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PERITONITE INFECCIOSA FELINA - PIF

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PERITONITE INFECCIOSA FELINA – PIF 
VÍRUS 
Coronavírus felino e tem alta capacidade de 
mutação. Alguns animais tem uma variante com 
e outros sem mutação. 
O Coronavírus “normal” – entérico - habita o 
intestino do gato, eliminando pelas fezes. 
Outros gatos entram em contato usando a 
mesma caixa de areia ao cavar e se higienizar 
depois, onde a infecção é orofecal. A partir daí, 
3 opções surgem: 
1. O animal é resistente a infecção – 5 – 
10% 
2. Infecção transitória – 70% 
3. Infecção persistente – 13% 
Nos dois últimos, o principal sinal clinico é a 
diarreia e é muito comum em colônias de gatos 
(5 gatos) 
4. PIF – 1 – 3% 
a. Vírus sofre mutação por fator 
ambiental ou genético, ai sim 
o gato tem PIF. 
O vírus da PIF atrai o macrófago para ser 
fagocitado, onde “Pega carona” e vai até os 
linfonodos periféricos, “pegando carona” com 
os linfócitos e se espalhando pelo corpo, 
levando a viremia (vírus no sangue). 
Na PIF úmida, o imunocomplexo (anticorpo + 
vírus) é uma molécula grande e que as vezes 
para no vaso. O Sistema imune responde 
exacerbadamente e gera uma vasculite, que 
gera uma inflamação e consequentemente o 
vaso fica mais permeável, levando a efusão, 
sinal clássico de PIF. PIF então tem relação com 
uma doença IMUNOMEDIADA, pois, apesar de 
ser uma resposta mediante o vírus, é uma 
resposta do corpo. 
A efusão pode ser abdominal, tórax, pericárdio 
etc. 
A PIF Seca é onde o vírus mutado se abriga em 
células da 
parede do 
intestino e , 
através de 
reposta do 
sistema imune, 
gera lesões 
piogranulomatosas. 
 
DIAGNÓSTICO 
Mais gatos morreram de falsa interpretação dos 
resultados dos testes de anticorpos do que da 
doença (Pedersen, 1995). 
Histórico é a primeira parte, uma boa anamnese 
é essencial. Grande parte dos gatos com PIF são 
em gato de 1-2 anos ou menos. 10% são idosos. 
Em gatos entre 2-9 anos é mais provável de ser 
uma outra doença. Perguntar sobre possíveis 
causas de estresse, Maine coon, persa, bengal 
são mais predispostos. 
Sinais clínicos é a segunda parte. Devemos nos 
preocupar com diagnósticos diferenciais. 
Ao drenar o líquido, mandar para análise. Para 
ser PIF, deve ser um Exsudato Asséptico, SE 
HOUVER BACTERIA, NÃO É PIF. A peritonite 
séptica tem a mesma cara, (amarelado, 
proteico). A séptica também promove febre, 
assim como na PIF (ainda mais por seu uma 
doença imunomediada). Considerar mordidas 
escondidas, machucados em grades etc. 
Na PIF, é comum a globulina (anticorpo) estar 
mais alto que albumina, até porque é a 
característica da doença, porém se esta for a 
 
 
única alteração encontrada, não é 
patognomonico. Um diagnóstico diferencial 
neste caso é colangite linfocítica, também sendo 
uma doença autoimune. Da mesma forma, 
podemos ter a ALB/Glo instável. 
Exames complementares também fazem parte 
do quebra cabeça, como ressonância, avaliação 
de liquor, biópsia. 
Teste de Rivalta, feito no tubo de ensaio com 
vinagre e colocamos uma gota da infusão. Se a 
gota sair redondinha, tem cara de PIF. Somente 
em casos de tutores com menor condições 
financeiras. Também da positivo para casos de 
Linfoma e Peritonite séptica. Necessário mais 
investigação, nunca para fechar. 
Histopatológico e o exame para fechar 
diagnóstico. Porém, considerar sempre a clínica 
do paciente. Idade, tutor e o quanto o animal se 
debilitará com esse procedimento. 
Sorologia para PIF não funciona bem pois 
detecta o coronavírus apenas, seja o entérico, 
presente em grande parte dos felinos e que 
causa apenas diarreia ou PIF. Literatura não 
confirma a alta ou baixa titulação. 
PCR para PIF é recente, que procurará o vírus 
mutante. Porém, o PIF não faz sempre a mesma 
mutação e pode vir um negativo. Se o vírus do 
animal for muito diferente do procurado, pode 
dar um falso negativo. Porem, se for positivo, 
podemos realmente fechar diagnóstico. 
Se o animal tiver sinal neurológico, o ideal é 
mandar amostra de liquor ou efusão 
TRATAMENTO 
• POLYPRENYL IMMUNOSTIMULANT (PI) 
Imunoestimulante que utiliza uma outra via 
senão dos anticorpos. Os primeiros estudos são 
de 2009 com PIF seca, levando uma sobrevida 
de 2 anos. Em 2017, com 60 gatos com PIF 
seca, 8 sobreviveram mais de 200 dias e 4 mais 
de 300 dias. Melhoramos a qualidade de vida 
com este. 
• Antiviral GC376 (2018) 
Ainda está sendo testado, utilizado em 
universidades. 20 gatos (14 úmida e 6 secas, 
excluídos neuro). Houve melhoras com 2 
semanas de tratamento, depois retorno dos 
sinais com 1 a 7 semanas depois. 5 com remissão 
de 11,2 meses até a publicação do estudo. 
Tratamento promissor e abriu porta para terapia 
com antivirais. Porém, a empresa que veiculou 
esses estudos é a mesma que produz. 
(confiável?) 
 
Não existe cura no Brasil no momento, 
eutanásia somente quando o animal não tem 
mais qualidade de vida. 
A imunossupressão ainda é o caminho brasil, 
usamos a prednisolona 2 a 4mg/kg. Não cura, 
mas melhora. Interferon felino (somente 
importado) não tem resposta para PIF.

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