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Filosofia - Atividade 07 (2022.2)

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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Curso: Administração Pública
Disciplina: Filosofia e ética
Nome: 
Polo: Paracambi
Matrícula:
Questões da atividade à distância 
1. Quais as críticas de Marx à filosofia de Hegel?
Ao relatar as críticas de Marx à filosofia de Hegel, é possível traçar
notadamente três linhas de pensamentos: em primeiro plano, constata-se a
separação e divergência entre a sociedade civil e o Estado; posteriormente,
percebe-se a conjectura idealista, por meio da oposição entre o sujeito e predicado;
por fim, destaca-se a alienação política, ao inibir o povo de estabelecer a gerência
do Estado. Dessa forma, a crítica de Marx aponta para a problematização da
concepção de Hegel no que diz respeito a constituição do Estado. Conforme Hegel,
o Estado é concebido por meio de uma inteligência coletiva, na qual houve um
desenvolvimento para a formação social de uma esfera de caráter coletivo, a fim de
que a população local se reunisse para viver em sociedade. Dessa forma, o Estado
político é constituído a partir de um saber coletivo com a finalidade de estabelecer
uma instituição que seja superior aos indivíduos e grupos. 
Marx se opõe aos filósofos hegelianos acerca da reforma política que
constitua um Estado racional que seja republicano e democrático, como alternativa
para estabelecer um ideal de liberdade dos seres humanos, porque, em sua
concepção, esse projeto político seria compreendido apenas como uma ideologia.
Sob sua ótica, isso, de certa maneira, contribuiria para a perpetuação do controle de
uma classe dominante (envolvendo um pequeno grupo, constituído por todos os
proprietários de empresas, o empregador) sobre a classe operária (formada pela
maioria, constituída por todos os trabalhadores). Marx constata que para resolver os
problemas sociais vividos na Europa, no século XIX, era necessário fazer uma
revolução social liderada pela classe operária, rompendo com o pensamento de
Hegel.
2. Quais eram as ideias dos socialistas utópicos? Qual a diferença entre o
socialismo utópico e o socialismo proposto por Marx? E a crítica de Marx ao
socialismo utópico?
Em primeiro lugar, vale mencionar que a definição de socialismo utópico
envolve ideais e conceitos de pensadores socialistas os quais achavam que o
processo, por meio da implantação desse sistema, ocorreria de forma lenta e
gradual, baseada de forma pacífica, e com a boa vontade da própria burguesia. O
termo “utopia” significava uma sociedade ideal, imaginária, inalcançável.
1
 Os primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade
externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a
uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve
justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida
até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma
de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção
tradicional deveria ser considerada irracional e combatida. Socialistas utópicos foram
vistos como desejosos de expandir os princípios da Revolução Francesa para criar
uma sociedade mais racional. Apesar de serem rotulados de utópicos por socialistas
posteriores, seus objetivos nem sempre eram utópicos e seus valores
frequentemente incluíam um suporte rígido para o método científico e a criação de
uma sociedade baseada no entendimento científico.
Nesse contexto, Robert Owen era observado como um dos autores mais
relevantes do socialismo utópico. Na condição de administrador, teve a oportunidade
de observar claramente as penosas condições às quais os trabalhadores eram
submetidos. A partir dessa experiência, resolveu dedicar-se à criação de
cooperativas que negassem o individualismo e a lógica egoísta das empresas
capitalistas
Por outro lado, Marx e Engels não se importavam em pensar como seria uma
sociedade ideal. Mas sim, primeiramente, em compreender o processo dinâmico do
capitalismo, e como analisar de forma precisa a sua origem, bem como a
acumulação prévia de capital, a consolidação da produção capitalista e suas
contradições. Eles acreditavam que o capitalismo seria superado e, algum momento,
destruído. Tal fato ocorreria na medida em que, na sua dinâmica evolutiva, o
capitalismo gerasse os elementos que acabariam por destruí-lo e que determinariam
sua superação. Perceberam, que a classe trabalhadora expropriada de meios de
subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica, e entender-se como uma
classe revolucionária, teria uma função fundamental na destruição da ordem
capitalista e burguesa. Apesar de fazer a defesa pela ciência, ele criticava o
cientificismo afirmando que o método científico não podia ser considerado
totalmente neutro ou que estaria isento de dogmas.
Destaca-se que, para Marx e Engels, o socialismo era compreendido como
apenas uma fase intermediária, para atingir a fase final da sociedade, que seria a
comunista. Esta representaria o ápice da evolução histórica do homem, momento
em que a sociedade uma vez que não estaria dividida em classes, não haveria a
propriedade privada e o Estado, entendido como um instrumento da classe
dominante. Isso ocorre porque no comunismo não existiriam classes sociais. Por
isso, seria visto como a mais completa igualdade entre os homens. Para eles isso
não era um sonho, mas uma concepção factível de uma realidade concreta e
inevitável. Para se alcançar tais objetivos o primeiro passo seria a organização da
classe trabalhadora.
2
Por fim, Marx foi considerado como um dos filósofos críticos ao modelo de
socialismo utópico. Para ele, esse tipo de sistema não focava nos meios para se
atingir a sociedade ideal, sendo fundamentado em ideias fantasiosas e burguesas.
Ou seja, esse modelo não poderia ser implementado como era apresentado, pois,
para se atingir a igualdade, era primordial que houvesse uma reforma social por
meio da luta armada.
3. O que propunham os anarquistas?
Convém ressaltar que o anarquismo aparece como alternativa em relação ao
capitalismo, o qual originava um modelo consideravelmente desigual na Europa, ao
propiciar um acúmulo de bens por uma reduzido grupo da sociedade, detendo os
meios de poder e controle sobre a maior parte da população. Nesse sentido, da
mesma forma que o sistema concebido pelo socialismo, o anarquismo é fruto da
observação de desigualdades e de percepções das classes financeiramente
excluídas do capital, mas produtoras de bens (isso porque, na concepção de Marx,
eram considerados os trabalhadores fabris; já para Bakunin, eram os camponeses).
Destaca-se que o ideal anarquista passou por transformações entre os seus autores
clássicos e outros teóricos do século XX. 
Assim, o anarquismo é compreendido como um tipo de sistema político,
filosófico e ideológico, o qual defende a ausência de um governo, bem como o fim
do sistema capitalista e de qualquer outra autoridade que cerceie a liberdade plena
do indivíduo. Sua origem decorre de ideais iluministas propostos por Jean
Rousseau, e no socialismo de Marx e Engels. O anarquismo buscava construir uma
sociedade diferente, na qual não existiam dirigentes ou governantes a fim de impor
qualquer tipo de decisões. Destaca-se que não é considerado um sinônimo de caos.
Existe uma forma de organização específica, podendo ser melhor entendido na
visão de alguns pensadores. Como, por exemplo, afirma-se que Proudhon criticou o
Estado, e alegou a sua supressão a partir da política, além de ser contra o
capitalismo e a propriedade privada. Por outro lado, Bakunin tinha um pensamento
de cunho mais radical, ao fomentar a ideia de um anarquismo mais agressivo e
terrorista, estimulando uma revolução popular a partir da reaçãoda população, de
forma mais contundente, e por meio de manifestações violentas.
Por fim, ressalta-se que o contexto da proposta das ideias do anarquismo
surge no século XIX, pelo filósofo e político inglês William Godwin, ao sugerir um
novo modelo político e econômico diferente do capitalismo liberal o qual dominava
desde a Revolução Industrial. Conforme Godwin, a sociedade teria condições de
conviver com ausência de normas, leis e limitações que um governo impõe. Com a
finalidade de alcançar este objetivo, ele propunha o fim da propriedade privada e da
divisão de classes sociais, além de sugerir o fim do Estado e das instituições em
geral, como a religião, pois em sua visão, eram a fonte do autoritarismo, opressão e
dominação. Para a ótica dos anarquistas, toda forma de regulação da sociedade
3
ocorreria por meio de de assembleias ou não seriam necessárias. Afinal, o indivíduo
teria plena consciente do que prejudicava a vida em comum e do que a favorece.
Referências bibliográficas
BRITO, Ari Ricardo Tank. O liberalismo clássico. In RAMOS, F.; MELO, R.;
FRATSCHI, Y. Manual de Filosofia Política. São Paulo: Saraiva, 2012. 
Sites:
Disponível em <https://www.todamateria.com.br/socialismo-utopico/#:~:text=Karl
%20Marx%20foi%20um%20dos,em%20ideias%20fantasiosas%20e
%20burguesas.>. Acesso em 02/10/2022
Disponível em <https://www.infoescola.com/politica/socialismo-marxista-cientifico/>.
Acesso em 02/10/2022
Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_ut%C3%B3pico>. Acesso
em 02/10/2022
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/anarquismo.htm>. Acesso
em 02/10/2022
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https://www.infoescola.com/politica/socialismo-marxista-cientifico/

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