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pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 1 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO 01- Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) Este caderno com o enunciado das 40 (quarenta) questões objetivas divididas nas seguintes sessões: b) Uma (1) Folha de Respostas, destinada às respostas das questões objetivas formuladas nas provas, a ser entregue ao fiscal no final. 02- Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem na confirmação de inscrição. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03- Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio da Folha de Respostas, preferivelmente à caneta esferográfica de tinta na cor preta ou azul. 04- Tenha muito cuidado com a Folha de Respostas para não a DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. A folha somente poderá ser substituída caso esteja danificada em suas margens superior ou inferior – BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 05- Na prova, as questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima do enunciado. 06- Na folha de respostas, as mesmas estão identificadas pelo mesmo número e as alternativas estão identificadas acima da questão de cada bloco de respostas. 07- Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA. A marcação de nenhuma ou de mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS SEJA A CORRETA. 08- Na Folha de Respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo TODO O ESPAÇO compreendido pelo retângulo pertinente à alternativa, usando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, procurando deixar menos “espaços em branco” possível dentro do retângulo, sem invadir os limites dos retângulos ao lado. 09- SERÁ ELIMINADO do Concurso o candidato que: a) Se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas, relógios e/ou aparelhos de calcular, bem como rádios gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) Se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e/ou a Folha de Respostas. 10- Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar sua Folha de Respostas. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11- Quando terminar, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas, e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12- O TEMPO DE DURAÇÃO DA PROVA É DE 4 (QUATRO) HORAS. LÍNGUA PORTUGUESA CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões Pontos Questões Pontos Questões Pontos 1 a 10 2 11 a 20 2 21 a 40 3 www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 2 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 3 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva TEXTO ESTUFA DA DESIGUALDADE Aloizio Mercadante/ Jornal O Globo O Texas, que tem 23 milhões de habitantes, emite mais dióxido de carbono (CO2) que toda a África Subsaariana, região com população de 720 milhões. Os 19 milhões de habitantes de Nova York lançam mais CO2 na atmosfera do que os 766 milhões de habitantes dos 50 países mais pobres do mundo. Esses números dão uma idéia da imensa desigualdade nas responsabilidades concernentes ao efeito estufa. Com efeito, são os países desenvolvidos os grandes responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta. Foram eles que lançaram na atmosfera sete de cada 10 toneladas de CO2, desde que começou a revolução industrial. Tal responsabilidade não é apenas histórica, pois as nações desenvolvidas continuam a ser as principais poluidoras. Muitos argumentam que alguns países em desenvolvimento vêm aumentando suas participações nas emissões globais. A China, por exemplo, já é o segundo maior emissor de CO2 do mundo. Contudo, esse aumento da participação é concentrado em poucos países e encobre grande disparidade demográfica. Assim, quando analisamos as emissões per capita, verificamos que um chinês emite apenas um quinto do CO2 emitido por um norte-americano. Já um brasileiro emite 11 vezes menos que um norte-americano. Ironicamente, a desigualdade nas responsabilidades pelas emissões se inverte quando se trata da vulnerabilidade às mudanças climáticas. Os 1 bilhão de habitantes mais pobres do planeta, embora respondam por apenas 3% das emissões, são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Na África, as secas intensas vêm provocando aumento da fome e da desnutrição. Na Bolívia, o encolhimento das geleiras andinas já causa escassez de água potável. Pois bem, é dentro desse contexto de extrema desigualdade nas responsabilidades e nas vulnerabilidades relacionadas ao efeito estufa, as quais refletem as crescentes disparidades socioeconômicas mundiais, que devem ser analisadas as discussões do 13° Encontro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorre em Bali. Os países desenvolvidos, que, de um modo geral, aumentaram as suas emissões, ao invés de reduzi-las, como haviam se comprometido quando assinaram o Protocolo de Kioto, querem, agora, comprometer os países em desenvolvimento com metas de redução dos gases do efeito estufa. Pior: querem se aproveitar do tema para auferir ganhos comerciais. Elaboraram lista de produtos “ambientais” que poderiam ser comercializados com tarifa zero. Omitiram, no entanto, o etanol brasileiro da lista, pois pretendem continuar a proteger os seus mercados agrícolas. Tal cenário impõe três conclusões. A primeira é que o Brasil, país de matriz energética limpa e de vanguarda nos biocombustíveis, deveria condicionar compromissos internacionais de metas diferenciadas para os países em desenvolvimento ao efetivo cumprimento das metas acordadas para as nações desenvolvidas. Ademais, a conciliação entre meio ambiente equilibrado e o direito ao desenvolvimento, conquista histórica da Eco 92, tem de ser preservada. Afinal, a manutenção da pobreza não vai resolver os problemas ambientais do mundo. Isso não significa omissão na luta contra as mudanças climáticas. Temos de assumir compromisso interno mais firme no que tange ao desmatamento da Amazônia. Também devemos nos esforçar para assumir amplos compromissos regionais, no âmbito do Mercosul e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Como membro do Parlamento do Mercosul, almejo propor protocolo específico sobre mudanças climáticas para o bloco. A segunda conclusão é a de que o Protocolo de Kioto e o mercado de carbono, embora imprescindíveis, são insuficientes para lidar com a questão. Precisamos de mecanismos mais eficientes que propiciem o financiamento de tecnologias limpas para países em desenvolvimento e da mitigação do efeito estufa. Por isso, apresentei proposta de criar o Fundo Ambiental Mundial, destinado ao combate ao efeito estufa, com base na arrecadação de 1% sobre importações internacionais, com ênfase nas de petróleo, o que poderia redundar numrecolhimento de US$ 100 bilhões por ano. Esse fundo daria base financeira para que todos os países, inclusive os mais pobres, pudessem se empenhar nessa luta. A terceira conclusão é de que não podemos esperar mais para agir. Certa vez, perguntaram a Gandhi se a Índia pretendia se desenvolver como a Inglaterra. Gandhi, após observar que a Inglaterra havia consumido metade dos recursos do planeta para se desenvolver, perguntou: “De quantos planetas precisará a Índia?” Só temos um planeta, e ele está doente. Ambiental e socialmente doente. Temos de cuidar dele e enfrentar, em conjunto, essas duas terríveis enfermidades. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 4 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva ♦ Conhecimentos Básicos ♦ Questão 01 Procure formar uma compreensão global do texto. Para sua comodidade, trechos do texto estão repetidos antes das alternativas de respostas às questões. Todavia, em cada questão, a escolha da alternativa correta pode depender da compreensão do texto como um todo ou de informações que estejam em outros trechos do texto. Lembre-se de que o conhecimento de mundo (que o leitor traz) participa da interpretação do texto, mas procure discernir o que é o seu conhecimento, o que é a sua opinião e o que realmente pertence ao texto ou ele autoriza que se infira. O texto acima, de Aloizio Mercadante, será referido, por vezes, nos enunciados e nas alternativas, simplesmente como “o texto”. Posto isso, releia o título do texto, abaixo destacado, e o enunciado da primeira questão: Estufa da desigualdade Das alternativas abaixo, o comentário PERTINENTE como compreensão de algum elemento ou aspecto do texto, de seu título e/ou da relação entre o título e o que o texto apresenta é que A) o texto alude àqueles criadouros, em geral de plantas que necessitam de calor ambiente constante, para referir-se às mudanças climáticas pelas quais o planeta está passando, sem lograr uma visão das correlações entre diversos fatores envolvidos no efeito estufa. B) as desigualdades a que o título se refere são, específica e exclusivamente, quanto ao grau de responsabilidade dos países pelas emissões dos gases do efeito estufa e ao grau de vulnerabilidade destes às mudanças climáticas. C) as desigualdades a que o título se refere são muitas e variadas, exclusive as econômicas, de vez que a economia é aspecto importante tanto do desenvolvimento (desenvolvimento econômico) quanto do combate ao efeito estufa. D) com a imagem da estufa — em geral, lugar propício ao desenvolvimento de certas formas de vida —, o texto e o título figuram a Terra como um “viveiro” de disparidades socioeconômicas que se agravam com a distinção entre as populações que mais emitem os gases do efeito estufa e as mais vulneráveis às mudanças climáticas dele decorrentes. E) interpretado o texto, e sabendo-se que seu autor é senador pelo PT (Partido dos Trabalhadores), mesmo partido do Presidente Lula, conclui-se que o texto faz uma crítica global (a “estufa da desigualdade”), com ênfase nos países desenvolvidos, e uma apologia explícita, com referências diretas, do governo Lula. Questão 02 O Texas, que tem 23 milhões de habitantes, emite mais dióxido de carbono (CO2) que toda a África Subsaariana, região com população de 720 milhões. Os 19 milhões de habitantes de Nova York lançam mais CO2 na atmosfera do que os 766 milhões de habitantes dos 50 países mais pobres do mundo. Qual das alternativas abaixo se constitui em um comentário PERTINENTE acerca de algum elemento ou aspecto do texto? A) em “O Texas, que tem 23 milhões de habitantes”, o termo “que” é um pronome possessivo, representando algo que o Texas possui. B) a oração “que tem 23 milhões de habitantes” funciona como adjunto adnominal: é, assim, uma oração subordinada adjetiva. C) a oração “que tem 23 milhões de habitantes” funciona como um aposto explicativo: é, portanto, uma oração subordinada substantiva apositiva. D) em “O Texas, que tem 23 milhões de habitantes, emite mais dióxido de carbono” ocorre uma figura de linguagem denominada metáfora, pois não é propriamente o Texas que emite tal substância. E) o texto estabelece, com isenção e imparcialidade, a relação entre o número de habitantes e o volume das emissões de CO2 de diferentes grupos populacionais, furtando-se a cotejá-los entre si. Questão 03 Esses números dão uma idéia da imensa desigualdade nas responsabilidades concernentes ao efeito estufa. Com efeito, são os países desenvolvidos os grandes responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta. Foram eles que lançaram na atmosfera sete de cada 10 toneladas de CO2, desde que começou a revolução industrial. Tal responsabilidade não é apenas histórica, pois as nações desenvolvidas continuam a ser as principais poluidoras. Muitos argumentam que alguns países em desenvolvimento vêm aumentando suas participações nas emissões globais. A China, por exemplo, já é o segundo maior emissor de CO2 do mundo. Contudo, esse aumento da participação é concentrado em poucos países e encobre grande disparidade demográfica. Assim, quando analisamos as emissões per capita, verificamos que um chinês emite apenas um quinto do CO2 emitido por um norte-americano. Já um brasileiro emite 11 vezes menos que um norte-americano. Dentre as alternativas abaixo, o comentário pertinente que se pode fazer acerca de algum elemento ou aspecto do texto é o de que www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 5 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva A) a proximidade das expressões “efeito estufa” e “com efeito” produz um pleonasmo vicioso em função da repetição da mesma palavra, como em morrer de morte morrida. B) apesar de serem os maiores poluidores, os países desenvolvidos ainda não lançaram, sozinhos, mais de 10 toneladas de CO2 na atmosfera desde que começou a revolução industrial. C) “norte-americano” é uma palavra composta — formada exatamente pelo mesmo processo que a palavra composta “Subsaariana”. D) a referida responsabilidade não ser “apenas histórica” significa, entre outras coisas, que ela não é restrita à história pregressa. E) embora se diga que alguns países em desenvolvimento estejam poluindo mais a atmosfera, a China, país desenvolvido, é o segundo maior emissor de CO2 do planeta. Questão 04 (...) A China, por exemplo, já é o segundo maior emissor de CO2 do mundo. Contudo, esse aumento da participação é concentrado em poucos países e encobre grande disparidade demográfica. Assim, quando analisamos as emissões per capita, verificamos que um chinês emite apenas um quinto do CO2 emitido por um norte-americano. Já um brasileiro emite 11 vezes menos que um norte-americano. Ironicamente, a desigualdade nas responsabilidades pelas emissões se inverte quando se trata da vulnerabilidade às mudanças climáticas. Os 1 bilhão de habitantes mais pobres do planeta, embora respondam por apenas 3% das emissões, são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Na África, as secas intensas vêm provocando aumento da fome e da desnutrição. Na Bolívia, o encolhimento das geleiras andinas já causa escassez de água potável. Dentre as alternativas abaixo, o comentário pertinente que se pode fazer acerca de algum elemento ou aspecto do texto é A) o termo “ironicamente” traz uma idéia que pode ser compreendida como “por meio de um contraste que parece um escárnio”, ou ainda, “de modo singularmente contrastante”. B) o termo “ironicamente” sugere que as informações que o seguem sãode duplo sentido, podendo significar o oposto do que pareça em uma primeira leitura. C) o texto mostra que o volume de emissões de gases de um país é diretamente proporcional a sua população. D) o texto mostra que o volume de emissões de gases de um país é inversamente proporcional à riqueza de sua população. E) o texto mostra que, como a China é o segundo maior emissor de CO2, proporcionalmente, um chinês só pode poluir menos que um norte-americano. Questão 05 Esses números dão uma idéia da imensa desigualdade nas responsabilidades concernentes ao efeito estufa. Com efeito, são os países desenvolvidos os grandes responsáveis pelas mudanças climáticas que ameaçam o planeta. Foram eles que lançaram na atmosfera sete de cada 10 toneladas de CO2, desde que começou a revolução industrial. Tal responsabilidade não é apenas histórica, pois as nações desenvolvidas continuam a ser as principais poluidoras. (...). Ironicamente, a desigualdade nas responsabilidades pelas emissões se inverte quando se trata da vulnerabilidade às mudanças climáticas. Os 1 bilhão de habitantes mais pobres do planeta, embora respondam por apenas 3% das emissões, são os mais afetados pelas mudanças climáticas. Na África, as secas intensas vêm provocando aumento da fome e da desnutrição. Na Bolívia, o encolhimento das geleiras andinas já causa escassez de água potável. Dentre as alternativas a seguir, o comentário não- pertinente, ou seja, errado, acerca de algum elemento ou aspecto do texto é o de que A) o efeito estufa tem um impacto ambiental local diferenciado, ou seja, ameaça todo o planeta, mas não sofrem necessariamente maiores mudanças climáticas as populações que mais emitem CO2. B) subentende-se que, através de uma cadeia de causas e efeitos – das emissões de CO2 às mudanças climáticas –, populações pobres já arcam com as conseqüências dos danos ambientais causados pelo desenvolvimento de outras populações. C) é apresentada uma relação direta entre o desenvolvimento das populações e o volume de suas emissões de CO2, o que significa que o desenvolvimento tem implicado, historicamente, produção do efeito estufa e conseqüente ameaça ao planeta. D) como o termo “vulnerável” rege a preposição “a”, e a expressão “mudanças climáticas” exige o artigo definido, também estaria correto, quanto ao acento grave, escrever “vulnerabilidade à mudanças climáticas”. E) a expressão “os mais afetados pelas mudanças climáticas” funciona como predicativo de “os 1 bilhão de habitantes mais pobres do planeta”, que, por sua vez, é sujeito da oração principal do período de que participa. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 6 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 06 Pois bem, é dentro desse contexto de extrema desigualdade nas responsabilidades e nas vulnerabilidades relacionadas ao efeito estufa, as quais refletem as crescentes disparidades socioeconômicas mundiais, que devem ser analisadas as discussões do 13° Encontro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorre em Bali. Os países desenvolvidos, que, de um modo geral, aumentaram as suas emissões, ao invés de reduzi-las, como haviam se comprometido quando assinaram o Protocolo de Kioto, querem, agora, comprometer os países em desenvolvimento com metas de redução dos gases do efeito estufa. Pior: querem se aproveitar do tema para auferir ganhos comerciais. Elaboraram lista de produtos “ambientais” que poderiam ser comercializados com tarifa zero. Omitiram, no entanto, o etanol brasileiro da lista, pois pretendem continuar a proteger os seus mercados agrícolas. Dentre as alternativas que se seguem, pode-se dizer, de modo pertinente, acerca de algum elemento ou aspecto do texto, que A) as referidas “responsabilidades” relacionadas ao efeito estufa dizem respeito às políticas responsáveis, ou seja, de redução das emissões, já implantadas. B) as referidas “vulnerabilidades às mudanças” dizem respeito a os países em desenvolvimento poderem ser forçados a se comprometer com metas de redução das emissões dos gases do efeito estufa. C) o quadro de desigualdade quanto às responsabilidades e vulnerabilidades ligadas ao efeito estufa é corolário das desigualdades socioeconômicas mundiais. D) o Protocolo de Kioto, assinado pelos países desenvolvidos, acabou por fomentar o aumento das emissões de gases do efeito estufa por parte desses países. E) os países em desenvolvimento seguem coletivamente um novo modelo desse próprio desenvolvimento, comprometendo-se com metas de redução das suas emissões. Questão 07 Pois bem, é dentro desse contexto de extrema desigualdade nas responsabilidades e nas vulnerabilidades relacionadas ao efeito estufa, as quais refletem as crescentes disparidades socioeconômicas mundiais, que devem ser analisadas as discussões do 13° Encontro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorre em Bali. Os países desenvolvidos, que, de um modo geral, aumentaram as suas emissões, ao invés de reduzi-las, como haviam se comprometido quando assinaram o Protocolo de Kioto, querem, agora, comprometer os países em desenvolvimento com metas de redução dos gases do efeito estufa. Pior: querem se aproveitar do tema para auferir ganhos comerciais. Elaboraram lista de produtos “ambientais” que poderiam ser comercializados com tarifa zero. Omitiram, no entanto, o etanol brasileiro da lista, pois pretendem continuar a proteger os seus mercados agrícolas. O comentário pertinente, dentre as alternativas abaixo, acerca de algum elemento ou aspecto do texto é que A) apesar de suas disparidades socioeconômicas e de certa morosidade (“não podemos esperar mais”), as nações não têm imiscuído questões econômicas e comerciais nas discussões acerca do efeito estufa, o qual “ameaça o planeta” como um todo. B) a expressão “haviam se comprometido”, do ponto de vista da norma culta, poderia ser reescrita corretamente como “haviam-se comprometido”, ou seja, com o pronome enclítico ao verbo auxiliar da locução. C) em “omitiram, no entanto, o etanol brasileiro da lista”, o verbo “omitir” está na voz passiva, pois, como se depreende do texto, o etanol brasileiro é paciente da ação verbal, ou seja, foi omitido. D) o etanol brasileiro poderia figurar na referida lista de produtos “ambientais”, mas isso não ocorre por razões estranhas ao comércio entre as nações, embora o Brasil seja um país de matriz energética limpa. E) as tarifas sobre as comercializações internacionais não são formas lícitas, ou legais, de proteção de mercados agrícolas, mas barreiras a um amplo acordo multilateral na luta contra o efeito estufa. Questão 08 Tal cenário impõe três conclusões. A primeira é que o Brasil, país de matriz energética limpa e de vanguarda nos biocombustíveis, deveria condicionar compromissos internacionais de metas diferenciadas para os países em desenvolvimento ao efetivo cumprimento das metas acordadas para as nações desenvolvidas. Ademais, a conciliação entre meio ambiente equilibrado e o direito ao desenvolvimento, conquista histórica da Eco 92, tem de ser preservada. Afinal, a manutenção da pobreza não vai resolver os problemas ambientais do mundo. Isso não significa omissão na luta contra as mudanças climáticas. Temos de assumir compromisso interno mais firme no que tange ao desmatamento da Amazônia. Também devemos nos esforçar para assumir amplos compromissos regionais, no âmbito do Mercosul e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Como membro do Parlamento do Mercosul, almejo propor protocolo específico sobre mudanças climáticas para o bloco. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA==Página: 7 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Dentre as alternativas a seguir, a que revela um comentário pertinente na compreensão de algum elemento ou aspecto do texto é A) subentende-se que, com sua “matriz energética limpa” e sua “vanguarda nos biocombustíveis”, o Brasil já não concorre para o agravamento do efeito estufa. B) a conquista histórica obtida na Eco 92 foi a de que o dever de preservar um “meio ambiente equilibrado” deve sobrepor-se ao “direito ao desenvolvimento”, ainda que a manutenção da pobreza não resolva “os problemas ambientais do mundo”. C) “assumir compromisso interno mais forte no que tange ao desmatamento da Amazônia”, afirmando a soberania nacional, é algo deletério à luta contra as mudanças climáticas. D) a oração “de assumir compromisso interno mais firme no que tange ao desmatamento da Amazônia”, introduzida por preposição, funciona como objeto indireto de “temos” (verbo ter). E) o texto propugna pela importância da instância regional, como a do bloco de países do Mercosul, na luta contra as mudanças climáticas — ao lado dos compromissos internos e dos compromissos internacionais mais amplos do Brasil. Questão 09 A segunda conclusão é a de que o Protocolo de Kioto e o mercado de carbono, embora imprescindíveis, são insuficientes para lidar com a questão. Precisamos de mecanismos mais eficientes que propiciem o financiamento de tecnologias limpas para países em desenvolvimento e da mitigação do efeito estufa. Por isso, apresentei proposta de criar o Fundo Ambiental Mundial, destinado ao combate ao efeito estufa, com base na arrecadação de 1% sobre importações internacionais, com ênfase nas de petróleo, o que poderia redundar num recolhimento de US$ 100 bilhões por ano. Esse fundo daria base financeira para que todos os países, inclusive os mais pobres, pudessem se empenhar nessa luta. O comentário pertinente, dentre as alternativas abaixo, acerca de algum elemento ou aspecto do texto é o seguinte: A) hoje, na luta contra o efeito estufa, já se deve descurar da via dos acordos internacionais, como o de Kioto, e da via do comércio internacional, como o mercado de carbono, em favor de mecanismos mais eficientes em fazer cessarem as causas dessa ameaça. B) os países em desenvolvimento, bem como os países mais pobres, devem ter o seu “direito ao desenvolvimento” respeitado pela comunidade internacional; em contrapartida, devem financiar o desenvolvimento de tecnologias limpas de mitigação do efeito estufa. C) para a mitigação do efeito estufa, ou seja, para a sua completa erradicação, é necessário o aporte de recursos econômicos, donde a necessidade de mecanismos eficazes em proporcionar esses recursos. D) se se considerar que o consumo de petróleo está ligado à emissão de gases do efeito estufa, a tributação das importações internacionais de petróleo para financiar a luta contra o efeito estufa implica combater o problema com recursos econômicos advindos de uma de suas causas, ainda que isso possa desestimular o consumo de petróleo. E) em uma passagem anterior do texto, foram citados dois exemplos da mitigação do efeito estufa, quais sejam a fome e a desnutrição decorrentes de secas intensas na África e a escassez de água potável na Bolívia, esta em função do encolhimento das geleiras andinas. Questão 10 A terceira conclusão é de que não podemos esperar mais para agir. Certa vez, perguntaram a Gandhi se a Índia pretendia se desenvolver como a Inglaterra. Gandhi, após observar que a Inglaterra havia consumido metade dos recursos do planeta para se desenvolver, perguntou: “De quantos planetas precisará a Índia?” Só temos um planeta, e ele está doente. Ambiental e socialmente doente. Temos de cuidar dele e enfrentar, em conjunto, essas duas terríveis enfermidades. Das alternativas abaixo, consiste em um comentário pertinente acerca de algum elemento ou aspecto do texto a que está contida na alternativa A) Gandhi recebeu uma pergunta unívoca, que só permitia as respostas “sim” ou “não”, mas preferiu atender a uma suposta pergunta que seria “como” a Índia se desenvolveria, para então apontar o enorme custo que teve o desenvolvimento inglês. B) Gandhi não viu a Inglaterra como mero exemplo de país desenvolvido, mas como exemplo de um tipo de desenvolvimento que, para ser posto em marcha pela Índia, teria, quanto ao volume de recursos necessários, um custo talvez calculável, mas impraticável. C) a palavra “Índia” é acentuada graficamente porque é paroxítona terminada em “a”, como “idéia”, e a palavra “terríveis” recebe o mesmo acento porque é paroxítona terminada em ditongo (seguido de s). D) em “só temos um planeta, e ele está doente” ocorre a mesma figura de linguagem que em “os 1 bilhão de habitantes do planeta”, que é a concordância ideológica, ou silepse. E) a pergunta de Gandhi, com a qual responde à pergunta que lhe fora feita, torna-se clara e contundente com a informação, fornecida anteriormente pelo texto, de que a Índia é muito mais populosa do que a Inglaterra. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 8 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva ♦ Conhecimentos Pedagógicos ♦ Questão 11 A supervisora Shirley, no momento da reunião pedagógica do grupo de professores do 2º Ciclo de aprendizagem, refletia, junto com o grupo de professores, sobre o que significa a palavra conhecimento. Chegaram à conclusão de que conhecimento “não é apenas uma forma de obter e reter informações”, pois conhecer exige que se mergulhe mais fundo sobre o que existe no ato de conhecer, necessitando desenvolver uma forma de entendimento sobre algo, em relação tanto ao seu modo de ser quanto ao de operar ou agir sobre o real. A partir da análise dos múltiplos elementos que explicam a realidade, pode-se dizer que conhecimento é A) encontrar as relações do momento focado. B) entender a realidade como ela é e o seu funcionamento. C) descrever a realidade aparente. D) empregar uma ferramenta de ação pragmática. E) apropriar-se de um significado observado. Questão 12 Olhando-se de relance para a história pedagógica brasileira, podemos ver o preço que o supervisor escolar tem pagado em termos de denominações, estando sujeito às teorias que lhe foram dando e ainda dão o suporte conveniente. Muitos foram os nomes atribuídos a esse parceiro pedagógico em sua trajetória profissional, tais como: o de Orientação Pedagógica, Assistência Pedagó- gica, Coordenação Pedagógica, Supervisão de Ensino, Supervisão Pedagógica, Supervisão da Educação, Su- pervisão Educacional, Supervisão Escolar etc. No entanto, pode-se perceber a importância da sua ação, mesmo quando questionada, criticada, repensada, mas necessária. O(a) Supervisor(a), dinamicamente assumido(a) e vivido(a) junto aos imperativos da realidade na qual está inserido(a) evidencia a sua importância frente às necessidades da escola e do processo ensino- aprendizagem do trabalho que lhe é confiado, devendo desenvolver sua prática num contínuo processo de A) ação-reflexão-ação. B) criação de instrumentos de avaliação. C) controle das atividades docentes. D) controle das atividades discentes. E) elaboração de planejamento. Questão 13 Para ZABALLA (1998), tudo o “quanto se tem que aprender para alcançar” a satisfação de determinados objetivos, que necessariamente abrangem tanto as capacidades cognitivas quanto as demais capacidades, estando numa relação quase exclusiva com os conhecimentos das matérias ou disciplinas clássicas, é um conceito muito usado por aqueles que desejam elaborar seus diferentes tipos de planejamento ou avaliação. “O termo utilizadopara expressar o que se deve aprender” é A) conteúdo. B) currículo. C) matéria. D) disciplina. E) recurso. Questão 14 Ao focar os Métodos de Ensino, Libâneo (2001) nos fala que esses devem estar centrados nas atividades desenvolvidas entre docente/discente apontando que, ao planejar, o docente deve visar não somente Ao estudo das diferentes matérias, mas também Ao desenvolvimento das capacidades cognitivas tanto dos professores quanto dos alunos, tendo como objetivo alcançar a satisfação do processo ensino-aprendizagem. Ademais o autor define os princípios básicos do ensino, oferecendo algumas recomendações práticas ao professor que deseja ter sucesso no desempenho profissional, estando atento em "aprender pensando naquilo que faz". Entre outras recomendações práticas, ele propõe que o docente crie condições didáticas, possibilitando que os alunos desenvolvam métodos próprios de compreensão e assimilação de conceitos e habilidades. Agindo assim, ele estará dando ênfase ao princípio do ensino centrado A) no caráter científico e sistemático. B) na compreensão e possibilidade de ser assimilado. C) na unidade ensino-aprendizagem. D) na relação conhecimento e teoria. E) na solidez dos conhecimentos. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 9 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 15 A pedagogia liberal, vista como uma teoria a- crítica, não leva em conta as desigualdades existentes na sociedade, estando atrelada à visão social dominante, que as legitima. Já a pedagogia progressista parte da análise da realidade social, promovendo a vinculação entre a sociedade e a Educação. Portanto, aqui estaremos denominando-as de pedagogia hegemônica e contra- hegemônica. Traçando um paralelo entre a pedagogia liberal e a progressista, podemos perceber que a raiz de diferenciação entre elas está no (a)(s) A) ideologias que as permeiam. B) práticas culturais. C) cursos de formação particulares. D) didática do ensino fundamental. E) prática da disciplinaridade. Questão 16 GLAT (2006) relata as discussões ocorridas sobre a questão da inclusão, expondo o que seu grupo de pesquisa debateu quanto às implicações que o exercício de uma proposta de inclusão em educação representa. Mas para que isso ocorra na prática pedagógica de fato que os profissionais da educação tenham “uma refinada capacidade de pensar sobre o pensar, agir e sentir”, precisando que as diferenças sejam percebidas “como um grande recurso a ser explorado na relação pedagógica, enriquecendo, assim, a trajetória curricular de todos os sujeitos envolvidos nesse processo que se quer inclusivo”. Tratando-se da inclusão dos discentes que requerem uma atenção especial, ou seja, de uma Educação Especial, o artigo 58 da LDB 9.394/96, do CAPÍTULO V, dispõe “que se entende por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar para educandos portadores de necessidades especiais, oferecida preferencialmente na rede de ensino A) particular. B) oficial. C) confecional. D) regular. E) especial. Questão 17 No Plano Nacional de Educação (MEC, 2000), constam as linhas centrais da proposta de integração entre os professores da Educação especial e das diferentes modalidades de ensino, como uma das ações necessárias para efetivação da Educação inclusiva. E acrescenta: Art. 8º. As escolas [...] devem prever e prover na organização de suas classes: I. professores das classes comuns e da educação especial, capacitados e especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos; II. condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com o protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as necessidades/possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa. Logo, promover a evolução do processo inclusivo se torna essencial no processo educativo, permitindo A) que todos vejam as dificuldades daqueles que têm necessidades especiais. B) que os sujeitos saibam os problemas de cada parceiro em sala de aula. C) que haja a possibilidade de mediação pedagógica pelas experiências de cada um. D) que se coloquem os alunos com necessidades especiais dentro de sala de aula. E) que o Conselho Tutelar faça a sua parte, mandando incluir esses alunos nas escolas. Questão 18 Segundo Luckesi (2005), o professor no ato de planejar deve entender que planejamento é um modo de ordenar a ação tendo em vista os fins desejados e, por base, conhecimentos que dêem suporte objetivo à ação, senão correrá o risco de esse planejamento se tornar inócuo, pois não servirá para direcionar a ação. Nessa perspectiva, planejar implica A) melhorar a avaliação por meio de novos testes de prontidão. B) ordenar fatos e ações a serem transmitidos em sala de aula. C) cumprir uma obrigação didática, exigida pela orientação pedagógica. D) conhecer para ordenar e entregar-se a um desejo para dar-lhe vida. E) elaborar materiais instrucionais mais adequados. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 10 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 19 O ensino, que contribui para a superação do fracasso escolar, parte daquilo que o aluno já conhece, procurando adequar os objetivos de séries aos fatos e situações socialmente significativos e assumidos pelos alunos, tornando o processo de aprendizagem mais acessível e prazeroso. Como os discentes são diferentes a cada momento, apresentando vivências e experiências educa- cionais diferentes, pode-se perceber que as mesmas não se repetem. Portanto, é fácil entender que as propostas didáticas, a serem desenvolvidas em sala aula, deverão ser adequadas às necessidades de cada aluno, através das diferentes variáveis educativas. Para Zabala (1998), “o conhecimento de como cada aluno aprende ao longo do processo de ensino/aprendizagem, para se adaptar às novas necessidades que se colocam, é o que podemos denominar de avaliação...” A) quantitativa B) sumativa C) tradicional D) reguladora E) somativa Questão 20 Tomando-se emprestado a definição de Rangel sobre o Projeto Político-Pedagógico (PPP), concordamos com a autora quando diz ser ele um documento integrado e integrador na e da escola: integrado, na medida em que “reúne todos os setores e serviços escolares; integrador porque reúne as pessoas que o elaboram para pensarem juntas, o “por que”, “para que” e “para quem” realiza-se o trabalho da comunidade escolar.” Logo, pode-se dizer que o PPP é um plano A) formal. B) global. C) parcial. D) informal. E) secundário. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 11 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva ♦ Conhecimentos Específicos♦ Questão 21 Leia as duas proposições abaixo e faça o que se pede: “A história – res gestae – existe em si, objetivamente, e oferece-se através dos documentos. A tarefa do historiador é reunir um número significativo de fatos, que são ‘substâncias’ dadas através de documentos ‘purificados’, restituídos à sua autenticidade interna e externa”. “(...) o motor da história, quase sua definição, é a construção do homem ede seu espírito pela sua tomada da natureza, isto é, pela produção, pelo trabalho. Mas a tarefa do historiador é explicar a passagem desse motor elementar às formas mais complexas das sociedades e das civilizações”. Identifique a seqüência correta das perspectivas historiográficas acima representadas. A) escola estruturalista e historicismo. B) escola objetivista e idealismo transcendental. C) escola metódica positivista e materialismo histórico. D) escola dos annales e materialismo histórico. E) escola metódica positivista e racionalismo clássico. Questão 22 “Se eu fosse tentar capturar a filosofia da escola dos Annales, enfatizaria três elementos: 1º) há uma tentativa de apreender a totalidade e a coesão vital de qualquer período histórico ou sociedade [...]; 2º) há a convicção de que a história é, pelo menos em parte, determinada por forças externas ao homem, mas não são inteiramente neutras ou independentes dele: forças em parte físicas, visíveis e imutáveis ou que mudam lentamente, como a geografia e o clima; e as que são em parte intangíveis, perceptíveis apenas intelectualmente, como as formações sociais e as tradições intelectuais; 3º) há a determinação, embora sem perder de vista a totalidade da ação humana, de reduzir a área de incompreensão pela análise estatística rigorosa [...]. Esta filosofia comum pode ser percebida, em formas variáveis, em todos os membros da escola dos Annales”. Hugh Trevor-Roper em REIS, José Carlos. A história entre a filosofia e a ciência. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, p.70-71. A avaliação do historiador inglês Trevor-Roper acerca da escola dos Annales, longe de ser consensual entre os historiadores, é uma síntese coerente sobre os trabalhos que resultaram da iniciativa de Lucien Febvre e Marc Bloch de criar um espaço de liderança intelectual no campo da história econômica e social, concretizada na criação, em 1929, da Revista chamada Annales d’histoire économique et sociale. Com base no texto citado, são corretas as afirmativas sobre o percurso historiográfico da escola dos Annales no século XX, exceto: A) a “tentativa de apreender a totalidade e a coesão vital de qualquer período histórico ou sociedade” acima referida encontra exemplar na proposta conceitual de Lucien Febvre de uma história-problema, que, trabalhando com hipótese e conjeturas, questiona o dado, tomando-o como fabricação. B) a “totalidade” social preconizada pela primeira geração dos Annales foi construída conceitualmente a partir dos estudos em história política, em que a noção de evento reconstruiu o sentido da narrativa histórica, de que foi exemplo o ensaio de Marc Bloch sobre a biografia dos reis da Inglaterra medieval e seu suposto poder taumatúrgico. C) a “convicção de que a história é, pelo menos em parte, determinada por forças externas ao homem, mas não são inteiramente neutras ou independentes dele” é representativa sobretudo da segunda geração dos Annales, tendo à frente o trabalho de Fernand Braudel, que explorou as possibilidades conceituais de uma “geohistória”. D) a “determinação (...) de reduzir a área de incompreensão pela análise estatística rigorosa” é característica de uma das tendências da escola dos Annales, pautada na história quantitativa aplicada à história dos preços, à demografia histórica e à história regional, que utilizavam, em suas análises, as noções de estrutura e conjuntura. E) a terceira geração dos Annales incorporou, ao programa da escola, novos objetos, métodos e abordagens, de que resultaram ensaios, monografias e estudos dedicados à história da infância, do corpo, da família, da mulher, dos valores e atitudes perante a morte, da bruxaria, das mentalidades, entre outros. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 12 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 23 jbonline.terra.com.br/.../500anos/id4ma2.html historia_demografica.tripod.com/.../flavio1.htm Os Novos Parâmetros Curriculares (PCN) sugerem temas transversais aos eixos temáticos principais do conteúdo programático de história que permitem dinamizar o processo de ensino e aprendizagem, fornecendo ao estudante instrumentos cognitivos de reflexão, bem como oportunidade de debates que possam fazer crescer sua massa crítica. Entre esses temas, estão as imagens, representações e valores em relação ao corpo, à sexualidade, à organização familiar, à religião, à educação sexual e à distribuição de papéis entre homens, mulheres, crianças e velhos nas diferentes sociedades historicamente constituídas. Imagine que você, como professor do 4º ciclo do Ensino Fundamental, fizesse uma atividade com seus alunos centrada nessa temática, aplicada à sociedade escravista colonial brasileira, utilizando os dois documentos acima: à esquerda, gravura de João Maurício Rugendas (1) e, à direita, de Jean-Baptiste Debret (2). Caberia deduzir que A) os documentos (1) e (2) apontam para o modo de produção escravista como modelo predominante na economia colonial, permitindo deduzir o papel fundamental da mão-de-obra escrava no processo de constituição de laços de dependência da colônia em relação à metrópole. B) o documento (1) reproduz fielmente os costumes desregrados e imorais da vida afetiva, sexual e reprodutiva dos negros, que não constituíam família, apesar dos esforços da Igreja Católica em cristianizar e regrar esses hábitos, tal como testemunha o documento (2). C) os documentos (1) e (2) descrevem hábitos religiosos distintos, vigentes entre a população escrava, consoante os locais em que se estabeleceram e se reproduziram, aos grupos habitantes das regiões urbanas sendo dada a liberdade de escolha religiosa (1), aos grupos das regiões rurais sendo obrigatório seguir o ritual católico (2). D) os documentos (1) e (2) permitem explorar contribuições da historiografia recente acerca das relações familiares vigentes na colônia, particularmente entre os escravos, acentuando a estabilidade e a autonomia relativa da família escrava, sua função de resistência à opressão imposta pela escravidão, bem como as diversas relações de poder que se estabeleciam entre colonos, colonizadores e colonizados. E) o documento (1) identifica um padrão de relação social e familiar comum entre os escravos das regiões açucareiras, a saber, matrimônios patrilocais ou virilocais, ao passo que os escravos das regiões cafeeiras organizavam-se segundo o regime patriarcal monogâmico típico da elite colonial (2). Questão 24 O trabalho compulsório foi uma realidade comum no mundo antigo, abrangendo, segundo Ciro Flamarion Cardoso [Trabalho compulsório na antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 2003], diversas modalidades de relações sociais de produção qualificadoras da escravidão de qualquer tipo, vigentes nas sociedades da Antiguidade ocidental. O estatuto e as funções daqueles que se encontravam na condição servil variaram no mundo grego e egípcio, extrapolando a simples divisão classificatória entre “livres” e “escravos”. Sobre a dinâmica social, econômica e política que envolveu o trabalho compulsório na antiguidade grega e egípcia é correto afirmar que, www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 13 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva A) no Egito, as atividades de trabalho escravo eram variadas, incluindo o artesanato caseiro, tarefas domésticas, trabalhos rurais e nas minas, todas exclusivas desse tipo de mão-de-obra, ao passo que, na Grécia, as duas formas de trabalho, escrava e livre, eram complementares, empregadas nas minas, em estabelecimentos rurais e artesanais domésticos,na produção rural e urbana de grande escala e nos exércitos. B) tanto no Egito quanto na Grécia, os escravos não possuíam personalidade jurídica, não tinham direito de adquirir propriedade e só alcançavam a condição de livres por alforria concedida unilateralmente por seus respectivos donos e, em casos mais raros, garantiam liberdade a seus descendentes mediante casamento com pessoas livres. C) no Egito, os camponeses que trabalhavam nas propriedades do Estado, dos templos e de particulares estavam submetidos ao pagamento de corvéia ao Estado e à arbitrariedade de administradores (estatais ou particulares), ao passo que, na Grécia, os camponeses gozavam de plena propriedade e liberdade, de que são exemplos os periecos em Esparta e os eupátridas em Atenas. D) tanto no Egito quanto na Grécia, as principais formas de obtenção de escravos eram por meio da guerra e do comércio, seguidas da escravidão por dívidas na Grécia e pela escravidão por fuga da corvéia real no Egito, as duas últimas, contudo, progressivamente eliminadas no início do primeiro milênio a. C. E) no Egito, a ordem social e política hierarquizada a partir de privilégios e laços de dependência subordinaram a divisão social entre livres e escravos, ao passo que na Grécia, particularmente em Esparta, tal complexidade social e política incluía reivindicações políticas dos hilotas e a obediência de homens livres ao Estado. Questão 25 “Desde agora acreditamos ser útil responder a uma objeção que muito facilmente pode ser feita quanto ao nosso ponto de vista. Embora seja fácil compreender que apenas um não possa comandar uma massa sem que haja uma minoria que o sustente, é bem mais difícil admitir como um fato constante e natural de que as minorias comandam as maiorias, e não o contrário. Entretanto, esse é um dos pontos, como outros tantos encontrados em todas as outras ciências, em que a primeira aparência das coisas é oposta à sua realidade. No fato, é inevitável o predomínio de uma minoria organizada, que obedece a um único impulso, sobre a maioria desorganizada. A força de qualquer minoria é irresistível diante de cada indivíduo da maioria, o qual se encontra sozinho perante a totalidade da minoria organizada; e, ao mesmo tempo, pode-se dizer que esta é organizada justamente por ser minoria”. Gaetano Mosca. “A classe política” (1896). Citado por CANFORA, Luciano. Crítica da retórica democrática. São Paulo: Estação Liberdade, 2007, p. 79. Da tradição grega de avaliar a melhor forma de governo (monarquia, aristocracia e democracia) ao debate contemporâneo sobre os diversos graus e formas de inclusão/exclusão (social, política ou econômica), muito se tem discutido sobre o que seja participação política e suas formas de concretização, de que o fragmento acima citado é um exemplo, ao situar o problema pela relação qualitativa de mando entre “maioria” e “minoria”. Alguns exemplos históricos, desde os gregos, testemunham a complexidade dessa relação, problematizando o que seja a ordem do político, do governo e da cidadania. Sobre a relação “maioria” e “minoria” aplicada à experiência histórica ocidental em suas formas de governo e modos de participação cidadã é correto afirmar que, A) na Atenas do séc. V-IV a. C., as decisões políticas tomadas pela maioria de votos nos tribunais e assembléias eram representativas de uma parcela numericamente minoritária da população considerada cidadã e apta à participação política B) na Roma republicana do séc. II-I a. C., a representatividade política concretizada, mediante eleições, garantia à maioria da população romana e das cidades conquistadas acesso à maioria dos cargos executivos, legislativos e judiciários, como o Consulado, o Senado e a Assembléia. C) nas cidades-estados italianas do Renascimento, uma minoria de proprietários rurais possuía os direitos políticos que os habilitavam para o exercício das principais funções públicas, como o serviço militar e a indicação, por sorteio, para a magistratura, em evidente paralelo com a experiência democrática da Atenas clássica. D) na Revolução Francesa, a doutrina da soberania popular encontrou oportunidade de realização na experiência do governo jacobino, que garantiu os interesses da maioria mediante as ações de seu principal órgão político, o Comitê de Salvação Pública, salvaguarda da liberdade de expressão e de oposição característica daquele regime republicano. E) na Revolução Americana, o “despotismo da maioria”, como era conhecida a democracia, foi em parte recusado e em parte aplicado na Constituição de 1787, de que são exemplos respectivamente a manutenção da escravidão em todos os treze estados confederados e a adoção do sufrágio universal para a eleição direta do cargo de Presidente da República. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 14 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 26 São características da dinâmica histórica do apogeu e crise do feudalismo as transformações relacionadas abaixo, exceto A) a expansão das áreas agrícolas, graças ao desbravamento de florestas e à utilização sistemática de técnicas como, por exemplo, a rotação trienal, o uso da charrua e os moinhos de água e de vento. B) o incremento das atividades artesanais ligadas ao setor têxtil lanífero, cujos centros dinâmicos localizavam-se na Alemanha, França e Inglaterra. C) o desenvolvimento do comércio de longa distância, tendo como focos principais o eixo mediterrânico, dominado por mercadores venezianos e genoveses, e o eixo nórdico, dominado por mercadores alemães. D) o crescimento das feiras, como as da região francesa da Champagne, atraindo negociantes de várias partes da Europa, que gozavam de salvo-conduto concedido pelos senhores locais. E) a ampliação da atividade bancária, através de negócios ligados ao câmbio de moedas, concessão de créditos, e depósitos reembolsáveis e remunerados com juros. Questão 27 Em Linhagens do Estado Absolutista, o historiador Perry Anderson propôs um modelo de análise que buscou compreender as transformações históricas que conduziram ao Estado absolutista na época moderna, a partir da concentração do poder feudal, deslocado do nível senhorial e municipal para uma cúpula centralizada e militarizada, tendo o rei como soberano. Segundo esse modelo, são características da estrutura das monarquias absolutistas, exceto A) a criação de um sistema burocrático e administrativo baseado na venda de cargos e ofícios, de que se beneficiaram a nobreza e, subordinadamente, a burguesia mercantil. B) a introdução de um exército profissional, em que mercenários estrangeiros desempenhavam papel fundamental, atendendo a dois objetivos intrínsecos à política absolutista: a guerra e o comércio. C) a formalização de um sistema diplomático internacional que expressava o jogo de pressões e trocas entre Estados monárquicos centralizados, cujos acordos se deviam, em grande parte, à política dinástica de casamentos. D) a adoção de práticas mercantilistas, de cunho intervencionista estatal, que implicavam, entre outras medidas, a criação de um mercado interno unificado, com o fim das barreiras alfandegárias, a exportação de mercadorias e o entesouramento de metais preciosos. E) a implementação de uma estrutura fiscal construída com base na tributação direta e indiscriminada de todos os súditos, considerados juridicamente cidadãos, com vista ao financiamento de guerras, à instalação de embaixadas no estrangeiro e às despesas públicas com a administração direta. Questão 28 [VAINFAS, R. Economia e sociedade na América espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 87]. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA==Página: 15 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva O mapa acima reproduz as etapas iniciais da conquista espanhola na América, nos séc. XV e XVI, sendo correto afirmar, a partir daí, que A) a região assinalada pelo nº 3 corresponde a importante civilização que, até a chegada dos espanhóis, havia desenvolvido agricultura, empreendido uma série de guerras de conquista de povos vizinhos e se estabelecido como uma sociedade rica, diversificada e fortemente hierarquizada. B) a região assinalada pelo nº 4 corresponde ao primeiro território conquistado pelos espanhóis e cujas populações nativas foram dizimadas pela guerra de conquista e pelos trabalhos forçados de exploração de ouro a que os espanhóis as submeteram, constituindo-se posteriormente em importante região produtora de açúcar. C) as quatro regiões incorporadas ao império colonial espanhol constituíram-se, ainda na primeira metade do séc. XVI, em mercado de importação de mão-de-obra africana para trabalhar nas minas e plantações controladas pelos novos conquistadores, e em mercado exportador de metais preciosos, açúcar e tabaco. D) a região assinalada pelo nº 1 corresponde a região densamente povoada onde, até a chegada dos espanhóis, localizava-se um império fortemente centralizado política e administrativamente e apoiado na população camponesa, que prestava serviços periódicos ao Estado em relações de trabalho denominadas mita, mais tarde aproveitadas pelos conquistadores. E) a região assinalada pelo nº 2 identifica os territórios descobertos por Cristóvão Colombo em sua quarta viagem à América, ainda pouco povoada, mas que viria a representar para os espanhóis o controle de importante porto incluído no regime do exclusivo metropolitano, junto com os portos de Vera Cruz e Cartagena. Questão 29 A transferência da Coroa portuguesa para o Brasil implicou uma série de reformas que deram um novo estatuto à condição particular em que, doravante, encontrava-se a América portuguesa enquanto sede do poder metropolitano. Dentre as transformações que assinalam esse período, constam A) a ampliação dos interesses ingleses no mercado colonial brasileiro com a assinatura de diversos tratados, entre eles o de Navegação e Comércio, que fixava em 15% a tarifa a ser paga pelas mercadorias inglesas exportadas para o Brasil, e o de Aliança e Amizade, que obrigava a Coroa portuguesa a limitar o tráfico de escravos nos territórios sob seus domínios. B) o estímulo à vida intelectual e cultural da colônia com a criação de bibliotecas e academias científico-literárias, graças à modernização de tipografias, ampliando o decreto pombalino de 1785 que permitira a produção e circulação de jornais na colônia restritas ao Rio de Janeiro. C) o fim do pacto colonial com a revogação dos decretos que proibiam a produção manufatureira na colônia e com a abertura dos portos do Brasil por decreto regencial de janeiro de 1808, que beneficiava os proprietários rurais ligados à agro-exportação e os comerciantes ingleses, aos quais ficava reservado o comércio de cabotagem. D) o fortalecimento da presença militar portuguesa na colônia, contribuindo para fomentar o descontentamento de comerciantes lusitanos com as novas medidas favoráveis aos ingleses e que acabou por resultar em revoltas no nordeste, como a Revolução de 1817, aglutinadora de protestos portugueses em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. E) o acirramento dos conflitos entre espanhóis e portugueses na região Sul do continente americano com a tentativa malograda de anexação ao Brasil da Banda Oriental da região do Prata, fracasso que se explica pela ajuda que os colonos da Cisplatina receberam de líderes de movimentos de independência da América espanhola, como Simon Bolívar. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 16 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 30 A compreensão da economia e sociedade coloniais no Brasil ensejou uma forte tradição historiográfica representada por estudiosos como Caio Prado Jr., Celso Furtado, Fernando Novais, Ciro Flamarion Cardoso e Jacob Gorender, entre outros, que investiram conceitualmente tanto na idéia de um “sentido da colonização”, quanto na vertente crítica dessa opção, explorando as possibilidades de um “modo de produção escravista colonial”. Sobre as alternativas dessa discussão historiográfica, é correto afirmar que: A) Em Formação do Brasil contemporâneo, Caio Prado Jr. remodelou a teoria dos ciclos econômicos coloniais, buscando encontrar um “sentido da colonização” na transferência do excedente gerado na colônia (açúcar, tabaco, café e outros gêneros) para a metrópole. B) Para Ciro Flamarion Cardoso, a sociedade colonial brasileira guardou características insuperáveis determinadas pelos laços de dependência, que supercondicionaram a formação da economia colonial, donde, como atualização do “sentido da colonização”, a hipótese desse autor de um “modo de produção escravista colonial” na América portuguesa. C) Para Fernando Novais, o “exclusivo metropolitano” constituiu a base do mecanismo de transferência de excedentes e das relações centro/periferia, donde os traços básicos da economia colonial: de um lado, a plantation, foco da colonização capitalista, de outro, o setor da economia de subsistência, subordinado e dependente. D) Em Formação econômica do Brasil Celso Furtado recusou o princípio da dependência como fundamento da economia colonial, destacando a influência do mercado interno colonial brasileiro na análise dos preços internacionais em suas fases de expansão e retração. E) Para Jacob Gorender, o “modo de produção escravista colonial” caracterizou-se pela acumulação de capital no interior da formação colonial, como resultado de atividades agrícolas, comerciais e manufatureiras variadas, formando um mercado interno suficientemente diversificado e extenso para se constituir como segmento autônomo da economia colonial e concorrente superior do modelo agro-exportador. Questão 31 “Mesmo que o homem não queira sempre haverá mudança, ela é inevitável, pois a história é traçada não pela vontade dos indivíduos, mas por sua evolução natural, contínua e metafísica. O progresso da humanidade e a finalidade da vida social estão amparados em um Deus transcendente, que conduz de fora as ações e intenções humanas, assegurando a ordem”. “Um agricultor que semeia o trigo, que cria aves, gado, é um industrial; um fabricante de carroças, um ferrador, um serralheiro, um marceneiro são industriais; um fabricante de sapatos, de chapéus, de tecidos, de roupas, é igualmente um industrial; um negociante, um carroceiro, um marinheiro empregado em navio mercante, são industriais. Tratam-se de categorias agrupadas entre os “produtores”, que se opõem aos “ociosos”, detentores do capital e dos meios de produção, que vivem de suas rendas: aristocratas, proprietários de terras, sacerdotes e legisladores”. As duas proposições acima são expressivas de correntes ideológicas do século XIX. A sua seqüência correta é A) cartismo e liberalismo. B) utilitarismo e socialismo científico. C) catolicismo social e fisiocratismo. D) liberalismo e saint-simonismo. E) conservadorismo e socialismo utópico. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 17 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 32 Segundo o historiador Boris Fausto, o período regencial “foi um dos mais agitados da história política do Brasil”, quando “esteve em jogo a unidade territorial dopaís” e foram centro do debate político questões como a centralização e descentralização do poder, o grau de autonomia das províncias e a organização das forças armadas [FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001, p. 86]. Entre as características político-institucionais indicadoras desse processo, constam A) a aprovação do Ato Adicional de 1834, que criava as Assembléias Provinciais em substituição aos antigos Conselhos Gerais, com poderes de controlar impostos e gastos nas províncias bem como de nomear funcionários. B) a predominância dos caramurus no Governo regencial e nas Assembléias Provinciais, por serem partidários da descentralização monárquica. C) a extinção do Conselho de Estado e do Poder Moderador pela Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1840, dando fim às duas instituições símbolo do poder absolutista exercido por D. Pedro I durante o Primeiro Reinado. D) a eleição do Padre Antônio Feijó para o cargo de Regente em 1835 representando a facção conservadora favorável à restauração das condições institucionais anteriores ao Ato Adicional. E) a criação da Guarda Nacional em 1831, onde deveriam se alistar todos os brasileiros natos maiores de 18 anos para serviço obrigatório por dois anos, o que significava romper com o monopólio do poder das elites locais, que organizavam suas próprias milícias. Questão 33 O pan-africanismo, nascido no continente americano na virada do século XIX para o século XX, almejava reabilitar as civilizações africanas e restaurar a dignidade do homem negro, preconizando o retorno à “mãe pátria” como destino comum para os povos da África. Em 1900, em Londres, foi organizada a primeira Conferência pan-africana, cujo principal alvo de crítica era a Inglaterra e sua política na África do Sul. Ao longo do século XX, um pan-africanismo militante orientaria os vários congressos pan-africanos realizados, enfrentando os desafios da descolonização e dos conflitos leste-oeste. Entre os pressupostos do espectro ideológico que animou o discurso pan-africanista da virada do século XIX para o século XX, consta A) a defesa da manutenção de elementos anglófonos e francófonos da cultura como modo de lidar com a balcanização já realizada no continente pelos colonizadores europeus e melhor lutar contra o imperialismo. B) o uso do conceito de raça como norteador das ações que deveriam levar à construção de uma África unitária, pelo princípio de que todos que a ela pertenciam eram primordialmente negros. C) o reforço da autonomia tribal como estratégia de fortalecimento das tradições locais e revigoramento de uma ancestralidade africana comum a todos os povos do continente. D) a experiência histórica comum de todos os africanos como conscientização coletiva em relação ao passado de exploração escravista necessária à luta contra o colonialismo. E) o apelo à diversidade cultural e lingüística como precondição necessária à construção e defesa da soberania, integridade territorial e independência dos países africanos. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 18 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 34 De meados da década de 1890 à Primeira Guerra, a economia mundial conheceu uma fase de prosperidade, revertendo a curva descendente da depressão econômica em vigor até então. Belle Époque (a “bela época”) foi a alcunha que o período ganhou, testemunhando o clima otimista e eufórico baseado no boom econômico do período. Sobre as características desse período de prosperidade do capitalismo industrial e financeiro é correto afirmar que I. a transformação da empresa capitalista deveu-se, entre outros fatores, à concentração do capital, ao aumento da escala de produção e ao retraimento do mercado de livre concorrência, com o papel cada vez maior do Estado e do setor público na economia, com políticas de reforma social, protecionismo e contra a concentração econômica. II. o cotidiano da vida urbana e moderna passou a incluir novos produtos e serviços como telefone, telégrafo sem fio, fonógrafo, cinema, automóvel, avião, contando também com o aperfeiçoamento da tecnologia do vapor e do ferro, com o aço, e as indústrias avançadas baseadas na eletricidade, na química e no motor a combustão. III. a base geográfica da economia aumentou, testemunhando seu pluralismo e alcance mundial crescentes, de que são exemplo, a expansão e rivalidade das economias industrializadas em busca de novos mercados, caracterizando a chamada corrida imperialista; IV. o setor terciário da economia cresceu, com maior oferta de trabalho em escritórios, lojas e outros serviços, assim como mudou, quantitativa e qualitativamente, o mercado de bens de consumo, ampliado para além do catálogo tradicional de alimentos e vestuário, graças, por exemplo, à distribuição do crédito ao consumidor. Estão corretas as afirmativas A) I, II e III, apenas. B) II, III e IV, apenas. C) I, III e IV, apenas. D) I, II e IV, apenas. E) I, II, III e IV. Questão 35 A vacinação obrigatória contra a varíola para todos os brasileiros com mais de seis meses de idade foi reintroduzida no Brasil por lei federal em outubro de 1904, e está associada a uma série de reações populares no Rio de Janeiro que ficou conhecida como “Revolta da Vacina”. Sobre a política sanitarista associada ao desencadeamento dessa revolta, é correto afirmar que A) o médico sanitarista Oswaldo Cruz, nomeado diretor do Serviço de Saúde Pública pelo presidente Rodrigues Alves, enfrentou três frentes de combate na erradicação de epidemias: a febre amarela, a gripe espanhola e a varíola. B) a febre amarela foi atacada sanitariamente com a extinção dos mosquitos, e a remoção e isolamento de doentes em hospitais, sem, contudo, lograr resultados pela desorganização do serviço público das brigadas de mata-mosquitos, que trabalhavam prioritariamente na periferia e nas áreas rurais do Rio de Janeiro. C) o número crescente de vítimas da varíola levou o poder público a reeditar o decreto que determinava a obrigatoriedade da vacinação, apoiada integralmente pela imprensa carioca, pelo Congresso e por entidades civis, como o Centro das Classes Operárias. D) a política de saúde pública pretendeu ter o maior alcance possível entre a população brasileira, ao tornar o atestado de vacinação documento obrigatório para ingressar em escolas, no serviço público e nas fábricas, além de sua apresentação obrigatória no caso de hospedagem em hotéis, viagem ou casamentos. E) o decreto de obrigatoriedade da vacina contra a varíola foi precedido por campanhas de educação da população, através de jornais e programas comunitários de esclarecimento sobre a importância da medida obrigatória, após o que as autoridades sanitárias procederam à vacinação, feita exclusivamente em postos de saúde e hospitais. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 19 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 36 www.expo500anos.com.br/painel_08.html blogdojoao.blog.lemonde.fr/page/3/ As duas caricaturas acima, do compositor e caricaturista carioca Nássara (1919-1996), representam dois presidentes da república: Getúlio Vargas, em seu segundo governo (1950-1954), e Juscelino Kubitschek (1955-1961). Ambos estiveram à frente do país em um período marcado, no plano internacional, pela Guerra Fria, e no plano nacional, por instabilidade política associada à expectativa de crescimento e desenvolvimento econômicos, tendo sido, cada um à sua maneira, governantes populares que deixaram marcada a memóriapolítica nacional. A respeito da conjuntura política, social e econômica do Brasil no decênio 1950-1960 e sua conexão com o panorama internacional do período, são corretas as afirmativas, exceto, A) as diretrizes do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, no tocante ao papel do setor público nos investimentos necessários à consecução dos objetivos previstos, estavam assentadas em medidas tomadas pelo segundo governo Vargas, em especial a criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), instituição estratégica para estimular investimentos no país. B) a assistência financeira e apoio político por parte de agências de inteligência dos EUA e da URSS foram características da Guerra Fria, resultando, no Brasil, em auxílio norte-americano à criação e atuação da Escola Superior de Guerra e suporte soviético às atividades do Partido Comunista, em meio a posições independentes do governo brasileiro, como a recusa em enviar soldados à Guerra da Coréia, que lutariam ao lado dos EUA. C) o crescimento urbano no Brasil foi uma característica determinante do período considerado, suplantando, pela primeira vez na história do país, o quantitativo populacional habitante de áreas rurais, uma tendência que desde então não foi revertida, estimulada pela oferta de trabalho formal crescente nas grandes cidades e pela industrialização do campo, cuja resultante foi uma melhor distribuição de renda no país. D) a construção da nova capital federal no governo JK representou, de um lado, a interiorização do poder do Estado, assegurando a integração do território nacional, e, de outro, a afirmação das potencialidades da economia brasileira, sobretudo no tocante à industrialização, projetando a imagem do Brasil como um país urbano-industrial, capaz de aliar crescimento econômico, estabilidade de preços e regime democrático. E) o apelo popular da figura de Getúlio Vargas, construído na década anterior mediante, por exemplo, o uso de meios de comunicação de massa como o rádio, teve como herdeira a popularidade alcançada pelo governo JK, cuja imagem foi associada ao futebol nacional vencedor da Copa da Suécia e à comodidade e eficiência da vida urbana, cujos símbolos eram o automóvel, a geladeira e a televisão, típicos representantes da indústria de bens de consumo duráveis em expansão no país. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 20 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 37 Nas palavras de Demetrio Magnoli, “as duas grandes guerras do século XX assestaram golpes profundos no poder das potências européias” (In: MAGNOLI, D. O mundo contemporâneo. São Paulo: Editora Moderna, 1996, p. 118), fazendo com que o poder global se deslocasse, com a Guerra Fria, para a polarização EUA-URSS, relegando a segundo plano o que outrora foram as potências industriais, como Grã-Bretanha, França, Itália ou Bélgica. Ainda segundo Magnoli, é nesse contexto que devemos considerar o processo de descolonização na Ásia e na África, que conheceu dois caminhos principais: a retirada da potência colonial, com a concessão da independência, e a guerra de libertação conduzida por movimentos da própria colônia. Assinale a alternativa que, segundo esses respectivos caminhos, representa um caso histórico de descolonização na África e/ou na Ásia A) Índia e Argélia. B) Libéria e Moçambique. C) Egito e Paquistão. D) Indochina e África do Sul. E) Angola e Síria. Questão 38 Na região localizada ao sul do Líbano e ao nordeste da Península do Sinai, e entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão, situa-se um dos mais tensos focos de conflito do século XX: a criação do Estado de Israel e a chamada “Questão Palestina” que daí se desenvolveu. Sobre esse conflito é correto afirmar que A) a resolução da ONU que encerrou o mandato britânico na região da Palestina e criou o Estado de Israel em 1947 desencadeou imediato conflito entre o Estado recém-criado e uma coalizão de países árabes integrada por Egito, Síria, Jordânia e Iraque, que terminou com a vitória de Israel e a conseqüente ocupação integral de Jerusalém por tropas israelenses, contrariando o plano original de declarar esta cidade área internacional. B) a Guerra dos Seis Dias (1967) recebeu impulso do movimento pan-arabista, que preconizava a unificação dos povos e nações árabes do Oriente Médio contra a pressão colonial européia, de que Israel era o principal símbolo na região, resultando na derrota da coalizão árabe e ocupação israelense dos territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, das Colinas de Golã e da Península do Sinai. C) a decisão do gabinete da primeira-ministra israelense Golda Meir de desobedecer às resoluções da ONU que determinavam a devolução dos territórios anexados na Guerra dos Seis Dias desencadeou a quarta guerra no Oriente Médio, chamada Guerra do Yom Kippur, de Ramadã ou Guerra de Outubro, que infligiu nova derrota aos países árabes, de que resultou a criação da OLP (Organização de Libertação da Palestina). D) o movimento de resistência palestino, conhecido como intifada, foi deflagrado na década de 1970, contando com o apoio de líderes nacionalistas ligados à militância laica do partido Hamas, e reivindicando tanto a devolução de Jerusalém aos palestinos quanto o reconhecimento da OLP como autoridade política legítima na negociação da devolução dos territórios ocupados por Israel. E) os acordos de Camp David, assinados entre Israel e Egito em 1979, determinaram a devolução da Península do Sinai ao Egito e deram fim às pretensões desse país à liderança do pan-arabismo, ao passo que os acordos de Oslo de 1993, firmados entre Israel e a OLP, determinaram a retirada israelense dos territórios de Gaza e Cisjordânia e a declaração de Jerusalém como área de controle internacional, nos moldes do projeto original da ONU em 1947. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:TW9uLCAxMyBTZXAgMjAyMSAwNjo1Mjo0NyAtMDMwMA== Página: 21 CADERNO I PROFESSOR I - HISTÓRIA Prova objetiva Questão 39 Para lidar com o problema da inflação, três presidentes civis das décadas de 1980 e 1990, José Sarney, Fernando Collor de Melo e Itamar Franco, lançaram mão de vários planos econômicos. A moeda passou de cruzeiro para cruzado (1986), cruzado novo (1989), de volta ao cruzeiro (1990), cruzeiro real (1993) e finalmente real (1994). Redução da inflação, congelamento de preços e salários, novas políticas de juros, suspensão do pagamento da dívida externa ou sua renegociação, privatizações em larga escala foram algumas das medidas tomadas pelas equipes econômicas nomeadas pelos governos brasileiros daquele período. Sobre os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990, pode-se afirmar que Plano Principais medidas Resultados A) Cruzado (fevereiro de 1986) Criação de nova moeda com corte de três zeros: cruzado. Liberação gradual de preços, salários e câmbio. Desindexação da economia. Estabilização provisória de preços, salários e taxa de câmbio. Crescimento momentâneo do PIB. Escassez crescente de produtos no mercado interno, cobrança de ágio e pressão inflacionária. B) Bresser (junho de 1987) Congelamento geral de preços e salários. Tentativa de ajuste fiscal. Tentativa de redução da dívida externa. Fracasso no ajuste fiscal Calote da dívida externa Política monetária descontrolada e recessão C) Verão (janeiro de 1989) Criação de uma nova moeda com novo corte de três zeros: cruzado novo. Congelamento de preços, salários e câmbio. Política monetária em descontrole. Renegociação bem-sucedida da dívida