
(latim + grego → socio + logia), burocracia (francês + grego → buro + cracia). 
 
OBSERVAÇÃO 
Quando elementos de uma mesma língua estrangeira formam palavras em língua portuguesa, não há 
hibridismo, mas eruditos compostos. Exemplos: pedagogia, demagogia, democracia. Nesses três 
vocábulos, os radicais vêm do grego apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
8. PALAVRA-VALISE 
São palavras formadas por combinação, pela junção de radicais, criando uma palavra não 
dicionarizada em nosso idioma. Exemplos: grenal (Grêmio e Internacional) , bebemorar (beber e 
comemorar), showmício (show e comício), portunhol (português e espanhol), aborrecente (aborrecer e 
adolescente) 
 
9. NEOLOGISMOS: palavras novas, que não foram dicionarizadas. Exemplos: namoródromo, apê, deletar 
, escanear, linkar, sextar. 
 
 
 
 
AULA 2: Ortografia / Acentuação gráfica 
 
ORTOGRAFIA 
 
1. HÁ- A 
 
HÁ: forma verbal. Indica tempo passado, decorrido. Pode ser ainda verbo auxiliar ou ter o valor de 
existir. Exemplos: 
Há meses, não o vejo. 
Há de existir uma forma de se resolver o problema. 
Há muitos miseráveis no Brasil. 
 
A: é empregado nos demais casos, sobretudo quando se refere a futuro. Exemplos: 
Daqui a alguns meses, estarei aprovado(a) no concurso dos meus sonhos. 
 
2. ACERCA DE – A CERCA DE – HÁ CERCA DE 
 
ACERCA DE: significa a respeito de. Exemplo: 
Os alunos conversavam acerca de concurso público. 
 
A CERCA DE: equivale a aproximadamente ou auma distância de. Exemplos: 
Ele discursava a cerca de mil pessoas. 
Moro a cerca de dois quilômetros da faculdade. 
 
HÁ CERCA DE: tem o valor de existir e pode indicar ainda tempo decorrido. Exemplos: 
Há cerca de duzentos alunos na sala. 
Há cerca de um mês, não a vejo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
3. AONDE – ONDE - DONDE 
AONDE: é empregado com verbos que dão ideia de movimento. Geralmente, equivale a para onde. 
Exemplos: 
Aonde você está indo a esta hora? 
Aonde você quer chegar com esta conversa sem sentido? 
 
ONDE: é usado com verbos que não são dinâmicos, isto é, que não dão ideia de movimento, de 
deslocamento. Geralmente, esses verbos regem a preposição em. Exemplos: 
Onde você mora? 
Você sabe onde fica a biblioteca? 
 
DONDE: indica origem, procedência. Exemplo: 
Donde vens a esta hora? 
Donde procede a sua família? 
 
4. AO ENCONTRO DE – DE ENCONTRO A 
 
AO ENCONTRO DE: sinaliza uma situação favorável. Exemplo: 
O rapaz apaixonado correu desesperadamente ao encontro da adorável namorada. 
 
DE ENCONTRO A: indica oposição, sinalizando uma situação desfavorável. Exemplos: 
Um carro desgovernado foi de encontro ao poste. 
Descontente com a situação, ele foi de encontro ao colega para exigir explicações. 
 
5. AO INVÉS DE – EM VEZ DE 
 
AO INVÉS DE: indica oposição, contrariedade. Equivale a ao contrário de. Exemplo: 
Ao invés de passar o dia dormindo, acorde e vá estudar! 
 
EM VEZ DE: indica substituição. Equivale a em lugar de. Exemplo: 
Em vez da filha, a mãe foi ao banco resolver o problema com o cheque. 
 
6. CESSÃO - SEÇÃO - SESSÃO 
 
CESSÃO: ato de ceder, de doar. Exemplo: 
A empresa fez a cessão do dinheiro àquela instituição de caridade. 
 
SEÇÃO: significa setor, repartição, segmento. Exemplos: 
Onde fica a seção de frutas? 
Você vota em que seção? 
 
SESSÃO: é o intervalo de tempo que dura uma reunião, formal ou informal. Exemplo: 
Na sessão plenária de hoje, foi votado um importante projeto que beneficia os concurseiros. 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
 
7. DEMAIS – DE MAIS 
 
DEMAIS: modifica verbo, adjetivo e advérbio. É um advérbio de intensidade. Exemplos: 
Você pensa demais! 
Ela é inteligente demais. 
Dessa vez, ele foi longe demais! 
 
DE MAIS: acompanha substantivo e o pronome indefinido nada. É uma locução adjetiva. Exemplos: 
Havia pessoas de mais na festa. 
Ela não disse nada de mais. 
 
 
8. MAL – MAU - MÁ 
 
MAL: pode ser advérbio de modo, substantivo ou conjunção subordinativa temporal. Exemplos: 
Ele canta mal. 
O mal que ela me fez já foi esquecido por mim. 
Mal cheguei, fui abordado pelo gerente. 
 
MAU: é adjetivo; acompanha substantivo. Precedido de artigo, é substantivo. Exemplos: 
Comprar aquele carro foi um mau negócio. 
Os maus não prevalecerão para sempre. 
 
MÁ: é o feminino de MAU. Exemplo: 
Ela não é uma pessoa má. 
 
9. MAIS / MAS 
 
MAIS: pode ser advérbio de intensidade, pronome ou conjunção aditiva. Exemplos: 
Estude mais! 
Chegaram mais convidados. 
O pai mais o filho resolveram o problema. 
 
MAS: é conjunção adversativa. Pode ser substituída por porém. Exemplo: 
Elas saíram cedo, mas ainda não voltaram. 
 
10. PORQUE - PORQUÊ - POR QUE - POR QUÊ 
 
PORQUE: é conjunção causal ou explicativa. Pode ser usada em frase interrogativa, afirmativa ou 
exclamativa. Exemplos: 
Ele está chorando assim porque o namoro acabou? 
Ele está chorando porque o namoro acabou. 
Estude, porque a prova será difícil! 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
 
PORQUÊ: é um substantivo. Vem acompanhado de artigo ou de outro determinante. Pode ser 
substituído pela palavra motivo e aparecer em frase afirmativa ou interrogativa. 
Exemplos: 
Não sei o porquê de ela não ter aceitado essa oferta de trabalho. 
Qual o porquê disso tudo? 
 
POR QUE: (1) é usado quando equivale a pelo(a) qual, pelos(as) quais (preposição + pronome relativo); 
(2) equivale também a por qual razão (preposição + pronome interrogativo). Pode vir em frase 
interrogativa direta ou indireta. Exemplos: 
Esse é o motivo por que eu não frequento mais aquele lugar. 
Por que isso sempre acontece comigo? 
 
OBSERVAÇÃO 
“Por que”, em final de frase, é acentuado. 
Exemplo: 
Você fez isso por quê? 
 
11. SENÃO - SE NÃO 
 
SENÃO: equivale a “a não ser, mais do que, caso contrário, defeito, mas”. Exemplos: 
Não havia na festa de ontem senão oitenta pessoas. 
Estude, senão o resultado do concurso pode ser desfavorável a você. 
Não houve um senão no discurso dele. 
Temos carro não por luxo, senão por necessidade. 
 
SE NÃO: equivale a se por acaso não, caso não. 
Exemplo: 
Se não chover, irei à praia com você amanhã. 
 
12. TAMPOUCO / TÃO POUCO 
 
TAMPOUCO: significa também não. Exemplo: 
Ele não estuda, tampouco trabalha. 
 
TÃO POUCO: significa muito pouco. Exemplo: 
Estudei tão pouco ontem. Hoje, pretendo estudar mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EMPREGO DO HÍFEN 
 
1. Em palavras formadas por prefixos terminados com R + palavra iniciada por R ou H. Exemplos: 
Hiper-realista 
Inter-racial 
Super-homem 
Hiper-hidrose 
 
2. Em palavras formadas por prefixos ou pseudoprefixos terminados em VOGAL + palavra iniciada por H 
ou pela mesma vogal que termina o prefixo. Exemplos: 
Anti-higiênico 
Anti-inflamatório 
Micro-ônibus 
Sobre-humano 
 
OBSERVAÇÕES 
Não se usa hífen na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos terminados em vogal + 
segundo elemento começa com vogal diferente. Exemplos: autoajuda, autoatendimento, autoestrada, 
autoanálise, intraocular, plurianual, contraindicação, infraestrutura. 
 
Não se usa hífen também na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos terminados em 
vogal + palavra iniciada por R ou S. Nesse caso, duplica-se o R e o S. Exemplos: infrassom, contrassenso, 
extrasseco, neorrealista, autorretrato, antirreligioso, antissemita, semissintético, antessala, minissaia, 
arquirrivalidade, antirrugas. 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
PALAVRAS OXÍTONAS 
São acentuadas aquelas que apresentam as seguintes terminações: A(s), E(s), O(s), Em(ens). 
Exemplos: 
Sofá(s), maracujá(s) 
Café(s), cortês 
Cipó(s), avós 
Refém, armazéns 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Na acentuação de verbos oxítonos, o pronome oblíquo enclítico (depois do verbo) não é 
considerado. Exemplos: consertá-las, desfazê-las. 
 
2. As oxítonas terminadas em –i ou em –u não devem ser acentuadas. Exemplos: saci, juriti, tatu, 
xampu. 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
 
PALAVRAS PAROXÍTONAS 
São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em: 
 
R → caráter 
L → túnel 
N → pólen 
X → tórax 
PS → bíceps 
DITONGO → história 
ON (s) → próton(s) 
UM(s) → álbum, álbuns 
I(s), táxi, grátis 
US → vírus 
Ã(s) → ímã(s) 
ÃO(s) → órgão(s) 
OBSERVAÇÕES 
1. Paroxítonas terminadas em -m não são acentuadas. Exemplos: item, cantem, falam, vibram, 
exercem. 
2. Paroxítonas terminadas em -ens não recebem acento gráfico. Exemplos: itens, hifens. 
3. Não são acentuados os prefixos terminado em –i ou em –r. Exemplos: arqui, anti, mini, hiper, 
super, inter. 
 
PALAVRAS PROPAROXÍTONAS 
 Todas as proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: 
Dúvida 
Líquido 
Lâmpada 
Cântaro 
Símbolo 
Príncipe 
Lápide 
Plástico 
Sonâmbulo 
Matemática 
 
ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS 
Recebem acento gráfico, agudo ou circunflexo, os monossílabos tônicos terminados em: 
A(s) → já, lá, vá 
E(s) → fé, ré, lê, mês 
O(s) → nó, só, pôs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÃO 
1. Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, os verbos ter e vir recebem acento 
circunflexo. Exemplos: eles têm, eles vêm. 
 
REGRA DO HIATO 
São acentuados o I e o U tônicos precedidos de vogal, quando sozinhos na sílaba ou seguidos de 
S. Exemplos: 
Juízes (ju-í-zes) 
Raízes (ra-í-zes) 
Baú (ba-ú) 
Saúde(sa-ú-de) 
Saída (sa-í-da) 
Balaústre (ba-la-ús-tre) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Não levam acento gráfico (I e U) se vêm precedidos de letra repetida, exceto nas formas 
proparoxítonas. Exemplos: xiita, sucuuba, seriíssimo (proparoxítona), duúnviro (proparoxítona). 
2. Não leva acento gráfico o I seguido de NH. Exemplos: ladainha, rainha, campainha. 
3. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U não recebem acento gráfico após ditongo decrescente. 
Exemplos: feiura, baiuca. 
4. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U recebem acento gráfico após ditongo crescente. Exemplos: 
Guaíba, Guaíra. 
5. Acentuam-se o I e o U, após ditongos decrescentes, em palavras oxítonas: Pi-au-í, tui-iu-ú. 
6. Não são acentuados o I e o U se seguidos de letra que não é S. Exemplos: ju-iz, ra-iz, Ra-ul, ca-
ir, ru-ir. 
7. Acentuam-se o I e o U seguidos de pronomes oblíquos átonos. Exemplos: possuí-lo, distribuí-
lo. 
8. Não levam acento gráficos hiatos OO e EEM. Exemplos: voo, enjoo, deem, leem, creem, veem 
(verbo ver). 
 
DITONGO ABERTO 
Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU, seguidos ou não de S. Exemplos: 
Céu(s) 
Pastéis 
Coronéis 
Troféu(s) 
Herói(s) 
Véu(s) 
Réu(s) 
Dói 
Rói 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÃO 
Não se acentua o ditongo aberto se não vem em palavras monossílabas ou em posição final em 
uma palavra. Exemplos: heroico, assembleia, plateia, jiboia. 
 
ACENTO DIFERENCIAL 
O acento diferencial, que marca distinção de pronúncia, significado e de classe gramatical, 
permanece para os seguintes vocábulos: 
 
Pôr (verbo) ≠ Por (preposição) 
Exemplos: Você deve pôr as tarefas em dia. 
 Fiz tudo isso por você. 
 
Pôde (pretérito perfeito do verbo “poder”) ≠ Pode (presente do indicativo do verbo “poder) 
Exemplos: Você pôde fazer o que lhe pedi? 
 Você pode fazer isso por mim? 
 
Porquê (substantivo = MOTIVO) ≠ Porque (conjunção causal ou explicativa) 
Exemplos: Qual o porquê dessa atitude? 
 Ele passou no concurso porque estudou muito. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. O vocábulo QUE é acentuado quando vem em final de frase e quando é um substantivo. 
Exemplos: 
 Ela estava precisando de quê? 
 Certamente, há um quê de mistério nessa história. 
 
2. As palavras “Fôrma/Forma” e “Dêmos (presente do subjuntivo) e “Demos (pretérito perfeito) 
têm acento opcional. 
 
TREMA 
O trema só é usado em palavras estrangeiras e em seus derivados. Exemplos: Müller, mülleriano, 
Hübner, hübneriano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÕES 
1. Veja, a seguir, algumas formas variantes na pronúncia e na escrita: biopsia/biópsia, 
ortoepia/ortoépia, xerox/xérox, projetil/projétil, acrobata/acróbata, boemia/boêmia, zangão/zângão, 
necropsia/necrópsia, hieroglifo/hieróglifo, reptil/réptil, eletrodo/elétrodo, transistor/transístor, 
alopata/alópata, Oceania/Oceânia. 
 
2. Algumas palavras mudam a pronúncia, o sentido e a classificação gramatical com o acento 
gráfico. Exemplos: 
amém e amem 
médico e medico 
está e esta 
ai e aí 
secretária e secretaria 
sabiá e sabia 
número e numero 
camelô e camelo 
doído e doido 
público e publico 
carnê e carne 
babá e baba 
vívida e vivida 
 
 
AULA 3: Emprego de tempos e modos dos verbos em português 
 
 
VERBOS 
 
I. Classificação 
 
a) Regulares: não sofrem alteração no radical. Ex.: cantar vender e partir 
 
b) Irregulares: sofrem alteração no radical. Ex.: fazer e dizer 
 
c) Defectivos: não apresentam conjugação completa. Ex.: abolir, falir e colorir 
 
d) Anômalos: apresentam profundas e irregularidades. Ex.: ser e ir. 
 
e) Abundantes: apresentam mais de uma forma, sobretudo no particípio. Ex.: pagar, ganhar e gastar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II. FLEXÃO VERBAL 
 
É preciso destacar três tempos verbais cuja flexão tem sido muito cobrada em provas: 
 
➢ Pretérito imperfeito do subjuntivo (desinência – SSE) 
• Se eu → coubesse, viesse (vir), visse (ver) pusesse, tivesse 
 
➢ Futuro do subjuntivo (desinência – R) 
• Quando eu → couber, vier (vir), vir (ver), puser, tiver 
 
➢ Pretérito mais-que-perfeito (desinência – RA) 
• Eu →coubera, viera (vir), vira (ver), pusera, tivera 
 
Destaco também que, quando um verbo tem derivado(s), todos eles apresentam a mesma flexão 
do verbo primitivo. E isso interessa demais em uma prova de língua portuguesa. Veja os exemplos a 
seguir: 
 
Formas derivadas do verbo TER na 1ª/3ª pessoa do singular 
• Abster → abstivesse, abstiver, abstivera. 
• Conter → contivesse, contiver, contivera 
• Deter → detivesse, detiver, detivera. 
• Manter → mantivesse, mantiver, mantivera. 
• Obter → obtivesse, obtiver, obtivera. 
• Reter → retivesse, retiver, retivera. 
• Suster → sustivesse, sustiver, sustivera 
 
Formas derivadas do verbo PÔR na 1ª/3ª pessoa do singular 
• Antepor → antepusesse, antepuser, antepusera. 
• Compor → compusesse, compuser, compusera. 
• Contrapor → contrapusesse, contrapuser, contrapusera. 
• Contrapropor → contrapropusesse, contrapropuser, contrapropusera. 
• Depor → depusesse, depuser, depusera. 
• Interpor → interpusesse, interpuser, interpusera. 
• Propor → propusesse, propuser, propusera. 
• Repor → repusesse, repuser, repusera. 
• Sobrepor → sobrepusesse, sobrepuser, sobrepusera. 
• Supor → supusesse, supuser, supusera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Formas derivadas do verbo VIR na 1ª/3ª pessoa do singular 
• Advir → adviesse, advier, adviera. 
• Convir → conviesse, convier, conviera. 
• Intervir → interviesse, intervier, interviera. 
• Provir → proviesse, provier, proviera. 
• Sobrevir → sobreviesse, sobrevier, sobreviera. 
 
 
Verbo INTERVIR 
O verbo intervir é bastante cobrado em provas. Por essa razão, muita atenção, 
sobretudo à terceira pessoa do singular do pretérito perfeito: 
» pretérito perfeito: eu intervim, tu intervieste, ele/ela interveio, nós interviemos, 
vós interviestes, eles/elas intervieram. 
 
Formas derivadas do verbo VER na 1ª/3ª pessoa do singular 
• Antever → antevisse, antevir, antevira. 
• Prever → previsse, previr, previra. 
• Rever → revisse, revir, revira. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Verbo PROVER 
O verbo prever só se assemelha ao verbo ver no presente (indicativo e subjuntivo): 
» presente do indicativo: eu prevejo, tu provês, ele/ela provê, nós provemos, vós provedes, 
eles/elas provêem. 
» presente do subjuntivo: que eu proveja, que tu provejas, que ele/ela proveja, que nós 
provejamos, que vós provejais, que eles/elas provejam. 
 
Nos demais casos (pretérito e futuro), não é conjugado como o verbo ver, mas como o verbo 
vender. Observe: 
» pretérito perfeito: eu provi, tu proveste, ele/ela proveu, nós provemos, vós provestes, eles/elas 
proveram. 
» pretérito mais-que-perfeito: eu provera, tu proveras, ele/ela provera, nós provêramos, vós 
provêreis, eles/elas proveram. 
» pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu provesse, se tu provesses, se ele/ela provesse, se nós 
provêssemos, se vós provêsseis, se eles/elas provessem. 
» futuro do subjuntivo: quando eu prover, quando tu proveres, quando ele/elas prover, quando 
nós provermos, quando vós proverdes, quando eles/elas proverem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
2. Verbo REQUERER 
Não é conjugado pelo verbo querer. Observe: 
» presente do indicativo: eu quero / eu requeiro 
» pretérito perfeito: eu quis / eu requeri 
» pretérito mais-que-perfeito: eu quisera / eu requerera 
» pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu quisesse, se eu requeresse 
» futuro do subjuntivo: quando eu quiser / quando eu requerer 
 
3. Verbo REAVER 
 É conjugado pelo verbo haver, quando este apresenta, na sua grafia, a letra V. Exemplos: 
 » presente do indicativo: nós reavemos, vós reaveis 
 » pretérito perfeito:eu reouve, tu reouveste, ele/ela reouve, nós reouvemos, vós reouvestes, 
eles/elas reouveram, nós reouvemos, vós reouvestes, eles/elas reouveram. 
 » pretérito mais-que-perfeito: eu reouvera, tu reouveras, ele/ela reouvera, nós reouvéramos, vós 
reouvéreis, eles/elas reouveram. 
 » pretérito imperfeito do subjuntivo: se eu reouvesse, se tu reouvesses, se ele/ela reouvesse, se 
nós reouvéssemos, se vós reouvésseis, se eles/elas reouvessem. 
 » futuro do subjuntivo: quando eu reouver, quando tu reouveres, quando ele/ela reouver, quando 
nós reouvermos, quando vós reouverdes, quando eles/elas reouverem. 
 
III. FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS 
 
A) MODO INDICATIVO 
 
Pretérito perfeito composto 
 É formado pelo presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 
Ex.: O governo tem investido (= investiu) muito em saúde e em educação em nosso país. 
 Eu tenho estudado (= estudei) muito para o vestibular. 
 
Pretérito mais-que-perfeito composto 
 É formado pelo pretérito imperfeito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: A universidade havia mudado(= mudara) a data do vestibular. 
 Tu realmente havias feito (=fizeras) aqueles comentários acerca da vida íntima do colega? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
 
Futuro do presente composto 
 É formado pelo futuro do presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: Quando o professor chegar, já terei terminado (= terminarei) as tarefas. 
Teremos feito (=faremos) o certo, se procedermos dessa maneira. 
Futuro do pretérito composto 
 É formado pelo futuro do pretérito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: A corrupção teria diminuído (=diminuiria) se não fosse a impunidade. 
Teríamos feito (=faríamos) o melhor, se o computador não estivesse com defeito. 
 
Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto. 
 
B) MODO SUBJUNTIVO 
 
Pretérito perfeito composto 
 É formado pelo presente do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer 
verbo. 
Ex.: Acredito que você tenha estudado bastante para o exame em que foi o primeiro colocado. 
 Penso que tenham facilitado a fuga dos detentos. 
 
Pretérito mais-que-perfeito composto 
 É formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: Se ele você tivesse amado mais, seria infinitamente mais feliz. 
 Se o vigia não tivesse dormido no posto, os ladrões não invadiriam o prédio. 
 
Futuro composto 
 É formado pelo futuro do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Quando eu tiver concluído (=concluir) o trabalho, irei tirar umas férias. 
Quando ele tiver passado no vestibular, ganhará um caro do pai. 
 
Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto no modo subjuntivo. Não há também 
imperativo composto. 
 
C) FORMAS NOMINAIS 
 
Infinitivo impessoal composto 
 É formado pelo infinito impessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Ter programado (=programar) a excursão foi muito importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Infinitivo pessoal composto 
 É formado pelo infinito pessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Passaram no vestibular somente depois de terem estudado (=estudarem) bastante. 
 
Gerúndio composto 
 É formado pelo gerúndio dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Tendo estudado (=estudando) muito, conseguiu aprovação em primeiro lugar. 
 
Obs.: Não existe particípio composto. 
 
Verbos especiais de 1ª, 2ª e 3ª conjugações 
 
1. Verbos especiais de 1ª. conjugação 
 
a) Verbos terminados em EAR 
 Em verbos terminados em ear, a vogal e transforma-se no ditongo ei no presente do indicativo e 
nos derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). 
 
Obs.: O i (formador do ditongo) não aparece nos demais tempos e modos verbais. 
b) Verbos terminados em IAR 
 Nos verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e ODIAR, o i final transforma-se no ditongo 
ei no presente do indicativo e derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). 
 
Obs¹: Nos demais tempos e modos, o e (formador do ditongo) não aparece. 
Obs²: Os demais verbos terminados em iar são regulares. Ex.: copiar, anunciar, adiar, noticiar, etc. 
 
IV. VERBOS ABUNDANTES 
 
 São aqueles que apresentam mais de uma forma para determinar flexão. Isso ocorre 
principalmente com o verbo haver na 1ª e 2ª pessoas do plural no presente do indicativo 
(hemos/havemos e heis/haveis) e com verbos no particípio, os quais apresentam particípios duplos. 
Observe alguns exemplos a seguir: 
 
a) 1ª conjugação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Particípio regular Particípio irregular 
aceitado aceito 
expressado expresso 
expulsado expulso 
falhado falho 
ganhado ganho 
gastado gasto 
pagado pago 
salvado salvo 
 
b) 2ª conjugação 
 
Particípio regular Particípio irregular 
absolvido absolto 
absorvido absorto 
elegido eleito 
prendido preso 
submetido submisso 
suspendido suspenso 
 
c) 3ª conjugação 
 
Particípio regular Particípio irregular 
distinguido distinto 
excluído excluso 
expelido expulso 
imprimido impresso 
oprimido opresso 
 
Observação: Usa-se o particípio regular com os auxiliares Ter ou HAVER; os particípios irregulares, com 
os auxiliares SER ou ESTAR. Ex.: 
 
A) Tinha/Havia gastado, pagado, agradecido, acendido, comprimido e imprimido. 
 
B) Foi/Estava gasto, pago, grato, aceso, compresso e impresso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
V. VERBOS DEFECTIVOS 
 
 São aqueles cuja conjugação não é completa. São divididos em impessoais, unipessoais e pessoais. 
 
a) Impessoais 
 São verbos que integram orações sem sujeito. Surgem apenas na terceira pessoa do singular. Ex.: 
→ amanhecer, anoitecer, chover, entardecer, gear, nevar, relampejar, trovejar, ventar, etc. (expressam 
fenômenos naturais) 
→ verbo haver com sentido de existir, acontecer e ocorrer. 
→ verbo fazer na indicação de tempo cronológico (decorrido) ou meteorológico (fenômeno natural). 
 
Observação: Conotativamente, os verbos que expressam fenômenos da natureza podem ocorrer em 
outra pessoa. Ex.: Anoiteço e amanheço pensando em você. 
 
b) Unipessoais 
 Apresentam-se somente terceira do singular e do plural. São verbos que expressam ocorrência 
(acontecer, convir, suceder, sobrevir, ocorrer, etc.) e exprimem vozes de animais (berrar, grunhir, latir, 
miar, mugir, uivar, etc.) 
 
c) Pessoais 
 São aqueles que não apresentam algumas pessoas por questão de eufonia (som agradável). Por 
essa razão, deixam de ter algumas flexões por formalidade, visto que a sonoridade é algo relativo, pois 
depende muito de cada região e da sensibilidade dos usuários da língua. Dividem-se em três grupos: 
 
*1º grupo 
 Verbos que não apresentama 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e seus derivados 
(presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo). 
Ex.: abolir, banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, extorquir, fremir, fulgir, retorquir, etc. 
 
Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 
 
2º grupo 
 São verbos que, no presente do indicativo, só apresentam a 1ª e a 2ª pessoas do plural (formas 
arrizotônicas); consequentemente, não apresentam presente do subjuntivo, imperativo negativo e 
algumas formas do imperativo afirmativo. Conjugam-se somente nas formas em que a letra i vem após 
o radical. 
Ex.: aguerrir, combalir, comedir-se, embair, falir, remir, renhir, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
Observação: Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 
 
3º grupo 
 É constituído dos verbos: precaver-se e reaver. 
 
a) Precaver-se 
 No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e na 2ª pessoa do plural (formas 
arrizotônicas). Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No 
imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Ex.: 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo 
Nós nos precavemos Precavei-vos 
Vós vos precaveis 
 
Observação: Nos demais tempos verbais, é conjugado normalmente 
 
b) Reaver 
 No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e a 2ª pessoas do plural. Consequentemente, 
não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente 
a 2ª pessoa do plural. Conjuga-se pelo verbo haver, quando este apresenta a letra v. Ex.: 
 
 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo 
Reavemos Reavei vós 
Reaveis 
 
VI. VOZES DO VERBO 
 
A) Voz Ativa 
 
A voz ativa representa um sujeito que pratica uma ação que é expressa pelo verbo. 
• Ex.: A mãe penteou a criança, (mãe é o sujeito da oração). 
 
B) Voz Passiva 
A voz passiva indica que sujeito da oração é um sujeito paciente, ele sofre a ação que é expressa pelo 
verbo. 
• Ex.: A criança foi penteada pala mãe, (criança é o sujeito da oração). 
 
C) Voz Reflexiva 
A voz reflexiva pratica e sofre ação que é expressa pelo verbo. 
• Ex.: A criança penteou-se, (criança é o sujeito da oração). 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Estudo da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser: Sintética ou Analítica. 
 
1. Voz Passiva Sintética 
 
Ocorre quando o verbo está acompanhando de um pronome apassivador (se). 
Exemplo: 
• Prenderam-se todos no congestionamento. 
• Fechou-se a padaria. 
 
2. Voz passiva Analítica 
 
Formada por um verbo auxiliar (ser, estar, ficar), acompanhado de um particípio do verbo que se 
refere. 
Exemplo: 
• Muitos ficaram cercados pelos policiais. 
 
Conversão da voz ativa em voz passiva analítica 
É analisado na conversão da voz ativa em voz passiva analítica que: 
1. O sujeito da Ativa adquire as funções de Agente da Passiva; 
2. O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 
3. O predicativo do Objeto direto da Ativa adquire as funções de Predicativo do Sujeito da passiva; 
4. Os verbo. auxiliares da Passiva (ser, estar, ficar), não são alterados da forma Ativa. 
5. O verbo da Ativa adquire a forma do Particípio na Passiva. 
 
Voz Ativa: Alice buscou as crianças. 
 
Voz Passiva: As crianças foram buscadas por Alice. 
 
Conversão da voz ativa em voz passiva sintética 
 
É observado na transformação da Voz ativa em Voz passiva sintética: 
 
• O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 
• O Predicativo do Objeto direto da ativa adquire as funções de Predicativo do sujeito da passiva; 
• Adiciona-se a partícula se ao verbo da Ativa que adquire as funções de Pronome Apassivador (ou 
Partícula Apassivadora). 
 
Por exemplo: Ganharam um delicioso bolo (Obj. Direto) de aniversário. (Ativa). 
Ganhou-se (P.A) um delicioso bolo (suj. paciente) de aniversário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
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AULA 4: MORFOLOGIA: RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES 
GRAMATICAIS 
 
1. PRONOMES 
 
 Os pronomes podem ser: 
 » substantivos: são aqueles que tomam o lugar do substantivo. Ex.: Ela era a mais animada da festa. 
 
» adjetivos: são aqueles que acompanham o adjetivo. Ex.: Minha bicicleta quebrou 
 
Classificação dos pronomes 
 O pronome pode ser de seis espécies: 
 » Pronome pessoal 
 » Pronome possessivo 
 » Pronome demonstrativo 
 » Pronome relativo 
 » Pronome indefinido 
 » Pronome interrogativo 
 
I. PRONOMES PESSOAIS 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. 
 
Pronomes retos: 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
 
Os pronomes oblíquos átonos é assim configurado: 
- 1ª pessoa do singular (eu): me 
- 2ª pessoa do singular (tu): te 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Observações: 
I. Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. 
II. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. 
III. O pronome lhe(s) funciona como objeto indireto. 
 
 
Os pronomes oblíquos tônicos são estes: 
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela 
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco 
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas 
 
Pronomes Pessoais de Tratamento 
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais 
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos 
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) 
altas autoridades e oficiais-
generais 
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades 
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas 
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores 
Vossa Santidade V. S. Papa 
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso 
Vossa Onipotência V. O. Deus 
 
Observações: 
 
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa(s)" são 
empregados em relação à pessoa com quem falamos. Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da 
pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser 
feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados 
em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. 
Por exemplo: 
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem 
reconhecidos. 
 
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido 
mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se 
começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, 
verbo na terceira pessoa. 
 
Por exemplo: 
 Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) 
 Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) 
 Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) 
 
1. MIM e TI 
 
Mim e ti, pronomes oblíquos tônicos, são usados com preposição antes. 
Ex.: Nunca houveamor entre mim e ti. 
 Trouxe um presente para ti. 
 Esse livro é para mim? 
 
2. EU e TU 
 
Eu e Tu funcionam como sujeitos do infinitivo, mesmo que venham precedidos de preposição. Nesse 
caso, a preposição se liga ao verbo, e não ao pronome. 
Ex.: Este livro é para eu ler / tu leres. 
 Não saia daqui sem eu permitir. 
 É para eu assistir / tu assistires a todo o filme. 
Observação 
 
Eu e Tu podem vir precedidos de palavras de inclusão ou de exclusão. 
Ex.: Todos passaram no vestibular, até eu. 
 Todos saíram no final de semana, exceto tu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
3. CONOSCO / COM NÓS - CONVOSCO / COM VÓS 
 As formas com nós e com vós são usadas quando vêm determinadas. Nos demais casos, usa-se 
conosco e convosco. 
Ex.: Você deseja ir com nós todos/mesmos/próprios/dois à praia? 
 Venha conosco à praia! 
 Desejo ir ao clube convosco. 
 
4. SI e CONSIGO 
 Ambos são pronomes reflexivos. Devem ser usados quando se referem ao sujeito. 
Ex.: Ele só pensa em si. 
 Encontrei-a conversando consigo mesma. 
 
5. Os pronomes O, A, OS, AS adquirem a forma LO, LA, LOS, LAS quando se ligam a verbos terminados 
em R, S ou Z. 
Ex.: vender + o / a(s) = vendê-lo(s) / la(s) 
 quisemos+ o / a(s) = quisemo-lo(s) / la(s) 
 fez + o / a(s) = fê-lo(s) / la(s) 
 
6. Os pronomes O, A, OS, AS adquirem a forma NO, NA, NOS, NAS quando se ligam a verbos que 
apresentam última sílaba nasal. 
Ex.: viram + o / a(s) = viram-no(s) / na(s) 
 põe + o / a(s) = põe-no(s) / na(s) 
 
7. Os pronomes LHE, LHES, ME, TE, NOS, VOS podem combinar-se com os pronomes O, A, OS, AS. 
Ex¹: - Você devolveu minha caneta? 
 - Sim, entreguei-lha há pouco tempo. 
 
Ex²: - Já deram me devolveste os livros? 
 - Sim, já tos entreguei. 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
1ª pessoa → esta(s), este(s), isto 
2ª pessoa → essa(s), esse(s), isso 
3ª pessoa → aquela, aquele, aquilo 
 
Observação: 
I. Mesmo (e suas variantes) e Próprio (e suas variantes) são pronomes demonstrativos reforçadores de 
identidade (identificam). Não existe o superlativo mesmíssima. 
 
II. O(s), a (s) são pronomes demonstrativos de 3ª pessoa quando equivalem a aquele(s), aquela(s) e 
aquilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
USO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
1. Em relação a tempo 
 
a) 1ª pessoa: presente 
Ex.: Neste século, a humanidade tem-se preocupado muito com o aquecimento global. 
 Neste ano de 2021, estamos aprendendo bastante. 
 
b) 2ª pessoa: passado próximo ou futuro. 
Ex.: Esse ano de 2020, apesar da pandemia, foi muito bom para mim. 
 Nesse ano de 2022, estudarei mais ainda para alcançar meus objetivos. 
 
c) 3ª pessoa: passado distante: 
Ex.: Naquela época (1827), já se falava em efeito estufa. 
 
2. Em relação a espaço 
 
a) 1ª pessoa: proximidade da pessoa que fala. 
Ex.: Este sapato que estou usando machuca bastante meus pés. 
 Está sala em que nos encontramos é muito confortável. 
 
b) 2ª pessoa: proximidade da pessoa que ouve. 
Ex.: Posso ver essa revista que você está lendo? 
 Essa tua saia é muito curta. 
 
c) 3ª pessoa: distância da pessoa que fala e que ouve. 
Ex.: Você conhece aquele rapaz que está passando do outro lado da rua? 
 Veja aquele avião que acabou de decolar: é o mais confortável que existe no Brasil. 
 
3. Em relação a elementos distribuídos no texto 
 
a) 1ª pessoa: para o que ainda vai ser mencionado. 
Ex.: Escute isto: juventude não é rebeldia. 
 
b) 2ª pessoa: para o que já foi mencionado. 
Ex.: Faça tudo isso que lhe pedi, por favor. 
 
Observação: 
 1. Num mesmo período, usa-se a 1ª pessoa para o termo mais próximo e a 3ª pessoa para o termo 
mais distante, a fim de estabelecer a diferença entre pessoas ou coisas citadas anteriormente. 
Ex.: Lima Barreto e José de Alencar são grandes nomes da literatura brasileira; este escreveu Iracema, e 
aquele, Os Bruzundangas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
Pronomes Relativos 
Pronome relativo é o termo que relaciona duas orações, substituindo, na oração de que faz parte, 
o termo que já apareceu na primeira oração. 
 
• Vi o garoto. O garoto estava concentrado na aula. 
 
 Na frase acima, o termo “o garoto” se repete de forma desnecessária. Para resolver essa 
situação, usamos um pronome relativo. 
 
• Vi o garoto, que estava concentrado na aula. 
 
Na frase anterior, o pronome relativo “que” foi empregado para manter a coesão textual, 
transformando dois períodos simples em um período composto por subordinação. 
 
Os pronomes relativos podem ser variáveis ou invariáveis. 
I) Pronomes relativos variáveis: cujo, o qual, quanto. 
II) Pronomes relativos invariáveis: que, onde, quem, como, quando. 
 
✓ O aluno que estuda passa. 
✓ Aquela era a ferramenta sem a qual não terminaria o serviço. 
✓ Esse é o político a quem mais admiro. 
✓ Não conheço a rua onde você mora. 
✓ Meu fichário, cujas páginas foram rasgadas, continha muitos segredos. 
✓ Tudo quanto você me disse era verdade. 
✓ A forma como você me olha me deixa envergonhado. 
✓ Chegou o tempo quando preciso tomar um rumo na vida. 
 
Observação: O pronome relativo que “às vezes”, vem precedido dos pronomes demonstrativos o, a, os, 
as. 
Ex.: “Há os que olham a mulher que passa com ânsias de estuprador...” (Airton Monte, Moça com flor 
na boca) 
 
 
2. SUBSTANTIVO 
 
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, 
pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
- lugares: Alemanha, Porto Alegre... / - sentimentos: raiva, amor... / -estados: alegria, tristeza... 
- qualidades: honestidade, sinceridade... / - ações: corrida, pescaria... 
 
I - Substantivos Comuns e Próprios 
* Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. 
 
* Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. 
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
 
II - Substantivos Concretos e Abstratos 
 
* Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. 
 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. 
 Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. 
 Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. 
 
* Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou 
existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza 
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a 
palavra beleza é um substantivo abstrato. 
 Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos 
quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez 
(qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). 
 
III - Substantivos Coletivos 
 
* Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto 
de seres da mesma espécie. Por exemplo: abelha - enxame; cortejo - séquito; alho - (quando 
entrelaçados) réstia; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertúlia; animal - (todos de uma 
região) fauna, tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou 
selvagens) alcateia; anjo - coro, falange, legião, teoria. 
 
IV - Substantivos Simples e Compostos 
 
* Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Por exemplo: tempo, sol, sofá, casa, 
cadeira, pincel, mesa, colégio. 
 
* Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Por exemplo: beija-flor,passatempo, girassol, corre-corre, couve-flor, tenente-coronel, luso-brasileiro. 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
V - Substantivos Primitivos e Derivados 
* Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua 
portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Outros 
exemplos: pedra e ferro. 
 
* Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. Por exemplo: ferragem, ferrugem, 
pedreira, pedrada. 
 
3. ARTIGO 
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira 
definida ou indefinida. 
 
Pode ser: 
a) definido: o, a, os as 
b) indefinidos: um, uma uns, umas 
 
✓ O professor chegou X Um professor chegou. 
✓ O filme começou X Um filme começou . 
 
4. ADJETIVO 
É a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado 
de um substantivo. 
✓ homem alto 
✓ mulher vaidosa 
✓ pessoa discreta 
 
Locução adjetiva 
Locução Adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. Ex: 
✓ aves da noite (aves noturnas) 
✓ paixão sem freio (paixão desenfreada). 
Adjetivo Gentílico ou Pátrio 
Adjetivo gentílico ou étnico refere-se a raça e a povo, indicando origem; o adjetivo pátrio se refere 
nomes de lugar (continentes, países, regiões, estado, cidade). 
• nação israelense 
• povo americano 
• estudante capixaba 
• jovem potiguar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
5. NUMERAL 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade 
aos seres ou os situa em determinada sequência. Ex: 
• Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. 
• Eu quero café duplo, e você? 
• A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! 
Emprego dos Numerais 
 
a) Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os 
ordinais até o décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: 
✓ Papa João Paulo II (segundo) 
✓ Século VIII (oitavo) 
✓ Canto IX (nono) 
✓ Luís XVI (dezesseis) 
 
b) Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: 
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) / Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 
 
6. PREPOSIÇÃO 
 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. 
 
Classificação das Preposições 
 
a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre. 
 
b) Acidentais: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante 
(= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por). 
 
7. ADVÉRBIO 
 
É uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio 
• Ele fala bem. 
• Ele fala muito bem. 
• Ela é muito esperta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
Classificação dos Advérbios 
 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, 
deveras, indubitavelmente. 
 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem 
sabe. 
 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. 
 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, 
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, 
extremamente, intensamente, grandemente, bem. 
 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, 
às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, 
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "mente": 
calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, 
escandalosamente, bondosamente, generosamente. 
 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. 
 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. 
 
 
 
 
8. INTERJEIÇÃO 
 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura 
agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário 
fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Ex: 
✓ Cuidado! 
✓ Devagar! 
✓ Calma! 
✓ Sentido! 
✓ Atenção! 
✓ Coragem! 
✓ Adiante! 
✓ Firme! 
✓ Cruzes! 
 
 
 
 
 
 
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CONCURSO PÚBLICO MANAUS 
 
 
 
 
 
9. CONJUNÇÃO 
 
Classe de palavra inviável que geralmente liga orações. Elas podem ser classificadas em 
COORDENATIVAS e SUBORDINATIVAS. 
 
A) COORDENATIVAS 
 Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS, 
CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS. 
 
I) ADITIVAS: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função, dando 
ideia de soma: e, nem [= e não] 
Ex. Meu pai trabalha no quartel e minha mãe cuida de casa. 
Aquele rapaz não estudava nem trabalhava. 
 
II) ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, 
uma ideia de contraste, oposição, advertência: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. 
 
Ex. Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta. 
 O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam. 
 A rodovia é bem sinalizada, no entanto é muito perigosa. 
 
III) ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando 
que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou..., ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, 
nem...nem, já...já, etc. 
Ex. Ou eu me retiro ou tu te afastas. 
Ora chorava ora sorria. 
 
IV) CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência: 
logo, pois (= portanto), portanto, por conseguinte, por isso, assim, então. 
Ex. Ele não é favorável à lei e à ordem; é, pois, um rebelde. 
 Aprova será difícil, portanto devemos estudar. 
 
V) EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira: que, 
porque, pois (= porque). 
Ex: Volte logo, pois já é tarde. 
 Choveu, porque as ruas estão alagadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B) SUBORDINATIVAS 
 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, 
introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. 
Veja o exemplo: 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
 
* O baile já tinha começado: oração principal 
* quando: conjunção subordinativa 
* ela chegou: oração subordinada 
 
 As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
 
I. Integrantes 
 Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da 
principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. 
 
Por exemplo: 
Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
 
II. Adverbiais 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da 
principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, 
que, como (= porque, no início da frase), visto que, uma vez que, porquanto, já que, etc. Por exemplo: 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressaideia contrária à da principal, sem, no entanto, 
impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais 
que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano, mesmo que todos me abandonem. 
 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da 
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, 
etc. Por exemplo: 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. 
São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc. Por exemplo: 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a 
principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
 
Por exemplo: 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à 
ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações 
quanto mais... (mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. 
 
Por exemplo: 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso 
na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, 
desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. 
 
Por exemplo: 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração 
principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do 
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. 
 
Por exemplo: 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é preguiçoso tal qual o irmão. 
 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte 
que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na 
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Por exemplo: 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
A dor era tamanha que a moça desmaiou. 
 
 
AULA 5: TERMOS DA ORAÇÃO: ESSENCIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRIOS 
 
Termos Essenciais da Oração 
 
Introdução 
 Chamamos de termos essenciais da oração aqueles compõem a estrutura básica da oração, ou 
seja, que são necessários para que a oração tenha significado. São eles: sujeito e predicado. 
 
 Encontramos diversas definições do que vem a ser sujeito, tais como: 
 Sujeito é o elemento do qual se diz alguma coisa. 
 Sujeito é o ser que pratica ou recebe a ação que o verbo expressa. 
 Já sobre predicado podemos dizer que é aquilo que se diz sobre o sujeito. 
 
SUJEITO 
 
Núcleo do Sujeito 
 É a palavra (substantivo ou pronome) que realmente indica a função sintática que está 
exercendo. 
Exemplo: O computador travou novamente. 
 A lâmpada está queimada. 
 Ela saiu cedo. 
 
 Tipos de Sujeito 
 O sujeito pode ser: 
 
DETERMINADO 
 O sujeito é determinado quando é facilmente apontado na oração e subdivide-se em: simples e 
composto. 
a) SIMPLES: quando possui um único núcleo. 
 O menino quebrou a janela. 
 Olga aprendeu a tocar violão. 
 
 b) COMPOSTO: apresenta dois ou mais núcleos. 
Joana e Dirceu cambaleavam pela rua. 
 O Windows e o Linux disputam o mercado de informática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INDETERMINADO 
 Quando não é possível determiná-lo na oração. 
 O sujeito indeterminado apresenta-se de duas maneiras: 
 
I) Verbo na 3ª pessoa do plural, sem a existência de outro elemento que exija essa flexão do verbo. 
 Comentaram que ele ganhará a eleição. 
 Falavam de futebol no ginásio. 
 
II) VTI+SE, VI+SE, VL+SE, VTD+SE na 3ª pessoa do singular 
 Precisa-se de costureiras. 
 Vive-se bem no Litoral. 
 Era-se feliz naquele tempo. 
 Ama-se a Deus. 
 
ORAÇÕES SEM SUJEITO 
 São orações constituídas apenas pelo predicado, pois a informação fornecida não se refere a 
nenhum sujeito. As principais são: 
(1) verbos que exprimem fenômenos da natureza: chover, trovejar, nevar, anoitecer, amanhecer, etc. 
 Exemplo: Choveu muito hoje pela manhã. 
 Nevou bastante durante o inverno. 
 
(2) o verbo HAVER no sentido de existir ou indicação de tempo transcorrido. 
 Exemplo: Houve sérios problemas na rede da empresa. 
 Há vários anos não viajamos juntos. 
 
(3) verbo FAZER, SER e ESTAR indicando tempo transcorrido ou tempo que indique fenômeno da 
natureza. 
 Exemplo: Faz duas semanas que não viajamos. 
 Está muito quente hoje. 
 Era noite quando ele chegou. 
 
Observações: 
(1) o verbo SER, impessoal, concorda com o predicativo, podendo aparecer na 3ª pessoa do plural. 
 Exemplo: São oito horas da manhã. 
 É uma hora da tarde. 
 
(2) os verbos que indicam fenômenos da natureza, quando usados em sentido conotativo (figurado) 
deixam de ser impessoais. 
 Exemplo: Amanheci indisposto. 
 Choveram reclamações sobre as operadoras de telefonia. 
 
(3) quando um pronome indefinido representa o sujeito, ele deve ser classificado como determinado. 
 Exemplo: Alguém pegou a minha borracha. 
 Ninguém ligou hoje. 
 
 
 
 
 
 
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PREDICADO 
 O predicado é aquilo que se comenta sobre o sujeito. 
 
TIPOS DE PREDICADO 
 Há três tipos de predicado: predicado nominal, predicado verbal e predicado verbo-nominal. 
 
Predicado Nominal 
 Expressa o estado do sujeito. O verbo é de ligação. 
 Exemplo: O dia continua quente. 
 Todos permaneciam apreensivos. 
 
Observação: o núcleo do predicado nominal é chamado predicativo do sujeito, pois atribui qualidade ou 
condição. 
 
Predicado Verbal 
 Expressa a ação praticada ou recebida pelo sujeito. 
 Exemplo: Os professores receberam o prêmio. 
 
Observação: o núcleo do predicado verbal é o verbo, pois sua mensagem principal é a ação praticada ou 
recebida pelo sujeito. 
 
Exemplo: Os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho. 
 
Predicado Verbo-Nominal 
 Informa a ação e o estado do sujeito. 
 Exemplo: Nós chegamos cansados. 
 
 
Cândida retornou feliz da viagem. 
 
Observação: o predicado verbo-nominal é constituído de dois núcleos – um verbo e um nome – porque 
fornece duas informações: ação e estado. 
 Exemplo: O comprador saiu da loja estressado. 
 A criança dormia tranquila. 
 
Termos Integrantes da Oração: Complementos Verbais, Complemento Nominal e Agente da Passiva 
 
Complementos Verbais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBJETO DIRETO 
 Termo não regido por preposição. Completa o sentido do verbo transitivo direto. 
 Exemplo: Eles esperavam o ônibus. 
 Ela vendia doces. 
 
 Um método bem prático para determinar

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