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Sistema de Segurança Pública no Brasil | Introdução www.faculdadefocus.com.br | 1 DISCIPLINA SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL CONTEÚDO Aula 02 Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública Sistema de Segurança Pública no Brasil | Introdução www.faculdadefocus.com.br | 2 A Faculdade Focus se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). A instituição, nem os autores, assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do editor. 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Em seu aspecto mais moderno, a segurança pública volta-se à promoção e manutenção da ordem pública e tem como fim último “proporcionar aos indivíduos, na convivência social, a fruição de relações pautadas no direito básico de liberdade, garantidas a segurança jurídica – proteção contra repressão autoritária do Estado – e a segurança material – proteção contra agressões de todo tipo”. Essa definição encontra fundamento na Constituição Federal, art. 144, segundo o qual a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos órgãos de segurança pública. Este mesmo artigo estabelece que são responsáveis por manter a chamada ordem pública os seguintes órgãos: a) a polícia federal; b) a polícia rodoviária federal; c) a polícia ferroviária federal; d) a polícia civil; e) a polícia militar e o corpo de bombeiros militares; e f) a polícia penal federal, estadual e distrital. Nesta aula, falaremos sobre as atribuições próprias de cada um desses órgãos. 2 Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública Neste capítulo analisaremos as atribuições dos órgãos de segurança pública dispostos no rol taxativo do art. 144 da Constituição Federal, acompanhando em literalidade o texto legal. Para melhor compreendemos como se organiza a polícia de segurança pública, recorremos a Lenza (2021), que explica que “a polícia de segurança pode ser dividida em: a) polícia administrativa lato senso; b) polícia de segurança, dividida em polícia administrativa (preventiva, que não deve confundir-se com a ideia de poder de polícia lato sensu do Estado) e polícia judiciária”. Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 5 Conforme explica o autor, a polícia administrativa desempenha uma atuação preventiva, evitando que o crime aconteça, ao passo que a polícia judiciária atua de maneira repressiva, “exercendo atividades de apuração das infrações penais cometidas, bem como a indicação de autoria”. Figura 1 - Órgãos de Segurança Pública Fonte: LENZA (2021) Segundo Nathalia Masson, “De acordo com a jurisprudência firmada pelo STF, o rol do art. 144 é taxativo e de observância compulsória. Isso significa que é um dispositivo dirigido também à organização dos Estados-membros, do que decorre não poderem estes, em suas constituições estaduais ou leis, alterar ou acrescer o conteúdo substancial do referido artigo da Constituição Federal” (MASSON, 2020). Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 6 2.1 Polícia Federal (Art. 144, § 1º da CF/88) A Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente e integrante da estrutura básica do Ministério da Justiça, é organizada e mantido pela União e estruturada em carreira, destinando-se a: ▪ apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; ▪ prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; ▪ exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; ▪ exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. Em relação às infrações penais contra a ordem política e social, podem ser associados os crimes contraa organização do trabalho, a organização dos transportes e todo delito que atentar contra o funcionamento de serviços regulado pela União, além das infrações ligadas ao sistema de representação, partidos políticos, eleições etc. Quanto à repressão ao tráfico de entorpecentes, embora seja atribuição da Polícia Federal em qualquer extensão, a maioria dos estados têm assinado um termo de cooperação com o Ministério da Justiça se encarregando da repreensão do tráfico local e, em alguns lugares, até mesmo do tráfico interestadual, permanecendo, contudo, o tráfico internacional ou transnacional a encargo da Polícia Federal. Além disso, cabe à Polícia Federal prevenir e reprimir o contrabando, que se caracteriza pela inserção de produto proibido ou que necessite de autorização especial para ingresso no território nacional sem que essa autorização seja concedida, e o descaminho, que é o ingresso de mercadorias no território nacional sem recolhimento devido dos Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 7 impostos. Uma vez que esses crimes versam contra o erário público, a Receita Federal tem a atribuição de fazer as medidas fiscais, além de perseguir a cobrança desses tributos, mesmo que tenham originado de um crime. No que tange ao exercício de polícia marítima (através dos núcleos de polícia marítima), aeroportuária (através das imigrações e da segurança aeroportuária) e de fronteiras (através das delegacias com seus efetivos), trata-se de uma atribuição de polícia ostensiva, e não judiciária. Neste sentido, a Polícia Federal pode ser vista como uma espécie de “polícia militar” da União em razão de suas atribuições ostensivas, já que normalmente essas atribuições são conferidas às Polícias Militares. Além das atribuições Constitucionais, a Polícia Federal teve a sua atuação alargadas pelas Leis n. 10.446/2002 e 13.124/2015, podendo-se dizer que toda infração penal que tenha repercussão interestadual, crimes cibernéticos contra direitos humanos ou todo e qualquer delito, desde que autorizado ou determinado pelo Ministério da Justiça, são de sua atribuição, haja vista a necessidade de uma repressão uniforme desses crimes. Quanto aos crimes normais contra os direitos humanos, apesar de a regra ser que sejam apurados pelas polícias estaduais, por determinação do Ministro da Justiça, a Polícia Federal poderá tocar a investigação, embora isso normalmente aconteça só em casos de crimes de grande repercussão, como ocorreu no recente caso envolvendo o assassinato de Marielle Franco. Por fim, estabelece o art. 2º da Lei n. 9.266/96 que “A Carreira Policial Federal é composta por cargos de nível superior, cujo ingresso ocorrerá sempre na terceira classe, mediante concurso público, de provas ou de provas e títulos, exigido o curso superior completo, em nível de graduação, observados os requisitos fixados na legislação pertinente”. Os cargos consistem em: ▪ Delegado de Polícia Federal; ▪ Perito Criminal Federal; ▪ Escrivão de Polícia Federal; ▪ Papiloscopista Policial Federal; Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 8 ▪ Agente de Polícia Federal. 2.2 Polícia Rodoviária Federal (Art. 144, § 2º da CF/88) A Polícia Rodoviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais (Art. 144, § 2º). Além disso, devem prestar atendimento e socorro “às vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal” (LENZA, 2021). Dessa forma, não exerce função de polícia judiciária, que é uma exclusividade reservada à polícia federal. Suas atribuições, portanto, são voltadas exclusivamente para as rodovias federais, com atuação de fiscalização de trânsito e repressão e delitos nelas praticados. Em especial na região de fronteira, a Polícia Rodoviária Federal é extremamente atuante, realizando diversas apreensões e flagrantes para os mais variados delitos que se possa imaginar, desde contrabando de camarão até roubo, sequestro, tráfico de drogas e outros. Por fim, são competências da Polícia Rodoviária Federal as descritas no art. 20 da Lei n. 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro); no Regimento Interno, aprovado pela Portaria Ministerial n. 3.741/2004; e no Decreto n. 1.655/95. 2.3 Polícia Ferroviária Federal (Art. 144, § 3º da CF/88) A Polícia Ferroviária Federal também é órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreiras, e destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Atualmente, praticamente não existem mais policiais ferroviários federal, pois grande parte das ferrovias foram concedidas ou celebraram contrato público-privado. Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 9 2.4 Polícia Civil (Art. 144, § 4º da CF/88) As polícias civis são dirigidas por delegados de polícia de carreira. A elas incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Os policiais civis são reconhecidos como servidores estaduais civis, ficando estes subordinados aos Governadores do Estado. É importante observar que a competência da Polícia Civil é residual, o que significa dizer que o que não for atribuição constitucional da Polícia Federal, como polícia judiciária, será da Polícia Civil, sendo-lhe atribuído cerca de 95% das funções da polícia judiciária no país, uma vez que ficam encarregadas da apuração, realização do inquérito e investigação da maioria dos crimes praticados em geral. 2.5 Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares (Art. 144, § 5º da CF/88) À polícia militar cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, e ao corpo de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. Assim, a polícia ostensiva é aquela que tem maior contato com o cidadão, estando presente em todos os momentos e sendo a primeira a alcançar os indivíduos em apuro. Além disso, estão voltadas não só para a repressão como para atividades de prevenção (diferentemente das polícias judiciárias que normalmente atuam após a execução do crime). Aos corpos de bombeiros militares, também considerados forças auxiliares e reserva do Exército, “além das atribuições definidas em lei (por exemplo, prevenção e extinção de incêndios, proteção, busca e salvamento de vidas humanas, prestação de socorro em casos de afogamento, inundações, desabamentos, acidentes em geral, catástrofe e calamidades públicas etc.), incumbe a execução de atividades de defesa civil” (LENZA, 2021). 2.6 Polícias Penais (Art. 144, § 5º-A da CF/88) A Emenda Constitucional nº 104 de 2019 inseriu ao texto constitucional o inciso IV do art. 144, que cria a polícia penal, “órgão de segurança pública, existente na esfera Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 10 federal, estadual e distrital, responsável pela segurança dos estabelecimentos penais” (MASSON, 2020). Conforme explica Pedro Lenza (2021), a alteração constitucional visa “fortalecer a carreira dos agentes penitenciários, a segunda profissão mais perigosa do mundo, conforme consta na justificação da PEC 16/2016-SF”, e que lidam diariamente com um elevadíssimo número de pessoas privadas de liberdade. Além disso, como consequência da transformação dos agentes penitenciários em polícias penais, garante-se que “policiais militares e civis e demais órgãos de segurança pública” não sejam“desviados de suas funções essenciais para fazer a segurança dos estabelecimentos penais, bem como as atividades de guarda e escolta de presos”. 2.7 Guardas Municipais (Art. 144, § 8º da CF) O parágrafo § 8º do art. 144 da Constituição Federal estabelece que os “Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. Com base nele, entendemos que, constitucionalmente, a guarda municipal se destina a proteger bens e serviços de instalação no município, não sendo assim caracterizada como uma polícia (atuando mais como uma empresa de segurança privada da prefeitura do que um órgão de polícia). Contudo, fica evidente que a questão da segurança pública ainda é um grande problema, por isso há um projeto que pretende Sistema de Segurança Pública no Brasil | Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública www.faculdadefocus.com.br | 11 alterar esse entendimento quanto à guarda municipal e transformá-la em polícia municipal, já que acaba exercendo um trabalho bastante parecido. A seguir, consta um excerto para reflexão, extraído do Curso de Direito Constitucional Esquematizado de Pedro Lenza (2021), em que se aborda a questão. Como bem anotou José Afonso da Silva, “os constituintes recusaram várias propostas no sentido de instituir alguma forma de polícia municipal. Com isso, os Municípios não ficaram com qualquer responsabilidade específica pela segurança pública. Ficaram com a responsabilidade por ela na medida em que, sendo entidades estatais, não podem eximir-se de ajudar os Estados no cumprimento dessa função. Contudo, não se lhes autorizou a instituição de órgão policial de segurança, e menos ainda de polícia judiciária. A Constituição apenas lhes reconheceu a faculdade de constituir Guardas Municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Aí, certamente, está uma área que é de segurança pública: assegurar a incolumidade do patrimônio municipal, que envolve bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens patrimoniais, mas não é de polícia ostensiva, que é função da Polícia Militar. Por certo que não lhe cabe qualquer atividade de polícia judiciária e de apuração de infrações penais, que a Constituição atribui com exclusividade à Polícia Civil (art. 144, § 4.º), sem possibilidade de delegação às Guardas Municipais”. Em nosso entender, a lei indicada no art. 144, § 8.º, deve ser entendida como lei federal a estabelecer as diretrizes, as disposições e normas gerais. Isso porque, a instituição, em si, das Guardas Municipais dar-se-á por lei específica de cada Município, conforme, inclusive, deixa claro o art. 6.º do Estatuto da Guarda Municipal. Em relação às competências (geral e específicas) previstas no art. 5.º do estatuto, a sua interpretação deverá sempre levar em conta os parâmetros constitucionais de proteção dos bens, serviços e instalações do Município. Por isso, parece ter razão o parecer da PGR que sustenta a inconstitucionalidade dos incisos VI, XIII e XVII do art. 5.º da Lei n. 13.022/2014 (atribuem às guardas municipais, em caráter primário, exercício de competências municipais de trânsito; atendimento de ocorrências emergenciais ou de pronto atendimento; auxílio na segurança de grandes eventos e proteção de autoridades e dignitários). Sistema de Segurança Pública no Brasil | Conclusão www.faculdadefocus.com.br | 12 Em relação às competências de trânsito, admitíamos apenas aquelas que pudessem ter alguma relação com a proteção de bens, serviços e instalações. O STF, contudo, por 6 x 5, entendeu que poder de polícia não se confunde com segurança pública, e, assim, o seu exercício (poder de polícia, deixe-se claro) “não é prerrogativa exclusiva das entidades policiais, a quem a Constituição outorgou, com exclusividade, no art. 144, apenas as funções de promoção da segurança pública”. “A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções administrativas legalmente previstas, embora possa se dar ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, óbice ao seu exercício por entidades não policiais.” Dessa forma, na medida em que a Constituição “não impede que a guarda municipal exerça funções adicionais à de proteção dos bens, serviços e instalações do Município”, a Corte firmou a seguinte tese: “é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas” (RE 658.570, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, j. 06.08.2015, DJe de 30.09.2015). Do ponto de vista prático, então, as guardas municipais poderão, em razão da competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas (LENZA, 2021). 3 Conclusão Nesta aula falamos sobre os órgãos de segurança pública, conforme elencados no art. 144 da Constituição Federal, e suas atribuições. Vimos que a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Ferroviária Federal, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros militar desempenham papel de polícia preventiva ou ostensiva, e que a Polícia Civil desempenha função polícia judiciária, ao passo que a Polícia Federal desempenha ambas as funções. Além disso, buscamos compreender a alteração trazida pela Emenda Constitucional nº 104 de 2019, que transformou os agentes penitenciários em policiais penais, e o motivo pelo qual se justifica a Guarda Municipal não ser chamada de polícia, mas apenas órgão de segurança pública. Sistema de Segurança Pública no Brasil | Referências Bibliográficas www.faculdadefocus.com.br | 13 4 Referências Bibliográficas LENZA, Pedro. Direito Constitucional. -25. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. MASSON, Nathalia. Manual de direito constitucional. -8. ed. Salvador: JusPODIVM, 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Direitos Humanos versus Segurança Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2016. Sistema de Segurança Pública no Brasil | Referências Bibliográficas www.faculdadefocus.com.br | 14 Sumário 1 Introdução 2 Atribuições dos Órgãos de Segurança Pública 2.1 Polícia Federal (Art. 144, § 1º da CF/88) 2.2 Polícia Rodoviária Federal (Art. 144, § 2º da CF/88) 2.3 Polícia Ferroviária Federal (Art. 144, § 3º da CF/88) 2.4 Polícia Civil (Art. 144, § 4º da CF/88) 2.5 Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares (Art. 144, § 5º da CF/88) 2.6 Polícias Penais (Art. 144, § 5º-A da CF/88) 2.7 Guardas Municipais (Art. 144, § 8º da CF) 3 Conclusão 4 Referências Bibliográficas