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Panleucopenia felina

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PANLEUCOPENIA FELINA 
O VÍRUS 
O vírus: Parvoviridae, do significado “pequeno, 
insignificante”. Há mais de 50 diferentes vírus, 
mas são espécie específica. Gostam de células de 
alta replicação, mas dependem de receptores para 
entrar e replicar. 
Em 1940, foi descoberto o vírus em gatos (VPF) 
e depois foi descoberto em cães (VPC), mas sem 
grandes alterações. Em 1970, descobriram a 
especificidade dos vírus com a espécie. Nesta 
mesma época, foram evidenciados sintomas em 
cães. Em 1978-1984, acharam mutações do VPC, 
que agora afetam os gatos (VPC2a e VPC2b). Por 
isso, não colocamos gatos na mesma internação 
que cães com parvovirose. Com as variantes 
caninas, gatos eliminam menos, porém duram 
mais no ambiente. 
VPF é o mais patogênico de todos, 90-95% de 
casos. VPC2A e VPC2b representa poucos casos. 
Pode ficar um ano no ambiente com matéria 
orgânica, 5-10 meses em material fecal. 
Permanece viável em temperaturas baixas e 
resiste a temperatura de 56}c por ate 30 minutos. 
Sobrevive a álcool 70%, iodo e amônia 
quaternária. Calor e ar seco ou redução da 
matéria orgânica diminuem viabilidade. 
Inativado por hipoclorito de sódio 5,25%, 
formaldeído 4% e 90ºc por 10 minutos. 
FATOR DE RISCO 
• Alta densidade populacional 
o Colônia (mais de 5 gatos) 
o Abrigos 
o Acumuladores 
• Pouca limpeza 
o Vírus fica muito no ambiente 
• Contato com cães 
• Imunossuprimidos 
• Não ser vacinado 
TRANSMISSÃO 
• Saliva 
o Comedouros 
o Bebedouros 
o Gaiolas 
• Vetores 
o Moscas que entram em contato 
com a saliva, por exemplo, 
levam para outros animais 
• Urina 
• Fezes (replicação alta) 
Infecção oronasal que circulam pela orofaringe 
entre 12-24 horas, onde é definido se será 
replicado pelo sistema imune ou continuará a 
replicação. Não ser filhote, ter uma boa 
imunidade, não ter doenças como FIV e FELV, 
ajudam. São levados pelos macrófagos e 
“passeiam” pelo corpo por 7 dias, levando a uma 
viremia (vírus no sangue). Pode ter tentativa de 
resposta do sistema imune nesta fase e, apesar de 
não se contaminar ainda, pode eliminar o vírus 
no ambiente. 
O vírus tem atração para o jejuno e o íleo, onde 
começamos os primeiros sinais clínicos. Há 
perda das criptas intestinais pela alta taxa de 
replicação. Vai ter baixa absorção de nutrientes, 
diarreia e outras alterações. 
 
 
 
 
 
É possível sentir na palpação, sempre com 
delicadeza pois há dor. 
Como as células das criptas morre, perde-se a 
proteção da região, então há translocação 
bacteriana, em especial da Clostridium e 
Salmonela, podendo gerar Sepse (muto comum) 
ou Coagulação Intravascular Disseminada 
(CID). O vírus pode ir para a medula óssea 
 
 
também, pois tem alta replicação. Assim 
chegamos na panleucopenia, onde todos o 
hemograma está muto abaixo da referência. 
Em gestantes: 
• no primeiro terço 
o infertilidade 
o morte fetal 
o reabsorção 
• 2º terço 
o Aborto 
o Mumificação fetal 
o Piometra 
• 3º terço 
o Hipoplasia cerebelar 
▪ Mais importante 
▪ Desequilíbrio 
▪ Base ampla e 
posicionamento 
anormal da cauda 
▪ Tremor de intenção – 
tem intenção de 
comer, mas não 
consegue ter o 
movimento fino, por 
exemplo 
▪ Hipermetria – 
passoas mal 
calculados, passos 
maiores 
▪ 
o Atrofia do nervo óptico 
▪ cego 
o Retinopatia 
o Hidrancefalia 
▪ Alteração em 
hemisférios cerebrais 
• Até 9 semanas de vida 
o Lesão em cerebelo 
▪ Leva até 3-4 meses 
para se desenvolver 
SINAIS CLÍNICOS 
Doença clinica é muito menos comum que a 
infecção, então mais fácil a doença ser lidada 
como sistema imune. É muito mais fácil 
encontrarmos os anticorpos. Ao existir, 90% leva 
ao óbito, em geral filhotes de 3-5 meses. Morte 
súbita em recém nascidos ou até 12h pós posto. 
Choque séptico, desidratação, hipotermia e 
coma, parece envenenamento em recém 
nascidos. Os que sobrevivem por mais de 5 dias 
tendem a sobreviver. 
• Febre de 40-41,6 
• Depressão 
• Anorexia de 3-4 dias 
• Vômitos tingidos de sangue 
• Desidratação 
o Sinal: cabeça na vasilha de 
água 
o Extrema 
 
• Diarreia RARA (14%), somente 
quando está no fim da doença 
• Palpaçaõ abdominal com doe a alças 
espessadas 
• Pode haver ulceração oral 
• Ictericia como complicantes 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico presuntivo: “acho que”. 
As alterações clínicas são importantes, assim 
como, alterações laboratoriais, histórico (super 
população, sem domiciliado, contato com cães, 
pet shop), idade (filhotes),estado imune, contato 
com gatos. 
Diagnósticos diferenciais: 
• Septicemia bacteriana aguda 
(salmonelose) 
• Intoxicação 
• Parasitismo intestinal maciço 
• FELV 
• Linfoma (intestinal) 
 
 
• Corpo estranho (perfurante) 
• Toxoplasmose aguda 
Como descobrir o agente: isolamento viral é 
realizado somente com estudos em faculdade 
praticamente, no Brasil quase não há. Sorologia 
não diferencia da vacina ou contato prévio. No 
PCR o antígeno tem que estar na amostra (urina, 
fezes, saliva), porém pode ter a possibilidade de 
ser falso negativo, pois pode não haver tanto do 
agente na amostra. O PCR também pode estar 
identificando o vírus da vacina atenuada. O 
SNAP canino pode detectar a vacina até 2 
semanas (dando um falso positivo) depois e o 
teste não e específico também, até que rola fazer. 
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS 
Anemia 
• Rara pela vida mais longa das 
hemácias 
• Se houver hematoquezia, ai sim 
teremos 
• Pode ser persistente, diferencial: FELV 
Leucócitos totais 
• Grave: 50 a 3000 células 
• Branda 3000 a 7000 células 
A Pancelucopenia não e patognomonica. 
Neutrófilos 
• No Início, neutropenia > migração para 
o intestino por estar o foco da infecção 
ali, então talvez não tenhamos tanto no 
sangue 
• Depois por supressão da medula > 
neutropenia 
• Na recuperação > neutrofilia com 
desvio a esquerda 
Linfopenia 
• Não relacionada a gravidade 
• Trombocitopenia 
• Correlacionada a supressão grave de 
medula 
• CID 
 
 
ALT e AST 
• Comprometimento hepático, 
geralmente de leve a moderada 
• Raramente ocorre icterícia 
Azotemia pré-renal 
• Desidratação grave 
Hipoalbuminemia 
• Perdas pelo TGI 
• Falta de ingestão 
• Relacionada a pior prognóstico: reduz 
perfusão em capilares 
Hipopotassemia 
• Relacionada a anorexia, vomito, perda 
intestinal, fluido 
• Pior prognostico 
TRATAMENTO 
Suporte e emergencial e bons cuidados de 
enfermagem, pois estresse está correlacionado a 
baixa de imunidade. Internação cat friendly. 
Isolamento e cuidados de higiene. 
Os objetivos são: 
1. Restaurar e manter equilíbrio hídrico, 
acidobásico e eletrolítico 
a. De acordo com a desidratação 
+ perdas + compatível com a 
idade 
b. Potássio pode entrar por 
alimentação ou fluido – 
cuidado 
c. Hipoproteinemia + anemia = 
transfusão ou plasma/coloide 
2. Minimizar as perdas continuas de TGI e 
propiciar recuperação 
a. Tratamento correto do vomito 
i. Metoclopramida (0,2 
a 0,4mg/kg ou 
infusão contínua). 
Plasil, auxilia o 
estomago a ficar 
menos cheio, pois 
auxilia na motilidade. 
ii. Ondansetrona (0,2 a 
1mg/kg BID ou TID). 
Estudos novos dizem 
 
 
sobre sobrevida de 4 
horas. Compete com 
receptor com 
tramadol. 
iii. Maropitant (1mg/kg 
SID SC), cerenia, 
analgésica 
b. COMER!!! 
i. Soro colorido e doce 
NÃO ALIMENTA! 
As células presentes 
no trato intestinal 
(enterócitos e 
colonócitos) 
precisam da 
passagem da comida 
para que se nutram. 
ii. Doentes e estressados 
fazem hiperglicemia, 
se associa com 
glicose só piora 
iii. Se não come, rever 
enjoo. Alimentação 
forçada faz com que 
ele se recuse mais a 
comer. Pensar em 
nasogástrica e sonda 
esofágica. 
iv. É preferível uma 
dieta altamente 
digerível, mas se o 
gato não o aceita, 
qualquer dieta é 
melhor do que a 
nenhuma ingestão de 
alimentos 
v. Diazepam dá necrose 
aguda hepática, não 
usar para estimular 
apetite.3. Evitar infecções secundárias 
a. Prevenção da sepse 
b. Antibioticoterapia para gram-
negativas e anaeróbicas 
i. Levar em conta 
potenciais efeitos 
colaterais 
ii. Infusão contínua 
somente com bomba 
de infusão e somente 
em capacidade de 
intensivismo 
INTERFERON OMEGA RECOMBINANTE 
FELINO 
Imunomodulador não disponível no Brasil, 
porém te resposta na diminuição da carga viral e 
da replicação dos vírus, dando uma chance do 
sistema do animal conseguir responder. 
Há estudos que apontam que tem resposta em 
parvovírus em cães. 
FILGRASTIN 
Estimulador de colônias de granulócitos, útil em 
neutropenias. Nas panleucopenias não há 
resultados positivos e até contraindicado, pois se 
estimula a medula, também estimula o aumento 
da carga viral. 
TRATAMENTO 
Resposta positiva em 24 a 48 horas e recuperação 
hematológica em 1 a 6 do início do tratamento. 
Melhora dos sinais clínicos em 6-7 dias. 
VACINAÇÃO E PREVENÇÃO 
Todos os gatos devem ser VACINADOS. 
Prevenção é a chave nesta doença tão 
importante.

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