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- Hermenegildo Osvaldo Chitumba - Ardaia Tomás PARASITOLOGIA MÉDICA UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS FACULDADE DE MEDICINA HUAMBO HUAMBO, 12/10/2021 Sumário: ❑ Parasitologia (introdução) ❑ Ramos da parasitologia ❑ Associações biológicas ❑ Hospedeiro ❑ Ciclo evolutivo ou biológico ❑ Classificação taxonómica ❑ Processo infecioso parasitário ❑ Fontes de infecção parasitárias ❑ Reservatórios e vectores ❑ Portas de entrada dos parasitas no hospedeiro ❑ Adaptação parasitária ❑ Reprodução parasitária TEMA 1 – PARASITOLOGIA GENERALIDADE (PARTE 1) Primeiro transplante de coração humano. 3 de dezembro de 1967, o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard paciente só sobreviveu 18 dias, morrendo de infecção 1. Conhecer os ramos da Parasitologia médica. 2. Conhecer as formas de reprodução parasitárias 3. Dominar aspectos gerais relacionados com a parasitologia OBJECTIVOS ❑ Dentre as enfermidades infecciosas, as produzidas por parasitas constituem um importante problema de saúde pública. Pois, muitos estão envolvidos entre as principais causas de morbi-mortalidade fundamentalmente em África e Ásia. ❑ As parasitoses afectam a milhões de pessoas, prejudicando o desenvolvimento económico das nações e estão estreitamente vinculadas com a pobreza e com os sectores sociais mais desfavorecidos. ❑ Nos países desenvolidos estão sendo reconhecidas com uma frequência cada vez maior. O controlo das parasitoses é um dos objectivos prioritários da OMS. O 1⁄4 apresenta afecção parasitária segundo OMS PARASITOLOGIA (INTRODUÇÃO) ENFERMEDADE QUANTIDADE DE INFECTADOS • Toxoplasmose________1 000 000 000 - 2 000 000 000 • Ascariose____________1 000 000 000 • Ancilostomídeos______800 000 000- 900 000 000 • Amebíase____________200 000 000- 400 000 000 • Esquistosomose_______200 000 000- 300 000 000 • Malária (paludismo)____200 000 000 - 300 000 000 • Filariose_____________ 250 000 000 • Giardiose____________ 200 000 000 • Oxiurose_____________ 60 000 000 -100 000 000 • Estrongiloidose________50 000 000 - 80 000 000 • Dracunculose__________ 20 000 000 - 40 000 000 • Tripanosomose_________ 15 000 000 - 20 000 000 • Leishmaniose__________1 000 000 - 2 000 000 Paras. introdução CONT. Assim sendo, torna-se imprescindível para o médico de assistência o conhecimento da morfología e ciclo evolutivo dos parasitas, com o objectivo de chegar a um correcto diagnóstico e estabelecer as medidas necessárias para o controlo dos mesmos. Prevalência mundial estimada das infecções parasitárias ❑ A parasitología é a parte da biología que estuda os fenómenos de dependência entre os seres vivos. ❑ Qualquer organismo, desde um vírus (parasitário por definição), à planta o animal mais complexo podem ser parasitas. Portanto, o campo da parasitología médica está circunscrito ao estudo de: ✓ Protozoários, ✓ Helmintos ✓ e Artrópodes que afectam ao homem. Paras. introdução CONT. 1. Protozoología (Filos): • Sarcomastigophora, • Apicomplexa, • Ciliophora • Microspora. RAMOS DA PARASITOLOGIA 2. Helmintología (Filos): a) Nemathelminthes - Nematelmintos b) Platyhelminthes - Platelmintos, compreende: • Classe Cestoda e • Classe Trematoda. 3. Artropodología : a) Artropoda compreende: • Classe Insecta, • Classe Arachnida • Crustácea. ASSOCIAÇÕES BIOLÓGICAS ❑Parasitismo ❑Comensalismo ❑Mutualismo ❑Inquilinismo ❑Simbiose ASSOCIAÇÕES BIOLÓGICAS ❑ Hóspede ou hospedeiro: são aqueles seres (vertebrados e invertebrados) implicados no ciclo evolutivo dos parásitas aos quais o recebem ou alojam; é o organismo que recebe ao parasita. ❑ Hospedeiro definitivo (HD): é o que alberga a forma adulta do parasita no qual reproduz-se sexualmente. Ex: o homem é o HD d Ascaris lumbricóides. ❑ Hospedeiro intermediário (HI): é o que alberga as formas larvais em desenvolvimento no qual se reproduzem de maneira assexual. Por ex., caracóis do género Lymnaea são HI da Fascíola hepática. -ACTIVO - Quando inocula o parásita a um novo hospedeiro. -PASSIVO - apenas serve de albergue provisório a uma larva em tránsito. HOSPEDEIRO ❑ Hospedeiro accidental (HA): É aquele que não está envolvido no ciclo natural de uma parasitose. ❑ Hospedeiro paraténico ou de transporte (HP): É o hospedeiro acidental no qual o parasita não evoluciona, ou seja não continua com o seu ciclo habitual, portanto pode sobreviver alojado nos tecidos. Ex: o homem como hospedero paraténico de larvas de moscas; os peixes são HP de Gnathostoma spinigerum. ❑ Hospedeiro habitual (HH): É o que regularmente e de maneira habitual, aloja um parasita determinado. ❑ Hospedeiro vicariante (HV): É o que, em condições especiais, na ausência do hospedeiro habitual serve de hospedeiro a um dado parasita. Hospedeiro CONT. ❑ Ciclo evolutivo é o conjunto de processos, transformações ou estádios que realiza um parasita para chegar ao hospedeiro, desenvolver-se e nele produzir formas infectantes que assegurem a sobrevivencia da propia espécie. O ciclo de vida mais simples é o que permite aos parasitas dividirem-se no interior de seu hospedeiro, aumentar seu número, e ao mesmo tempo, produzir formas que saiam ao exterior para infectar outros novos hospedeiros. Este ciclo existe principalmente nos protozoários. ❑ Nos helmintos apresentam-se outros tipos de ciclos que requerem a saída ao exterior de ovos ou larvas, que em circunstâncias propícias de temperatura e humidade chegam a ser infectantes. ❑ Nos ciclos mais complexos existem HI nos quais as formas larvais crescem ou multiplicam-se antes de passar aos hospedeiros definitivos. CICLO EVOLUTIVO OU BIOLÓGICO 1. Ciclo directo: • O parasita têm apenas um hospedeiro, em cujo organismo chega sem intervenção de outro. 2. Ciclo indirecto: • O parasita necessita de um HD e um ou mais HI. O dominio de cada 1 dos ciclos biológicos dos parasitas facilita ao médico o diagnóstico das enfermidades infecciosas e, sobretudo, permite-lhe tomar medidas curativas que restauram a saúde de seus pacientes, assim como as medidas preventivas que protejam a comunidade do surgimento de novos casos. Ciclo evolutivo CONT. Os ciclos biológicos comprendem dois tipos básicos: 1. Sua localização no hospedeiro 2. Maior ou menor exigência a vida parasitária 3. De acordo com seu grau de parasitismo 4. A capacidade ou não de produzir enfermedade no homem 5. As anormalidades de localização 6. Localização habitual 7. As especificidades alimentares 8. Número de hospedeiros necessários para o ciclo evolutivo 9. A especificidade hospedeiro-parasita. CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA Os parasitas se podem classificar de distintas formas: 1. Sua localização no hospedeiro A. Ectoparasitas: vivem sobre a superficie externa do corpo dos hospedeiros; parasitam pele, faneras e mucosas das cavidades naturais abertas até ao méio externo. Ex: piolhos, ácaros, carraças, algumas larvas de moscas. B. Endoparasitos: são aqueles que vivem dentro do corpo do hospedeiro, locali- zam-se nos pulmões, tubo digestivo, fígado e outros tecidos. Ex: céstodosz tremátodos, nemátodos e protozoários. C. Citoparasitos: são os parasitas obrigatoriamente endocelulares. Ex: Plasmódios, e Toxoplasma gondii. D. Histoparásitos: são parasitas dos tecidos não obrigatoriamente endocelulares. Ex: aglomerados de amastigotes de Trypanosoma cruzi no miocárdio; larvas de Trichinella spiralis nos músculos; Entamoeba histolytica nos tecidos da parede intestinal. E. Hemoparasitos: são aqueles que de forma transitória são observados no sangue. Por exemplo, plasmódios e tripanosomas em suas fases sanguíneas. Classificação taxonómica CONT. 2. Maior ou menor exigência a vida parasitária A. Obrigatórios:os que não podem prescindir da vida parasitária, têm de parasitar para viver. Estes por sua vez podem ser permanentes, periódicos ou temporários. B. Facultativos: os que têm a facultade de viver indistintamente, livres na natureza ou parasitando a outro ser. São seres de vida livre que em circunstancias favoráveis fazem vida parasitária, seja em forma larvária ou estagio adulto; é o que sucede com certos protozoários e larvas de artrópodos, que puedem parasitar feridas e ulcerações em indivíduos com pouca higiene; outro exemplo são os fungos . C. Acidentais: são os que se implantam transitoriamente, em condições fortuitas, em diferentes hospedeiros. Não são verdadeiros parasitas e ocasionalmente podem passar ao hospedeiro; encontram-se fazendo um parasitismo para o mesmo que para o qual estão adaptados. Classificação taxonómica CONT. A. Permanentes: são os que indispensavelmente devem viver toda sua vida no hospedeiro. B. Periódicos: quando comportam-se como obrigatótios isolamente durante algum período de seu ciclo evolutivo. C. Temporários: os que são parasitas no momento de procurar alimento, e fazem vida livre o resto do tempo. Ex: as pulgas. Classificação taxonómica CONT. 3. De acordo com seu grau de parasitismo 4. De acordo com a capacidade ou não de produzir enfermedade no homem A. Patógenos: aqueles que têm a capacidade produzir lesão ou enfermedade. Ex: Plasmodium spp. B. Não patógenos: aqueles que não causam enfermedade ou dano. Ex: Entamoeba coli. 5. De acordo com as anormalidades de localização: A. Atópicos ou erráticos: quando o parasita localiza-se em algum orgão que não é aquele em que habitualmente pode encontrar-se, ou regularmente vive e ocasionam algumas vezes graves perturbações. Ex: A. lumbricoides, habitante do ID, pode-se localizar no colédoco ou conducto de Wirsung onde produz graves obstruções. B. Extraviados ou desviados: são parasitas de um hospedeiro que se implantam em outros. Refere-se ao parasita que anormalmente aloja-se em um hospedeiro que não é o habitual para ele. Ex: Dipylidium caninum, própio do cão, localiza-se no homem. Classificação taxonómica CONT. 6. De acordo com sua localização habitual: A. Cavitários: são aqueles encontrados no interior das cavidades do organismo e na luz de orgão como ID e G. Ex: Giardia lamblia, Entamoeba B. Hísticos: são parasitas do sangue, linfa e o líquido intersticial dos diferentes tecidos, desde o conjuntivo ao sistema nervoso central. Ex: Trypanosoma cruzi e Toxoplasma gondii. 7. De acordo com as especificidades alimentares A. Estenotróficos: são os que têm exigência para um único alimento. Ex: piolhos da cabeça e o corpo. B. Euritróficos: são os que se alimentam das diferentes substâncias que encontram no organismo do hospedeiro. Ex: Necator americanus, Enterobius vermicularis e E. histolytica. Classificação taxonómica CONT. 8. De acordo com o número de hospedeiros necessários para o ciclo evolutivo: A. Monoxenos ou parasitas de evolução directa: são os que completam seu ciclo parasitando um único hospedeiro, o definitivo. Não têm hospedeiros intermediários. Ex: E. histolytica e A. lumbricoides. B. Heteroxenos ou parasitas de evolução indirecta: tem um hospedeiro definitivo e outro ou outros intermediários para que sua evolução se complete. Ex: Wuchereria bancrofti e Schistosoma mansoni. Classificação taxonómica CONT. Os heteroxenos por sua vez podem ser: i. Diheteroxenos: têm dois hospedeiros diferentes, um que é o definitivo, alberga histolytica, ancilostomídeos, etc. A forma adulta e outro que é o intermediário, que aloja a forma larvária. Por Ex: Taenia saginata. ii. Poliheteroxenos: tem um hospedeiro definitivo e dois hospedeiros intermediários sucessivos que albergam duas formas larvárias diferentes. Ex: Clonorchis sinensis e Diphyllobothrium latum. iii. Diheteromonoxenos: são os que podem realizar indistintamente uma evolução directa em um só hospedeiro e uma indirecta a través de dois hospedeiros, um definitivo e outro intermediário. Ex: Hymenolepis nana. iv. Autoxenos: são parasitas para os quais um mesmo organismo desempenha o papel de hospedeiro definitivo e intermediário; os adultos oucupam uma localização e as larvas outra. Ex: Trichinella spiralis. Classificação taxonómica CONT. 9. De acordo com a relação com especificidade do hospedeiro-parásito: A. Estenoxenos: são aqueles que em um estádio determinado de sua vida (forma adulta o larvária) apenas localizam-se em uma espécie zoológica determinada. Tem uma elevada selectividade de hospedeiros. Ex: Enterobius vermicularis. B. Eurixenos: podem infectar a diversas espécies de animais. O mesmo localizam-se no homem que em qualquer outra espécie animal, embora mais distantes zoológicamente; por tanto, têm pouca especificidade. Ex: Fascíola hepática. C. Oligoxenos: são aqueles que podem localizar-se em espécies zoológicamente muito próximas. Ex: Echinococcus granulosus. Classificação taxonómica CONT. ❑ Os parasitas, como todos os seres vivos, estão classificados em grupos estudados pelos taxonomistas. Estes grupos de maor a menor são: ✓ Reino, Phyllum, ✓Classe, Ordem, ✓familia, Género ✓e a Espécie (é a unidade biológica) ❑ O nome científico dos parasitas expressa-se em duas palavras; o primeiro vocábulo no sistema binomial corresponde ao género e o segundo à espécie. O nome genérico deve escrever-se sempre com maiúscula em tanto que o específico deve escrever-se com minúscula. Sempre se usa letra itálica o sublinhada. Ex: Ascaris lumbricoides. ❑ A combinação que se usa para denominar uma espécie animal ou vegetal se chama-se nomenclatura binomial. Classificação taxonómica CONT. ❑ A infecção parasitária sucede quando o hospedeiro alberga parasitas que não o causam lesão ou enfermedade, o qual constitue o estado de portador são, no entanto muitas vezes pode haver infecção parasitária sem que haja manifestações clínicas. ❑ A enfermedade parasitária apresenta-se quando o hospedeiro sofre alterações patológicas e apresenta sintomas; é dizer, há alteração da saúde do homem como resultado de uma interrelação “não exitosa” entre o hospedero e o parasita. Ante este feito, as enfermedades parasitárias podem ser assintomáticas e inclusive em caso de existir manifestações clínicas, estas são diferentes, como tambem diferente pode ser o dano. ❑ O termo infestação utiliza-se para parasitismo externo por artrópodos ectoparasitos o a presença de parasitas sobre a terra ou plantas. PROCESSO INFECCIOSO PARASITÁRIO ❑ N´alguns casos a mesma pessoa infectada pode ser a fonte de reexposição, neste caso trata-se de uma autoinfecção, a qual pode ser externa ou interna. ❑ Os conceitos de infecção e processo infeccioso reflexam o conjunto de eventos biológicos que ocorrem no macroorganismo ao ser agredido com éxito pelo agente agente patógeno, independentemente de que tal agressão desencadeie um processo patológico, encoberto ou manifesto, o mantenha um estado de portador de duração variável, devido a persistência do parasita dentro do hospedeiro. Processo infeccioso parasitário CONT. Outros termos que se devem ter em conta: ❑ Período de incubação: é o intervalo que ocorre entre a infecção e a aparição de manifestações clínicas. ❑ Período pre-patente: Corresponde ao tempo que transcorre entre a entrada do parasita ao hospedeiro e o momento em que seja possível observar a presença de alguma das formas do parasita ou seus productos, nas fezes, no sangue circulante (parasitémia), mediante aspiração, biópsia ou outros procedimentos de diagnóstico. Este período varía de um ou mais días a semanas ou meses, dependiendoda espécie particular de parasito e ou capacidade de desenvolver-se no hospedeiro determinado. ❑ Período patente: é o tempo no qual o parasita pode ser demonstrado no hospedeiro. Este período geralmente coincide com a fase activa da enfermedade. ❑ Período subpatente: É aquele em que não se encontram parasitas durante algum tempo, porque permaneceem em menor quantidade em lugares difíceis de demostrar. Pode coincidir com períodos clínicos de melhoría, equivalentes a etapas latentes da enfermedade. Cuando os parasitos se fazem patentes de novo e aparecem os síntomas outra vez, se considera-se que houve uma recaída. Pode suceder no caso da malária por Plasmódium vivax. Processo infeccioso parasitário CONT. ❑ As propiedades agressivas de cada espécie e/ou cepa de parasita desempenham um papel de primera ordem no desenvolvimento da infecção e seu desenvolvimento ou não em enfermedade: 1. Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de producir enfermedade. 2. Virulência: é o grau de patogenicidade de um agente infeccioso. 3. Invasividade: refere-se a capacidade para penetrar nos tecidos do hospedeiro, multiplicar-se, disseminar-se. E outras… Processo infeccioso parasitário CONT. ❑ Água e solo contaminados ❑ Alimentos contaminados que contenham estágios imaturos infectantes do parasita ❑ Insectos hematófagos ❑ Animais domésticos o selvagens que alberguem o parasita ❑ Outras pessoas, suas vestes ou meio ambiente imediato que os parásitos tenham contaminado. ❑ Autoinfecções repetidas. FONTES DE INFECÇÃO PARASITÁRIA RESERVATÓRIOS ❑ Consideram-se como reservatórios o homem, animais, plantas ou matéria inanimada, que contenham parasitas ou outros organismos que possam viver ou multiplicar-se neles ser fonte de infecção para um hospedeiro susceptível. É o habitat natural do parasita. No caso das parasitoses humanas, o homem é o principal reservatorio, debido a que a maioría dos parasitas que o afectam passam de homem a homem. Podem ser tambem outros animais como os porcos , ex. caso das triquinoses e a ténia do porco. • VECTORES ❑ É um artrópode ou animal invertebrado que transmite o parasita ao hospedeiro, seja por inoculação ao picar, por depositar o material infectante na pele ou mucosas, ou por contaminar alimentos e outros objectos. Os mesmos podem ser: ✓ Portadores mecánicos: aquelos em que o agente patógeno é transportado na superfície do vector. O vector é es um transportador simples, não indispensável para a sobrevivencia natural do agente patógeno. Por exemplo, moscas e baratas. ✓ Portadores biológicos: os paraditas evoluem multiplicam-se neles, e desenvolvem alguma fase de sua evolução. Neste caso, o vector é um H indispensável para a sobrevida natural do agente patógeno. Ex: simúlidos e insectos da família Reduviidae. RESERVATÓRIOS E VECTORES ❑ Digestiva: no caso dos protozoários intestinais, o estádio de quisto é a forma infectante; nos vermes redondos comuns, o estagio de ovo embrionado; e em outros pela ingestão de alimentos que contenham estágios larvares infectantes. ❑ Respiratoria: inalação de ovos de E. vermicularis do ar até a faringe posterior. ❑ Cutánea e mucosa: penetração a partir do solo e atravéz da pele. Ex: Strongyloides stercoralis e ancilostomídeos. ❑ Orifícios de cavidades naturais: transmámaria (aleitamento) com espécies de Strongyloides e ancilostomídeos. ❑ Transplacentária (congénitas): Toxoplasma gondii, Plasmodium spp. ❑ Contacto sexual: Trichomonas vaginalis. ❑ Vectorial: requerem artrópodes chupadores de sangue e os parasitas são introduzidos com a picadura. A transmissão por artrópodes depende de medidas sanitárias inadequadas. Ex: filárias e tripanossomas. VÍAS DE ENTRADA AO HOSPEDEIRO ❑ Os parasitas durante sua evolução sofreram tansformações morfológicas e fisiológicas para poder adaptar-se a vida parasitária. A maioría carece de orgão dos sentidos desenvueltos e o SN é rudimentar. O aparelho digestivo quando existe está adaptado para a absorção de alimentos já ingeridos. ❑ O aparelho circulatório, respiratório e de excreção são muito simples. Alguns adquiriram orgãos de fixação como ventosas, ganchos, etc., o sistema que apresenta maiores mudanças é o reproductor, a morfología modificou-se para facilitar seu contacto com os orgãos do hospedeiro. ADAPTAÇÕES PARASITÁRIAS 1. Assexuada REPRODUÇÃO DOS PARASITAS a) Fissão binária: é mais frequente. Consiste na divisão longitudenal ou transversal das formas vegetativas, dando 2 células filhas iguais a que lhes deu origem. Este tipo de divisão pode ser mitótica ou amitótica. Ex: amebas, flagelados e ciliados. b) Fissão múltipla (esquizogonia): divisão múltipla do núcleo com migração a periferia do citoplasma e a formação dos esquizontes com número variável de merozoitos. Neste tipo de divisão uma célula dá origem a várias formas vegetativas. A célula hospedeira destroi-se os merozóitos repetem este processo. c) Endodiogenia: processo de brotação interna (em Apicomplexa) que da formação de duas células filhas as quais ocupam todo o citoplasma da célula mãe, que termina por desaparecer. a) Singamia: união de duas células sexuais haplóides para formar o ovo ou zigoto. b) Conjugação: intercâmbio de material nuclear das células progenitoras, o que se observa apenas nos ciliados. Nos helmintos, vermes parasitas pode ocorrer que: c) Que sejam de sexos separados (dióicos) e logo após a fecundação da fêmea , esta elimine ovos (ovípara) ou embriões (vivípara). d) Que sejam hermafroditas e eliminam ovos. e) Que desenvolvem óvulos não fecundados que originarão larvas; que evolucionem a adultos sexualmente diferenciados (partenogenéticos). 2. Sexuada: CONCLUSÕES ❑ As enfermidades parasitárias constituem um importante problema de saúde no mundo actual, sendo sua prevalência maior nos países do terceiro mundo. ❑ A parasitología médica dedica-se ao estudo de artrópodes, helmintos e protozoários, parasitas capazes de produzir enfermidades no homem. ❑ Muitos dos protozoários são patogênicos ao homem e encontram-se entre as principais causas de enfermidade e mortalidade. TRABALHO INDEPENDENTE ❑ Buscar as complicações das enfermidades causadas pelos géneros estudados • “Si lo escucho lo olvido” • “Si lo veo lo entiendo” • “Si lo hago lo aprendo” Confucio •Muito obrigado •Twapandula •Thanks Contacto: Chitumba16@gmail.com FIM Referência Básica: 1. Llop Hernández, A. ; Valdés-Dapena Vivanco, M. M. & Zuazo Silva, J. L. Microbiología, Parasitología Médicas TOMOIII, 2001. La Habana: Editorial Ciencias Médicas. ISBN 959-7132-52-4. PARASITOLOGIA GENERALIDADE CAP. 76 Referências complementares: 1. Neves DP, Melo AL, Linardi PM, Vitor RWA. Parasitologia Humana, 2005. 11ª ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 2. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias : Guia de bolso, 2010. 8. Ed. Brasil: Ministério da Saúde. ISBN 978-85-334-1657-4. 3. Armour J, Duncan JL, Dunn, AM; Jennings FN e Urquhart GM. Parasitologia veterinária 1998. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. ACTIVIDADE 4-5
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