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TCC - A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E AS CONSEQUÊNCIAS DO COVID

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A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E AS CONSEQUÊNCIAS DO COVID-19 PARA HOSPITAIS PÚBLICOS
Andressa[footnoteRef:1] [1: Colocar aqui os dados acadêmicos. ] 
Resumo: 
O presente trabalho trata-se de uma análise crítica a respeito do tema “A saúde pública no Brasil e as consequência do covid-19 para hospitais públicos”, de modo que seja possível compreender o contexto histórico da saúde no país, desde o período de colonização até os dias atuais, em que a saúde é vista como um dever, ou melhor, uma obrigação do Estado com a população civil. Em seguida, é analisado como essa atual saúde pública sofreu com a pandemia decorrente do COVID-19 e quais foram os impactos em relação a gestão e planejamento dos hospitais públicos do Brasil. 
Palavras-chave: Hospital Público; Saúde Pública; Brasil; Covid-19.
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho objetiva analisar como é a saúde pública no Brasil desde sua origem e apresentar alguns casos de hospitais públicos que tiveram grande impacto nos aspectos econômicos e sociais durante a pandemia decorrente do vírus COVID-19 (CARVALHO, 2013).
Para tanto, é preciso contextualizar que, o Brasil é um país com dimensões que possui muita desigualdade regional e social. Isso porque o país possui mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, representando mais de 40% da América do Sul (CARVALHO, 2013).
Isso mostra como o país precisa obrigatoriamente investir na saúde pública. Consequentemente, a saúde pública no Brasil tem se consolidado como uma política nacional de saúde a partir do século XX, através da sistematização das práticas sanitárias que emergiram no contexto político do país, mais especificamente no sistema capitalista (CARVALHO, 2013).
É possível dizer ainda que a saúde pública do Brasil é parte das políticas públicas que existem hoje no país, visto que ela é responsabilidade pública e um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988 a todos os seres humanos. Ou seja, ela é uma política social de proteção às pessoas (CARVALHO, 2013).
Além disso, o funcionamento da saúde pública vai depender muito da cidade e de seus habitantes, pois ao surgir as comunidades é que compreende-se a vida comunitária, seus costumes, formas de sociabilidade, diversidade e adequa-se todos esses elementos às formas de assistência e proteção sanitária à população civil (CARVALHO, 2013).
Pode-se dizer ainda que, o termo saúde pública no Brasil diz respeito ao nome que foi empregado ás práticas e medidas de responsabilidade do Estado como uma forma de garantir que todo cidadão tenha acesso à saúde física, mental e social (CARVALHO, 2013).
Nesse contexto mais atual, tem-se a Organização Mundial de Saúde (OMS) que é a responsável por coordenar, fiscalizar e melhorar a saúde pública do Brasil. Através de sua parceria com o governo brasileiro é que a saúde pública está cada vez melhor, de modo que é possível prevenir doenças, aumentar a produção de vacinas, e ainda contribuir na qualidade da alimentação (CARVALHO, 2013).
REFERÊNCIAL TEÓRICO: 
Atualmente a saúde pública do Brasil é um dever do Estado, a Constituição Federal delegou aos Estados, União e municípios a responsabilidade de cuidar da saúde pública do país (CARVALHO, 2013).
Mas antes, é preciso observar como ocorreu historicamente o processo de instalação, constituição e permanência da saúde pública no Brasil: 
Fonte: Paim; et al., 2011. 
Diante disso, o que se vê hoje é: 
Fonte: Paim; et al., 2011.
Após esse percurso metodológico, é preciso esclarecer que o sistema de saúde brasileiro é formado por uma rede complexa de prestadores e compradores de serviços que competem entre si, gerando uma combinação públicoprivada financiada sobretudo por recursos privados (PAIM; et al., 2011).
O sistema de saúde tem três subsetores: o subsetor público, no qual os serviços são financiados e providos pelo Estado nos níveis federal, estadual e municipal, incluindo os serviços de saúde militares; o subsetor privado (com fins lucrativos ou não), no qual os serviços são financiados de diversas maneiras com recursos públicos ou privados; e, por último, o subsetor de saúde suplementar, com diferentes tipos de planos privados de saúde e de apólices de seguro, além de subsídios fiscais (PAIM; et al., 2011).
Os componentes público e privado do sistema são distintos, mas estão interconectados, e as pessoas podem utilizar os serviços de todos os três subsetores, dependendo da facilidade de acesso ou de sua capacidade de pagamento (PAIM; et al., 2011).
A implementação do SUS começou em 1990, mesmo ano da posse de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito por voto popular desde a ditadura militar, que seguiu uma agenda neoliberal e não se comprometeu com a reforma sanitária. Ainda assim, em 1990, foi aprovada a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90), que especificava as atribuições e a organização do SUS. O projeto da reforma sanitária foi retomado em 1992, após o impeachment do presidente por corrupção (PAIM; et al., 2011). 
A descentralização aumentou e foi lançado o Programa de Saúde da Família (PSF). Um novo plano de estabilização econômica (Plano Real) foi introduzido em 1994, trazendo políticas de ajuste macroeconômico e projetos de reforma do Estado. Fernando Henrique Cardoso foi eleito em 1994 (e reeleito em 1998), promovendo novos processos de ajuste macroeconômico e de privatização. Luiz Inácio Lula da Silva (eleito em 2002 e reeleito em 2006) manteve alguns aspectos da política econômica de seu antecessor, mas suspendeu as privatizações e, em seu segundo mandato, promoveu um programa desenvolvimentista (PAIM; et al., 2011).
Ainda que a reforma sanitária tenha se tornado uma prioridade política secundária durante a década de 1990, foram lançadas várias iniciativas, como um programa nacional de controle e prevenção de HIV/AIDS, maiores esforços para o controle do tabagismo, a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o estabelecimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar e a criação de um modelo de atenção à saúde indígena. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente) foram iniciativas, entre muitas outras, implementadas após 2003, durante o governo Lula (PAIM; et al., 2011).
Descentralização e gestão participativa A descentralização do sistema de saúde esteve vinculada a um processo mais amplo de transição política e de reconfiguração da Federação Brasileira, iniciado pelos movimentos democráticos da década de 1980 e moldado, posteriormente, pelos programas de ajuste macroeconômico (PAIM; et al., 2011).
Esse novo acordo federativo deu mais autonomia aos municípios, mas também expandiu os recursos e controles do nível federal. A saúde foi o único setor que implementou uma descentralização radical, com importante financiamento e ações regulatórias do governo federal (PAIM; et al., 2011).
A descentralização do sistema de saúde foi a lógica subjacente da implementação do SUS; para isso, foram necessárias legislação complementar, novas regras e reforma administrativa em todos os níveis do governo. Normas aprovadas pelo Ministério da Saúde – destinadas a redefinir responsabilidades – estabeleceram mecanismos de repasse financeiro (como o Piso da Atenção Básica – PAB –, um valor per capita transferido pelo Ministério da Saúde aos municípios de modo a financiar a atenção básica) e novos conselhos representativos e comitês de gestão em todos os níveis de governo (PAIM; et al., 2011).
Desde 2006, algumas dessas normas foram substituídas pelo Pacto pela Saúde, um acordo no qual os gestores de cada nível de governo assumem compromissos mútuos sobre as metas e responsabilidades em saúde. Para administrar essa política descentralizada, os mecanismos de tomada de decisão foram ampliados no sistema, com participação social e construção de alianças entre os principais atores envolvidos (PAIM; et al., 2011).
Além das conferências nacionais de saúde, foi institucionalizada uma estrutura inovadora, que estabeleceu conselhos de saúde e comitês intergestoresnos níveis estadual (bipartite) e federal (tripartite) nos quais as decisões são tomadas por consenso. Essas estruturas políticas representam grande inovação na governança em saúde no Brasil, pois permitiram que maior número e variedade de atores participasse do processo de tomada de decisão e definiram áreas de responsabilidade institucional com mais clareza que no passado, assegurando que cada nível de governo apoiasse a implementação da política nacional de saúde (PAIM; et al., 2011).
RESULTADOS E DISCUSSÕES: 
O SUS em si é um estudo de caso de governança, mais ainda em tempos de pandemia. Primeiro porque abrange diversas instâncias subnacionais com comando único por nível de governo, de acordo com a lei do sistema. Segundo porque deveria considerar todos os atores envolvidos, desde os cidadãos no seu papel primordial até profissionais, governantes e agentes econômicos, empresas com e sem finalidade lucrativa. Terceiro porque coloca em ação toda a cadeia de valor, desde a geração de conhecimentos até o consumo, passando pelos fluxos de regulação, distribuição e informação (RODRIGUES, 2020).
Nas primeiras semanas após a declaração da pandemia, a informação para a população foi um dos fatores mais críticos. De forma correta ou não, os dados apresentados com frequência pela equipe do Ministério ofereciam aos cidadãos uma sensação de segurança, de se sentirem por dentro de como estava o país e de como sua participação era importante para o futuro da saúde nacional (RODRIGUES, 2020).
Contudo, antes do primeiro caso no Brasil, sabe-se que já havia uma série de informações, tanto de posse dos diferentes níveis de governo (federal, estaduais e municipais), tratadas em função da saúde global, quanto de algumas empresas com unidades fora do Brasil. Em função disso, há críticas – cuja acurácia não é transparente para a opinião pública – quanto a se deveriam ter sido tomadas medidas severas de controle pelo menos de viagens em função do Carnaval, que ocorreria em fevereiro e quando aglomeração popular é a norma (RODRIGUES, 2020).
Num segundo momento, começou uma discrepância de informações, em alguns casos, por desconhecimento (orientação quanto à não necessidade de utilizar máscaras nos deslocamentos normais, desmentida depois), em uns, por busca de evidenciar posições ou opiniões (por exemplo, a defesa da não necessidade de isolamento social) e em outros ainda por defesa de medicamentos aparentemente sem evidências científicas de sucesso (que ainda são utilizados por norma em algumas situações) (RODRIGUES, 2020).
Logo a seguir, com a redução de disponibilidade de EPIs e de equipamentos, com todos os interessados indo a campo para adquiri-los, o mercado se colocou, aumentando os preços de todos os insumos a números nunca vistos. Municípios, estados e serviços de saúde faziam guerra de preços também para contratação de profissionais especializados (RODRIGUES, 2020).
Onde se verificou comando de fato, conseguiu-se ver ação conjunta na gestão e utilização de recursos. Alguns municípios e estados conseguiram tratar a regulação do acesso aos leitos de UTI para COVID-19 e para outras necessidades. Ao mesmo tempo, ocorreu retração da Atenção Primária, priorizando a assistência hospitalar durante a pandemia em detrimento dos Agentes Comunitários de Saúde como agentes de saúde de fato (RODRIGUES, 2020).
Tampouco, em média, foram preparados os profissionais para cuidar de sua saúde física e mental. Em alguns dos países onde começou a pandemia, foram criados hospitais de campanha. O Brasil seguiu esse movimento, com diferentes modalidades de gestão, por organizações sociais ou por outras convidadas e interessadas. No entanto, não se pode dizer que tenha havido um processo de avaliação apropriado da experiência, para novas situações (RODRIGUES, 2020).
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vinculada ao Ministério da Saúde e responsável pelo controle dos planos de saúde, adiantou-se e sugeriu que os planos de saúde restringissem acesso a alguns procedimentos eletivos (que não tratamentos oncológicos e controles de outras condições crônicas bem como pré-natal e partos). Nesse clima, a falta de orientação única fez com que a população tivesse o comportamento habitual nessas condições de insegurança, optando por não procurar os serviços, postergando até mesmo o que seria necessário acompanhar (RODRIGUES, 2020).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também vinculada ao Ministério da Saúde, está, em outubro de 2020, sob mira da opinião pública (e dos poderes constituídos) porque espera-se dela a liberação adequada da vacina (independentemente de qual seja). O assunto vacina mostra desconsideração pelas questões de governança, pois em vez de se buscar uma, qualquer, que funcione para a população, é objeto de torcida, fazendo a população correr o risco de ser manipulada em prol ou contra qualquer uma das duas (RODRIGUES, 2020).
Nos hospitais também estão presentes desafios relacionados à gestão de pessoas. As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) preveem o isolamento social como forma de redução do contágio do novo coronavírus e isto influencia na adoção de medidas no gerenciamento de pessoal nos hospitais, como a escala de rodízio e teletrabalho (RODRIGUES, 2020).
Também, junto ao cenário pandêmico da COVID-19 emerge a necessidade de orientações aos colaboradores sobre o uso de equipamentos de proteção individual e higienização das mãos para evitar a contaminação pelo vírus no ambiente hospitalar, assim como a necessidade de capacitação sobre a prestação de assistência aos pacientes, uma vez que são disponibilizadas orientações pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde sobre o tratamento de indivíduos infectados ou com suspeita (RODRIGUES, 2020).
Vale ressaltar as dificuldades enfrentadas pelos gestores em relação à oferta de leitos de terapia intensiva em quantitativo adequado para atendimento dos casos graves da doença, em detrimento das limitações físicas (infraestrutura) das instituições hospitalares e da falta de equipamentos disponíveis, como ventilador pulmonar mecânico (RODRIGUES, 2020).
Um ponto importante para futuro dos hospitais públicos, principalmente os universitários, é a adoção de uma política agressiva de interação com empresas privadas e instituições de pesquisa, para desenvolvimento de conhecimento e produtos, ou seja, o estimulo à pesquisa nestas instituições para que a dependência de insumos, serviços e equipamentos seja menor no território nacional (RODRIGUES, 2020).
Por fim, a escassez de evidências científicas que auxiliem os gestores hospitalares nas tomadas de decisões em circunstâncias de pandemia destaca a importância da articulação de competências entre profissionais da área assistencial, técnica e administrativa, a fim de que a atuação conjunta produza soluções para superação dos desafios da gestão de hospitais públicos brasileiros no cenário da pandemia COVID-19. Tal superação é fundamental para aplacar os impactos negativos desse cenário, também para facilitar o enfrentamento da pandemia em busca da recuperação dos indivíduos acometidos pelos efeitos desta doença (RODRIGUES, 2020).
CONCLUSÃO: 
Por fim, o que se nota é que a saúde pública do Brasil sofreu grandes impactos com a pandemia do COVID-19. E, a queda mais significativa nos procedimentos ocorreu no primeiro trimestre da pandemia, seguida de aumento progressivo; a maioria das regiões ainda não havia se recuperado até o final de 2020. O represamento é extremamente preocupante e causará forte pressão no SUS durante os próximos anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Estudos avançados, v. 27, p. 7-26, 2013.
PAIM, Jairnilson Silva et al. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. 2011.
RODRIGUES, Andreysa Keryane Silva et al. Desafios da gestão de hospitais públicos brasileiros no cenário da pandemia COVID-19. HU Revista , v. 46, p. 1-2, 2020.

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