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BIOLOGIABIOLOGIA Corpo Humano Maria Luisa Corti l lazzi MARIA LUISA CORTILLAZZI 1 1 CONTEÚDO evolução ............................................................................... 3 Introdução ...................................................................... 3 Teorias .......................................................................... 3 Definição ..................................................................... 3 Fósseis .......................................................................... 3 Adaptação .................................................................. 3 Camuflagem .............................................................. 3 Aposematismo .......................................................... 3 Mimetismo Basetiano ........................................... 3 Mimetismo Milleriano ........................................... 3 Estruturas Homólogas......................................... 3 Abrangência Evolutiva ........................................ 3 Estruturas Análogas ............................................. 3 Evolução Convergente ........................................ 3 Citocromo C ............................................................... 3 Teorias Evolutivas ...................................................... 3 Lamarkismo ............................................................... 3 Darwinismo ................................................................ 4 Neodarwinismo ....................................................... 4 Fatores Evolutivos ..................................................... 4 Mutação ...................................................................... 4 Recombinação Genética ..................................... 5 Migração ..................................................................... 5 Deriva Genética ....................................................... 5 Seleção ............................................................................. 5 Genética ............................................................................... 6 Equilíbrio De Hardy-Weinberg ............................ 6 Pressupostos (População) .................................. 6 Explicações ................................................................ 6 Especiação ..................................................................... 6 Processos .................................................................... 6 Tipos .............................................................................. 6 Seleção Artificial ......................................................... 7 Tecidos Humanos ........................................................... 8 Tecido Epitelial ............................................................ 8 Tecidos Epiteliais De Revestimento .............. 8 Tecido Epitelial Glandular ................................. 8 Tecido Conjuntivo....................................................... 8 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito ......... 9 Tecido Adiposo ........................................................ 9 Tecido Cartilaginoso ............................................ 9 Tecido Ósseo ............................................................ 9 Tecido Sanguíneo .................................................. 9 Tecido Muscular ........................................................10 Tecido Muscular Estriado Esquelético .....10 Tecido Muscular Estriado Cardíaco ...........10 Tecido Muscular Liso Ou Não Estriado ....10 Tecido Nervoso ........................................................... 11 Sistemas Humanos ...................................................... 12 Sistema Cardiovascular ....................................... 12 Vasos Sanguíneos ............................................... 12 Coração ..................................................................... 12 Sistema Respiratório .............................................. 13 Cavidades Nasais ................................................. 13 Faringe ....................................................................... 13 Laringe ....................................................................... 13 Traqueia .................................................................... 13 Pulmões...................................................................... 13 Sistema Digestório ................................................... 14 Boca ............................................................................. 14 Faringe ....................................................................... 14 Esôfago ...................................................................... 15 Estômago .................................................................. 15 Intestino Delgado ................................................. 15 Intestino Grosso .....................................................16 Sistema Nervoso ........................................................16 Sistema Nervoso Central ..................................16 Sistema Nervoso Periférico.............................. 17 Sistema Nervoso Somático .............................. 17 Sistema Nervoso Autônomo ............................ 17 Sentidos Do Corpo Humano ...............................18 Visão .............................................................................18 Olfato ...........................................................................18 Paladar........................................................................18 Audição .......................................................................18 Tato ...............................................................................18 Sistema Endócrino ...................................................18 Hipófise.......................................................................18 Tireoide .......................................................................18 Paratireoides ...........................................................18 Timo ..............................................................................18 Suprarrenais ...........................................................18 Pâncreas ....................................................................18 Glândulas Sexuais ................................................19 Sistema Excretor........................................................19 Sistema Endócrino ...................................................19 MARIA LUISA CORTILLAZZI 2 2 Rins ............................................................................... 19 Ureteres .................................................................... 20 Bexiga Urinária ..................................................... 20 Uretra......................................................................... 20 Sistema Urinário ...................................................... 20 Rins .............................................................................. 20 Vias Urinárias ......................................................... 21 Sistema Reprodutor Feminino ........................... 21 Ovários ....................................................................... 21 Tubas Uterinas ...................................................... 21 Útero ............................................................................ 21 Vagina ........................................................................ 22 Sistema Esquelético ............................................... 22 Estrutura De Um Osso Longo ....................... 22 Esqueleto Axial ...................................................... 22 Esqueleto Apendicular ...................................... 23 Sistema Muscular ..................................................... 23 Sistema Imunológico ..............................................23 Células....................................................................... 24 Medula Óssea ....................................................... 24 Timo ............................................................................ 24 Linfonodos .............................................................. 24 Baço ............................................................................ 24 Tonsilas..................................................................... 24 Apêndice .................................................................. 24 Placas De Peyer .................................................... 24 MARIA LUISA CORTILLAZZI 3 3 EVOLUÇÃO INTRODUÇÃO TEORIAS Fixismo: imutáveis Evolucionismo: mutáveis DEFINIÇÃO Evolução: é a transformação dos seres vivos ao longo do tempo FÓSSEIS São restos ou vestígios de organismos que viveram em eras geológicas diferentes. As diferenças encontradas entre as espécies atuais e aquelas conhecidas por meio de registro fóssil sustentam a teoria que as espécies evoluem ao longo do tempo. ADAPTAÇÃO Corresponde a qualquer característica que confere maior sobrevivência ou maior sucesso reprodutivo. CAMUFLAGEM Um organismo apresenta um ou mais aspectos corporais que o tornam semelhante ao ambiente, dificultando sua visualização por espécies predadoras presentes no mesmo local. APOSEMATISMO Condução de animais venenosos apresentam coloração de advertência, que sinaliza os predadores. MIMETISMO BASETIANO Animais não venenosos que apresentam coloração aposemática por imitar espécies venenosas. MIMETISMO MILLERIANO Espécies igualmente tóxicas e/ou perigosas para o predador apresentam um compartilhamento evolutivo de semelhança. ESTRUTURAS HOMÓLOGAS Apresentam mesma origem embrionária, mas o predador apresenta um compartilhamento evolutivo de semelhanças. ABRANGÊNCIA EVOLUTIVA Estruturas homólogas não desempenham a mesma função, originam uma variedade de formas adaptativas. ESTRUTURAS ANÁLOGAS Estruturas semelhantes apenas na função. EVOLUÇÃO CONVERGENTE Organismos evolutivamente não tão próximos apresentam adaptações semelhantes a uma mesma condição ecológica. CITOCROMO C É uma proteína respiratória encontrada em todos os seres humanos. TEORIAS EVOLUTIVAS LAMARKISMO Lei do uso e desuso: a necessidade de adaptação imposta ao organismo por um ambiente dinâmico leva-o a realizar, por meio de esforços repetidos ou pela fala de utilização, o uso e desuso de determinadas partes do corpo. Lei da herança dos caracteres adquiridos: as características adquiridas por uso e desuso eram transmitidas aos descendentes, o que resultava em uma prole portadora de mudanças. Ambiente: mudança para a adaptação. MARIA LUISA CORTILLAZZI 4 4 DARWINISMO Seleção natural: os indivíduos mais bem adaptados sobrevivem, pois são os escolhidos pelo meio. As espécies são imutáveis – oposição ao fixismo; O agente evolutivo é o ambiente; Todas as espécies descendem de um ancestral comum. Seleção natural. População com mais filhotes; Filhotes variados; Luta pela sobrevivência. Ambiente: seleção dos mais adaptados. NEODARWINISMO Mutação: com o desenvolvimento dos trabalhos de Mendel sobre a genética, e a descoberta das mutações, as causas da variabilidade foram compreendidas. Tais mutações ocorrem na reprodução sexuada, durante a Lei da Segregação Independente e Permutação. Com isso, a seleção natural seleciona as melhores características, ocasionadas pela mutação/alteração no conjunto de genes que promovem uma variabilidade na população. FATORES EVOLUTIVOS Evolução é um processo no qual ocorrem mudanças nos seres vivos ao longo do tempo, levando frequentemente ao surgimento de novas espécies. Essas modificações são passadas para os descendentes, e é por isso que muitos definem evolução também como a descendência com modificação. MUTAÇÃO Mutações positivas: favorecem a sobrevivência; Mutações negativas: tendem a ser eliminadas; Mutações neutras: não alteram a sobrevivência; Fenótipo: manifestação visível au detectável. Genótipo: conjunto de genes; Mutações gênicas: ocorre alteração na sequência de nucleotídeos do DNA, podendo gerar novos alelos para os genes; Substituição: troca nos pares de bases nitrogenadas do DNA; Inserção: adição de bases; Deleção: remoção de bases. Mutações cromossômicas: ocorre alteração na estrutura ou no número de cromossomos, modificando a cariótipo do indivíduo, podendo ser: Estruturais: Deleção: remoção de um segmento cromossômico; Duplicação: formação de segmentos cromossômicos; Inversão: gira o segmento cromossômico; Translocação: recolocação do segmento em outro lugar. Numéricas: Aneuploidia: perda/ganho de cromossomos, devido erro. Exemplo: síndrome de Down; MARIA LUISA CORTILLAZZI 5 5 Euploidia: perda/ganho do conjunto completo de cromossomos. RECOMBINAÇÃO GENÉTICA Recombinação genética é a troca de genes entre duas moléculas de DNA, para formar novas combinações de genes. Assim como a mutação, a recombinação genética contribui para a diversidade genética de uma população, que é a fonte da variação evolutiva. MIGRAÇÃO O fluxo gênico, também chamado de migração gênica, é a atividade migratória que um determinado gene pode desempenhar ao longo de uma população. Como consequência, os alelos que migraram ao longo de uma população são transferidos entre os indivíduos, e passa a depender das frequências do gene nas duas populações. DERIVA GENÉTICA A deriva genética corresponde a uma drástica alteração casual de ordem natural, atingindo a concentração genotípica de uma ou várias espécies, não preliminarmente envolvendo fatores de seleção natural, mas ocasionada por eventos repentinos. SELEÇÃO Seleção é o processo decisório que indica quais animais de uma geração tornar-se-ão pais da próxima, e quantos filhos lhes serão permitido deixar. Em outras palavras, pode-se entender seleção como sendo a decisão de permitir que os melhores indivíduos de uma geração sejam pais da geração subsequente. Natural: é um dos principais pontos da teoria proposta por Charles Darwin. De acordo com a seleção natural, o organismo mais apto sobrevive e passa suas características aos descendentes, garantindo, portanto, que características vantajosas se fixem em uma população. Direcional: seleciona um dos fenótipos extremos e é responsável pela maioria das mudanças fenotípicas que ocorrem durante o processo evolutivo. Estabilizadora: seleciona os indivíduos com fenótipo intermediário, ou seja, mais próximo da média. Disruptiva: ocorre o favorecimento de dois extremos. Artificial: é aquela em que os indivíduos que irão se reproduzir foram escolhidos pelo homem, com base nas características que este considera importantes. Por ser orientada racionalmente, a seleção artificial pode imprimir na população maior progresso genético por unidade de tempo que a seleção natural. MARIA LUISA CORTILLAZZI 6 6 GENÉTICA Uma característica hereditária é aquela condicionada pelos genes do organismo. O conjunto dos genes de um indivíduo denomina-se GENÓTIPO. Uma população evolui quando indivíduos com diferentes genótipos sobrevivem ou se reproduzem em diferentes taxas EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG Segundo o princípio de Hardy- Weinberg, quando não há nenhum fator evolutivo atuando em uma população, a frequência dos alelos e dos genótipos permanece constante. PRESSUPOSTOS (POPULAÇÃO) Reprodução ao acaso; População grande, sem migração; Efeito das mutações é pequeno Seleção natural não afeto as alelos EXPLICAÇÕES A equação de Hardy explica porque os alelos dominantes substituem os alelos recessivos p²-2pq +q² =1 P(AA) P(Aa) fl(aa) = 1 Por que esse equilíbrio é importante? Porque sem ele seria impossível saber se existe algum fator evolutivo operando sobre dada população, ou seja, esse princípio funciona como um o padrão teórico de comparação com es padrões reais do variação gênica de uma população ESPECIAÇÃO Especiação é o termo usado para referir-se à divisão de uma linhagem que produz duas ou mais espécies diferentes. De uma maneira resumida, podemos dizer que se trata do processo de surgimento de uma nova espécie, e o evento crucial para que isso aconteça é o isolamento reprodutivo. PROCESSOS Isolamento geográfico: consiste na separação de uma população por uma barreira geográfica. Mutação: alterações nos ambientes que podem extinguir ou selecionar espécies. Seleção natural. Isolamento reprodutivo: incapacidade de espécies diferentes se cruzarem. Pré-zigótica: sem fecundação; Pós-zigótica: com fecundação. TIPOS Alopátrica: acontece quando duas populações de uma espécie são separadas por uma barreira geográfica. Essa barreira geográfica, que pode ser uma montanha, um deserto ou floresta, por exemplo, causa uma separação espacial (alopatria). Nesse caso, falamos que ocorreu um isolamento geográfico. Simpátrica: ocorre sem que haja separação geográfica. Nesse caso, duas populações de uma mesma espécie vivem em uma mesma área, mas não ocorre cruzamento entre as populações. É comum observar que alguma modificação genética impediu esse intercruzamento, gerando assim diferenças que levarão à especiação. É uma das especiações mais raras. Parapátrica: ocorre quando duas populações de uma mesma espécie se e ocupam diferenciam áreas contíguas, mas ecologicamente distintas. Por estarem em áreas de contato, é possível o intercruzamento, que acaba gerando híbridos. Essas áreas são chamadas de zona híbrida e acabam se tornando uma barreira ao fluxo gênico entre as espécies que estão se formando. MARIA LUISA CORTILLAZZI 7 7 SELEÇÃO ARTIFICIAL A seleção artificial consiste em cruzamentos seletivos, realizados pelos seres humanos, com o intuito de selecionar características fenotípicas desejáveis. Este processo também é uma forma de testar a evolução experimentalmente. O problema da seleção artificial é o fato desta ser imposta pelo homem, contribuindo para a perda da biodiversidade, ocasionando o fenômeno “erosão genética”. Importância: obtenção de características desejáveis, melhoramento genético. Endocruzamento: cruzamento de indivíduos com grau de parentesco próximo. MARIA LUISA CORTILLAZZI 8 8 TECIDOS HUMANOS TECIDO EPITELIAL O tecido epitelial atua no revestimento de estruturas do corpo e na absorção e excreção de substâncias, além da secreção de importantes produtos. Células justapostas; Pouca matriz extracelular; Presença de membrana basal; Não apresenta vasos sanguíneos. O epitélio pode ser classificado em dois grandes grupos: epitélio de revestimento e epitélio glandular. Essa classificação baseia- se na função de cada um dos tecidos, ou seja, a função de revestimento e de produção de substâncias. TECIDOS EPITELIAIS DE REVESTIMENTO Pavimentoso simples: uma camada de células achatadas; Cúbico simples: uma camada de células redondas; Colunar simples: uma camada de células ovais; Pavimentoso estratificado: mais de uma camada de células achatadas; Cúbico estratificado: mais de uma camada de células redondas; Colunar estratificado: mais de uma camada de células ovais. TECIDO EPITELIAL GLANDULAR O tecido epitelial glandular é responsável por formar as glândulas, as quais podem ser classificadas em exócrinas e endócrinas. As glândulas exócrinas eliminam sua secreção na superfície do corpo ou em cavidades, e as endócrinas liberam sua secreção diretamente no sangue. TECIDO CONJUNTIVO Grande quantidade de matriz extracelular; Grande variedade de células. Sua função é variada, relacionando-se, por exemplo, com o preenchimento, armazenamento de gordura, cicatrização, defesa do organismo, transporte de substâncias e sustentação. MARIA LUISA CORTILLAZZI 9 9 TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO TECIDO ADIPOSO Composto de células adiposas que acumulam gordura (adipócitos), esse tipo de tecido tem como principal função o isolamento térmico do corpo, sendo assim, o maior depósito corporal de energia. A partir disso, basta notar que uma pessoa magra sente mais frio que uma pessoa gorda, uma vez que esta possui mais tecido adiposo que a outra (magra). TECIDO CARTILAGINOSO Possui consistência firme, contudo flexível; sua função é de sustentação e revestimento, por exemplo, a orelha, o nariz, a traqueia. Além disso, a cartilagem amortece o impacto dos movimentos na coluna vertebral. TECIDO ÓSSEO Tecido rígido, rico em sais minerais, cálcio e colágeno o que torna os ossos rígidos e resistentes. Além disso, é inervado e irrigado por sangue, sendo sua principal função a sustentação do corpo, uma vez que compõe o esqueleto humano. TECIDO SANGUÍNEO MARIA LUISA CORTILLAZZI 10 10 Formado por diversos tipos de células, esse tecido possui as funções de defesa do organismo e transporte de nutrientes. Vale lembrar que o sangue é um tecido líquido, composto de hemácias, leucócitos, plaquetas e plasma. TECIDO MUSCULAR Células alongadas com capacidade de contração. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO Os músculos estriados esqueléticos estão ligados ao esqueleto e possuem contração voluntária. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO O músculo estriado cardíaco está presente no coração e apresenta contração involuntária. TECIDO MUSCULAR LISO OU NÃO ESTRIADO O músculo não estriado é encontrado na parede de alguns órgãos ocos, tais como o MARIA LUISA CORTILLAZZI 11 11 útero e a bexiga, e sua contração é involuntária. TECIDO NERVOSO O tecido nervoso forma uma grande rede no organismo, permitindo a comunicação entre todas as partes do corpo. É por meio desse tecido que se torna possível a percepção do meio interno e do meio externo. O tecido nervoso possui dois principais componentes: os neurônios e as chamadas células da glia. MARIA LUISA CORTILLAZZI 12 12 SISTEMAS HUMANOS SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide. O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue. VASOS SANGUÍNEOS Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares. ARTÉRIAS As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo. VEIAS As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração. VASOS CAPILARES Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistemacardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias. CORAÇÃO O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo. É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração. O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos MARIA LUISA CORTILLAZZI 13 13 (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios. SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células. Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. Suas principais funções são: Troca gasosa; Equilíbrio ácido-base; Produção de sons; Defesa pulmonar CAVIDADES NASAIS As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe. A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz. FARINGE A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório. LARINGE A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais. TRAQUEIA A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta. PULMÕES MARIA LUISA CORTILLAZZI 14 14 O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na caixa torácica. Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração. Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares. Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares. SISTEMA DIGESTÓRIO A ação desses órgãos está relacionada ao processo de transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes. Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos. O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em duas partes. Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), antes conhecido como tubo digestivo. Ele se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde aos órgãos anexos. BOCA A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares. Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua. Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o transformando em moléculas menores de maltose. FARINGE A faringe é o órgão que faz a ligação entre o sistema digestório e o sistema respiratório Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório. No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. MARIA LUISA CORTILLAZZI 15 15 A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de comunicação com a laringe. ESÔFAGO O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo. É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago. ESTÔMAGO O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das proteínas. O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico. A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica). A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina. INTESTINO DELGADO O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal. Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas. Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal. Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo. Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso. MARIA LUISA CORTILLAZZI 16 16 INTESTINO GROSSO É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos. Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto. No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto. O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes. Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretammuco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação. SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo. É formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". SISTEMA NERVOSO CENTRAL O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges. ENCÉFALO O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico; CÉREBRO É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. CEREBELO Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso. TRONCO ENCEFÁLICO Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. MARIA LUISA CORTILLAZZI 17 17 MEDULA ESPINHAL A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos). SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos. Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço. Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas. SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO Regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento. MARIA LUISA CORTILLAZZI 18 18 SENTIDOS DO CORPO HUMANO VISÃO Os olhos são os órgãos responsáveis pelo sentido da visão, uma vez que eles visualizam o objeto e mandam a mensagem para o cérebro que faz a decodificação, interpretando-a. OLFATO O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato, ou seja, a propriedade de sentir o cheiro ou odor das coisas. Dessa maneira, o nariz capta os odores e envia a mensagem para o cérebro, que processa as informações. PALADAR A língua é o órgão responsável pelo sentido do paladar, uma vez que capta e distingui o sabor dos alimentos (salgado, doce, azedo, amargo), além das sensações de quente e frio. Assim, as papilas gustativas decodificam o sabor e enviam as informações para o cérebro. AUDIÇÃO Os ouvidos são os órgãos responsáveis pela audição, na medida em que detectam os sons, ruídos e barulhos do exterior, e enviam essas mensagens para o cérebro, que as interpreta. TATO O tato é caracterizado pela sensação do toque e, por isso, está relacionado com o contato com a pele, através dos neurônios sensoriais responsáveis por enviarem as mensagens para o cérebro. Embora esteja muitas vezes relacionadas com as mãos, esse sentido humano envolve qualquer tipo de sensação experimentada pela pele, seja pelos pés, barriga, pernas, dentre outros. SISTEMA ENDÓCRINO O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos- alvo sobre os quais atuam. HIPÓFISE A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais. TIREOIDE A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco. PARATIREOIDES As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. TIMO O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. SUPRARRENAIS As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. PÂNCREAS O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão. MARIA LUISA CORTILLAZZI 19 19 A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio. GLÂNDULAS SEXUAIS As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente. Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc. SISTEMA EXCRETOR O sistema excretor tem a função de eliminar os resíduos das reações químicas que ocorrem dentro das células, no processo de metabolismo. A eliminação de substâncias prejudiciais ou que estão em excesso em nosso corpo é chamada de excreção, processo que permite o equilíbrio interno do nosso organismo. Os produtos da excreção são denominados "excretas", que são lançadas das células para o líquido que as banha (líquido intersticial), e daí são passadas para a linfa e para o sangue. No processo de degradação de glicídios e lipídeos são produzidos gás carbônico e água. As proteínas também são metabolizadas, e do seu metabolismo resultam substâncias prejudiciais ao organismo entre elas, o gás carbônico e os produtos nitrogenados, como a amônia, a ureia e o ácido úrico. Há também a água e os sais minerais, com destaque para o cloreto de sódio (o principal componente do sal de cozinha). Para eliminar essas substâncias, a excreção é realizada através da urina, da respiração e do suor. Entenda, na sequência, como é feita a excreção desses resíduos. A excreção através da urina inicia em um processo realizado pelos rins. Eles funcionam como um filtro que retém as impurezas do sangue e o deixa em condições de circular pelo organismo. Os rins participamdo controle das concentrações plásmicas de íons, como sódio, potássio, bicarbonato, cálcio e cloretos. De acordo com as concentrações no sangue, esses íons podem ser eliminados em maior ou menor quantidade na urina, através do sistema urinário. As principais substâncias que formam a urina são ureia, ácido úrico e amônia. SISTEMA ENDÓCRINO RINS Os rins são órgãos do sistema urinário, porém que atuam diretamente na eliminação de resíduos que resultam da ação do metabolismo do organismo. Considerando as substâncias eliminadas pelos rins destacam-se a ureia, a MARIA LUISA CORTILLAZZI 20 20 creatina e toxinas do sangue.Além dessa função, ele também atua na regulação do volume de líquidos do organismo e no controle da pressão arterial sanguínea. NÉFRONS Os néfrons são estruturas presentes nos rins e que tem como principal ação a formação da urina. Ele filtra os elementos do plasma sanguíneo para então eliminar na urina. URETERES O ureter é um tubo que liga o rim à bexiga, ou seja, ele transporta a urina dos rins para a bexiga, sendo um ureter para cada rim. Ele é um dos elementos do sistema urinário e que auxiliam na excreção das substâncias indesejadas. Para desempenhar sua função, ele realiza movimentos peristálticos que auxiliam a condução da urina até a bexiga. Para isso, sua parede é formada por três camadas diferentes, sendo estas formadas por uma camada mucosa, uma muscular e outra adventícia. BEXIGA URINÁRIA A bexiga urinária é o órgão responsável por armazenar a urina produzida pelos rins e transportada pelos ureteres. Além do armazenamento é ela quem elimina a urina. URETRA A uretra é o canal responsável por conduzir o caminho da urina para fora do corpo. Ela está ligada à bexiga urinária. Nos homens a uretra termina no pênis, já nas mulheres termina na vulva. SISTEMA URINÁRIO O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. RINS Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada. Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal. Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal. MARIA LUISA CORTILLAZZI 21 21 Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron. VIAS URINÁRIAS As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra. BEXIGA URINÁRIA Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar. Na parte inferior da bexiga, encontra- se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro. URETERES São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga. URETRA Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO O Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o sistema responsável pela reprodução humana. Ele cumpre diversos papéis importantes: Produz os gametas femininos (óvulos); Fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação; Permite a implantação de embrião; Oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento; Executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele completa sua formação. OVÁRIOS A ovulação é o momento que o ovário liberar os óvulos produzidos Os ovários são dois órgãos de forma oval que medem de 3 a 4 cm de comprimento. Eles são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais da mulher, o progesterona e o estrogênio. Nos ovários também são armazenadas as células sexuais femininas, os óvulos. TUBAS UTERINAS A tuba uterina representa o caminho percorrido pelo óvulo fecundado até chegar no útero Se o óvulo for fecundado por um espermatozoide, forma-se uma célula-ovo ou zigoto, que se encaminha para o útero, local onde se fixa e desenvolve, originando um novo ser. ÚTERO O útero é o órgão que acomoda o embrião O útero é um órgão muscular oco de grande elasticidade, do tamanho e forma semelhante a uma pera. Sua principal função é acomodar o feto até o nascimento do bebê. Na gravidez ele se expande, acomodando o embrião que se desenvolve até o nascimento. A mucosa uterina é chamada de endométrio, que passa por um processo de MARIA LUISA CORTILLAZZI 22 22 descamação durante o período da menstruação. VAGINA A vagina é o órgão que desenvolve diversas funções no sistema reprodutor feminino A vagina é o órgão sexual feminino e atua como o canal que faz a comunicação do útero com o meio excretor. Ela possui aproximadamente 8 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. SISTEMA ESQUELÉTICO O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura. ESTRUTURA DE UM OSSO LONGO A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo), além do tecido nervoso. ESQUELETO AXIAL Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do corpo. CRÂNIO E OSSOS DA FACE Os ossos do crânio têm a função de proteger o cérebroA cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do sentido. COLUNA VERTEBRAL MARIA LUISA CORTILLAZZI 23 23 A coluna vertebral é constituída por diversas vértebras A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecemos choques durante os movimentos. Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas. Veja no quadro abaixo como elas estão agrupadas: TÓRAX O tórax possui flexibilidade que ajuda no processo de respiração O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior. ESQUELETO APENDICULAR O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem aos ossos dos membros superiores e inferiores. Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações. CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro). MEMBROS SUPERIORES Os membros superiores correspondem aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso mais longo do braço. Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e com a ulna, osso chato e bem fino. CINTURA PÉLVICA A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. MEMBROS INFERIORES Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para isso, eles têm de suportar SISTEMA MUSCULAR O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano. Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função de permitir a contração e produção de movimentos. As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que se encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação solicitada. SISTEMA IMUNOLÓGICO O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de elementos existentes no corpo humano. Esses elementos interagem entre si e têm como objetivo defender o corpo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros. O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou uma barreira que nos protege de seres indesejáveis, os antígenos, que tentam invadir o nosso corpo. Assim, representa a defesa do corpo humano. O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta imune. Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a adquirida, adaptativa ou específica. Conheça MARIA LUISA CORTILLAZZI 24 24 sobre cada tipo de resposta imune nas explicações abaixo. A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas. CÉLULAS As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos. LEUCÓCITOS Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e linfonodos. Eles têm a função de produzir anticorpos para proteger o organismo contra os patógenos. Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo. São leucócitos: Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem. Eosinófilos: agem contra parasitas. Basófilos: relacionado com as alergias. Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos. Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos. LINFÓCITOS Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo reconhecimento e destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus. Existem os linfócitos B e linfócitos T. MACRÓFAGOS Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar partículas, como restos celulares, ou microrganismos. Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária. MEDULA ÓSSEA Tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos elementos figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas. TIMO Glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função é o promover o desenvolvimento dos linfócitos T. LINFONODOS Pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa. BAÇO Filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas. TONSILAS Constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos. APÊNDICE Pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos. PLACAS DE PEYER Acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino. OBS: os resumos sobre os sistemas do corpo humano são partes dos resumos da professora de biologia Juliana Diana - Professora de Biologia e Doutora em Gestão do Conhecimento. Todos os resumos desta completos, encontram-se no seguinte link: https://www.todamateria.com.br/sistemas-do-corpo- humano/ https://www.todamateria.com.br/sistemas-do-corpo-humano/ https://www.todamateria.com.br/sistemas-do-corpo-humano/